103 NEUROARTROPATIA DIABÉTICA Edward Jude Tameside General Hospital, Ashton-under-Lyne, United Kingdom A Neuroartropatia de Charcot (NC) é uma condição devastadora que afecta os pés de pacientes com diabetes. A patofisiologia da NC continua a não ser completamente compreendida, embora os principais componentes etiológicos tenham sido identificados. A pedra angular do tratamento da NC aguda é o imediato e efectivo alívio da pressão, normalmente com um molde de gesso de contacto total e redução do apoio do peso. Actualmente, os principais objectivos da intervenção farmacológica são a inibição da activação osteoclástica excessiva e a supressão da resposta excessiva da citoquina próinflamatória. A terapêutica anti-reabsortiva, especialmente com bisfosfonatos, tem sido utilizada em ensaios aleatorizados. Até agora, os ensaios têm demonstrado uma melhoria do controlo dos sintomas, um declínio mais rápido da temperatura do pé e uma diminuição significativa nos marcadores de regeneração óssea. A compreensão das vias moleculares da doença óssea reabsortiva irá ajudar ao desenvolvimento de novas terapêuticas farmacológicas auxiliares, as quais poderão melhorar ainda mais os resultados alcançados em pacientes com NC. 104 POSSÍVEIS FUTURAS MODALIDADS PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO Stephan Morbach Marienkrankenhaus Gem.GmbH, Soest, Germany Os relatórios mais recentes revelaram a importância do reconhecimento inicial de pés diabéticos de alto-risco e o provisionamento padronizado de medidas preventivas para evitar lesões do pé diabético e reduzir a morbilidade e custos que resultam dessas complicações. Foram publicadas recentemente algumas interessantes novas ideias relacionadas com a úlcera do pé diabético (utilização da monitorização da temperatura da casa, monitorização da actividade). No caso de ulceração estabelecida, os princípios padrão para o tratamento do pé diabético incluem o desbridamento cirúrgico, tratamento da infecção, aplicação de princípios de descarga, cuidado local da ferida adaptado ao estádio da mesma e angioplastia agressiva ou revascularização distal. Aplicando estes princípios numa abordagem interdisciplinar e intersectorial, deve evitar a amputação na magnitude dos casos. No entanto, no pequeno número de pacientes que não são elegíveis para os princípios convencionais da revascularização, a angiogénese e colateralogénese terapêutica por meio da terapia genética ou autotransplante da medula óssea poderá salvar as pernas em alguns pacientes com isquemia crítica dos membros no futuro. Como têm sido descritos deficiências intrínseca da cicatrização de úlceras no paciente diabético (incluindo disfunção fibroblástica, deficiência nos factores de crescimento e anormalidades da matriz extracelular), a utilização de produtos avançados de cicatrização de feridas direccionados a estes problemas poderá ser considerada em casos relutantes à cicatrização utilizando as técnicas padrão. Adicionalmente às novas abordagens e posterior desenvolvimento dos procedimentos existentes do tratamento local de feridas, novos métodos de desbridamento (terapias de ultra-sons e “hidrocirurgia”) e a utilização de células estaminais derivadas da medula óssea podem ser úteis para acelerar o processo de cicatrização e reduzir o risco de infecção secundária e amputação. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 71 6EG:H:CI6v³DDG6A 72 105 LINFEDEMA EM PORTUGAL J. Pereira Albino Hospital Pulido Valente, Lisbon, Portugal Na maioria dos países ocidentais, os linfedemas são considerados doenças raras, geralmente relacionadas com o cancro. Para além disso, os linfedemas são responsáveis por uma incapacidade permanente, que necessita de ser tratada em todas as suas vertentes, em particular a física e a psicológica. Portugal não constitui uma excepção a essa regra (apesar de possuir um número considerável de emigrantes de países africanos, nos quais a filariose continua a existir), os linfedemas não são bem conhecidos pela classe médica e o seu tratamento é difícil. O autor deste artigo faz uma análise da História da Linfologia Portuguesa e apresenta algumas das razões que o levam a acreditar ser difícil realizar estudos epidemiológicos sobre esta doença, as quais se relacionam principalmente com as particularidades do diagnóstico. Relativamente ao tratamento, o autor realça o esforço realizado na maioria dos centros portugueses de tratamento do cancro para o tratamento do linfedema após mastectomia, e termina apontando algumas medidas para um tratamento mais eficaz desta doença. 106 A FERIDA - ARCO IMUNE AFERENTE, NÓDULOS LINFÁTICOS E DA LINFA, ARCO EFERENTE Waldemar L. Olszewski Medical Research Center, Warsaw, Poland A cicatrização de feridas não deve ser considerada como um processo limitado aos tecidos danificados. É sempre acompanhada por uma resposta intensiva do sistema linfático (imunitário) regional. O interesse recente no campo da cicatrização de feridas tem estado focado na reacção do sistema linfático aos eventos celulares e humorais da ferida e especificamente à resposta simultânea do nódulo linfático aos antígenos próprios e aos bacterianos, estabelecendo a tolerância aos próprios antígenos celulares e enviando as células regulatórias específicas do antígeno do nódulo para o seu “lugar” na ferida. Os detritos celulares e os organismos colonizadores são transportados através dos vasos linfáticos até ao nódulo linfático drenante. Aí, ocorre uma reacção xenogénita às bactérias e uma reacção auto-imune aos próprios antígenos. Os nossos estudos experimentais mostraram drenagem directa dos micróbios e marcadores experimentais a partir da ferida da pele para o nódulo linfático regional. Os marcadores injectados no espaço da fractura fechada da tíbia foram também transportados para os nódulos linfáticos. Nos humanos, as úlceras venosas e fístulas do pé diabético são acompanhadas de mudanças nos nódulos linfáticos regionais. Imagens linfocintigráficas revelam dilatação dos vasos linfáticos e aumento dos nódulos linfáticos após fracturas fechadas da fíbula. No arco eferente de resposta, grupos de linfócitos Treg são enviados a partir do nódulo para a ferida. A sua função regulatória encontra-se a ser esclarecida. 107 MICROCIRURGIA PARA O LINFO-EDEMA: UM SISTEMA DE TRATAMENTO INICIAL E RESULTADO CLÍNICO DE LONGO ALCANCE Corradino Campisi S.Martino Hospital - University of Genoa, Genoa, Italy Objectivo: Reportar uma vasta experiência clínica no tratamento microcirúrgico do linfedema periférico. Métodos: Mais de 1500 pacientes com linfedema periférico foram tratados com técnicas microcirúrgicas. Os procedimentos linfáticos micro-vasculares derivativos reconhecem hoje a sua aplicação mais exemplar nas anastomoses linfático-venosas (ALV) múltiplas. Para aqueles casos onde uma doença venosa está associada a uma patologia linfostática mais ou menos latente ou manifesta de gravidade tal que seja contraindicada uma derivação linfático-venosa, foram desenvolvidas técnicas de microcirurgia linfática reconstrutiva (autoplastias venosas ou anastomoses linfático-venosa-linfático ALVL). Foi efectuada uma avaliação objectiva através de volumetria aquosa e linfocintigrafia. Resultados: Foi notado um melhoramento subjectivo em 87% dos pacientes. Objectivamente, as mudanças de volume mostraram um melhoramento significativo de 83%, com uma redução em média de 67% do volume em excesso. Dos pacientes seguidos, 85% poderam descontinuar a utilização de medidas conservativas, com um seguimento médio de mais de 10 anos e redução média do volume em excesso de 69%. Existium uma redução de 87% na incidência de celulite após a microcirurgia. Conclusões: As anastomoses linfático-venosas microcirúrgicas tem um lugar no tratamento do linfedema periférico e devem ser a terapia de escolha em pacientes que não respondem satisfatoriamente ao tratamento não cirúrgico. Podem ser esperados melhores resultados com operações efectuadas antecipadamente nos estádios iniciais do linfedema. 108 DA LINFA À GORDURA: NOVA ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA ALCANÇAR A REDUÇÃO COMPLETA DO LINFOEDEMA CRÓNICO DO BRAÇO E DA PERNA. Håkan Brorson, Karin Ohlin, Gaby Olsson, Barbro Svensson Malmö University Hospital, Malmö, Sweden Objectivo: Os pacientes com linfoedema de longa duração, pronunciando sem sinal de godet não respondem ao tratamento conservador devido ao fluxo linfático diminuído e a inflamação resulta na formação de tecido adiposo subcutâneo em excesso. Os tratamentos cirúrgicos anteriores utilizando ou a excisão total com enxerto de pele ou plastias de redução alcançaram resultados cosméticos e funcionais aceitáveis. A reconstrução microcirúrgica envolvendo shunts linfo-venosos ou transplantação dos vasos linfáticos, embora atractiva como conceito fisiológico, não consegue fornecer a redução completa em linfedema crónico sem sinal de godet porque não elimina os conjuntos de tecidos adiposos subcutâneos de formação recente. Métodos: 94 mulheres com linfedema do braço sem sinal de godet após cancro da mama e 16 pacientes (12 mulheres e 4 homens) com linfedema da perna (7 primário e 9 secundário) efectuaram liposucção devido a linfedema crónico sem sinal de godet. Todos os pacientes tinham recebido tratamento conservador (CDT, CCT, e/ou CP) antes da cirurgia sem redução do volume em excesso. Todos usavam acessórios de compressão antes da cirurgia. Resultados: O volume pré-operatório do braço em excesso era de 1729 ml e da perna 4312 ml. Foi alcançada uma redução completa após 6 meses no grupo do braço, e após 1 ano no grupo da perna. Não foi observada recorrência durante o seguimento: 13 anos no grupo do braço e 4 anos no grupo da perna. Conclusão: Estes resultados a longo prazo demonstram que a liposucção é um método eficaz para tratamento do linfedema crónico sem sinal de godet em pacientes que falharam no tratamento conservador. Os métodos conservadores e os procedimentos microcirúrgicos não conseguem remover o tecido adiposo hipertrofiado. A remoção do tecido adiposo hipertrofiado, induzido por inflamação e fluxo linfático lento ou ausente, é um pré-requisito para a redução completa. A liposucção é o único método conhecido que pode reduzir completamente o volume em excesso. A redução é mantida através de utilização constante (24 horas) de acessórios de compressão após a operação. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 73 6EG:H:CI6v³DDG6A 74 109 110 PYODERMA GANGRENOSUM – UMA CAUSA PARA ÚLCERAS DIFÍCEIS DE CICATRIZAR MEDIÇÕES DA PRESSÃO SUB-LIGADURAS: FÍSICA DA TERAPIA DE COMPRESSÃO Anca Breahna Jan Schuren, Kay Mohr Emergency Clinical Hospital Bucharest, Bucharest, Romania 3M Medical Markets Laboratory, Neuss, Germany Objectivo: destacar um causa rara, embora não seja incomum, de úlceras difíceis de cicatrizar, de forma a melhorar a eficácia do tratamento Objectivo: Avaliar as forças compressivas proporcionadas pelas ligaduras de compressão e de que forma as leis da física podem ser utilizadas para explicar a dinâmica sub-ligadura, necessária para apoiar o refluxo venoso. Métodos: O resumo apresenta o caso de uma mulher de 34 anos de idade, admitida no Departamento de Cirurgia Plástica, no Hospital de Emergência Clínica de Bucareste devido a uma úlcera extremamente dolorosa, gigante e recorrente da coxa da perna direita associada com colite ulcerosa. Promovemos o desbridamento e granulação da ferida utilizado terapia de feridas em ambiente húmido. A paciente recebeu Sulfasalaizina e, quando necessário, antibioterapia sistémica. Os critérios de avaliação de feridas foram: a gravidade da dor, a qualidade do tecido de granulação e a re-epitelização, a gravidade do edema da perna, a contaminação bacteriana da perna. Resultados: O tratamento actual de feridas crónicas utilizando compressas seleccionadas e terapia de compressão permitiu-nos cobrir com enxertos de pele um grande defeito de cerca de 7% TBSA num prazo relativamente curto (6 semanas). No entanto, o enxerto rebentou e a úlcera reapareceu nos primeiros três meses. Foi diagnosticado ao paciente Pyoderma Gangrenosum e recebeu imunossupressores. Conclusão: As úlceras da perna de cicatrização difícil são problemas de saúde graves e são devidas a uma diversidade de factores, tais como o tamanho da úlcera, doenças associadas, fraca mobilidade dos membros inferiores, e fraca resposta à terapia. Não obstante, os médicos devem ter sempre em mente uma doença imunomediada como Pyoderma Gangrenosum sempre que lidam com úlceras recorrentes pese embora o tratamento apropriado da ferida. Métodos: 1. As medições foram tiradas de 744 aplicações de ligaduras de compressão de diferentes materiais em pernas artificiais equipadas com transdutores de pressão. 2. As medições durante as actividades funcionais foram tiradas de 12 aplicações em voluntários saudáveis. Todas as ligaduras foram aplicadas por especialistas da área. Resultados: Os cálculos da pressão pelas equações da lei de Laplace modificada não fazem uma previsão precisa dos valores medidos nestes estudos. Observou-se uma compressão graduada real em apenas 53 das 744 (7,1%) aplicações. As medições em voluntários saudáveis revelaram que a lei de Laplace é incorrectamente interpretada quando se calculam as pressões por baixo da ligadura. Conclusão/Discussão: A ampla convicção de que os sistemas de compressão aplicados correctamente proporcionam valores de pressão graduados baseia-se unicamente em equações matemáticas teóricas. A pressão final depende apenas do raio da curvatura específica em que é posicionado um sensor, em vez da circunferência da perna no nível do posicionamento. A dinâmica por baixo das ligaduras é melhor explicada pela lei de Pascal sobre a pressão, na qual se declara que, se a pressão for aplicada a um fluido estagnado (um músculo ou um grupo de músculos) num recipiente (a fáscia circundante, assim como a ligadura de compressão), a pressão é transmitida de forma igual em todas as direcções dentro desse recipiente. 111 ÚLCERAS VENOSAS CONSIDERADAS ‘DIFÍCEIS’ E O SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES: RESULTADOS DA PESQUISA TRAJECTORIA Jean-Charles Kerihuel Vertical, Paris, France Introdução: A pesquisa TRAJECTORIA procurou descrever a tipologia de úlceras consideradas “difíceis” e avaliar a repercussão das mesmas na qualidade de vida. Métodos: Pesquisa observacional. Os investigadores reportaram, no máximo, os primeiros 8 pacientes, internados ou ambulatórios, cujas úlceras foram avaliadas como sendo de difícil tratamento. A ferida foi examinada no início e o paciente respondeu a um questionário sobre a qualidade de vida: o EuroQol-5D (EQ5D). No caso dos pacientes que voltaram a ser vistos no prazo de 30 a 120 dias, a evolução da ferida foi documentada e preenchido um novo questionário EQ5D. Resultados: 168 investigadores incluíram 1005 pacientes (64% mulheres; 91% ambulatórios; 62% já vistos; idade média: 73 p12 anos). 48% dos pacientes tinham sido sujeitos a uma exploração vascular e a terapia de compressão foi utilizada em 76% dos casos. 31% e 25%, respectivamente, tinham um historial de cirurgia venosa ou de flebite. A úlcera foi recorrente em 55% dos casos e 34% dos pacientes apresentavam mais de uma ferida. 22% das úlceras tinham uma duração superior a 6 meses. Em 20% e 11% dos casos, foi diagnosticado diabetes e insuficiência cardíaca, respectivamente. Aumento da área de superfície, desenvolvimento de eritema e exsudação abundante foram os sinais mais reportados. No EQ5D, as queixas mais frequentes referiam-se à dor ou desconforto e ansiedade ou depressão. 652 pacientes voltaram a ser vistos pelos médicos investigadores. O EQ5D melhorou significativamente nos casos de evolução favorável da úlcera. Conclusão: As úlceras consideradas “difíceis” na prática rotineira têm um grande impacto no EQ5D, o qual é bastante sensível quando ocorre uma melhoria das condições da ferida. 112 ENSAIO CLÍNICO DE CRUZADO SECTORIAL COM SELECÇÃO ALEATÓRIA DOS PACIENTES PARA COMPARAR O IMPACTO DO USO DE UM SISTEMA DE LIGADURA DE COMPRESSÃO DE DUAS CAMADAS VERSUS QUATRO CAMADAS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA Patricia Price1, Keith Harding1, Christine Moffatt2 1Cardiff University, Cardiff, United Kingdom, 2Thames Valley University, London, United Kingdom Objectivo: Comparar o deslizamento da ligadura, a qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) e a preferência do paciente durante o tratamento de úlceras venosas da perna com um sistema de ligadura de compressão de duas ou de quatro camadas. Métodos: O ensaio foi realizado em 10 centros: no Reino Unido (3), Estados Unidos (5) e Canadá (2). Os pacientes (n=81) foram escolhidos aleatoriamente para usar um dos dois sistemas de compressão. O acompanhamento prolongou-se por 8 semanas, o qual incluía, pelo menos, 9 consultas clínicas. A troca de tratamento ocorreu na 4ª semana. Todas as úlceras usaram o mesmo tipo de penso primário. O objectivo principal era avaliar o deslizamento da ligadura em cada mudança de penso. Os objectivos secundários incluíam a determinação da QVRS (Esquema Cardiff de Impacto da Ferida), bem como a cicatrização e a redução da área da ferida, ambas avaliadas no início, na altura da troca de tratamento e no final do estudo. A preferência do paciente foi determinada através de um questionário. Resultados: O deslizamento médio estimado com base num modelo misto ANOVA (701 medições) foi de 2,48 cm para o sistema de 2 camadas e de 4,17 cm para o de 4 camadas (p<0,0001). As alterações positivas na apreciação dos sintomas físicos e do quotidiano na QVRS durante o período 1 foram significativamente mais elevadas com o sistema de 2 camadas (teste t de duas amostras, p=0,046). Não houve diferenças significativas na percentagem de feridas que cicatrizaram (teste de Fisher, p=0,47) nem na redução da área da ferida (teste Wilcoxon, p=0,87). Os pacientes manifestaram a preferência pelo sistema de 2 camadas (72%) vs. o de 4 camadas (22%), sendo que 6% não tiveram preferência. A preferência foi semelhante, independentemente da ordem da selecção aleatória (p>0,99). Discussão: Este estudo revela que ocorre muito menos deslizamento da ligadura no sistema de 2 camadas do que no de 4 camadas. Este facto pode ter influenciado a preferência dos pacientes pelo sistema de 2 camadas e, por consequência, ter afectado a avaliação dos sintomas físicos e do quotidiano. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 75 6EG:H:CI6v³DDG6A 76 113 RUT – REGISTO DE TRATAMENTO DE ÚLCERAS Rut Frank Öien Blekinge Wound Healing Center, Lyckeby, Sweden Objectivo: Implementar um registo nacional de qualidade para úlceras da perna e do pé de difícil cicatrização. Métodos: O registo de qualidade RUT (Register Ulcer Treatment) tem sido utilizado no centro de tratamento de feridas em Blekinge, desde o seu início a 3 de Março de 2003. Tem vindo a melhorar, a fim de satisfazer as necessidades dos cuidados de saúde primários, onde é tratada a maioria dos pacientes com úlceras do pé ou da perna de difícil cicatrização. Tem existido também uma estreita colaboração com o centro EyeNet, na Suécia, um dos três centros de competência na Suécia para registos nacionais e internacionais autorizados pela Salar (Swedish Association of Local Authorities and Regions), a associação sueca de autoridades locais e regionais. Resultados: Os resultados a longo prazo (1986 a 2005) mostram uma redução na prevalência de 0,22% para 0,15% no país e uma redução nos custos de tratamento por paciente e por semana de 2,1 horas para 1,3 no mesmo período. Além disso, houve uma drástica redução de custos para o tratamento destes pacientes, com 1 milhão de euros de 1994 a 2005. Conclusões: Para optimizar, a nível nacional, o tratamento de úlceras do pé e da perna de difícil cicatrização, existe a necessidade de ter um registo de qualidade disponível na Web, a fim de se poder comparar os cuidados, necessidades, custos e resultados em diferentes regiões, em cuidados comunitários/primários e cuidados hospitalares. O registo RUT parece preencher estes requisitos, razão pela qual se encontra agora implementado em todo o país. 114 UM ENSAIO PILOTO COM SELECÇÃO ALEATÓRIA DOS PACIENTES PARA DETERMINAR OS EFEITOS DE UM NOVO PENSO ACTIVO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA Serena Lanzara, Giovanna Tacconi, Sergio Gianesini, Erica Menegatti, Federica Federici, Alberto Liboni, Paolo Zamboni University of Ferrara, Ferrara, Italy Objectivo: Determinar o efeito de um novo penso de colagénio/celulose regenerada oxidada (ORC)+prata na cicatrização de úlceras venosas da perna (VLU) de difícil cicatrização e comparar esses resultados com os pacientes de um grupo de controlo tratados com os melhores cuidados padrão. Métodos: Neste estudo piloto, foram incluídos 30 pacientes com VLU, 14 homens (47%) e 16 mulheres (53%), com a idade média de 73p20 anos e com uma duração de doença entre 30 dias a 20 anos, os quais foram aleatoriamente escolhidos para receber o melhor tratamento padrão (15 pacientes) ou a terapia com os pensos de colagénio/ ORC+prata (15 pacientes). O tamanho médio das feridas dos pacientes no grupo de controlo era de 9 cm2 e 6 cm2 nos pacientes do grupo com o colagénio/ORC+prata. O estudo decorreu durante 12 semanas, com mudanças de penso, medições do tamanho das feridas e avaliação do aspecto das mesmas a cada semana. Os parâmetros de avaliação do estudo foram a taxa de cicatrização na 12ª semana e a taxa de redução da área durante o tratamento. Os pacientes que ao fim de 4 semanas de terapia mostravam uma redução do tamanho da ferida superior a 50% foram considerados como tendo reagido ao tratamento (Índice de Margolis =MI). Resultados: A probabilidade de cicatrização na 12ª semana foi 4 vezes superior no tratamento com colagénio/ORC+prata (OR=4,3, IC de 95%: 1-17, p<0,04) e a redução do tamanho da úlcera foi significativamente melhorado no grupo tratado versus grupo de controlo (p=0,00005). O MI teve uma melhor tendência no grupo com os pensos de colagénio/ORC+prata, 67% (10/15), do que no grupo de controlo 47% (7/15) (p=ns). Não foi observada grande diferença nas taxas de infecção (33% no grupo de controlo, 26% no grupo de colagénio/ORC+prata), o que não é de estranhar porque os pensos de colagénio/ORC+prata foram aplicados apenas uma vez por semana. Conclusões: Os resultados deste estudo piloto com selecção aleatória dos pacientes confirmam a eficácia dos pensos de colagénio/ORC+prata no tratamento de VLUs de difícil cicatrização, representando uma base útil para o cálculo da potência estatística de um ensaio de controlo multicêntrico mais vasto, com selecção aleatória dos pacientes. 115 O EFEITO DA PRATA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Breda Cullen, Rizwana Akhtar, Lorna McInroy Johnson & Johnson Wound Management, Gargrave, N Yorkshire, United Kingdom Objectivo: Determinar se existe um nível óptimo de prata que possa ser incorporado nos pensos para feridas, de modo a reter as suas propriedades antimicrobianas sem ser prejudicial para o processo de cicatrização da ferida. Métodos: Utilizando modelos in vitro, examinámos os efeitos da concentração da prata sobre a morte das células bacterianas e sobre a viabilidade celular. As propriedades antimicrobianas foram determinadas através de um ensaio de redução Log10 e foram confirmadas por ensaios de zona de inibição. A viabilidade celular dos fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos foi avaliada através de um ensaio padrão de proliferação celular com XTT. Resultados: Os resultados mostram que, dos pensos testados, o de colagénio/ORC + prata foi o único que teve um efeito positivo na proliferação celular, retendo a sua capacidade de reduzir a carga bacteriana. Verificou-se que foi eficaz contra os patogénios mais comuns nas feridas e estirpes resistentes. Outros pensos com libertação de prata causaram uma significativa citotoxicidade nos 3 tipos de células testados. Discussão: Historicamente, as terapias com prata têm sido usadas topicamente para ajudar a controlar a carga microbiana, mas, apesar de a prata ser um excelente antimicrobiano de largo espectro, níveis excessivos deste metal ou a sua aplicação em feridas não infectadas podem causar um efeito citotóxico nas células hospedeiras e ter um efeito geral negativo na cicatrização de feridas. Sempre que se diagnosticar uma infecção clínica, é imperativo tratá-la com um antimicrobiano apropriado. Contudo, em todas as outras circunstâncias, a utilização de uma terapia como a de colagénio/ORC + prata proporcionaria a capacidade de controlar a carga bacteriana, ao mesmo tempo que se criava um ambiente propício ao crescimento celular. Estes estudos in vitro sugerem que o colagénio/ORC + prata é uma terapia ideal para feridas crónicas não cicatrizáveis ou de cicatrização demorada, sobretudo quando essas feridas não estão clinicamente infectadas. 116 EFEITO DOS PENSOS COM COLAGÉNIO NO AMBIENTE PROTEOLÍTICO DA FERIDA CRÓNICA Breda Cullen, Lorna McInroy, Lorraine Nisbet, Litzi Essler Johnson & Johnson Wound Management, Gargrave, N.Yorkshire, United Kingdom Objectivo: Determinar a capacidade de os pensos com colagénio modelarem proteases presentes no ambiente de feridas crónicas e comparar os efeitos do colagénio/ORC aos do colagénio simples. Métodos: Neste estudo, recolhemos e caracterizámos o fluido de feridas crónicas para determinar quais as proteases que são elevadas e quais as que predominam na patofisiologia de feridas crónicas. Utilizando um modelo de fluido de feridas ex vivo, avaliámos a capacidade do colagénio/ORC (+/- prata) e de outros pensos contendo colagénio (+/- prata) para inactivar estas proteases com o decorrer do tempo. A actividade das proteases foi medida utilizando substratos fluorimétricos, os quais são clivados na presença de uma protease específica. Resultados: Os nossos resultados corroboram estudos anteriores que demonstram que as proteases são elevadas em feridas crónicas; contudo, além disso, relatamos que a elastase derivada dos neutrófilos é a protease predominante, seguida de níveis excessivos de MMP 2, 8 e 9. É a acção combinada destas proteases que leva à degradação de todos os componentes da derme e ajuda a criar o ambiente destrutivo da ferida crónica. Quando comparámos o colagénio/ORC (+ prata) com outros pensos de colagénio (+ prata), descobrimos que o colagénio/ORC reduz significativamente todas as proteases e é eficaz contra a elastase e as MMPs. Outros pensos com colagénio demonstraram várias capacidades para reduzir as proteases tipo MMP e, de uma forma geral, revelaram-se ineficazes na redução da actividade da elastase. Discussão: Este estudo mostra que é necessário reduzir tanto a elastase como as proteases do tipo MMP, de forma a reequilibrar o ambiente da ferida crónica. Os nossos estudos comparativos demonstraram que a combinação de colagénio e ORC oferece mais benefícios do que o colagénio simples, na sua capacidade de restaurar o desequilíbrio proteolítico de uma ferida crónica e proporcionar um ambiente excelente para a cicatrização. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 77 6EG:H:CI6v³DDG6A 78 117 ALTERAÇÕES NA ACTIVIDADE DAS MMP-2 E MMP-9; PH À SUPERFÍCIE E TAMANHO DAS FERIDAS CRÓNICAS QUANDO SE UTILIZARAM PENSOS DE MEL DE MANUKA Georgina Gethin, Seamus Cowman RCSI, Dublin, Ireland Contexto: As metaloproteinases da matriz (MMPs) são responsáveis pela degradação dos componentes da matriz extracelular. As feridas crónicas são altamente proteolíticas e a sua actividade depende do pH. É reconhecida a eficácia do mel de Manuka para baixar o pH da superfície de feridas crónicas. Objectivos: Determinar as alterações nos níveis de actividade das MMP-2 e MMP-9 em feridas crónicas durante as 2 semanas em que foi utilizado o mel de Manuka. Monitorizar as alterações in vitro da actividade das MMPs, com avaliação in vivo do tamanho da ferida e dos valores do pH à superfície. Inclusão e exclusão: Foi obtida a aprovação ética. Pacientes com mais de 18 anos com feridas crónicas, não cicatrizáveis, superficiais e não infectadas. As pessoas com sensibilidade conhecida ao mel foram excluídas. Métodos: Todas as feridas foram limpas com solução salina e cobertas com filme protector* durante 1-2 horas, tendo depois o fluido sido aspirado e conservado a 700ºC. O pH à superfície da ferida foi registado com eléctrodo de vidro Blueline 27 de superfície (Reagecon/Alkem Ireland), medido por planimetria digital com Sistema de Medição de Ferida** (Smith+ Nephew). As amostras de fluido foram descongeladas numa câmara a 40ºC até atingirem a temperatura ambiente, durante 6 horas. Para a análise, com um factor de diluição de 1:5000, foram utilizados os sistemas DM900 do kit ELISA Quantikine da MMP-9 Humana e RnD do kit ELISA Quantikine da MMP-2. Resultados: Foram inscritos 11 pacientes, dos quais se obtiveram 8 amostras emparelhadas. A MMP-9 média baixou 30%, de 30,9 mg/ml (entre 0,34 e 107) para 20,81 mg/ml (entre 5,0 e 40) (IC de 95% de 15,3 a 15,8, DP de 18,68, p = 0,975); a MMP-2 média baixou 8,5%, de 1,53 mg/ml (entre 0,76 e 4,3) para 1,40 mg/ml (entre 0,20 e 2,25) (IC de 95% de 0,95 a 0,98, DP de 1,15, p = 0,969). 87% (n=7) das feridas reduziram de tamanho. 100% das feridas tiveram uma redução no pH. Conclusão: Durante as 2 semanas, tanto a MMP-2 como a MMP-9 reduziram quando se utilizaram pensos de mel de Manuka nas feridas crónicas. A monitorização das feridas com os métodos in vitro e in vivo pode proporcionar uma avaliação mais completa do tratamento. *OpSite® ** Visitrak® 118 DESAFIOS NA PROTECÇÃO DA PELE PERIFÉRICA DA FERIDA Helen Hollinworth University Campus Suffolk, Ipswich, Suffolk, United Kingdom Objectivo: A protecção dos tecidos periféricos da ferida contra a escoriação por exsudação corrosiva de feridas crónicas, ou contra o trauma resultante do uso de adesivos tradicionais, é um desafio significativo com pouca pesquisa a sustentar a prática. Estas preocupações profissionais são o resultado das observações das mudanças de penso que, frequentemente, expõem uma prática longe da ideal. Em 2007, foi realizado um inquérito destinado a ajudar os enfermeiros na tomada de decisões ao planearem o tratamento de feridas em pacientes com danos efectivos ou potenciais nos tecidos periféricos. Métodos: Foi pedido, aos enfermeiros qualificados que habitualmente lidam com tratamentos de feridas em diversos ambientes de cuidados de saúde, que respondessem a um questionário sobre as decisões que tomariam se reconhecessem que um produto adesivo para o tratamento de feridas é adequado, mas que a área à volta da ferida está danificada ou pode vir a estar danificada quando esse produto for removido. Resultados: Responderam ao questionário 232 enfermeiros. A acção mais indicada foi a utilização de um produto que actuasse como barreira: 102 (44%), com 46 a indicar uma película protectora para evitar ardor. Outras decisões centraram-se na escolha de um produto alternativo ou num penso sem adesivo. Muitas respostas evidenciaram um conhecimento limitado. Só 16 enfermeiros optariam por um penso menos adesivo. Discussão: Embora o recurso a um produto que actuasse como barreira fosse a estratégia mais frequente que os enfermeiros adoptariam para proteger os tecidos periféricos da ferida contra o efeito dos adesivos, foram expostas muitas práticas questionáveis. Estas reflectem-se quando se observa a prática. As pomadas para evitar ardor destinam-se a proteger os tecidos do contacto com urina ou fezes, mas não do fluido de feridas crónicas, e podem aumentar a capacidade de aderência dos produtos adesivos, agravando os problemas de trauma nos tecidos. Além disso, as pomadas contêm conservantes que são contra-indicados para o tratamento de úlceras na perna. As decisões questionáveis incluíam a remoção da parte adesiva do penso, a utilização de gaze para cobrir a área à volta da ferida e a utilização de um creme protector ou solução especial. A deposição, por meio de pulverização, de uma película protectora que evita o ardor em toda a área e, portanto, sob o adesivo, também é uma prática questionável. Existem apenas relatos a suportar esta prática e os resultados negativos são comuns. Tendo em conta a disponibilidade e a variedade de produtos adesivos de silicone macio, relativamente aos quais as pesquisas mais recentes demonstram que podem eliminar a necessidade de utilizar um produto que actue como barreira protectora, é preocupante que tão poucos enfermeiros tenham chegado a esta decisão. Um dos enfermeiros que respondeu ao questionário até acrescentou, à sua decisão de usar um penso menos adesivo, o comentário ‘se existir’. Estes resultados sublinham a necessidade de continuar as pesquisas e de investir em mais acções de formação sobre este tema complexo. 119 120 DE QUE FORMA É QUE OS PENSOS DERIVADOS DA TLC SÃO ACEITES PELOS PACIENTES? CONJUNTO DE RESULTADOS OBTIDOS DE MAIS DE 14.000 PACIENTES IMPLEMENTAÇÃO DE UM NOVO PENSO NUM HOSPITAL GERAL DISTRITAL UTILIZANDO A MEDICINA BASEADA NA EVIDÊNCIA Jean-Charles Kerihuel1, Luc Teot2, Sylvie Meaume3, Olivier Dereure4, Serge Bohbot5 Dumfries And Galloway Royal Infirmary, Dumfries, United Kingdom 1Vertical, 2Percy John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian Mclean Paris, France, Hospital Clamart, Motpillier, France, Foix Hospital, Ivry Sur Seine, France, 4Hospital Saint Eloi, Montpellier, France, 5Laboratoires Urgo, Chenove, France Introdução: Há um crescente número de evidências na literatura que apoiam a teoria de que certas combinações de pensos modernos são clinicamente mais eficazes do que a gaze tradicional com pensos adesivos após cirurgia ortopédica. Objectivos: A satisfação dos pacientes face à utilização de pensos é um factor importante que influencia a adesão aos cuidados locais e, provavelmente, o tempo de cicatrização, sobretudo em feridas crónicas. Isto é ainda mais evidente pelo facto de a maioria dos pacientes em ambulatório mudarem os pensos a si próprios. Para avaliar este parâmetro, fizemos uma análise a um conjunto de 10 estudos práticos realizados em França entre 2002 e 2007. O penso padrão pré-existente no nosso hospital era o tradicional penso de compressas e adesivo, frequentemente utilizada nos hospitais do Reino Unido. Realizámos um estudo prospectivo e comparativo que demonstrou claramente os benefícios clínicos da utilização da combinação de hidrofibra/hidrocolóide (HF/HC) em 75 procedimentos ortopédicos electivos e de emergência consecutivos. Ao aceitar este novo modelo de cuidados de tratamento, tivemos de implementar este novo penso nas nossas práticas correntes. 3Charles Métodos: Todos estes estudos observacionais incluíram pacientes em ambulatório observados durante uma consulta médica normal para tratamento de uma ferida crónica ou aguda. Todos os pacientes receberam um auto-questionário, incluindo uma avaliação semelhante das suas satisfações com o penso. Estes questionários foram preenchidos em casa 15 a 30 dias após a consulta e devolvidos directamente a um centro coordenador. Resultados: 6358 investigadores incluíram 31.245 pacientes. 14.703 pacientes devolveram um questionário (taxa de resposta entre 36% e 75% de acordo com os estudos). 53% dos pacientes eram mulheres. A idade dos pacientes era >75 anos em 25% dos casos e 7% eram crianças. 47% das feridas eram agudas (queimaduras 36% e feridas traumáticas 53%) e 53% eram crónicas (80% de úlceras venosas da perna). 63,2% dos pacientes receberam um penso lipidocolóide (TLC) e 30% um penso de TLC/espuma. Estes pensos libertavam prata em 18% dos casos. 46,8% dos pacientes realizaram pelo menos mais de 50% das suas mudanças de penso sem a ajuda de um profissional de saúde. 95% dos pacientes referiram que estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu penso e a mesma percentagem respondeu que pretendia continuar com o mesmo dispositivo. Estes resultados foram independentes da idade dos pacientes ou da natureza da ferida. Conclusão: Os pensos “modernos” como os pensos derivados da TLC são bem aceites pelos pacientes. Este nível elevado de satisfação pode levar a uma maior adesão dos pacientes aos cuidados locais. Objectivo: Implementar um novo modelo de cuidados no tratamento de feridas recorrendo à medicina baseada na evidência, para procedimentos ortopédicos num hospital geral distrital. Métodos: Após a análise da literatura, realizámos um estudo prospectivo comparando o tradicional penso de compressas e adesivo com o novo penso de HF/HC. Os resultados foram convincentes no penso de HF/HC, tendo sido apresentados pelo director clínico da ortopedia numa reunião no hospital onde estiveram presentes enfermeiros, pessoal do bloco operatório, assistentes de farmácia e ortopedia e estagiários. Foi decidido unanimemente que o penso de HF/HC passaria a ser o tratamento padrão. Estiveram presentes todas as partes relevantes envolvidas na aprovação da alteração, encomenda de material e utilização dos pensos. Resultados: Realizou-se um estudo prospectivo e comparativo entre Outubro de 2007 e Janeiro de 2008 envolvendo 75 utentes consecutivos admitidos para cirurgia ortopédica electiva ou de emergência. As medições dos resultados incluíram a incidência de empolamento (HF/HC 1%, tradicional 21,3%), o tempo de utilização (HF/HC 4,1 dias, tradicional 1 dia), o número de mudanças de penso (HF/HC 0,94, tradicional 4,6), a alta adiada devido a problemas na ferida (HF/HC 0%, tradicional 5,6%) e a taxa de infecção do local cirúrgico (ILC) (HF/HC 0%, tradicional 5,6%) e foram a favor da combinação HF/HC. Discussão: A combinação de pensos de HF/HC demonstrou vantagens clínicas significativas em relação ao penso tradicional e foi decidido que este seria o novo modelo de cuidados de tratamento de feridas em ortopedia no nosso hospital. Para implementar esta mudança de prática, utilizámos a medicina baseada na evidência e depois uma abordagem multidisciplinar, envolvendo as partes responsáveis pela tomada de decisão na encomenda dos produtos, assistentes de ortopedia e estagiários, assim como os enfermeiros e do bloco operatório que iriam utilizar o penso. Estamos neste momento a recolher dados de acompanhamento de longa duração utilizando o penso de HF/HC, que poderão vir a convencer outras unidades ortopédicas a avaliar os seus pensos actualmente disponíveis e talvez a considerar compará-los com este novo modelo de cuidados de pensos para feridas. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 79 6EG:H:CI6v³DDG6A 80 121 REPRODUTIBILIDADE DA MEDIÇÃO ACTUAL DA SUPERFÍCIE DE FERIDAS Gerard Koel, Frits Oosterveld Saxion University of Applied sciences, Enschede, Netherlands Objectivo: Analisar e comparar a qualidade de 4 métodos comuns de medição da superfície de feridas. Os 4 métodos são: blocos de contagem, digitalizador, planigrafia de folhas e planigrafia de fotografias digitais. A qualidade avalia-se pelo grau de precisão. O processo de cicatrização de uma ferida só pode ser prognosticado se a precisão for suficiente. A precisão é expressa pelo Erro Padrão de Medição (SEM) e pela Alteração Mínima Detectável (MDC). Outras características para avaliar a qualidade são a fiabilidade (expressa pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse, ICC) e a praticabilidade clínica. Método: Um estudo de diagnóstico em que 30 pacientes com feridas na pele foram examinados por 2 avaliadores que, em 2 ocasiões, efectuaram um teste e repetição do mesmo. Todas as feridas foram testadas 8 vezes. A precisão intra- e interavaliadores é determinada por análises diárias e de dois em dois dias. Os 30 pacientes foram classificados em 3 tipos: hospitalizados, policlínicos e cuidados ao domicílio. Foram igualmente incluídas feridas de grande e de pequena dimensão. Resultados: Feridas de diferentes tamanhos foram medidas pelos 4 métodos, obtendose uma elevada e inaceitável distribuição de resultados. Estatisticamente, existem diferenças significativas entre blocos/digitalizador, blocos/planigrafia de folha e digitalizador/planigrafia de folha (teste t emparelhado). A Anova não detecta, em termos estatísticos, diferenças claramente significativas entre os testes intra- e interavaliadores para cada um dos 4 métodos. A precisão intra-avaliadores para cada método é suficiente; a MDC% é de 5% (o que significa que uma diferença de 5% é devida à variância de erro; uma diferença superior a 5% mostra uma alteração clínica). A precisão interavaliadores é superior a 10%. Os valores do ICC são superiores a 0,9, o que mostra uma boa fiabilidade. A praticabilidade clínica dos 4 métodos não é suficiente (muito morosos). Obtêm-se os mesmos resultados para os 3 tipos diferentes de pacientes e diferentes tamanhos de feridas. Conclusão: A reprodutibilidade só é suficiente nos testes intra-avaliadores. A praticabilidade clínica é fraca. Torna-se necessário adoptar um novo método de avaliação de superfície de feridas que apresente uma praticabilidade e precisão adequadas. 122 DESENVOLVIMENTO DA EQUIPA DE ENFERMAGEM NA AVALIAÇÃO E CONTROLO DA DOR NO DOENTE COM FERIDA João Dias, Dulce Cabete 1Centro 2Escola Hospitalar do Baixo Alentejo, Beja, Portugal, Superior de Saúde, Setúbal, Portugal Sabe-se que a dor sofrida pelos doentes com feridas crónicas é um sintoma frequente, especificamente durante a realização do penso. A redução da é uma prioridade, uma vez que a qualidade de vida do doente é severamente afectada além de que interfere na optimização do processo de cura e cicatrização, com o respectivo impacto no custo total do tratamento. O principal objectivo deste projecto era dotar a equipa de enfermagem de um serviço de medicina de conhecimentos e instrumentos com vista à correcta avaliação da dor nos doentes com feridas. Metodologia: Sensibilização dos profissionais de saúde para a importância da correcta avaliação e controlo da dor nos doentes com feridas crónicas; rever e implementar a norma do controlo da dor a nível institucional; Munir os enfermeiros de escalas de avaliação da dor; avaliar o impacto da intervenção nos utentes do serviço através da análise de registos no processo clínico e comparação com 2º avaliador. Resultados: na análise pré e pós verifica-se que a avaliação da dor passou a ser um procedimento sistemático, com o respectivo registo em todos os processos clínicos e em todos os turnos. Anteriormente verificava-se que cerca de 10% dos doentes não tinham qualquer registo sobre a dor. Constatou-se também que, após o desenvolvimento do projecto, os enfermeiros passaram a utilizar mais escalas de avaliação da dor e mais adequadas às características dos doentes, no caso a numérica colorida e a do observador. Anteriormente, apenas recorriam à aplicação da escala de faces de Wong-Baker e sempre de forma incorrecta. Alteraram-se significativamente os conhecimentos dos enfermeiros relativamente à aplicação de escalas de avaliação da dor e a eficácia da avaliação. No início nenhum enfermeiro sabia aplicar correctamente a escala que estava a utilizar e, no final do projecto, 75% dos enfermeiros aplicam correctamente a escala a que recorrem. Por outro lado, também havia inicialmente um total desconhecimento sobre a norma institucional da dor sendo que, após as intervenções, 25% dos enfermeiros conhecem a referida norma. Conclusão: os resultados foram francamente positivos sendo de continuar a intervenção, alargando-a a outros serviços. 123 DESENVOLVIMENTO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DEFINIDOS PELO PACIENTE RELATIVOS AO DESBRIDAMENTO DE FERIDAS Katharina Herberger, Nadine Franzke, Kathrin Baade, Matthias Augustin 124 ESTUDO DE BASE COMUNITÁRIA SOBRE A QUALIDADE DO TRATAMENTO DE ÚLCERAS CRÓNICAS DA PERNA, NO NORTE DA ALEMANHA – INTRODUÇÃO DE UM SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO CVderm, University Clinics of Hamburg, Hamburg, Germany Matthias Augustin1, Stephan Rustenbach1, Nadine Franzke1, Leyla Brocatti1, Lena Grams1, Oliver Haartje1, Sebastian Debus2 Objectivo: Desenvolver um instrumento que permita avaliar os benefícios definidos pelo paciente relativos ao desbridamento de feridas. O objectivo específico do questionário é o de avaliar os resultados relevantes para o paciente em estudos comparativos sobre diferentes tipos de desbridamento. 2Asklepios Métodos: Em entrevistas abertas com n=50 pacientes com feridas crónicas (n=25 úlceras da perna, n=25 úlceras do pé diabético), foram registados os possíveis benefícios da terapia de desbridamento de feridas do ponto de vista dos pacientes. Os itens assim obtidos foram analisados por um painel de dermatologistas, enfermeiros de feridas e pacientes e, depois, transferidos para um questionário de 25 itens, incluindo itens específicos ao desbridamento e itens genéricos para tratamento de feridas. A lista de itens foi utilizada antes da terapia, para avaliar os benefícios esperados pelos pacientes, e após terapia, para registar os benefícios sentidos. Estes objectivos terapêuticos seleccionados individualmente e os correspondentes benefícios são, depois, utilizados para gerar um “Índice de Benefícios do Paciente” (IBP) ponderado. A validade e a aplicação prática deste procedimento foram testadas. Resultados: Os pacientes aceitaram o instrumento e consideraram-no de fácil compreensão. O tempo médio para responder ao questionário foi inferior a quatro minutos. Não houve praticamente valores em falta. Além disso, o método provou ser internamente consistente, construtivamente válido e sensível a alterações. Conclusões: O Índice de Benefícios do Paciente (IBP), destinado especificamente ao desbridamento de feridas, é um instrumento prático válido e bastante bem aceite para registar as estimativas dos benefícios por parte dos pacientes. Além de registar o nível de bem-estar dos pacientes, o IBP oferece a oportunidade de produzir uma avaliação individualizada e ponderada pelo paciente dos benefícios do desbridamento e do tratamento de feridas em geral. 1CVderm, University Clinics of Hamburg, Hamburg, Germany, Clinics, Hamburg, Germany Objectivo: 1) Avaliação da qualidade do tratamento de úlceras da perna na área de Hamburgo, Norte da Alemanha; 2) avaliação das modalidades de tratamento em relação com as directrizes; 3) registo da qualidade de vida dos pacientes e da carga do tratamento na comunidade. Métodos: Os critérios para a qualidade do tratamento derivaram da directriz nacional alemã (AWMF) e das directrizes internacionais. Desenvolveu-se uma lista de critérios prioritários, através de um consenso Delphi, a nível nacional entre especialistas em feridas (médicos e enfermeiros), incluindo 20 indicadores que definem um “tratamento excelente” e que são transformados numa classificação de 0-100. O estudo incluiu uma amostra representativa consecutiva de n=250 pacientes com úlceras crónicas da perna de qualquer origem. Os pacientes foram observados em clínicas de feridas, consultórios, lares, serviços de cuidados domiciliários e ambulâncias especiais para pessoas sem-abrigo e toxicodependentes, proporcionando, assim, uma grande variedade de 220 prestadores de cuidados de saúde no total. Todos os pacientes foram entrevistados, fotografados e examinados pessoalmente por especialistas experientes em feridas. Pediu-se aos pacientes que preenchessem um questionário sobre a qualidade de vida (QV), experiências com terapias anteriores e qualidade do tratamento. Resultados: Foi possível analisar um total de 502 dos 520 registos de pacientes, incluindo úlceras venosas da perna (63%), mistas (23%), vasculíticas (2%) e outras (12%). Em conjunto, uma grande parte dos pacientes (78,6%) foi tratada com pensos modernos. A dor e a terapia de compressão também estiveram de acordo com as directrizes. Contudo, houve défices em diagnósticos (p. ex., angiologia, biópsias, medição da dor) e em tratamentos de feridas concomitantes. Uma grande parte dos pacientes ainda sofria de acentuadas reduções da QV. A classificação média da qualidade estava abaixo dos 60. Conclusões: Apesar do tratamento tópico de acordo com a “leges artis”, muitos pacientes no Norte da Alemanha não são tratados de forma satisfatória de acordo com as directrizes. A “classificação de qualidade” desenvolvida pelo painel Delphi provou ser útil na avaliação da qualidade. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 81 6EG:H:CI6v³DDG6A 82 125 126 INITIAL HEALING RATES AS PREDICTIVE FACTORS OF VENOUS LEG ULCER HEALING: THE USE OF A LASER BASED 3-D ULCER MEASUREMENT PROGRESSO NO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO WOUNDMONITOR E NA MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA DO ESTADO DA FERIDA Nada Kecelj-Leskovec, Maja Pohar Perme, Matija Ježeršek, Miloš D. Pavlovć, Janez Možina, Tomaž Lunder Rytis Rimdeika1, Arunas Setkus3, Loreta Pilipaityte1, Mindaugas Kazanavicius1, Emanuela Gobbi5, Ken Dunn4, Anna Maria Pisanelli2, Krishna C. Persaud2 University medical centre, Ljubljnana, Slovenia 1Kaunas Objectivo: Medir as úlceras venosas da perna em três dimensões na primeira consulta e 4 semanas depois. Fazer uma estimativa do poder indicador das taxas de cicatrização inicial vertical (TCIV) e horizontal (TCIH) no primeiro mês de terapia. Avaliar a magnitude do poder indicador das duas taxas de cicatrização inicial e o tempo de cicatrização da úlcera em 24 semanas de tratamento. Métodos: Utilizámos o novo método de medição laser tridimensional com uma precisão de 7,5%, que também contempla as distorções criadas pela convexidade do membro. O sistema é preciso, barato, de fácil utilização e apropriado às práticas do dia-a-dia. Calculámos a TCIV e a TCIH utilizando a equação de Gilman (delta A/p (0-4)) e pela modificação da equação de Gilman (delta V/A (0-4)). Realizou-se um estudo de coortes prospectivo e monocêntrico com 81 pacientes consecutivos com úlceras venosas da perna em estado crónico, tratadas com a terapia de compressão de alongamentos, flavonóides e pensos. Resultados: As taxas de cicatrização inicial horizontal (TCIH) e vertical (TCIV) são indicadores importantes de cicatrização em 24 semanas. Não são influenciadas pela idade, duração da úlcera, área inicial da úlcera e veias safeno-femorais e perfurantes insuficientes. Juntamente com a duração da úlcera, são indicadores independentes da cicatrização em 24 semanas (a área abaixo da curva ROC equivale a 0,9). Conclusões: A taxa de cicatrização inicial vertical fornece-nos informações adicionais importantes e melhora significativamente a previsão de cicatrização em 24 semanas. Juntamente com a TCIH e a duração da úlcera, permite-nos prever a cicatrização em 24 semanas com elevada especificidade e sensibilidade. Medical University Hospital, Kaunas, Lithuania, 2Manchester University, Manchester, United Kingdom, 3Vilnius Semidonductive Physics Institute, Vilnius, Lithuania, 4South Manchester University Hospital, Manchester, United Kingdom, 5SPA Biodiversity, Brescia, Italy Objectivo: Neste documento, descrevemos o progresso do trabalho realizado no projecto WOUNDMONITOR. Métodos: O nosso estudo foca a relação entre as características dos compostos voláteis no espaço morto detectado pelo nariz electrónico e o tipo de patogénio. Realizámos investigações em série nas feridas de diferentes origens. Foram colhidos três espécimes idênticos de vários tipos de feridas após a identificação da infecção. Uma das amostras foi investigada pelo nariz electrónico, as outras foram utilizadas como controlos e foram processadas com técnicas de microbiologia padrão. Resultados: Foram investigadas a estabilidade e a reprodutibilidade das respostas dos compostos voláteis à presença dos patogénios de feridas mais comuns. Descobrimos que as alterações na resistência do sensor repetem-se quando os mesmos microorganismos foram testados em várias feridas. É demonstrado que as características artificiais compostas dos sinais do sensor dependem do teor da cultura: a tecnologia permite a identificação dos patogénios de feridas mais comuns: S. Aureus, Streptococci, Pseudomonas aeruginosa, Proteus, Acinetobacteriae, Eschericiae, Enterococci. É igualmente reconhecido que os resultados do nariz electrónico dependem da quantidade de microorganismos e são promissores na análise quantitativa da colonização bacteriana. Conclusões/Discussão: Concluímos que as alterações na resistência do nariz electrónico baseada no sensor semicondutor se repetem quando os mesmos microorganismos são encontrados na carga microbiana da ferida. A representação esquemática destes microorganismos pode ser utilizada para uma análise comparativa de contaminação. Apesar de o protótipo portátil do nariz electrónico desenvolvido durante o projecto WOUNDMONITOR necessitar ainda de ser calibrado e afinado, é promissor na identificação dos patogénios da ferida. 127 128 IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROJECTO PARA ÚLCERAS DA PERNA: RESULTADOS DA PREVALÊNCIA E IMPLEMENTAÇÃO EPIDEMIOLOGIA DE LESÕES POR QUEIMADURA NA LITUÂNIA NO PERÍODO DE 1992-2006 Katia Furtado Darius Kubilius, Mindaugas Kazanavicius, Rytis Rimdeika Centro de Saude Arronches, Portalegre, Portugal Clinics of Kaunas University of Medicine, Clinic of burns and plastic surgery, Kaunas, Lithuania Objectivo: Em Portugal, o cuidado de pacientes com úlceras da perna não tem sido uma prioridade e carece de uma base de evidências. Isto leva a que muitos pacientes com feridas crónicas sejam encaminhados para os hospitais, em vez de serem tratados na comunidade, e mantidos em clínicas por períodos prolongados. Assim, foi considerado apropriado implementar um projecto para úlceras da perna, a fim de melhorar a prática. O objectivo deste projecto é proporcionar a continuidade dos cuidados através do: – desenvolvimento e implementação de protocolos e práticas de cuidados de feridas com base na evidência; – desenvolvimento de uma abordagem de equipa multidisciplinar e holística. Materiais e métodos: O projecto realizou-se no distrito de Portugal com mais idosos e foi iniciado com um estudo de prevalência seguido de uma fase de implementação com a introdução de novas práticas e aquisição de Dopplers manuais e ligaduras de compressão. Resultados: No estudo de prevalência, foram identificados 109 pacientes, a maioria dos quais sob os cuidados da comunidade (83%) e 17% internados. A duração média foi de 5,37 (2 a 24) meses. Num ano de implementação, 75 úlceras ficaram cicatrizadas. Conclusão: A racionalização dos cuidados em úlceras da perna trouxe melhorias à prática, com melhores resultados para os pacientes. Objectivo: Este estudo foi realizado para fornecer dados sobre a epidemiologia de lesões por queimadura na Lituânia, a influência de novos métodos de cicatrização e o desenvolvimento do sistema de saúde e comparar os resultados com estudos semelhantes realizados noutros países. Métodos: No período de 1992-2006, foram recolhidos dados no Departamento de Estatística da Lituânia, Departamento de Incêndios e Salvamento, Centro de Informações de Saúde Lituano, Fundo Estatal de Pacientes, instituições de saúde e instituições de tratamento de queimaduras. Foram incluídos neste estudo os dados sobre o número total de pacientes com queimaduras, as alterações no número de pacientes internados, a mortalidade relacionada com queimaduras, as taxas e dados de hospitalização, a duração do internamento, a distribuição por grupos etários e o sexo dos pacientes. Resultados: No período de 15 anos, em média, 9002 pessoas por ano (população de 2,5/1000) apresentaram lesões por queimadura. 75,3% dos pacientes queimados eram adultos, 24,7% crianças. 21,2% dos pacientes queimados foram hospitalizados; o número de pacientes hospitalizados por 100.000 pessoas foi de 52,5. Entre os pacientes admitidos nos hospitais, 67% eram homens e 33% mulheres com um rácio homem/mulher de 2:1. A duração da hospitalização foi de 13,1 dias. O número de mortes de pacientes internados contabilizou 64 mortes por ano, com a idade a ser um factor importante nas taxas de mortalidade, com a menor de 0,3% no grupo etário de 014 subindo para 14,2% no grupo etário superior a 64 anos, com uma média de 3,5% de todos os pacientes internados (5% excluindo o grupo etário de 0-14). Os homens apresentaram uma taxa de mortalidade de 5%, as mulheres uma taxa ligeiramente superior, 5,2%. Conclusões: Muitos números estatísticos são semelhantes a estudos realizados noutros países. As alterações no tratamento de queimaduras, a prevenção e o sistema de saúde estão a produzir efeitos positivos, mas alguns números são muito elevados e preocupantes, devendo ser considerada uma nova abordagem no tratamento e prevenção de queimaduras. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 83 6EG:H:CI6v³DDG6A 84 129 ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA E CUSTOS DAS ÚLCERAS DA PELE COMO PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO SOS ÚLCERA A NÍVEL NACIONAL E EUROPEU Dr. Enzo Giraldi, Ugo Baccaglini Centro Multidisciplinare Day Surgery, Padova, Italy Objectivo: O projecto SOS Úlcera teve início em 2004 como um Programa de Controlo de Doença para úlceras vasculares, diabéticas e de pressão, com o objectivo de determinar os custos da doença ulcerosa e de fornecer um método para ser utilizado para programar os cuidados de saúde regionais e melhorar a utilização de recursos. Em Outubro de 2006, foi completado um estudo de prevalência sobre lesões da pele na Província de Pádua, com o objectivo de identificar a presença de lesões na pele em pacientes de instalações de cuidados residenciais (RC) e cuidados em casa (HBC) e factores de risco para úlceras de pressão. Este estudo foi a primeira etapa de um inquérito observacional prospectivo, de avaliação de custos, que começou em Setembro de 2007 e irá durar 6 meses. Métodos: O estudo sobre a prevalência de lesões na pele envolveu todos os residentes das casas de repouso, pacientes de clínicas de enfermagem de ambulatório, pessoas a receber cuidados em casa e todas as visitas ao domicílio a pacientes para recolha de amostras de sangue. Os dados pessoais e clínicos foram registados em adição a um índice do risco de desenvolvimento de úlceras de pressão de acordo com a escala de Braden. Tendo em conta os dados fornecidos pelo estudo de prevalência, os pacientes foram recrutados para o inquérito observacional prospectivo sobre o custo das úlceras (ainda em progresso). Resultados: A prevalência de lesões de pressão foi de 22,7% em HBC e 9,1% em RC; 18,4% em HBC e 1,7% em RC para lesões vasculares, e 4,3% em HBC e 0,4% em RC para lesões do pé diabético. Conclusão/discussão: Os dados recolhidos durante o estudo sobre a prevalência e custos na macro área da Região de Veneto irão ser utilizados para disseminar o programa a todas as regiões de Itália e como base para um estudo Europeu em parceria com a EWMA e 7 países Europeus, para recolha de dados clínicos e de custos das doenças ulcerosas. 130 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO DA ÚLCERA DA PERNA NA ESLOVÉNIA - IDENTIFICAÇÃO DE CASO Justina Somrak1, Marta Gantar1, Helena K Peric1, Peter J. Franks2 1Slovenian 2Thames Wound Management Association, Slovenia, Valley University, London, United Kingdom Introdução: A gestão da ulceração crónica da perna representa um desafio problemático na Eslovénia assim como em muitos outros países Europeus devido a diferentes factores, tais como questões organizacionais, educacionais e financeiras. Os pacientes não têm um acesso igual a serviços e dispositivos médicos. Existe claramente uma falta de dados que nos permitiriam avaliar adequadamente a eficácia do tratamento de feridas fornecido e implementar mudanças para melhorar as práticas actuais. A SWMA e a EWMA decidiram iniciar um projecto para produzir factos que possam melhorar o tratamento da úlcera da perna. A primeira parte do projecto, um estudo de prevalência forma a base desta apresentação. Os passos seguintes incluem uma avaliação mais detalhada dos tratamentos fornecidos, desenvolvimento de estratégias mais eficazes e a sua implementação na prática. Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com ulceração crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O objectivo da primeira parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear posteriores avaliações e propostas de implementação. Métodos: A região de Dolenjska (sudeste da Eslovénia), com uma população de 138.872 pessoas foi escolhida como local do estudo. Foram enviados questionários a todas as instituições de cuidados de saúde que tratam úlceras da perna (hospitais, centros de saúde, centros de enfermagem, clínicas privadas) e distribuídos aos profissionais de cuidados de saúde que tratem feridas nessas instituições. Antes da distribuição do questionário foram efectuadas reuniões nas instituições para introduzir o objectivo e os métodos do estudo. Resultados: Foram identificados um total de 309 pacientes no estudo, o que representa uma taxa de prevalência de população 1,87/1000. Dois terços dos pacientes eram mulheres. A idade média era 72,5 anos. Quase metade dos diagnósticos são efectuados apenas por avaliação clínica. Uma grande variedade de pessoal médico e de enfermagem trata pacientes com ulceração crónica. A dor é um assunto importante para os pacientes que sofrem desta condição. O número médio de visitas ao médico era alto neste grupo de doentes (3,82/semana). Foram utilizados mais de 160 produtos para tratamento destas úlceras. Debate: Ainda está em progresso um análise mais detalhada dos dados deste estudo (por exemplo relação custo-eficácia). Os dados iniciais sugerem uma maior incidência de ulcerações nas pernas quando comparados com outros países. Existe uma confiança no diagnóstico clínico sem a utilização de investigações apropriadas em muitos pacientes. Há uma clara necessidade de desenvolver linhas orientadoras para o tratamento incluindo um formulário de produtos apropriado. 131 132 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO DA ÚLCERA VENOSA DA PERNA NO NORTE DA POLÓNIA - ESTUDO DE PREVALÊNCIA ANÁLISE DE UMA ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DE ÚLCERA DA PERNA NA POLÓNIA – IDENTIFICAÇÃO DE CASO Arkadiusz Jawien1, Maria T. Szewczyk1, Pawel Brazis1, Justyna Cwajda1, Michal Miszewski1, Paulina Moscicka1, Elzbieta Hancke1, Peter J Franks2 Zbigniew Rybak1, Grzegorz Krasowski2, Jaroslaw Kalemba2, Robert Wajda3, Wojciech Kornacki3, Peter J. Franks4 1Polish Society of Phlebology, Polish Wound Management Association, EWMA Council member, Department of Vascular Surgery Wroclaw Medical University, Wroclaw, Poland, 2Polish Society of Phlebology, Krakow, Poland, 3Provincial Hospital in Opole, Opole, Poland, 4Thames Valley University, London, United Kingdom Introdução: O tratamento da ulceração crónica da perna representa um desafio problemático na Polónia assim como em muitos outros países Europeus devido a diferentes factores, tais como questões organizacionais, educacionais e financeiras. Os pacientes não têm um acesso igual a serviços e dispositivos médicos. Existe claramente uma falta de dados que nos permitiriam avaliar adequadamente a eficácia do tratamento de feridas fornecido e implementar mudanças para melhorar as práticas actuais. A EWMA decidiu levar a cabo um projecto para produzir evidências para melhorar o tratamento da úlcera na perna. A primeira parte do projecto, um estudo de prevalência forma a base desta apresentação. Os passos seguintes incluem uma avaliação mais detalhada dos tratamentos fornecidos, desenvolvimento de estratégias mais eficazes e a sua implementação na prática. Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com ulceração crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O objectivo da primeira parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear posteriores avaliações e propostas de implementação. Métodos: A cidade de Opole e o distrito de Strzelce Opolskie (sudoeste da Polónia), com uma população de 212 000 habitantes foram seleccionados como local do estudo. Foram enviados questionários a todas as instituições de cuidados de saúde a tratarem úlceras da perna (hospitais, centros de saúde, clínicos gerais, dermatologistas, clínicas privadas, hospícios) e distribuídos aos trabalhadores em cuidados de saúde a tratarem feridas nessas instituições. Antes da distribuição do questionário foram efectuadas reuniões nas instituições para introduzir o objectivo e os métodos do estudo. Resultados: Foram identificados 327 pacientes no total no estudo, o que representa uma taxa de prevalência de 1.54/1000 pessoas. Cerca de 65% dos pacientes eram mulheres. A idade média era 66 anos. A maioria dos diagnósticos foram efectuados por clínicos gerais. Uma grande variedade de pessoal médico e de enfermagem trata pacientes com ulceração crónica. A dor é um assunto importante para os pacientes que sofrem desta condição. A úlcera mais comum era a venosa (cerca de 70%), mas o Doppler foi usado apenas em cerca de 10% dos diagnósticos. Mais de 20 produtos eram utilizados para o tratamento destas úlceras, mas as compressas de gaze sem compressão eram utilizadas em dois terços dos pacientes. Conclusão: A análise de dados mais detalhados deste estudo ainda está em progresso. Os dados iniciais sugerem uma prevalência similar da ulceração da perna comparados com outros países. Na maioria dos casos o exame clínico foi o único método utilizado. Há uma clara necessidade de desenvolver linhas orientadoras para o tratamento incluindo um formulário de produtos apropriado. 1Polish Wound Management Association (PWMA), Wroclaw, Poland, Valley University, London, United Kingdom 2Thames Introdução: O tratamento da ulceração venosa crónica da perna representa um grande problema na Polónia. Os dados epidemiológicos nacionais actuais mostram que a prevalência da úlcera venosa da perna seja cicatrizada ou activa representa quase 3% de todos os pacientes com desordem venosa crónica e é mais pronunciada na Polónia do que em outros países da Europa de Leste. A razão para isso está provavelmente no acesso desigual aos serviços e dispositivos médicos tais como eco-doppler e compressas modernas. Existe uma de dados que avaliem adequadamente a efectividade do tratamento de feridas oferecido uma vez que a PWMA em conjunto com a EWMA decidiram levar a cabo um projecto para produzir evidências de forma a melhorar o tratamento da úlcera da perna. A primeira parte do projecto estudou cuidadosamente a prevalência das úlceras da perna e é a base desta apresentação. Os passos seguintes irão incluir uma avaliação mais detalhada dos tratamentos oferecidos, desenvolvimento de estratégias mais eficazes e a sua implementação na prática o que irá levar ao melhoramento das práticas actuais. Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com ulceração crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O objectivo da primeira parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear posteriores avaliações e propostas de implementação. Métodos: A cidade de Bydgoszcz (Norte da Polónia), com uma população de 363 468 habitantes foi escolhida como local do estudo. Foram enviados questionários à maioria dos consultórios de clínica geral para cobrir uma população de 200 000 habitantes. Anteriormente à distribuição do questionário foram efectuadas reuniões com os clínicos gerais e o seu pessoal de enfermagem para introduzir o objectivo e métodos do estudo. Resultados: O estudo está a decorrer e os resultados finais são esperados no final de Março de 2008. Irão ser apresentados os dados demográficos assim como a prevalência da úlcera venosa da perna. Adicionalmente, iremos poder responder às questões sobre que está principalmente a tratar as úlceras venosas e como e onde o tratamento é efectuado. Conclusão: Os resultados do nosso estudo irão levar-nos à melhoria A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 85 6EG:H:CI6v³DDG6A 86 133 FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL SOBRE O TRATAMENTO DE FERIDAS NA COMUNIDADE Elaine Pina H. Lusíadas, Lisbon, Portugal 134 ESTUDO INTERPROFISSIONAL: FUNCIONA A NÍVEL DO MESTRADO? Vanessa Jones Wound Healing Research Unit, Cardiff University, Cardiff, United Kingdom Uma razão principal para os fracos resultados no tratamento de feridas em Portugal está relacionada com a avaliação insuficiente do paciente e da ferida e com a comunicação entre os envolvidos nos cuidados de saúde. Isto tornou-se evidente para nós durante o nosso estudo sobre a epidemiologia e prática de feridas crónicas na Comunidade em Portugal. De forma a resolver este problema propusemos às Associações Regionais de Saúde (ARS) desenvolver um projecto de formação/intervenção na Preparação do Leito da Ferida envolvendo médicos de cuidados de saúde primários, profissionais de enfermagem e farmacêuticos. Foi adoptada uma abordagem modular com um dia em sala-de-aula (teoria e estudo de casos apresentados por participantes de forma a demonstrar a aplicação na prática do conhecimento adquirido no módulo anterior) e apoio oferecido entre módulos para clarificação e debate. Embora as falhas no cuidado dos pacientes e pesquisa básica no campo da cicatrização de feridas fossem claramente os motivos principais para o estabelecimento de muitos cursos, foram os objectivos que daí advieram como a quebra de barreiras, melhoramento na colaboração e entendimento mútuo dos papéis individuais que encorajou os educacionalistas a oferecer cursos interdisciplinares. Poderá no entanto parecer que esses objectivos são mais facilmente atingíveis num nível de pósgraduação onde os estudantes ingressam num curso tendo já desenvolvido o seu próprio papel profissional e estão dessa forma melhor equipados para entender o papel dos outros (Pirrie et al 1998). O programa teve início em Outubro de 2006 e a primeira fase terminou em Fevereiro de 2008. Três (de cinco) ARS aceitaram a oferta e foram envolvidas na implementação desde o início. Os participantes foram escolhidos pela ARS para servirem de modelo. Estão envolvidos um total de 105 participantes (30 médicos, 70 profissionais de enfermagem e 5 farmacêuticos/as) divididos em 4 grupos e foi-lhes dado conjuntos de diapositivos com textos explanatórios de forma a reproduzir os programas no mesmo formato para que todos os profissionais na área adquirissem a mesma informação/conhecimento. A segunda parte deste projecto está a decorrer neste momento. Embora os organizadores dos cursos possam estar pessoalmente comprometidos com o conceito da educação interdisciplinar, eles necessitam de estar cientes dos motivos pessoais da sua população alvo de forma a produzir uma razão clara para o fornecimento de um curso. Numa avaliação inicial, observámos que, contrariamente às nossas expectativas, não existia uma diferença significativa no conhecimento entre os diferentes grupos profissionais (com excepção dos pensos). Iremos apresentar os resultados na avaliação final da fase um. Todos os médicos (excepto um) reconheceram que tinham inicialmente um fraco conhecimento e nenhum envolvimento no tratamento de feridas e que a participação no projecto proporcionou melhorias neste campo assim como no seu papel na equipa. As mudanças implementadas na prática foram significativas variando da adopção da avaliação do paciente e melhores práticas no tratamento de feridas (limpeza, escolha do penso) à abertura de uma clínica para o tratamento de feridas crónicas. Em alguns casos onde a fase 2 está apenas no início, não foram possíveis mudanças ou foram implementadas poucas. Concluímos que para colocar a teoria em prática é necessário envolver todos os profissionais incluindo as autoridades de saúde responsáveis pelas mudanças significativas necessárias. faculdades de farmácia para discutir o currículo EWMA e proposta para definição de um conteúdo mínimo. Resultados: Embora não tenhamos efectuado uma avaliação formal dos resultados, os participantes nos nossos cursos expressaram a utilidade da nossa estratégia e mantêm o contacto para aconselhamento quando necessário. O Ministro da Saúde aceitou a adopção da Escala de Braden a nível nacional e incluiu-a no formulário de avaliação de paciente on-line. Com a nossa participação, a terapia de compressão está a ser adoptaada como a melhor prática em muitas regiões. Estamos a ter um aumento das solicitações para participar em cursos, conferências e workshops incluindo organizações de estudantes de medicina, enfermagem e farmácia. Conclusão: Para a formação ser eficaz tem que estar ligada com a prática através de investigação clínica/intervenções e nós, como organização, desejamos ter um papel activo neste campo. Os motivos irão variar devido às questões profissionais: os motivos principais dos profissionais de enfermagem poderão ser a procura de um melhor entendimento da área em estudo de forma a oferecer um melhor cuidado aos seus pacientes, enquanto os médicos claramente requerem um maior grau para progressão dentro da sua profissão. Isto proporciona ganho pessoal para o estudante assim como melhoramento nos resultados do paciente? O principal incentivo para continuar os estudos a este nível é o conteúdo do curso ou o desafio de estudar em conjunto com outros profissionais de saúde? Parece não haver evidência clara que a formação interdisciplinar ao nível do Mestrado seja mais eficaz do que outros cursos, mas os factores que inibem ou facilitam a entrega irão ser discutidos baseados na experiência pessoal e avaliação de um curso interdisciplinar a decorrer durante 11 anos. 135 FORMAÇÃO E CURSOS MULTIDISCIPLINARES Luc Gryson HUB EHSAL CNPV, Brussels, Belgium O trabalho de equipa é crucial para o sucesso de qualquer clínica de cuidados de feridas. Cada membro tem um papel distinto e importante a desempenhar. Cada pessoa, enfermeiro, terapeuta, clínico geral e médico especialista contribui, tanto a nível individual como colectivo, para a melhoria dos cuidados de saúde, cuidados de feridas e experiência do paciente em ter uma ferida bem tratada. A importância de uma boa formação e trabalho de equipa não pode ser subestimada, a fim de garantir a continuidade da qualidade dos cuidados e a utilização de elevados padrões de tratamento. A partilha de conhecimentos fiáveis e de informações baseadas na evidência científica, para além da própria disciplina, favorece a boa prática dos cuidados de saúde e garante uma elevada qualidade desses cuidados a longo prazo. Comprova-se que a formação multidisciplinar é a melhor forma de obter um trabalho de equipa multidisciplinar. 136 ESTABELECIMENTO DA FORMAÇÃO DE MÉDICOS EM CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS – IRÁ FAZER ALGUMA DIFERENÇA? (SISTEMA CME ITALIANO) Andrea Cavicchioli University of Applied Sciences of Southern Switzerland, Lugano, Ticino, Switzerland Após cinco anos de testes, em 2008, arrancou finalmente a fase definitiva do Programa Italiano da Formação Médica Contínua que abrange todas as profissões de saúde reconhecidas. Durante o período de 2008-2010, todos os profissionais de saúde devem obter 150 créditos (1 crédito corresponde a uma média de uma hora de trabalho de formação) no seguinte modelo: -- 50 créditos por ano (mínimo de 30 e máximo de 70). Os créditos não são devidos por aqueles que frequentem em Itália ou no estrangeiro, cursos avançados na sua categoria (ex: Mestrados, Doutoramento), durante a duração desses cursos. Uma vez que o compromisso de cada profissional é significativo (entre 6 a 8 dias de trabalho por ano/por pessoa) o modo de formação que se está a disseminar mais são eventos locais na região do profissional. Estes são geralmente reuniões interdisciplinares, estritamente relacionadas com as actividades clínicas tais como: Auditoria, seminários, workshops, clube de jornalismo, etc. No entanto uma parte do projecto de melhoramento da qualidade clínica ainda poderia ser integrado no Sistema CME. A aprendizagem à distância tem um peso menor. Neste contexto é muito provável que a área do tratamento de feridas continue a permanecer marginalizada na formação contínua dos médicos, os quais tendem a preferir eventos de formação relacionados com a sua especialidade. Um ímpeto mais forte pode derivar do desejo de resolver os problemas do tratamento de feridas nos cuidados em casa e instalações de lares onde este problema é reflectido na carga de trabalho tanto de médicos como de profissionais de enfermagem. O papel das sociedades científicas para o tratamento de feridas pode ser crucial, especialmente a nível regional, na tentativa de convencer os grupos de profissionais a melhorar a sua competência neste campo e oferencedo materiais didáticos específicos e de curso. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 87 6EG:H:CI6v³DDG6A 88 137 138 FIBROBLASTOS E ENGENHARIA DE TECIDOS ANTIOXIDANTES – NO TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO Bernard Coulomb Edward Jude INSERM, Paris, France Tameside General Hospital, Ashton-under-Lyne, United Kingdom 9> HE DC ÐK: AC D B: B: O requisito mínimo é restabelecer uma função barreira obtida pela presença da camada superficial da epiderme mas existe um consenso sobre a necessidade de um componente dérmico. Foram desenvolvidos vários substitutos dérmicos. Alguns são matrizes celulares, enquanto outros combinam fibroblastos e componentes da matriz extracelular. A presença de fibroblastos vivos mostrou promover a rápida emergência de uma derme funcional e consequentemente permitir a ancoragem epidermal eficaz. No entanto, a utilização de fibroblastos de outras fontes que não a derme necessita de ser avaliada para se avançar para a cicatrização embrionária sem cicatriz e fibrose. D Quando a área afectada é muito grande, torna-se necessário o enxerto, mas em defeitos na pele muito grandes como nas queimaduras, a quantidade de pele não lesa disponível é insuficiente. Os substitutos da pele são então soluções alternativas. C³ Imediatamente após a lesão, ocorrem vários acontecimentos para reparar o tecido danificado. A cicatrização de feridas é um processo complexo e dinâmico envolvendo mediadores solúveis, células sanguíneas, componentes da matriz extracelular e células residentes, em particular os fibroblastos. Em resumo, três fases interactivas occorem durante o processo de cicatrização da ferida (inflamação, formação do tecido de granulação e remodelação). Logo, a “qualidade” da cicatrização, i.e. desaparecimento da cicatriz e recuperação das funções do tecido, depende de um equilíbrio delicado, e a fase de remodelação, na qual os fibroblastos desempenham um papel fundamental, é crucial para a reconstrução do tecido o mais próxima possível do original. CI D 96 >B EG :H H³ D 139 NOVAS MODALIDADES NO TRATAMENTO PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Aleksander Sieron, Justyna Malyszek-Tumidajewicz Silesia Medical University, Katowice, Poland O desenvolvimento da Fisiatria utilizando luz laser, quasi-laser e campos magnéticos variáveis tem sido observado nos últimos dois anos. Os principais estudos demonstraram que tanto a terapia laser como a de campos magnéticos são tratamentos eficazes para uma cicatrização mais rápida de feridas nos tecidos moles e processos reconstrutivos dos tecidos duros. Foram notificados características biosestimulantesregenerativas, anti-inflamatórias e analgésicas dos métodos da Fisiatria. De acordo com diferentes estudos, os campos magnéticos variáveis são utilizados para estimular a reparação de escaras pós-operatórias. Essa aplicação inclui a aceleração da síntese de colagénio e o aumento da vascularização o que leva a uma cicatrização mais rápida da escara pós-operatória. Tanto os estudos experimentais como os estudos clínicos confirmar que a eficácia das terapias da Fisiatria é também observada entre pacientes que sofrem de ulceração crural. O aumento no número de ensaios oferece uma perspectiva de resultados impressionantes na cicatrização de feridas utilizando terapias de laser e campos magnéticos. Hoje em dia, a atenção aumentada em relação à terapia de oxigénio em câmaras hiperbáricas parece ser uma modalidade promissora nos tratamentos para cicatrização de feridas. 140 ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA EM PERFURANTES COM INSUFICIÊNCIA EM PACIENTES QUE SOFREM DE ÚLCERAS NA PERNA Zbigniew Rybak Wroclaw Medical University, Wroclaw, Poland Histórico: A escleroterapia é o método de tratamento que tem sido aplicado há muitos anos para as desordens venosas. Devido à sua eficiência aumentou o interesse em utilizar este simples método. A espuma esclerosante (ES) é uma mistura de quatro partes de oxigénio e uma parte do medicamento (esclerosante). A espuma forma um bolo coerente que passa do sangue para o vaso. Cerca de 15% a 30% das úlceras venosas da perna dependem da insuficiência das veias superficiais ou das veias perfurantes. A possibilidade de eliminar as veias insuficientes durante uma sessão de tratamento em ambulatório, modificou a política de tratamento nos últimos anos. Objectivo: O objectivo do estudo foi o de avaliar a eficácia da eliminação do refluxo venosos em veias perfurantes insuficientes da perna na cicatrização de úlceras nos homens. Material e método: 51 pacientes (62 pernas) foram tratados devido a úlceras venosas crónicas da perna. O exame Doppler ultrasónico confirmou a insuficiênca das veias perfurantes em todos os casos sujeitos ao nosso estudo. A classificação hemodinâmca estava de acordo com o método Winczakiewicz/Borkiewicz. Todas as perfurantes foram classificadas como classe IV - insuficientes. Em todos os pacientes foram efectuadas medições da pressão venosa em ambulatório antes e depois da escleroterapia. O período de seguimento foi de cinco anos. Os pacientes foram avaliados a cada seis meses. Foram injectados 1 a 3 ml de espuma de polidocanol nas veias insuficientes. A concentração de polidocanol variou entre 2% e 3%. Foi usada principalmente a de 3% (57 vs 5). A injecção foi dada na posição horizontal com a perna ligeiramente elevada. A injecção da ES foi guiada através de eco-Doppler. Após 10 minutos de descanso após a injecção foram aplicadas meias de compressão de classe II. Resultados: A eficácia cumulativa da obliteração com espuma de polidocanol das perfurantes insuficientes passados cinco anos foi de 82,25% ( 51 pernas ). Existiu um diminuição na pressão venosa de 57 mmHg antes da escleroterpaia para 35 mmHg após o procedimento. Debate: As perfurantes insuficientes da perna desempenham um papel importante na hipertensão venosa e em cerca de 10% a 15% dos casos são a causa das feridas crónicas. A ablação das veias insuficientes com EE é muito eficaz e um método simples de tratamento desta confusa doença. Quando comparada com outros métodos invasivos de tratamento devemos dizer que a escleroterapia é barata, não requer hospitalização e anestesia e pode ser feita no departamento de ambulatório. Conclusão: Para os pacientes com úlceras venosas da perna coexistindo com insuficiência das veias perfurantes, a obliteração destas veias acarreta uma hipótese de currar as suas feridas rapidamente e com segurança e durante a sua actividade diária. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 89 6EG:H:CI6v³DDG6A 90 141 EUCOMED SECTOR AVANÇADO DE TRATAMENTO DE FERIDAS (AWCS) ESTRATÉGIA E OBJECTIVOS Hans Lundgren Chairman of the Eucomed Advanced Wound Care Sector Group, Mölnlycke, Sweden Resumo: Para as companhias no sector do tratamento de feridas, a falta de uma voz comum na Europa turvou a visibilidade e promoção da indústria juntos dos políticos e tomadores de decisões, e a criação de uma consciência regional sobre os assuntos relativos às feridas crónicas. Com os mecanismos dos sistemas de cuidados de saúde a serem diferentes dentro dos Estados Membros da União Europeia, é essencial uma abordagem da UE comum e a colaboração dentro da indústria é essencial. A solução da indústria foi criar um grupo de sector para o Tratamento Avançado de Feridas (AWCS) sob o auspício da Eucomed (European Medical Technology Industry Association). Este grupo sectorial irá também trabalhar numa activa parceria com a European Wound Management Association (EWMA). O objectivo global do grupo sectorial é aumentar o perfil do tratamento avançado de feridas, e trazê-lo para o contexto dos assuntos sociais de cuidados de saúde, actuais e futuros, em debate. Objectivos a curto prazo (menos de 1 ano) • Apresentar uma ‘Carta de Limite da Doença’ sobre feridas crónicas na Europa • Apresentar um artigo sobre ‘Evidência no Tratamento de Feridas’ • Participar num ‘Grupo Clínico de Trabalho’ para avaliar as medidas resultantes em vez de apenas a eficácia de cicatrização • Organizar uma ‘Sessão de Tratamento de Feridas’ durante a semana Eucomed MedTech em Outubro de 2008 • Iniciar um ‘Programa de Recolha de Dados’ da epidemiologia do tratamento de feridas em países seleccionados • Posicionar o ‘Best Evidence Standpoint’ aos 3 principais agentes (pagadores, clínicos e pacientes) Objectivos a médio prazo (1-3 anos) • Actividades educacionais sobre economia da saúde, custo-eficácia e resultados relacionados com o paciente • Continuação do ‘Programa de Recolha de Dados’ em vários países Europeus • Definir e enquadrar as tendências dentro dos ‘Cuidados Primários vs. Secundários’ (Análise custo-consequência) Objectivos a longo prazo (2-5 anos) • Promover e garantir a aceitação da ‘Inovação no Tratamento de Feridas’ 6JI>A>O6v³D9:E:CHDHCDC"69=:H>K:9G:HH>C<;D6B C68>86IG>O6v³D9:;:G>96H9::I>DAD<>6K:CDH6 Gabriolo Riccardo, Costi Caterina >CFJwG>IDC68>DC6AHD7G:DH8DC=:8>B:CIDH: EGÍI>86HEGD;>HH>DC6>H9DH:C;:GB:>GDH9:H6×9: E×7A>86:BG:A6v³D6E:HHD6H8DB×A8:G6K:CDH696 E:GC6CD8DCI:MID8DBJC>IÍG>DC6G:E×7A>8696 >GA6C96 Sandra Barrett B6C>EJA6v³D9DB>8GD8A>B6C6>CI:G;68:9686G<6 CDI:8>9D:HJE:G;Ð8>:9:HJEDGI: Cynthia Sylvia, Jeanne Perla 8DBD:HIÍ68DCIGDA6G6>CI:<G>969:96E:A: 9JG6CI:D8DCIGDAD96I:BE:G6IJG64 Cynthia Sylvia, Laura Grisanti >CI:G;:G³D6A;6=JB6CDC6I>KD8DBDEDI:CI: ;68IDG6CI>;>7GÔI>8D/:HIJ9D>CK>IGD Goran Šantak, Maja Šantak, Dubravko Forcić HÐC9GDB:9:BJC8=6JH:C/HÐC9GDB:G6G69: 6JID"BJI>A6v³D Naci Karaçal, Murat Livaoglu, Servet Kerimoglu, Çiçek Hocaoglu, Leyla Arvas EGD<G6B69::HIJ9D9:86HDHBJAI>C68>DC6A8DB JB6CDK6I:8CDAD<>69:DM><:C6v³DE6G6 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H8GÔC>86H:6<J96H Lisa Wood, Paul J Davis, Andrew Eaton, Andrew Adams, John P G Wilkins EGD9JIDH9:B:8B6IG>O:MIG68:AJA6G!JB6 6AI:GC6I>K66DH:CM:GIDH9:E:A:9::HE:HHJG6 E6G8>6A4 Minke Barendse-Hofmann, Louk van Doorn, Jacques Oskam, Pascal Steenvoorde EG:K:Cv³D:IG6I6B:CID9:8DBEA>86v´:H:B :HIDB6HCJIG>8>DC6>H Oreste Sidoli 6CÍA>H:9:EGD?:8ID:B:A=DG>6966HH>HIÌC8>6 H6C>IÍG>6E6G6E68>:CI:HDHIDB>O69DH Oreste Sidoli IG6I:9DE68>:CI:8DBDJBID9D:C³D6E:C6H96 HJ6;:G>96JBBwID9DEGÍI>8D9:IG6I6B:CID9: JBE68>:CI:8DB;:G>968GÔC>86# Henri Post <6O:E6G6;>C696K:GHJH<6O:9:IG>7GDBD;:C6ID9: 7>HBJID:BFJ:>B69JG6H9:H:<JC9D<G6J Corrado Maria Durante BJ96Cv6:8DCH>HIÌC8>6C6EGÍI>869:IG6I6B:CID 9:;:G>96H2G:HJAI69DHEDH>I>KDH Sandra Dudziak, Patricia Carlson HwG>:9::HIJ9DH9:86HDHBJAI>8ÌCIG>8DH8DBJB E:CHD9:B:B7G6C6EDA>BwG>86BDCDI:G6EÌJI>8D :B;:G>96H9:8>86IG>O6v³DH:8JC9ÍG>6 Gerhard Kammerlander, Johanna Felber, Michaela Krammel, Esther Locherer, Anja Süss-Burghart, Hermann Pichler, Petra Zweimüller ×A8:G6EGD;JC96:BEw9:8=6G8DI;:8=6968DBJB EGD9JID9:EG::C8=>B:CID9:86K>969:H9: B:B7G6C6EDA>BwG>868DBEG6I6 Charalambos Agathangelou B:A=DG>696FJ6A>969:9:K>968DB66?J969:JB E:CHD9:B:B7G6C6EDA>BwG>86×C>8D Charalambos Agathangelou ×A8:G69:EG:HH³DC:8GÔI>869:<G6C9:H9>B:CH´:H 8DBB6JD9DG;:8=6968DBJBEGD9JID9: EG::C8=>B:CID9:86K>969:H9:B:B7G6C6 EDA>BwG>868DBEG6I6 Charalambos Agathangelou :HIJ9D8AÐC>8D:E>9:B>DAÔ<>8D96ULCUS CRURIS Waldemar L. Olszewski, Grzegorz Szczesny, Magda Gewartowska, Andrzej Gorecki, Zdzislaw A. Machowski D>CI:GK6AD9:;G68IJG68>86IG>OÍK:A:C³D 8>86IG>OÍK:A:6G:68v³D9DH<ËC<A>DHA>C;ÍI>8DH 9G:C6CI:H Waldemar L. Olszewski, Zdzislaw A. Machowski, Grzegorz Szczesny, Marzanna Zaleska, Marta Cakala 67HIG68I9D:HCDIJH:I=:I:BEA6I: Waldemar L. Olszewski 6;:G>96·6G8D>BJC:6;:G:CI:!H>HI:B6A>C;ÍI>8D: CÔ9JADHA>C;ÍI>8DH!6G8D:;:G:CI: Waldemar L. Olszewski, Piotr Andziak, Marek Durlik, Miroslaw Garlicki, Bozenna Interewicz, Ewa Swoboda, Ewa Stelmach 8DADC>O6v³D768I:G>6C69:I:8>9DH9DB:B7GD >C;:G>DG8DB>HFJ:B>68GÔC>86 Waldemar L. Olszewski, Hanna Galkowska, Urszula Wojewodzka >BJCD=>HIDE6IDAD<>69:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 ·8wAJA6H>C;>AIG6CI:H!8>ID8>C6H:;68IDG:H9: 8G:H8>B:CID Waldemar L. Olszewski, Anna Domaszewska, Maria Moscicka, Marzanna Zaleska D:;:>ID:HI>BJA6CI:9D;AJ>9DI:8>9JA6G$A>C;696 E:A:=JB6C6:BFJ:G6I>CÔ8>IDH8JAI>K69DH Maria Isabel Romo Sanz, Juarez Vela Raúl EGDI:ÐC696B6IG>O:MIG68:AJA6G6B:AD<:C>C6 E6G6DIG6I6B:CID9:;:G>96H:B×A8:G6HK:CDH6H 96E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D Samantha Hartwell, Sarah Brown, Gary Smith JB66K6A>6v³D9DJHD9:JBCDKDE:CHD69:H>KD9: :HEJB69:<:AB68>D Sue Sayer, Mina O’Hara, Vicki Davies IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6HC6H9J6HE:GC6H 8DBDJHD9:E:CHDHC³D69:G:CI:H:B8DCI68ID 8DB6;:G>96 Sue Sayer, Lisa Egan IG6I6B:CID9:;:G>96HC³D8>86IG>OÍK:>H9: 7>ÔEH>6HC6E6GI:>C;:G>DG96E:GC6CJBE68>:CI: 8DBK6H8JA>I:>C9JO>96EDG;ÍGB68DH Kestutis Maslauskas, Rytis Rimdeika, Vygintas Kaikaris IG6I6B:CID9:FJ:>B69JG6HEGD;JC96H9: :HE:HHJG6E6G8>6AC6B³D#:HIJ9DEGDHE:8I>KD Samantha Hartwell, Karen Bateman, Sarah Brown, Gary Smith :HIJ9D8DBE6G6I>KD67:GID!EGDHE:8I>KD:8DB H:A:8v³D6A:6IÔG>6!:BG:<>B:9:KDAJCI6G>69D! 9:'E:CHDH9::HEJB69:H>A>8DC::JB66K6A>6v³D 8AÐC>869:B:G869D9:JBCDKDE:CHD9::HEJB6 9:H>A>8DC: Nina Baekmark, Jan Soerensen EGD?:8IDE>ADIDHD7G:DIG6I6B:CID9::9:B6H EGw"DE:G6IÔG>DH9:;G68IJG6H;:8=696H>CHIÍK:>H 9DIDGCDO:ADJI>A>O6C9D68E>8DBEG:HH³D EC:JBÍI>86>CI:GB>I:CI::BE68>:CI:HFJ:I>C=6B ?Í9:H:CKDAK>9D7DA=6H:;:G>96H Grzegorz Kaluza, Zbigniew Rybak, Piotr Szyber DODCDI:G6E>6AD86A:B×A8:G6HK:CDH6H8GÔC>86H 96E:GC6 Denise Woodd 6K6A>6v³D96A>BE:O69:;:G>96H8DBI:8>9D 9:HK>I6A>O69D=×B>9DC6H:MIG:B>969:H>C;:G>DG:H Efraim Jaul Javorka Delic P19 ;:G>96HC³D8>86IG>OÍK:>H/667DG96<:B<:G>ÍIG>86 P35 P34 P33 P32 P31 P30 P29 P28 P27 P26 P25 P24 P23 P22 P21 P20 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 E:CHDH×C>8DHEGDEDG8>DC6G6B:CDGB:6AÐK>D96 9DG:B×A8:G6H9:EG:HH³D9DADGDH6H:B 9:I:G>DG6v³D6EÔH8>GJG<>686G9Ð686 Charalambos Agathangelou A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 91 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 92 P36 P37 P38 P39 P40 P41 P42 P43 P44 P45 P46 P47 P48 P49 P50 P51 P52 P53 DHEGD9JIDH9:B6IG>O:MIG68:AJA6GIÌBB:CDH 8DCIG6">C9>86v´:H9DFJ:6HG:EDGI696H 6CI:G>DGB:CI: P54 8>GJG<>69:D8AJH³DEAÍHI>86EDGG:I6A=D 86C8:A696:CDK:×A8:G6H9:EG:HH³D;:8=696H 9:K>9D6DJHD9:E:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86 Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam P55 P56 P57 P58 P59 P60 P61 P62 P63 P64 P65 P66 P67 P68 Vonnie Zimmerdahl, susan Bermark, Birgit Lykke, Lene Ingemann Sørensen, Hanne Zeuthen 9:H:CKDAK>B:CID9:8DBE:IÌC8>6H9DH:C;:GB:>GDH 9>HIG>I6>HCDIG6I6B:CID:EG:K:Cv³D9:;:G>96H# EGD?:8ID8DC?JCID9:H6×9:9:FJ6A>969::CIG:D =DHE>I6A:68DBJC>969: Rachael Winter, Gary Smith, Hussein Dharma 6K6A>6v³D96JI>A>O6v³D9:E:CHDH9::HEJB6 69:H>KDH:C³D69:H>KDH·G:HJAI69DHEGDK>HÔG>DH Lubos Sobotka, Jan Manak, Pavel Vyroubal, Mirka Slemrova, Vladka Adamkova, Vladimir Blaha CDKDBwID9DE6G668>86IG>O6v³D9:<G6C9:H ;:G>96H679DB>C6>HJI>A>O6C9DD8DBEA:MD>D9D" =>6AJGDC6ID9:HÔ9>D José Miguel Gómez-Coiduras DIG6I6B:CID9:JB6FJ:>B69JG68DBEA>8696# G:A6IÔG>D9:86HD Gildete V. C. Penido, Patricia Tavares, Ana Flavia M. Seixas DJHD9:E6E6ÐC6:A6H:GI:G6E>6CDIG6I6B:CID9: ;:G>96H João Gouveia JI>A>O6v³D9:JBE:CHD9:EDA>JG:I6CD!C6HHJ6H KÍG>6H6EA>86v´:H!:B;:G>96H9:9>;>8A8>86IG>O6v³D Teresa Segovia-Gomez, Francisco Pedro García-Fernández, Remígia Molina-Silva, Mariano Bermejo-Martínez <6C<G:C69:;DJGC>:G/:K>I6GJB:HIDB6#CDK6H DEv´:HE6G6DIG6I6B:CID9:HI68DC9>v³D Claudia Waterreus JBI6B6C=DH:GK:E6G6IJ9D46CÍA>H:96G:A6v³D 8JHID$:;>8>ÌC8>696HB:>6H9:8DBEG:HH³D <G69J696HI:G6EÌJI>86HEGDCI6H6K:HI>G: E:GHDC6A>O696H João Gouveia, Maria Carreira, Diana Cruz, Maria Carvalho, Elisabete Gomes, Manuel Ferreira, Valdemar Cruz, Dulce Menezes JI>A>O6v³D9:JBEGD9JID²76H:9:ÔM>9D9:O>C8D E6G66EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9:EG:HH³D C Barrera, M Oller, JM Muniesa, C Cinca, M Piqueras, MJ Gili 6>BEDGIËC8>69DHE:CHDHCDIG6I6B:CID9: ;:G>96H9JG6CI:6G:67>A>I6v³D6EÔHJB6 6GIGDEA6HI>69D?D:A=D#G:HJAI69DH9:JB:HIJ9D 8DBE6G6I>KDK:GHJHE:CHDHIG69>8>DC6>H João Gouveia ;:G>96H>C;:8I696H/=6K:GÍBJC9DE6G6AÍ96EG6I6 :>D9D4 João Gouveia I:G6E>69:8>86IG>O6v³D:B6B7>:CI:=×B>9D/ 686B>C=D9DHJ8:HHD João Gouveia, António Seco, Fernanda Inglês A>BE:O696;:G>96/E6E:A96EDA>=:M6C>96C6 EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96 João Gouveia H:GÍEDHHÐK:AEG:K:C>GD6E6G:8>B:CID9:×A8:G6H 9:EG:HH³DB:A=DG6C9DDH8J>969DHE:HHD6>H: 9JG6CI:D76C=D4 Madeleine Stenius 8>86IG>O6v³DGÍE>969:×A8:G6H9:EG:HH³D:B E:HHD6H8DBA:H´:HK:GI:7GDB:9JA6G:HAKBE:A6 JI>A>O6v³D9:E:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86 Madelaine Stenius 8DBE6G6v³D9D8G:H8>B:CID9:I:8>9DEDG :C8:GG6B:CID6HH>HI>9DEDGKÍ8JD:EDGEG:HH³D IÔE>86C:<6I>K6#:M>HI:6A<JB69>;:G:Cv64 Kathleen Leak 8DC8:>ID9:;DGB6v³D9:JB66869:B>68:GI>;>8696 CDH8J>969DHÍE:A::IG6I6B:CID9:;:G>96H:B E6ÐH:H9:AÐC<J66A:B³ Gerhard Kammerlander IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC68DB E:CHDH=>9GD8DAÔ>9:H Verica Djuran, Milan Matic, Zorica Gajinov, Milana Ivkov Simic, Novak Rajic 6K6A>6v³D96:;>8Í8>69DB:E:CIDAA:8=::B 9>;:G:CI:HE68>:CI:H8DB;:G>96HK6H8JA6G:H Teresa Segovia ×A8:G696E:GC6·JBE:G8JGHD9:'%6CDH6Iw² I:G6E>68DBEG:HH>K6 Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho 6FJ6A>969:9:K>96CJB6>C;ËC8>68DB :E>9:GBÔA>H:7DA=DH6 Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho G:HJAI69DH9:JB:CH6>D8AÐC>8DHD7G:HJ7CJIG>v³D :BE68>:CI:H8DB×A8:G6H96E:GC6C66A:B6C=6 Joachim Dissemond, Nadine Graue, Andreas Körber ×A8:G6HG:;G68IÍG>6H²I:G6EÌJI>86CJBE68>:CI: 8DBDM6ADH:EG>BÍG>6I>ED> Andreas Körber, Uwe Hillen, Eirini Brokalaki, Joachim Dissemond E6G66AwB9DBGH6·6JB:CID96EH:J9DBDC6H 6:GJ<>CDH6:B×A8:G6H8GÔC>86H96E:GC6C6 6A:B6C=6G:A6I>K6B:CI:6DHG:HJAI69DHD7I>9DH =Í*6CDH Andreas Körber, Joachim Dissemond I:G6E>67:BHJ8:9>968DB>BJCD<AD7JA>C6H >CIG6K:CDH6HCJB6×A8:G696E:GC69:G>K6969: JB69D:Cv69:8GD=CB:I6HI>O696JA8:G6I>K6 Andreas Körber, Uwe Hillen, Joachim Dissemond 6K6A>6v³DEGDHE:8I>K696FJ6A>969:9DG:HJAI69D 96B:9>v³D9:;:G>96H!:BEDEJA6v´:H8DB 9>;:G:CI:H;DGB6v´:H Andreas Körber, Joachim Dissemond E>A6G:H968>86IG>O6v³DE6G6;:G>96HIG6JBÍI>86H# H:I:6CDH9::ME:G>ÌC8>6 Carmen Elena Ruiz Henao :HIG6Iw<>6H9:8DE>C<JI>A>O696HE:ADHE68>:CI:H 8DB;:G>96H8GÔC>86HDJ8DBEA:M6H Jori Vermeiden, Louk P. Van Doorn, Pascal Steenvoorde, J. Oskam EGD?:8ID9:IG6I6B:CID9:;:G>96H/G:A6IÔG>D96 6CÍA>H:>C>8>6A9:JB66J9>IDG>69>HIG>I6A²H EGÍI>86HCDIG6I6B:CID9:;:G>96H!I:C9D:B 8DCI66H86G68I:GÐHI>86H9DE68>:CI::DHI>EDH9: ;:G>96 Kathryn Vowden, Peter Vowden P69 :CH6>D8DCIGDA69D8DBH:A:8v³D6A:6IÔG>6HD7G: 6H:<JG6Cv6:D9:H:BE:C=D9:JBCDKDE:CHD9: :HEJB6E6G6×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 ;DGC:8:G:K>9ÌC8>6HE6G66EGÍI>86/JB6;>ADHD;>6 E6G66HJC>969:H9:IG6I6B:CID9:;:G>96H Kathryn Vowden, Janet McGowan, Peter Vowden Bo Jørgensen, Rita Sulcaite, Gintaris Vilkevicius, Niels Bech-Thomsen, Rytis Rimdeika, Finn Gottrup P70 :HIJ9D8AÐC>8D9:&'H:B6C6HHD7G:6H:<JG6Cv6: 9:H:BE:C=D9:JBE:CHD9::HEJB68DBEG6I69: A>7:GI6v³D8DCIGDA696 6H;:G>96HEGD;JC96HC³DH³DJB68DCIG6" >C9>86v³DE6G66JI>A>O6v³D96B:8 Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam Antonio Moreno-Guerin Baños, Amparo Galindo Carlos, Mª Victoria Castro Marcos, Joan Miquel Aranda Martinez, Federico Palomar Llatas, Luis J. Vigil-Escalera Quintanal P71 P72 P73 P74 P75 P76 P77 P78 P79 P80 P81 P82 P83 P84 P85 P86 P87 P88 IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC68DB 6IG6JB6C6< Anne Marie Larsen, Finn Gottrup 8DCIGDAD9:>C;:8v³D9:;:G>96HJI>A>O6C9D EGD9JIDH9:IG6I6B:CID9:;:G>96H8DB EDA>=:M6C>96·6CÍA>H:G:IGDHE:8I>K69:.*(86HDH Kurt Kaehn, Ansgar Möller, Anke Nolte JB6:MEADG6v³D96FJ6CI>969:9:>C;DGB6v³DFJ: DHE68>:CI:HIÌBHD7G:EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9: EG:HH³D;DGC:8>96E:ADH:C;:GB:>GDH Gerardine Craig 6EA>86GDE:CHD69:FJ69D68696JB696H;6H:H9D EGD8:HHD9:8>86IG>O6v³D9:;:G>96H Margarida Reis, Patricia Lopo, Vera Reis, Anabela Faria DE6E:A9D869:MÔB:GD9:>D9DC6H×A8:G6H9: 9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D Roberto Polignano, Alessandra Pavanelli, Pia Terriaca, Sara Rowan 86A8>;>A6M>6/IG6I6B:CID7:BHJ8:9>9D8DB 9:H7G>96B:CID!8>C686A8:I:E:CIDM>;>A>C60 6EG:H:CI6v³D9:JB86HD Katarina Smuc Berger 8DBEG::C9:GDE6E:A9:JBE:CHD9:A>7:GI6v³D9: >7JEGD;:CDCDIG6I6B:CID=DAÐHI>8D9:;:G>96H 9DADGDH6H Juan Antonio Jiménez González, María Rosa Pérez Resúa <:HI³D8DBEA:M69D8DCIGDAD9:>C;:8v´:H: :MHJ969DH:B;:G>96H8>G×G<>86H8DBEA>8696H Galina Slavcheva, Georgi Grigorov, Vladislav Christov DFJ:;:O69>;:G:Cv64·67DG96<:B8DB IG6I6B:CIDBJAI>8:CIG69DA:K6²8>86IG>O6v³D9: ;:G>96H8DBEA:M6HCJBE68>:CI:8DBEA:MD8DB 9D:Cv66JID">BJC: Karsten Fogh, Gitte Nielsen, Wilja Dam K6H8JA>I:CJBE68>:CI:8DB×A8:G6K:CDH696 E:GC6/G:6K6A>6v³D9D9>6<CÔHI>8DA:KDJ² 8>86IG>O6v³D Karsten Fogh, Kirsten Gabriel 8J>96G96D7:H>969:8DBDE6GI:9DEA6CD9: <:HI³D96I:G6E>68DBEA:M69: 9:H8DC<:HI>DC6B:CIDCDIG6I6B:CID9: A>C;D:9:B6H Andrea Stigant 6JI>A>O6v³D9:JAIG6"HDCH9:76>M6;G:FJÌC8>6C6 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H Gunther Naumann, Uwe Wollina, Birgit Heinig, Reimund Neugebauer ×A8:G69:EG:HH³D:B9D:CI:HI:IG6EAw<>8DH· 9:H6;>DHC68>86IG>O6v³D Isabel Bruno, Kátia Furtado FJ6C9D6HHDAJv´:H9:A>BE:O6;6A=6B Kátia Furtado, Isabel Bruno 9:H:BE:C=D9DE:CHD9:=>9GD<:A8DBHDAJv³D9: G>C<:G:E:CHD9:EDA>JI:G6CD9::HEJB6FJ6C9D JI>A>O69DCJB66BEJI6v³D9:Ew9>67:I>8D Filomena Lima, Armanda Amorim, Júlia Nogueira 6;>ADHD;>69DH8J>969DH9::C;:GB6<:B9:?# L6IHDC/D86HD9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 José Antonio García García, Estrella Del Mar Mesa Garrido, Sònia Ortiz Caro, Olga Gomez Ramon, Montse Martínez Aguilà, África Fortes Del Valle :;>8Í8>69DE:CHD=>9GDEDA>BwG>8D8DBEG6I6 >ÔC>86CJB6;:G>96IG6JBÍI>86>C;:8I6968DBBGH6 José Antonio García García, Estrella Del Mar Mesa Garrido, Sònia Ortiz Caro ;:G>96B6A><C6$8>GJG<>869:IJBDG9DE:C>H" 8DCI>CJ>969:9:8J>969DH":HIJ9D9:JB86HD Claudia Silva, Ana Sofia Fonseca, Dora Franco P89 P90 P91 P92 P93 P94 P95 P96 P97 P98 P99 P100 P101 P102 P103 P104 P105 P106 P107 P108 P109 IG6I6B:CID9:STAPHYLOCOCCUS AUREUS8DB D8I:C>9>C6B:A=DG66;6<D8>IDH:EDGC:JIGÔ;>ADH =JB6CDHIN VITRO Peter Goroncy-Bermes, Torsten Freytag, Nadine Harbs, Katrin Steinhauer :MEADG6v³D96H:ME:G>ÌC8>6H9DH:C;:GB:>GDH HD7G:6;JCv³D9D:C;:GB:>GD:HE:8>6A>HI6:B K>67>A>969:I:8>9JA6GCJB8DCI:MID9:8J>969DH 6<J9DH Martina Rafter IG6I6B:CID9D8>HIDE>ADC>96A6EÔH9G:C6<:B 8>G×G<>86 Luísa Figueiredo Neves EG:K:Cv³D9:×A8:G6EDGEG:HH³D:B86A8ËC:D8DB DJHD9:9>HEDH>I>KD9::HEJB6 Leila Blanes, Ana Marta Rodrigues Branco, Lydia Masako Ferreira I:G6E>69::C8:GG6B:CID6HH>HI>96EDGKÍ8JD:B ;J<69:6C6HIDBDH:JG:I:GD">A:6A6EÔHI:G6E>6 8>G×G<>86E6G686C8GD967:M><6 Lars Lübke, Stefan Denzinger, Maximilian Burger, Sigurd Kessler, Wolf F. Wieland, Wolfgang Otto IG6I6B:CID9:JB6;:G>96EDGE>8696EGDKÍK:A9: 6G68CÐ9:D·:HIJ9D9:86HD Maria Filomena Silva, Manuela De Sousa JI>A>O6v³D96I:8CDAD<>69:=>9GD;>7G6HCD IG6I6B:CID9:JBEw9>67wI>8D Nelson Silva B6IG>O9:BD9:A6v³D96EGDI:6H:EGDBDK:6 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H:BEwH9>67wI>8DH Renato Assunção 6K6A>6v³D969DG:BE68>:CI:H8DB;:G>96H Ansa Iivanainen, Sari Koskelo 7JGD8G68>6·JBD7HIÍ8JAD6DIG6I6B:CID9: ;:G>96H4 Ansa Iivanainen, Eeva Iivonen, Riina Halme 8JHIDH9DIG6I6B:CID9:;:G>96HC6;>CAËC9>6 Ansa Iivanainen, Riina Halme, Eeva Iivonen D6JID8DC8:>ID9DHJI:CI:H8DB×A8:G69:E:GC6 Rogério Vieira IG6I6B:CID96HÐC9GDB:9:Ew9>67wI>8D8DBD E:CHD6FJ68:A6< Alexander Zemlyanoy, Alexey Svetuhin IG6I6G×A8:G6H96E:GC6:9DEw8DBEA6HB6 6JIÔAD<DG>8D:BEA6FJ:I6H Marcus Gürgen, Andreas Wagner EG:K6AÌC8>696×A8:G69:EG:HH³D·EG>B:>GD >CFJwG>ID<6AÌH6CÐK:AC68>DC6A Clare Morris EG>B:>G6H:ME:G>ÌC8>6H8DBJBE:CHD8DCI:C9D CDH; Christian Münter B6>HEGDK6H96EG:H:Cv69:<:C:HG:H>HI:CI:H² EG6I6CD:#8AD686:>HDA69D9:;:G>96H>C;:8I696H Emma Woods, Steven Percival JBJI:CI:!6;6BÐA>6!JB6×A8:G69:E:GC6 ·6G:6A>969:EDGIJ<J:H69:H8DC=:8>96 Pedro Ferreira, Helena Gonçalves 6H86G68I:GÐHI>86HIG>9>B:CH>DC6>H96E#6:GJ<>CDH6 :9DH#6JG:JH8JAI>K696H:BÍ<6G"Í<6GK:GHJH EDADM6B:G>C9JIDG9:7>D;>AB: Emma Woods, Steven Percival 8DBD:K>I6GFJ:E68>:CI:H8DB;G68IJG6966C86 9:H:CKDAK6B×A8:G6H9:EG:HH³D Ami Hommel, Karl Göran Thorngre, Kerstin Ulander :K>9ÌC8>69:7>D;>AB:H:B<6O:H/JBEDI:C8>6A EGD7A:B6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H4 Emma Woods, Mike Walker, Chris Cochrane, Steven Percival A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 93 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 94 P110 P111 P112 P113 P114 P115 P116 P117 P118 P119 P120 P121 P122 P123 P124 P125 P126 P127 P128 G:H>HIÌC8>6²EG6I6:;DGB6v³D9:7>D;>AB:CD BGH6/IG6I6B:CID8DBEG6I6>ÔC>86 Emma Woods, Steven Percival BJ96Cv6H9:E:CHD68696(9>6H/;>8v³DDJ G:6A>969:4 Caroline Goeman, Frans Meuleneire, Hilde Boucqué :;:>IDH9:JB6:HEJB69:A>7:GI6v³D9:>7JEGD;:CD :B;:G>96H9DADGDH6H:MHJ96I>K6H/E6GËB:IGDH9: FJ6A>969:9:K>969:JB:HIJ9D96K>96G:6A 8DBE6G6I>KD>CI:GC68>DC6A Elmar Schäfer, Dimitris D. Tsiftsis, Annikki Jortikka, Heather Orsted, Alessandro Scalise 6K6A>6G6:;>8Í8>69:JBE:CHD8DBEG6I6:B 7>D;>AB:H9:PSEUDOMONAS AERUGINOSA JI>A>O6C9DDBD9:AD9D7>DGG:68IDG9D898 Sarah Welsby, Samantha Jones, Emma Woods, Steven Percival K6CI6<:CH9DHG:I6A=DHB>D8JIËC:DHCD IG6I6B:CID9:×A8:G6H9:9:8×7>ID Donatas Samsanavicius, Kestutis Maslauskas, Rytis Rimdeika DC:JGDE69/JBI:HI:H>BEA:HE6G66K6A>6G6 C:JGDE6I>69>67wI>86:DG>H8D9:×A8:G6CDEw 9>67wI>8D Veronika Woskova, Alexandra Jirkovska, Robert Bem, Michal Dubsky, Katerina Cechova, Ludmila Ŕezaninova :KDAJv³D9DH8JHIDHCJB8DCI:MIDBD9:GCD: BJAI>9>H8>EA>C6G9:8J>969DH9:;:G>96H Heinz Janßen, Roland Roland 6K6A>6v³D9:JB6B6IG>OA>E>9D8DAÔ>9:8DBCDH; ;68IDGC6CD"DA><DHH686GÐ9:DCJBBD9:AD9: :FJ>K6A:CI:9wGB>8DIN VITRO Coulomb Bernard, Couty Ludovic, Fournier Benjamin, Laurensou Christelle, Aillaud Cécile, Gogly Bruno, Lafont Antoine :KDAJv³D968>86IG>O6v6D9:;:G>96H8GÔC>86H Patrícia Bilé, Carla Afonso, Filipa Jeremias ×A8:G696E:GC6CJB=DB:BMNN Manuel Velasco, Virginia Pont, Rafael Carmena, Esther Quecedo, Fernando Millán, Enrique Gimeno ×A8:G6H9:EG:HH³D/JB6G:6A>969::B8DCI:MID 9DB>8>A>ÍG>D Patricia Pimentel ;DGB6v³D:IG:>CD9::C;:GB:>GDH9:8J>969DH 9DB>8>A>ÍG>DHE:AD:HE:8>6A>HI6:B8J>969DH9: ;:G>96H9D=DHE>I6A Inger Futtrup EG>B:>G6:I6E69:JB9>6<G6B6E6G6×A8:G6H 8GÔC>86H Diogo Cabrita, Sardo Leonor, Enio Afonso, Elisa Hipolito, Sofia Domingues, Ana Marques IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6HG:86A8>IG6CI:H 8DBDHE:CHDH9::HEJB69:<:A Glenn Martyn Smith <6O:K:GHJH:HEJB6C6I:G6E>6IÔE>869:EG:HH³D C:<6I>K69:;:G>96HIIEC;:B>C;:8v´:H9:;:G>96H HJ78JIËC:6H6EÔH8>GJG<>6679DB>C6A#EG>B:>G6H D7H:GK6v´:H8AÐC>86H Christoph Marquardt, Thomas Egglseder, Thomas Schiedeck 6JI>A>O6v³D9DHÍ8>9DH<DG9DH=>E:GDM><:C69DH 6<=DCDA>C;DB68JIËC:D·:HIJ9D9:86HD Ana Parreira, Lurdes Cavalheiro, Cristiana Costa 6HA:H´:HEDG=JB>969::DHÍ8>9DH<DG9DH =>E:GDM><:C69DH6<=D·:HIJ9D9:86HD Ana Parreira, Lurdes Cavalheiro, Cristiana Costa 68DBEG:HH³DC³D:AÍHI>866JB:CI6B6>H6;G68v³D 9::?:8v³DK:CDH69DFJ:6HA><69JG6H:AÍHI>86H Giovanni Mosti >C;AJÌC8>69DH9>;:G:CI:HB6I:G>6>H:BA><69JG6H BJAI>8DBEDC:CI:HC6EG:HH³D:G><>9:O96 A><69JG6;>C6A Giovanni Mosti P129 P130 P131 P132 P133 P134 P135 P136 P137 P138 P139 P140 P141 P142 P143 P144 P145 JBE:CHDE6G6;:G>96H8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D:JB 9>HEDH>I>KD9:8DBEG:HH³DEGDCID6JH6G·JB6 8DB7>C6v³D:;>86OE6G6DIG6I6B:CID9:×A8:G6H K:CDH6H96E:GC6 Giovanni Mosti EG>B:>G6:ME:G>ÌC8>6>I6A>6C68DBJBE:CHDE6G6 ;:G>96H8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²76H:9:8:AJADH: :BE68>:CI:H=DHE>I6A>O69DH8DB;:G>96H8GÔC>86H AD86AB:CI:>C;:8I696HDJ8G>I>86B:CI: 8DADC>O696H Giovanni Mosti DÌM>ID96I:G6E>69:;:G>96HAD86AB:CI: >C;:8I696HDJ8G>I>86B:CI:8DADC>O696H8DBJB CDKDE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²76H:9: 8:AJADH:8DBEDA>=:M6C>96:BE68>:CI:H 6B7JA6IÔG>DH Giovanni Mosti E:CHDHE6G6;:G>96H8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²76H: 9:7>D8:AJADH:!8DBEG:HH³DC³D:AÍHI>86: 6AD:CM:GIDCDIG6I6B:CID9:JB6×A8:G6CJB6 BJA=:G>9DH6 Giovanni Mosti :ME:G>ÌC8>6H8AÐC>86HHD7G:6JI>A>O6v³D9:JB CDKDE:CHD6CI>B>8GD7>6CD:B;:G>96H8DBJB6 8DADC>O6v³D8GÐI>86 Frans Meuleneire 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:B×A8:G6HK:CDH6H8GÔC>86HJK8 Carolina Weller, Jaye Chin-Dusting, Michael Woodward, Peter Jenkins B:A/DC9:9:K:H:G8DAD869DCD;DGBJAÍG>D9: IG6I6B:CID9:;:G>96H4 Claire Acton, Gillian Dunwoody :HIJ9D9:7>D8DBE6I>7>A>969:CJBE:CHD9:;:G>96H 9:7>D8:AJADH: Cornelia Wiegand, Martin Abel, Axel Kramer, Gerald Müller, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler P146 P147 P148 P149 P150 P151 P152 P153 P154 P155 P156 P157 P158 P159 P160 P161 P162 P163 >C;AJÌC8>696DG><:B9D8DA6<wC>DC66;>C>969:9: A><6v³DE6G66:A6HI6H:9DHC:JIGÔ;>ADH Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler 86E68>969:9:A><6v³D9D8DA6<wC>D9:9>;:G:CI:H DG><:CHE6G6DE9<;"77 Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler :;:>ID6CI>768I:G>6CD:6CI>;×C<>8D9:<6O:H8DB >D9D;ÔGB>D Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler :;:>IDEGDI:8IDG96EDA>=:M6C>96:B FJ:G6I>CÔ8>IDH=686ICJB68D"8JAIJG68DB HI6E=NAD8D88JH6JG:JH Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler 6;DGB6v³DIN VITRO9:GDH$GCHw>C>7>96E:A6 EDA>=:M6C>96 Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler :;:>IDH9:JB6:HEJB69:A>7:GI6v³D9:>7JEGD;:CD :B;:G>96H9DADGDH6H/G:HJAI69DH9:JB:HIJ9D96 K>96G:6A!>CI:GC68>DC6A:8DBE6G6I>KD!HD7G: ;:G>96H9DADGDH6H:MHJ96I>K6H Richard Palao Domènech, Marco Romanelli, Nils Johannesen, Avrahami Ram, Elmar Schäfer :;>8Í8>68AÐC>869DHE:CHDH=>9GD8DAÔ>9:H HJEG6HDG7=CDIG6I6B:CID9:FJ:>B69JG6H <G6K:H:B8G>6Cv6H Alexey Baindurashvili, Marina Brazol, Ekaterina Mitrofanova, Evgeny Tsvetaev, Maxim Melnikov H:GÍFJ:DHE:CHDH8DBEG6I6C6CD8G>HI6A>C6 >C;AJ:C8>6BDEGD8:HHD9:8>86IG>O6v³D9:;:G>96H 8G>I>86B:CI:8DADC>O696H$>C;:8I696H4 Kristin Waitz Brekke, Lage Aarseth, Reidar Hide G:A6IÔG>DH9:86HD/B:A=DG>69DEGD8:HHD9: 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H8GÔC>86HJI>A>O6C9DJB6 HDAJv³D9:A6K6<:B6K6Cv696:BK:O9:Í<J696 IDGC:>G6 Patricia van Mierlo - van den Broek ×A8:G696E:GC6EDG>CHJ;>8>ÌC8>6K:CDH6IG6I696 8DBE:CHDH²76H:9:8DA6<wC>D:<A>8:G>C6 Paulo Luzio, Patrícia Paludo, Vera Lúcia Perissé ×A8:G6H96E:GC6G:86A8>IG6CI:H/JBEGD7A:B6 8DBEA:MD8DCIGDA69D8DBEG:HH³DIÔE>86 C:<6I>K6 Wojciech Witkowski JA8:G6v³D9DEw9>67wI>8D/<:HI³D:;>86O9DH 9:H6;>DHEG:H:CI:HCDH8J>969DH9:;:G>96HEDG B:>D9DHE:CHDH9::HEJB69:=N9GD;>7G:9G:HH>C< 6C96<:AA>C<;D6B9G:HH>C<# Laura Thompson IG6I6G×A8:G6H9:EG:HH³D8DBEA:M6H8DBEG:HH³D IÔE>86C:<6I>K6 Wojciech Witkowski DAJ<6G9DHE:CHDHI:G6EÌJI>8DH8DBEG6I6C6 I:G6E>69:;:G>96H8GÔC>86H Tanja Planinsek Rucigaj, Katarina Smuc Berger IG6I6B:CID9:;:G>96HIG6JBÍI>86H8DBEG:HH³D IÔE>86C:<6I>K6 Wojciech Witkowski DJHD9:JB6HDAJv³D9:>GG><6v³D:B;:G>96H 8GÔC>86H"&:HIJ9D9:86HD Carla Correia, Elisabete Barreto, Marlene Barbosa >CIGD9Jv³D96I:G6E>68DBEG:HH>K6:B8J>969DH9: H6×9:EG>BÍG>DH·&-B:H:H9::ME:G>ÌC8>6 Carla Correia, Elisabete Barreto, Marlene Barbosa :;>8Í8>69DHE:CHDH9:=>9GD;>7G68DBEG6I6>ÔC>86 C6I:G6E>6AD86A9:FJ:>B69JG6H:B8G>6Cv6H6Iw 6DH(6CDH9:>969: Gayane Mirzoyan, Ludmila Budkevich, Elena Galeewa P164 P165 P166 P167 P168 P169 P170 P171 P172 P173 P174 P175 P176 P177 P178 P179 P180 C:8GÔA>H::E>9wGB>86IÔM>86C:I·8J>969DH9: 6ED>D:IG6I6B:CID9:;:G>96HC6JC>969:9: FJ:>B69DH Loreta Pilipaityte, Ernest Zacharevskij, Rytis Rimdeika 9:>H8ÌC8>69:;:G>968>G×G<>86EDG:CI:GD8D8DH K6C8DG:H>HI:CI:·:HIJ9D9:86HD Rui Bizarro IG6I6B:CID9:<G6C9:H;:G>96HCD:HIÕB6<D8DB E:CHDH8DBJB686B6969:8DCI68IDA>E>9D8DAÔ>9: 6CI>768I:G>6C6:B6I:G>6A67HDGK:CI: Thomas Kaldijk 6BEJI6v³DIG6CHB:I6I6GH>86·:9:ED>H96 9:>H8ÌC8>64 Rui Bizarro EGD9JIDH6EA>869DHE:ADH:C;:GB:>GDHCD IG6I6B:CIDIÔE>8D9:×A8:G6HK6H8JA6G:H·:HIJ9D 9:DE>C>³D Rui Bizarro JI>A>969:9:JBCDKDE:CHDA>E>9D8DAÔ>9:8DB CDH;CDIG6I6B:CIDAD86A9:;:G>96H6GI:G>6>H :HI6<C696H:BE68>:CI:HC³DG:K6H8JA6G>OÍK:>H Andree-Alice Allain, Antoine Lucas, Catherine Salomon, Maryline Cherrier JI>A>O6v³D9:JBEGD9JID9::HEJB6:EG6I6CD IG6I6B:CID9:E68>:CI:H8DB;:G>96H>C;:8I696H Henri Post, Ivon Zegers, Carla Dijk van, Henny Akker van den, John Hoeijmans, Wilma Verbeek, Mieke Vlught van der JI>A>969:9:JBCDKDE:CHD>C>7>9DG9: B:I6ADEGDI:6H:H96B6IG>OCDIG6I6B:CID9: ;:G>96H8DBEA:M6HC6EGÍI>86=DHE>I6A6G Anree-Alice Allain, Marie Jeanne Caniaux, Catherine Salomon, Maryline Cherrier JI>A>O6v³D9:<6O:9:EDA>=:M6B:I>A:CD7><J6C>96 E=B7:BE:CHDH9:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6· :K>9ÌC8>6::;>8Í8>6 Glenn Martyn Smith :ME:G>ÌC8>69DIG6I6B:CID9:C:8GDH: EÔH"IG6JBÍI>868DBE:CHDH67HDGK:CI:H =>9GD8:AJA6G:H Damien Grenier De Cardenal, Catherine Salomon, Maryline Cherrier :ME:G>ÌC8>69:IG6I6B:CIDAD86A9:;:G>96H EÔH"IG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D9:BDG696 8DBJBCDKDE:CHD>BEG:<C69D8DBCDH; Damien Grenier De Cardenal, Catherine Salomon, Maryline Cherrier :;:>ID9D8DBEA:MD>D9D"=>6AJGDC6ID:B:CM:GIDH 9:E:A:9:;:G>96H>C;:8I696H Robert Cap, Frantisek Hosek, Pavel Horyna, Eva Mala, Jana Horackova, Michal Plodr, Lubos Sobotka EG>B:>G6H:ME:G>ÌC8>6H8DBJB6CDK6B6IG>O8DB :FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8DE6G6;:G>96HCDIG6I6B:CID9: FJ:>B69JG6HA><:>G6H Andrzej Piatkowski, Dietmar Ulrich, Martin Abel, Norbert Pallua ¹96>CK:HI><6v³D²EGÍI>86"JB:HIJ9D :E>9:B>DAÔ<>8D:DH:J>BE68IDC6;DGB6v³D:B :C;:GB6<:Bº Luís Miguel Gomes, Luís Filipe Mendes, Rosa Carvalhal da Silva, Norberto Messias, Ana Paula Rocha, Alexandre Rodrigues, Bruno Teixeira, Rui Luís, Leocádia Cardoso JI>A>O6v³D9:JB=>9GD<:A>ÔC>8DCJBC:DC6ID 8DBJB6A:H³D9::MIG6K6H6B:CIDC:8GÔI>8D Trudie Young BD9JA6v³D96>C;A6B6v³DB:9>696EDG768IwG>6H 6IG6KwH9:I:G6E>6H6K6Cv696H9:IG6I6B:CID9: ;:G>96H Breda Cullen, Lorna McInroy, David Warde 8J>96G96E:HHD68DB;:G>96B6A><C6 Patrícia Matos, Carla Lança, Olga Regina, Raquel Santos A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 95 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 96 P181 P182 P183 P184 P185 P186 P187 P188 P189 P190 P191 P192 P193 P194 P195 P196 P197 P198 P199 DHJ8:HHD96I:G6E>68DBEG:HH>K6 Isabel Fernandes I:8CDAD<>6E68::MEG:HH³D8:AJA6G68×HI>86 EJAH696/JB6CDK667DG96<:B6DIG6I6B:CID9: ×A8:G6H:BE68>:CI:H9>67wI>8DH Kristien Van Acker, Ilse Heyvaert, Leen Hellemans, Elke Jonckers, Cedric Surmont 6HE:8IDHwI>8DHCD6I:C9>B:CID9:E68>:CI:H 8DB;:G>96H8GÔC>86H Andrea Pokorná, Martina Kunstová IG6I6B:CID8>G×G<>8D9:;:G>96HDC8DAÔ<>86H :MI:CH6HC6H8DHI6H Ciril Triller, Uros Ahcan, Boris Jancar, Adriana Debelak, Magdalena Mihevc, Janja Nikolic, Dragica Maja Smrke 8DBEA:MD9:Í8>9D=>6AJGÔC>8D:>D9D" =>6AJGDC6ID:BA:H´:H9:<J:GG6CDHI:8>9DH BDA:H·EG>B:>G6:ME:G>ÌC8>6G:A6IÔG>DH9:86HDH Michal Plodr, Robert Cap, Jiri Paral, Petr Lochman 6B>C=6;:G>96w6B>C=6K>96/B6H:JFJ:GDH:<J>G :B;G:CI: Gill Hiskett, Lisa Turley :C8:GG6B:CIDGÍE>9D9:;:G>96H679DB>C6>H :CM:GI696H8DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86 Geert Vanwalleghem ×A8:G68DB86A8>;>A6M>6;:8=696CD:HE6vD 9:JBBÌH8DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86 Geert Vanwalleghem 8DCIGDAD96>C;:8v³D:9D:MHJ969D:B×A8:G6H 8GÔC>86H96E:GC6/DE6E:A9:JBE:CHD 6CI>B>8GD7>6CD8DBEG6I66HHD8>69D6JBE:CHD 9:=>9GDEDAÐB:GDC6EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96 Manuel Cruz, José Costa, Maria Silva 8DBEA>86v´:H8DB:CM:GIDH9:E:A::B9J6H ×A8:G6H96E:GC68DBEA:M6HG:HDAK>96H8DBJB E:CHD9:B:B7G6C6EDA>BwG>86 Geert Vanwalleghem :C8:GG6B:CIDGÍE>9D9:JB6×A8:G6K:CDH696 E:GC68DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86CJB E68>:CI:9:)-6CDH:B:HI69D9>;Ð8>A Geert Vanwalleghem ×A8:G6H9:E:GC69:DG><:BK:CDH6:B8J>969DH 9:H6×9:EG>BÍG>DH·IG6I6B:CID76H:69DC6 :K>9ÌC8>6/B>IDDJG:6A>969:4 Manuel Cruz, José Costa, Maria Silva EG:K6AÌC8>696H×A8:G6HEDGEG:HH³D/ 9D9>6<CÔHI>8D²68v³D Maria Gorete Reis, Maria Helena Jardim, Maria Luísa Santos, Maria Dulce Silva, Teresa Espirito Santo 6K6A>6v³D8DBE6G6I>K696Iw8C>86ByAC96A Monica Valente, Anabela Patricio, Anabela Sousa, Fernando Brilhante :;:>IDH96B6IG>O²76H:9:8DA6<wC>DC6 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H:BE68>:CI:H8DB;:G>96H 8GÔC>86H8DBEA>8696H Hana Novotná, Vladimír Polakovic, Eva Sedlácková, Kveta Becanová B:86C>HBDH=>EDIwI>8DH8:AJA6G:H:BDA:8JA6G:H 9D9:H:CKDAK>B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 Marian Simka :HIJ9D9:86HD8AÐC>8D9:JB6;:G>968>G×G<>86 8DB9:>H8ÌC8>6 Ana Leite, Anabela Pereira ¹I:G6E>68DBEG:HH>K6JB6:ME:G>ÌC8>69:HJ8:HHDº Mónica Ribeiro, Cátia Cunha, Fátima Moreira, Alice Sousa BwID9DH9:6K6A>6v³D9:8DCI6B>C6v³D768I:G>6C6 8DBDG:HJAI69D9:IG6I6B:CID8DB>GG><6v³D9: 6AI6EG:HH³D Anna Marie Nielsen, Hans Joern Kolmos P200 P201 P202 P203 P204 P205 P206 P207 P208 P209 P210 P211 P212 P213 P214 P215 P216 P217 P218 IG6I6B:CIDH:FJ:C8>6A9:×A8:G6HK:CDH6H 96E:GC68DBE:CHDH67HDGK:CI:H6CI>768I:G>6CDH :C:JIGDH Jean-Philippe Lamouroux, Olivier Genre, Catherine Salomon, Maryline Cherrier 8>86IG>O6v³D9:×A8:G6H>C9JO>96HEDG =>9GDM>JG:>6=N9G:6JI>A>O6C9D6CDK6B6IG>O A>E>9D8DAÔ>9:9:CDH; Andrée-Alice Allain, Antoine Lucas, Catherine Salomon, Maryline Cherrier DM><:CDI:G6E>6=>E:G7ÍG>86DI=8DBD I:G6E>669?JK6CI:CDIG6I6B:CID9:>C;:8v´:H C:8GDH6CI:H9DHI:8>9DHBDA:H Suzana Pecenkovic-Mihovilovic IG6I6B:CID²76H:9:EDA>=:M6C>969:×A8:G6H 96E:GC6>C;:8I696H8DBBGH6:EH:J9DBDC6H Gunnar Riepe 6CÍA>H::EG:K>H³D9:EGD9JIDHE6G66EG:K:Cv³D :D8J>969D9:;:G>96H8GÔC>86HCD9>HIG>ID 9:6AB:GÐ6 Juan Francisco Jiménez García, Juan José García Arrabal, Ana Tobías Manzano, Ignacio Manuel García Tobías, María del Mar Abad García, Joan Enric Torra i Bou ¹>CI:<G>969:6HH:<JG696º Cristina