Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais
Base de Registro
Eletrônico em Saúde
(B-RES)
Interoperabilidade de Informações
Clínicas do Cidadão
Histórico de Versões
Versão
0.1
Comentário
Versão inicial
0.2
Revisão
0.3
Revisão
0.4
0.5
Revisão
Revisão
0.6
Revisão
Autor
Bruno Ferreira de Almeida;
Wagner Gomes Gonçalves
Thaís Abreu Maia;
Karina Melo Ferreira
Marcelo
Rodrigues
dos
Santos
Lorena Santiago Rodrigues
Marcelo
Rodrigues
dos
Santos
Rodrigo Mendonça Queiroga
Data
18/05/2010
24/06/2010
29/06/2010
23/07/2010
23/09/2010
24/09/2010
Sumário
1
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 4
1.1
Objetivos do Manual ................................................................................................... 4
1.2
Público Alvo ................................................................................................................. 4
1.3
Pré-Requisitos do Público Alvo ................................................................................. 4
2
INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
3
NORMA ISO 13606............................................................................... 5
4
CONCEITOS ......................................................................................... 5
4.1
Modelagem em dois níveis e arquétipos .................................................................. 5
4.2
Extratos ........................................................................................................................ 6
4.3
Terminologias .............................................................................................................. 6
5
ARQUITETURA DA B-RES .................................................................. 7
6
TROCA DE INFORMAÇÕES COM A B-RES ....................................... 8
6.1
Envio de extratos para a B-RES................................................................................. 9
6.2
Recuperação de extratos da B-RES (Consulta) ..................................................... 11
6.3 O LOG de retorno dos dados clínicos .................................................................... 13
6.3.1 Tabela de erros ................................................................................................... 14
7
DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS .................................................... 15
8
REFERÊNCIAS .................................................................................. 15
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
1 Apresentação
1.1 Objetivos do Manual
O objetivo deste manual é auxiliar os integradores na utilização dos serviços da
B-RES no que se refere às informações clínicas do cidadão.
1.2 Público Alvo
Este manual é destinado aos responsáveis técnicos de sistemas de saúde que
desejam enviar e receber informações da B-RES.
1.3 Pré-Requisitos do Público Alvo
Para melhor compreensão deste Manual, é necessário ter conhecimento sobre a
norma ISO 13606, assim como dos serviços (webservices) publicados no
Portal Público do Registro Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br).
Visando o embasamento conceitual sobre modelagem de dois níveis, codificação
de arquétipos em ADL e a criação de extratos de RES baseados no modelo de
referência da norma ISO 13606, recomenda-se as seguintes leituras adicionais:
 Santos, Marcelo R.; Bax, Marcello P.; Pessanha, Christiano. Codificando
Arquétipos em linguagem ADL baseados no Modelo de Referência da norma
ISO 13606. Sociedade Brasileira de Computação - WIM, 2010.
 Santos, Marcelo R.; Bax, Marcello P.; Diniz, Luciana M. Criando extratos de
dados clínicos com base Modelo de Referência da norma ISO 13606 e
Arquétipos. XII Congresso Brasileiro de Informática em Saúde - CBIS, 2010.
 Santos, Marcelo R.; Bax, Marcello P.; Pessanha, Christiano. Uma Leitura
Ontológica da Norma ISO 13606 para o Registro Eletrônico de Saúde. XII
Congresso Brasileiro de Informática em Saúde - CBIS, 2010.
Estes artigos estão disponíveis na seção Manuais e Documentos do portal público.
2 Introdução
O objetivo da B-RES é ser o repositório central de informações de RES para o
Estado de Minas Gerais e estabelecer um padrão de interoperabilidade entre sistemas
de saúde. Através de seus serviços (webservices), é possível recuperar e atualizar
informações clínicas e demográficas do cidadão a partir das unidades de saúde das
macrorregiões do Estado de Minas Gerais.
