Manual de Comitês Dilemas Internacionais Contemporâneos ACNURECOSOCUNSC 23 A 25 DE SETEMBRO DE 2015 SIMULAÇÃO INTERNA DAS NAÇÕES UNIDAS DA PUC GOIÁS VII SINPUC SIMULAÇÃO INTERNA DAS NAÇÕES UNIDAS DA PUC GOIÁS DILEMAS INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEOS: MANUAL DE COMITÊS 23 A 25 DE SETEMBRO DE 2015 GOIÂNIA 2 SUMÁRIO 1 CARTA DE BOAS-VINDAS AOS DELEGADOS 2 UNITED NATIONS SECURITY COUNCIL (UNSC) 2.1 What is the UNSC? 2.2 Contemporary Threat – The Islamic State 2.3 Objectives of the Simulation 2.4 Countries List 2.5 References 3 COMITÊ EXECUTIVO DA AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS (ACNUR) 3.1 O que é o ACNUR? 3.2 Repensando o status de refugiado: conceitos para além de Genebra de 1951 3.3 Objetivos da Simulação 3.4 Lista de Países 3.5 Referências 4 CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL DAS NAÇÕES UNIDAS 4.1 O que é o ECOSOC? 4.2 Crise Econômica Global – Apontamentos e Perspectivas 4.3 Objetivos da Simulação 4.4 Lista de Países 4.5 Referências 3 1 CARTA DE BOAS-VINDAS Caros Delegadas e Delegados, É com muita honra que o CARISVIM convida a todos os alunos, professores e interessados a participarem de mais uma edição da Simulação Interna da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, SINPUC. Nosso modelo de Simulação do Sistema ONU consolidou-se como um grande evento do curso de Relações Internacionais da PUC Goiás, atraindo alunos de outras universidades e cursos para participarem dos debates guiados pela política externa do país que representam, em cada um dos diferentes comitês e de seus respectivos temas. A base da Simulação se pauta no estudo sobre o tema a ser debatido e da compreensão e interpretação da política do país o qual sua delegação representará. Trata-se de uma experiência diplomática e de negociação, e cada delegada e delegado vivenciará tal ambiente a partir das regras e formalidades. Nesta sétima edição, os Delegados poderão escolher entre três comitês diferentes: Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC, em inglês), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) – e poderão representar diversos países de todas as regiões do mundo pré-designados para cada comitê. Os detalhes de cada comitê serão explicitados mais adiante. A Comissão Organizadora providenciará o material necessário para a boa compreensão das regras e procedimentos gerais da Simulação, bem como uma palestra explicativa. Os coordenadores de cada comitê também os provirão com sites e materiais pelos quais possam estudar o tema a ser debatido, e constatar a posição do país que representarão. Estaremos em total disposição para tirar dúvidas, ajudar e fornecer material antes e durante todo o evento. Esperamos a participação de todos os alunos do curso de Relações Internacionais da PUC Goiás, afinal, o CARISVIM trabalha nestes eventos para providenciar para vocês, em nossa casa, o que as grandes Universidades de RI do mundo promovem para si. Estendemos o convite a toda comunidade acadêmica de Relações Internacionais do Centro-Oeste, e áreas afins que se interessem pelo 4 debate. Contamos com todos para construirmos juntos um evento de sucesso, e contribuir para a formação de todos nós. Atenciosamente, Karoline M. Costa Secretária Geral da VII SINPUC Marcelo Gomes Vice Secretário Geral da VII SINPUC 5 2 UNITED NATIONS SECURITY COUNCIL - UNSC Agenda: The Islamic State of Iraq and Syria (ISIS) as a Contemporary Threat President: Frederico Augusto Vice President: Izadora Jayme Coordinator: Daniela Anacleto Participant Members countries: 17 Delegates per country: 2 Language: English 2.1 What is the UNSC? In the United Nations Charter, the Security Council has the primary responsibility for the maintenance of international peace and collective security. The UNSC must take the lead in determining the existence of a threat to peace or an act of aggression. When a dispute takes place, usually the first measure of the UNSC is to recommend that the parties reach an agreement by peaceful means. In some cases, the UNSC may resort to sanctions or authorize the use of force to maintain and/or restore peace and order. The Security Council also recommends to the General Assembly the appointment of the Secretary-General and the admission of new members to the United Nations. Also, in conjunction with the General Assembly, it elects the judges of the International Court of Justice. The UNSC is composed by five permanent members with veto power (United States of America, Russian Federation, People’s Republic of China, French Republic and the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland) and ten non-permanent members who are elected for two-year terms. 