103
NEUROARTROPATIA DIABÉTICA
Edward Jude
Tameside General Hospital, Ashton-under-Lyne, United Kingdom
A Neuroartropatia de Charcot (NC) é uma condição devastadora que afecta os pés de
pacientes com diabetes. A patofisiologia da NC continua a não ser completamente
compreendida, embora os principais componentes etiológicos tenham sido identificados.
A pedra angular do tratamento da NC aguda é o imediato e efectivo alívio da pressão,
normalmente com um molde de gesso de contacto total e redução do apoio do peso.
Actualmente, os principais objectivos da intervenção farmacológica são a inibição da
activação osteoclástica excessiva e a supressão da resposta excessiva da citoquina próinflamatória. A terapêutica anti-reabsortiva, especialmente com bisfosfonatos, tem sido
utilizada em ensaios aleatorizados. Até agora, os ensaios têm demonstrado uma
melhoria do controlo dos sintomas, um declínio mais rápido da temperatura do pé e uma
diminuição significativa nos marcadores de regeneração óssea. A compreensão das vias
moleculares da doença óssea reabsortiva irá ajudar ao desenvolvimento de novas
terapêuticas farmacológicas auxiliares, as quais poderão melhorar ainda mais os
resultados alcançados em pacientes com NC.
104
POSSÍVEIS FUTURAS MODALIDADS PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO
DO PÉ DIABÉTICO
Stephan Morbach
Marienkrankenhaus Gem.GmbH, Soest, Germany
Os relatórios mais recentes revelaram a importância do reconhecimento inicial de pés
diabéticos de alto-risco e o provisionamento padronizado de medidas preventivas para
evitar lesões do pé diabético e reduzir a morbilidade e custos que resultam dessas
complicações. Foram publicadas recentemente algumas interessantes novas ideias
relacionadas com a úlcera do pé diabético (utilização da monitorização da temperatura
da casa, monitorização da actividade).
No caso de ulceração estabelecida, os princípios padrão para o tratamento do pé
diabético incluem o desbridamento cirúrgico, tratamento da infecção, aplicação de
princípios de descarga, cuidado local da ferida adaptado ao estádio da mesma e
angioplastia agressiva ou revascularização distal. Aplicando estes princípios numa
abordagem interdisciplinar e intersectorial, deve evitar a amputação na magnitude dos
casos. No entanto, no pequeno número de pacientes que não são elegíveis para os
princípios convencionais da revascularização, a angiogénese e colateralogénese
terapêutica por meio da terapia genética ou autotransplante da medula óssea poderá
salvar as pernas em alguns pacientes com isquemia crítica dos membros no futuro.
Como têm sido descritos deficiências intrínseca da cicatrização de úlceras no paciente
diabético (incluindo disfunção fibroblástica, deficiência nos factores de crescimento e
anormalidades da matriz extracelular), a utilização de produtos avançados de
cicatrização de feridas direccionados a estes problemas poderá ser considerada em
casos relutantes à cicatrização utilizando as técnicas padrão. Adicionalmente às novas
abordagens e posterior desenvolvimento dos procedimentos existentes do tratamento
local de feridas, novos métodos de desbridamento (terapias de ultra-sons e
“hidrocirurgia”) e a utilização de células estaminais derivadas da medula óssea podem
ser úteis para acelerar o processo de cicatrização e reduzir o risco de infecção
secundária e amputação.
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LINFEDEMA EM PORTUGAL
J. Pereira Albino
Hospital Pulido Valente, Lisbon, Portugal
Na maioria dos países ocidentais, os linfedemas são considerados doenças raras,
geralmente relacionadas com o cancro.
Para além disso, os linfedemas são responsáveis por uma incapacidade permanente,
que necessita de ser tratada em todas as suas vertentes, em particular a física e a
psicológica.
Portugal não constitui uma excepção a essa regra (apesar de possuir um número
considerável de emigrantes de países africanos, nos quais a filariose continua a existir),
os linfedemas não são bem conhecidos pela classe médica e o seu tratamento é difícil.
O autor deste artigo faz uma análise da História da Linfologia Portuguesa e apresenta
algumas das razões que o levam a acreditar ser difícil realizar estudos epidemiológicos
sobre esta doença, as quais se relacionam principalmente com as particularidades do
diagnóstico. Relativamente ao tratamento, o autor realça o esforço realizado na maioria
dos centros portugueses de tratamento do cancro para o tratamento do linfedema após
mastectomia, e termina apontando algumas medidas para um tratamento mais eficaz
desta doença.
106
A FERIDA - ARCO IMUNE AFERENTE, NÓDULOS LINFÁTICOS E DA LINFA,
ARCO EFERENTE
Waldemar L. Olszewski
Medical Research Center, Warsaw, Poland
A cicatrização de feridas não deve ser considerada como um processo limitado aos
tecidos danificados. É sempre acompanhada por uma resposta intensiva do sistema
linfático (imunitário) regional. O interesse recente no campo da cicatrização de feridas
tem estado focado na reacção do sistema linfático aos eventos celulares e humorais da
ferida e especificamente à resposta simultânea do nódulo linfático aos antígenos
próprios e aos bacterianos, estabelecendo a tolerância aos próprios antígenos celulares
e enviando as células regulatórias específicas do antígeno do nódulo para o seu “lugar”
na ferida. Os detritos celulares e os organismos colonizadores são transportados
através dos vasos linfáticos até ao nódulo linfático drenante. Aí, ocorre uma reacção
xenogénita às bactérias e uma reacção auto-imune aos próprios antígenos. Os nossos
estudos experimentais mostraram drenagem directa dos micróbios e marcadores
experimentais a partir da ferida da pele para o nódulo linfático regional. Os marcadores
injectados no espaço da fractura fechada da tíbia foram também transportados para os
nódulos linfáticos.
Nos humanos, as úlceras venosas e fístulas do pé diabético são acompanhadas de
mudanças nos nódulos linfáticos regionais. Imagens linfocintigráficas revelam dilatação
dos vasos linfáticos e aumento dos nódulos linfáticos após fracturas fechadas da fíbula.
No arco eferente de resposta, grupos de linfócitos Treg são enviados a partir do nódulo
para a ferida. A sua função regulatória encontra-se a ser esclarecida.
107
MICROCIRURGIA PARA O LINFO-EDEMA: UM SISTEMA DE TRATAMENTO
INICIAL E RESULTADO CLÍNICO DE LONGO ALCANCE
Corradino Campisi
S.Martino Hospital - University of Genoa, Genoa, Italy
Objectivo: Reportar uma vasta experiência clínica no tratamento microcirúrgico do
linfedema periférico.
Métodos: Mais de 1500 pacientes com linfedema periférico foram tratados com técnicas
microcirúrgicas. Os procedimentos linfáticos micro-vasculares derivativos reconhecem
hoje a sua aplicação mais exemplar nas anastomoses linfático-venosas (ALV) múltiplas.
Para aqueles casos onde uma doença venosa está associada a uma patologia
linfostática mais ou menos latente ou manifesta de gravidade tal que seja contraindicada uma derivação linfático-venosa, foram desenvolvidas técnicas de microcirurgia
linfática reconstrutiva (autoplastias venosas ou anastomoses linfático-venosa-linfático ALVL). Foi efectuada uma avaliação objectiva através de volumetria aquosa e
linfocintigrafia.
Resultados: Foi notado um melhoramento subjectivo em 87% dos pacientes.
Objectivamente, as mudanças de volume mostraram um melhoramento significativo de
83%, com uma redução em média de 67% do volume em excesso. Dos pacientes
seguidos, 85% poderam descontinuar a utilização de medidas conservativas, com um
seguimento médio de mais de 10 anos e redução média do volume em excesso de
69%. Existium uma redução de 87% na incidência de celulite após a microcirurgia.
Conclusões: As anastomoses linfático-venosas microcirúrgicas tem um lugar no
tratamento do linfedema periférico e devem ser a terapia de escolha em pacientes que
não respondem satisfatoriamente ao tratamento não cirúrgico. Podem ser esperados
melhores resultados com operações efectuadas antecipadamente nos estádios iniciais
do linfedema.
108
DA LINFA À GORDURA: NOVA ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO CIRÚRGICO
PARA ALCANÇAR A REDUÇÃO COMPLETA DO LINFOEDEMA CRÓNICO DO
BRAÇO E DA PERNA.
Håkan Brorson, Karin Ohlin, Gaby Olsson, Barbro Svensson
Malmö University Hospital, Malmö, Sweden
Objectivo: Os pacientes com linfoedema de longa duração, pronunciando sem sinal de
godet não respondem ao tratamento conservador devido ao fluxo linfático diminuído e a
inflamação resulta na formação de tecido adiposo subcutâneo em excesso. Os
tratamentos cirúrgicos anteriores utilizando ou a excisão total com enxerto de pele ou
plastias de redução alcançaram resultados cosméticos e funcionais aceitáveis. A
reconstrução microcirúrgica envolvendo shunts linfo-venosos ou transplantação dos
vasos linfáticos, embora atractiva como conceito fisiológico, não consegue fornecer a
redução completa em linfedema crónico sem sinal de godet porque não elimina os
conjuntos de tecidos adiposos subcutâneos de formação recente.
Métodos: 94 mulheres com linfedema do braço sem sinal de godet após cancro da
mama e 16 pacientes (12 mulheres e 4 homens) com linfedema da perna (7 primário e 9
secundário) efectuaram liposucção devido a linfedema crónico sem sinal de godet.
Todos os pacientes tinham recebido tratamento conservador (CDT, CCT, e/ou CP) antes
da cirurgia sem redução do volume em excesso. Todos usavam acessórios de
compressão antes da cirurgia.
Resultados: O volume pré-operatório do braço em excesso era de 1729 ml e da perna
4312 ml. Foi alcançada uma redução completa após 6 meses no grupo do braço, e após
1 ano no grupo da perna. Não foi observada recorrência durante o seguimento: 13 anos
no grupo do braço e 4 anos no grupo da perna.
Conclusão: Estes resultados a longo prazo demonstram que a liposucção é um método
eficaz para tratamento do linfedema crónico sem sinal de godet em pacientes que
falharam no tratamento conservador. Os métodos conservadores e os procedimentos
microcirúrgicos não conseguem remover o tecido adiposo hipertrofiado. A remoção do
tecido adiposo hipertrofiado, induzido por inflamação e fluxo linfático lento ou ausente, é
um pré-requisito para a redução completa. A liposucção é o único método conhecido
que pode reduzir completamente o volume em excesso. A redução é mantida através de
utilização constante (24 horas) de acessórios de compressão após a operação.
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PYODERMA GANGRENOSUM
– UMA CAUSA PARA ÚLCERAS DIFÍCEIS DE CICATRIZAR
MEDIÇÕES DA PRESSÃO SUB-LIGADURAS:
FÍSICA DA TERAPIA DE COMPRESSÃO
Anca Breahna
Jan Schuren, Kay Mohr
Emergency Clinical Hospital Bucharest, Bucharest, Romania
3M Medical Markets Laboratory, Neuss, Germany
Objectivo: destacar um causa rara, embora não seja incomum, de úlceras difíceis de
cicatrizar, de forma a melhorar a eficácia do tratamento
Objectivo: Avaliar as forças compressivas proporcionadas pelas ligaduras de
compressão e de que forma as leis da física podem ser utilizadas para explicar a
dinâmica sub-ligadura, necessária para apoiar o refluxo venoso.
Métodos: O resumo apresenta o caso de uma mulher de 34 anos de idade, admitida no
Departamento de Cirurgia Plástica, no Hospital de Emergência Clínica de Bucareste
devido a uma úlcera extremamente dolorosa, gigante e recorrente da coxa da perna
direita associada com colite ulcerosa. Promovemos o desbridamento e granulação da
ferida utilizado terapia de feridas em ambiente húmido. A paciente recebeu
Sulfasalaizina e, quando necessário, antibioterapia sistémica.
Os critérios de avaliação de feridas foram: a gravidade da dor, a qualidade do tecido de
granulação e a re-epitelização, a gravidade do edema da perna, a contaminação
bacteriana da perna.
Resultados: O tratamento actual de feridas crónicas utilizando compressas
seleccionadas e terapia de compressão permitiu-nos cobrir com enxertos de pele um
grande defeito de cerca de 7% TBSA num prazo relativamente curto (6 semanas). No
entanto, o enxerto rebentou e a úlcera reapareceu nos primeiros três meses. Foi
diagnosticado ao paciente Pyoderma Gangrenosum e recebeu imunossupressores.
Conclusão: As úlceras da perna de cicatrização difícil são problemas de saúde graves
e são devidas a uma diversidade de factores, tais como o tamanho da úlcera, doenças
associadas, fraca mobilidade dos membros inferiores, e fraca resposta à terapia. Não
obstante, os médicos devem ter sempre em mente uma doença imunomediada como
Pyoderma Gangrenosum sempre que lidam com úlceras recorrentes pese embora o
tratamento apropriado da ferida.
Métodos:
1. As medições foram tiradas de 744 aplicações de ligaduras de compressão de
diferentes materiais em pernas artificiais equipadas com transdutores de pressão.
2. As medições durante as actividades funcionais foram tiradas de 12 aplicações em
voluntários saudáveis. Todas as ligaduras foram aplicadas por especialistas da área.
Resultados: Os cálculos da pressão pelas equações da lei de Laplace modificada não
fazem uma previsão precisa dos valores medidos nestes estudos. Observou-se uma
compressão graduada real em apenas 53 das 744 (7,1%) aplicações. As medições em
voluntários saudáveis revelaram que a lei de Laplace é incorrectamente interpretada
quando se calculam as pressões por baixo da ligadura.