4
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Neste documento serão apresentados alguns conceitos utilizados para o
entendimento de interoperabilidade, informações sobre a arquitetura da B-RES e
instruções sobre como utilizar os serviços (webservices) que tratam das informações
clínicas do cidadão. Para o entendimento dos serviços (webservices) relativos às
informações demográficas do cidadão veja a documentação disponível no Portal
Público do Registro Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br).
3 Norma ISO 13606
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e a Prodemge
optaram pela utilização da Norma ISO 13606 (Parte I e II) como padrão para a troca
de informações clínicas entre os diversos sistemas de saúde existentes e a B-RES.
A norma foi desenvolvida pelo Comitê Técnico ISO/TC 215, Informática em
Saúde, e concebida a partir de experiência prática obtida durante a implementação do
pré-padrão precursor europeu, ENV 13606. Inspirada no padrão openEHR1 propõe um
modelo para o intercâmbio de parte ou todo o conteúdo dos RES de um paciente entre
sistemas heterogêneos, preservando o significado clínico e refletindo a
confidencialidade de cada dado2. Os dados que são intercambiados são organizados
em uma estrutura de classes denominada “extrato de RES” [Santos, 2010].
A norma é composta por cinco partes, a saber: a primeira parte, Modelo de
Referência especifica uma arquitetura da informação para o intercâmbio de parte ou
todo o RES; a segunda parte trata da especificação de Arquétipos; a terceira
especifica os Arquétipos de Referência e Lista de Termos padronizados para suporte
ao modelo de referência; a quarta parte propõe um modelo de Segurança e
Especificação de Interfaces, para a utilização dos extratos de RES. E a parte cinco
apresenta uma especificação de serviços para acomodar a utilização dos extratos de
RES [Santos, 2010].
4 Conceitos
4.1 Modelagem em dois níveis e arquétipos
A modelagem em dois níveis (two-level modeling) promove a separação dos
chamados níveis de conhecimento e informação em sistemas de informação [Beale
2002]. O modelo de informação inclui as classes de objetos e os esquemas de dados,
enquanto o modelo de conhecimento acomoda os conceitos específicos do domínio,
baseados em terminologias e ontologias [Michelsen, 2005]. A vantagem desta
separação é a possibilidade de fazer um modelo de especialistas de domínio (modelo
de conhecimento) baseado na utilização de arquétipos e a atividade dos
desenvolvedores focada em um modelo de referência (modelo de informação) [Beale
2007a][Beale 2007b] [Michelsen, 2005].
1
A abordagem do openEHR é uma especificação aberta para sistemas de saúde, originalmente baseada
nos resultados do projeto GEHR-Project da Comunidade Européia, no início dos anos 90 (cf.
http://www.openehr.org )
2
Kalra D. Electronic Health Record Standards. IMIA, 2006.
5
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
O modelo de referência é estável e constitui o primeiro nível de modelagem,
enquanto as definições formais do conteúdo clínico na forma de arquétipos constituem
o segundo nível de modelagem. Esse tipo de abordagem reduz significativamente a
dependência de manutenção dos sistemas implantados em função de dados com
conteúdo variável [Beale, 2007c].
Os arquétipos especificam hierarquias válidas das classes do modelo de
referência componentes de um registro, definindo ou restringindo seus nomes e outros
valores de atributos relevantes, opcionalidade e multiplicidade em qualquer ponto da
hierarquia, os tipos de dados e intervalos de valores que os elementos de dados
podem assumir [Kalra, 2006]. Em geral, são definidos visando uma ampla utilização,
entretanto, eles podem ser especializados para incluir particularidades locais e podem
acomodar quaisquer idiomas e terminologias [Beale 2007a]. As instâncias de
arquétipos são validadas por um modelo formal, conhecido como modelo de
arquétipos. Podem ser expressos em Archetype Definition Language (ADL), linguagem
que fornece uma sintaxe formal e abstrata para descrição de restrições de qualquer
entidade de domínio, cujos dados são descritos por um modelo de informação (por
exemplo, expresso em UML/OCL, como o modelo de classes norma 13606 parte I).