Fernandes :A:8IG>8>969:CDIG6I6B:CID9:;:G>96H Elia Ricci, Eleonora Tonini, Mafalda Gonella, Patrizia Amione EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9:EG:HH³D:BE68>:CI:H C³D=DHE>I6A>O69DH Elia Ricci, Stefania Astolfi, Fabrizio Moffa, Sonia Ferrero, Roberto Cassino ;:G>96H6IÐE>86H/IG6I6B:CID9:;:G>96HEDGE>8696 9:6A;DGG:86 Antonio Moreno-Guerín Baños, Rafael Ruíz-Fito, Enrique Pérez-Godoy Díaz, Yolanda Pelaez-Nora, Dolores Paredes-González, Antonio Amaya-Cortijo G:8DCHIGJv³D9:9:;:>IDHCDI:8>9DBDA:96 867:v66EÔHA:H´:H9:FJ:>B69JG6EDG8DCI68ID Loreta Pilipaityte, Rytis Rimdeika, Kestutis Maslauskas, Mindaugas Kazanavicius JI>A>O6v³D96B6IG>OBD9JA69DG696EGDI:6H:CD IG6I6B:CID9:;:G>96H Luís Maia, Fátima Ferreira, Andreia Viana, Inês Pereira, Vera Leal, Adalgiza Pinto, Sara Paixão 8AJ7:H9:E:GC6H/JB667DG96<:BHD8>6A6DH 8J>969DHC68DBJC>969: Ellie Lindsay EG:K6AÌC8>69:×A8:G6H9:EG:HH³D/DG:IG6ID 9:JB6CD José Chora, Bruno Aires, Rita Cancela, Silvia Botelheiro, Vânia Faustino HÐC9GDB:9:>BD7>A>969::×A8:G6H9:EG:HH³D/ IG6I6B:CID9:<><6CI:H<:G>ÍIG>8DH Antonio Moreno-Guerín Baños, Rafael Ruiz-Fito, Enrique Pérez-Godoy Díaz, Yolanda Pelaez-Nora, Dolores Paredes-González, Antonio Amaya-Cortijo ×A8:G6H9:EG:HH³D:MIG:B6B:CI::MHJ96I>K6HCDH 86A8ËC:DH/JI>A>O6v³D9:JB=>9GDEDAÐB:GDC³D 69:H>KD IG6I6B:CID9:JA8:G69:E:GC6·JB86HD8A>C>8D Marta Sofia Santos Miranda, Cristina America Dias Pereira Afonso Natércia Caramujo I:G6E>68DBEG:HH>K6CDIG6I6B:CID9:×A8:G6H K:CDH6HCJB6HJ7"G:<>³D9:H6×9: Pedro Pacheco, Vania Bação, Joana Santos ×A8:G6H9:EG:HH³D·8DBDEG:K:C>G Nuno Esperanço, Estela Cancela 6>BEDGIËC8>69:7:BCJIG>GC6H×A8:G6H9:EG:HH³D Susana Tavares P219 P220 P221 P222 P223 P224 P225 P226 P227 P228 P229 P230 P231 P232 P233 P234 P235 JI>A>O6v³D968>E:C69D8JB:CI6v³D96×A8:G6 EDGEG:HH³D Júlio Veríssimo, Dulce Cabete :HIJ9D9:86HD/8DAÍ<:CD6HHD8>69D6<A>8:G>C6 8DBD:HI>BJA6CI:9:8>86IG>O6v³D Maialú Rodrigues, Jackson Caiafa, Eliane Augusta Silveira 67DG96<:B6DIG6I6B:CIDAD86A9:×A8:G6H 9:EG:HH³D Susana Tavares :HIJ9D9:86HD/9:7G>96B:CID6JIDAÐI>8D 8DB8D7:GIJG69:EDAÐB:GD=>9GD;ÐA>8D Eliane Augusta Silveira, Jackson Caiafa, Maialú Rodrigues 6>BEDGIËC8>69D8DCIGDA:9D:MHJ969D ·JB86HD8AÐC>8D Pedro Pacheco, Vania Bação, Graça Travanca IG6I6B:CID9::9:B68GÔC>8D6HHD8>69D69D:Cv6 K:CDH6JI>A>O6C9DDE68>:CI::DEG:HI69DG9: 8J>969DH9:H6×9:8DBDG:8JGHD Judith Patton, Alison Nelson :;>8Í8>69DHE:CHDH9:A>7:GI6v³D9:EG6I6CD IG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86HC³D8>86IG>OÍK:>H/ B:I6"6CÍA>H: Shu-Fen Lo JI>A>O6G6EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96E6G6 8>86IG>O6GJB6;:G>96;JC<DH6B6A><C6 Shu-Fen Lo ;ÐHIJA6H/JB6CDK667DG96<:BJI>A>O6C9D6I:G6E>6 9:EG:HH³DC:<6I>K69:;:G>96H Susan Johnson, Kathleen Leak 9:H7G>96B:CID:CO>BÍI>8D9::H86G6H9: FJ:>B69JG6HJI>A>O6C9DJB8DBEA:MD9::CO>B6H EGDI:DAÐI>86H Loreta Pilipaityte, Rytis Rimdeika, Saulius Grigiskis JI>A>O6v³D9:JBH>HI:B6:A:8IGÔC>8D:EDGIÍI>A9: 9D8JB:CI6v³D:B:9>v³D9:;:G>96HC6EGÍI>869: 8J>969DHEG>BÍG>DH!E6G66B:9>v³D!9D8JB:CI6v³D :BDC>IDG>O6v³D9:×A8:G6H9DEw9>67wI>8D/ JB:HIJ9DEG:A>B>C6G David Nixon, Adam Philps, Les Jonsson, Bruce Davey, Mark Nixon 6EA>86v³D9:E:CHDH8DCI:BEDGËC:DH:B8G>6Cv6H 8DBFJ:>B69JG6H96E:A: Tatyana Astamirova, Ludmila Budkevich, Gayane Mirzoyan 6EA>86v³D9:E:CHDH¹8DB;::Aº:B8G>6Cv6H 8DBA:H³DEDGFJ:>B69JG6 Ludmila Budkevich, Gayane Mirzoyan, Tatyana Astamirova ;AJMD8DCIÐCJD9:HDAJv´:HI:G6EÌJI>86HE6G6 DIG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H Amihay Freeman, Tali Yaakobi, Noa Hadar, Einat Malul, Orit Sofer, Jonathan Lorber, Sam Nitezki, Arie Bass EGD?:8ID9:8J>969DH9:ED9DAD<>66D9DB>8ÐA>D :ME:G>ÌC8>69:.B:H:H Rui Oliveira, Ana Recto, Irene Lessa, Armanda Caetano, Anselmo Castela, Ana Gonçalves, Rui Duarte, José Boavida 6I:G6E>6K688DBD69?JK6CI:K6A>DHDC6 8>86IG>O6v³D9:;:G>96H8DBEA>8696H6EÔHIG6JB6 CDB:B7GD>C;:G>DG·:HIJ9DH9:86HDH Yvonne Kollrack, Gunnar Möllenhoff 6EA>86v³D9:<:CI6B>8>C68DB8DA6<wC>D:BA:H´:H 9:¹E:GC6:Ew9>67wI>8DºH:B:KDAJv³D;6KDGÍK:A 8DB6JI>A>O6v³D9:E:CHDH8DBEG6I6 Rui Oliveira, Ana Recto, Irene Lessa, Armanda Caetano, Anselmo Castela, Ana Gonçalves, Rui Duarte, José Boavida P236 P237 P238 P239 P240 P241 P242 P243 P244 P245 P246 P247 P248 P249 P250 P251 P252 EGDBDv³D9DEGD8:HHD9:8>86IG>O6v³D8DB6 I:8CDAD<>6A>E>9D8DAÔ>9:#9:H8G>v³D<:G6A9DH :CH6>DH8AÐC>8DH:JGDE:JH8DB;:G>96H6<J96H: 8GÔC>86H Jean-Charles Kerihuel, Sylvie Meaume, Claudine Blancher-Bardon, Isabelle Lazareth, Jean-Luc Schmutz, Serge Bohbot >BEA:B:CI6v³D9:K>6H9:EG:HI6v³D9:8J>969DH CJB6G:9:BJAI>9>H8>EA>C6G9:IG6I6B:CID9: ;:G>96H>CI:<G69D Harald Kuhlmann E69G´:H9:JI>A>O6v³D9:E:CHDH9:6A<>C6ID$ 86G7DM>B:I>A8:AJADH:8B8CDIG6I6B:CID9: ;:G>96HCJB=DHE>I6AJC>K:GH>IÍG>D;G6C8ÌH Julie Scholler, Marie-christine Monteiro, Morgane Ethgen-Bonnet, Sandra Wisniewski, Laurence Beretz 6CÍA>H:96A>I:G6IJG6:8DCH>9:G6v´:HHD7G:D E6E:A9D>³D9:EG6I6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H 8GÔC>86H Sylvie Meaume, Jean-Charles Kerihuel, Isabelle Lazareth, Jacques Martini, Albert Sotto, Luc Teot, Catherine Salomon, Serge Bohbot E:CHDH8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D:9:8DA6<wC>D JI>A>O69DH:B;:G>96HEDG:HB6<6B:CID:×A8:G6H 9:EG:HH³D·IGÌHG:A6IÔG>DH9:86HDH Michèle Drieux, Laurence Blaise, Laurence Vina IG6I6B:CID9:;:G>96H8DBE:CHDH9:H>A>8DC: CJB6E68>:CI:8DBA×EJH:G>I:B6IDHDH>HIwB>8D Darius Kubilius, Mindaugas Kazanavicius, Rytis Rimdeika ;:G>96H>HFJwB>86H·IG6I6B:CID7:BHJ8:9>9D 8DBE:CHDH8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D Bernadette Condaminet, Sandrine Berthet IG6I6B:CID9:JB6×AK:G6K:CDH696E:GC6 9DADGDH6:9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D8DBJBE:CHD 8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D Anne Giraud, Sandrine Berthet E:CHD6CI>B>8GD7>6CD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D² 76H:9:7>D8:AJADH:8DBEDA>=:M6C>96· IG6I6B:CID7:BHJ8:9>9D9:JB6×A8:G696E:GC6 9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D8G>I>86B:CI:8DADC>O696 Linda Prouvost, Anne Thil 8>GJG<>69:B>A:H·8>86IG>O6v³D96;:G>968>G×G<>86 E:G>C:6AEDGH:<JC96>CI:Cv³D# Sandra Cristina Martins Paranhos EGDI:8v³D96E:A:E:G>;wG>8696;:G>96:B×A8:G6H K6H8JA6G:H96E:GC6IG6I696H8DBE:CHDH69:H>KDH Nuria Serra, Victoria Hernández, Maribel Prades, Jose M Mestres JB667DG96<:B=DAÐHI>868DBDJHD9:E:CHDH 9:B:B7G6C6EDA>BwG>86:C8:GGDJJB6×A8:G6 9:EG:HH³D9:<G6J>K:B'!*B:H:H Madeleine Stenius A>C;69:C:8IDB>6>C<J>C6ACDIG6I6B:CID9D B:A6CDB6B6A><CD8JI6CÌD/8DBEA>86v´:H EG:8D8:H:I6G9>6H Sandra Cristina Paranhos, Ana Cristina Cerquido, Ana Cristina Figueiredo 8DBEA>86v³D96;:G>968>G×G<>869:B6HI:8IDB>6 ·6AI:G6v³D96H68I>K>969:H9:K>969>ÍG>6H Sandra Cristina Paranhos, Ana Cristina Cerquido, Ana Cristina Figueiredo, Helena Vicento :;:>ID IN VITRO9:JBCDKD>C>7>9DG9: B:I6ADEGDI:6H:H François-Xavier Bernard, Christelle Laurensou, Serge Bohbot 8DBD6EA>86G6I:G6E>69:8DBEG:HH³D Nuria Serra, Victoria Hernandez, Maribel Prades, Jose Maria Mestres JI>A>969:9:JB6CDK6B6IG>OA>E>9D8DAÔ>9: >BEG:<C6968DBCDH;CDIG6I6B:CIDAD86A9: ×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 Anne Dompmartin, Francois Truchetet, Serge Bohbot A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 97 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 98 P253 P254 P255 P256 P257 P258 P259 P260 P261 P262 P263 P264 P265 P266 P267 P268 P269 P270 D:;:>ID768I:G>8>96:9:HIGJ>9DG9DHE:CHDH9: IA8"6<:B7>D;>AB:H9:S. AUREUS:P. AERUGINOSA Nicolas Desroche, Sylvie Quatravaux, Christelle Laurensou, Catherine Salomon, Serge Bohbot 6K6A>6v³D9:JBEGD?:8IDC68>DC6A9:;DGB6v³D 9:Bw9>8DH::C;:GB:>GDH9:8J>969DH9:H6×9: EG>BÍG>DH!CDIG6I6B:CID9D9D:CI:8DB;:G>96 8GÔC>86 Elaine Pina, Cristina Miguéns, Alexandra Cunha ×A8:G6H96E:GC68DBG>H8D:A:K69D9:>C;:8v³D H:8JC9ÍG>6!D7H:GK696H:B8J>969DH9: 6B7JA6IÔG>D#K6CI6<:CH9:JB6B6IG>O A>E>9D8DAÔ>9:>BEG:<C6968DBH6>H9:EG6I6 Saskia Ingen-Housz-Oro, Michele Sigal, Anne Zagnoli, Serge Bohbot K6H8JA>I:A>K:9D>9:·DEv³D9:IG6I6B:CIDCJB6 H>IJ6v³DG6G6 Cristina Miguéns, Carla Rodrigues IG6I6B:CID9:×A8:G6H6GI:G>6>H9:9>;Ð8>A 8>86IG>O6v³D8DBDCDKDE:CHDA>E>9D8DAÔ>9: 8DBCDH; Francis Pesteil, Catherine Salomon, Maryline Cherrier JI>A>O6v³D9:JBE:CHD67HDGK:CI:>BEG:<C69D 8DBH6>H9:EG6I6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H 8DBEA:M6H!EÔH"IG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D 9:BDG696 Damien Pourreyron, Catherine Salomon, Maryline Cherrier IDA:GËC8>69D>7JEGD;:CDIÔE>8DE6G66AÐK>D9: 9DGAD86A/:K>9ÌC8>68AÐC>86::ME:G>B:CI6A EJ7A>8696FJ:6ED>66:A:K696G:A6v³D7:C:;Ð8>D$ G>H8D Sylvie Meaume, J.C. Kerihuel E:G;>A9:68IJ6v³D9:JBE:CHD9:EDA>JG:I6CD 6HHD8>69D6I:G6E>68DBEG:HH>K6 Cristina Miguéns, Adelaide Oliveira 68DBE6C=6B:CID9:E68>:CI:H6B7JA6IÔG>DH8DB ;:G>96HIG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D9:BDG696 CJBH:GK>vD9:JG<ÌC8>6H/JI>A>O6v³D9:JBCDKD E:CHDA>E>9D8DAÔ>9:8DBCDH; Jean-Pierre Rifler, Catherine Salomon, Maryline Cherrier JI>A>O6v³D9:E:CHDH67HDGK:CI:H8DBEG6I6CD IG6I6B:CID9:6BEJI6v´:H8>G×G<>86H9DEw:B E68>:CI:H9>67wI>8DH Nicole Tagand, François Ouliac, Catherine Salomon, Maryline Cherrier I:HI:>CK>IGD9686E68>969:9:67HDGv³D9DH E:CHDH9::HEJB6HD7EG:HH³D Niels Reitzel, Monica Marburger, Rikke Marie Torpe, Gitte Engell IG6I6B:CID8DB<:A9:H>A>8DC: Claudia Elias, Rui Pereira EGDBDv³D968>86IG>O6v³D:B9:>H8ÌC8>69:HJIJG6 EÔH"9:GBDA>E:8IDB>6 Cristina Miguéns EGD<G6B69:>CI:GK:Cv³DCDA>C;:9:B6H:8JC9ÍG>D 686C8GD96B6B6:B8J>969DH9:H6×9:EG>BÍG>DH Cristina Miguéns, Fátima Rodrigues IG6I6B:CID9DA>C;:9:B69DHB:B7GDH>C;:G>DG:H CJB?DK:B8DBEDA>C:JGDE6I>69:HB>:A>C>O6CI: Cristina Miguéns, Joana Ferreira ×A8:G6K:CDH696E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D >C;:8I6968DBBGH6:8>86IG>O6968DBE:CHDH9: B:B7G6C6EDA>BwG>868DBEG6I6 Charalambos Agathangelou, Marios Vasiliou IG6I6B:CID9:JB<G6C9:=:B6IDB68DBJBCDKD E:CHD9::HEJB6>BEG:<C69D8DBEG6I6 Jeanette Timmins :K>9ÌC8>68AÐC>869:>C;:8v³D:6HJ68DGG:A6v³D 8DBD9>6<CÔHI>8DB>8GD7>DAÔ<>8D:B;:G>96H9:Ew 9>67wI>8D Javier Hernández Toledo, Jose Luis Lázaro Martínez, Esther García Morales, Yolanda García Álvarez, Almudena Cecilia Matilla, Rosario Morales Lozano P271 P272 P273 P274 P275 P276 P277 P278 P279 P280 P281 P282 P283 P284 P285 P286 >C;AJÌC8>696AD86A>O6v³D96A:H³DCD EGD<CÔHI>8D9:8>86IG>O6v³D9:×A8:G6H9:Ew 9>67wI>8D?JCI6B:CI:8DBDHI:DB>:A>I: Almudena Cecilia Matilla, Jose Luis Lázaro Martínez, Esther García Morales, Yolanda García Álvarez, Javier Hernández Toledo, Rosario Morales Lozano I:G6E>69:8DBEG:HH³D/FJ6CI6H86B696H4 Ruth Robins, Deborah McCallum A>7:GI6v³D8DCIGDA6969::CO>B6H;JC8>DC6>H 9:JBCDKD=>9GD<:A9:EK66EÔH:HI:G>A>O6v³D EDG;:>M:9::A:8IG´:H Stephen Britland, Donald Eagland CDKD8DC8:>ID9:;:G>968DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D E6G6DH:8IDGEG>BÍG>D"G:HJAI69DH>C>8>6>H9: JB:HIJ9D96K>96G:6ACJB68DBJC>969: 9>C6B6GFJ:H6 Susan Funnell Jørgensen, Rie Nygaard 6K6A>6v³D9DIG6I6B:CID9:×A8:G6H8GÕC>86H 8DBDJHD9D8G:B:·Í8>9D=>6AJGÕC>8D Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto, Antonio Augusto Couto de Magalhães FJ6ADI:BED:DBD9:AD9D8J>969D4 Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto, Maria Gabriela Secco Cavicchiolli, Edna Sassagima G:A6ID9::ME:G>ÌC8>6/6IJ6v³D96:FJ>E: BJAI>EGD;>HH>DC6A:BJB6B7JA6IÔG>D9DCÐK:A I:G8>ÍG>D Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto, Antonio Augusto Couto de Magalhães, Fábio Batista, Marizilda Pugliese, Maria Cristina Cardoso 6K6A>6v³D>CK>IGD96:;>8Í8>66CI>B>8GD7>6C69DH E:CHDH>BEG:<C69DH8DBEDA>=:M6B:I>A:CD 7><J6C>96E=B78DCIG6DHI6E=NAD8D88JH6JG:JH H6!DHI6E=NAD8D88JH6JG:JHG:H>HI:CI:² B:I>8>A>C6BGH6:6EH:J9DBDC6H6:GJ<>CDH6E6 Justo Rueda, Albert Guerrero, Ana Muñoz 6EA>86v³DE6G666CÍA>H:9:>B6<:CH9:;:G>96H Dubravko Huljev, Davor Antonic, Damir Filko :HI6BDHG:6AB:CI::K>I6C9D6H8DBEA>86v´:H9D 9>67:I:HB:AA>IJH9DI>ED'DJHDB:CI:69>6C9D 69D:Cv64 Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto, Lívia Inês Dal Fabro, Viviane Fátima Oliveira Nascimento 9>;:G:Cv6H><C>;>86I>K6CDHCÐK:>H9:9DG:B;:G>96H 9:8>86IG>O6v³DA:CI69JG6CI:66EA>86v³D9: E:CHDH=N9GD;>7G:8DBEG6I6>ÔC>86 Zsuzsa Karap IG6I6B:CID9:;:G>96HIG6JBÍI>86H9DADGDH6H 8DB>C;:8v³DJI>A>O6C9DE:CHDH9::HEJB69: A>7:GI6v³D9:>7JEGD;:CD:6CI>7>ÔI>8DHH>HIwB>8DH Mª Jose Ledo, Concepción Prieto, Ana Cascos, Isabel Roman 68I>K>969:6CI>B>8GD7>6C69:JBE:CHDEÔH" DE:G6IÔG>D8DBEG6I6C6CD8G>HI6A>C68DBE6G69D 8DBE:CHDH968DC8DGGÌC8>68DCIG6DH E6ID<wC>DH768I:G>6CDH8DBJCHCJBI:HI:9: G:9Jv³DAD<6GÐIB>86 Emma Woodmansey, Kiersten Driffield 8J>96G6E:HHD6!IG6I6C9D6;:G>96CD=DHE>I6A ;:GC6C9D;DCH:86 Rosário Filipe, Eva Figueiredo, Zita Simões, Paula Pacheco, Jesus Figueiredo, Andreia Campos, Margarida Baptista, Manuel Perez, João Fernandes JI>A>O6v³D9:E:CHDH8DBEG6I6C6>C>7>v³D96 ;DGB6v³D9:7>D;>AB:EDG;ADG6768I:G>6C6H>BEA:H :B>HI6 Kiersten Driffield, Emma Woodmansey, Helen Floyd G:CI67>A>969:966B:AD<:C>C6CDIG6I6B:CID9: ×A8:G6HK:CDH6H96E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D CDG:>CDJC>9D Julian Guest, Peter Vowden, Patricia Price P287 P288 P289 P290 P291 P292 P293 P294 P295 P296 P297 P298 P299 P300 P301 P302 P303 9:I:GB>C6v³D9D9:H:BE:C=DB>8GD7>DAÔ<>8D9: JBE:CHD8DBEG6I6C6CD8G>HI6A>C6:9:JB6 =>9GD;>7G68DCI:C9DEG6I6CJB:CH6>D9:I:HI:H HJ8:HH>KDH9JG6CI:,9>6H Kiersten Driffield, Emma Woodmansey, Jessamine Walter, Helen Floyd 6I:G6E>68DBEG:HH>K6C6H×A8:G6HK:CDH6H ·D;>C6A9:B:H:H9:IG6I6B:CIDH# Luísa Velez :ME:G>ÌC8>6H96Iw8C>868=6G>@:G"?:I:GC6 6EA>86v³D96I:G6E>69:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6 Hilary Field, Alison Tyrer 68I>K>969:6CI>B>8GD7>6C69:E:CHDH 6CI>B>8GD7>6CDH9::HEJB6=>9GD8:AJA6G8DB EG6I6:B8DBE6G6v³D8DBDJIGDHE:CHDH 6CI>B>8GD7>6CDH²76H:9:EG6I6!8DCIG6DBGH6! JI>A>O6C9DJBBwID9D9>CËB>8DEDG6<>I6v³D9: ;G6H8DH Kiersten Driffield, Emma Woodmansey D8DC8:>IDI>B:!wG:A:K6CI:C6H;:G>96HB6A><C6H4 Helena Vicente EG:K:C>G6B68:G6v³D8DBE:CHDH9:H>A>8DC: B68>D/6K6A>6v´:H>CK>IGD Ann-Britt Wiberg, Farkhondeh Feili, Eva-Karin Daun 86E68>969:9:G:I:Cv³D:67HDGv³D9:;AJ>9DH9DH E:CHDHCJBEA6CD>C8A>C69D Anna Nobelius, Farkhondeh Feili, Eva-Karin Daun JB:HIJ9D9:CÐK:A67:GID9:;>7GD7A6HIDH 6AD<wC>8DHCDIG6I6B:CID9:×A8:G6H9DEw 9>67wI>8DC:JGDEÍI>86H:8GÔC>86H Edward Jude, Andrew Bolton, Keith Harding, Rebecca Askwith, Melody Boyd, John St Clair Roberts :HIJ9DH9:86HDHE6G69:BDCHIG6GD8DCIGDAD 9D:MHJ969D:68>86IG>O6v³D9:;:G>96H JI>A>O6C9D6I:G6E>69:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6 Alison Tyrer, Hilary Field 68v³D9D7GDB:ID9:>EG6IGÔE>D!EJ;;HHD7 :MHJ969D96;:G>96B6A><C6 Sandra Neves, Francisca Coimbra, Sofia Lupi, Helena Vicente, Elza Antunes ;:G>96HEGDKD8696HEDG6GB6H9:;D<D/BD9JH DE:G6C9>9D:C;:GB:>GD Micaela Sousa, Rita Louro, Isabel Flores, Raquel Gomes, Cidália Cristo CDKDE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8DJI>A>O69D :B;:G>96HG:;G68IÍG>6HC6HEDCI6H9DH9:9DH9: E68>:CI:H8DB:H8A:GD9:GB>6:HH Clara Maino, Maria Rosa Pozzi, Chiara Bernabò, Marina Galbiati, Elisabetta Allevi, Patrizia Motta, Nicoletta Manzocchi, Patrizia Russo 6HDAJv³D8>G×G<>86E6G66H×A8:G6H9:EG:HH³D :6I:G6E>6:6K Milada Francu =><>:C>O6v³D7:BHJ8:9>969:;:G>96H8JIËC:6H 8GÔC>86H8DCI6B>C696HEDGBGH6JI>A>O6C9D JBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D9:7>D8:AJADH: 8DBE=B7 Thomas Eberlein, Gunnar Riepe, Helmut Fendler, Michael Schmitz, Martin Abel EGD<G6B69:B:A=DG>68DCI>CJ696FJ6A>969: 9DH8J>969DH6JI:CI:H8DB×A8:G69:EG:HH³D Graça Farelo, Célia Carvalho, Inês Gonçalves, Paula Botelho, Renato Pinto P304 P305 P306 P307 P308 P309 P310 P311 P312 P313 P314 P315 P316 P317 P318 P319 P320 P322 P321 Ana Marques Santos, Cristina Dominguez, Helena Vicente, Mercedes Aguilera P323 8DBEA:M>969:9:JBG:I6A=D:B8>GJG<>6 DC8DAD<>86 DM><:C6v³D9DHI:8>9DH9:;:G>96HILD'C6 I:G6E>69:;:G>96H8GÔC>86H>C;:8I696H Christoh Schwarz, Ferdinand Otto, Gerald Ohrenberger, Daniela Binder, Thomas Wild IG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H8DBJBE:CHD9: :HEJB69:<:A:BE68>:CI:H>CI:GC69DH Ana Orbegozo-Aramburu, Isabel Arana-Zabalegui, A Olaizola-Pildain, D Ollarbide :ME:G>:C8:L>I=6H>AK:G9G:HH>C<>C(DC8DAD<>86A 86H:HIJ9>:H Ana Marques Santos, Claudia Silva, Helena Vicente IG6I6B:CID9:×A8:G6H9:EG:HH³D:BE68>:CI:H 8DB:H8A:GDH:A6I:G6A6B>DIGÔ;>86 Silvia Cerame :C8:GG6B:CID9:;:G>968DB6EA>86v³D×C>869: 8DA6<wC:D Carlos Cancela :;>8Í8>69:JBH>HI:B69:B:>6H9:8DBEG:HH³DCD IG6I6B:CID9:×A8:G6H96E:GC6CJB6EDEJA6v³D GJG6A Katia Furtado I:G6E>68DBEG:HH>K6C6JA8:G69:E:GC6:B DC8DAD<>6 António Bento, Fátima Mendanha, Helena Vicente, Olga Regina JI>A>O6v³D9DE:CHD9:6A<>C6ID8DBEG6I6C6 EG:K:Cv³D9:>C;:8v´:H:B×A8:G6H8GÔC>86H96 E:GC6 Roberto Polignano, Alessandra Pavanelli, Pia Terriaca, Patrizia Turrini 8J>96G9:JB6E:HHD68DBJB6;:G>96B6A><C6 Patrícia Matos, Carla Lança, Olga Regina, Raquel Santos >BE68ID96H:HEJB6HJAIG6B68>6HC6FJ6A>969:9: K>969DE68>:CI: Peter Kurz DJIGDHG:HJAI69DHCDIG6I6B:CID9:×A8:G6H 8GÔC>86H8DBJBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D² 76H:9:7>D8:AJADH::B>IÍA>6 Marco Masina, Michael Schmitz E:CHD9:=>9GD;>7G68DBEG6I6VERSUS6CI>" HwEI>8DHIÔE>8DHCDIG6I6B:CID9:>C;:8v´:H9D AD86A8>G×G<>8D:B8>GJG<>686G9Ð686#:HIJ9D EGDHE:8I>KD8DBH:A:8v³D6A:6IÔG>69DHE68>:CI:H# Martin Simek, Jana Grulichova, Katerina Langova, Vladimir Lonsky, Lenka Jecminkova :;>8Í8>69:9>;:G:CI:HE:CHDHHD7G:EA686H 6GI>;>8>6>H9:;>7G>C6 Andreas Körber, Hans-Martin Seipp, Sascha Hofmann 69DG:D9D:CI:8DB;:G>96H·9:H:CKDAK>B:CID 96:FJ>E69::C;:GB6<:BC66K6A>6v³D:8DCIGDAD 969DGCD9D:CI:8DB;:G>96# João Manuel ILdefonso Dias, Dulce Gaspar Cabete 8ADHIG>9>JB9>;;>8>A:/8DC8:7:GJBEGDID8DAD Mercè Girona :ME:G>ÌC8>68AÐC>86CDIG6I6B:CID9:×A8:G6H96 E:GC6>C;:G>DG8DBJBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D =Ð9G>8D²76H:9:7>D8:AJADH::B>IÍA>6 Enzo Fracchia, Michael Schmitz IG6I6B:CID9:ODC6H969DG6H8DBJBE:CHD8DB :FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²76H:9:7>D8:AJADH: Annemarie Knottenbelt, Louis Vijverberg, Michael Schmitz 6K6A>6v³D9:JBE:CHD9:=>9GD;>7G6$=>9GD8DAÔ>9: CJB=DHE>I6A<:G6A9>HIG>I6A John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian MCLEAN DHE:CHDH9:8DBEG:HH6H86JH6BJB6G:68v³D >C;A6B6IÔG>6AD86A>O696C6H;:G>96H9: HJ7HI>IJ>v³DIDI6A966C86:?D:A=D John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian Mclean G69>D9:GB>I:/8J>969DH9::C;:GB6<:B Patricia Almeida G:8:EI>K>969:²I:G6E>69:8DBEG:HH³DCD IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6 Fidelis Machado, Dheerendra Kommala, Nathalie Dourdin, Sharon Welner, Yoonhee Choe A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 99 K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 100 P324 P325 P326 P327 P328 P329 P330 P331 P332 P333 P334 P335 P336 P337 P338 P339 P340 P341 P342 :ME:G>ÌC8>68DBJBE:CHD9:8DA6<wC>D Sandra Cristina Paranhos B>HIJG66B>CDÍ8>96:<:A6BDG;DJI>A>O69DH:B 8DC?JCIDCJBE:CHDE6G69:H7G>96G:8>86IG>O6G ;:G>96H8GÔC>86H Roberto Cassino, Elia Ricci, Fabrizio Moffa, Stefania Astolfi, Annamaria Ippolito, Monica Pittarello ;:G>96DE:G6IÔG>6>C;:8I696·:;>8Í8>6::;>8>ÌC8>6 Graça Maria Silveira Machado, Teresa Conrado IG6I6B:CID9D:MHJ969D:96>C;:8v³D/DE6E:A9: JBE:CHD=>9GD6A<>C6ID6CI>B>8GD7>6CD >BEG:<C69D8DBEG6I6#:ME:G>ÌC8>69:IGÌH6CDH Giuseppe Amadeo, Amedeo Strano, Francesco Stagno d’Alcontres E6E:A96B6IG>O9:BD9:A6v³D96EGDI:6H:8DB EG6I6C6G:9Jv³D9DI:BED9:EG:E6G6v³DE6G6 8>GJG<>6:B;:G>96HIG6JBÍI>86H:EÔH"8>G×G<>86H Amedeo Strano, Giuseppe Amadeo, Francesco Stagno d’Alcontres JB69>;:G:CI:67DG96<:B²HFJ:>B69JG6H Mónica Ribeiro, Elisabete Araújo, Fátima Moreira, Joana Oliveira, Sónia Ribeiro 9>HEDH>I>KD9:8DBEG:HH³DEGDCID6JH6G/ JB6CDK6DEv³D7:BHJ8:9>96E6G66I:G6E>69: ×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6:DJIG6H>C9>86v´:H Michael Jünger, Martin Abel 6K6A>6v³DCJIG>8>DC6A:B9D:CI:H8DB×A8:G6H 9:EG:HH³D Teresa Garcia, Ana Pereira, Patricia Cachado, Margarida Mourão, Sara Úria ;:G>96HB6A><C6H·86G68I:GÐHI>86H:H:J8DCIGDAD H>CIDBÍI>8D Ana Guterres, Carla Sofia Silva, Jacinta Rente EG:K:Cv³D:IG6I6B:CID96BJ8DH>I::BE68>:CI:H HJ7B:I>9DH6DIG6CHEA6CI:9:B:9JA6ÔHH:6/ JB6G:K>H³DH>HI:BÍI>86 Patricia Ferreira, Monica Antar Gamba, Michelangelo Juvenale, Maria Gaby Rivero De Gutiérrez <:HI³D969DG6HHD8>696²I:G6E>68DBEG6I6 E6>CB6C6<:B:CI>CH>AK:GI=:G6EN Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo BwID9D9:>GG><6v³D96;:G>96/G:;A:8I>G:>CDK6G LDJC98A:6CH>C</G:;A:8I6C9>CCDK6I: Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo 9>K>H³D;JC8>DC6A9DHEGD9JIDH9:IG6I6B:CID 9:;:G>96H;JC8I>DC6A9>K>H>DCD;LDJC986G: EGD9J8IH Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo IG6I6B:CID9DAD86A969DG96K:>6H6;:C6 Ozgur Sunay, Ali Barutcu, Hasan Guc ;:G>966IÐE>86C6ODC6>C;:G>DG96E:GC6/ EDGD86G8>CDB6 Sabrina Barbanera, Valentina Dini, MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli, Marco Romanelli JI>A>O6v³D9:;ÍGB68DH7>DAÔ<>8DHC68>86IG>O6v³D 9:;:G>96H Valentina Dini, Sabrina Barbanera, MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli, Marco Romanelli I:G6E>69:EG:HH³DC:<6I>K6:×A8:G6K:CDH696 E:GC6/JBG:A6IÔG>D9:86HD9:JB6;:G>969: 9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D Valentina Dini, MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli, Sabrina Barbanera, Marco Romanelli 8DBD6FJ6A>969:9:K>96ED9:H:G6AI:G696:B ')=DG6H/IG6I6B:CID9:JB6BJA=:G8DB9D:Cv6 A>C;DK:CDH69:H8DC=:8>96 Sylvie Hampton G:<JA6v³D9D:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D96H;:G>96HEDG B:>D9:E:CHDH Miriam Berenguer, Jordi Puig P343 P344 P345 P346 P347 P348 P349 P350 P351 P352 P353 P354 P355 P356 P357 P358 P359 B:A=DG>69DIG6I6B:CID9:;:G>96HC6G:E×7A>86 9DH86B6G´:H!Í;G>86·JBEGD?:8ID9: 8DA67DG6v³D:CIG:JBE6ÐH6;G>86CD:JB:JGDE:J Carolyn Wyndham-White, Dominique Bidet-Dazin, Eric Comte 6K6A>6v³D8AÐC>869:JBCDKDE:CHD9::A:K696 67HDGv³D Keith Cutting 6CÍA>H:96FJ6A>969:9:K>96G:A68>DC696 6H6×9:FKGH:BE68>:CI:H8DB×A8:G6H 9DEw9>67wI>8D García Morales Esther, Lázaro Martínez Jóse Luis, García Álvarez Yolanda, Cecilia Matilla Almudena, Hernández Toledo Javier, González Fernández Mª Luz 6K6A>6v³D9:;:G>96H6HH>HI>96EDG8DBEJI69DG EDGIÍI>A/K6A>96v³D9:JBCDKD9>HEDH>I>KD Marco Romanelli, Valentina Dini, MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli, Sabrina Barbanera DE:CHD9:EG6I6>ÔC>868DBD;DGB69:8DCIGDA6G 6>C;:8v³D Fernanda Cardador 6CDHH6:ME:G>ÌC8>68DBHDAJv´:H6CI>"HwEI>86HCD IG6I6B:CID9:;:G>96H>C;:8I696H<G6K:H Lenka Veverková, P. Vlcek, J. Korbicka, J. Zak, A. Randula, R. Tejkalová H:<JG6Cv6::;>8Í8>696>CI:GK:Cv³DEG:8D8:8DB JB6HDAJv³D9:A>BE:O69:;:G>96H9:;DH;DAÐE>9DH :BE68>:CI:H8DB;:G>96H8GÔC>86H MariaStefania Bertone, Valentina Dini, Sabrina Barbanera, Cinzia Brilli, Marco Romanelli 969DD8G:H8:CI:8DC=:8>B:CID96G:A6v³D:CIG: D:HI69DCJIG>8>DC6A:68>86IG>O6v³D9:;:G>96H! :HI::HIJ9D;D>G:6A>O69DE6G6:HI67:A:8:GH:DH CDKDHE68>:CI:H6;G:FJ:CI6G8AÐC>86H9: IG6I6B:CID9:;:G>96H:B6B7JA6IÔG>DH³D G:<JA6GB:CI:6K6A>69DH:BI:GBDH9D:HI69D CJIG>8>DC6AC6HHJ6H8DCHJAI6H>C>8>6>H# Nicola Ivins, Patricia Price, Keith Harding I:G6E>68DBEG:HH>K6·9:BDCHIG6v³D9:G:HJAI69DH :HIJ9D9:86HD Maria do Rosário Carrilho Rosa, Miguel Almeida Lopes ;:G>96H9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D/G:HJAI69DH9:JB >CFJwG>ID:A:8IGÔC>8D9:EGD;>HH>DC6>H9:H6×9: :HE6C=Ô>H Richard White, José Luis Lázaro Martínez, Javier Soldevilla Agreda ;:G>96H9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D/JB>CFJwG>ID :A:8IGÔC>8D:;:8IJ69D6EGD;>HH>DC6>HCDG:>CD JC>9D Richard White H:A:8v³D9:AÐ9:G:H9:DE>C>³D>BEDGI6CI:HE6G6 :BEG:H6H:>CHI>IJ>v´:H9:H6×9::BB6IwG>69: IG6I6B:CID9:;:G>96H·JBH>HI:B6EGDHE:8I>KD E6G68DBEGDB>HHDH:HE:8Ð;>8DH Kerry Wiles, Sue Simmonds, Roland Renyi 6EA>867>A>969:9:I:A;6"6B9:B×A8:G6B>HI6 Maria Gabriela Santos albuquerque, Susana Pinto Guedes, Paula Pacheco Neto ×A8:G69:E:GC6/C:8:HH>969:9:IG6I6B:CID 8DB7>C69D César Martins IG6I6B:CID9:JBFJ>HIDE>ADC>96A Edite Silva JI>A>O6v³D9:;68IDG:H9:8G:H8>B:CID6JIÔAD<DH CDIG6I6B:CID9:×A8:G6H9:EG:HH³D06CDHH6 :ME:G>ÌC8>68AÐC>86 Ioannis Kalaitzopoulos, Eleftheria Gliarmi, Georgios Papazoglou, Evangelos Anagnostou 6I:A:B:9>8>C6CDIG6I6B:CID9:E68>:CI:H8DB ;:G>96H8GÔC>86H·JB6:ME:G>ÌC8>69:'6CDH Rolf Jelnes P360 P361 P362 P363 P364 P365 P366 P367 P368 P369 :HIJ9D9:K6A>96v³D9:C:G9H:HIDC:HE6G6 6K6A>6v³D968G:H8:CI:86G<6768I:G>6C6:B ;:G>96H8GÔC>86H Kevin Woo, R. Gary Sibbald K>K:G8DB9DG:BE68>:CI:H8DB×A8:G6H8GÔC>86H 96E:GC6:9DEw Kevin Woo, R. Gary Sibbald 6G:A6v³D:CIG:6CH>:969:!9DG6CI:8>E6IÔG>6: 9DG9JG6CI:6BJ96Cv69:E:CHDC6EDEJA6v³D B6>H>9DH6 Kevin Woo, Souraya Sidani, R Gary Sibbald, Robert Maunder, Joel Sadavoy D:;:>IDB:9>69DG966CH>:969::CIG:;>M6v³D :9DGCDHE68>:CI:HB6>H>9DHDH Kevin Woo, Souraya Sidani, R Gary Sibbald, Robert Maunder, Joel Sadavoy BD9:AD>CDK69DG9:;:G>9667G6H>K6E6G6 >CK:HI><6G6HEGDEG>:969:H9:8>86IG>O6v³D9: 9>;:G:CI:HE:CHDHE6G6;:G>96HHJE:G;>8>6>H·JB :HIJ9D8AÐC>8D>CIG6">C9>KÐ9JD9:GÔIJAD67:GID 8DBH:A:8v³D6A:6IÔG>6 W Wigger-Alberti, S Ekanayake, D Wilhelm, M Kuhlmann, H Buettner, T Callaghan, KP Wilhelm G:9Jv³D9686G<6B>8GD7>6C6E6G6EGDBDK:G 68>86IG>O6v³D Deborah Hofman, Sharon Gresham, Helen Butterfield B:A=DG>69DIG6I6B:CID9:9D:CI:H8DB×A8:G6 K:CDH696E:GC68DBJBCDKDE:CHD9:;:G>96H G:9JIDG9:9DG8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D M. Romanelli, V. Dini, S. Barbanera, M.S. Bertone, C. Brilli, A. De Lorenzo DA>C;D:9:B6wJB;68IDG9:G>H8D9:K>96:A:K69D ·>C;:8v´:H6B:6v69DG6H9DHI:8>9DHBDA:H/ 9:IG6I6B:CID Judit Daróczy IG6I6B:CID8DBB:A:B×A8:G696E:GC6>C9JO>96 EDG=>9GDM>JG:>6 Ozgur Sunay, Ali Barutcu HJEDGI6GD;6G9D0DG<6C>O6v´:HKDAJCIÍG>6H 9:IG6I6B:CID9:;:G>96H Siobhan Murphy, Sheila Gilmartin, Pat McCloskey P370 P371 P372 P373 P374 P375 P376 P377 P378 JB6CDK6Iw8C>869::HI>BJA6v³D:Aw8IG>86 C68>86IG>O6v³D9:;:G>96H John Wetling :CH6>D6A:6IDG>O69D8DBE6G6I>KD9:JB G:K:HI>B:CID9:8DA6<wC>D$8:AJADH:G:<:C:G696 DM>9696CDIG6I6B:CID96×A8:G6C:JGDEÍI>869D Ew9>67wI>8D Jose Luis Lázaro-Martínez, Esther Garcia-Morales, Francisco Javier Aragón-Sánchez G:A6v³D:CIG:68A6HH>;>86v³D8AÐC>86:6FJ6A>969: 9:K>96:BE68>:CI:H8DB×A8:G6HK:CDH6H8GÔC>86H Ivana Dunic, Goran Lazovic IG6I6B:CIDEÔH"DE:G6IÔG>D96DHI:DB>:A>I:8DB JB68DBEG:HH69:86GK³DK:<:I6A68I>K69D8DB EG6I6:BE68>:CI:H8DB×A8:G69DEw9>67wI>8D FJ Aragón Sánchez, JL Lázaro Martínez, Y Quintana Marrero, E. Garcia Morales 8DBEG:HH6H67HDGK:CI:H8DBEDAÐB:GDH HJE:G67HDGK:CI:H"JB6CDK6<:G6v³D9: 8DBEG:HH6HE6G6;:G>96H Erik Steinlechner, Christian Rohrer, Martin Abel JB:HIJ9DADC<>IJ9>C6A9:E68>:CI:H8DB9>67:I:H :×A8:G6H9DEw:HJ6FJ6A>969:9:K>96 G:A68>DC6968DB6H6×9:#8>86IG>O6v³D9:;:G>96H :BJ96Cv6HC6FJ6A>969:9:K>96 Lis Ribu, Kåre Birkeland, Berit R. Hanestad, Thorbjorn Moum, Tone Rustoen ;JH³D9DEwBw9>DCDIG6I6B:CID969:;DGB>969: <G6K::>CHI67>A>969:966GI>8JA6v³D9DEwBw9>D C6C:JGD6GIGDE6I>69:8=6G8DI C. Caravaggi, M. Fabbi, A. B. Sganzaroli, I. Pogliaghi, P. Cavaiani, R. Ferraresi, M. Centola, F. Capello :J8DB:9H:8IDG6K6Cv69D9:IG6I6B:CID9: ;:G>96H6L8H:HIG6Iw<>6:D7?:8I>KDH Hans Lundgren BJ96Cv6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H/ JB:M:BEAD9::HIG6Iw<>6 Sara Rufo, Carla Venâncio, Rosa Zambrano A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 101 102 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G P Sempre que a organização da conferência encontrou um nome de uma marca num resumo apresentado, o nome da marca foi alterado para o seu nome genérico. A organização da conferência não é responsável por quaisquer erros de interpretação que possam ter ocorrido. 103 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 104 P1 P2 A UTILIZAÇÃO DE PENSOS UMA COMPRESSA DE ESPUMA NÃO ADERENTE SEM A CAMADA SUPERIOR* NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS DE ETIOLOGIA VENOSA INQUÉRITO NACIONAL SOBRE OS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS PROFISSIONAIS DOS ENFERMEIROS DE SAÚDE PÚBLICA EM RELAÇÃO A PESSOAS COM ÚLCERA VENOSA DA PERNA NO CONTEXTO COMUNITÁRIO NA REPÚBLICA DA IRLANDA Gabriolo Riccardo, Costi Caterina Ospedale S.Agostino, Avigliana (To), Italy Âmbito: Este estudo tem como objectivo testar a espuma de poliuretano, recentemente introduzida no mercado, em relação à capacidade de absorção, alterações no leito da ferida, tempo de cicatrização da ferida e receptividade do paciente. Materiais e métodos: 23 pacientes envolvidos 12 homens 11 mulheres Número total de feridas 41 Diferente etiologia venosa Revisão do seu desempenho vs o sistema de classificação faseada de cicatrização de feridas de falanga Foi utilizada a avaliação por Sistema de Medição de Ferida* e câmara digital para registar os pontos de dados O penso foi mudado a cada 48 a 72 horas – dependendo da saturação do penso. Resultados: A ferida foi avaliada e monitorizada até ficar curada 61% dos casos foram curados em 60 dias. O tamanho das feridas no início variou entre 0,7 cm2 e 28,9 cm2 30 feridas com menos de 5 cm2 11 tinham mais de 5 cm2 O penso conseguiu controlar o exsudado e a dor e o penso copa foi bem tolerado, com uma redução na dor e uma receptividade do paciente elevada. Conclusão: As espumas são muito boas na cicatrização de feridas; o penso copa demonstrou uma excelente capacidade no controlo do exsudado e mostrou ser muito bom para ajudar à formação do tecido de granulação, proporcionando também uma boa tolerância por parte dos pacientes. Foi fácil aplicá-lo e controlá-lo. *COPA® *Visitrak Sandra Barrett University Of Limerick, Limerick, Ireland Objectivo: O objectivo deste estudo é descrever os conhecimentos e as práticas profissionais dos enfermeiros de saúde pública (ESP) em relação a pessoas com úlcera venosa da perna na República da Irlanda. Método: Foi utilizado um método de inquérito de matriz de impacto cruzado para reunir dados de uma amostra aleatória (N=500) de ESPs registados, administrado pelo An Bord Altranais. O instrumento de recolha de dados consistiu num questionário enviado pelo correio a ser preenchido pelo próprio inquirido, o qual gerou dados quantitativos e qualitativos. Resultados: 132 ESPs (n=132) participaram no inquérito com uma taxa de resposta de 32,5%. A amostra foi seleccionada aleatoriamente e distribuída geograficamente indicando que os resultados podem ser generalizados a toda a população de ESPs na República da Irlanda. Os temas explorados no inquérito incluíram factores que influenciaram a tomada de decisão clínica, o conhecimento e as práticas profissionais, os constrangimentos no fornecimento das melhores práticas e a educação e formação. Discussão: O perfil do grupo estudado sugere que eles possuem grande experiência e que são um recurso valioso no tratamento de pessoas com úlceras venosas da perna na comunidade. Os resultados sugerem que o tratamento de úlceras da perna é uma componente do papel dos enfermeiros de saúde pública na Irlanda. Os resultados indicaram que a maioria dos ESPs vêem nos outros colegas de enfermagem como os peritos no tratamento de úlceras da perna para informar as suas tomadas de decisão clínica, principalmente os Especialistas de Enfermagem Clínica e os enfermeiros que trabalham em clínicas de úlceras da perna. Os resultados sugerem que a maioria >90% dos ESPs inquiridos demonstrou conhecimentos e práticas profissionais consistentes com as boas práticas e estando em linha com as actuais directrizes sobre úlceras da perna. Os resultados realçam a importância da avaliação e da manutenção da qualidade de vida das pessoas com úlceras da perna. Os resultados sugerem que a aceitação por parte do cliente é a barreira relatada com maior frequência para o fornecimento de melhores práticas no tratamento de úlceras da perna. A grande maioria dos ESPs (79%) procuram mais educação e formação sobre práticas de tratamento de úlceras da perna. Este inquérito gerou dados valiosos para informar o debate sobre os desafios com que os enfermeiros de saúde pública se deparam no tratamento de pessoas com úlcera da perna na comunidade. P3 P4 MANIPULAÇÃO DO MICROCLIMA NA INTERFACE DA CARGA NO TECIDO E SUPERFÍCIE DE SUPORTE COMO ESTÁ A CONTROLAR A INTEGRIDADE DA PELE DURANTE O CONTROLO DA TEMPERATURA? Cynthia Sylvia, Jeanne Perla Cynthia Sylvia, Laura Grisanti Gaymar Industries, Inc., Buffalo, New York, United States Gaymar Industries, Inc., Buffalo, New York, United States Objectivo: O objectivo deste resumo é apresentar uma linha de orientação para a manutenção da integridade da pele que é afectada pelo excesso de humidade. A finalidade deste resumo é apresentar e analisar de forma crítica as evidências do controlo do calor e da humidade na interface do paciente incontinente e superfície de suporte. Objectivo: A finalidade deste resumo é oferecer orientações na avaliação, documentação e intervenções para a preservação de pele intacta durante o arrefecimento da superfície para hipotermia terapêutica. O objectivo é aumentar a percepção da integridade da pele durante o arrefecimento terapêutico e oferecer recomendações baseadas em evidências. As aplicações do controlo da temperatura e da hipotermia terapêutica estão a multiplicar-se exponencialmente e a necessidade de alcançar a integridade da pele é um desafio a ser considerado. Métodos: A metodologia consiste numa pesquisa de literatura com análise dos dados e integração de um inquérito informal sobre as práticas actuais para formular um conjunto de recomendações clínicas baseadas nas evidências disponíveis. Resultados: O resultado é um pacote de recomendações clínicas relacionadas com a manutenção do microclima óptimo da pele na interface da superfície de suporte. Discussão: A humidade excessiva na superfície epidérmica é um factor para potenciais alterações da integridade da pele. Os indivíduos com mobilidade reduzida que utilizam uma superfície de suporte e perdem urina devido a incontinência são um desafio na manutenção da pele intacta. A baixa perda de ar (BPA) é definida como uma característica de uma superfície de suporte que fornece um fluxo de ar para assistir no controlo do calor e da humidade (microclima) da pele. A utilização desta característica é uma intervenção para manipular o microclima. Quando se implementa a BPA, a questão imediata surge relativamente à utilização de um penso absorvente. As provas mostram que uma camada colocada entre a pele e a superfície de suporte pode alterar a capacidade da superfície de suporte para redistribuir a pressão. No caso de incontinência, o penso também pode agir como uma barreira à BPA. O diálogo entre médicos sobre este dilema clínico continua com uma clara necessidade de oferecer uma solução baseada em evidências. Método: Serão utilizados uma revisão de literatura, um consenso de opiniões de especialistas e o feedback da experiência do utilizador para examinar a questão e construir uma linha de orientação clínica. Resultados: O resultado é um recurso educacional para recomendações clínicas no controlo da integridade da pele durante o controlo da temperatura, especificamente o arrefecimento terapêutico. Discussão: Estudos recentes indicam que a temperatura interna do corpo deve ser considerada para optimizar os resultados neurológicos numa variedade de condições clínicas, incluindo AVC, pós-paragem cardíaca e trauma. Está a ser utilizada a regulação da temperatura, especificamente o arrefecimento da superfície, com mantas corporais ou cobertores em contacto directo com a pele. A superfície epidérmica está em contacto directo com os pensos ou mantas de arrefecimento terapêutico por longos períodos de tempo, dependendo da indicação clínica. O microclima na interface epidérmica pode ser afectado pela temperatura, humidade e forças mecânicas de pressão, compressão e fricção. Uma maior percepção do efeito do arrefecimento da superfície da pele está a abrir novas oportunidades para a especialização de enfermagem clínica. Estão a ser desenvolvidos e implementados protocolos clínicos para o controlo da temperatura e estão a surgir questões sobre o controlo de potenciais alterações na pele que possam resultar do arrefecimento da superfície. É reconhecido que a integridade da pele deve ser considerada quando se utiliza o arrefecimento da superfície. As linhas de orientação oferecidas terão este facto em consideração. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 105 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 106 P5 P6 INTERFERÃO ALFA HUMANO NATIVO COMO POTENTE FACTOR ANTIFIBRÓTICO: ESTUDO IN VITRO MUNCHAUSEN’S SYNDROME: A RARE SELF-MUTILATION SYNDROME Goran Šantak1, Maja Šantak2, Dubravko Forčić2 Naci Karaçal1, Murat Livaoglu1, Servet Kerimoglu2, Çiçek Hocaoglu3, Leyla Arvas1 1Karadeniz Technical University, Dep. of Plastic Surgery, Trabzon, Turkey, Technical University, Dep. of Orthopedics, Trabzon, Turkey, 3Karadeniz Technical University, Dep. of Psychiatry, Trabzon, Turkey 1General County Hospital, Poéega, Croatia, 2Department for Research and Development, Institute of Immunology Inc., Zagreb, Croatia 2Karadeniz Objectivo: Comparar a eficácia in vitro do interferão alfa humano nativo com o interferão alfa humano recombinante na proliferação, diferenciação e síntese do colagénio de fibroblastos da derme humana. A síndrome de Munchausen é uma condição rara, na qual o paciente procura recorrentemente cuidados médicos para uma doença fictícia. As pessoas com síndrome de Munchausen fingem conscientemente sintomas e sinais físicos devido à necessidade aparente de assumir um papel de doente. Os pacientes com esta síndrome poderão recorrer a médicos e hospitais fingindo doenças agudas e habitualmente dramáticas. Estão dispostos a submeter-se a procedimentos terapêuticos e de diagnóstico invasivos. Dado que a síndrome de Munchausen é um risco para o paciente e para os prestadores de cuidados de saúde, a sua detecção é importante para todos os profissionais. Em pacientes com a síndrome de Munchausen, o objectivo do médico é a detecção precoce da condição psiquiátrica. Apresentámos uma mulher de 36 anos que recorreu à nossa clínica com uma ferida crónica não cicatrizada localizada na região posterolateral proximal do braço esquerdo. Foi operada 15 vezes em três anos, mas também não cicatrizou. Métodos: Uma cultura primária de fibroblastos da derme provenientes de humanos adultos normais foi tratada com interferões alfa nativos ou recombinantes. A avaliação da proliferação e da viabilidade celular foi efectuada pelo ensaio do MTT. Para melhor caracterizar a actividade antifibrótica do interferão alfa humano nativo, investigámos o efeito de ambos os interferões alfa em fibroblastos estimulados com citocinas prófibróticas. Assim, foram incubados fibroblastos da derme humana (HDFs) com TGF ou IL4. A expressão do pró-colagénio tipo I mRNA e alfa-SMA foi avaliada por RT-PCR semiquantitativo. Resultados: Mostra que o interferão alfa humano nativo (nhIFN-A) afecta a viabilidade dos fibroblastos da derme humana (HDFs) de forma mais pronunciada do que o interferão alfa humano recombinante (rhIFN-A) e exerce uma redução mais acentuada na síntese do pró-colagénio tipo I mRNA. Ambos os interferões antagonizam o efeito do TGF-beta exógeno e da IL-4, mas o efeito foi estatisticamente mais significativo num grupo de nhIFN-A. Discussão: O interferão alfa inibe a proliferação de fibroblastos, diferenciação em miofibroblastos e síntese da matriz extracelular, que são eventos importantes durante o processo de cicatrização. Por outro lado, crê-se que um aumento de citocinas prófibróticas, como o TGF-β1 e a IL-4, possa contribuir para uma formação excessiva de cicatriz. Aqui, confirmámos que o rhIFN-A, contendo apenas um subtipo de IFN-A, inibe, in vitro, alguns passos cruciais na formação de cicatrizes normais e hipertróficas. Contrariamente ao interferão alfa humano recombinante (rhIFN-A), um interferão alfa humano nativo (nhIFN-A) é constituído por vários subtipos de IFN-A e vestígios de outras citocinas produzidas pelos leucócitos humanos estimulados pelo vírus Sendai. De acordo com os resultados da nossa investigação, o nhIFN-A, devido à sinergia entre essas citocinas, mostra ter um melhor efeito antifibrótico do que o rhIFN-A e apresenta uma melhor perspectiva futura na gestão da cicatrização anormal de feridas. P7 P8 PROGRAMA DE ESTUDO DE CASOS MULTINACIONAL COM UMA NOVA TECNOLOGIA DE OXIGENAÇÃO PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CRÓNICAS E AGUDAS PRODUTOS DE MEC (MATRIZ EXTRACELULAR), UMA ALTERNATIVA AOS ENXERTOS DE PELE DE ESPESSURA PARCIAL? Lisa Wood, Paul J Davis, Andrew Eaton, Andrew Adams, John P G Wilkins Archimed Division, Insense Ltd, Bedford, United Kingdom Objectivo: Determinar de que forma uma nova tecnologia de pensos de oxigenação de feridas pode ser melhor utilizada para cicatrizar feridas agudas e crónicas. Métodos: Um grande programa de estudo de casos europeu com cerca de 400 pacientes, com feridas de várias etiologias tratadas segundo um protocolo padrão. Na primeira fase, as feridas de difícil cicatrização (duração superior a 6 meses) foram tratadas com o novo produto. Resultados: No momento da elaboração deste resumo (n=40): • 15% (6) cicatrizaram completamente • 53% (21) melhoraram (dando um total de 68% de feridas cicatrizadas ou melhoradas) • 20% (8) permaneceram inalteradas • 13% (5) deterioraram-se (3 devido a propagação de infecção) Discussão: O novo penso para feridas funciona como uma bomba molecular, extraindo o oxigénio da atmosfera e transportando-o para a ferida. A importância do oxigénio na cicatrização de feridas é amplamente reconhecida. O penso gera também um baixo nível de iodo. (Uma variante do produto produz oxigénio com um nível de iodo superior, para utilização em feridas infectadas.) Ensaios clínicos no Canadá1 e no Reino Unido2 demonstraram que 30% das feridas de difícil cicatrização curaram em 6 meses. Outras 30% melhoraram. Mais de 150 pacientes já estão recrutados para o estudo e serão todos incluídos nos resultados apresentados. O tratamento de feridas infectadas com o produto de elevado nível de iodo teve início em Dezembro de 2007. O âmbito do programa do estudo de casos está também a ser prolongado para investigar o potencial para acelerar a cicatrização em feridas de etiologia simples, como úlceras venosas da perna (VLUs) e feridas agudas. Minke Barendse-Hofmann, Louk van Doorn, Jacques Oskam, Pascal Steenvoorde Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands Objectivo: Os produtos de matriz extracelular (MEC) podem ser utilizados na fase final da cicatrização de feridas. Ela promove a epitelização, através da qual se obtém o encerramento da ferida. Pode ser facilmente utilizada em casa. O enxerto de pele de espessura parcial é um procedimento que necessita habitualmente de internamento e operação, com subsequente morbidade e até mesmo mortalidade. Métodos: 15 pacientes com feridas adequadas para enxertos de pele de espessura parcial foram tratados com Oasis, devido às contra-indicações da cirurgia (por exemplo, riscos elevados da anestesia ou feridas colonizadas por bactérias, as quais tratamos com antibióticos antes de realizar a cirurgia). Se o tratamento falhasse, acabariam por ser tratados com enxertos de pele de espessura parcial. Resultados: 14 em 15 feridas cicatrizaram sem ser necessário recorrer aos enxertos de pele de espessura parcial. Foram relatadas duas complicações menores: 1) tecido hipergranulado (5 pacientes), o qual não influenciou negativamente o resultado; 2) infecção (3 pacientes). Um paciente foi tratado com enxerto de pele de espessura parcial, outro com antibióticos (as aplicações da MEC foram interrompidas) e outro ainda sofreu uma infecção noutra parte da perna. Neste paciente, o tratamento com MEC foi prosseguido com sucesso. Discussão: Os produtos de MEC parecem ser uma estratégia de tratamento promissor em pacientes nos quais o enxerto de pele de espessura parcial possa levar à morbidade ou até mesmo mortalidade. Referências 1. R G Sibbald et al. Adv Skin Wound Care, 2007:20 200-6. The use of a novel oxygenating hydrogel dressing in the treatment of different chronic wounds. 2. K Harding et al. Wounds UK, 2007 3(1): 77-81. The use of an oxygenating dressing in VLU. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 107 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 108 P9 P 10 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES EM ESTOMAS NUTRICIONAIS ANÁLISE DE PROJECTO E MELHORIA DA ASSISTÊNCIA SANITÁRIA PARA PACIENTES OSTOMIZADOS Oreste Sidoli Azienda USL of Parma, Parma, Italy Objectivo: Prevenção e tratamento de complicações em estomas nutricionais Introdução: O tratamento de um estoma está habitualmente associado a vários problemas, dependendo da sua tipologia e fixação; a integridade cutânea é um requisito essencial para o tratamento e aplicação adequados de qualquer material ao estoma. Uma abordagem multidisciplinar do tratamento de feridas pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes ostomizados. Métodos: A nutrição artificial pode, por vezes, causar problemas cutâneos como a infecção da área de inserção da sonda (gastrostomia ou jejunostomia). Entre as complicações menos graves na sequência do posicionamento da PEG, a “infecção peristomal” está representada em 5,4% - 30%, a “fuga” em 1% - 2%, a “síndrome de Buried Bumper” em 0,3% - 2,4% e a “fistulização” em 0,3% - 6,7%. Apenas 1,6% precisou de tratamento médico agressivo. Resultados: Uma avaliação, identificação e tratamento adequados da ferida, utilizando pensos avançados, pode suavizar a dor do paciente, reduzir o tempo do tratamento e os materiais necessários. Discussão: O conselho e/ou intervenção de especialistas pode ser realmente importante no tratamento de um paciente com “estoma nutricional”; a aceitação do estoma por parte do paciente pode depender da ausência de problemas cutâneos relacionados com o estoma. Oreste Sidoli Azienda USL of Parma, Parma, Italy Objectivo: O objectivo do projecto era assegurar a assistência completa aos pacientes ostomizados com incontinência grave, de modo a garantir a assistência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Métodos: O nosso projecto piloto teve início em 2005 com uma equipa multiprofissional (GLIMPS) composta por enfermeiros profissionais, médicos do hospital de Parma, associações de pacientes e pessoal administrativo. Os objectivos da GLIMPS eram: garantir uma abordagem terapêutica adequada e eficaz; divulgar o hábito de uma abordagem multidisciplinar; melhorar a reabilitação e a recuperação do paciente numa fase precoce; reduzir a hospitalização desnecessária; e melhorar a reintegração. A análise do bem-estar social e das relações entre os serviços, profissionais de saúde e a região envolveu o processo de reabilitação, auxiliar e terapêutico. Os fluxogramas e as contas detalhadas apresentaram dados de investigação relevantes. Realizar cursos de formação e internatos em centros de reabilitação para pacientes. Foi realizada a distribuição directa de dispositivos para estoma num dos hospitais. Resultados: Melhoria da assistência aos pacientes, formação ao pessoal e aos profissionais de saúde, melhor relacionamento com as associações de pacientes. Formulários padronizados e utilização da intranet. Discussão: Este projecto produziu resultados positivos nos pacientes e nos profissionais. A equipa de trabalho permitiu uma rede de serviços compacta e uma cooperação contínua entre o hospital e a região. P 11 P 12 ”TRATE DO PACIENTE COMO UM TODO E NÃO APENAS DA SUA FERIDA” GAZE PARAFINADA VERSUS GAZE DE TRIBROMOFENATO DE BISMUTO EM QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU UM MÉTODO PRÁTICO DE TRATAMENTO DE UM PACIENTE COM FERIDA CRÓNICA. Corrado Maria Durante Henri Post Army Military Hospital, Roma, Italy Evean, Zaandam, Netherlands Objectivo: Este estudo clínico, efectuado perto do hospital do acampamento do exército italiano em Tallil (Iraque), propõe a avaliação das diferenças existentes entre os pacientes queimados: os tratados a nível tópico com gaze de tribromofenato de bismuto e os tratados com gaze parafinada. Objectivos e finalidade: Desenvolver um método prático de tratamento de um paciente com ferida crónica, com base na actual abordagem disponível baseada nas evidências, centrado no paciente e destinado aos enfermeiros e profissionais de saúde em geral. Método: Foi constituído um grupo de pesquisa formado por médicos de clínica geral, médicos de lares de idosos, enfermeiros de viabilidade tecidular, enfermeiros generalistas e um enfermeiro especializado. Em seguida, foi efectuada uma análise da literatura para explorar o actual estado de conhecimentos sobre o tratamento holístico de pacientes com feridas crónicas. Foi desenvolvido e apresentado a um grupo de enfermeiros um plano faseado, destinado a ser utilizado na sua prática diária. Isto conduziu à proposta de vários pontos a serem melhorados, os quais foram incorporados no produto final. Discussão e resultado: Um plano faseado, sob a forma de um caminho clínico, é uma ajuda comprovada para atribuir a todos os passos nos cuidados de saúde os seus respectivos lugares. Ajuda a evitar o esquecimento de algum passo, pelo que é uma garantia de qualidade. Isto leva a que a abordagem holística seja integrada com o tratamento local da ferida para os pacientes com feridas crónicas. O fluxograma está dividido em 2 partes: paciente e ferida. Ao percorrer estes passos quinzenalmente, todos os aspectos relevantes são considerados à vez e as respectivas intervenções podem ser decididas, avaliadas e asseguradas. Conclusão: O fluxograma transforma-se num plano faseado simples, que pode ser aplicado em qualquer tipo de ambiente de cuidados de saúde. O fluxograma é fácil de ser adaptado aos produtos preferidos numa dada instituição. Proporciona uma “ferramenta” útil, em especial para o enfermeiro estagiário, que ajuda a garantir uma óptima qualidade de tratamento do paciente com ferida crónica. Métodos: Foram constituídos dois grupos, de 15 pacientes cada, que apresentavam queimaduras de segundo grau, superficiais e profundas, semelhantes. A etiologia das queimaduras em ambos os grupos era, em 80% dos casos, resultado de explosões de bombas caseiras, em 10% dos casos, resultado de chamas directas originadas por fogo de alcance variável, e os restantes 10%, do contacto com líquidos a elevada temperatura. Um grupo de pacientes foi tratado localmente com gaze parafinada e o outro grupo com gaze impregnada com tribromofenato de bismuto, tendo sido observadas as características e a quantidade de exsudação. Resultados: Os pacientes tratados com gaze de tribromofenato de bismuto, quer os hospitalizados quer os ambulatórios, mostraram uma melhoria progressiva nas condições locais das queimaduras, com maior complacência relativamente à dor com o passar do tempo. O desaparecimento progressivo do sofrimento e dos sintomas e sinais de colonização microbiana local constituiu um factor comum a todos aqueles que integraram o grupo tratado com gaze de tribromofenato de bismuto. A gaze de vaselina é igualmente eficaz na produção de um microambiente húmido apropriado à cicatrização, bem como à absorção de exsudados das feridas, mas apresenta sérias limitações no combate aos sinais de colonização microbiana em queimaduras de risco. Discussão: A gaze de tribromofenato de bismuto constitui um excelente produto para o tratamento de queimaduras de segundo grau, sobretudo quando estas se tornam problemáticas devido à ocorrência de colonização microbiana, tratamento inicial incongruente e demora na cicatrização. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 109 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 110 P 13 P 14 MUDANÇA E CONSISTÊNCIA NA PRÁTICA DE TRATAMENTO DE FERIDAS = RESULTADOS POSITIVOS SÉRIE DE ESTUDOS DE CASOS MULTICÊNTRICOS COM UM PENSO DE MEMBRANA POLIMÉRICA MONOTERAPÊUTICO EM FERIDAS DE CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA Sandra Dudziak1, Patricia Carlson2 1Central 23M Care Corporation, Toronto, Ontario, Canada, Health Care Canada, London, Ontario, Canada Objectivo: Demonstrar que a implementação, numa cadeia de 87 lares, de um programa regulamentar de tratamento de feridas, a par de uma formação estruturada e continuada, resultaria numa mudança mensurável na prática de tratamento de feridas e na redução de úlceras de pressão adquiridas internamente. Finaidade: Utilizar os princípios de avaliação dos resultados para verificar se a mudança na prática e os resultados esperados efectivamente ocorreram. Métodos: Utilizando métodos de avaliação dos resultados, recolher dados qualitativos e quantitativos para avaliar a prática de tratamento de feridas e o número de úlceras de pressão adquiridas internamente, durante um período de três anos. Estes resultados foram então comparados com os dados iniciais recolhidos em 2004, a fim de determinar se o resultado era o esperado. A total eliminação de feridas não era um resultado esperado. Resultados: As evidências mostraram que ocorreu: • increased documentation practices • increased consistency of wound care practice • reduction of internally acquired pressure ulcers Resumo: Este estudo demonstrou que um programa regular de tratamento de feridas, implementado a par de uma formação estruturada e continuada, resultou numa mudança na prática e numa redução do número de úlceras de pressão adquiridas internamente, em 87 lares. O empenho do pessoal, a confiança na integração das melhores práticas nas rotinas diárias e a melhoria da qualidade de vida dos residentes são também resultados importantes ao implementar um programa de tratamento de feridas bem sucedido. Gerhard Kammerlander, Johanna Felber, Michaela Krammel, Esther Locherer, Anja Süss-Burghart, Hermann Pichler, Petra Zweimüller 1DGKP/ ZWM®, Zürich, Switzerland, 2Beau-Site Klinik Bern, Bern, Switzerland, 3DGKS, WDM, KKh., Wien, Austria, 4DGKS/ZWM®, Kallern-Hinterbühl, Switzerland, 5Städtisches Klinikum GmbH, München, Germany, 6BGLD-Krankenanstalten GmbH, Neudörfl, Austria, 7Leitung WundKompetenzZentrum, Linz, Austria Objectivo: Hoje em dia, é seleccionada uma grande variedade de pensos em várias combinações de acordo com a condição da ferida. Quisemos avaliar a utilização de um penso de membrana polimérica devido à sua suposta capacidade de simultânea e continuamente humedecer, absorver, preencher e limpar o leito da ferida. Finalidade: Ao incorporar os pensos de membrana polimérica na nossa terapia padronizada, quisemos obter respostas às seguintes questões: Iremos obter um efeito de limpeza no leito da ferida? Haverá lugar a uma diminuição visível no tamanho da ferida? Poderá o penso ser utilizado em cavidades sem recurso a outros produtos para o preenchimento de feridas? O penso funciona bem como penso primário e secundário? É de fácil utilização? Método: Estiveram envolvidos seis centros de tratamento de feridas na Áustria, Alemanha e Suíça. Todos seguiram o mesmo protocolo de tratamento de feridas de um CWM® (Certified Wound Manager – Centro de tratamento de feridas certificado). 58 pacientes foram documentados utilizando uma tabela de avaliação padronizada. Foram incluídos tanto os pacientes hospitalizados como em ambulatório. Foi representada uma grande variedade de tipos de feridas. 83% dos pacientes eram detentores de doenças crónicas que inibiam gravemente a cicatrização da ferida. A mudança do penso variou entre diariamente e duas vezes por semana. Resultado: A área da ferida diminuiu de uma média de 9,75 cm2 para uma média de 6,22 cm2. 22% das feridas fecharam, 64% demonstraram uma melhoria significativa, 12% pioraram e 2% permaneceram inalteradas. No que diz respeito à facilidade de manuseamento/aplicação, 88% dos clínicos avaliaram como “bom” e “excelente” e recomendariam a sua utilização. Conclusão: Obtivemos uma melhoria de 88% na cicatrização/encerramento da ferida. Isto confirma que a mera aplicação do penso de membrana polimérica ajuda claramente à limpeza e granulação da ferida. Estamos também convencidos de que os pensos podem ser utilizados sem outros agentes de tratamento/terapêuticos. O produto de preenchimento de cavidades pode ser aplicado em feridas profundas sem necessidade de recorrer a outros produtos de preenchimento. Acima de tudo, o manuseamento do produto foi extremamente fácil. P 15 P 16 ÚLCERA PROFUNDA EM PÉ DE CHARCOT FECHADA COM UM PRODUTO DE PREENCHIMENTO DE CAVIDADES DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA COM A AJUDA DE UM PENSO DE MEMBRANA POLIMÉRICA ÚNICO Charalambos Agathangelou Charalambos Agathangelou Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus Uma mulher de 38 anos com diabetes tipo 1 contraiu uma úlcera de pressão profunda com mau odor na planta do seu pé de Charcot. Foi tratada com cadaxomero e iodopovidona e antibióticos sistémicos para uma infecção por Pseudomonas. A ferida tinha 7 cm x 6 cm e 4 cm de profundidade com osso exposto e era constantemente macerada devido a grandes quantidades de exsudado. Após cinco meses, a sua ferida continuava a deteriorar. A amputação era vista como uma alternativa. Uma senhora de 97 anos com doença de Alzheimer em estado avançado sofreu, durante dois meses, de uma úlcera de pressão dolorosa com mau odor no trocânter. Devido à sua baixa ingestão de alimentos e pouca mobilidade, a sua condição estava a deteriorar-se rapidamente. As mudanças de penso realizadas diariamente pelos enfermeiros de cuidados ao domicílio exigiram pelo menos dois enfermeiros e várias horas devido à sua espasticidade, causando, aparentemente, um nível considerável de dor e angústia. O marido já não era capaz de cuidar dela em casa e por essa razão foi hospitalizada. Objectivo: Encontrar um regime de pensos que pudesse suportar a grande quantidade de exsudado e diminuir a carga microbiana, dando oportunidade à ferida de cicatrizar. Método: Os pensos de preenchimento de cavidades de membrana polimérica e os pensos de cobertura contêm um tensioactivo, um super absorvente e glicerina, os quais actuam em conjunto para facilitar o desbridamento autolítico através da separação do tecido desvitalizado, fibrina e o leito da ferida. O tecido desvitalizado liquefeito é absorvido para o produto de membrana polimérica, sendo eliminado na mudança do penso. Os pensos de membrana polimérica e os produtos de preenchimento de cavidades diminuem o risco de maceração ao atrair o exsudado directamente para fora da superfície da ferida e fixando-o no penso em forma de gel. As versões com prata têm outras propriedades antimicrobianas. Os pensos de preenchimento de cavidades de membrana polimérica com prata e os pensos de cobertura foram inicialmente mudados duas vezes ao dia durante as primeiras três semanas. Um podologista criou uns sapatos ortopédicos especiais de alívio da pressão. Resultado: O tratamento controlou completamente o exsudado e o odor. Após 3 semanas o tratamento com antibióticos foi interrompido e passou a ser suficiente uma mudança de penso diária. Após 6 semanas, com o recurso a uma zaragatoa, verificouse que a infecção estava resolvida, pelo que se utilizou então um produto de preenchimento de feridas de membrana polimérica e um penso padrão. Após quase 4 meses de tratamento, a úlcera profunda fechou completamente. Discussão: A rápida transição do risco de amputação para a cicatrização convenceunos de que o produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica é uma escolha excelente para feridas de cavidade infectadas. Objectivo: O objectivo inicial era aumentar a ingestão nutricional, minimizar a dor que causava uma espasticidade significativa e reduzir o odor da ferida. A cicatrização não foi sequer considerada uma opção devido à condição geral da paciente. Método: Os pensos de membrana polimérica foram colocados no hospital porque inibem os nociceptores, os quais podem diminuir bastante a dor da ferida e a espasticidade resultante. Eles são não aderentes, conseguem fornecer ou absorver a humidade conforme necessário e incorporam um agente de limpeza de feridas. Foram administrados oralmente suplementos de proteínas. Resultado: O penso escolhido diminuiu o tempo de mudança do penso porque a limpeza ou lavagem manual da ferida não era necessária durante a mudança do penso. Após duas semanas, a dor e o odor desapareceram e a espasticidade da paciente foi significativamente reduzida, simplificando bastante os seus cuidados. Após dois meses, a paciente pôde ser novamente enviada para casa junto do marido. Os enfermeiros de cuidados ao domicílio foram instruídos sobre a forma como devem utilizar os pensos de membrana polimérica. Discussão: Uma combinação de ingestão nutricional e mudanças de penso diárias com pensos de membrana polimérica conseguiu reduzir a dor e o odor na ferida ao ponto de permitir que a paciente pudesse voltar a viver em casa com o marido. Como bónus adicional, a ferida acabou por fechar após quatro meses de tratamento com os pensos de membrana polimérica. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 111 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 112 P 17 P 18 ÚLCERA DE PRESSÃO NECRÓTICA DE GRANDES DIMENSÕES COM MAU ODOR FECHADA COM UM PRODUTO DE PREENCHIMENTO DE CAVIDADES DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA PENSOS ÚNICOS PROPORCIONARAM ENORME ALÍVIO DA DOR EM ÚLCERAS DE PRESSÃO DOLOROSAS EM DETERIORAÇÃO APÓS CIRURGIA CARDÍACA Charalambos Agathangelou Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus Problema: Uma senhora de 60 anos com doença de Alzheimer e mobilidade reduzida contraiu uma úlcera de pressão no calcanhar durante o internamento no hospital por desidratação. Após alta médica, foi tratada pelo médico de família com ácido hialurónico durante cerca de 4 meses. A úlcera putrificada, que na altura media 8 cm x 6 cm com uma profundidade de 2 cm adjacente ao osso visível, tinha um cheiro tão intenso que impedia a família de visitá-la em casa. Apesar de várias medicações, incluindo opióides, para diminuir a inflamação e a dor, o nível de dor da mulher era constantemente de 9 em 10. Objectivo: Reduzir a dor e limpar a ferida. Os pensos de membrana polimérica ajudam a reduzir a dor provocada pela ferida inibindo os nociceptores e fornecendo ou absorvendo a humidade conforme necessário. Os ingredientes retiram substâncias de cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida para promover a rápida cicatrização, facilitando simultaneamente o desbridamento autolítico. O tecido desvitalizado é liquefeito e absorvido pelo penso, eliminando frequentemente a necessidade de limpeza durante as mudanças do penso. A versão com prata tem outras propriedades antimicrobianas. Por conseguinte, os produtos de preenchimento de cavidades de membrana polimérica e pensos de prata foram complementados por pensos de carvão durante o primeiro mês. Método: Inicialmente, adicionou-se 1-2 ml de solução salina ao produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica para estimular o desbridamento autolítico. Os pensos foram mudados 1-2 vezes por dia devido à grande quantidade de secreção. Após duas semanas, foram utilizadas mudanças de penso diárias com um produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica padrão em vez da versão com prata. Resultado: Após dois dias apenas, a ferida encontrava-se significativamente mais limpa e o odor estava controlado. O odor proveniente da ferida tinha desaparecido em quatro semanas. Às seis semanas, a dor da paciente estava no nível 5 e, às oito semanas, ela estava completamente livre de dor sem medicação. Em pouco mais de três meses, a grande cavidade fechou completamente. Discussão: Obtivemos resultados rápidos no que se refere à limpeza, redução da dor e odor e cicatrização da ferida. O manuseamento e aplicação do penso foram bastantes fáceis. Charalambos Agathangelou Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus O paciente de 63 anos foi submetido a cirurgia de substituição da válvula mitral e colocação de pacemaker. Devido a complicações cirúrgicas, o paciente foi totalmente imobilizado por vários dias, durante os quais desenvolveu uma úlcera de pressão dolorosa profunda na região sacral. Após um mês de mudanças de penso diárias dolorosas com Betadine e gaze na clínica de dia, a ferida continuava a deteriorar-se. A ferida tinha 8 cm de comprimento com um túnel de cerca de 4 cm de profundidade. A área periférica da ferida estava indurada e inflamada e era extremamente doloroso quando tocada. Objectivo: A principal preocupação do médico era uma potencial infecção que pudesse comprometer a cirurgia cardíaca; a principal preocupação do paciente era a dor que o impedia de se sentar. O nível de dor do paciente era constantemente de 8 em 10. Método: Os pensos de membrana polimérica proporcionam um alívio significativo da dor da ferida ao inibir a actividade nociceptora no local. Os seus constituintes dividemse e concentram as suas substâncias de tratamento no leito da ferida para promover a rápida cicatrização, facilitando simultânea e directamente o desbridamento autolítico ao destacar o tecido desvitalizado do leito da ferida. O produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica foi utilizado juntamente com um penso de membrana polimérica padrão que cobriu a área periférica da ferida. Resultado: Após uma semana, o nível de dor do paciente caiu para 5 em 10. Após outra semana, a dor desapareceu completamente e o paciente conseguiu sentar-se à mesa e comer com a família. Já não havia sinais de inflamação e a ferida continuava a diminuir em termos de tamanho. Foi preciso pouco mais de quatro meses para que a ferida fechasse completamente. Durante os últimos meses, o penso foi mudado três vezes por semana. Discussão: A enorme alteração em termos de dor e o rápido encerramento da ferida só podem ser explicados pela utilização destes pensos únicos. Neste momento utilizamos os preenchimentos de cavidades de membrana polimérica como os nossos pensos padrão no tratamento de feridas profundas. P 19 P 20 ESTUDO CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA ULCUS CRURIS FERIDAS NÃO CICATRIZÁVEIS: A ABORDAGEM GERIÁTRICA Javorka Delic Efraim Jaul City Institute for Dermatology, Belgrade, Serbia Herzog Hospital affilated Hebrew University, Jerusalem, Israel Introdução: A Ulcus cruris venosum (UCV) é a consequência terminal da insuficiência venosa crónica. Em estudos epidemiológicos da população geral, a UCV tem uma prevalência de 1% (0,18-4%) – Tibingen, Basel, Bohn, Belgrade, etc. A UCV é a ferida vascular crónica mais comum, uma doença repetitiva e multifactorial. Contexto: Muitas das feridas comuns não cicatrizáveis pertencem a quatro categorias: úlceras de pressão, úlceras diabéticas, úlceras isquémicas e úlceras venosas. Objectivo: Este estudo é um exame clínico-epidemiológico que incluiu 7040 pacientes, dos quais 197 têm úlceras venosas (Departamento de Angiologia, City Institute of Dermatology, Belgrado, 2006-2007). O objectivo do estudo é o de determinar a forma de diagnóstico e terapia, os factores de risco, o perfil do paciente e a relação custo/eficácia do tratamento da Ulcus cruris (cirúrgico ou não cirúrgico). Método: A incidência de pacientes com Ulcus cruris é de 3,6% de todos os pacientes do departamento de angiologia. O diagnóstico foi efectuado com base no historial da doença, na imagem clínica, nos resultados ecográficos, no exame de ultra-sons ao tecido subcutâneo e nos resultados laboratoriais (trombofilia). Resultados: 102 pacientes eram do sexo feminino, com uma idade média de 42,5 anos; 95 eram do sexo masculino, com uma idade média de 49 anos. A superfície média da ferida era de 36 cm2. A duração da ferida antes da terapia era de 10 meses e o tempo médio de cicatrização foi de 5 meses. Todos os pacientes tiveram 2 a 5 recaídas da ferida. As comorbidades mais comuns foram a hipertensão arterial, a síndrome metabólica no seu todo e o aumento do Índice de Massa Corporal. Foi efectuado um exame duplex a cores da veia em 96 pacientes. A indicação de cirurgia da veia foi aconselhada a 59 pacientes (60%) e a operação realizada em 29 pacientes (15%). A terapia compressiva foi incorrectamente aplicada a todos os pacientes! O curativo da ferida foi efectuado em 67 pacientes (34%), ao passo que a terapia normal de feridas (tratamento local, terapia de compressão) foi efectuada nos outros pacientes. Foi detectada a aplicação indevida de fármacos tópicos (corticosteróides e antibióticos) e uma elevada percentagem de dermatites de contacto alérgicas. Em média, os factores de risco foram de 6 por paciente, estando, em primeiro lugar, o factor hereditário (4-15 em cada paciente). A qualidade de vida era significativamente reduzida em todos os pacientes; elementos contribuintes: dor, duração da doença, custo da terapia, aspectos psíquicos e sociais, etc. A relação custo/eficácia do tratamento cirúrgico da UCV foi, em média, de 1500€. A relação custo/eficácia de cinco meses de tratamento conservador (cuidados médicos, fármacos, pensos, terapia compressiva, exame Doppler) totalizou 1900€. Muitas delas aparecem em idades avançadas, tornando-se não cicatrizáveis na medida em que o paciente pode viver com elas toda a sua vida ou até mesmo morrer por sua causa. Objectivo: Apresentar um ponto de vista geriátrico e a forma de lidar com úlceras não cicatrizáveis como síndrome geriátrica. Métodos: Deve ser efectuada a avaliação do paciente e da ferida. Nesse exame, devem estar incluídas as comorbidades do paciente, o estado funcional (ADL), o estado nutricional, o apoio social, os princípios éticos e a qualidade de vida. Relativamente à ferida, deve ser examinado o grau de envolvimento do tecido, o tamanho, o perfil bacteriano, a quantidade de exsudado, o odor e a localização. Resultados: A abordagem geriátrica a uma ferida não cicatrizável é uma abordagem abrangente e multidisciplinar. Cada disciplina (o pessoal de enfermagem, o médico, o dietista, o terapeuta ocupacional, o fisioterapeuta e o assistente social) tem a sua própria tarefa na prevenção e tratamento dessas feridas. Conclusão: Se as feridas não estão a cicatrizar, o objectivo primordial deixa de ser a cicatrização para passar a ser o controlo dos sintomas, a prevenção de complicações e o contributo para o bem-estar geral do paciente. Discussão e Conclusão: Este estudo veio mostrar a discordância existente entre os princípios conhecidos e aceites da doutrina médica contemporânea no tratamento da UCV e as suas aplicações na prática. Está especialmente relacionado com o tratamento básico hemodinâmico (baixo número de operações e terapia compressiva não adequada). Além disso, não é suficiente utilizar pensos modernos no tratamento da UCV. A cicatrização da úlcera é prolongada e as recaídas são comuns. Além da acessibilidade ao serviço de saúde, o perfil dos pacientes para determinar o factor de risco específico para UCV e um baixo nível económico desempenham um papel importante no tratamento de feridas. Palavras-chave: Ulcus cruris venosum, epidemiologia A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 113 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 114 P 21 P 22 RELATÓRIO DE CASO SOBRE O USO DE UM SOLUÇÃO DE ENXAGUAMENTO DE FERIDAS COM POLIHEXAMIDA* ZCE (CE 0344) OZONOTERAPIA LOCAL EM ÚLCERAS VENOSAS CRÓNICAS DA PERNA AVALIAÇÃO DA LIMPEZA DE FERIDAS COM TECIDO DESVITALIZADO HÚMIDO NAS EXTREMIDADES INFERIORES Denise Wood Southampton City Primary Care Trust, Hampshire, United Kingdom O objectivo é o de investigar a eficácia do produto (Prontosan) para preparar o leito da ferida e, assim, promover a cicatrização da mesma. O tratamento de feridas nas extremidades inferiores é constantemente complicado devido a infecções, colonizações críticas e edemas. Por isso, as decisões sobre o tipo de tratamento são, frequentemente, asseguradas clinicamente. Os conhecimentos sobre a eficácia dos agentes antimicrobianos, embora vastos, não são claros e existe falta de evidências de nível 1. O estudo surgiu logo a partir das primeiras identificações da eficácia do produto quando utilizado nos grupos de pacientes acima indicados, com úlceras difíceis de tratar. Foram seleccionados oito pacientes que estavam a ser tratados na clínica de úlceras da perna ou cujos cuidados estavam a ser partilhados com os enfermeiros da comunidade. Após uma avaliação completa, recorrendo a um protocolo aceite para a prática em questão, as feridas foram limpas com o produto e a solução e/ou gel foi avaliada após um período de 4 semanas. Os contornos da ferida foram marcados e as medições da área registadas. Detalhes da ferida e outros dados clínicos relevantes foram também registados. Nenhuma ferida dos pacientes foi limpa e lavada anteriormente. A lavagem da perna, a terapia emoliente, os pensos e as ligaduras de compressão foram continuados, conforme apropriado, de acordo com os cuidados padrão. Todos os pacientes receberam algum nível de compressão. Os pacientes deram o seu consentimento verbalmente. As úlceras de 2 pacientes ficaram completamente saradas. O tamanho de todas as feridas foi reduzido, como se pode ver na tabela. Não foi detectada qualquer reacção adversa ao uso do Prontosan. 1 paciente não foi inscrito na altura apropriada e foi tratado apenas a 22 de Março de 2007, mas os seus dados foram, mesmo assim, registados. Nenhum paciente se queixou de dores na aplicação ou irrigação do um solução de enxaguamento de feridas com polihexamida*. Este estudo de caso consiste na observação dos efeitos do Prontosan no tratamento de úlceras da perna com tecido desvitalizado húmido. Como afirmado, não se recorreu a um grupo de controlo. A área de todas as feridas diminuiu ao fim de 4 semanas. *Prontosan Grzegorz Kaluza, Zbigniew Rybak, Piotr Szyber Medical University, Wroclaw, Poland Material: 187 pacientes com úlceras da perna de diferentes etiologias foram hospitalizados no Departamento de Cirurgia Vascular, Geral e de Transplantes, entre Abril de 2003 e Dezembro de 2007. 