2.2 Contemporary Threat – The Islamic State The so-called “Islamic State of Iraq and Syria” (ISIS) can be traced back to 2002, when a Jordanian national called Abu Musab al-Zarqawi 6 founded an organization known as Tawhid wal-Jihad. In 2004, Zarqawi made an alliance with Al-Qaeda, renaming the organization to Al-Qaeda in Iraq (AQI). When the United States occupied Iraq in 2003, AQI was affiliated with Al-Qaeda. Both organizations were seeking to establish an Islamic State (caliphate). However, there were differences between Al-Qaeda and AQI. The latter had an “explicit policy of stroking sectarian violence with the aim of rallying the Sunni community […] which gained criticism from al-Qaeda’s leaders, who felt that the […] violence risked alienating their supporters.” (WELBY, 2015). Only in 2006 AQI changed its name to ISI (Islamic State of Iraq) after joining eight other Islamist insurgent groups without permission from the al-Qaeda leadership. With the accession of its current leader in 2010, Abu Bakr al-Baghdadi, ISI broke its alliance with al-Qaeda since it was no longer convenient for them. After that, Baghdadi created a Syrian subsidiary called Jabhat al-Nusra (JN) in 2011, in the context of the Arab Spring and the dismantlement of Bashar Al-Assad government. In 2013, this subsidiary organization was showing signs of independence and Baghdadi announced its reabsorption into ISI, changing the name of the organization to Islamic State of Iraq and Syria (ISIS). Nowadays, ISIS has more influence and control in more territories than Al-Qaeda has ever had. ISIS also controls its territories with a military force and state-like actions, not just a terrorist organization. Moreover, ISIS is selffunding, since the organization controls a large asset of oil, which is sold in the black market and can make a profit of 3 million dollars per day, according to energy expert Luay al-Khateeb (apud THOMPSON; GREENE; TORRE; 2015). 2.3 Objectives of the Simulation The objective of the simulation of this particular committee is to promote the dialogue between the members of the UNSC into the different perspectives on which measures should be taken to constrain the acts of violence from ISIS and to establish order in the region. 7 2.4 Countries List Permanent Members 1. French Republic 2. People’s Republic of China 3. Russian Federation 4. United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland 5. United States of America Non-Permanent Members 6. Bolivarian Republic of Venezuela 7. Hashemite Kingdom of Jordan 8. Kingdom of Spain 9. Federation of Malaysia 10. Realm of New Zeland 11. Republic of Angola 12. Republic of Chad 13. Republic of Lithuania 14. Republic of Chile 15. Federal Republic of Nigeria Invited Members 16. Federative Republic of Brazil 17. Republic of Turkey 2.5 References LAURIA, Bianca. O Estado Islâmico. Série Conflitos Internacionais. Marília. 2015. O GLOBO. THOMPSON, N.; GREENE, R. A.; TORRE, I. ISIS: Everything you need to know about the rise of the militant group. CNN On-line, 1 February 2015. Disponível em: <http://edition.cnn.com/interactive/2014/09/world/isisexplained/> Acesso em: 19/08/2015. UNITED NATIONS. Current Members. Disponível <http://www.un.org/en/sc/members/>. Acesso em: 13/08/15. em: __________. The Security Council. Nova Iorque. 2015. Disponível em: <http://www.un.org/en/sc/>. Acesso em: 12/08/2015. WELBY, Peter. What is ISIS? In: Tony Blair Faith Foundation, 23 June 2015. Available at: <http://tonyblairfaithfoundation.org/religiongeopolitics/commentaries/backgrounder/what-isis> Acesso em: 19/08/2015. 