4.2 Extratos
O termo “extrato de RES” é utilizado para representar o conjunto de dados
relativo a toda ou parte da informação sobre o RES de um paciente que é
intercambiado entre sistemas de saúde. O extrato tem o propósito de prover
comunicação padronizada entre diferentes sistemas e bases de dados. Basicamente,
o extrato utilizado na B-RES é definido em XML, e sua estrutura é descrita pelas
regras e conjunto de elementos, classes e objetos do modelo de referencia ISO 13606
parte I [Santos, 2010]. Exemplos de extratos podem ser acessados no Portal Público
do Registro Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br).
4.3 Terminologias
A terminologia corresponde ao conjunto de termos especializados de um
conceito, que visa padronizar os vocabulários trocados entre entidades (ex: entre
sistemas, entre profissionais e etc.). As terminologias são essenciais para garantir a
interoperabilidade entre sistemas, pois contribuem para a padronização do conteúdo
dos RES, representação dos exames, unidades de medida, conceitos médicos,
resultados, procedimentos médicos etc.
Neste projeto, as terminologias foram categorizadas em dois tipos básicos:
terminologias descritivas e terminologias de validação. As terminologias descritivas
são aquelas destinadas a representar o significado de um objeto ou elemento de dado.
As terminologias de validação são aquelas que determinam o domínio de dados para
um ou mais elementos de dados descritos por um arquétipo. Como exemplo, temos
algumas terminologias no nível nacional e internacional:
 CID-10: foi conceituado para padronizar e catalogar as doenças e
problemas relacionados à saúde, tendo como referência a Nomenclatura
Internacional de Doenças, estabelecida pela Organização Mundial de
Saúde.
 Glossário Temático de a Saúde Suplementar: reúne as principais
expressões técnicas e organizacionais utilizadas pela saúde suplementar.
6
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
 SIGTAP: Todos os dialetos sobre procedimentos médicos agrupados e
padronizados.
 SNOMED CT: é considerada a terminologia de cuidados em saúde
multilíngue mais abrangente no mundo
5 Arquitetura da B-RES
A arquitetura proposta para a B-RES utiliza arquétipos para representação de
seus elementos de dados e foi projetada com quatro serviços básicos: serviços de
dados clínicos, serviços de dados demográficos, serviço de arquétipos e serviço de
terminologias. Todas as mensagens incluídas na arquitetura são baseadas em
arquivos XML, visando facilitar a utilização da mesma por parte dos fornecedores de
sistemas de saúde.
Os serviços de dados demográficos dividem-se em: serviço de Inclusão de
dados demográficos, serviço de alteração de dados demográficos, serviço de
desativação de usuário, serviço de consulta de usuário por código e serviço de
consulta de usuário com parâmetros. O governo Brasileiro possui padrão publicado
para envio e recebimento de dados do cartão nacional de saúde. Optou-se pela
utilização deste padrão, que se baseia na utilização de Web Service para troca de
mensagens em linguagem XML.
Os serviços de dados clínicos foram projetados considerando-se utilização de
extratos de RES construídos a partir do modelo de referência da norma ISO 13606.
Existem duas formas de interoperar com a B-RES: uma para o envio de dados a BRES e outra para possibilitar a requisição de dados à B-RES.
Para o envio de dados à B-RES, os sistemas de saúde terão que periodicamente
gerar extratos com as informações clínicas (dentro de compositions) que ocorreram
para cada paciente nas unidades de saúde, e atualizar o B-RES no período
determinado. Para isto, deverão consultar a estrutura de arquétipos disponível no
Portal Público do Registro Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br), e
entender a forma como o dado clínico deve ser representado considerando-se as
classes: sections, entries, cluster e elements.
Uma vez que a arquitetura prevê a utilização de um repositório com controle de
versões de RES, sempre que houver uma correção ou exclusão de dados clínicos, os
sistemas de saúde deverão enviar um extrato de atualização com os dados alterados,
segundo padrão a ser publicado pela PRODEMGE.