150 pessoas desse grupo qualificavam-se para ozonoterapia local. Critérios iniciais para a ozonoterapia local: - Úlceras activas nos membros inferiores;- ABI 1,0 ou mais;- Fluxo de sangue arterial suficiente nos membros inferiores (Exame Doppler Duplex). Método: Ozonoterapia local, fármacos flebotrópicos (diosmina micronizada), fármacos vasodilatadores (buflomedil), terapia de compressão. Ozonoterapia local: banhos secos numa mistura de oxigénio e ozono com uma concentração máxima de 75 gamma O3/ mlO2, um banho diário de 45 minutos, terapia num ciclo de 10 dias. Em todos os pacientes, foram feitos testes bacterianos, incluindo: cultura em dupla camada para a detecção de bactérias aeróbicas e anaeróbicas na úlcera, antes e após o tratamento (1º e 10º dia), tendo sido preparado, para cada caso, um antibiograma para todas as bactérias desenvolvidas. O diâmetro da úlcera de todos os pacientes foi medido duas vezes: no 1º e no 10º dia da terapia. Resultado: As úlceras nos membros inferiores apresentam uma flora bacteriana mista, altamente resistente a antibióticos. As bactérias mais comuns são: Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Não foi detectada qualquer bactéria anaeróbica nas úlceras. Os antibiogramas efectuados mostraram que os únicos antibióticos aos quais as bactérias desenvolvidas foram sensíveis são a Ciprofloxacina e a Vancomicina. Conclusões: Os testes efectuados confirmam as vantagens da aplicação da mistura de ozono e oxigénio na cicatrização de úlceras venosas. O número de bactérias resistentes a antibiótico presentes nas úlceras foi reduzido durante a ozonoterapia local. Foram observados efeitos positivos da ozonoterapia local sobre a epidermização. Não foi detectado qualquer efeito secundário durante a ozonoterapia local. A ozonoterapia local é um método fácil e relativamente barato. P 23 P 24 PROJECTO PILOTO SOBRE O TRATAMENTO DE EDEMAS PRÉ-OPERATÓRIOS DE FRACTURAS FECHADAS INSTÁVEIS DO TORNOZELO UTILIZANDO A CPI (COMPRESSÃO PNEUMÁTICA INTERMITENTE) EM PACIENTES QUE TINHAM JÁ DESENVOLVIDO BOLHAS E FERIDAS ESTUDO COMPARATIVO ABERTO, PROSPECTIVO E COM SELECÇÃO ALEATÓRIA, EM REGIME DE VOLUNTARIADO, DE 2 PENSOS DE ESPUMA DE SILICONE E UMA AVALIAÇÃO CLÍNICA DE MERCADO DE UM NOVO PENSO DE ESPUMA DE SILICONE Nina Bækmark, Jan Sørensen Samantha Hartwell, Karen Bateman, Sarah Brown, Gary Smith Hillerød Hospital, Hillerød, Denmark Smith & Nephew, Hull, East Yorkshire, United Kingdom Objectivo: Demonstrar como a utilização da CPI pode reduzir o tempo de tumefacção pré-operatória em pacientes com fracturas do tornozelo que tenham desenvolvido flictenas e feridas a partir de novos edemas. Objectivos: Os objectivos primários consistiam em demonstrar a não inferioridade de um novo penso de espuma de silicone em relação a um penso de espuma de silicone alternativo, em termos de dor na remoção após 1 dia de aplicação, bem como a aceitação geral do produto. Método: Após 5 dias de aplicação da prática padrão de levantar a perna acima do nível do coração, o paciente, ainda com edema, desenvolveu flictenas na pele sobre a fractura. As bolhas foram cortadas e tratadas com um penso oclusivo de feridas. Durante o projecto piloto, o edema foi tratado pré-operatoriamente com CPI e compressão. As feridas e o edema foram examinados diariamente por um cirurgião ortopedista para determinar a indicação cirurgica. A circunferência da perna foi medida e fotografada para efeitos de documentação diária. Resultado: Chegou-se à conclusão de que a tumefacção no tornozelo foi reduzida com maior rapidez do que noutros pacientes semelhantes. Além disso, o paciente teve um percurso pós-operatório sem complicações. Como benefício adicional, o paciente obteve um alívio da dor considerável, antes e depois da cirurgia, devido à rápida redução da tumefacção alcançada com o tratamento de redução do edema por CPI. Conclusão: Com este projecto piloto de pequena escala, acreditamos poder concluir que a CPI tem um efeito benéfico no tratamento de edemas pré-operatórios em pacientes com fracturas do tornozelo. Passo seguinte: Em consequência deste projecto piloto, lançámos um projecto de maior dimensão para examinar se a CPI (compressão pneumática intermitente) pode reduzir o tempo da tumefacção pré-operatória de fracturas do tornozelo e prevenir a ocorrência de flictenas devido a esta tumefacção, evitando mais adiamentos de cirurgias. Além disso, queremos examinar se o alívio da dor é, na verdade, consequência desta redução bastante eficiente do edema. Demonstrar o desempenho de um novo penso de espuma de silicone entre voluntários e pacientes. Métodos: O estudo voluntário consistiu numa comparação aberta, prospectiva e com selecção aleatória de dois pensos entre voluntários (90 voluntários). Todos os voluntários tinham >50 anos de idade. A avaliação clínica de mercado recrutará 80 pacientes de 5 países europeus. Resultados: No estudo voluntário, o critério de demonstração da não inferioridade relacionava-se com a dor na remoção após 1 dia de aplicação (o limite superior do intervalo de confiança bilateral de 95% era inferior a 15%). Foram obtidas provas significativas de uma maior percentagem de novos pensos de espuma de silicone que permaneceram no local da aplicação em comparação com o penso de espuma de silicone alternativo no gémeo superior (8,9% mais, p=0,046) e inferior (6,7% mais, p=0,014) após 1 dia de aplicação, quadricípite inferior após 3 dias de aplicação (12,5% mais, p=0,012), superior (20,2% mais, p<0,001) e gémeos inferiores (11,5% mais, p=0,008) após 3 dias de aplicação e nos gémeos inferiores após 7 dias de aplicação (10,3% mais, p=0,039). Serão apresentados todos os resultados dos objectivos secundários e os dados dos pacientes da avaliação clínica de mercado. Discussão/Conclusão: O objectivo primário do ensaio foi cumprido, uma vez que foi demonstrado que o novo penso de espuma de silicone não é inferior a um penso de espuma de silicone alternativo em termos de dor no momento da remoção após 24 horas. Não houve evidências da existência de diferentes níveis de dor na remoção de ambos os pensos em qualquer dos outros períodos de remoção do penso. A retenção e o conforto foram melhores com o novo penso de espuma de silicone em comparação com o penso de espuma de silicone alternativo. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 115 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 116 P 25 P 26 TRATAMENTO DE QUEIMADURAS PROFUNDAS DE ESPESSURA PARCIAL NA MÃO. ESTUDO PROSPECTIVO TRATAMENTO DE FERIDA DE BIÓPSIA NÃO CICATRIZANTE DO TRACTO INFERIOR DA PERNA NUM PACIENTE COM VASCULITE INDUZIDA POR MEDICAMENTOS Kestutis Maslauskas, Rytis Rimdeika, Vygintas Kaikaris Kaunas Medical University hospital, Kaunas, Lithuania Objectivo: Analisámos pacientes que apresentavam queimaduras profundas de espessura parcial na região dorsal da mão. Comparámos dois métodos de tratamento em busca do melhor método para o tratamento de queimaduras da mão. Métodos: Realizámos um estudo prospectivo no departamento de cirurgia plástica e reconstrutiva do Hospital Universitário de Kaunas (Lituânia) durante 2 anos. Neste estudo, incluímos pacientes que apresentavam queimadura profunda de espessura parcial na região dorsal da mão. Comparámos o aspecto e a função das mãos dos 82 pacientes tratados durante este período. No tratamento de 40 mãos, utilizámos pensos hidrocolóides. Os pensos eram mudados a cada 3 dias. Em 42 pacientes, realizámos necrectomia precoce e plastia. Estes grupos eram idênticos em termos de idade, área total da superfície do corpo queimada e área da mão queimada. Resultados: Não encontrámos grandes diferenças estatísticas no tempo de hospitalização. No acompanhamento após 6 e 12 meses, a diferença na amplitude de movimentos e na força não foi estatisticamente significativa. O aspecto foi estatisticamente superior no grupo dos pensos hidrocolóides. Conclusão: Os pensos hidrocolóides são uma boa alternativa à autodermoplastia precoce em pacientes com queimadura profunda de espessura parcial não extensa na região dorsal da mão. Sue Sayer, Lisa Egan Western General Hospital, Edinburgh, United Kingdom Objectivo: O Sr. M. iniciou o tratamento para o cancro das células renais metastizado com um medicamento experimental chamado SUNITINIB (SUTENT). Uma erupção cutânea na parte inferior da perna foi alvo de biopsia deixando uma ferida de 10 x 4 x 2 mm confirmando uma vasculite dos pequenos vasos. Os Médicos de Oncologia e Dermatologia do Sr. M. concordaram que existia um etiologia relacionada entre o Sutent e a vasculite dos pequenos vasos e por isso o SUTENT foi interrompido. O objectivo é tratar com sucesso a vasculite de forma a permitir o reinicio do SUTENT visto que a TC (Tomografia Computorizada) mostrou a progressão da doença. Método: O leito da ferida era húmido com tecido necrótico. Foram iniciados os curativos utilizando Hidrogel e Compressa Perfurada Absorvente com Extremidade Adesiva. A seguir à avaliação da Viabilidade do Tecido foi sobreposta e aplicada uma Matriz de Equilíbrio da Ferida como indicado pela taxa de absorção. Um compressa hidrocolóide* foi colocada como compressa secundária. Não foi confirmada doença arterial logo foi aplicado uma meia com Sistema de Compressão Graduado**. Resultados: A vasculite melhorou. O Sutent foi reiniciado numa dose menor (mais ou menos 3 meses após a descontinuação). As compressas foram mudadas para compressa Hidrocolóide com indicador de ‘Hora para mudar’*** e uma meia com Sistema de Compressão Graduado**. Discussão: O reinicio do Sutent o mais brevemente possível era o objectivo principal para prevenir ou abrandar uma certa progressão do tumor. A ferida cicatrizou completamente e foi alcançado o resultado óptimo visto que a TC mostra uma doença estável. O Sr. M. continua com o Sutent e meia com Sistema de Compressão Graduado** e permanece bem e activo como estava no início do tratamento. * DuoDERM® Thin ** Surepress® Comfort™ Sistema de Compressão Graduado Profissional *** DuoDERM® Signal P 27 P 28 TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA BILATERAIS INCORPORANDO O USO DE UMA COMPRESSA NÃO ADERENTE DE CONTACTO COM A FERIDA* UMA AVALIAÇÃO DO USO DE UM NOVO PENSO ADESIVO DE ESPUMA DE GEL MACIO Sue Sayer, Mina O’Hara, Vicki Davies Samantha Hartwell, Sarah Brown, Gary Smith Western General Hospital, Edinburgh, United Kingdom Smith & Nephew, Hull, United Kingdom Objectivo: Apresentar o caso de estudo de um sem-abrigo do sexo masculino com 30 anos com um historial de 16 anos de utilização de drogas injectáveis, levando consequentemente ao desenvolvimento de úlceras da perna bilaterais. O historial médico anterior inclui hepatite C; autoflagelação deliberada e problemas psicológicos complexos. Objectivos: Está a ser realizada uma avaliação clínica de mercado com 80 pacientes para recolher dados sobre a utilização e o desempenho de uma nova gama de pensos adesivos de espuma de gel macio em diversas indicações. Método: Na avaliação inicial o paciente tinha úlceras venosas na perna dolorosas: 15 x 8 cm (esquerda) e 15 x 10 cm (direita) com tecido necrótico nos leitos das feridas. As mesmas exsudavam grandes volumes de exsudado com mau odor (MRSA+). O paciente estava num tratamento bissemanal de compressão total com uma compressa de prata nos leitos das feridas. A tolerância e assiduidade clínica eram pobres. A avaliação das dores era difícil. A ingestão de metadona foi aumentada para 250 mg por dia. A compressa principal foi mudada para um Compressa Não Aderente de Contacto com a Ferida*. A compressa de prata e a compressão total bissemanal continuaram. Resultados: A utilização de uma Compressa Não Aderente de Contacto com A Ferida* reduziu a dor do paciente levando a uma marcada melhoria na cooperação e assiduidade clínica. As úlceras reduziram significativamente de tamanho nos seis meses seguintes. Para permitir ao Sr. P. gerir independentemente o seu tratamento, este foi mudado para um compressa não aderente primária e terapia com meias de compressão graduada. Discussão: A utilização de um Compressa Não Aderente de Contacto com a Ferida* reduziu as dores do paciente levando a uma melhor concordância com a terapia de compressão. Existe agora a possibilidade real de que a terapia continuada leve ao fecho da ferida. Os dados reflectirão os seguintes parâmetros: tempo de desgaste, facilidade de aplicação e remoção, danos na ferida e pele circundante ao serem removidos, conforto do paciente durante o seu uso, capacidade de adaptação do penso, tratamento do exsudado na área da ferida e alterações profundas, alterações no aspecto da pele circundante, dor na aplicação e remoção e comparação em geral com outros pensos semelhantes. Estes dados proporcionarão uma compreensão das utilizações e do desempenho dos produtos avaliados quando aplicados na vida real e em várias indicações. Métodos: Esta avaliação está a decorrer em 5 países europeus. Os pacientes são inscritos na avaliação depois de ter sido tomada a decisão de os tratar com os produtos em causa. Durante toda a avaliação, os pacientes são tratados de acordo com as instruções constantes no folheto e conforme as práticas regulamentares do centro local. Os dados são recolhidos em todas as mudanças de penso até à cicatrização ou até o tratamento com os produtos avaliados ser descontinuado. Para documentar o progresso do tratamento da ferida, serão tiradas fotografias durante o período de utilização dos pensos. Resultados: Os resultados serão apresentados na conferência. Discussão/Conclusão: Estas avaliações irão demonstrar o desempenho destes novos pensos relativamente aos usos indicados. Em ambulatório o Sr. P. continuou a gerir o tratamento da sua úlcera da perna recebendo supervisão e reavaliação mínimas da Equipa de Enfermagem Comunitária. * Tegaderm™ A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 117 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 118 P 29 P 30 PROTEÍNA DA MATRIZ EXTRACELULAR (AMELOGENINA) PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS EM ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO O EFEITO ESTIMULANTE DO FLUIDO TECIDULAR/LINFA DA PELE HUMANA EM QUERATINÓCITOS CULTIVADOS Maria Isabel Romo Sanz, Juarez Vela Raúl Waldemar L. Olszewski, Anna Domaszewska, Maria Moscicka, Marzanna Zaleska Atención Primaria Salamanca, Salamanca, Spain Department of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland Objectivo: Caso de um paciente com uma úlcera venosa da perna de difícil cicatrização (3 anos), para avaliar a eficiência de um novo produto avançado que consiste numa proteína biocompatível extracelular (ECM) – a amelogenina – a qual, quando aplicada no leito da ferida, proporciona uma matriz temporária para a ligação de células. Métodos: Este estudo de caso descreve o tratamento (com amelogenina) e a progressão da cicatrização de uma úlcera venosa da perna de um paciente, cujo tratamento padrão anterior tinha falhado. Resultados: O tratamento combinado de amelogenina e terapia de compressão permitiu sarar esta úlcera venosa que, durante mais de três anos, não se conseguiu cicatrizar. Conclusões: A impressão clínica geral do produto foi bastante boa. A Xelma (amelogenina) foi fácil de utilizar e pôde ser aplicada, semanalmente, com pensos padrão (p.ex., Mepilex) e com a terapia de compressão. Não foi dolorosa para o paciente e, acima de tudo, deu início a uma excelente resposta de cicatrização nesta ferida, em que os tratamentos padrão anteriores tinham falhado. Os nossos estudos anteriores revelaram a presença de um número de factores de crescimento e citocinas no fluido tecidular/linfa da pele de pacientes com linfedema. A pele linfedematosa é caracterizada pela epiderme hiperqueratótica. A questão é saber se as citocinas linfáticas afectam a proliferação dos queratinócitos (QC) ou se a tendência proliferativa é estimulada pelo alongar da pele/epiderme devido ao aumento do edema. Objectivo: Estudar o efeito da linfa humana obtida em pacientes com linfedema obstrutivo em queratinócitos humanos obtidos no pé, gémeos e coxa, áreas representativas de diferentes ritmos fisiológicos de crescimento dos QC. Métodos: Os QC foram isolados por digestão enzimática. As células foram cultivadas em várias concentrações de fluido tecidular/linfa. A linfa continha IL1, IL6, TNFalfa, KGF, EGF, VEGF e TIMP1,2 em níveis superiores aos do soro. A cultura de células de controlo foi realizada em RPMI com 5% de FCS. Para identificar as citocinas responsáveis pela proliferação dos QC, IL6, TNFalfa, KGF e VEGF foram bloqueados com anticorpos específicos. Após 7 dias, definiram-se os fenótipos da cultura utilizandose anticorpos moAbs contra p63 (células estaminais), CD29 (células filhas transientes) e marcadores de diferenciação: Ki67 e PCNA. Além disso, foi verificada a incorporação de BrdU. Resultados: A cultura de sete dias em linfa apresentou uma maior percentagem de células positivas p63 e CD29 comparado com a cultura de controlo. Além disso, foi detectado um número superior de células em divisão na linfa. Os anticorpos KGF, IL6 e VEGF bloquearam parcialmente a proliferação. Conclusão: As células cultivadas em linfa obtidas em pacientes com linfedema apresentaram uma taxa de proliferação de QC superior. Estas células expressaram marcadores de células estaminais. As citocinas linfáticas participam na proliferação dos QC. Os fármacos que originam a regulação negativa da produção de citocinas queratinócitas devem ser testados em cultura como um passo inicial antes do ensaio clínico. P 31 P 32 IMUNOHISTOPATOLOGIA DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA – CÉLULAS INFILTRANTES, CITOCINAS E FACTORES DE CRESCIMENTO COLONIZAÇÃO BACTERIANA DE TECIDOS DO MEMBRO INFERIOR COM ISQUEMIA CRÓNICA Waldemar L. Olszewski, Hanna Galkowska, Urszula Wojewodzka Waldemar L. Olszewski1, Piotr Andziak3, Marek Durlik3, Miroslaw Garlicki2, Bozenna Interewicz1, Ewa Swoboda2, Ewa Stelmach1 Department of Surgical Research and Transplantology, Department of Cell Ultrastructure, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland Objectivo: O objectivo do estudo foi determinar a capacidade funcional das células da pele no tecido do leito das úlceras comparado com as da extremidade das úlceras e pele distal das úlceras. Métodos: Amostras de tecido excisado na base da úlcera, extremidade da úlcera e pele intacta circundante foram examinadas por imunohistoquímica. Resultados: A expressão das citocinas e dos factores de crescimento pelos QC foi semelhante nas áreas adjacentes e distantes de uma úlcera. Na derme adjacente a uma úlcera, a expressão de interleucina (IL) -1A, IL-1B, IL-1Ra, o factor de crescimento epidérmico e o factor de crescimento derivado de plaquetas A em CE foram superiores ao nível de expressão em CE da derme distante. A expressão de IL-6, o factor de necrose tumoral A e o factor estimulante das colónias de macrófagos e granulócitos foram semelhantes aos das células da derme intacta. Em todos estes factores, a coloração foi citoplasmática, sugerindo a produção nestas áreas. O tecido do leito da úlcera continha poucos fibroblastos e capilares sanguíneos mostrando uma grande intensidade de coloração nas moléculas de adesão de CE CD62E e CD106, mas sem expressão do factor de crescimento de fibroblastos básico (P<0,05). A intensidade média da coloração para granulócitos CD15+ elastase e macrófagos activados por CD35+ (C3bR) devoradores no leito da úlcera foi comparável à existente na margem, mas superior à presente na derme distante (P<0,05). A coloração para os macrófagos dérmicos CD68+, HLA DR+, TGFB+ e CD54+ foi semelhante em todas as áreas. Houve uma coloração reduzida nas células CD4+ e CD8+ no leito da úlcera (P<0,05). Não houve células de Langerhans CD1a+ na epiderme a invadir o tecido de granulação e houve uma coloração reduzida de CD1a na epiderme adjacente (P<0,05). Conclusão: Há uma acumulação crónica de células devoradoras com remodelação insuficiente do tecido de granulação e, ao mesmo tempo, preservação do potencial de secreção de citocinas e do factor de crescimento dos QC e CE dérmicas em úlceras venosas da perna não cicatrizáveis. 1Department of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland, 2Medical University of Warsaw, Warsaw, Poland, 3Central Clinical Hospital, Ministry of Internal Affairs, Warsaw, Poland A reacção da parede arterial à infecção bacteriana como factor etiológico na patogénese da aterosclerose continua a ser um assunto controverso. A maioria dos dados disponíveis na identificação de antigénios bacterianos advém de estudos das artérias coronárias em vez das artérias dos membros inferiores. Objectivo: Investigar a presença de células bacterianas e ADN microbiano utilizando a PCR (reacção em cadeia da polimerase) de amplo espectro, tendo como alvo a região conservada (16sRNA), a Chlamydia pneumoniae (CP) e o Helicobacter pylori (HP) em fragmentos das artérias femoral e poplítea de pacientes submetidos a cirurgia reconstrutiva ou amputação. Métodos: Os fragmentos das artérias foram colhidos e cultivados a partir do fragmento que restou do ADN extraído. A amplificação da PCR foi realizada com iniciadores para o fragmento genético que codifica o 16s RNA bacteriano, a principal proteína da membrana exterior (ompA) da CP e o gene urease do ADN do HP com controlos positivos e negativos. Foram realizadas culturas bacteriológicas de espécimes de rotina. Resultados: Utilizando métodos microbiológicos de rotina, as artérias femoral e poplítea continham isolados em 51% dos casos (Staph. epidermidis, aureus, Enterococcus, Pseudomonas), em 4,1% das artérias carótidas e em 0,7% da aorta. O ADN microbiano (16sRNA) foi detectado em 64% dos espécimes femorais e poplíteos examinados. A CP foi detectada em 69% dos pacientes testados positivamente, enquanto que o HP foi detectado em 3,8%. Nas artérias carótidas, 29% dos casos continham ADN bacteriano, 29% CP e 0% genes específicos do HP. Trinta e um espécimes da aorta continham ADN bacteriano, 65% CP e 18% HP. Conclusões: Foram encontrados isolados bacterianos e ADN nas artérias dos membros inferiores. A aorta e as artérias carótidas só esporadicamente continham isolados. Os micróbios que colonizam os feixes vasculares dos membros podem ser responsáveis por complicações após cirurgia arterial, tais como a deiscência da anastomose e a supuração da ferida. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 119 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 120 P 33 P 34 A FERIDA – ARCO IMUNE AFERENTE, SISTEMA LINFÁTICO E NÓDULOS LINFÁTICOS, ARCO EFERENTE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS – O SISTEMA LINFÁTICO LOCAL REDUZ A REACÇÃO AOS MICRÓBIOS E PRÓPRIOS ANTIGÉNIOS? Waldemar L. Olszewski Waldemar L. Olszewski3, Zdzislaw A. Machowski2, Grzegorz Szczesny1, Marzanna Zaleska1, Marta Cakala1 Dept. of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland A cicatrização de feridas não deve ser considerada um processo limitado aos tecidos danificados. É sempre acompanhada por uma resposta intensiva do sistema (imunitário) linfático regional. Objectivo: O interesse recente no campo da cicatrização de feridas tem focado a reacção do sistema linfático aos eventos celulares e humorais da ferida e especificamente a resposta simultânea do nódulo linfático aos antigénios bacterianos e auto-antigénios, estabelecendo uma tolerância aos próprios antigénios celulares e enviando as células reguladoras específicas do antigénio do nódulo para “casa” na ferida. Discussão: Os resíduos celulares e os microorganismos colonizadores são transportados via sistema linfático para o nódulo linfático drenante. Aí, ocorre uma reacção xenogénica às bactérias e uma reacção auto-imune aos auto-antigénios. Os nossos estudos experimentais demonstraram uma drenagem directa dos micróbios e dos marcadores experimentais da ferida da pele para o nódulo linfático regional. Os marcadores injectados no espaço da fractura fechada da tíbia foram também transportados para os nódulos linfáticos. Nos humanos, as úlceras venosas e as fístulas do pé diabético são acompanhadas por alterações nos nódulos linfáticos regionais. As imagens linfocintigráficas revelaram dilatação do sistema linfático e aumento dos nódulos linfáticos após fracturas fechadas do perónio. No arco eferente da resposta, as coortes de linfócitos Treg são enviadas do nódulo para a ferida. As suas funções reguladoras estão a ser clarificadas. 1Department of Surgical Research & Transplantation, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland, 2The Norwegian Radium Hospital, Oslo, Norway, 3Department of Surgery, Limpopo University, Polokwane Campus, Polokwane, South Africa Introdução: Feridas abertas e fechadas provocam respostas do tecido linfóide regional. A questão é saber que tipo de reacção ocorre nos gânglios linfáticos e se ela reflecte eventos celulares e moleculares na ferida cicatrizável. Objectivo: Estudar os fenótipos das células na ferida e nos gânglios linfáticos drenantes após lesões primárias e secundárias na pele. Materiais e métodos: Grupo 1a. Ferida incisional no dorso da pata e suturação. Grupo 2a. Injecção subdérmica na pata de 108 Staph.epidermidis durante 6 dias. Grupo 3a. Fractura fechada da tíbia. Em todos os grupos, o período de acompanhamento foi de 7 dias. Grupo 1b. Ferida incisional seguida de outra incisão após 7 dias. Grupo 2b. Nova injecção de 108 Staph.epidermidis. Grupo 3b. Nova fractura da tíbia. Espécimes do local da lesão ou da injecção bacteriana e dos gânglios poplíteos e ilíacos foram retirados no 7º dia nos grupos 1a, 2a e 3a, e no 14º dia nos grupos 1b, 2b e 3b. Fenótipos de células infiltrantes e do gânglio linfático foram identificados com moAbs. Resultados: Grupos 1a, 2a, 3a: Pele da pata. Em todos os grupos, e 7 dias após a lesão primária, foram encontradas várias células (++) MHCII+, ED1+ e CD54+ na região subepidérmica ou no intervalo da fractura. Gânglios linfáticos. Foi observado, em todos os grupos, um aumento do peso dos gânglios linfáticos e da concentração celular. As células W3/25+, MHC II+, ED1+, HIS48+, OX7+ e OX62+ e CD54+ acumularam-se em folículos, paracórtex e medula. A percentagem de W3/25+CD25+ (células T reguladoras) não aumentou. Foi detectada uma elevada frequência de células B nos folículos e na medula. Grupos 1b, 2b, 3b. Todos os grupos mostraram ter significativamente menos infiltrados na pata e células coradas positivamente nos gânglios linfáticos. Conclusões: Não houve diferenças qualitativas nos infiltrados da pele e nos subtipos das células dos gânglios linfáticos, entre as lesões primárias e secundárias. Em alguns casos, a lesão secundária causou menos reacção inflamatória. O mecanismo da supressão local é estudado. P 35 P 36 O INTERVALO DE FRACTURA CICATRIZÁVEL E NÃO CICATRIZÁVEL E A REACÇÃO DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS DRENANTES CIRURGIA DE OCLUSÃO PLÁSTICA POR RETALHO CANCELADA E NOVE ÚLCERAS DE PRESSÃO FECHADAS DEVIDO AO USO DE PENSOS DE MEMBRANA POLIMÉRICA Waldemar L. Olszewski3, Grzegorz Szczesny2, Magda Gewartowska2, Andrzej Gorecki1, Zdzislaw A. Machowski4 Orthopedics and Traumatology, Med. Univ, Warsaw, Poland, 2Department of Surgical Research and Transplantology, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland, 3The Norwegian Radium Hospital, Oslo, Norway, 4Dept. of Surgery, Limpopo University, Polokwane Campus, Polokwane, South Africa Madeleine Stenius 1Department Rehab Station, Stockholm, Sweden Os danos de tecidos provocados por lesões mecânicas e por inflamação são seguidos pela resposta do tecido linfático regional. Mostrámos anteriormente que as lesões fechadas de ossos e tecidos moles provocam uma resposta perdurável do sistema linfático local. Introdução: Um homem de 30 anos, tetraplégico, sofreu, durante 18 meses, de úlcera de pressão de grau 4 na anca direita. A úlcera tinha 6,5 cm x 4 cm com uma cavidade de 3 cm. A cirurgia plástica de encerramento por retalho foi adiada devido à necrose e à infecção. Quando chegou ao Centro de reabilitação, apresentava, também, oito úlceras de pressão de grau 3 e uma fístula, com uma duração que oscilava entre os 6 e os 18 meses. Essas úlceras foram a consequência da espasticidade nas pernas, causada pela dor. Objectivo: O objectivo do estudo é o de verificar se as alterações histológicas nos tecidos danificados se podem reflectir nos gânglios linfáticos regionais. Objectivo: Limpar a úlcera de grau 4 na anca para que a cirurgia plástica de encerramento por retalho pudesse ser realizada. Materiais e métodos: Pacientes. O estudo foi efectuado com 25 pacientes, seleccionados aleatoriamente, com fractura dos ossos na parte inferior da perna e sem alterações traumáticas na pele. Foram qualificados para os grupos com união (grupo 1a,b) e sem união (grupo 2a,b). Obtiveram-se linfocintigramas de ambas as extremidades após a injecção subcutânea de 99mTc-Nanocol (3 mCi) no primeiro espaço da membrana. Doze pacientes com fractura da tíbia foram seleccionados aleatoriamente para a recolha de tecido do intervalo da fractura para estudos histoquímicos. Resultados. Linfocintigrafias. Grupo 1a. Sete meses após a lesão, os vasos linfáticos da barriga da perna eram 2,44±1,45 (p=0,01), os da coxa eram 2,17±1,41(p<0,05) e os gânglios inguinais eram 1,78±0,87 vezes (p=0,015) maiores na perna fracturada com união do que no membro contralateral. Grupo 2a. Trinta meses após a fractura, os vasos linfáticos da barriga da perna eram 0,43±0,24, (p=NS), os da coxa eram 0,86± 0,98 (p<0,05) e os gânglios inguinais eram 0,43±0,24 vezes (p=0,001) mais pequenos na perna sem união do que no membro contralateral. Histopatologia. Grupo 1b. Em todos os espécimes, foi observada uma estrutura multicelular com formação óssea dispersa. A coloração tricromática revelou a presença de depósitos de colagénio. As células CD68+ formaram focos. Foram vistas várias células HLA DR+, raras células T CD4 e CD8, e não foram detectados linfócitos B. Foram detectadas poucas células CD34. Foram vistos focos simples de elastase, BMP2 e colagénio II. Grupo 2b. Os espécimes eram, na maior parte, acelulares. Esporadicamente, foram observados focos de coloração de infiltrados mononucleares para HLA DR, CD68 e CD4. Conclusões: As fracturas cicatrizáveis são acompanhadas por um aumento dos gânglios linfáticos. A falta de resultados de cicatrização de fracturas é acompanhada por uma redução dos gânglios drenantes. Métodos: Os pensos de membrana polimérica proporcionam, frequentemente, um grande alívio da dor na ferida. Os pensos também contêm ingredientes que retiram substâncias de cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida para promover a rápida cicatrização, facilitando, simultaneamente, o desbridamento autolítico ao libertar as uniões entre o tecido desvitalizado húmido e a ferida. Estes pensos especiais fornecem humidade às feridas secas, ao mesmo tempo que absorvem o excesso de fluido. Em todas as cavidades, foram utilizados pensos de membrana polimérica de preenchimento cobertas com pensos de membrana polimérica. Os pensos foram mudados 3 vezes por semana. Ao paciente foi instituído um programa de alívio da pressão. Resultados: Todas as úlceras de grau 3 fecharam após quatro semanas de tratamento com os pensos de membrana polimérica. Após 2 semanas, a necrose e a infecção tinham sido resolvidas na úlcera de grau 4 inicial. Após 5 semanas, o falso trajecto estava preenchido e o tamanho da úlcera diminuiu para 6 x 2,6 cm. A cirurgia plástica de encerramento por retalho deixou de ser considerada necessária! Após 9 semanas de uso dos pensos de membrana polimérica, o paciente continuou o tratamento desta ferida em casa. Seis meses mais tarde, a úlcera de grau 4 estava fechada. Conclusões: Depois de sofrer várias úlceras de pressão durante ano e meio, a alteração do tipo de penso resultou num encerramento completo de todas as úlceras de grau 3 em 4 semanas. A úlcera de grau 4 fechou em 7 meses, tendo sido dispensada a cirurgia plástica. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 121 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 122 P 37 P 38 CICATRIZAÇÃO RÁPIDA DE ÚLCERAS DE PRESSÃO EM PESSOAS COM LESÕES VERTEBRO MEDULARES (LVM) PELA UTILIZAÇÃO DE PENSOS DE MEMBRANA POLIMÉRICA COMPARAÇÃO DO CRESCIMENTO DE TECIDO POR ENCERRAMENTO ASSISTIDO POR VÁCUO E POR PRESSÃO TÓPICA NEGATIVA. EXISTE ALGUMA DIFERENÇA? Madelaine Stenius Kathleen Leak Rehab station, Stockholm, Sweden Doncaster Royal Infirmary, Doncaster.South Yorkshire, United Kingdom Introdução: As úlceras de pressão são uma complicação comum em pessoas com lesões vertebro medulares. De acordo com a literatura, 50 a 80% dessas pessoas sofrem de úlceras de pressão a dada altura e 85% de todas as úlceras de pressão são causadas pela posição sentada. Objectivo: O objectivo é o de ver se existe alguma diferença na quantidade de tecido formado por estes dois sistemas usados na nossa prática. É um desafio encontrar um penso que não se mexa ou saia do lugar durante a transferência desses pacientes. A colocação de pensos em úlceras de pressão perto do recto é especialmente problemática. A cicatrização é frequentemente lenta e as infecções da ferida são predominantes. Objectivo: Ensinar os pacientes sobre técnicas de prevenção, dispositivos de alívio da pressão e como lidar com o corpo paralisado de forma a evitar o aparecimento de úlceras, além de ajudar a fechar as úlceras já existentes. Métodos: Utilizaram-se pensos de membrana polimérica, que são flexíveis com bordos macios, permitindo que se mantenham no devido lugar. Os pensos de membrana polimérica proporcionam um significativo alívio da dor da ferida e contêm ingredientes que retiram substâncias de cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida para promover a rápida cicatrização, facilitando, simultaneamente, o desbridamento autolítico ao libertar as uniões entre o tecido desvitalizado húmido e a ferida. Estes pensos únicos fornecem humidade às feridas secas, ao mesmo tempo que absorvem o excesso de fluido, pelo que são recomendados para feridas secas com tendões expostos, bem como para feridas com grandes quantidades de exsudado. Resultados: O alívio da pressão aliado ao uso de pensos de membrana polimérica resultou numa cicatrização mais rápida. As úlceras de pressão de grau 3 fecharam-se completamente em 4 a 6 semanas. Quando foram utilizados outros pensos modernos, a cicatrização demorou, de um modo geral, 2 a 3 vezes mais tempo. Além disso, as feridas tratadas com pensos de membrana polimérica apresentaram muito menos infecções. Os pensos de membrana polimérica também tendem a permanecer no lugar durante as transferências e adaptam-se bem, mesmo quando aplicados perto do recto. Conclusões: A mudança para os pensos de membrana polimérica teve como resultado uma drástica melhoria nas taxas de cicatrização nos pacientes com lesões vertebro medulares. Será que um destes sistemas permite obter tempos de cicatrização mais rápidos, menos dias de internamento e uma melhoria da qualidade de vida destes pacientes? Método: Em pacientes com feridas semelhantes ,foram utilizados ambos os sistemas de registo: o Sistema de Medição de Ferida’* para medir a diminuição do tamanho da ferida semanalmente, assim como o registo das informações verbais dos pacientes. A poupança de custos e a redução do número de dias no hospital serão também recolhidos com base nos registos dos pacientes. Também serão examinadas as observações documentadas. Resultados: Os resultados da redução do tamanho da ferida serão apresentados no formato gráfico e os custos serão realçados. Será utilizada uma ilustração comprovativa de forma a realçar a viabilidade tecidular e o conforto do paciente. Conclusão: Será discutida a razão pela qual um sistema foi escolhido na nossa instituição para manter as poupanças de custos que foram alcançadas e melhorar os cuidados aos pacientes. No estado actual do Serviço Nacional de Saúde, é imperativo que os especialistas em tratamento de feridas continuem a empenhar-se em trabalhar com as autoridades, a fim de poupar dinheiro e, ao mesmo tempo, proporcionar cuidados de qualidade. * Visitrak P 39 P 40 CONCEITO DE FORMAÇÃO DE UMA ACADEMIA CERTIFICADA NOS CUIDADOS Á PELE E TRATAMENTO DE FERIDAS EM PAÍSES DE LÍNGUA ALEMÃ TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA COM PENSOS HIDROCOLÓIDES Gerhard Kammerlander Verica Djuran, Milan Matic, Zorica Gajinov, Milana Ivkov Simic, Novak Rajic Academy Certified Wound Manager - Kammerlander-WFI, Embrach, Zurich, Switzerland Clinical center of Vojvodina, Dermatovenereological Clinic, Novi Sad, Serbia Objectivos: Hoje em dia, em países de língua alemã, verificamos um rápido desenvolvimento nos cuidados modernos aplicados às feridas. Por conseguinte, surgem diferentes conceitos de formação. Um dos primeiros programas e agora já oficializado, foi criado por uma Academia Privada Certificada. Actualmente, a aplicação de pensos hidrocolóides no tratamento de úlceras venosas da perna é considerada uma terapia padrão. A nossa investigação foi levada a cabo na Clínica Dermatovenereológica em Novi Sad. Todos os pacientes sofriam de úlceras venosas da perna. A etiologia arterial das úlceras foi excluída pela medição do índice de pressão tornozelo-braço (IPTB). Os pacientes foram divididos em dois grupos. No primeiro grupo (experimental), os pacientes foram tratados com o penso hidrocolóide* . Foi aplicado uma vez por semana durante 3 semanas consecutivas. Neste grupo, foram tratados 15 pacientes com um total de 19 úlceras venosas. No grupo de controlo, foram aplicados pensos com solução salina nas úlceras, durante três semanas, em 19 pacientes com 30 úlceras. No grupo experimental, a superfície média de todas as úlceras no início da terapia era 1521 mm2. Após a terceira semana, a superfície média de todas as úlceras era 1112 mm2 (uma diminuição de 26,89%). Em 5 casos, foi alcançada uma epitelização completa. No grupo de controlo, a superfície média de todas as úlceras no início da terapia era 3022 mm2. No final da experiência (21 dias), a superfície média de todas as úlceras era 2521 mm2 (uma diminuição de 16,57%). Em 5 casos, foi alcançada uma epitelização completa. No grupo experimental, a terapia foi prolongada por mais 5 semanas. Após esse período, notámos uma diminuição de 52,86% da superfície da úlcera. Em 7 casos, foi alcançada uma epitelização completa. Podemos concluir que a epitelização das úlceras venosas da perna foi mais rápida após a aplicação de pensos hidrocolóides do que após a aplicação de pensos de solução salina. Finalidade: Queremos introduzir este conceito. Explicaremos o desenvolvimento histórico, objectivos, grupo alvo, organização, estrutura formação, programa curricular, avaliação da qualidade e perspectiva. Métodos: Em cooperação com a Academia de Profissionais de Saúde da Sociedade Austríaca de Enfermagem e Saúde, a instituição propôs-se proporcionar formação em tratamento de feridas a profissionais. Resultados: Desde 1999, mais de 9000 participantes frequentaram um dos cursos de formação desta Academia. Em 4 níveis de qualificação, os profissionais de saúde interessados podem obter formação em tratamento de feridas e cuidados á pele. O programa curricular está harmonizado com a sociedade alemã para o tratamento e cicatrização de feridas. O programa de ensino é leccionado por cerca de 40 especialistas internacionais e tem uma orientação prática para permitir que os participantes possam transferir os seus conhecimentos aos seus pacientes de uma forma holística e profissional. Um objectivo importante é apoiar a valorização interpessoal e o trabalho de equipa entre os diferentes profissionais de saúde no tratamento de feridas. O curso é certificado nesta área de especialização pela TÜV Austria na Europa, em conformidade com a norma ISO 9001:2000. Desta forma, garante-se que a estrutura, o processo e a qualidade dos resultados correspondem à norma actual. Juntamente com a TÜV Austria, é alcançada a certificação individual. Isto garante que, em conformidade com um conjunto de regras internacionais de garantia de qualidade, a formação voluntária, regular e recorrente e a actualização por parte do graduado são aceites. *Suprasorb H® Conclusão: Nos países de língua oficial alemã, a Academia fornece um programa de formação de orientação prática bem estruturado sobre o tratamento de feridas. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 123 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 124 P 41 P 42 AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO ÁCIDOS GORDOS TÓPICOS HIPEROXIGENADOS* EM DIFERENTES PACIENTES COM FERIDAS VASCULARES ÚLCERA DA PERNA – UM PERCURSO DE 20 ANOS ATÉ À TERAPIA COMPRESSIVA Teresa Segovia Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho Hospital Puerta de Hierro, Madrid, Spain Centro De Saúde De Elvas, Elvas, Portugal Objectivo: Os ácidos gordos hiperoxigenados (AGH) demonstraram actuar na manutenção das propriedades da pele como barreira (hidratação, ambiente gorduroso, aumento da proliferação da epiderme e manutenção da função da pele como barreira contra a perda de humidade) e como melhoria da microcirculação no leito de capilares superficiais. O objectivo deste estudo é avaliar a eficácia do Ácidos gordos tópicos hiperoxigenados*, uma emulsão de AGH, Aloe barbadensis e Mimosa tenuiflora, no tratamento da pele perilesional e prevenção de recidivas em pacientes com feridas vasculares. Objectivo: Este trabalho tem como objectivo dar a conhecer um caso de úlcera de perna com 20 anos de evolução e cuja cicatrização foi possível após aplicação de Terapia Compressiva. Métodos: Concretamente, demonstrámos a experiência em 4 pacientes: Caso 1: Homem de 54 anos de idade, internado no hospital para estudo para transplante cardíaco e com veias varicosas. Caso 2: Homem de 64 anos com insuficiência cardíaca e venosa e ferida vascular activa. Caso 3: Homem de 44 anos com diabetes insulinodependente, obesidade, internado por hiperglicemia e com ferida vascular activa. Caso 4: Mulher de 64 anos com historial de úlceras varicosas. O Ácidos gordos tópicos hiperoxigenados* foi aplicado numa média de 2 vezes por dia. Resultados: Nenhum dos pacientes desenvolveu novas úlceras em pele saudável protegida com o produto e o mais importante de tudo foi o facto de os 4 terem melhorado os sintomas associados a úlceras vasculares, tais como: comichão, ardor, dor, coloração da pele, edema, maceração, eritema e secura da pele. Conclusões: Os nossos resultados demonstraram os benefícios da utilização sistemática desta emulsão de AGH, Aloe barbadensis e Mimosa tenuiflora (Ácidos gordos tópicos hiperoxigenados*), ao aliviar os sintomas anteriores de uma úlcera da perna (evita a secura da pele, reduz a comichão, ardor, eczema e a pele volta à sua coloração normal) e previne recidivas. *Mepentol® Leche Método: O estudo recorreu à identificação do caso clínico, assentou na pesquisa bibliográfica, em conhecimentos técnico-científicos e no registo fotográfico. Resultados: Os resultados obtidos neste estudo demonstraram a eficácia da Terapia Compressiva como componente fundamental do tratamento de úlcera da perna, traduzindo-se na cicatrização total de uma úlcera de perna com 20 anos de evolução após 6 semanas de tratamento. Discussão: A Terapia Compressiva demonstrou melhorias expressivas na qualidade de vida do utente e sua família nomeadamente na diminuição da dor, aumento da mobilidade e diminuição do isolamento social e permitiu ainda uma redução significativa de custos minimizando o impacto económico que esta patologia apresenta nos serviços de saúde. Este estudo é uma forma de dar a conhecer a terapia compressiva como técnica eficaz no tratamento da úlcera crónica da perna incentivando a sua implementação por outros profissionais. Referências: MIGUÉNS, Cristina – Estudo prospectivo da eficácia de um novo sistema de ligaduras – Revista Nursing, Ed. Portuguesa, nº 210, Mai/2006,Ano 16, p.24-27. PINA, E et al – Boas práticas no tratamento e prevenção das úlceras de perna de origem venosa - Gaif 2007, p.11-48 P 43 P 44 A QUALIDADE DE VIDA NUMA INFÂNCIA COM EPIDERMÓLISE BOLHOSA RESULTADOS DE UM ENSAIO CLÍNICO SOBRE SUBNUTRIÇÃO EM PACIENTES COM ÚLCERAS DA PERNA NA ALEMANHA Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho Centro De Saúde De Elvas, Elvas, Portugal Objectivo: O presente trabalho é resultado de um processo de prestação de Cuidados Globais de Saúde a uma criança de 9 anos, portadora de Epidermólise Bolhosa Distrófica e tem como objectivo dar a conhecer como o binómio Humanização/material de penso utilizado no tratamento das lesões que proporcionou uma melhoria irrefutável na qualidade de vida desta criança e sua família. Método: A metodologia baseou-se na pesquisa bibliográfica, mobilização e aplicação de conhecimentos e praticas técnico-científicas, registos fotográficos e transcreve as sensibilidades exteriorizadas pelas pessoas directamente envolvidas neste processo. Resultados: - Os resultados obtidos durante o período do estudo, foram inequivocamente positivos, uma vez que os testemunhos observados, aliados às características qualitativas do penso utilizado no tratamento das múltiplas lesões foram preponderantes para o êxito alcançado. Discussão: Acreditamos que este trabalho possa servir como testemunho pertinente, de um processo relacional desenvolvido sob uma perspectiva de Humanização. Os resultados obtidos provêm de uma correcta escolha e aplicação do material de penso utilizado que proporcionou a base de apoio para estas pessoas encararem as dificuldades diárias que advêm incessantemente desta realidade, alcançando assim, uma melhor qualidade de vida para todos eles. ROCHA, Maria João et al- Feridas uma arte secular – Avanços Tecnológicos no Tratamento de FeridasMinervaCoimbra, 2006, 2ª ed., p.13-23. Websites- www.debra- international.org, www.safetac.com Joachim Dissemond, Nadine Graue, Andreas Körber Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany As feridas crónicas ocorrem em 1-2% da população. Nos pacientes com mais de 80 anos de idade, a incidência sobe para 4-5%. A úlcera da perna é a ferida crónica mais frequente. Neste grupo etário mais afectado, a subnutrição desenvolve-se com mais frequência comparado com a população total. Por conseguinte, a coincidência de feridas crónicas e a subnutrição assume uma coerência potencial. Nesta investigação clínica, os dados avaliadores do estado nutricional de pacientes com úlceras crónicas da perna, derivados de exames clínicos, historial médico e testes laboratoriais, aumentaram na Alemanha pela primeira vez. Durante um ano, examinámos 41 pacientes com uma média de idades de 67,7 anos. Entre outros, analisámos parâmetros como o índice de massa corporal, a diabetes, a dieta, a ingestão de suplementos nutricionais, o consumo de nicotina e álcool, os níveis de vitaminas no sangue, elementos vestigiários, lípidos e HbA1c. Empregámos ainda o questionário MNATM para a subnutrição. 80% dos pacientes eram obesos; 24% do grupo em questão sofria de diabetes. O questionário MNATM indicou subnutrição em 27,3% dos pacientes. Encontraram-se níveis reduzidos de vitamina C (41,5%), vitamina E (20%), selénio (57,5%) e zinco (25,6%) no soro. A insuficiência de proteínas ou albumina foi evidente em apenas um paciente. Em conclusão, foi raro conseguirmos analisar a subnutrição de forma quantitativa, ao passo que a análise qualitativa foi mais frequente. Por conseguinte, pretendemos divulgar que, mesmo em pacientes obesos com úlceras crónicas da perna e nas cicatrizações de feridas refractárias à terapêutica, a avaliação do estado nutricional pode ser importante. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 125 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 126 P 45 P 46 ÚLCERAS REFRACTÁRIAS À TERAPÊUTICA NUM PACIENTE COM OXALOSE PRIMÁRIA TIPO I PARA ALÉM DO MRSA – AUMENTO DA PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM ÚLCERAS CRÓNICAS DA PERNA NA ALEMANHA RELATIVAMENTE AOS RESULTADOS OBTIDOS HÁ 5 ANOS Andreas Körber, Uwe Hillen, Eirini Brokalaki, Joachim Dissemond Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany Reportamos acerca de um paciente do sexo masculino, com 55 anos de idade, com oxalose primária tipo I e um historial de diálise de 8 anos. Este paciente queixou-se, há 6 meses, de um conjunto de várias úlceras estranhas e dolorosas. Todas as úlceras encontravam-se localizadas nos membros inferiores. Na pele circundante, podia ver-se uma hiperpigmentação não homogénea e livedo de aspecto estranho. A análise histológica de uma biopsia confirmou o diagnóstico de oxalose primária devido à distribuição típica em forma de estrela dos cristais de oxalato. A oxalose tipo I é uma doença rara autossómica recessiva e hereditária com um defeito enzimático na via metabólica do ácido oxálico. O resultado é a acumulação de oxalatos nos rins e noutros órgãos. A ocorrência de exulceração cutânea devido à acumulação de oxalato na pele é uma situação rara e pouco descrita na literatura actual. Essas úlceras, extremamente dolorosas, ocorrem tipicamente nos membros inferiores. Até agora, não foi possível fazer terapia causal. Por conseguinte, a transplantação combinada do fígado e do rim é a terapia de eleição para os pacientes com oxalose primária. A úlcera descrita neste paciente mostrou melhorias com a moderna terapia de feridas, recorrendo-se a um desbridamento cirúrgico e a uma terapia tópica com hidrogel de polihexanida com um alginato, mas o paciente ainda se encontra à espera da transplantação do fígado e do rim. Andreas Körber, Joachim Dissemond Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany No nosso estudo retrospectivo, examinámos a colonização bacteriana de úlceras de perna crónicas entre Janeiro e Dezembro de 2007. No total, foram avaliados 98 pacientes com 105 úlceras da perna. 39 pacientes eram do sexo feminino e outros 39 do masculino. A média de idades era de 64,9 anos. Conseguimos detectar e isolar 186 bactérias e fungos e 25 espécies diferentes de bactérias. As bactérias mais comuns eram o Staphylococcus aureus (n=58), a Pseudomonas aeruginosa (n=34) e o Proteus mirabilis (n=17). Em 10 pacientes, verificou-se a colonização com MRSA (10,2%). Em 6 pacientes, não se detectou qualquer colonização bacteriana. Há 5 anos, já se tinha realizado uma avaliação comparativa na nossa instituição. Nessa altura, detectaram-se mais colonizações com MRSA (21,5% vs. 10,2%) e menos de Pseudomonas aeruginosa (24,1% vs. 34,7%). Os resultados da nossa investigação mostram o actual espectro da colonização bacteriana em pacientes com úlceras de perna crónicas no Centro de feridas de uma universidade alemã relativamente aos resultados obtidos há 5 anos. Detectámos um desvio das espécies bacterianas gram-positivas para as gram-negativas. Após a implementação de algumas medidas higiénicas, foi-nos possível reduzir a proporção de pacientes com MRSA. No entanto, observámos agora um drástico aumento na colonização de Pseudomonas aeruginosa. Assim sendo, para além do bem conhecido MRSA, gostaríamos de chamar a atenção, de forma prospectiva, para o significado potencialmente problemático da existência da espécie Pseudomonas em pacientes com úlceras da perna. P 47 P 48 TERAPIA BEM SUCEDIDA COM IMUNOGLOBULINAS INTRAVENOSAS NUMA ÚLCERA DA PERNA DERIVADA DE UMA DOENÇA DE CROHN METASTIZADA ULCERATIVA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DA QUALIDADE DO RESULTADO DA MEDIÇÃO DE FERIDAS, EM POPULAÇÕES COM DIFERENTES FORMAÇÕES Andreas Körber, Uwe Hillen, Joachim Dissemond Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany A doença de Crohn é uma doença idiopática, uma inflamação crónica dos intestinos, de ainda etiologia desconhecida. Afecta tipicamente o íleo, mas, potencialmente, também todo o tracto gastrointestinal. Entre outras manifestações extra-entéricas, como o eritema nodoso ou o pioderma gangrenoso, existem alguns relatos de uma manifestação cutânea ulcerativa na doença de Crohn. Reportamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 18 anos de idade, com um historial de 5 anos de doença de Crohn e uma terapia imunossupressora estável com Azatioprina e Prednisolona. Este paciente descreveu um eritema inicial espontâneo com tumefacção do membro inferior direito e sucessiva exulceração no decurso da doença. Tratamentos anteriores com regimes de antibióticos e imunossupressores não causaram efeitos terapêuticos. Até mesmo uma moderna terapia de ambiente húmido na ferida não foi bem sucedida. Na sua primeira visita ao nosso departamento, apresentava uma úlcera da perna com aspecto fibrinoso e necrótico, com 3 cm de profundidade, 6x4 cm de diâmetro e bordos lívidos. Os resultados histológicos da biopsia confirmaram o diagnóstico de uma manifestação extraintestinal da doença de Crohn. Devido ao fracasso das terapias anteriores, iniciámos uma terapia de imunomodelação com imunoglobulinas intravenosas (iGIV). Pouco depois da primeira infusão terapêutica, os bordos lívidos desapareceram. Nas semanas seguintes, detectámos a formação de uma granulação e o início da reepitelização da úlcera da perna. Após 4 administrações de iGIV, tivemos de alterar o conceito terapêutico para o Infliximab devido aos elevados custos, mas a anterior úlcera da perna refractária à terapêutica continuou a demonstrar uma boa tendência de cicatrização. A doença de Crohn extraintestinal ulcerativa é uma manifestação cutânea de difícil tratamento e muito pouco descrita. A terapia conduzida com iGIV é uma estratégia inovadora mas cara, com poucos efeitos secundários, que pode ser testada especialmente em pacientes com uma doença de Crohn intestinal bem tratada. Andreas Körber, Joachim Dissemond Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany Contexto: A documentação de feridas crónicas é efectuada, na prática, por diferentes grupos profissionais com uma discrepância enorme de conhecimentos. O objectivo da nossa investigação era o de avaliar as diferenças em termos de qualidade e de reprodução em 5 populações definidas. Materiais e métodos: Os constituintes da população eram especialistas, médicos, enfermeiros de lares, enfermeiros de hospitais e leigos. Todos eles tinham de avaliar os parâmetros basicamente necessários da cicatrização de feridas em comparação com um recém criado sistema de medição de feridas que recorre a um computador colorimétrico a duas dimensões, utilizado pela primeira vez numa investigação clínica. Resultados: Os resultados do nosso estudo demonstram que a avaliação de diferentes parâmetros de cicatrização de feridas por diferentes populações é alvo de enormes variações. No conjunto, detectámos um desvio inesperado entre os dados medidos digitalmente e os dados avaliados pelas diferentes populações. A estimativa da superfície da ferida e os detalhes da sua camada externa mostram diferenças em parte maiores do que 100%. Verificou-se que a avaliação do comprimento, largura, superfície da ferida, infecção e a fase da ferida depende bastante da formação da população em questão. Os resultados foram reproduzidos de forma estável, mas com praticamente o mesmo erro. Conclusão: Os resultados do nosso estudo revelam que a experiência é um factor importante para a boa qualidade da medição de feridas, mas que a avaliação da camada exterior não deveria ser feita visualmente. Por consequência, é necessário ter um suporte técnico para a documentação fiável sobre feridas, tais como fotografias digitais e sistema de medição. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 127 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 128 P 49 P 50 PILARES DA CICATRIZAÇÃO PARA FERIDAS TRAUMÁTICAS. SETE ANOS DE EXPERIÊNCIA ESTRATÉGIAS DE COPING UTILIZADAS PELOS PACIENTES COM FERIDAS CRÓNICAS OU COMPLEXAS Carmen Elena Ruiz Henao Jori Vermeiden, Louk P. Van Doorn RN MA ANP, Pascal Steenvoorde MD MSc Phd, J. Oskam MD Phd 1Fremap, 3Hospital Madrid, Spain, 2Practice Private, Madrid, Spain, Pablo Tobón Uribe, Medellín, Colombia Objectivo: Mostrar que os pilares da cicatrização, que foram inicialmente definidos para tratar feridas crónicas, são aplicáveis a qualquer tipo de ferida, mesmo as traumáticas (acidentes, ferimentos de bala, queimaduras e feridas de minas antipessoal). No entanto, este modelo não está completo porque é continuamente afectado pelo progresso do conhecimento biomolecular de feridas. Métodos: Como resultado da minha experiência clínica e cirúrgica, tenho observado que a aplicação de vários princípios de tratamento simples, com um protocolo definido, que foram iniciados no final da década de 90, tomou forma como a “Preparação do leito da ferida”. Apliquei-os diariamente a todas as feridas que tratei. É o chamado “The Pillars of Healing” (os pilares da cicatrização, mais tarde conhecido por TIME). Inicialmente, eram 4 os pilares – Desbridamento, Equilíbrio bacteriano, Tratamento do exsudado e Tratamento do edema – mas hoje acrescentaria um 5º pilar, o Suporte. Com este tratamento, conseguia fazer a preparação do leito da ferida para que o encerramento definitivo da mesma ocorresse por uma das seguintes formas: encerramento por 2ª ou 3ª intenção, encerramento primário tardio e utilização de enxertos ou retalhos. O método foi aplicado a todos os pacientes tratados nas urgências, no bloco operatório, nos consultórios ou nas salas de tratamento dos hospitais. Foi organizado um registo com dados clínicos e fotográficos. Vou apresentar 50 casos de todos os que vi até agora, com diferentes tipos de traumas, desde pequenos cortes a ferimentos causados por minas antipessoal. Resultados: A evolução dos pacientes foi satisfatória, mesmo aplicando o método tradicional de tratar as feridas (limpeza com soluções à base de iodo e utilização de gazes e ligaduras), que prepara o leito das feridas para que estas, por fim, se possam cobrir. Este tratamento, não estando normalizado, implica que a opinião subjectiva de cada pessoa a tratar da ferida se torne o tratamento habitual. É possível que o resultado fosse o mesmo que no tratamento tradicional, mas o que vemos nesta forma de tratar a ferida é: o tratamento racional pode ser aplicado em locais com poucos recursos, reduz o número de tratamentos, encurta o tempo de estadia no hospital, melhora a qualidade e é mais rentável. Discussão: O tratamento de feridas agudas ou crónicas pode ser normalizado, tendo como base o tratamento holístico do paciente. Quando se tratam feridas desta forma, o leito da ferida é preparado para que as pessoas responsáveis pelo tratamento não se sintam frustradas com os resultados frequentemente desanimadores. Rijnland Hospital Leiderdorp, Leiderdorp, Netherlands Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de conhecer melhor as estratégias de coping utilizadas pelos pacientes com feridas crónicas complexas. Os aspectos psicossociais desempenham um papel importante no processo de cicatrização de uma ferida. Ter uma ferida pode causar uma situação de stress no paciente e no seu ambiente. Método: Foi utilizada a Utrecht Coping List (UAL) para observar as estratégias de coping utilizadas pelos pacientes com feridas crónicas complexas. Esta lista é constituída por 47 perguntas divididas em sete escalas diferentes, cada uma representando uma estratégia de coping. Foi utilizado o Mini-Mental State Examination (MMSE) para avaliar a função cognitiva dos pacientes. Para este estudo, foram seleccionados aleatoriamente quarenta pacientes. Os diagnósticos estavam divididos em cinco grupos diferentes: úlceras diabéticas, úlceras venosas, feridas cirúrgicas, úlceras de pressão e feridas traumáticas. Resultados: Tanto os valores nos homens (n=18) como nas mulheres (n=11) diferem do grupo normativo da UAL. Em média, os pacientes com úlceras diabéticas obtiveram os valores mais baixos nas escalas, enquanto que os pacientes com úlceras venosas da perna obtiveram os valores mais altos. Foi encontrada uma diferença óbvia nos resultados do MMSE e na estratégia de coping utilizada. Conclusão/discussão: Com base neste estudo, podemos afirmar que os pacientes participantes possuíam estratégias de coping diferentes. Para melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes, poderia ser dado maior apoio psicossocial por parte dos médicos. É necessário realizar mais investigações para que se possa afirmar que estratégias de coping específicas têm uma influência positiva na cicatrização de feridas. P 51 P 52 PROJECTO DE TRATAMENTO DE FERIDAS: RELATÓRIO DA ANÁLISE INICIAL DE UMA AUDITORIA DISTRITAL ÀS PRÁTICAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS, TENDO EM CONTA AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE E OS TIPOS DE FERIDA FORNECER EVIDÊNCIAS PARA A PRÁTICA: UMA FILOSOFIA PARA AS UNIDADES DE TRATAMENTO DE FERIDAS Kathryn Vowden, Peter Vowden Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust & University of Bradford, Bradford, West Yorkshire, United Kingdom Objectivos: Avaliar e rever a carga de trabalho actual, os dados demográficos dos pacientes e as práticas de tratamento de feridas nos sectores de cuidados primários, secundários e independentes numa população de várias etnias. Métodos: Foi concebida uma ferramenta de auditoria estruturada, a qual foi distribuída a todos os prestadores de cuidados de saúde na área geográfica definida pelos limites de influência do recém criado centro de cuidados de saúde primários de Bradford e Airedale, que abrange uma população de cerca de 500.000 habitantes, e que incluía dois prestadores de cuidados agudos (Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust e Airedale General Hospital Trust). Para assegurar uma cobertura adequada, foram distribuídos 4000 formulários. Foram utilizadas equipas de apoio da Unidade de Tratamento de Feridas para validar os dados inseridos e visitar todos os sectores de cuidados agudos e casas de saúde. Uma equipa de cuidados primários apoiou a recolha de dados na comunidade. Resultados: Foram devolvidos 1735 formulários. Foi registado um total de 2620 feridas com uma média de 1,51 feridas por paciente (H: 731, M: 980, D: 24) e uma média de idades de 68,4 anos (H: 62,9, M: 72,5). Os dados etnográficos demonstraram 1470 europeus, 150 asiáticos, 21 de outras etnias e 92 desconhecidos, o que contrasta bastante com as características conhecidas da população da área, onde perto de 19% são de origem asiática. A média de idades da população asiática com feridas (42,2 anos) foi bastante inferior à do grupo europeu (71,3 anos). Foram registadas 556 feridas (32%) nos centros de cuidados agudos (contexto de internamento e ambulatório), 196 (11,3%) em casas de saúde e as restantes 983 (56,7%) na comunidade. 335 pacientes eram diabéticos (19,3%). Os resultados demonstraram 827 (48%) feridas agudas, das quais 286 (35%) devido a trauma, 481 (28%) úlceras da perna e 363 (21%) úlceras de pressão; os restantes 3% representaram outros tipos de feridas. A maioria dos pacientes (1193) possuía apenas uma ferida, enquanto que 191 pacientes (11%) possuíam 3 ou mais feridas. Discussão: Apesar de a análise se encontrar ainda nas etapas iniciais, esta auditoria demonstrou uma prevalência de feridas na população asiática mais baixa do que o esperado. Embora haja algumas semelhanças com os dados obtidos numa auditoria semelhante levada a cabo em Hull, também existem diferenças que requerem uma análise mais aprofundada. Kathryn Vowden1, Janet McGowan2, Peter Vowden1 1Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust & University of Bradford, Bradford, West Yorkshire, United Kingdom, 2Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust, Bradford, West Yorkshire, United Kingdom Objectivo: Demonstrar que a prática baseada em evidências apoiou o tratamento de feridas no contexto de uma prática de tratamento de feridas multidisciplinar e multiorganizacional. Métodos: Realizou-se uma análise dos métodos de tratamento actuais e da correspondente estrutura organizacional dos serviços de tratamento de feridas num centro de cuidados agudos. A análise foi realizada com base nas fontes de informação geradas internamente, que informaram sobre a prática e permitiram a criação dos formulários e da política de tratamento de feridas. Esta análise foi então alargada para estudar a estratégia de formação universitária e interna e as comunicações externas, como publicações igualmente provenientes da unidade de tratamento de feridas. Resultados: Os dados de referência demonstraram que a unidade prestava cuidados de forma directa ou em parceria com serviços de apoio, internamente em todo o centro e externamente em todo o distrito, prestando cuidados efectivamente do início ao fim da vida. As evidências que apoiavam a prática foram geradas a partir de uma série de fontes, incluindo a investigação levada a cabo na unidade e a avaliação científica dos produtos, utilizando ferramentas de avaliação reconhecidas. A eficácia e a implementação foram auditadas, tendo-se procurado obter as opiniões dos pacientes através de grupos de foco. A análise das apresentações e publicações externas demonstrou que a unidade alargou a sua influência na prática baseada em evidências ao nível nacional e internacional. Conclusão: A prática baseada em evidências permite aos profissionais de saúde prestar cuidados de saúde eficazes e responder a questões sobre estes cuidados de saúde num quadro analítico e de avaliação. A análise da actividade da unidade sugere que a nossa unidade consegue gerar evidências através da investigação e justificar a inclusão de produtos de tratamento de feridas num formulário baseado nas evidências da eficácia. Esta estrutura apoia uma estratégia de formação local e permite uma troca de informações mais abrangente através de apresentações e publicações de análise pelos pares. D = Desconhecido A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 129 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 130 P 53 P 54 AS FERIDAS PROFUNDAS NÃO SÃO UMA CONTRA-INDICAÇÃO PARA A UTILIZAÇÃO DA MEC OS PRODUTOS DE MATRIZ EXTRACELULAR TÊM MENOS CONTRA-INDICAÇÕES DO QUE AS REPORTADAS ANTERIORMENTE Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands Objectivo: A reepitelização após o desbridamento e granulação bem sucedidos pode ser a parte mais difícil do processo de cicatrização da ferida. Os produtos de matriz extracelular são uma solução possível. Contudo, têm sido apresentados vários critérios de exclusão em estudos sobre a eficácia da matriz extracelular nas feridas. Uma destas contra-indicações é a profundidade da ferida. Num estudo, explorámos as contraindicações da MEC utilizada. Objectivo: A reepitelização após o desbridamento e granulação bem sucedidos pode ser a parte mais difícil do processo de cicatrização da ferida. Os produtos de matriz extracelular são uma solução possível. Contudo, têm sido apresentados vários critérios de exclusão em estudos sobre a eficácia da matriz extracelular nas feridas. O presente estudo destina-se a explorar as contra-indicações. Métodos: Foram tratados 31 pacientes com feridas crónicas com um produto de MEC. Não foram seguidos os critérios de exclusão indicados na literatura. As feridas foram definidas como superficiais se afectassem apenas as camadas da epiderme ou da derme. Se afectassem o tendão, osso ou articulação, eram definidas como feridas profundas. Métodos: 38 pacientes com feridas totalmente desbridadas e granuladas foram tratados com aplicações semanais de MEC. Não foram seguidos os critérios de exclusão indicados na literatura. Se o tivessem sido, mais de 75% dos pacientes teriam sido excluídos. Foram registadas algumas características de pacientes e de feridas que poderiam influenciar o resultado. Resultados: Das 31 feridas, 18 (58,1%) eram superficiais. 14 feridas (77,8%) obtiveram bons resultados no tratamento com MEC, 4 (22,2%) não foram bem sucedidas. Resultados: Em 76,3% (n = 29) dos pacientes, observou-se um resultado benéfico. As duas principais complicações detectadas foram a infecção e hipergranulação. A infecção foi detectada em 8 Em 12 feridas (38,7%),o tendão, o osso ou a articulação estava visível. Em 83,3% (n=10) das feridas, observou-se um resultado benéfico, 16,7% (n=1) não foram bem sucedidas. Perdeu-se o rasto a 1 paciente. pacientes (21%). 50% (n=4) tiveram um resultado bem sucedido. O tecido de hipergranulação apareceu noutros 10 pacientes (26,3%) após um par de aplicações. Todos tiveram um bom resultado. Conclusão: Os nossos resultados mostram que a profundidade da ferida não tem uma influência negativa no resultado. Por conseguinte, a profundidade da ferida não deve ser considerada uma contra-indicação para a utilização da MEC em feridas crónicas. Contudo, devido à dimensão da nossa população, não podem ser retiradas conclusões definitivas. Serão necessárias mais investigações para fornecer informações adicionais sobre as (contra-) indicações da utilização da MEC. Discussão / Conclusão: A maioria dos pacientes deveria ter sido excluída, de acordo com a literatura. Contudo, no nosso grupo, 76,3% dos pacientes tiveram um resultado bem sucedido. A infecção deveria ser a única contra-indicação absoluta para iniciar o tratamento com MEC e é uma boa razão para descontinuar o tratamento. O tecido de hipergranulação (26,3%) é uma complicação de fácil tratamento, sem influenciar negativamente o resultado. 71% das feridas não tiveram qualquer complicação ou tiveram problemas que foram facilmente tratados e que não influenciaram negativamente o resultado. Os produtos de matriz extracelular têm menos contraindicações do que as reportadas anteriormente e podem ser usados numa população mais vasta do que aquela que se pensava até agora. P 55 P 56 SERÁ POSSÍVEL PREVENIR O APARECIMENTO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO MELHORANDO OS CUIDADOS PESSOAIS E DURANTE O BANHO? LIMPEZA DA FERIDA: PAPEL DA POLIHEXANIDA NA PREPARAÇÃO DO LEITO DA FERIDA João Gouveia João Gouveia, António Seco, Fernanda Inglês C. S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal C. S. Pampilhosa Serra, p. Serra, Portugal Introdução: Este estudo pretende comparar a eficácia da utilização de uma gama de produtos para todos os tipos de cuidados pessoais em comparação com o uso de sabão e água. Objectivo: Avaliar a efectividade da polihexanida na limpeza do leio da ferida em feridas difíceis de cicatrizar. Materiais e métodos: Este é um estudo prospectivo, descritivo, com selecção aleatória e um grupo de controlo. Seleccionámos aleatoriamente 50 pacientes de cada grupo: um a seguir os cuidados normais (sabão e água) e o outro a usar produtos especiais para cuidados da pele. Todas as outras intervenções foram mantidas sem alteração (virar o paciente, superfícies de suporte, etc.). A selecção aleatória foi feita em grupos de 5 indivíduos e foi efectuada pelo investigador principal. Os pacientes foram acompanhados durante um período de 21 dias e avaliados nos dias 0, 7, 14 e 21 no que se refere à fragilidade, aspecto geral, tonicidade, cor e hidratação. Os locais avaliados foram a escápula, calcanhares, maléolos, sacro e trocânter. Resultados:: Estatisticamente, não houve diferenças significativas entre os grupos no que se refere ao sexo, idade e uso de superfícies de suporte. Reparámos que o grupo de intervenção apresentou melhores resultados do que o grupo que usou produtos clássicos, com diferenças significativas em todos os aspectos de avaliação logo no primeiro dia e em todos os locais avaliados. Relativamente à incidência de úlceras de pressão, verificámos que a incidência do grupo de intervenção era de 10%, contra 50% no grupo de cuidados clássicos. Discussão: A utilização de sabão tem sido aconselhada pelos profissionais. No entanto, podemos afirmar que o banho é a altura de iniciar os cuidados preventivos com produtos para os cuidados pessoais que apresentem melhores resultados e que sejam rentáveis (menos úlceras de pressão e mais satisfação). Método: Em termos de metodologia, foram escolhidos 3 casos considerados de difícil limpeza do leito da ferida, em que era sistemática a presença de detritos sob a forma sólida, sendo a sua remoção difícil com utilização de soro fisiológico estéril ou água potável corrente. Assim, foram incluídos em estudo uma úlcera de perna de origem traumática em paciente diabética tipo 1, uma ferida em pé diabético neuro-isquémico e uma ferida neuropática atípica em pé diabética, multiresistente a vários tratamentos anteriores. Foi obtido consentimento informado de todos os pacientes avaliados. Resultados: Em todos os casos onde foi aplicada polihexanida, foi possível atingir os objectivos a que a equipa multidisciplinar se propôs, variando desde o óptimo até ao excelente. Em todos os casos aplicados, foi possível observar o desaparecimento de detritos ou tecido desvitalizado, que impediam o processo cicatricial de prosseguir com o seu decurso normal, sendo este tipo de tecido substituído por tecido de granulação, significativo da não agressividade da polihexanida para com este tipo de tecido. Mais ainda, não foi nunca referido por qualquer paciente uma situação de dor ou intolerância para com o tratamento instituído, referindo mesmo ser menos agressivo que outros utilizados anteriormente. Conclusão: Este produto, utilizado especificamente para a limpeza da ferida, demonstrou ser muito eficaz em termos da gestão de detritos e quantidade de tecido desvitalizado presente no leito da ferida, no período que medeia a mudança de pensos, variando entre resultados muito satisfatórios a excelentes. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 131 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 132 P 57 P 58 TERAPIA DE CICATRIZAÇÃO EM AMBIENTE HÚMIDO: A CAMINHO DO SUCESSO FERIDAS INFECTADAS: HAVERÁ MUNDO PARA LÁ DA PRATA E IODO? João Gouveia João Gouveia C. S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal C. S. Pampihosa Serra, P. Serra, Portugal Objectivos: Avaliar a eficácia da utilização de um penso de poliuretano não adesivo no tratamento de feridas de difícil cicatrização. Objectivos: Avaliar a possibilidade de um novo tipo de material poder vir a representar mais uma alternativa no tratamento de feridas infectadas, permitindo assim alargar as opções terapêuticas ao dispor dos profissionais de saúde. Método: Foram escolhidos 3 pacientes com feridas de difícil cicatrização (pé diabético, úlcera de perna e úlceras de pressão), em que foi opinião dos profissionais de saúde aplicar um penso de poliuretano não adesivo devido a várias questões ligadas a factores como sejam a possibilidade de maceração dos bordos devido ao adesivo do penso e má gestão do exsudado. Resultados: Os resultados atingidos excederam em muito as expectativas, com cicatrização total atingida em todos os casos em que foi aplicado o penso de poliuretano não adesivo, em situações em que antes outros produtos tinham falhado. Mais ainda, os períodos de mudança de penso puderam ser espaçados a períodos mais ou menos regulares de 4/5 dias, sem intercorrências negativas que pudessem daí advir. Conclusão: Este novo penso hidropolímero não-adesivo representa uma mais valia efectiva, que abre excelentes perspectivas, com uma facilidade de aplicação notável, e com maior rapidez de cicatrização relativamente a aos períodos de tempo anteriormente obtidos no nosso serviço com este tipo de produtos. Todavia, pelo facto dos tempos de cicatrização terem sido substancialmente diminuídos, o material de penso poder ser cortado e tendo sido obtido sempre o resultado final de “cicatrização total”, parece-nos que o penso hidropolímero em causa poderá proporcionar uma boa relação custo- eficácia. Método: Foram escolhidos 2 paciente portadores de feridas com sinais clínicos de infecção (úlceras de pressão), onde foi realizada a aplicação diária de um penso hidrofóbico, durante um período de 14 dias, com registo fotográfico diário da evolução cicatricial, tendo sido avaliados parâmetros como presença de sinais clínicos de infecção e maceração dos bordos. Foi obtido o consentimento informado e esclarecido. Resultados: Ambas as feridas evoluíram positivamente, com desaparecimento gradual dos sinais de infecção e melhoria substancial do processo cicatricial da ferida. O combate à infecção foi-se desenvolvendo de forma sustentada, com desaparecimento inicial do cheiro e exsudado purulento, seguido dos bordos inflamados e macerados. O sangramento normalmente associado a uma situação de infecção desaparece ao fim de 4 dias. Conclusão: Este material de penso, que abordamos ao longo deste artigo, reúne todas as condições para pertencer ao conjunto de recursos ao dispor para aplicação em feridas infectadas, abrindo perspectivas de que existe mais mundo para lá da prata e do iodo, mas sendo desejável a realização de outro tipo de estudos mais robustos para comprovar a sua eficácia clínica neste e noutro tipo de feridas. P 59 P 60 A IMPORTÂNCIA DOS PENSOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS DURANTE A REABILITAÇÃO APÓS UMA ARTROPLASTIA DO JOELHO. RESULTADOS DE UM ESTUDO COMPARATIVO VERSUS PENSOS TRADICIONAIS UTILIZAÇÃO DE UM PRODUTO À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO PARA A PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO C Barrera, M Oller, JM Muniesa, C Cinca, M Piqueras, MJ Gili João Gouveia, Maria Carreira, Diana Cruz, Maria Carvalho, Elisabete Gomes, Manuel Ferreira, Valdemar Cruz, Dulce Menezes Hospital de l’Esperança, Barcelona, Spain 1C. Objectivo: O objectivo deste estudo é o de comparar a eficácia dos pensos hidrocolóides e dos pensos tradicionais no tratamento, durante o período de reabilitação, das feridas pós-operatórias derivadas de uma artroplastia do joelho. Objectivo: Avaliar a eficácia de um produto de óxido de zinco na prevenção de úlceras de pressão. Métodos: Foram seleccionados aleatoriamente 250 pacientes para usarem pensos tradicionais (grupo de controlo) ou pensos hidrocolóides. Os pacientes integraram o estudo após terem tido alta e antes de iniciarem a reabilitação. Os critérios de exclusão foram: feridas infectadas e intolerância aos pensos. Os resultados avaliados foram: qualidade da cicatrização, estado da pele, mudanças de penso e conforto do paciente. Os dados foram analisados com os testes estatísticos Chi-quadrado, t-Student e UMann Whitney. Foi também efectuada uma avaliação financeira para determinar o custo comparativo de ambas as intervenções. Resultados: Todos os pacientes foram incluídos na análise com características iniciais semelhantes. A idade média dos pacientes era de 72,9 anos. Foram detectadas diferenças estatisticamente significativas, a favor do grupo experimental, nos seguintes resultados: eritema (p=0,001), higiene corporal (p<0,001), dor durante a flexão (p=0,012), satisfação com o tratamento (p=0,037) e número de mudanças de penso (p<0,001). O custo dos pensos tradicionais foi de 8,9 versus 5,8 euros para os pensos hidrocolóides. Conclusões: Este estudo mostra as vantagens dos pensos hidrocolóides no tratamento de feridas cirúrgicas durante o período de reabilitação. Além disso, relativamente aos pensos tradicionais, este regime é mais rentável. Referências: - Navarro-Collado MJ, Peiró S, Trénor-Gomis C, Ruiz-Jareño L, Pérez-Igualada A, Guerola-Soler N. Factors related to functional outcomes and quality of life after knee Arthroplasty. Med Clin (Barc). 