8 3. COMITÊ EXECUTIVO DO ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS REFUGIADOS – ACNUR Tema: “Repensando o status de refugiado: conceitos para além de Genebra de 1951” Presidente: Ana Roberta Vice-presidente: Larissa Quinelli Assistente: Laura Yoshida Países Participantes: 26 Delegados por país: 1 Idioma: Português 3.1 O que é o ACNUR? Conhecida como Agência da ONU para Refugiados, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) possui competência para dirigir e coordenar ações internacionais de proteção e auxílio aos indivíduos em estado de refúgio por todo o mundo, buscando soluções duradouras, ao prestar assistência no regresso ao país de origem ou na instalação em outro país. Iniciou seus trabalhos no ano de 1950, ajudando dezenas de milhões de pessoas e recebeu, por seus trabalhos humanitários, o Prêmio Nobel da Paz. A principal missão do ACNUR é assegurar os direitos e o bem-estar dos refugiados. Nos esforços para cumprir seu objetivo, a agência se empenha em garantir que qualquer pessoa possa exercer o direito de buscar e gozar de refúgio seguro em outro país e, caso assim deseje, regressar ao seu país de origem. É importante notar que o Estatuto do ACNUR foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 1950, mas foi originalmente pensado para lidar com o enorme número de pessoas deslocadas pela guerra na Europa. Os critérios pelos quais ela definia refugiado eram então ainda bastante limitados. Para aqueles que são obrigados a fugir de seus países, devido às guerras ou perseguições, o ACNUR tem sido a última esperança para eles retomarem suas vidas. Atualmente, com uma equipe de aproximadamente 9.300 pessoas em mais de 123 países, o órgão procura ajudar cerca de 46 milhões de pessoas em necessidade de proteção. 9 O Comitê Executivo (ExCOM), a ser simulado, é um órgão subsidiário da Assembleia Geral e do ECOSOC da ONU. Não substituiu as funções políticas daqueles órgãos, mas dá apoio extra ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Tem uma reunião anual (geralmente em outubro) e adota Conclusões e Decisões. Essas devem ser adotadas por Consenso, para garantir o caráter humanitário da agenda do órgão. 3.2 Repensando o status de refugiado: conceitos para além de Genebra de 1951 Desde sua criação, a Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967 – ou Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados, que ampliava o escopo temporal e geográfico da primeira – sofreram uma série de limitações. Desta forma, novos documentos foram apresentados buscando uma adaptação à realidade dos indivíduos que requeriam proteção e consequentemente, acabaram por alastrar a definição do conceito de refugiado. Em decorrência dessa necessidade, a ampliação dos novos conceitos já estava presente na Convenção Relativa aos Aspectos Específicos dos Refugiados Africanos (1969), na Declaração de Cartagena (1984) e, ao menos teoricamente, em decisões do Conselho da Europa. Como cerne da questão, a Declaração de Cartagena (1984) sugeriu conceituar como refugiados aqueles que, Fugiram de seus países porque sua vida, segurança ou liberdade foram ameaçadas pela violência generalizada, pela agressão estrangeira, pelos conflitos internos, pela violação maciça dos direitos humanos ou por outras circunstâncias que hajam perturbado gravemente a ordem pública (Cf. conclusão III, parágrafo 3.º). Mas deixaram de adotar o critério de reconhecimento do status de refugiado em função da situação de um determinado local dentro do território do Estado, como fez a Organização da Unidade Africana. Por fim, as novas formas de violação dos direitos humanos, quer sejam por guerras, problemas ambientais ou econômicos, assolam o mundo contemporâneo, sendo necessária a união de esforços dos Estados na 10 tentativa de debater os critérios de reconhecimento do status de refugiado no século XXI. 3.3 Objetivos da Simulação Buscar um diálogo entre os Estados participantes do Comitê Executivo do ACNUR a fim de desenvolver o debate sobre os novos meios de violação dos direitos humanos que afetam diretamente a ampliação do termo refugiado, bem como os novos critérios de reconhecimento desse status. Através do debate, procura-se chegar as resoluções que sejam pontos de partida para esforços conjuntos na proteção dos novos refugiados espalhados por diversas regiões do mundo, inclusive na América Latina. 