Com relação à requisição de dados clínicos, esta poderá ocorrer quando um
paciente se mover de uma macrorregião para outra, ou quando o sistema de saúde
precisar por algum motivo fazer a atualização de sua base de dados local. Para isto, o
sistema de saúde deverá enviar uma requisição à B-RES, através de um serviço
(webservice) e receber um arquivo XML de forma online, com a versão atual do
sumário clínico do paciente. Em função disto, a arquitetura prevê a utilização de duas
bases de dados clínicos: Base de dados de sumário clínico do paciente e base de
dados de histórico clínico do paciente. Os arquétipos incluirão as regras para manter
cada elemento de dado atualizado na base de dados do sumário clínico do paciente.
Em função do controle de versão, somente as versões mais atualizadas de cada
objeto serão consideradas (se foram feitas correções para uma versão original).
7
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
As terminologias disponibilizadas no Portal Público do Registro Eletrônico de
Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br) visam a criação de um vocabulário comum a ser
compartilhado pelos sistemas de saúde que precisam interoperar com o B-RES.
Terminologias como CID-10, tabelas de procedimentos, medicamentos, exames e
terminologias internas da SES/MG estarão disponíveis através desse Portal. A idéia é
facilitar o acesso às terminologias por parte dos sistemas de saúde, facilitando o
processo de interoperabilidade da B-RES. Quando a B-RES receber extratos dos
sistemas de saúde, utilizará os arquétipos para identificar as terminologias aplicáveis a
cada elemento de dado, e as terminologias identificadas para a validação semântica
dos valores a serem persistidos. Vale lembrar que os modelos de extrato em
utilização, em atendimento a norma ISO 13606, estão preparados para trabalhar com
terminologias descritivas (ex: SNOMED).
Os arquétipos também serão disponibilizados no Portal Público do Registro
Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br) e à medida que novos conceitos
sejam criados, novos arquétipos serão publicados.
6 Troca de informações com a B-RES
Figura 1 – Fluxo de troca de informação da B-RES
Pela Figura 1 observa-se que:
Em termos práticos, os “Especialistas do Domínio” criam os “Arquétipos”, que
são codificados em na linguagem “ADL”, utilizada para restringir as classes do “Modelo
de Referência” (Parte I da norma). Os “Arquétipos” utilizam-se de “Terminologias” para
criar restrições de domínio. Algumas das “Terminologias” são definidas por algum
“Órgão Regulador”. Todas as “Terminologias” e “Arquétipos” são publicados pela SES
/ PRODEMGE para conhecimento público. Com a estrutura de “Arquétipos” e
“Terminologias” bem definida, a B-RES está pronta para interoperar com sistemas de
saúde.
8
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Na visão da Unidade de Saúde, na prática, a informação clínica é gerada por
“Profissionais da Saúde” durante um atendimento ao paciente. Esta consulta é lançada
em um sistema de Saúde, que por sua vez gera um “Extrato de RES”. O “Extrato”
deve ser formatado com base nas classes do “Modelo de Referência”, considerandose os arquétipos relativos a cada estrutura de dado, e utilizando-se das
“Terminologias” publicadas para a B-RES. Uma vez criado o “Extrato de RES” no
sistema de saúde, ele deve ser enviado para a B-RES. Os serviços da B-RES por sua
vez, validarão o “Extrato de RES” com os “Arquétipos” e com as “Terminologias”.
Os extratos gerados pelos sistemas de saúde deverão OBRIGATORIAMENTE
utilizar-se dos “Arquétipos” e “Terminologias” para serem considerados bem formados
e não serem recusados pelos serviços da B-RES.
6.1 Envio de extratos para a B-RES
Figura 2 – Fluxo de envio de extratos para a B-RES
Premissa para o envio de extratos: Obter permissão para troca de dados com o
servidor OFTP da PRODEMGE. Para obter maiores informações sobre a permissão
de conectividade com a BRES, deverá ser enviado um email para
[email protected].