Conclusão/Discussão: A ampla convicção de que os sistemas de compressão
aplicados correctamente proporcionam valores de pressão graduados baseia-se
unicamente em equações matemáticas teóricas. A pressão final depende apenas do raio
da curvatura específica em que é posicionado um sensor, em vez da circunferência da
perna no nível do posicionamento. A dinâmica por baixo das ligaduras é melhor
explicada pela lei de Pascal sobre a pressão, na qual se declara que, se a pressão for
aplicada a um fluido estagnado (um músculo ou um grupo de músculos) num recipiente
(a fáscia circundante, assim como a ligadura de compressão), a pressão é transmitida
de forma igual em todas as direcções dentro desse recipiente.
111
ÚLCERAS VENOSAS CONSIDERADAS ‘DIFÍCEIS’ E O SEU IMPACTO NA
QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES: RESULTADOS DA PESQUISA
TRAJECTORIA
Jean-Charles Kerihuel
Vertical, Paris, France
Introdução: A pesquisa TRAJECTORIA procurou descrever a tipologia de úlceras
consideradas “difíceis” e avaliar a repercussão das mesmas na qualidade de vida.
Métodos: Pesquisa observacional. Os investigadores reportaram, no máximo, os
primeiros 8 pacientes, internados ou ambulatórios, cujas úlceras foram avaliadas como
sendo de difícil tratamento. A ferida foi examinada no início e o paciente respondeu a
um questionário sobre a qualidade de vida: o EuroQol-5D (EQ5D). No caso dos
pacientes que voltaram a ser vistos no prazo de 30 a 120 dias, a evolução da ferida foi
documentada e preenchido um novo questionário EQ5D.
Resultados: 168 investigadores incluíram 1005 pacientes (64% mulheres; 91%
ambulatórios; 62% já vistos; idade média: 73 p12 anos). 48% dos pacientes tinham sido
sujeitos a uma exploração vascular e a terapia de compressão foi utilizada em 76% dos
casos. 31% e 25%, respectivamente, tinham um historial de cirurgia venosa ou de
flebite. A úlcera foi recorrente em 55% dos casos e 34% dos pacientes apresentavam
mais de uma ferida. 22% das úlceras tinham uma duração superior a 6 meses. Em 20%
e 11% dos casos, foi diagnosticado diabetes e insuficiência cardíaca, respectivamente.
Aumento da área de superfície, desenvolvimento de eritema e exsudação abundante
foram os sinais mais reportados. No EQ5D, as queixas mais frequentes referiam-se à
dor ou desconforto e ansiedade ou depressão. 652 pacientes voltaram a ser vistos pelos
médicos investigadores. O EQ5D melhorou significativamente nos casos de evolução
favorável da úlcera.
Conclusão: As úlceras consideradas “difíceis” na prática rotineira têm um grande
impacto no EQ5D, o qual é bastante sensível quando ocorre uma melhoria das
condições da ferida.
112
ENSAIO CLÍNICO DE CRUZADO SECTORIAL COM SELECÇÃO ALEATÓRIA DOS
PACIENTES PARA COMPARAR O IMPACTO DO USO DE UM SISTEMA DE
LIGADURA DE COMPRESSÃO DE DUAS CAMADAS VERSUS QUATRO CAMADAS
NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA
Patricia Price1, Keith Harding1, Christine Moffatt2
1Cardiff
University, Cardiff, United Kingdom, 2Thames Valley University, London, United
Kingdom
Objectivo: Comparar o deslizamento da ligadura, a qualidade de vida relacionada com
a saúde (QVRS) e a preferência do paciente durante o tratamento de úlceras venosas
da perna com um sistema de ligadura de compressão de duas ou de quatro camadas.
Métodos: O ensaio foi realizado em 10 centros: no Reino Unido (3), Estados Unidos (5)
e Canadá (2). Os pacientes (n=81) foram escolhidos aleatoriamente para usar um dos
dois sistemas de compressão. O acompanhamento prolongou-se por 8 semanas, o qual
incluía, pelo menos, 9 consultas clínicas. A troca de tratamento ocorreu na 4ª semana.
Todas as úlceras usaram o mesmo tipo de penso primário. O objectivo principal era
avaliar o deslizamento da ligadura em cada mudança de penso. Os objectivos
secundários incluíam a determinação da QVRS (Esquema Cardiff de Impacto da
Ferida), bem como a cicatrização e a redução da área da ferida, ambas avaliadas no
início, na altura da troca de tratamento e no final do estudo. A preferência do paciente foi
determinada através de um questionário.
Resultados: O deslizamento médio estimado com base num modelo misto ANOVA (701
medições) foi de 2,48 cm para o sistema de 2 camadas e de 4,17 cm para o de 4
camadas (p<0,0001). As alterações positivas na apreciação dos sintomas físicos e do
quotidiano na QVRS durante o período 1 foram significativamente mais elevadas com o
sistema de 2 camadas (teste t de duas amostras, p=0,046). Não houve diferenças
significativas na percentagem de feridas que cicatrizaram (teste de Fisher, p=0,47) nem
na redução da área da ferida (teste Wilcoxon, p=0,87). Os pacientes manifestaram a
preferência pelo sistema de 2 camadas (72%) vs. o de 4 camadas (22%), sendo que 6%
não tiveram preferência. A preferência foi semelhante, independentemente da ordem da
selecção aleatória (p>0,99).
Discussão: Este estudo revela que ocorre muito menos deslizamento da ligadura no
sistema de 2 camadas do que no de 4 camadas. Este facto pode ter influenciado a
preferência dos pacientes pelo sistema de 2 camadas e, por consequência, ter afectado
a avaliação dos sintomas físicos e do quotidiano.
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RUT – REGISTO DE TRATAMENTO DE ÚLCERAS
Rut Frank Öien
Blekinge Wound Healing Center, Lyckeby, Sweden
Objectivo: Implementar um registo nacional de qualidade para úlceras da perna e do
pé de difícil cicatrização.
Métodos: O registo de qualidade RUT (Register Ulcer Treatment) tem sido utilizado no
centro de tratamento de feridas em Blekinge, desde o seu início a 3 de Março de 2003.
Tem vindo a melhorar, a fim de satisfazer as necessidades dos cuidados de saúde
primários, onde é tratada a maioria dos pacientes com úlceras do pé ou da perna de
difícil cicatrização. Tem existido também uma estreita colaboração com o centro
EyeNet, na Suécia, um dos três centros de competência na Suécia para registos
nacionais e internacionais autorizados pela Salar (Swedish Association of Local
Authorities and Regions), a associação sueca de autoridades locais e regionais.
Resultados: Os resultados a longo prazo (1986 a 2005) mostram uma redução na
prevalência de 0,22% para 0,15% no país e uma redução nos custos de tratamento por
paciente e por semana de 2,1 horas para 1,3 no mesmo período. Além disso, houve
uma drástica redução de custos para o tratamento destes pacientes, com 1 milhão de
euros de 1994 a 2005.
Conclusões: Para optimizar, a nível nacional, o tratamento de úlceras do pé e da perna
de difícil cicatrização, existe a necessidade de ter um registo de qualidade disponível na
Web, a fim de se poder comparar os cuidados, necessidades, custos e resultados em
diferentes regiões, em cuidados comunitários/primários e cuidados hospitalares.
O registo RUT parece preencher estes requisitos, razão pela qual se encontra agora
implementado em todo o país.
114
UM ENSAIO PILOTO COM SELECÇÃO ALEATÓRIA DOS PACIENTES PARA
DETERMINAR OS EFEITOS DE UM NOVO PENSO ACTIVO NA CICATRIZAÇÃO
DE FERIDAS DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA
Serena Lanzara, Giovanna Tacconi, Sergio Gianesini, Erica Menegatti,
Federica Federici, Alberto Liboni, Paolo Zamboni
University of Ferrara, Ferrara, Italy
Objectivo: Determinar o efeito de um novo penso de colagénio/celulose regenerada
oxidada (ORC)+prata na cicatrização de úlceras venosas da perna (VLU) de difícil
cicatrização e comparar esses resultados com os pacientes de um grupo de controlo
tratados com os melhores cuidados padrão.
Métodos: Neste estudo piloto, foram incluídos 30 pacientes com VLU, 14 homens
(47%) e 16 mulheres (53%), com a idade média de 73p20 anos e com uma duração de
doença entre 30 dias a 20 anos, os quais foram aleatoriamente escolhidos para receber
o melhor tratamento padrão (15 pacientes) ou a terapia com os pensos de colagénio/
ORC+prata (15 pacientes). O tamanho médio das feridas dos pacientes no grupo de
controlo era de 9 cm2 e 6 cm2 nos pacientes do grupo com o colagénio/ORC+prata.
O estudo decorreu durante 12 semanas, com mudanças de penso, medições do
tamanho das feridas e avaliação do aspecto das mesmas a cada semana. Os
parâmetros de avaliação do estudo foram a taxa de cicatrização na 12ª semana e a taxa
de redução da área durante o tratamento. Os pacientes que ao fim de 4 semanas de
terapia mostravam uma redução do tamanho da ferida superior a 50% foram
considerados como tendo reagido ao tratamento (Índice de Margolis =MI).
Resultados: A probabilidade de cicatrização na 12ª semana foi 4 vezes superior no
tratamento com colagénio/ORC+prata (OR=4,3, IC de 95%: 1-17, p<0,04) e a redução
do tamanho da úlcera foi significativamente melhorado no grupo tratado versus grupo de
controlo (p=0,00005). O MI teve uma melhor tendência no grupo com os pensos de
colagénio/ORC+prata, 67% (10/15), do que no grupo de controlo 47% (7/15) (p=ns).
Não foi observada grande diferença nas taxas de infecção (33% no grupo de controlo,
26% no grupo de colagénio/ORC+prata), o que não é de estranhar porque os pensos de
colagénio/ORC+prata foram aplicados apenas uma vez por semana.
Conclusões: Os resultados deste estudo piloto com selecção aleatória dos pacientes
confirmam a eficácia dos pensos de colagénio/ORC+prata no tratamento de VLUs de
difícil cicatrização, representando uma base útil para o cálculo da potência estatística de
um ensaio de controlo multicêntrico mais vasto, com selecção aleatória dos pacientes.
115
O EFEITO DA PRATA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
Breda Cullen, Rizwana Akhtar, Lorna McInroy
Johnson & Johnson Wound Management, Gargrave, N Yorkshire, United Kingdom
Objectivo: Determinar se existe um nível óptimo de prata que possa ser incorporado
nos pensos para feridas, de modo a reter as suas propriedades antimicrobianas sem
ser prejudicial para o processo de cicatrização da ferida.
Métodos: Utilizando modelos in vitro, examinámos os efeitos da concentração da prata
sobre a morte das células bacterianas e sobre a viabilidade celular. As propriedades
antimicrobianas foram determinadas através de um ensaio de redução Log10 e foram
confirmadas por ensaios de zona de inibição. A viabilidade celular dos fibroblastos,
células endoteliais e queratinócitos foi avaliada através de um ensaio padrão de
proliferação celular com XTT.
Resultados: Os resultados mostram que, dos pensos testados, o de colagénio/ORC +
prata foi o único que teve um efeito positivo na proliferação celular, retendo a sua
capacidade de reduzir a carga bacteriana. Verificou-se que foi eficaz contra os
patogénios mais comuns nas feridas e estirpes resistentes. Outros pensos com
libertação de prata causaram uma significativa citotoxicidade nos 3 tipos de células
testados.
Discussão: Historicamente, as terapias com prata têm sido usadas topicamente para
ajudar a controlar a carga microbiana, mas, apesar de a prata ser um excelente
antimicrobiano de largo espectro, níveis excessivos deste metal ou a sua aplicação em
feridas não infectadas podem causar um efeito citotóxico nas células hospedeiras e ter
um efeito geral negativo na cicatrização de feridas. Sempre que se diagnosticar uma
infecção clínica, é imperativo tratá-la com um antimicrobiano apropriado. Contudo, em
todas as outras circunstâncias, a utilização de uma terapia como a de colagénio/ORC +
prata proporcionaria a capacidade de controlar a carga bacteriana, ao mesmo tempo
que se criava um ambiente propício ao crescimento celular. Estes estudos in vitro
sugerem que o colagénio/ORC + prata é uma terapia ideal para feridas crónicas não
cicatrizáveis ou de cicatrização demorada, sobretudo quando essas feridas não estão
clinicamente infectadas.
116
EFEITO DOS PENSOS COM COLAGÉNIO NO AMBIENTE PROTEOLÍTICO DA
FERIDA CRÓNICA
Breda Cullen, Lorna McInroy, Lorraine Nisbet, Litzi Essler
Johnson & Johnson Wound Management, Gargrave, N.Yorkshire, United Kingdom
Objectivo: Determinar a capacidade de os pensos com colagénio modelarem proteases
presentes no ambiente de feridas crónicas e comparar os efeitos do colagénio/ORC aos
do colagénio simples.
Métodos: Neste estudo, recolhemos e caracterizámos o fluido de feridas crónicas para
determinar quais as proteases que são elevadas e quais as que predominam na
patofisiologia de feridas crónicas. Utilizando um modelo de fluido de feridas ex vivo,
avaliámos a capacidade do colagénio/ORC (+/- prata) e de outros pensos contendo
colagénio (+/- prata) para inactivar estas proteases com o decorrer do tempo.