3.4 Países Participantes Comunidade da Austrália República Democrática do Congo Estados Unidos da América República Democrática Somali Estados Unidos Mexicanos Bélgica Federação Russa República do Sudão do Sul República das Filipinas República Federal da Alemanha Reino da Espanha República Federal da Nigéria Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte República Federativa do Brasil República Islâmica do Afeganistão República Francesa República da África do Sul República Helênica da Grécia República da Colômbia República Islâmica do Paquistão República da Índia República Italiana República da Polônia República Libanesa República da Turquia República Popular da China 3.5 Referências ACNUR. Direito Internacional dos Refugiados e a sua aplicação no direito brasileiro. São Paulo: Editora Método, 2007. Disponível em: <http://www.acnur.org/t3/fileadmin/Documentos/portugues/Publicacoes/2013/ 11 O_Direito_Internacional_dos_Refugiados.pdf?view=1>. 15/08/2015. Acessado em: ACNUR. Sobre o ACNUR. 2015. Disponível em: <http://www.acnur.org/t3/portugues/o-acnur/> ou <http://unhcr.org> Acessado em: 14/08/2015. 12 4. CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL DAS NAÇÕES UNIDAS Tema: Crise Econômica Global – Apontamentos e Perspectivas Coordenador: Guilherme Carvalho Vice-coordenadora: Clara Muniz Assistente: Giovana Nepomuceno Países Participantes: 30 Delegados por país: 1 Idioma: Português 4.1 O que é o ECOSOC? O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é uma plataforma das Nações Unidas para a reflexão, debate, e pensamento inovador sobre o desenvolvimento econômico e social. No ECOSOC estão envolvidos uma grande variedade de grupos de interesse - decisores políticos, parlamentares, acadêmicos, grandes grupos, fundações, representantes do setor empresarial e cerca de 3,200 organizações não governamentais registradas em um diálogo produtivo sobre o desenvolvimento através de um ciclo de programação de reuniões. O trabalho do Conselho é guiado por uma abordagem baseada em problema, e há um tema anual que acompanha cada ciclo programático, garantindo uma discussão sustentada e focada em diversas agendas. 4.2 Crise Econômica Global – Apontamentos e Perspectivas A crise financeira iniciada com o estouro da bolha imobiliária estadunidense em meados de 2007, que vinha sacudindo os mercados internacionais ao longo de 2008, acentuou-se consideravelmente a partir de meados de setembro de 2008 com a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers e passou a afetar, de modo mais intenso, os mercados financeiros domésticos. Longe de restringir-se ao mercado financeiro, contudo, a abrupta deterioração das expectativas de uma recuperação econômica rápida revelou-se longe do setor real da economia global. A qualidade de vida, 13 empregos e geração de renda foram seriamente afetadas pela crise, cabendo destacar os impactos sobre a zona do euro, afetando todos os parceiros do bloco diretamente. Permanecem no radar o elevado nível de endividamento público americano, a fragilidade das instituições financeiras em diversos países e os claros sinais de desaceleração da economia mundial. 4.3 Objetivos da Simulação Buscar um diálogo entre os Estados participantes a fim de desenvolver um maior debate sobre a crise, dentro das diferentes perspectivas, buscando, através do debate, chegar a resoluções que sejam pontos de partida para esforços conjuntos no combate à regressão dos processos de desenvolvimento social, e retomada do crescimento das economias globais. 4.4 Lista de Países Comunidade da Austrália Emirados Árabes Unidos Estados Unidos da América Estados Unidos Mexicanos Federação Russa Japão Reino da Arábia Saudita Reino da Espanha Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte República Argentina República da África do Sul República da Colômbia República da Coreia República da Costa Rica República da Índia Republica da Irlanda República da Namíbia República da Polônia República da Turquia República de Cuba República Democrática do Congo República do Senegal República Federal da Alemanha República Federal da Nigéria República Federativa do Brasil República Francesa República Helênica da Grécia República Islâmica do Paquistão República Italiana República Popular da China 4.5 Referências ACIOLY, Luciana; LEÃO, Rodrigo Pimentel F. Crise Financeira Global: Mudanças Estruturais e impactos sobre os Emergentes e o Brasil. Brasília: Ipea, 2011. ASSALVE, Daniele. Entenda a crise econômica mundial. Disponível em: <http://economia.ig.com.br/criseeconomica/entenda-a-crise-economicamundial/n1597248705930.html>. Acessado em: 11/08/2015. 14 ECOSOC. Disponível em: <http://www.un.org/en/ecosoc/>, acesso em 11/08/15 às 16:20.