A arquitetura especificada para o desenvolvimento da BRES é composta pelo
módulo Dados Clínicos off-line que contém as seguintes funcionalidades:
Servidor FTP: Servidor com diretório acessível externamente para depósito e
busca de extratos (XML) enviados ou solicitados por qualquer sistema de
9
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
saúde na troca de informações com a B-RES. Este servidor fornecerá
permissões de escrita e leitura sobre diretórios NFS.
Pré-Validador: componente responsável pela validação estrutural dos arquivos
XML. A saída deste componente é entrada para o Parser. Construído com
classes Java e API XML nativa da plataforma Java Padrão.
Parser: componente responsável por realizar a tradução (o bind) das
informações estruturadas contidas nos arquivos XML para objetos Java. O
resultado do processamento deste componente é entrada para o validador
semântico e para a persistência dos dados clínicos na base de dados B-RES.
Construído com classes Java, API XML nativa e API de reflexão da plataforma
Java padrão.
Validador semântico: componente responsável por aplicar as restrições
impostas pelos arquétipos, nas estruturas de objetos, disponibilizadas pelo
Parser. O resultado do processamento deste componente é entrada para a
persistência na base de dados do Sumário Clínico. Construído com classes
Java da plataforma Java padrão e a biblioteca JDOM para manipulação de
estruturas XML.
DAO: componente que aplica as regras de persistência impostas pelo modelo
do Sumário Clínico para manutenção de base de dados Sumário Clínico e
realização da persistência dos dados na base de dados B-RES. Encapsula os
mecanismos de acesso às fontes de dados. Construído com classes Java da
plataforma Java padrão, API JDBC de fornecedor do banco de dados escolhido
e procedimentos armazenados no banco.
Gerenciador Logs: componente responsável pelo gerenciamento e registro de
logs no módulo dados clínicos off-line. Construído com classes Java da
plataforma Java padrão.
Gerador de Respostas de Processamento: componente responsável pela
geração do resultado do processamento do extrato de informações clínicas
para o integrador. Construído com classes Java e API XML nativa da
plataforma Java padrão. O resultado será disponibilizado em arquivo XML.
Gerador de SLAs: componente responsável pela verificação dos níveis de
serviços acordados. Construído com classes Java da plataforma Java padrão.
Os SLAs gerados serão persistidos em uma base de dados.
Base de Dados de Sumário: componente de persistência externo à aplicação
com responsabilidade de manter os dados clínicos sumarizados, de acordo
com as regras de sumarização, necessários para a troca de informações entre
os sistemas integradores.
Base de Dados Completa: componente de persistência externo á aplicação
com responsabilidade manter todos os dados clínicos recebidos nos extratos
XML. Este componente foi adicionado para atender a necessidade de
armazenar o histórico de todos os dados clínicos dos cidadãos para garantir
seu acesso futuro e para atender ao projeto de BI – Business Intelligence.
10
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
A troca de dados clínicos será baseada em extratos de RES, codificados em
XML, construídos conforme o modelo de referência da norma ISO 13606. A validação
sintática dos extratos recebidos na B-RES, será realizada através da utilização dos
XML Schemas disponíveis no Portal Público do Registro Eletrônico de Saúde
(http://sres.saude.mg.gov.br). Os extratos devem ser construídos conforme o padrão
citado, caso contrário este arquivo será invalidado e devolvido ao sistema de saúde
responsável pelo envio. O extrato somente deve ser enviado para o servidor OFTP da
PRODEMGE, após uma validação local com os referidos XML schemas.
O extrato enviado será armazenado no servidor OFTP, em um diretório
específico para o sistema de saúde, onde estarão armazenados os extratos enviados
anteriormente, onde também estarão disponíveis os logs resultantes do
processamento dos extratos.