A actividade das proteases foi medida utilizando substratos fluorimétricos, os quais são
clivados na presença de uma protease específica.
Resultados: Os nossos resultados corroboram estudos anteriores que demonstram que
as proteases são elevadas em feridas crónicas; contudo, além disso, relatamos que a
elastase derivada dos neutrófilos é a protease predominante, seguida de níveis
excessivos de MMP 2, 8 e 9. É a acção combinada destas proteases que leva à
degradação de todos os componentes da derme e ajuda a criar o ambiente destrutivo
da ferida crónica. Quando comparámos o colagénio/ORC (+ prata) com outros pensos
de colagénio (+ prata), descobrimos que o colagénio/ORC reduz significativamente
todas as proteases e é eficaz contra a elastase e as MMPs. Outros pensos com
colagénio demonstraram várias capacidades para reduzir as proteases tipo MMP e, de
uma forma geral, revelaram-se ineficazes na redução da actividade da elastase.
Discussão: Este estudo mostra que é necessário reduzir tanto a elastase como as
proteases do tipo MMP, de forma a reequilibrar o ambiente da ferida crónica. Os nossos
estudos comparativos demonstraram que a combinação de colagénio e ORC oferece
mais benefícios do que o colagénio simples, na sua capacidade de restaurar o
desequilíbrio proteolítico de uma ferida crónica e proporcionar um ambiente excelente
para a cicatrização.
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ALTERAÇÕES NA ACTIVIDADE DAS MMP-2 E MMP-9; PH À SUPERFÍCIE E
TAMANHO DAS FERIDAS CRÓNICAS QUANDO SE UTILIZARAM PENSOS
DE MEL DE MANUKA
Georgina Gethin, Seamus Cowman
RCSI, Dublin, Ireland
Contexto: As metaloproteinases da matriz (MMPs) são responsáveis pela degradação
dos componentes da matriz extracelular. As feridas crónicas são altamente proteolíticas
e a sua actividade depende do pH. É reconhecida a eficácia do mel de Manuka para
baixar o pH da superfície de feridas crónicas.
Objectivos: Determinar as alterações nos níveis de actividade das MMP-2 e MMP-9
em feridas crónicas durante as 2 semanas em que foi utilizado o mel de Manuka.
Monitorizar as alterações in vitro da actividade das MMPs, com avaliação in vivo do
tamanho da ferida e dos valores do pH à superfície.
Inclusão e exclusão: Foi obtida a aprovação ética. Pacientes com mais de 18 anos
com feridas crónicas, não cicatrizáveis, superficiais e não infectadas. As pessoas com
sensibilidade conhecida ao mel foram excluídas.
Métodos: Todas as feridas foram limpas com solução salina e cobertas com filme
protector* durante 1-2 horas, tendo depois o fluido sido aspirado e conservado a 700ºC. O pH à superfície da ferida foi registado com eléctrodo de vidro Blueline 27 de
superfície (Reagecon/Alkem Ireland), medido por planimetria digital com Sistema de
Medição de Ferida** (Smith+ Nephew). As amostras de fluido foram descongeladas
numa câmara a 40ºC até atingirem a temperatura ambiente, durante 6 horas. Para a
análise, com um factor de diluição de 1:5000, foram utilizados os sistemas DM900 do kit
ELISA Quantikine da MMP-9 Humana e RnD do kit ELISA Quantikine da MMP-2.
Resultados: Foram inscritos 11 pacientes, dos quais se obtiveram 8 amostras
emparelhadas. A MMP-9 média baixou 30%, de 30,9 mg/ml (entre 0,34 e 107) para
20,81 mg/ml (entre 5,0 e 40) (IC de 95% de 15,3 a 15,8, DP de 18,68, p = 0,975); a
MMP-2 média baixou 8,5%, de 1,53 mg/ml (entre 0,76 e 4,3) para 1,40 mg/ml (entre
0,20 e 2,25) (IC de 95% de 0,95 a 0,98, DP de 1,15, p = 0,969). 87% (n=7) das feridas
reduziram de tamanho. 100% das feridas tiveram uma redução no pH.
Conclusão: Durante as 2 semanas, tanto a MMP-2 como a MMP-9 reduziram quando
se utilizaram pensos de mel de Manuka nas feridas crónicas. A monitorização das
feridas com os métodos in vitro e in vivo pode proporcionar uma avaliação mais
completa do tratamento.
*OpSite®
** Visitrak®
118
DESAFIOS NA PROTECÇÃO DA PELE PERIFÉRICA DA FERIDA
Helen Hollinworth
University Campus Suffolk, Ipswich, Suffolk, United Kingdom
Objectivo: A protecção dos tecidos periféricos da ferida contra a escoriação por
exsudação corrosiva de feridas crónicas, ou contra o trauma resultante do uso de
adesivos tradicionais, é um desafio significativo com pouca pesquisa a sustentar a
prática. Estas preocupações profissionais são o resultado das observações das
mudanças de penso que, frequentemente, expõem uma prática longe da ideal. Em
2007, foi realizado um inquérito destinado a ajudar os enfermeiros na tomada de
decisões ao planearem o tratamento de feridas em pacientes com danos efectivos ou
potenciais nos tecidos periféricos.
Métodos: Foi pedido, aos enfermeiros qualificados que habitualmente lidam com
tratamentos de feridas em diversos ambientes de cuidados de saúde, que
respondessem a um questionário sobre as decisões que tomariam se reconhecessem
que um produto adesivo para o tratamento de feridas é adequado, mas que a área à
volta da ferida está danificada ou pode vir a estar danificada quando esse produto for
removido.
Resultados: Responderam ao questionário 232 enfermeiros. A acção mais indicada foi
a utilização de um produto que actuasse como barreira: 102 (44%), com 46 a indicar
uma película protectora para evitar ardor. Outras decisões centraram-se na escolha de
um produto alternativo ou num penso sem adesivo. Muitas respostas evidenciaram um
conhecimento limitado. Só 16 enfermeiros optariam por um penso menos adesivo.
Discussão: Embora o recurso a um produto que actuasse como barreira fosse a
estratégia mais frequente que os enfermeiros adoptariam para proteger os tecidos
periféricos da ferida contra o efeito dos adesivos, foram expostas muitas práticas
questionáveis. Estas reflectem-se quando se observa a prática. As pomadas para evitar
ardor destinam-se a proteger os tecidos do contacto com urina ou fezes, mas não do
fluido de feridas crónicas, e podem aumentar a capacidade de aderência dos produtos
adesivos, agravando os problemas de trauma nos tecidos. Além disso, as pomadas
contêm conservantes que são contra-indicados para o tratamento de úlceras na perna.
As decisões questionáveis incluíam a remoção da parte adesiva do penso, a utilização
de gaze para cobrir a área à volta da ferida e a utilização de um creme protector ou
solução especial. A deposição, por meio de pulverização, de uma película protectora
que evita o ardor em toda a área e, portanto, sob o adesivo, também é uma prática
questionável. Existem apenas relatos a suportar esta prática e os resultados negativos
são comuns. Tendo em conta a disponibilidade e a variedade de produtos adesivos de
silicone macio, relativamente aos quais as pesquisas mais recentes demonstram que
podem eliminar a necessidade de utilizar um produto que actue como barreira
protectora, é preocupante que tão poucos enfermeiros tenham chegado a esta decisão.
Um dos enfermeiros que respondeu ao questionário até acrescentou, à sua decisão de
usar um penso menos adesivo, o comentário ‘se existir’. Estes resultados sublinham a
necessidade de continuar as pesquisas e de investir em mais acções de formação sobre
este tema complexo.
119
120
DE QUE FORMA É QUE OS PENSOS DERIVADOS DA TLC SÃO ACEITES
PELOS PACIENTES? CONJUNTO DE RESULTADOS OBTIDOS
DE MAIS DE 14.000 PACIENTES
IMPLEMENTAÇÃO DE UM NOVO PENSO NUM HOSPITAL GERAL DISTRITAL
UTILIZANDO A MEDICINA BASEADA NA EVIDÊNCIA
Jean-Charles Kerihuel1, Luc Teot2, Sylvie Meaume3, Olivier Dereure4, Serge Bohbot5
Dumfries And Galloway Royal Infirmary, Dumfries, United Kingdom
1Vertical,
2Percy
John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian Mclean
Paris, France,
Hospital Clamart, Motpillier, France,
Foix Hospital, Ivry Sur Seine, France, 4Hospital Saint Eloi, Montpellier, France,
5Laboratoires Urgo, Chenove, France
Introdução: Há um crescente número de evidências na literatura que apoiam a teoria de que
certas combinações de pensos modernos são clinicamente mais eficazes do que a gaze
tradicional com pensos adesivos após cirurgia ortopédica.
Objectivos: A satisfação dos pacientes face à utilização de pensos é um factor
importante que influencia a adesão aos cuidados locais e, provavelmente, o tempo de
cicatrização, sobretudo em feridas crónicas. Isto é ainda mais evidente pelo facto de a
maioria dos pacientes em ambulatório mudarem os pensos a si próprios. Para avaliar
este parâmetro, fizemos uma análise a um conjunto de 10 estudos práticos realizados
em França entre 2002 e 2007.
O penso padrão pré-existente no nosso hospital era o tradicional penso de compressas e
adesivo, frequentemente utilizada nos hospitais do Reino Unido. Realizámos um estudo
prospectivo e comparativo que demonstrou claramente os benefícios clínicos da utilização da
combinação de hidrofibra/hidrocolóide (HF/HC) em 75 procedimentos ortopédicos electivos e
de emergência consecutivos. Ao aceitar este novo modelo de cuidados de tratamento,
tivemos de implementar este novo penso nas nossas práticas correntes.
3Charles
Métodos: Todos estes estudos observacionais incluíram pacientes em ambulatório
observados durante uma consulta médica normal para tratamento de uma ferida crónica
ou aguda. Todos os pacientes receberam um auto-questionário, incluindo uma
avaliação semelhante das suas satisfações com o penso. Estes questionários foram
preenchidos em casa 15 a 30 dias após a consulta e devolvidos directamente a um
centro coordenador.
Resultados: 6358 investigadores incluíram 31.245 pacientes. 14.703 pacientes
devolveram um questionário (taxa de resposta entre 36% e 75% de acordo com os
estudos). 53% dos pacientes eram mulheres. A idade dos pacientes era >75 anos em
25% dos casos e 7% eram crianças. 47% das feridas eram agudas (queimaduras 36%
e feridas traumáticas 53%) e 53% eram crónicas (80% de úlceras venosas da perna).
63,2% dos pacientes receberam um penso lipidocolóide (TLC) e 30% um penso de
TLC/espuma. Estes pensos libertavam prata em 18% dos casos. 46,8% dos pacientes
realizaram pelo menos mais de 50% das suas mudanças de penso sem a ajuda de um
profissional de saúde. 95% dos pacientes referiram que estavam satisfeitos ou muito
satisfeitos com o seu penso e a mesma percentagem respondeu que pretendia
continuar com o mesmo dispositivo. Estes resultados foram independentes da idade
dos pacientes ou da natureza da ferida.
Conclusão: Os pensos “modernos” como os pensos derivados da TLC são bem aceites
pelos pacientes. Este nível elevado de satisfação pode levar a uma maior adesão dos
pacientes aos cuidados locais.
Objectivo: Implementar um novo modelo de cuidados no tratamento de feridas recorrendo à
medicina baseada na evidência, para procedimentos ortopédicos num hospital geral distrital.
Métodos: Após a análise da literatura, realizámos um estudo prospectivo comparando o
tradicional penso de compressas e adesivo com o novo penso de HF/HC. Os resultados
foram convincentes no penso de HF/HC, tendo sido apresentados pelo director clínico da
ortopedia numa reunião no hospital onde estiveram presentes enfermeiros, pessoal do bloco
operatório, assistentes de farmácia e ortopedia e estagiários. Foi decidido unanimemente que
o penso de HF/HC passaria a ser o tratamento padrão. Estiveram presentes todas as partes
relevantes envolvidas na aprovação da alteração, encomenda de material e utilização dos
pensos.
Resultados: Realizou-se um estudo prospectivo e comparativo entre Outubro de 2007 e
Janeiro de 2008 envolvendo 75 utentes consecutivos admitidos para cirurgia ortopédica
electiva ou de emergência. As medições dos resultados incluíram a incidência de
empolamento (HF/HC 1%, tradicional 21,3%), o tempo de utilização (HF/HC 4,1 dias,
tradicional 1 dia), o número de mudanças de penso (HF/HC 0,94, tradicional 4,6), a alta
adiada devido a problemas na ferida (HF/HC 0%, tradicional 5,6%) e a taxa de infecção do
local cirúrgico (ILC) (HF/HC 0%, tradicional 5,6%) e foram a favor da combinação HF/HC.
Discussão: A combinação de pensos de HF/HC demonstrou vantagens clínicas significativas
em relação ao penso tradicional e foi decidido que este seria o novo modelo de cuidados de
tratamento de feridas em ortopedia no nosso hospital. Para implementar esta mudança de
prática, utilizámos a medicina baseada na evidência e depois uma abordagem
multidisciplinar, envolvendo as partes responsáveis pela tomada de decisão na encomenda
dos produtos, assistentes de ortopedia e estagiários, assim como os enfermeiros e do bloco
operatório que iriam utilizar o
penso. Estamos neste momento a recolher dados de acompanhamento de longa duração
utilizando o penso de HF/HC, que poderão vir a convencer outras unidades ortopédicas a
avaliar os seus pensos actualmente disponíveis e talvez a considerar compará-los com este
novo modelo de cuidados de pensos para feridas.