2000; 114(7):250-4. S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal, 2H.D.F.F., Fig. Foz, Portugal Materiais e métodos: Este estudo é prospectivo, experimental, não comparativo e sem selecção aleatória. Foram avaliados 31 pacientes com elevado risco de desenvolvimento de úlceras de pressão. O estudo teve lugar em 2 enfermarias, entre Abril e Agosto, e consistiu na avaliação de 4 localizações anatómicas (trocânter, sacro, calcanhares, maléolos e escápula) relativamente à tonicidade, hidratação, estado geral e fragilidade. O produto foi aplicado uma vez por turno e as avaliações foram registadas nos dias 0, 7, 14 e 21, altura em que o paciente foi dispensado do estudo. Resultados: A população era essencialmente do sexo masculino (51,6%), com uma idade média de 78,9 anos e só 40% tinha acesso a superfícies de suporte. A média de vezes que os pacientes foram virados durante o turno das 8 às 24 horas foi de 3,3 viragens de dia e 1,48 viragens de noite. O tempo médio para virar um paciente foi de 5,9 minutos/viragem e o tempo médio para aplicar o produto de óxido de zinco foi de 6,29 minutos por aplicação (uma vez por turno). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os diferentes locais anatómicos. A incidência de úlceras de pressão foi de 9,8, abaixo da média de 11,18 para a população portuguesa. De referir que o risco de desenvolvimento de úlceras de pressão em todos estes pacientes era bastante elevado. Na avaliação do custo, chegou-se à conclusão de que 97,8% dos custos estavam relacionados com o tempo de enfermagem e que o produto representava apenas 2,19% do custo total. Conclusões: A prevenção das úlceras de pressão tem ainda um longo caminho a percorrer e os profissionais de saúde devem estar atentos a todas as novas aplicações de produtos antigos que provaram ser eficazes. Desta forma, poderemos alcançar melhores cuidados, com melhores resultados, sem aumentar os custos. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 133 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 134 P 61 P 62 UM TAMANHO SERVE PARA TUDO? ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO/EFICIÊNCIA DAS MEIAS DE COMPRESSÃO GRADUADAS TERAPÊUTICAS PRONTAS A VESTIR E PERSONALIZADAS GANGRENA DE FOURNIER: EVITAR UM ESTOMA. NOVAS OPÇÕES PARA O TRATAMENTO DESTA CONDIÇÃO Claudia Waterreus Timmers Medizorg, Roosendaal, Netherlands 1Hospital Objectivo: Esta análise pretende revelar os fornecedores de meias de compressão com melhor relação custo/eficiência nos tipos/tamanhos/qualidades de meias de compressão, entre as prontas a vestir e as personalizadas. A optimização dos fornecimentos deve centrar-se na redução de custos. Esta análise faz uma comparação entre 7 fornecedores com uma oferta de produtos semelhante. Métodos: Foi utilizado o método retrospectivo. Resultados: No total, foram inseridos no sistema 177 cartões de tamanhos. Dois fornecedores conseguiram fornecer as meias prontas a vestir em tamanhos próximos da tabela de tamanhos prontos a vestir. (Rácio de 50:50, prontas a vestir: personalizadas.) Dois fornecedores obtiveram uma classificação muito baixa. 20:80 e 30:70 pv:p Três fornecedores obtiveram uma classificação média (43:57 pv-p) N= 177 Número Em % B1 93 53% BF 72 41% BC 78 44% J 88 50% Teresa Segovia-Gomez, Francisco Pedro García-Fernández, Remígia Molina-Silva, Mariano Bermejo-Martínez M 81 46% S 57 32% V 39 22% Discussão: Os custos mostram um quadro diferente. As meias prontas a vestir são mais baratas do que as meias personalizadas. Os custos foram calculados e apresentados abaixo. É a soma dos custos totais do total do fornecimento de meias prontas e vestir e de meias personalizadas. Um fornecedor é de longe o mais barato. Nesta investigação, analisámos apenas as tabelas de tamanhos da classe 2. Não foram considerados o rácio de pressão (a variedade é grande, de ligeira a extra firme) nem a tese de indicação. N= 177 B1 BF BC J M S V € 9976 7883 5822 7626 7067 6308 8951 Conclusões: O rácio médio de meias prontas a vestir/personalizadas é mais ou menos o mesmo. Se olharmos apenas para o rácio médio, o B1 e o J são os mais próximos. Contudo, se olharmos para a tabela de custos, o BC é de longe a opção mais barata no total dos fornecimentos. Este fornecedor representa o fornecimento médio das meias prontas a vestir. Puerta de Hierro, Madrid, Spain, 2Unidad de Formación, Investigación y Calidad. Complejo Hospitalario de Jaén., Jaén, Spain, 3Hospital Puerta de Hierro, Madrid, Spain, 4Hospital Puerta de Hierro, Madrid, Spain Objectivo: O objectivo deste trabalho foi o de descrever um método alternativo à instauração de estoma em pacientes com gangrena de Fournier. Métodos: Reportamos um caso com gangrena de Fournier cuja extensão afectava o saco escrotal e as regiões perianal e perineal. (A gangrena de Fournier é uma infecção fulminante e extensa dos genitais, perineu e parede abdominal. É uma condição grave com elevada morbidade e mortalidade. Na maior parte dos casos, ocorre em pacientes debilitados com doenças crónicas envolvendo isquemia de tecidos. Apesar do enorme avanço nas pesquisas científicas, está associado a uma elevada mortalidade devido à rapidez com que se instala e desenvolve, sendo, por consequência, uma urgência médica e cirúrgica.) Para isolar a ferida dos excrementos, utilizámos um tratamento de incontinência fecal. Este sistema consiste numa cânula de silicone macio com cerca de 1 m de comprimento, com um balão anular de baixa pressão em silicone na extremidade mais afastada e um adaptador de bolsa com rebordos na extremidade mais próxima. A cânula é inserida através do esfíncter anal e um balão de retenção é enchido com 45 ml de água ou cloreto de sódio isotónico. Resultados: O caso seguinte é o de um homem de 50 anos de idade. O tratamento consiste na gestão da incontinência fecal, num desbridamento agressivo, na administração de antibióticos de largo espectro e num tratamento local com pensos antimicrobianos (pensos de hidrofibra com prata iónica) até à epitelização; anteriormente, foi mantido o tratamento local com pensos de hidrofibra. Apresentamos as fotografias do acompanhamento feito até à resolução do caso. Conclusões: Este sistema permitiu isolar eficazmente a ferida dos excrementos, tendose obtido uma boa evolução da ferida e evitado a realização de uma ostomia. P 63 P 64 UTILIZAÇÃO DE UM PENSO DE POLIURETANO, NAS SUAS VÁRIAS APLICAÇÕES, EM FERIDAS DE DIFICL CICATRIZAÇÃO O USO DE PAPAÍNA E LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS João Gouveia C. S. Pampihlosa Serra, P. Serra, Portugal Objectivo: Avaliar a efectividade da utilização de um penso de poliuretano, nas suas várias aplicações e conjugado com terapia compressiva, na cicatrização de feridas de difícil cicatrização. Método: Aplicação de um penso de poliuretano com prata em 2 feridas inicialmente infectadas (úlcera de perna que ocupava 90% da área total da perna e uma úlcera no calcâneo relacionada com livedo reticularis), conjugado com terapia compressiva, sendo que após o debelar da infecção, foi mantido tratamento com o mesmo penso de poliuretano, sem prata, até à cicatrização final. Foi obtido consentimento informado e esclarecido dos pacientes portadores das feridas. Resultados: Os resultados obtidos foram de cicatrização total em ambos os casos, em feridas que tinham como tempo de duração entre 1 ano (úlcera de perna) e 2 anos (livedo reticularis). O debelar de sinais clínicos de infecção ocorreu, em média, 15 dias após o início de aplicação do penso de poliuretano com prata. A troca de pensos era inicialmente realizada de 3/3 dias, passando a semanal no final da 2ª semana. Gildete V. C. Penido, Patricia Tavares, Ana Flavia M. Seixas Hospital São João de Deus, Divinópolis, MG, Brazil Diversos fatores interferem na cicatrização de feridas, como tempo de evolução, extensão e profundidade. Pressão contínua, infecção, idade avançada, tabagismo, nutrição e algumas patologias como diabetes Mellitus e hanseníase prolongam o tempo de cicatrização. Alguns estudos têm se desenvolvido no sentido de agilizar esse processo. Em um hospital brasileiro, a Papaína, associada a Laserterapia, vem sendo utilizada para o tratamento de feridas. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência desse tratamento no processo de cicatrização de feridas. Foi utilizada papaína 8% para desbridamento; o tratamento foi continuado com aplicação diária de papaína 2% depois que a ferida não apresentava mais necrose, permitindo também o inicio da laserterapia. Os resultados mostraram que o processo de cicatrização foi acelerado com o tratamento. Este trabalho também reafirma a necessidade de se buscar alternativas de tratamento de maneira interdisciplinar. Com isso, é possível diminuir custos e proporcionar um tratamento mais humano, melhorando a qualidade de vida do paciente. Conclusão: A utilização de novas apresentações de materiais já existentes no mercado representa uma mais valia real no tratamento de feridas de difícil cicatrização. A cicatrização de feridas extensas da perna, mas acima de tudo, feridas associadas a patologias como o livedo reticularis, em que a cicatrização é difícil e a recidiva é elevada, abriu um novo campo para lidar com este tipo de situação. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 135 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 136 P 65 P 66 O TRATAMENTO DE UMA QUEIMADURA COMPLICADA. RELATÓRIO DE CASO NOVO MÉTODO PARA A CICATRIZAÇÃO DE GRANDES FERIDAS ABDOMINAIS UTILIZANDO O COMPLEXO IODO-HIALURONATO DE SÓDIO José Miguel Gómez-Coiduras Centro de Salud Trinidad Jesús Cautivo, Málaga, Spain Objectivo: O objectivo deste trabalho é o de descrever um caso clínico de uma queimadura complicada. Métodos: Apresentamos o caso de uma mulher de 31 anos de idade com uma queimadura profunda de espessura parcial no braço direito, com edema, tecido necrótico, hematoma e dermatite. A dermatite estava relacionada com a aplicação de uma pomada tópica antimicrobiana (nitrofurazona). Resultados: Foi efectuado o desbridamento da ferida e a aplicação de um tratamento local com pensos antimicrobianos (pensos de hidrofibra com prata iónica) até à epitelização. Observou-se uma boa evolução sem sinais de infecção: redução da dor, do edema e da dermatite. Quando a queimadura apresentou sinais de epitelização, usámos pensos hidrocolóides. Conclusões: A utilização de uma pomada tópica antimicrobiana em alguns casos pode estar relacionada com a presença de reacções cutâneas que atrasam a evolução da ferida e representam mais inconveniências para os pacientes. A aplicação de pensos antimicrobianos proporcionou uma boa resolução, melhorando as actividades diárias do paciente. Lubos Sobotka, Jan Manak, Pavel Vyroubal, Mirka Slemrova, Vladka Adamkova, Vladimir Blaha Dept. Metabolic Care and Gerontology, Medical Faculty, Charles University, HradecKralove, Czech Republic A deiscência de feridas após procedimentos cirúrgicos é um problema sério. O tratamento é particularmente difícil quando o problema se complica pela formação de fístulas intestinais. O apoio nutricional é essencial para o tratamento, bem como o método correcto para o tratamento local das feridas. O objectivo deste estudo foi o de avaliar o efeito do complexo I-H na cicatrização de deiscências de suturas abdominais. O efeito do complexo I-H foi avaliado em 50 pacientes com feridas abdominais (28 feridas com problemas derivados de fístulas intestinais). Os pensos foram imersos em complexo I-H e, depois, colocados sobre a ferida que estava coberta com pensos secos. A cicatrização das feridas foi monitorizada diariamente. Avaliámos a frequência da mudança de pensos, a qual foi comparada com a frequência de mudanças de pensos de cobertura antes da utilização do complexo I-H. A duração do tratamento e a alteração no diâmetro da ferida também foram avaliadas, tendo sido tiradas fotografias com uma câmara digital. Os pensos imersos no complexo I-H foram mudados uma vez a cada 24 horas (em comparação com 4 a 6 mudanças por dia antes do tratamento com I-H). Todas as feridas sem fístula intestinal cicatrizaram em 36,3 ±24,3 dias. As feridas complicadas por fístula intestinal não cicatrizaram completamente, mas a sua área reduziu-se substancialmente em 45,5 ±34,3 dias. Isto permitiu não só a realização de um procedimento cirúrgico definitivo ou a utilização de um dispositivo para colostomia, mas também a nutrição oral. Os pensos não aderiram às feridas nem foi detectada a maceração da pele em redor das mesmas. Durante o tratamento, não foram detectados quaisquer efeitos secundários nem sensibilidade ao iodo. Considerámos que o efeito do complexo I-H na cicatrização de feridas abdominais complicadas foi excelente. Pensamos que esse efeito está relacionado com a combinação da activação de células imunes, propriedades angiogénicas e a grande afinidade do hialuronato para com a água, juntamente com o efeito antimicrobiano do iodo. Este estudo foi subsidiado por MSM 0021620820 República Checa. P 67 P 68 AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PENSOS DE ESPUMA ADESIVOS E NÃO ADESIVOS – RESULTADOS PROVISÓRIOS DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DOS ENFERMEIROS DISTRITAIS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS. Rachael Winter, Gary Smith, Hussein Dharma PROJECTO CONJUNTO DE SAÚDE DE QUALIDADE ENTRE O HOSPITAL E A COMUNIDADE Smith and Nephew, Hull, United Kingdom Objectivo: Está a ser efectuada uma avaliação clínica de mercado direccionada a 200 pacientes para recolher dados sobre o desempenho de uma gama melhorada de pensos de espuma adesivos e não adesivos na prática clínica de uma série de indicações. Os dados provisórios gerados investigam o desempenho em geral, o tempo de uso, a satisfação do produto e a comparação entre a gama antiga e a nova. Estes dados fornecerão uma compreensão das utilizações e desempenho dos produtos a serem avaliados, quando aplicados na vida real e em várias indicações. Métodos: Esta análise provisória foi efectuada com 82 pacientes de 13 centros em 5 países europeus. Os pacientes foram inscritos na avaliação depois de ter sido tomada a decisão de os tratar com os produtos em causa. Durante toda a avaliação, os pacientes foram tratados de acordo com as instruções constantes no folheto do produto e conforme as práticas regulamentares do centro local. Os dados foram recolhidos em todas as mudanças de penso até à cicatrização ou até o tratamento com os produtos experimentais ser descontinuado. Resultados: O tempo médio de uso dos pensos foi de 4,7 dias por paciente. 97% dos pensos foram classificados como satisfatórios em termos de absorção e 96,3% como aceitáveis para a indicação em causa. Em 92,4% dos casos, os médicos classificaram os pensos como satisfatórios ou excedendo as expectativas relativamente ao progresso da ferida e, em 98,8% dos casos, relativamente à durabilidade dos pensos. Em 75,3% dos casos, os clínicos afirmaram que os pensos experimentais melhoraram em termos de absorção, quando comparados com a gama anterior. Conclusões/Discussão: Os resultados provisórios deste estudo mostram que as melhorias feitas a estes pensos de espuma traduziram-se em resultados clínicos reais para um certo número de parâmetros, nomeadamente em termos da satisfação clínica. Os resultados do estudo completo deverão demonstrar a versatilidade da nova gama de pensos de espuma num contexto multinacional em diversas indicações. Vonnie Zimmerdahl1, susan Bermark1, Birgit Lykke2, Lene Ingemann Sørensen2, Hanne Zeuthen2 1Bispebjerg Hospital, Copenhagen, Denmark, 2The Social and health department Nørrebro, copenhagen, Denmark Objectivos: Que o participante: Adquira os últimos conhecimentos em matéria de tratamento de feridas e de prevenção de problemas resultantes de feridas, aplique as competências adquiridas no curso de pós-graduação, documente o efeito acrescido no tratamento de feridas na área clínica e pedagógica e que possa comunicar os últimos conhecimentos em matéria de tratamento e prevenção de feridas aos membros da equipa. Métodos: O projecto consistiu em 3 fases: As fases 1 e 3 com um inquérito sobre as práticas, um questionário realizado aos participantes antes e depois do curso de pósgraduação. A fase 2 consistiu num curso de pós-graduação de 3 dias frequentado por 25 enfermeiros distritais. O curso incluiu os seguintes módulos: cicatrização de feridas, tratamento de feridas, higiene, prevenção contra feridas problemáticas. Resultados: O efeito do curso no tratamento de feridas ficou claramente demonstrado nos resultados do inquérito e dos questionários. As competências dos participantes aumentaram e a aplicação na prática foi evidente. Conclusão: As competências dos participantes aumentaram especialmente nas áreas da cicatrização de feridas/tratamento de feridas, pensos de feridas e compressão. Os conhecimentos adquiridos relativamente à prevenção foram inferiores ao esperado. A documentação dos conhecimentos adquiridos não pôde ser provada porque o material no inquérito era muito reduzido. Observou-se um interesse acrescido no resultado. O resultado deste projecto será utilizado pedagogicamente em grupos clínicos e de estudo para comunicar os últimos conhecimentos em tratamento de feridas. Os conhecimentos adquiridos no projecto representam uma oportunidade para a comunidade investigar as possibilidades de os enfermeiros praticarem as suas novas competências. De uma forma geral: continua a haver necessidade de se aprofundar o tratamento de feridas, a prevenção de feridas, a documentação do tratamento de feridas e o controlo de qualidade da prática clínica. Um objectivo pode ser a formação de pessoas chave, enfermeiros especializados em tratamento de feridas nos distritos da comunidade. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 137 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 138 P 69 P 70 ENSAIO CONTROLADO COM SELECÇÃO ALEATÓRIA SOBRE A SEGURANÇA E O DESEMPENHO DE UM NOVO PENSO DE ESPUMA PARA ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA ESTUDO CLÍNICO DE 12 SEMANAS SOBRE A SEGURANÇA E DESEMPENHO DE UM PENSO DE ESPUMA COM PRATA DE LIBERTAÇÃO CONTROLADA Jørgensen1, Sulcaite2, Bo Rita Gintaris Rytis Rimdeika5, Finn Gottrup1 Vilkevicius3, Niels Bech-Thomsen4, 1Copenhagen Wound Healing Centre, Bispebjerg University Hospital, Copenhagen, Denmark, 2Inst. of Endocrinology, Kaunas University of Medicine, Kaunas, Lithuania, 3Dept. of Vasculosurgery, Vilnius University Antakalnio Hospital, Antakalnio Vilnius, Lithuania, 4Skin Clinic, Naestved, Denmark, 5Dept. of Plastic and Reconstructive Surgery, Kaunas University of Medicine, Kaunas, Lithuania Objectivo: O objectivo do estudo clínico foi o de avaliar um penso experimental face a um penso de comparação em termos do conforto do paciente, eficácia clínica e segurança. Devido a uma melhoria na concepção do penso, com espuma mais macia e extremidades biseladas, o centro do estudo foi o conforto do paciente e o desenvolvimento de marcas de pressão. Métodos: O estudo foi prospectivo, com selecção aleatória, controlado, aberto, paralelo e multicêntrico. Foram recrutados 2 x 20 pacientes com úlceras venosas ou venosas mistas e arteriais da perna com exsudado moderado a elevado. Cada paciente foi tratado com o penso experimental ou o penso de comparação durante 4 semanas. Resultados: As marcas de pressão foram significativamente reduzidas com o penso experimental (p<0,0001). O penso experimental foi considerado significativamente mais macio (p=0,007) e mais flexível (p<0,0001). O conforto do paciente foi superior com o penso experimental (p<0,0001). O tratamento do exsudado com o penso experimental esteve ao nível do penso de comparação, com um tratamento do exsudado 98% excelente ou bom, 99% sem fugas e 84% sem maceração. A redução da área da úlcera foi igual (p=0,81). As reacções da pele à volta da úlcera foram baixas nos dois grupos de estudo, tendo sido relatado um evento adverso relacionado com o penso de comparação. Conclusão: O penso experimental demonstrou um conforto do paciente superior e um risco de marcas de pressão inferior. O penso experimental permitiu um controlo do exsudado e uma redução da área da úlcera igual ao do penso de comparação e foi considerado seguro para utilização. Antonio Moreno-Guerin Baños1, Amparo Galindo Carlos2, Mª Victoria Castro Marcos3, Joan Miquel Aranda Martinez4, Federico Palomar Llatas5, Luis J. Vigil-Escalera Quintanal6 de Geriatría - C.S. Miraflores, Sevilla, Spain, 2Hospital Virgen de la Torre, Madrid, Spain, 3Hospital La Paz, Madrid, Spain, 4CAP San Lázaro, Terrassa, Barcelona, Spain, 5Hospital General Universitario de Valencia, Valencia, Spain, 6C.S. Pola de Laviana, Asturias, Spain 1Unidad Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de investigar a segurança e o desempenho de um penso de espuma com prata de libertação controlada até à 12ª semana de tratamento de úlceras gravemente colonizadas e úlceras em risco de infecção numa grande variedade de etiologias. Estudos anteriores investigaram a segurança e a eficácia do penso de espuma com prata de libertação controlada durante 4 semanas. Não tinham ainda sido publicadas investigações de longo prazo sobre a segurança e o desempenho. Métodos: O estudo consistiu numa investigação não comparativa, prospectiva, da vida real com 375 pacientes de 150 centros de tratamento de feridas espanhóis inscritos. As úlceras incluídas no estudo deveriam mostrar sinais clínicos de colonização grave ou de risco de infecção e seriam tratadas com a espuma com prata até cicatrizarem ou até ao máximo de 12 semanas. Resultados: A redução da área relativa da úlcera foi de 55% em 6 semanas e de 99% em 12 semanas 33% das feridas cicatrizaram O tecido de granulação saudável aumentou de 31% para 87% O tecido desvitalizado húmido e o tecido necrótico negro diminuiu de 54% e 15% para 12% e 1% O odor diminui de 72% para 13% após 12 semanas A maceração e o eritema diminuíram de 28% e 39% para 6% e 8% de pacientes ao longo do estudo O tratamento do exsudado foi avaliado como “muito bom” e “bom” em 97% dos casos A utilização de antibióticos sistémicos diminuiu rapidamente de 33% dos pacientes para 8% após 12 semanas Não foram observados eventos adversos graves relacionados com o penso Discussão: O penso de espuma com prata de libertação controlada ajudou na cicatrização de úlceras gravemente colonizadas e úlceras em risco de infecção numa grande variedade de etiologias. A utilização do penso foi segura durante as 12 semanas de tratamento. P 71 P 72 TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA COM A NON-ADHERENT TULLE DRESSING CONTAINING SILVER* CONTROLO DE INFECÇÃO DE FERIDAS UTILIZANDO PRODUTOS DE TRATAMENTO DE FERIDAS COM POLIHEXANIDA – ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 953 CASOS Anne Marie Larsen, Finn Gottrup Odense University Hospital, Odense, Denmark, Copenhagen Wound Healing Centre, Bispebjerg University Hospital, Copenhagen, Denmark Kurt Kaehn2, Ansgar Möller1, Anke Nolte1 Introdução: As úlceras com uma cicatrização prolongada e difícil resultam em sofrimento humano e despesas elevadas. Estão constantemente a ser desenvolvidos novos produtos para o tratamento destas úlceras. Por exemplo, produtos de prata contra bactérias em úlceras. Contudo, os produtos de prata também têm as suas desvantagens. Os pacientes queixam-se frequentemente de dores relacionadas com a mudança do penso. 2K2 O non-adherent tulle dressing containing silver* é um produto de prata com 50-100 mg de prata/100 cm2. Os iões de prata no penso são metálicos e activados no contacto com a secreção da úlcera. Finalidade: Avaliar o efeito do non-adherent tulle dressing containing silver* na cicatrização de úlceras e na dor dos pacientes durante a utilização do produto. Método e análise: 10 pacientes com uma úlcera venosa da perna foram seguidos durante 6 semanas num estudo não comparativo. O diagnóstico foi determinado pelo exame clínico e o índice de pressão tornozelo-braço. Todos os pacientes utilizaram um penso de compressão durante pelo menos duas semanas antes da inclusão. O non-adherent tulle dressing containing silver* foi o penso primário e como penso secundário foi utilizado um penso de espuma padrão** com ou sem bordo. Uma vez por semana, os pacientes eram submetidos a mudança de penso e avaliados pelo enfermeiro do projecto. No momento da inclusão, e uma vez por semana, foi avaliado o seguinte: 1. A fase da úlcera e a região circundante à úlcera. 2. O nível de dor registado numa escala numérica antes e depois de mudar o penso. 3. A fotodocumentação. A área da ferida foi medida na inclusão e a cada duas semanas. Semanalmente, foi registado se o non-adherent tulle dressing containing silver* estava aderente à úlcera. Resultados: 10 pacientes (6 mulheres, 4 homens) completaram o tratamento. A média de idades dos pacientes era de 81 anos (67-90 anos). No momento da inclusão, o índice de pressão tornozelo-braço foi medido entre 0,83 e 1,29. A úlcera teve uma duração média de 17 meses (3-84 meses). No período do estudo, a área da ferida reduziu-se uma média de 64% (5-94%). Nas avaliações semanais, no total de 61 mudanças de penso, foi registado se o nonadherent tulle dressing containing silver* estava aderente ao leito da ferida no momento da remoção. Das 60 mudanças de penso, 59 apresentaram pouca ou nenhuma aderência, tendo-se observado uma aderência moderada em apenas um caso. O produto não aumentou a dor no momento da mudança do penso nem no período imediatamente a seguir. 1Städtische Kliniken Bielefeld, Bielefeld, North Rhine-Westphalia, Germany, Hygiene-Dienstleistungen, Aschaffenburg, Bavaria, Germany Objectivo: Em 2004, o nosso hospital municipal (>900 camas) introduziu os produtos de tratamento de feridas com o tensioactivo de betaína e o PHMB (poli[hexametileno biguanida]) (solução de limpeza e gel de feridas) no tratamento de feridas crónicas de longa duração. Em 2007, foram analisados os processos de cicatrização de feridas de 953 pacientes para avaliar a eficácia do PHMB e da betaína no tratamento de feridas crónicas. Métodos: Os pacientes tratados na nossa clínica de tratamento de feridas em ambulatório entre 1/1/2005 e 31/3/2007 foram recrutados para análise retrospectiva. Foram incluídos na presente avaliação 953 pacientes com documentação completa de feridas. Nas feridas infectadas, os revestimentos foram cuidadosamente removidos com solução de limpeza de feridas com PHMB, antes de ser aplicado um penso com prata. O tratamento de infecções tem continuado com a aplicação intravenosa de antibióticos. As feridas não infectadas foram cuidadosamente limpas como descrito acima e preenchidas com gel de feridas de PHMB ou com gazes embebidas em solução de limpeza de feridas com PHMB. Nos casos com elevado nível de exsudado, o gel de feridas foi substituído por pensos de hidrofibra ou hidrocolóides. Resultados: Antes da introdução de produtos de tratamento de feridas com PHMB, 40% das feridas ficavam infectadas durante o tratamento ambulatório; após a sua introdução, a taxa de infecção caiu significativamente para 3%. A úlcera de pé diabético contabilizou 62% das feridas tratadas, seguida de demora no encerramento da ferida após cirurgia (16%), fase III de IVC (insuficiência crónica venosa) de ulcus cruris (10%) e úlcera de pressão = grau II (8%). A média de idades dos pacientes foi >65 anos. Conclusão: A aplicação de rotina de produtos de tratamento de feridas com PHMB em tratamentos de feridas em ambulatório pode reduzir consideravelmente a taxa de infecção de feridas e contribuir significativamente para uma preparação adequada do leito da ferida, permitindo uma cicatrização mais rápida da ferida. Conclusão: Nesta investigação de pacientes com úlcera venosa da perna, o non-adherent tulle dressing containing silver*, juntamente com o penso de espuma, parece ser um tratamento eficaz da área da úlcera. Não foram encontrados problemas relacionados com a pele circundante. *Atrauman AG, **Perma Foam® A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 139 6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G 140 P 73 P 74 UMA EXPLORAÇÃO DA QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO QUE OS PACIENTES TÊM SOBRE PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO FORNECIDA PELOS ENFERMEIROS APLICAR O PENSO ADEQUADO A CADA UMA DAS FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Gerardine Craig Our Lady of Lourdes Hospital, Drogheda, Co Louth, Ireland Objectivo: Em linha com a filosofia de cuidados centrados no paciente, a prevenção das úlceras de pressão deveria ter em conta os pacientes no processo de tomada de decisões. O objectivo deste estudo foi o de avaliar a quantidade de informação que o paciente tem sobre prevenção de úlceras de pressão fornecida pelos enfermeiros. Método: Foi efectuado um inquérito de cruzado sectorial aos enfermeiros (n=274) que trabalhavam nos departamentos médicos, cirúrgicos ou ortopédicos em quatro hospitais de cuidados agudos irlandeses, dentro de uma determinada área geográfica. O método para a recolha de dados baseou-se num recém criado questionário para autoadministração que utiliza a escala de Likert de 5 pontos. Resultados: A taxa de resposta foi de 54%. Apenas 28% dos enfermeiros envolveram os pacientes no planeamento dos cuidados. 25% dos enfermeiros informaram o paciente de que tinham efectuado uma avaliação de risco e, destes, 58% informaram o paciente sobre os factores de risco. Apenas 29% dos enfermeiros informaram os pacientes sobre os locais anatómicos com maiores riscos de virem a ter problemas em resultado da pressão e 22% ensinaram os pacientes sobre a forma de inspeccionarem a pele à procura de sinais de danos causados pela pressão. A maioria (61%) afirmou que consultaram os pacientes sobre a necessidade de utilizarem um colchão para alívio da pressão, encorajaram os pacientes a manifestarem o seu nível de conforto e discutiram a importância do reposicionamento. Ao darem alta aos pacientes, 9% dos enfermeiros forneceram informações por escrito sobre a prevenção de úlceras de pressão e onde poderiam procurar mais conselhos. Discussão / Conclusão: Não existem forte indícios do envolvimento do paciente no planeamento dos cuidados de prevenção de úlceras de pressão. Para que os cuidados centrados no doente deixem de ser apenas uma questão retórica, os enfermeiros têm de informar os pacientes e seus acompanhantes sobre a prevenção de úlceras de pressão, em vez de actuarem de um modo biomédico. Este estudo deve servir como incentivo para melhorar as estratégias de prevenção de úlceras de pressão informando aqueles que mais têm a perder com este problema. Margarida Reis, Patricia Lopo, Vera Reis, Anabela Faria APTFeridas, Porto, Portugal Objectivo: Este caso demonstra a importância da adequação dos pensos a cada uma das fases do processo de cicatrização, durante o tratamento de feridas. Método: Para o desbridamento de tecido necrótico seco, foram aplicados pensos de hidrogel1 e pensos hidrocolóides2. Em seguida, aplicaram-se pensos de hidrofibra com prata iónica3 para controlar a infecção, passando para pensos de hidrofibra4 normais na fase da granulação. Por fim, optou-se por hidrocolóide5 extra fino para proteger os novos tecidos na fase da epitelização. Resultados: A cicatrização foi obtida após 2 meses de tratamento. Discussão: Existem vários pensos indicados para o tratamento de feridas. A aplicação do penso correcto em cada uma das fases da cicatrização permite optimizar o processo. 1VariHesive Hidrogel Gel Control 3Aquacel Ag® 4Aquacel® 5VariHesive Extra Fino 2Varihesive P 75 P 76 O PAPEL DO CADEXÓMERO DE IODO NAS ÚLCERAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO Roberto 1ASL Polignano1, Alessandra Pavanelli1, Pia Terriaca1, Sara Rowan2 10, Florence, Italy, 2Smith + Nephew, Florence, Italy Introdução: A eficácia do cadexómero de iodo não está limitada apenas à capacidade de absorção de exsudado, mas também à sua boa capacidade de desbridamento. Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de avaliar a eficácia do cadexómero de iodo em úlceras infectadas a necessitar de desbridamento. Materiais e métodos: Foram tratados trinta pacientes (21 mulheres e 9 homens, com idades entre os 42 e 94 anos) com úlceras da perna de diferentes etiologias. O tamanho das úlceras variava entre 6 cm² e 56 cm². A área média de tecido não viável no início do estudo era de 91%. Todas as feridas confirmaram uma colonização crítica. O tratamento prosseguiu até aparecer tecido de granulação ou ter sido indicada outra modalidade de tratamento. O cadexómero de iodo foi coberto com gaze; procedeu-se à mudança de pensos duas a três vezes por semana. Os pacientes foram medicados com um antibiótico de largo espectro. Todos os pacientes foram tratados em regime ambulatório e as úlceras foram avaliadas e documentadas todos os meses durante três meses. Resultados: A área média de tecido não viável no final do estudo era de 12%. 25 das 30 feridas não apresentaram quaisquer sinais de infecção no final do estudo, resultados estes que foram confirmados por culturas laboratoriais. 3 dos 30 casos não apresentaram uma melhoria significativa. 2 dos 30 pacientes recusaram o tratamento devido à dor associada às suas úlceras. O tratamento não apresentou efeitos secundários, com a excepção de dor temporária em 5 pacientes. Foi adoptada uma estratégia de tratamento diferente logo que a ferida melhorou; este último tratamento consistiu em enxertos de pele ou outros tratamentos avançados. Conclusão: O cadexómero de iodo demonstrou ser eficaz como tratamento local sustentado para a absorção de exsudado, desbridamento e controlo da carga microbiana. Reconhece-se que foram utilizados antibióticos no cuidado dos pacientes, a fim de assegurar o tratamento de infecções sistémicas. CALCIFILAXIA: TRATAMENTO BEM SUCEDIDO COM DESBRIDAMENTO, CINACALCET E PENTOXIFILINA; APRESENTAÇÃO DE UM CASO Katarina Smuc Berger General Hospital Izola, Izola, Slovenia Objectivos: A calcifilaxia é uma doença vasculopática rara e grave, caracterizada pela calcificação medial sistémica das artérias e isquemia do tecido, conduzindo à necrose do tecido. O objectivo desta comunicação é o de descrever esta doença rara e potencialmente fatal, que geralmente afecta pacientes com insuficiência renal em fase terminal, enfatizar a importância do rápido reconhecimento da doença e discutir formas de tratamento diferentes. Métodos: Apresentação de caso. Resultados: Apresentamos o caso de uma mulher de 84 anos com insuficiência renal em fase terminal que há 7 anos recorre à diálise por doença crónica renal. A sua terapia sistémica regular de longo prazo foi: agentes anti-hipertensivos, varfarina, eritropoietina, vitamina D, cálcio e bifosfonato. Em Novembro de 2006, teve um ferimento ligeiro na pele da barriga da perna esquerda. Alguns dias mais tarde, notou uma bolha dolorosa de cor púrpura azulada no local do ferimento, que depois degenerou para uma úlcera necrótica, muito dolorosa, que progredia muito rapidamente. O relatório histopatológico dos bordos mostrou uma necrose epidérmica e calcificação medial das arteríolas dérmicas com escassa deposição de cálcio extravascular. O nível da hormona paratiróide era 6 vezes superior ao normal (1195 μg/l), enquanto os níveis séricos do fosfato e cálcio eram normais. A vitamina D, o bifosfonato e o cálcio foram descontinuados e foi iniciada a administração lenta e progressiva de cinacalcet depois de ter sido adicionada uma progressão lenta de pentoxifilina (1200 mg/dia). Localmente, recorreu-se a um desbridamento autolítico e agudo e realizou-se um acompanhamento intensivo de eventuais sinais de infecção da ferida. Não foi considerada uma paratiroidectomia. Após algumas semanas, a ferida deixou de se deteriorar quando foram introduzidas doses submáximas de cinacalcet, mas decorreram muitos meses de intensa terapia até a perna sarar completamente. Conclusão: Todas as profissões envolvidas no trabalho com feridas devem estar cientes de que existem doenças raras e potencialmente fatais que requerem um reconhecimento rápido e uma terapia interdisciplinar precisa. A calcifilaxia é uma delas. Contudo, ainda não compreendemos bem a sua exacta patogénese e as opções de tratamento ainda são inadequadas e difíceis de escolher devido à falta de estudos controlados. A>H7DCÆEDGIJ<6A :LB6'%%-Æ&)"&+B6N LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%- 141