A partir de um serviço desenvolvido pela PRODEMGE, constantemente será
realizada a verificação de existência de extratos a serem processados neste diretório
mencionado. Este serviço, ao detectar novos extratos, fará a distribuição dos mesmos
para os servidores de processamento de extratos previstos pela arquitetura. Sendo
que, durante o processamento, os extratos serão novamente validados em termos de
sintaxe (com base nos XML schemas) e com relação a semântica (baseados nos
arquétipos e terminologias).
Caso os extratos sejam validados sem erros, os dados serão persistidos nas
bases de Histórico Clínico do Paciente, onde todos os extratos do paciente
estarão armazenados em sua totalidade, assim como serão persistidos na base de
Sumário Clínico do Paciente, aqueles dados que forem permitidos conforme as regras
de permanência definidas nos arquétipos.
Modelos de extratos de RES estão disponíveis no Portal Público do Registro
Eletrônico de Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br).
6.2 Recuperação de extratos da B-RES (Consulta)
Premissa para a recuperação de extratos: Obter permissão para troca de dados
com a camada de integração (serviços web). Para obter maiores informações sobre a
permissão de conectividade com a BRES, deverá ser enviado um email para
[email protected].
O Módulo Dados Clínicos On-line contém as seguintes funcionalidades:
11
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Serviços Web (Camada de Integração): aplicação que disponibiliza os serviços
de integração (web services). Os Dados Demográficos Service e Dados
Clínicos Service implementam a camada de integração e são construídos
utilizando os padrões de construção para os serviços web e interoperabilidade
(WS-I): XMLSchema, WSDL 1.1, SOAP 1.2 sobre HTTP, transporte de dados
binários MTOM (Message Transmission Optimization Mechanism), estilo
DOCUMENT/LITERAL WRAPPED e Servlet. A aplicação foi construída com a
tecnologia Servlet e componentes de negócio EJB e disponibilizada em um
container JEE que implemente as especificações de webservices e
interoperabilidade, Servlet 2.5 e EJB 3.0.
JAAS Segurança (Camada de Segurança): controle de acessos aos serviços
da camada de integração, das regras e dados de negócio clínico. Utilizado o
padrão JAAS da plataforma JEE.
Regras de Negócio (Camada de Negócio): componentes de negócio que
contém as regras de negócio relativas aos dados clínicos e coordena a
interação da aplicação serviços web com a camada de persistência. O padrão
facade é empregado por meio do uso de uma interface para expor as
operações. A referência ao componente remoto implementa o padrão proxy.
Construída com a tecnologia Enterprise Java Beans (EJB) 3.0 e disponibilizada
em um container que implemente a especificação EJB 3.0 e JPA 1.0. Não há
uso de protocolos de comunicação entre os componentes de negócio e a
camada de persistência. Os componentes de negócio possuem referência aos
POJOS da camada de persistência.
Persistência de dados (Camada de Persistência): camada responsável pelo
acesso ao banco de dados. Construída utilizando POJOS (objetos de
persistência leves) e utilizará os protocolos de comunicação definidos pelo
DBMS (Data Base Manager System). Esta camada de software foi
disponibilizada em um container que possua implementação da especificação
Java Persistence API 1.0.
Aplicação Web (Camada de apresentação): expõe as funcionalidades da
aplicação através de interfaces gráficas de usuário (visões). Ponto de interação
entre os gestores da SES e a aplicação. Construída utilizando JCompany.
Disponibilizada em um container que implementa as especificações Java
Server Pages 2.1, Servlet 2.5 e Java Server Faces 1.2 com facelets.
Portal Segurança: Módulo de controle de acessos às funcionalidades da
aplicação. Utilizado o componente padrão Portal de Segurança Prodemge.
Bridge: Camada de software que permite o reuso de componentes para
aplicações desenvolvidas no JCompany. Utilizado o componente padrão
Camada Bridge JCompany.
Ajuda On-line: Módulo de ajuda contextual. Possui um módulo de gestão de
conteúdos de ajuda com editores WYSIWYG.