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121
REPRODUTIBILIDADE DA MEDIÇÃO ACTUAL DA SUPERFÍCIE DE FERIDAS
Gerard Koel, Frits Oosterveld
Saxion University of Applied sciences, Enschede, Netherlands
Objectivo: Analisar e comparar a qualidade de 4 métodos comuns de medição da
superfície de feridas. Os 4 métodos são: blocos de contagem, digitalizador, planigrafia
de folhas e planigrafia de fotografias digitais. A qualidade avalia-se pelo grau de
precisão. O processo de cicatrização de uma ferida só pode ser prognosticado se a
precisão for suficiente. A precisão é expressa pelo Erro Padrão de Medição (SEM) e
pela Alteração Mínima Detectável (MDC). Outras características para avaliar a
qualidade são a fiabilidade (expressa pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse, ICC) e
a praticabilidade clínica.
Método: Um estudo de diagnóstico em que 30 pacientes com feridas na pele foram
examinados por 2 avaliadores que, em 2 ocasiões, efectuaram um teste e repetição do
mesmo. Todas as feridas foram testadas 8 vezes. A precisão intra- e interavaliadores é
determinada por análises diárias e de dois em dois dias. Os 30 pacientes foram
classificados em 3 tipos: hospitalizados, policlínicos e cuidados ao domicílio. Foram
igualmente incluídas feridas de grande e de pequena dimensão.
Resultados: Feridas de diferentes tamanhos foram medidas pelos 4 métodos, obtendose uma elevada e inaceitável distribuição de resultados. Estatisticamente, existem
diferenças significativas entre blocos/digitalizador, blocos/planigrafia de folha e
digitalizador/planigrafia de folha (teste t emparelhado). A Anova não detecta, em termos
estatísticos, diferenças claramente significativas entre os testes intra- e interavaliadores
para cada um dos 4 métodos.
A precisão intra-avaliadores para cada método é suficiente; a MDC% é de 5% (o que
significa que uma diferença de 5% é devida à variância de erro; uma diferença superior
a 5% mostra uma alteração clínica). A precisão interavaliadores é superior a 10%. Os
valores do ICC são superiores a 0,9, o que mostra uma boa fiabilidade.
A praticabilidade clínica dos 4 métodos não é suficiente (muito morosos). Obtêm-se os
mesmos resultados para os 3 tipos diferentes de pacientes e diferentes tamanhos de
feridas.
Conclusão: A reprodutibilidade só é suficiente nos testes intra-avaliadores.
A praticabilidade clínica é fraca. Torna-se necessário adoptar um novo método de
avaliação de superfície de feridas que apresente uma praticabilidade e precisão
adequadas.
122
DESENVOLVIMENTO DA EQUIPA DE ENFERMAGEM NA AVALIAÇÃO
E CONTROLO DA DOR NO DOENTE COM FERIDA
João Dias, Dulce Cabete
1Centro
2Escola
Hospitalar do Baixo Alentejo, Beja, Portugal,
Superior de Saúde, Setúbal, Portugal
Sabe-se que a dor sofrida pelos doentes com feridas crónicas é um sintoma frequente,
especificamente durante a realização do penso. A redução da é uma prioridade, uma
vez que a qualidade de vida do doente é severamente afectada além de que interfere
na optimização do processo de cura e cicatrização, com o respectivo impacto no custo
total do tratamento. O principal objectivo deste projecto era dotar a equipa de
enfermagem de um serviço de medicina de conhecimentos e instrumentos com vista à
correcta avaliação da dor nos doentes com feridas.
Metodologia: Sensibilização dos profissionais de saúde para a importância da correcta
avaliação e controlo da dor nos doentes com feridas crónicas; rever e implementar a
norma do controlo da dor a nível institucional; Munir os enfermeiros de escalas de
avaliação da dor; avaliar o impacto da intervenção nos utentes do serviço através da
análise de registos no processo clínico e comparação com 2º avaliador.
Resultados: na análise pré e pós verifica-se que a avaliação da dor passou a ser um
procedimento sistemático, com o respectivo registo em todos os processos clínicos e
em todos os turnos. Anteriormente verificava-se que cerca de 10% dos doentes não
tinham qualquer registo sobre a dor. Constatou-se também que, após o
desenvolvimento do projecto, os enfermeiros passaram a utilizar mais escalas de
avaliação da dor e mais adequadas às características dos doentes, no caso a numérica
colorida e a do observador. Anteriormente, apenas recorriam à aplicação da escala de
faces de Wong-Baker e sempre de forma incorrecta. Alteraram-se significativamente os
conhecimentos dos enfermeiros relativamente à aplicação de escalas de avaliação da
dor e a eficácia da avaliação. No início nenhum enfermeiro sabia aplicar correctamente
a escala que estava a utilizar e, no final do projecto, 75% dos enfermeiros aplicam
correctamente a escala a que recorrem. Por outro lado, também havia inicialmente um
total desconhecimento sobre a norma institucional da dor sendo que, após as
intervenções, 25% dos enfermeiros conhecem a referida norma. Conclusão: os
resultados foram francamente positivos sendo de continuar a intervenção, alargando-a a
outros serviços.
123
DESENVOLVIMENTO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
DEFINIDOS PELO PACIENTE RELATIVOS AO DESBRIDAMENTO DE FERIDAS
Katharina Herberger, Nadine Franzke, Kathrin Baade, Matthias Augustin
124
ESTUDO DE BASE COMUNITÁRIA SOBRE A QUALIDADE DO
TRATAMENTO DE ÚLCERAS CRÓNICAS DA PERNA, NO NORTE DA ALEMANHA
– INTRODUÇÃO DE UM SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
CVderm, University Clinics of Hamburg, Hamburg, Germany
Matthias Augustin1, Stephan Rustenbach1, Nadine Franzke1, Leyla Brocatti1,
Lena Grams1, Oliver Haartje1, Sebastian Debus2
Objectivo: Desenvolver um instrumento que permita avaliar os benefícios definidos
pelo paciente relativos ao desbridamento de feridas. O objectivo específico do
questionário é o de avaliar os resultados relevantes para o paciente em estudos
comparativos sobre diferentes tipos de desbridamento.
2Asklepios
Métodos: Em entrevistas abertas com n=50 pacientes com feridas crónicas (n=25
úlceras da perna, n=25 úlceras do pé diabético), foram registados os possíveis
benefícios da terapia de desbridamento de feridas do ponto de vista dos pacientes. Os
itens assim obtidos foram analisados por um painel de dermatologistas, enfermeiros de
feridas e pacientes e, depois, transferidos para um questionário de 25 itens, incluindo
itens específicos ao desbridamento e itens genéricos para tratamento de feridas. A lista
de itens foi utilizada antes da terapia, para avaliar os benefícios esperados pelos
pacientes, e após terapia, para registar os benefícios sentidos. Estes objectivos
terapêuticos seleccionados individualmente e os correspondentes benefícios são,
depois, utilizados para gerar um “Índice de Benefícios do Paciente” (IBP) ponderado.
A validade e a aplicação prática deste procedimento foram testadas.
Resultados: Os pacientes aceitaram o instrumento e consideraram-no de fácil
compreensão. O tempo médio para responder ao questionário foi inferior a quatro
minutos. Não houve praticamente valores em falta. Além disso, o método provou ser
internamente consistente, construtivamente válido e sensível a alterações.
Conclusões: O Índice de Benefícios do Paciente (IBP), destinado especificamente ao
desbridamento de feridas, é um instrumento prático válido e bastante bem aceite para
registar as estimativas dos benefícios por parte dos pacientes. Além de registar o nível
de bem-estar dos pacientes, o IBP oferece a oportunidade de produzir uma avaliação
individualizada e ponderada pelo paciente dos benefícios do desbridamento e do
tratamento de feridas em geral.
1CVderm,
University Clinics of Hamburg, Hamburg, Germany,
Clinics, Hamburg, Germany
Objectivo: 1) Avaliação da qualidade do tratamento de úlceras da perna na área de
Hamburgo, Norte da Alemanha; 2) avaliação das modalidades de tratamento em relação
com as directrizes; 3) registo da qualidade de vida dos pacientes e da carga do
tratamento na comunidade.
Métodos: Os critérios para a qualidade do tratamento derivaram da directriz nacional
alemã (AWMF) e das directrizes internacionais. Desenvolveu-se uma lista de critérios
prioritários, através de um consenso Delphi, a nível nacional entre especialistas em
feridas (médicos e enfermeiros), incluindo 20 indicadores que definem um “tratamento
excelente” e que são transformados numa classificação de 0-100. O estudo incluiu uma
amostra representativa consecutiva de n=250 pacientes com úlceras crónicas da perna
de qualquer origem. Os pacientes foram observados em clínicas de feridas,
consultórios, lares, serviços de cuidados domiciliários e ambulâncias especiais para
pessoas sem-abrigo e toxicodependentes, proporcionando, assim, uma grande
variedade de 220 prestadores de cuidados de saúde no total. Todos os pacientes foram
entrevistados, fotografados e examinados pessoalmente por especialistas experientes
em feridas. Pediu-se aos pacientes que preenchessem um questionário sobre a
qualidade de vida (QV), experiências com terapias anteriores e qualidade do tratamento.
Resultados: Foi possível analisar um total de 502 dos 520 registos de pacientes,
incluindo úlceras venosas da perna (63%), mistas (23%), vasculíticas (2%) e outras
(12%). Em conjunto, uma grande parte dos pacientes (78,6%) foi tratada com pensos
modernos. A dor e a terapia de compressão também estiveram de acordo com as
directrizes. Contudo, houve défices em diagnósticos (p. ex., angiologia, biópsias,
medição da dor) e em tratamentos de feridas concomitantes. Uma grande parte dos
pacientes ainda sofria de acentuadas reduções da QV. A classificação média da
qualidade estava abaixo dos 60.
Conclusões: Apesar do tratamento tópico de acordo com a “leges artis”, muitos
pacientes no Norte da Alemanha não são tratados de forma satisfatória de acordo com
as directrizes. A “classificação de qualidade” desenvolvida pelo painel Delphi provou ser
útil na avaliação da qualidade.
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126
INITIAL HEALING RATES AS PREDICTIVE FACTORS OF VENOUS LEG ULCER
HEALING: THE USE OF A LASER BASED 3-D ULCER MEASUREMENT
PROGRESSO NO DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO WOUNDMONITOR
E NA MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA DO ESTADO DA FERIDA
Nada Kecelj-Leskovec, Maja Pohar Perme, Matija Ježeršek, Miloš D. Pavlovć,
Janez Možina, Tomaž Lunder
Rytis Rimdeika1, Arunas Setkus3, Loreta Pilipaityte1, Mindaugas Kazanavicius1,
Emanuela Gobbi5, Ken Dunn4, Anna Maria Pisanelli2, Krishna C. Persaud2
University medical centre, Ljubljnana, Slovenia
1Kaunas
Objectivo: Medir as úlceras venosas da perna em três dimensões na primeira consulta
e 4 semanas depois. Fazer uma estimativa do poder indicador das taxas de cicatrização
inicial vertical (TCIV) e horizontal (TCIH) no primeiro mês de terapia. Avaliar a
magnitude do poder indicador das duas taxas de cicatrização inicial e o tempo de
cicatrização da úlcera em 24 semanas de tratamento.
Métodos: Utilizámos o novo método de medição laser tridimensional com uma precisão
de 7,5%, que também contempla as distorções criadas pela convexidade do membro.
O sistema é preciso, barato, de fácil utilização e apropriado às práticas do dia-a-dia.
Calculámos a TCIV e a TCIH utilizando a equação de Gilman (delta A/p (0-4)) e pela
modificação da equação de Gilman (delta V/A (0-4)). Realizou-se um estudo de coortes
prospectivo e monocêntrico com 81 pacientes consecutivos com úlceras venosas da
perna em estado crónico, tratadas com a terapia de compressão de alongamentos,
flavonóides e pensos.
Resultados: As taxas de cicatrização inicial horizontal (TCIH) e vertical (TCIV) são
indicadores importantes de cicatrização em 24 semanas. Não são influenciadas pela
idade, duração da úlcera, área inicial da úlcera e veias safeno-femorais e perfurantes
insuficientes. Juntamente com a duração da úlcera, são indicadores independentes da
cicatrização em 24 semanas (a área abaixo da curva ROC equivale a 0,9).
Conclusões: A taxa de cicatrização inicial vertical fornece-nos informações adicionais
importantes e melhora significativamente a previsão de cicatrização em 24 semanas.
Juntamente com a TCIH e a duração da úlcera, permite-nos prever a cicatrização em 24
semanas com elevada especificidade e sensibilidade.
Medical University Hospital, Kaunas, Lithuania, 2Manchester University,
Manchester, United Kingdom, 3Vilnius Semidonductive Physics Institute, Vilnius,
Lithuania, 4South Manchester University Hospital, Manchester, United Kingdom,
5SPA Biodiversity, Brescia, Italy
Objectivo: Neste documento, descrevemos o progresso do trabalho realizado no
projecto WOUNDMONITOR.
Métodos: O nosso estudo foca a relação entre as características dos compostos
voláteis no espaço morto detectado pelo nariz electrónico e o tipo de patogénio.
Realizámos investigações em série nas feridas de diferentes origens. Foram colhidos
três espécimes idênticos de vários tipos de feridas após a identificação da infecção.
Uma das amostras foi investigada pelo nariz electrónico, as outras foram utilizadas
como controlos e foram processadas com técnicas de microbiologia padrão.