Base Portal Segurança: repositório de dados utilizado pelo módulo Portal de
Segurança.
12
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Base Ajuda On-line: repositório de dados utilizado pelo módulo Ajuda On-line.
Base de Sumário: conforme descrito anteriormente.
Base Completa: conforme descrito anteriormente.
Para a recuperação de extratos, os sistemas de saúde deverão utilizar os
serviços (web services) que compõem o ambiente de SOA da B-RES. Para isto,
deverão enviar uma requisição de consulta informando o código do cartão SUS do
paciente. Esta mensagem será recebida pela camada de serviço, desenvolvida para o
ambiente da B-RES e será validada estruturalmente. Os extratos que serão retornados
pela B-RES também serão baseados no modelo de referência da norma ISO 13606.
Esses extratos obedecerão aos padrões estabelecidos pelos XML Schemas,
arquétipos e terminologias publicadas no Portal Público do Registro Eletrônico de
Saúde (http://sres.saude.mg.gov.br). No portal também é possível encontrar exemplos
de extratos, assim como arquétipos e terminologias que devem ser utilizadas.
6.3 O LOG de retorno dos dados clínicos
Para cada extrato enviado a B-RES será criado um log de retorno no formato
XML. Neste log estarão informações sobre o processamento (sucesso ou erro) e
informações relevantes para o debug ou melhoria do extrato.
Segue um exemplo de log de retorno de um extrato com erro sintático.
<log>
<extract
15:40:40">
file_name="parceiros01@[email protected]"
date_time_process="18/05/2010
<header>
<id_res extension="Parceiros01" oid="XPTO.123.ABC"/>
</header>
<body>
<patient extension="" oid=" ">
<ehr_id extension="123456" oid="ABC.123"/>
<date_time_process>18/05/2010 15:40:40</date_time_process>
<status>ERROR</status>
<error id="MSGI050" description="Erro na validacao sintatica.">
<value>cvc-elt.4.3: Type 'ehr:II' is not validly derived
from the type definition, 'CS', of element 'ehr:item_category'.</value>
</error>
</patient>
</body>
<footer>
<resume>
<process extracts="1">
<success>0</success>
<error>1</error>
</process>
</resume>
</footer>
</extract>
</log>
TAG
Extract
Propriedade
file_name
Extract
data_time_process
id_res
extension
id_res
oid
Descrição
Referencia o arquivo XML
com o extrato mal formado.
Data/hora do processamento
pela B-RES
Identificador do RES na BRES
Código OID do RES
13
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Patient
extension
Patient
ehr_id
oid
extension
ehr_id
data_time_process
oid
Status
Error
id
Error
Value
Process
description
extracts
Sucess
Error
Identificador da pessoa na
RES
Código OID do Paciente
Identificador do extrato na
RES
Código OID do Paciente
Data/hora do processamento
pela B-RES
SUCESS | ERROR
Identificador do erro. Veja
tabela de código de erros.
Breve descrição do erro
Descrição detalhada do erro
Total
de
extratos
processados no arquivo XML
(geralmente um extrato)
Extratos processados com
sucesso. (geralmente um
extrato)
Quantidade
de
erros
encontrados no extrato
6.3.1 Tabela de erros
MSGA001
MSGE002
MSGE003
MSGE004
MSGE005
MSGI006
MSGI007
MSGA008
MSGI009
MSGE010
MSGA011
MSGE012
MSGA013
MSGI014
MSGE015
MSGA016
MSGE017
MSGE018
MSGE019
MSGE020
MSGI021
MSGI022
MSGE023
MSGE024
RES não cadastrado.
Erro na autenticação do usuário.
Falha na gravação.
Estrutura de dados inconsistente.
Caminho ou Arquivo inválido.
Lista de parâmetros vazia.
Não foram encontrados registros de acordo com os parâmetros de pesquisa
utilizados.
Os Campos obrigatórios não foram preenchidos.
Registro não encontrado.
Erro de formato.
RES fora da região de domínio.
Serviço Indisponível.
Serviço Inválido para este usuário.
Time-Out - Não recebida resposta do RES.
Não foi possível confirmar a operação.
Operação não permitida.
Formato de arquivo inválido.
Não foi possível recuperar os dados.
Operação não foi finalizada.
Falha na importação.
Servidor indisponível.
Operação concluída.
Estrutura de arquivo inválida.
Não foi possível recuperar arquivos publicados.
14
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
MSGE025
MSGI026
MSGE027
MSGE028
MSGI029
MSGE030
MSGE031
MSGE032
MSGE033
MSGE034
MSGE035
MSGE036
MSGE037
MSGE038
MSGI039
MSGE040
MSGE041
MSGE042
MSGE043
MSGE044
MSGE045
MSGE046
MSGI047
MSGI048
MSGE049
MSGI050
MSGI051
MSGE053
MSGE054
MSGE055
MSGI056
MSGE057
MSGI058
MSGI059
MSGI060
MSGI061
Erro ao iniciar o servidor.
Problema ao iniciar o servidor.
Erro na execução do servidor.
Não foi possível criar diretório.
Parâmetro de inicialização inválido.
Não foi possível carregar propriedade.
Não foi possível executar agendador.
Não foi possível compactar arquivo(s).
Não foi possível disponibilizar download do arquivo.
Não foi possível finalizar o extrato processado.
Não foi possível renomear o arquivo.
Não foi possível excluir o arquivo.
Não foi possível gerar o hash.
Erro ao iniciar o cliente.
Problema ao iniciar o cliente.
Erro na execução do cliente.
Erro ao remover elemento da lista.
Hash incompatível.
Erro ao iniciar parser.
Erro na execução parser.
Erro de inicialização de recurso.
Erro na criação do extrato.
Consulta não retornou dados clínicos do paciente
Problema na execução parser.
Erro ao tentar inicializa o pool de conexão com a base de dados.
Erro na validação sintática.
Terminologia invalida
Erro ao iniciar persistência.
Erro na execução persistência.
Extrato nulo.
Campo não informado.
Arquivo existente.
Finalizado com sucesso aplicação
Extratos processados até o momento
Aplicação iniciada com sucesso
Extratos a serem processados
7 Dúvidas e esclarecimentos
Maiores esclarecimentos podem ser obtidos na área de suporte da PRODEMGE,
através do e-mail <[email protected]>.
8 Referências
15
Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES-MG
Companhia de Tecnologia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE
Beale, T. Archetypes: Constraint-based Domain Models for Future-proof Information
Systems. OOPSLA 2002 workshop on behavioural semantics, 2002.
Beale T; Heard S. Archetype definitions and principles. Rev. 0.5. The OpenEHR
Foundation, 2007a.
Beale T; Heard S. Archetype Definition Language 1.4. Rev. 1.4.0. The OpenEHR
Foundation, 2007b.
Beale T; Heard S. Architecture Overview. Rev. 1.1. The OpenEHR Foundation, 2007c.
Kalra, Dipak. Electronic Health Record Standards. IMIA, 2006.
ISO/TC251 13606 Health informatics - Electronic record communication - Part 1:
Reference Model e Part 2: Archetype interchange. ISO, 2008.
Michelsen, Line; Pedersen, Signe S.;Tilma, Helene B.;Andersen, Stig K. Comparing
different approaches to Two-level modeling of Electronic Health Records. European
Federation for Medical Informatics - IOS Press, 2005.
Santos, Marcelo R.;Bax, Marcello P.;Kalra, Dipak. Building a Logical EHR architecture
based on ISO 13606 standard and Semantic Web Technologies. MEDINFO - África do
Sul, 2010.
Santos, Marcelo R.;Bax, Marcello P. Modelagem de arquétipos para a construção de
um repositório central de sistemas de RES federado. CBIS, 2010.
16
Download

Base de Registro Eletrônico em Saúde (B-RES)