Resultados: Foram investigadas a estabilidade e a reprodutibilidade das respostas dos
compostos voláteis à presença dos patogénios de feridas mais comuns. Descobrimos
que as alterações na resistência do sensor repetem-se quando os mesmos
microorganismos foram testados em várias feridas.
É demonstrado que as características artificiais compostas dos sinais do sensor
dependem do teor da cultura: a tecnologia permite a identificação dos patogénios de
feridas mais comuns: S. Aureus, Streptococci, Pseudomonas aeruginosa, Proteus,
Acinetobacteriae, Eschericiae, Enterococci. É igualmente reconhecido que os resultados
do nariz electrónico dependem da quantidade de microorganismos e são promissores
na análise quantitativa da colonização bacteriana.
Conclusões/Discussão: Concluímos que as alterações na resistência do nariz
electrónico baseada no sensor semicondutor se repetem quando os mesmos
microorganismos são encontrados na carga microbiana da ferida.
A representação esquemática destes microorganismos pode ser utilizada para uma
análise comparativa de contaminação.
Apesar de o protótipo portátil do nariz electrónico desenvolvido durante o projecto
WOUNDMONITOR necessitar ainda de ser calibrado e afinado, é promissor na
identificação dos patogénios da ferida.
127
128
IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROJECTO PARA ÚLCERAS DA PERNA:
RESULTADOS DA PREVALÊNCIA E IMPLEMENTAÇÃO
EPIDEMIOLOGIA DE LESÕES POR QUEIMADURA NA LITUÂNIA
NO PERÍODO DE 1992-2006
Katia Furtado
Darius Kubilius, Mindaugas Kazanavicius, Rytis Rimdeika
Centro de Saude Arronches, Portalegre, Portugal
Clinics of Kaunas University of Medicine, Clinic of burns and plastic surgery,
Kaunas, Lithuania
Objectivo: Em Portugal, o cuidado de pacientes com úlceras da perna não tem sido
uma prioridade e carece de uma base de evidências. Isto leva a que muitos pacientes
com feridas crónicas sejam encaminhados para os hospitais, em vez de serem tratados
na comunidade, e mantidos em clínicas por períodos prolongados. Assim, foi
considerado apropriado implementar um projecto para úlceras da perna, a fim de
melhorar a prática.
O objectivo deste projecto é proporcionar a continuidade dos cuidados através do:
– desenvolvimento e implementação de protocolos e práticas de cuidados de feridas
com base na evidência;
– desenvolvimento de uma abordagem de equipa multidisciplinar e holística.
Materiais e métodos: O projecto realizou-se no distrito de Portugal com mais idosos e
foi iniciado com um estudo de prevalência seguido de uma fase de implementação com
a introdução de novas práticas e aquisição de Dopplers manuais e ligaduras de
compressão.
Resultados: No estudo de prevalência, foram identificados 109 pacientes, a maioria
dos quais sob os cuidados da comunidade (83%) e 17% internados. A duração média
foi de 5,37 (2 a 24) meses. Num ano de implementação, 75 úlceras ficaram
cicatrizadas.
Conclusão: A racionalização dos cuidados em úlceras da perna trouxe melhorias à
prática, com melhores resultados para os pacientes.
Objectivo: Este estudo foi realizado para fornecer dados sobre a epidemiologia de
lesões por queimadura na Lituânia, a influência de novos métodos de cicatrização e o
desenvolvimento do sistema de saúde e comparar os resultados com estudos
semelhantes realizados noutros países.
Métodos: No período de 1992-2006, foram recolhidos dados no Departamento de
Estatística da Lituânia, Departamento de Incêndios e Salvamento, Centro de
Informações de Saúde Lituano, Fundo Estatal de Pacientes, instituições de saúde e
instituições de tratamento de queimaduras. Foram incluídos neste estudo os dados
sobre o número total de pacientes com queimaduras, as alterações no número de
pacientes internados, a mortalidade relacionada com queimaduras, as taxas e dados de
hospitalização, a duração do internamento, a distribuição por grupos etários e o sexo
dos pacientes.
Resultados: No período de 15 anos, em média, 9002 pessoas por ano (população de
2,5/1000) apresentaram lesões por queimadura. 75,3% dos pacientes queimados eram
adultos, 24,7% crianças. 21,2% dos pacientes queimados foram hospitalizados; o
número de pacientes hospitalizados por 100.000 pessoas foi de 52,5. Entre os
pacientes admitidos nos hospitais, 67% eram homens e 33% mulheres com um rácio
homem/mulher de 2:1. A duração da hospitalização foi de 13,1 dias. O número de
mortes de pacientes internados contabilizou 64 mortes por ano, com a idade a ser um
factor importante nas taxas de mortalidade, com a menor de 0,3% no grupo etário de 014 subindo para 14,2% no grupo etário superior a 64 anos, com uma média de 3,5% de
todos os pacientes internados (5% excluindo o grupo etário de 0-14). Os homens
apresentaram uma taxa de mortalidade de 5%, as mulheres uma taxa ligeiramente
superior, 5,2%.
Conclusões: Muitos números estatísticos são semelhantes a estudos realizados
noutros países. As alterações no tratamento de queimaduras, a prevenção e o sistema
de saúde estão a produzir efeitos positivos, mas alguns números são muito elevados e
preocupantes, devendo ser considerada uma nova abordagem no tratamento e
prevenção de queimaduras.
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ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA E CUSTOS DAS ÚLCERAS DA PELE COMO
PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO SOS ÚLCERA
A NÍVEL NACIONAL E EUROPEU
Dr. Enzo Giraldi, Ugo Baccaglini
Centro Multidisciplinare Day Surgery, Padova, Italy
Objectivo: O projecto SOS Úlcera teve início em 2004 como um Programa de Controlo
de Doença para úlceras vasculares, diabéticas e de pressão, com o objectivo de
determinar os custos da doença ulcerosa e de fornecer um método para ser utilizado
para programar os cuidados de saúde regionais e melhorar a utilização de recursos. Em
Outubro de 2006, foi completado um estudo de prevalência sobre lesões da pele na
Província de Pádua, com o objectivo de identificar a presença de lesões na pele em
pacientes de instalações de cuidados residenciais (RC) e cuidados em casa (HBC) e
factores de risco para úlceras de pressão. Este estudo foi a primeira etapa de um
inquérito observacional prospectivo, de avaliação de custos, que começou em
Setembro de 2007 e irá durar 6 meses.
Métodos: O estudo sobre a prevalência de lesões na pele envolveu todos os residentes
das casas de repouso, pacientes de clínicas de enfermagem de ambulatório, pessoas a
receber cuidados em casa e todas as visitas ao domicílio a pacientes para recolha de
amostras de sangue. Os dados pessoais e clínicos foram registados em adição a um
índice do risco de desenvolvimento de úlceras de pressão de acordo com a escala de
Braden. Tendo em conta os dados fornecidos pelo estudo de prevalência, os pacientes
foram recrutados para o inquérito observacional prospectivo sobre o custo das úlceras
(ainda em progresso).
Resultados: A prevalência de lesões de pressão foi de 22,7% em HBC e 9,1% em RC;
18,4% em HBC e 1,7% em RC para lesões vasculares, e 4,3% em HBC e 0,4% em RC
para lesões do pé diabético.
Conclusão/discussão: Os dados recolhidos durante o estudo sobre a prevalência e
custos na macro área da Região de Veneto irão ser utilizados para disseminar o
programa a todas as regiões de Itália e como base para um estudo Europeu em
parceria com a EWMA e 7 países Europeus, para recolha de dados clínicos e de custos
das doenças ulcerosas.
130
IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO DA ÚLCERA DA
PERNA NA ESLOVÉNIA - IDENTIFICAÇÃO DE CASO
Justina Somrak1, Marta Gantar1, Helena K Peric1, Peter J. Franks2
1Slovenian
2Thames
Wound Management Association, Slovenia,
Valley University, London, United Kingdom
Introdução: A gestão da ulceração crónica da perna representa um desafio
problemático na Eslovénia assim como em muitos outros países Europeus devido a
diferentes factores, tais como questões organizacionais, educacionais e financeiras. Os
pacientes não têm um acesso igual a serviços e dispositivos médicos. Existe claramente
uma falta de dados que nos permitiriam avaliar adequadamente a eficácia do tratamento
de feridas fornecido e implementar mudanças para melhorar as práticas actuais.
A SWMA e a EWMA decidiram iniciar um projecto para produzir factos que possam
melhorar o tratamento da úlcera da perna. A primeira parte do projecto, um estudo de
prevalência forma a base desta apresentação. Os passos seguintes incluem uma
avaliação mais detalhada dos tratamentos fornecidos, desenvolvimento de estratégias
mais eficazes e a sua implementação na prática.
Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao
tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com
ulceração crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O
objectivo da primeira parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear
posteriores avaliações e propostas de implementação.
Métodos: A região de Dolenjska (sudeste da Eslovénia), com uma população de
138.872 pessoas foi escolhida como local do estudo. Foram enviados questionários a
todas as instituições de cuidados de saúde que tratam úlceras da perna (hospitais,
centros de saúde, centros de enfermagem, clínicas privadas) e distribuídos aos
profissionais de cuidados de saúde que tratem feridas nessas instituições. Antes da
distribuição do questionário foram efectuadas reuniões nas instituições para introduzir o
objectivo e os métodos do estudo.
Resultados: Foram identificados um total de 309 pacientes no estudo, o que representa
uma taxa de prevalência de população 1,87/1000. Dois terços dos pacientes eram
mulheres. A idade média era 72,5 anos. Quase metade dos diagnósticos são efectuados
apenas por avaliação clínica. Uma grande variedade de pessoal médico e de
enfermagem trata pacientes com ulceração crónica. A dor é um assunto importante para
os pacientes que sofrem desta condição. O número médio de visitas ao médico era alto
neste grupo de doentes (3,82/semana). Foram utilizados mais de 160 produtos para
tratamento destas úlceras.
Debate: Ainda está em progresso um análise mais detalhada dos dados deste estudo
(por exemplo relação custo-eficácia). Os dados iniciais sugerem uma maior incidência
de ulcerações nas pernas quando comparados com outros países. Existe uma
confiança no diagnóstico clínico sem a utilização de investigações apropriadas em
muitos pacientes. Há uma clara necessidade de desenvolver linhas orientadoras para o
tratamento incluindo um formulário de produtos apropriado.
131
132
IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO DA ÚLCERA
VENOSA DA PERNA NO NORTE DA POLÓNIA - ESTUDO DE PREVALÊNCIA
ANÁLISE DE UMA ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DE ÚLCERA DA PERNA NA
POLÓNIA – IDENTIFICAÇÃO DE CASO
Arkadiusz Jawien1, Maria T. Szewczyk1, Pawel Brazis1, Justyna Cwajda1,
Michal Miszewski1, Paulina Moscicka1, Elzbieta Hancke1, Peter J Franks2
Zbigniew Rybak1, Grzegorz Krasowski2, Jaroslaw Kalemba2, Robert Wajda3,
Wojciech Kornacki3, Peter J. Franks4
1Polish Society of Phlebology, Polish Wound Management Association, EWMA Council
member, Department of Vascular Surgery Wroclaw Medical University, Wroclaw, Poland,
2Polish Society of Phlebology, Krakow, Poland, 3Provincial Hospital in Opole, Opole, Poland,
4Thames Valley University, London, United Kingdom
Introdução: O tratamento da ulceração crónica da perna representa um desafio problemático
na Polónia assim como em muitos outros países Europeus devido a diferentes factores, tais
como questões organizacionais, educacionais e financeiras. Os pacientes não têm um
acesso igual a serviços e dispositivos médicos. Existe claramente uma falta de dados que
nos permitiriam avaliar adequadamente a eficácia do tratamento de feridas fornecido e
implementar mudanças para melhorar as práticas actuais.
A EWMA decidiu levar a cabo um projecto para produzir evidências para melhorar o
tratamento da úlcera na perna. A primeira parte do projecto, um estudo de prevalência forma
a base desta apresentação. Os passos seguintes incluem uma avaliação mais detalhada dos
tratamentos fornecidos, desenvolvimento de estratégias mais eficazes e a sua
implementação na prática.
Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao
tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com ulceração
crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O objectivo da primeira
parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear posteriores avaliações e
propostas de implementação.
Métodos: A cidade de Opole e o distrito de Strzelce Opolskie (sudoeste da Polónia), com
uma população de 212 000 habitantes foram seleccionados como local do estudo. Foram
enviados questionários a todas as instituições de cuidados de saúde a tratarem úlceras da
perna (hospitais, centros de saúde, clínicos gerais, dermatologistas, clínicas privadas,
hospícios) e distribuídos aos trabalhadores em cuidados de saúde a tratarem feridas nessas
instituições. Antes da distribuição do questionário foram efectuadas reuniões nas instituições
para introduzir o objectivo e os métodos do estudo.
Resultados: Foram identificados 327 pacientes no total no estudo, o que representa uma
taxa de prevalência de 1.54/1000 pessoas. Cerca de 65% dos pacientes eram mulheres. A
idade média era 66 anos. A maioria dos diagnósticos foram efectuados por clínicos gerais.
Uma grande variedade de pessoal médico e de enfermagem trata pacientes com ulceração
crónica. A dor é um assunto importante para os pacientes que sofrem desta condição. A
úlcera mais comum era a venosa (cerca de 70%), mas o Doppler foi usado apenas em cerca
de 10% dos diagnósticos. Mais de 20 produtos eram utilizados para o tratamento destas
úlceras, mas as compressas de gaze sem compressão eram utilizadas em dois terços dos
pacientes.
Conclusão: A análise de dados mais detalhados deste estudo ainda está em progresso. Os
dados iniciais sugerem uma prevalência similar da ulceração da perna comparados com
outros países. Na maioria dos casos o exame clínico foi o único método utilizado. Há uma
clara necessidade de desenvolver linhas orientadoras para o tratamento incluindo um
formulário de produtos apropriado.
1Polish
Wound Management Association (PWMA), Wroclaw, Poland,
Valley University, London, United Kingdom
2Thames
Introdução: O tratamento da ulceração venosa crónica da perna representa um grande
problema na Polónia. Os dados epidemiológicos nacionais actuais mostram que a
prevalência da úlcera venosa da perna seja cicatrizada ou activa representa quase 3%
de todos os pacientes com desordem venosa crónica e é mais pronunciada na Polónia
do que em outros países da Europa de Leste. A razão para isso está provavelmente no
acesso desigual aos serviços e dispositivos médicos tais como eco-doppler e
compressas modernas. Existe uma de dados que avaliem adequadamente a
efectividade do tratamento de feridas oferecido uma vez que a PWMA em conjunto com
a EWMA decidiram levar a cabo um projecto para produzir evidências de forma a
melhorar o tratamento da úlcera da perna. A primeira parte do projecto estudou
cuidadosamente a prevalência das úlceras da perna e é a base desta apresentação. Os
passos seguintes irão incluir uma avaliação mais detalhada dos tratamentos oferecidos,
desenvolvimento de estratégias mais eficazes e a sua implementação na prática o que
irá levar ao melhoramento das práticas actuais.
Objectivo: o objectivo global do projecto é desenvolver uma abordagem racional ao
tratamento da úlcera na perna que estará disponível para todos os pacientes com
ulceração crónica da perna e que irá servir como modelo para outros países. O
objectivo da primeira parte do estudo é reunir dados sob os quais possamos basear
posteriores avaliações e propostas de implementação.
Métodos: A cidade de Bydgoszcz (Norte da Polónia), com uma população de 363 468
habitantes foi escolhida como local do estudo. Foram enviados questionários à maioria
dos consultórios de clínica geral para cobrir uma população de 200 000 habitantes.
Anteriormente à distribuição do questionário foram efectuadas reuniões com os clínicos
gerais e o seu pessoal de enfermagem para introduzir o objectivo e métodos do estudo.
Resultados: O estudo está a decorrer e os resultados finais são esperados no final de
Março de 2008. Irão ser apresentados os dados demográficos assim como a
prevalência da úlcera venosa da perna. Adicionalmente, iremos poder responder às
questões sobre que está principalmente a tratar as úlceras venosas e como e onde o
tratamento é efectuado.
Conclusão: Os resultados do nosso estudo irão levar-nos à melhoria
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6EG:H:CI6v³DDG6A
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133
FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL SOBRE O TRATAMENTO DE FERIDAS NA
COMUNIDADE
Elaine Pina
H. Lusíadas, Lisbon, Portugal
134
ESTUDO INTERPROFISSIONAL: FUNCIONA A NÍVEL DO MESTRADO?
Vanessa Jones
Wound Healing Research Unit, Cardiff University, Cardiff, United Kingdom
Uma razão principal para os fracos resultados no tratamento de feridas em Portugal está
relacionada com a avaliação insuficiente do paciente e da ferida e com a comunicação entre os
envolvidos nos cuidados de saúde. Isto tornou-se evidente para nós durante o nosso estudo sobre
a epidemiologia e prática de feridas crónicas na Comunidade em Portugal. De forma a resolver
este problema propusemos às Associações Regionais de Saúde (ARS) desenvolver um projecto
de formação/intervenção na Preparação do Leito da Ferida envolvendo médicos de cuidados de
saúde primários, profissionais de enfermagem e farmacêuticos. Foi adoptada uma abordagem
modular com um dia em sala-de-aula (teoria e estudo de casos apresentados por participantes de
forma a demonstrar a aplicação na prática do conhecimento adquirido no módulo anterior) e apoio
oferecido entre módulos para clarificação e debate.
Embora as falhas no cuidado dos pacientes e pesquisa básica no campo da cicatrização
de feridas fossem claramente os motivos principais para o estabelecimento de muitos
cursos, foram os objectivos que daí advieram como a quebra de barreiras,
melhoramento na colaboração e entendimento mútuo dos papéis individuais que
encorajou os educacionalistas a oferecer cursos interdisciplinares. Poderá no entanto
parecer que esses objectivos são mais facilmente atingíveis num nível de pósgraduação onde os estudantes ingressam num curso tendo já desenvolvido o seu
próprio papel profissional e estão dessa forma melhor equipados para entender o papel
dos outros (Pirrie et al 1998).
O programa teve início em Outubro de 2006 e a primeira fase terminou em Fevereiro de 2008. Três
(de cinco) ARS aceitaram a oferta e foram envolvidas na implementação desde o início. Os
participantes foram escolhidos pela ARS para servirem de modelo. Estão envolvidos um total de
105 participantes (30 médicos, 70 profissionais de enfermagem e 5 farmacêuticos/as) divididos em
4 grupos e foi-lhes dado conjuntos de diapositivos com textos explanatórios de forma a reproduzir
os programas no mesmo formato para que todos os profissionais na área adquirissem a mesma
informação/conhecimento. A segunda parte deste projecto está a decorrer neste momento.
Embora os organizadores dos cursos possam estar pessoalmente comprometidos com
o conceito da educação interdisciplinar, eles necessitam de estar cientes dos motivos
pessoais da sua população alvo de forma a produzir uma razão clara para o
fornecimento de um curso.
Numa avaliação inicial, observámos que, contrariamente às nossas expectativas, não existia uma
diferença significativa no conhecimento entre os diferentes grupos profissionais (com excepção
dos pensos). Iremos apresentar os resultados na avaliação final da fase um. Todos os médicos
(excepto um) reconheceram que tinham inicialmente um fraco conhecimento e nenhum
envolvimento no tratamento de feridas e que a participação no projecto proporcionou melhorias
neste campo assim como no seu papel na equipa. As mudanças implementadas na prática foram
significativas variando da adopção da avaliação do paciente e melhores práticas no tratamento de
feridas (limpeza, escolha do penso) à abertura de uma clínica para o tratamento de feridas
crónicas. Em alguns casos onde a fase 2 está apenas no início, não foram possíveis mudanças ou
foram implementadas poucas. Concluímos que para colocar a teoria em prática é necessário
envolver todos os profissionais incluindo as autoridades de saúde responsáveis pelas mudanças
significativas necessárias.
faculdades de farmácia para discutir o currículo EWMA e proposta para definição de um conteúdo
mínimo.
Resultados: Embora não tenhamos efectuado uma avaliação formal dos resultados, os
participantes nos nossos cursos expressaram a utilidade da nossa estratégia e mantêm o contacto
para aconselhamento quando necessário. O Ministro da Saúde aceitou a adopção da Escala de
Braden a nível nacional e incluiu-a no formulário de avaliação de paciente on-line. Com a nossa
participação, a terapia de compressão está a ser adoptaada como a melhor prática em muitas
regiões. Estamos a ter um aumento das solicitações para participar em cursos, conferências e
workshops incluindo organizações de estudantes de medicina, enfermagem e farmácia.
Conclusão: Para a formação ser eficaz tem que estar ligada com a prática através de investigação
clínica/intervenções e nós, como organização, desejamos ter um papel activo neste campo.
Os motivos irão variar devido às questões profissionais: os motivos principais dos
profissionais de enfermagem poderão ser a procura de um melhor entendimento da área
em estudo de forma a oferecer um melhor cuidado aos seus pacientes, enquanto os
médicos claramente requerem um maior grau para progressão dentro da sua profissão.
Isto proporciona ganho pessoal para o estudante assim como melhoramento nos
resultados do paciente? O principal incentivo para continuar os estudos a este nível é o
conteúdo do curso ou o desafio de estudar em conjunto com outros profissionais de
saúde?
Parece não haver evidência clara que a formação interdisciplinar ao nível do Mestrado
seja mais eficaz do que outros cursos, mas os factores que inibem ou facilitam a entrega
irão ser discutidos baseados na experiência pessoal e avaliação de um curso
interdisciplinar a decorrer durante 11 anos.
135
FORMAÇÃO E CURSOS MULTIDISCIPLINARES
Luc Gryson
HUB EHSAL CNPV, Brussels, Belgium
O trabalho de equipa é crucial para o sucesso de qualquer clínica de cuidados de
feridas. Cada membro tem um papel distinto e importante a desempenhar. Cada
pessoa, enfermeiro, terapeuta, clínico geral e médico especialista contribui, tanto a nível
individual como colectivo, para a melhoria dos cuidados de saúde, cuidados de feridas
e experiência do paciente em ter uma ferida bem tratada.
A importância de uma boa formação e trabalho de equipa não pode ser subestimada, a
fim de garantir a continuidade da qualidade dos cuidados e a utilização de elevados
padrões de tratamento.
A partilha de conhecimentos fiáveis e de informações baseadas na evidência científica,
para além da própria disciplina, favorece a boa prática dos cuidados de saúde e garante
uma elevada qualidade desses cuidados a longo prazo.
Comprova-se que a formação multidisciplinar é a melhor forma de obter um trabalho de
equipa multidisciplinar.
136
ESTABELECIMENTO DA FORMAÇÃO DE MÉDICOS EM CICATRIZAÇÃO DE
FERIDAS – IRÁ FAZER ALGUMA DIFERENÇA? (SISTEMA CME ITALIANO)
Andrea Cavicchioli
University of Applied Sciences of Southern Switzerland, Lugano, Ticino, Switzerland
Após cinco anos de testes, em 2008, arrancou finalmente a fase definitiva do Programa
Italiano da Formação Médica Contínua que abrange todas as profissões de saúde
reconhecidas. Durante o período de 2008-2010, todos os profissionais de saúde devem
obter 150 créditos (1 crédito corresponde a uma média de uma hora de trabalho de
formação) no seguinte modelo:
-- 50 créditos por ano (mínimo de 30 e máximo de 70).
Os créditos não são devidos por aqueles que frequentem em Itália ou no estrangeiro,
cursos avançados na sua categoria (ex: Mestrados, Doutoramento), durante a duração
desses cursos.
Uma vez que o compromisso de cada profissional é significativo (entre 6 a 8 dias de
trabalho por ano/por pessoa) o modo de formação que se está a disseminar mais são
eventos locais na região do profissional. Estes são geralmente reuniões
interdisciplinares, estritamente relacionadas com as actividades clínicas tais como:
Auditoria, seminários, workshops, clube de jornalismo, etc. No entanto uma parte do
projecto de melhoramento da qualidade clínica ainda poderia ser integrado no Sistema
CME. A aprendizagem à distância tem um peso menor.
Neste contexto é muito provável que a área do tratamento de feridas continue a
permanecer marginalizada na formação contínua dos médicos, os quais tendem a
preferir eventos de formação relacionados com a sua especialidade. Um ímpeto mais
forte pode derivar do desejo de resolver os problemas do tratamento de feridas nos
cuidados em casa e instalações de lares onde este problema é reflectido na carga de
trabalho tanto de médicos como de profissionais de enfermagem.
O papel das sociedades científicas para o tratamento de feridas pode ser crucial,
especialmente a nível regional, na tentativa de convencer os grupos de profissionais a
melhorar a sua competência neste campo e oferencedo materiais didáticos específicos
e de curso.
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87
6EG:H:CI6v³DDG6A
88
137
138
FIBROBLASTOS E ENGENHARIA DE TECIDOS
ANTIOXIDANTES – NO TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
Bernard Coulomb
Edward Jude
INSERM, Paris, France
Tameside General Hospital, Ashton-under-Lyne, United Kingdom
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HE
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ÐK:
AC
D
B:
B:
O requisito mínimo é restabelecer uma função barreira obtida pela presença da camada
superficial da epiderme mas existe um consenso sobre a necessidade de um
componente dérmico. Foram desenvolvidos vários substitutos dérmicos. Alguns são
matrizes celulares, enquanto outros combinam fibroblastos e componentes da matriz
extracelular. A presença de fibroblastos vivos mostrou promover a rápida emergência de
uma derme funcional e consequentemente permitir a ancoragem epidermal eficaz. No
entanto, a utilização de fibroblastos de outras fontes que não a derme necessita de ser
avaliada para se avançar para a cicatrização embrionária sem cicatriz e fibrose.
D
Quando a área afectada é muito grande, torna-se necessário o enxerto, mas em
defeitos na pele muito grandes como nas queimaduras, a quantidade de pele não lesa
disponível é insuficiente. Os substitutos da pele são então soluções alternativas.
C³
Imediatamente após a lesão, ocorrem vários acontecimentos para reparar o tecido
danificado. A cicatrização de feridas é um processo complexo e dinâmico envolvendo
mediadores solúveis, células sanguíneas, componentes da matriz extracelular e células
residentes, em particular os fibroblastos. Em resumo, três fases interactivas occorem
durante o processo de cicatrização da ferida (inflamação, formação do tecido de
granulação e remodelação). Logo, a “qualidade” da cicatrização, i.e. desaparecimento
da cicatriz e recuperação das funções do tecido, depende de um equilíbrio delicado, e a
fase de remodelação, na qual os fibroblastos desempenham um papel fundamental, é
crucial para a reconstrução do tecido o mais próxima possível do original.
CI
D
96
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H³
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139
NOVAS MODALIDADES NO TRATAMENTO PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
Aleksander Sieron, Justyna Malyszek-Tumidajewicz
Silesia Medical University, Katowice, Poland
O desenvolvimento da Fisiatria utilizando luz laser, quasi-laser e campos magnéticos
variáveis tem sido observado nos últimos dois anos. Os principais estudos
demonstraram que tanto a terapia laser como a de campos magnéticos são tratamentos
eficazes para uma cicatrização mais rápida de feridas nos tecidos moles e processos
reconstrutivos dos tecidos duros. Foram notificados características biosestimulantesregenerativas, anti-inflamatórias e analgésicas dos métodos da Fisiatria. De acordo com
diferentes estudos, os campos magnéticos variáveis são utilizados para estimular a
reparação de escaras pós-operatórias. Essa aplicação inclui a aceleração da síntese de
colagénio e o aumento da vascularização o que leva a uma cicatrização mais rápida da
escara pós-operatória. Tanto os estudos experimentais como os estudos clínicos
confirmar que a eficácia das terapias da Fisiatria é também observada entre pacientes
que sofrem de ulceração crural. O aumento no número de ensaios oferece uma
perspectiva de resultados impressionantes na cicatrização de feridas utilizando terapias
de laser e campos magnéticos. Hoje em dia, a atenção aumentada em relação à terapia
de oxigénio em câmaras hiperbáricas parece ser uma modalidade promissora nos
tratamentos para cicatrização de feridas.
140
ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA EM PERFURANTES COM INSUFICIÊNCIA
EM PACIENTES QUE SOFREM DE ÚLCERAS NA PERNA
Zbigniew Rybak
Wroclaw Medical University, Wroclaw, Poland
Histórico: A escleroterapia é o método de tratamento que tem sido aplicado há muitos
anos para as desordens venosas. Devido à sua eficiência aumentou o interesse em
utilizar este simples método. A espuma esclerosante (ES) é uma mistura de quatro
partes de oxigénio e uma parte do medicamento (esclerosante). A espuma forma um
bolo coerente que passa do sangue para o vaso. Cerca de 15% a 30% das úlceras
venosas da perna dependem da insuficiência das veias superficiais ou das veias
perfurantes. A possibilidade de eliminar as veias insuficientes durante uma sessão de
tratamento em ambulatório, modificou a política de tratamento nos últimos anos.
Objectivo: O objectivo do estudo foi o de avaliar a eficácia da eliminação do refluxo
venosos em veias perfurantes insuficientes da perna na cicatrização de úlceras nos
homens.
Material e método: 51 pacientes (62 pernas) foram tratados devido a úlceras venosas
crónicas da perna. O exame Doppler ultrasónico confirmou a insuficiênca das veias
perfurantes em todos os casos sujeitos ao nosso estudo. A classificação hemodinâmca
estava de acordo com o método Winczakiewicz/Borkiewicz. Todas as perfurantes foram
classificadas como classe IV - insuficientes. Em todos os pacientes foram efectuadas
medições da pressão venosa em ambulatório antes e depois da escleroterapia.
O período de seguimento foi de cinco anos. Os pacientes foram avaliados a cada seis
meses.
Foram injectados 1 a 3 ml de espuma de polidocanol nas veias insuficientes.
A concentração de polidocanol variou entre 2% e 3%. Foi usada principalmente a de
3% (57 vs 5).
A injecção foi dada na posição horizontal com a perna ligeiramente elevada. A injecção
da ES foi guiada através de eco-Doppler. Após 10 minutos de descanso após a injecção
foram aplicadas meias de compressão de classe II.
Resultados: A eficácia cumulativa da obliteração com espuma de polidocanol das
perfurantes insuficientes passados cinco anos foi de 82,25% ( 51 pernas ). Existiu um
diminuição na pressão venosa de 57 mmHg antes da escleroterpaia para 35 mmHg
após o procedimento.
Debate: As perfurantes insuficientes da perna desempenham um papel importante na
hipertensão venosa e em cerca de 10% a 15% dos casos são a causa das feridas
crónicas. A ablação das veias insuficientes com EE é muito eficaz e um método simples
de tratamento desta confusa doença. Quando comparada com outros métodos invasivos
de tratamento devemos dizer que a escleroterapia é barata, não requer hospitalização e
anestesia e pode ser feita no departamento de ambulatório.
Conclusão: Para os pacientes com úlceras venosas da perna coexistindo com
insuficiência das veias perfurantes, a obliteração destas veias acarreta uma hipótese de
currar as suas feridas rapidamente e com segurança e durante a sua actividade diária.
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6EG:H:CI6v³DDG6A
90
141
EUCOMED SECTOR AVANÇADO DE TRATAMENTO DE FERIDAS (AWCS)
ESTRATÉGIA E OBJECTIVOS
Hans Lundgren
Chairman of the Eucomed Advanced Wound Care Sector Group, Mölnlycke, Sweden
Resumo: Para as companhias no sector do tratamento de feridas, a falta de uma voz
comum na Europa turvou a visibilidade e promoção da indústria juntos dos políticos e
tomadores de decisões, e a criação de uma consciência regional sobre os assuntos
relativos às feridas crónicas. Com os mecanismos dos sistemas de cuidados de saúde
a serem diferentes dentro dos Estados Membros da União Europeia, é essencial uma
abordagem da UE comum e a colaboração dentro da indústria é essencial.
A solução da indústria foi criar um grupo de sector para o Tratamento Avançado de
Feridas (AWCS) sob o auspício da Eucomed (European Medical Technology Industry
Association). Este grupo sectorial irá também trabalhar numa activa parceria com a
European Wound Management Association (EWMA).
O objectivo global do grupo sectorial é aumentar o perfil do tratamento avançado de
feridas, e trazê-lo para o contexto dos assuntos sociais de cuidados de saúde, actuais e
futuros, em debate.
Objectivos a curto prazo (menos de 1 ano)
• Apresentar uma ‘Carta de Limite da Doença’ sobre feridas crónicas na Europa
• Apresentar um artigo sobre ‘Evidência no Tratamento de Feridas’
• Participar num ‘Grupo Clínico de Trabalho’ para avaliar as medidas resultantes em
vez de apenas a eficácia de cicatrização
• Organizar uma ‘Sessão de Tratamento de Feridas’ durante a semana Eucomed
MedTech em Outubro de 2008
• Iniciar um ‘Programa de Recolha de Dados’ da epidemiologia do tratamento de
feridas em países seleccionados
• Posicionar o ‘Best Evidence Standpoint’ aos 3 principais agentes (pagadores, clínicos
e pacientes)
Objectivos a médio prazo (1-3 anos)
• Actividades educacionais sobre economia da saúde, custo-eficácia e resultados
relacionados com o paciente
• Continuação do ‘Programa de Recolha de Dados’ em vários países Europeus
• Definir e enquadrar as tendências dentro dos ‘Cuidados Primários vs. Secundários’
(Análise custo-consequência)
Objectivos a longo prazo (2-5 anos)
• Promover e garantir a aceitação da ‘Inovação no Tratamento de Feridas’
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Gabriolo Riccardo, Costi Caterina
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Sandra Barrett
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Cynthia Sylvia, Jeanne Perla
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Cynthia Sylvia, Laura Grisanti
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Goran Šantak, Maja Šantak, Dubravko Forcić
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Naci Karaçal, Murat Livaoglu, Servet Kerimoglu,
Çiçek Hocaoglu, Leyla Arvas
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Lisa Wood, Paul J Davis, Andrew Eaton, Andrew Adams,
John P G Wilkins
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Minke Barendse-Hofmann, Louk van Doorn,
Jacques Oskam, Pascal Steenvoorde
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Oreste Sidoli
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Oreste Sidoli
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Corrado Maria Durante
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Sandra Dudziak, Patricia Carlson
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Gerhard Kammerlander, Johanna Felber, Michaela
Krammel, Esther Locherer, Anja Süss-Burghart,
Hermann Pichler, Petra Zweimüller
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Charalambos Agathangelou
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Charalambos Agathangelou
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Charalambos Agathangelou
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Waldemar L. Olszewski, Grzegorz Szczesny,
Magda Gewartowska, Andrzej Gorecki, Zdzislaw A.
Machowski
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8>86IG>OÍK:A:6G:68v³D9DH<ËC<A>DHA>C;ÍI>8DH
9G:C6CI:H
Waldemar L. Olszewski, Zdzislaw A. Machowski,
Grzegorz Szczesny, Marzanna Zaleska, Marta Cakala
67HIG68I9D:HCDIJH:I=:I:BEA6I:
Waldemar L. Olszewski
6;:G>96·6G8D>BJC:6;:G:CI:!H>HI:B6A>C;ÍI>8D:
CÔ9JADHA>C;ÍI>8DH!6G8D:;:G:CI:
Waldemar L. Olszewski, Piotr Andziak, Marek Durlik,
Miroslaw Garlicki, Bozenna Interewicz, Ewa Swoboda,
Ewa Stelmach
8DADC>O6v³D768I:G>6C69:I:8>9DH9DB:B7GD
>C;:G>DG8DB>HFJ:B>68GÔC>86
Waldemar L. Olszewski, Hanna Galkowska,
Urszula Wojewodzka
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·8wAJA6H>C;>AIG6CI:H!8>ID8>C6H:;68IDG:H9:
8G:H8>B:CID
Waldemar L. Olszewski, Anna Domaszewska,
Maria Moscicka, Marzanna Zaleska
D:;:>ID:HI>BJA6CI:9D;AJ>9DI:8>9JA6G$A>C;696
E:A:=JB6C6:BFJ:G6I>CÔ8>IDH8JAI>K69DH
Maria Isabel Romo Sanz, Juarez Vela Raúl
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E6G6DIG6I6B:CID9:;:G>96H:B×A8:G6HK:CDH6H
96E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D
Samantha Hartwell, Sarah Brown, Gary Smith
JB66K6A>6v³D9DJHD9:JBCDKDE:CHD69:H>KD9:
:HEJB69:<:AB68>D
Sue Sayer, Mina O’Hara, Vicki Davies
IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6HC6H9J6HE:GC6H
8DBDJHD9:E:CHDHC³D69:G:CI:H:B8DCI68ID
8DB6;:G>96
Sue Sayer, Lisa Egan
IG6I6B:CID9:;:G>96HC³D8>86IG>OÍK:>H9:
7>ÔEH>6HC6E6GI:>C;:G>DG96E:GC6CJBE68>:CI:
8DBK6H8JA>I:>C9JO>96EDG;ÍGB68DH
Kestutis Maslauskas, Rytis Rimdeika, Vygintas Kaikaris
IG6I6B:CID9:FJ:>B69JG6HEGD;JC96H9:
:HE:HHJG6E6G8>6AC6B³D#:HIJ9DEGDHE:8I>KD
Samantha Hartwell, Karen Bateman, Sarah Brown,
Gary Smith
:HIJ9D8DBE6G6I>KD67:GID!EGDHE:8I>KD:8DB
H:A:8v³D6A:6IÔG>6!:BG:<>B:9:KDAJCI6G>69D!
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Nina Baekmark, Jan Soerensen
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Grzegorz Kaluza, Zbigniew Rybak, Piotr Szyber
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96E:GC6
Denise Woodd
6K6A>6v³D96A>BE:O69:;:G>96H8DBI:8>9D
9:HK>I6A>O69D=×B>9DC6H:MIG:B>969:H>C;:G>DG:H
Efraim Jaul
Javorka Delic
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Charalambos Agathangelou
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Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde,
Louk van Doorn, Jacques Oskam
P55
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P68
Vonnie Zimmerdahl, susan Bermark, Birgit Lykke,
Lene Ingemann Sørensen, Hanne Zeuthen
9:H:CKDAK>B:CID9:8DBE:IÌC8>6H9DH:C;:GB:>GDH
9>HIG>I6>HCDIG6I6B:CID:EG:K:Cv³D9:;:G>96H#
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Rachael Winter, Gary Smith, Hussein Dharma
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69:H>KDH:C³D69:H>KDH·G:HJAI69DHEGDK>HÔG>DH
Lubos Sobotka, Jan Manak, Pavel Vyroubal,
Mirka Slemrova, Vladka Adamkova, Vladimir Blaha
CDKDBwID9DE6G668>86IG>O6v³D9:<G6C9:H
;:G>96H679DB>C6>HJI>A>O6C9DD8DBEA:MD>D9D"
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José Miguel Gómez-Coiduras
DIG6I6B:CID9:JB6FJ:>B69JG68DBEA>8696#
G:A6IÔG>D9:86HD
Gildete V. C. Penido, Patricia Tavares,
Ana Flavia M. Seixas
DJHD9:E6E6ÐC6:A6H:GI:G6E>6CDIG6I6B:CID9:
;:G>96H
João Gouveia
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KÍG>6H6EA>86v´:H!:B;:G>96H9:9>;>8A8>86IG>O6v³D
Teresa Segovia-Gomez,
Francisco Pedro García-Fernández, Remígia Molina-Silva,
Mariano Bermejo-Martínez
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DEv´:HE6G6DIG6I6B:CID9:HI68DC9>v³D
Claudia Waterreus
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8JHID$:;>8>ÌC8>696HB:>6H9:8DBEG:HH³D
<G69J696HI:G6EÌJI>86HEGDCI6H6K:HI>G:
E:GHDC6A>O696H
João Gouveia, Maria Carreira, Diana Cruz,
Maria Carvalho, Elisabete Gomes, Manuel Ferreira,
Valdemar Cruz, Dulce Menezes
JI>A>O6v³D9:JBEGD9JID²76H:9:ÔM>9D9:O>C8D
E6G66EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9:EG:HH³D
C Barrera, M Oller, JM Muniesa, C Cinca, M Piqueras,
MJ Gili
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;:G>96H9JG6CI:6G:67>A>I6v³D6EÔHJB6
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João Gouveia
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João Gouveia
I:G6E>69:8>86IG>O6v³D:B6B7>:CI:=×B>9D/
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João Gouveia, António Seco, Fernanda Inglês
A>BE:O696;:G>96/E6E:A96EDA>=:M6C>96C6
EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96
João Gouveia
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9:EG:HH³DB:A=DG6C9DDH8J>969DHE:HHD6>H:
9JG6CI:D76C=D4
Madeleine Stenius
8>86IG>O6v³DGÍE>969:×A8:G6H9:EG:HH³D:B
E:HHD6H8DBA:H´:HK:GI:7GDB:9JA6G:HAKBE:A6
JI>A>O6v³D9:E:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86
Madelaine Stenius
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:C8:GG6B:CID6HH>HI>9DEDGKÍ8JD:EDGEG:HH³D
IÔE>86C:<6I>K6#:M>HI:6A<JB69>;:G:Cv64
Kathleen Leak
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CDH8J>969DHÍE:A::IG6I6B:CID9:;:G>96H:B
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Gerhard Kammerlander
IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC68DB
E:CHDH=>9GD8DAÔ>9:H
Verica Djuran, Milan Matic, Zorica Gajinov,
Milana Ivkov Simic, Novak Rajic
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9>;:G:CI:HE68>:CI:H8DB;:G>96HK6H8JA6G:H
Teresa Segovia
×A8:G696E:GC6·JBE:G8JGHD9:'%6CDH6Iw²
I:G6E>68DBEG:HH>K6
Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho
6FJ6A>969:9:K>96CJB6>C;ËC8>68DB
:E>9:GBÔA>H:7DA=DH6
Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho
G:HJAI69DH9:JB:CH6>D8AÐC>8DHD7G:HJ7CJIG>v³D
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Joachim Dissemond, Nadine Graue, Andreas Körber
×A8:G6HG:;G68IÍG>6H²I:G6EÌJI>86CJBE68>:CI:
8DBDM6ADH:EG>BÍG>6I>ED>
Andreas Körber, Uwe Hillen, Eirini Brokalaki,
Joachim Dissemond
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Andreas Körber, Joachim Dissemond
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Andreas Körber, Uwe Hillen, Joachim Dissemond
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Andreas Körber, Joachim Dissemond
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Carmen Elena Ruiz Henao
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8DB;:G>96H8GÔC>86HDJ8DBEA:M6H
Jori Vermeiden, Louk P. Van Doorn, Pascal Steenvoorde,
J. Oskam
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6CÍA>H:>C>8>6A9:JB66J9>IDG>69>HIG>I6A²H
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Kathryn Vowden, Peter Vowden
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E6G66HJC>969:H9:IG6I6B:CID9:;:G>96H
Kathryn Vowden, Janet McGowan, Peter Vowden
Bo Jørgensen, Rita Sulcaite, Gintaris Vilkevicius,
Niels Bech-Thomsen, Rytis Rimdeika, Finn Gottrup
P70
:HIJ9D8AÐC>8D9:&'H:B6C6HHD7G:6H:<JG6Cv6:
9:H:BE:C=D9:JBE:CHD9::HEJB68DBEG6I69:
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>C9>86v³DE6G66JI>A>O6v³D96B:8
Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde,
Louk van Doorn, Jacques Oskam
Antonio Moreno-Guerin Baños, Amparo Galindo Carlos,
Mª Victoria Castro Marcos, Joan Miquel Aranda Martinez,
Federico Palomar Llatas, Luis J. Vigil-Escalera Quintanal
P71
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P87
P88
IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC68DB
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Anne Marie Larsen, Finn Gottrup
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EGD9JIDH9:IG6I6B:CID9:;:G>96H8DB
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Kurt Kaehn, Ansgar Möller, Anke Nolte
JB6:MEADG6v³D96FJ6CI>969:9:>C;DGB6v³DFJ:
DHE68>:CI:HIÌBHD7G:EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9:
EG:HH³D;DGC:8>96E:ADH:C;:GB:>GDH
Gerardine Craig
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EGD8:HHD9:8>86IG>O6v³D9:;:G>96H
Margarida Reis, Patricia Lopo, Vera Reis, Anabela Faria
DE6E:A9D869:MÔB:GD9:>D9DC6H×A8:G6H9:
9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D
Roberto Polignano, Alessandra Pavanelli, Pia Terriaca,
Sara Rowan
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Katarina Smuc Berger
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Juan Antonio Jiménez González, María Rosa Pérez Resúa
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:MHJ969DH:B;:G>96H8>G×G<>86H8DBEA>8696H
Galina Slavcheva, Georgi Grigorov, Vladislav Christov
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IG6I6B:CIDBJAI>8:CIG69DA:K6²8>86IG>O6v³D9:
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Karsten Fogh, Gitte Nielsen, Wilja Dam
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E:GC6/G:6K6A>6v³D9D9>6<CÔHI>8DA:KDJ²
8>86IG>O6v³D
Karsten Fogh, Kirsten Gabriel
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9:H8DC<:HI>DC6B:CIDCDIG6I6B:CID9:
A>C;D:9:B6H
Andrea Stigant
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8>86IG>O6v³D9:;:G>96H
Gunther Naumann, Uwe Wollina, Birgit Heinig,
Reimund Neugebauer
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9:H6;>DHC68>86IG>O6v³D
Isabel Bruno, Kátia Furtado
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Kátia Furtado, Isabel Bruno
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JI>A>O69DCJB66BEJI6v³D9:Ew9>67:I>8D
Filomena Lima, Armanda Amorim, Júlia Nogueira
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L6IHDC/D86HD9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6
José Antonio García García,
Estrella Del Mar Mesa Garrido, Sònia Ortiz Caro,
Olga Gomez Ramon, Montse Martínez Aguilà,
África Fortes Del Valle
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>ÔC>86CJB6;:G>96IG6JBÍI>86>C;:8I6968DBBGH6
José Antonio García García,
Estrella Del Mar Mesa Garrido, Sònia Ortiz Caro
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8DCI>CJ>969:9:8J>969DH":HIJ9D9:JB86HD
Claudia Silva, Ana Sofia Fonseca, Dora Franco
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D8I:C>9>C6B:A=DG66;6<D8>IDH:EDGC:JIGÔ;>ADH
=JB6CDHIN VITRO
Peter Goroncy-Bermes, Torsten Freytag, Nadine Harbs,
Katrin Steinhauer
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HD7G:6;JCv³D9D:C;:GB:>GD:HE:8>6A>HI6:B
K>67>A>969:I:8>9JA6GCJB8DCI:MID9:8J>969DH
6<J9DH
Martina Rafter
IG6I6B:CID9D8>HIDE>ADC>96A6EÔH9G:C6<:B
8>G×G<>86
Luísa Figueiredo Neves
EG:K:Cv³D9:×A8:G6EDGEG:HH³D:B86A8ËC:D8DB
DJHD9:9>HEDH>I>KD9::HEJB6
Leila Blanes, Ana Marta Rodrigues Branco,
Lydia Masako Ferreira
I:G6E>69::C8:GG6B:CID6HH>HI>96EDGKÍ8JD:B
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8>G×G<>86E6G686C8GD967:M><6
Lars Lübke, Stefan Denzinger, Maximilian Burger,
Sigurd Kessler, Wolf F. Wieland, Wolfgang Otto
IG6I6B:CID9:JB6;:G>96EDGE>8696EGDKÍK:A9:
6G68CÐ9:D·:HIJ9D9:86HD
Maria Filomena Silva, Manuela De Sousa
JI>A>O6v³D96I:8CDAD<>69:=>9GD;>7G6HCD
IG6I6B:CID9:JBEw9>67wI>8D
Nelson Silva
B6IG>O9:BD9:A6v³D96EGDI:6H:EGDBDK:6
8>86IG>O6v³D9:;:G>96H:BEwH9>67wI>8DH
Renato Assunção
6K6A>6v³D969DG:BE68>:CI:H8DB;:G>96H
Ansa Iivanainen, Sari Koskelo
7JGD8G68>6·JBD7HIÍ8JAD6DIG6I6B:CID9:
;:G>96H4
Ansa Iivanainen, Eeva Iivonen, Riina Halme
8JHIDH9DIG6I6B:CID9:;:G>96HC6;>CAËC9>6
Ansa Iivanainen, Riina Halme, Eeva Iivonen
D6JID8DC8:>ID9DHJI:CI:H8DB×A8:G69:E:GC6
Rogério Vieira
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Alexander Zemlyanoy, Alexey Svetuhin
IG6I6G×A8:G6H96E:GC6:9DEw8DBEA6HB6
6JIÔAD<DG>8D:BEA6FJ:I6H
Marcus Gürgen, Andreas Wagner
EG:K6AÌC8>696×A8:G69:EG:HH³D·EG>B:>GD
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Clare Morris
EG>B:>G6H:ME:G>ÌC8>6H8DBJBE:CHD8DCI:C9D
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Christian Münter
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Emma Woods, Steven Percival
JBJI:CI:!6;6BÐA>6!JB6×A8:G69:E:GC6
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Pedro Ferreira, Helena Gonçalves
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Emma Woods, Steven Percival
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9:H:CKDAK6B×A8:G6H9:EG:HH³D
Ami Hommel, Karl Göran Thorngre, Kerstin Ulander
:K>9ÌC8>69:7>D;>AB:H:B<6O:H/JBEDI:C8>6A
EGD7A:B6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H4
Emma Woods, Mike Walker, Chris Cochrane,
Steven Percival
A>H7DCÆEDGIJ<6A
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93
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Emma Woods, Steven Percival
BJ96Cv6H9:E:CHD68696(9>6H/;>8v³DDJ
G:6A>969:4
Caroline Goeman, Frans Meuleneire, Hilde Boucqué
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8DBE6G6I>KD>CI:GC68>DC6A
Elmar Schäfer, Dimitris D. Tsiftsis, Annikki Jortikka,
Heather Orsted, Alessandro Scalise
6K6A>6G6:;>8Í8>69:JBE:CHD8DBEG6I6:B
7>D;>AB:H9:PSEUDOMONAS AERUGINOSA
JI>A>O6C9DDBD9:AD9D7>DGG:68IDG9D898
Sarah Welsby, Samantha Jones, Emma Woods,
Steven Percival
K6CI6<:CH9DHG:I6A=DHB>D8JIËC:DHCD
IG6I6B:CID9:×A8:G6H9:9:8×7>ID
Donatas Samsanavicius, Kestutis Maslauskas,
Rytis Rimdeika
DC:JGDE69/JBI:HI:H>BEA:HE6G66K6A>6G6
C:JGDE6I>69>67wI>86:DG>H8D9:×A8:G6CDEw
9>67wI>8D
Veronika Woskova, Alexandra Jirkovska, Robert Bem,
Michal Dubsky, Katerina Cechova, Ludmila Ŕezaninova
:KDAJv³D9DH8JHIDHCJB8DCI:MIDBD9:GCD:
BJAI>9>H8>EA>C6G9:8J>969DH9:;:G>96H
Heinz Janßen, Roland Roland
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;68IDGC6CD"DA><DHH686GÐ9:DCJBBD9:AD9:
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Coulomb Bernard, Couty Ludovic, Fournier Benjamin,
Laurensou Christelle, Aillaud Cécile, Gogly Bruno,
Lafont Antoine
:KDAJv³D968>86IG>O6v6D9:;:G>96H8GÔC>86H
Patrícia Bilé, Carla Afonso, Filipa Jeremias
×A8:G696E:GC6CJB=DB:BMNN
Manuel Velasco, Virginia Pont, Rafael Carmena,
Esther Quecedo, Fernando Millán, Enrique Gimeno
×A8:G6H9:EG:HH³D/JB6G:6A>969::B8DCI:MID
9DB>8>A>ÍG>D
Patricia Pimentel
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;:G>96H9D=DHE>I6A
Inger Futtrup
EG>B:>G6:I6E69:JB9>6<G6B6E6G6×A8:G6H
8GÔC>86H
Diogo Cabrita, Sardo Leonor, Enio Afonso, Elisa Hipolito,
Sofia Domingues, Ana Marques
IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6HG:86A8>IG6CI:H
8DBDHE:CHDH9::HEJB69:<:A
Glenn Martyn Smith
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HJ78JIËC:6H6EÔH8>GJG<>6679DB>C6A#EG>B:>G6H
D7H:GK6v´:H8AÐC>86H
Christoph Marquardt, Thomas Egglseder,
Thomas Schiedeck
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6<=DCDA>C;DB68JIËC:D·:HIJ9D9:86HD
Ana Parreira, Lurdes Cavalheiro, Cristiana Costa
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Ana Parreira, Lurdes Cavalheiro, Cristiana Costa
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Giovanni Mosti
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Giovanni Mosti
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Giovanni Mosti
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Giovanni Mosti
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Giovanni Mosti
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Frans Meuleneire
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Marta Sofia Santos Miranda,
Gustavo Humberto Silva Cunha Afonso
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Rui Guerra
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Frans Meuleneire
G:A6IÔG>D9:86HD9:JBCDKDE:CHD9:6A<>C6ID
Frans Meuleneire
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Frans Meuleneire
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Frans Meuleneire
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Frans Meuleneire
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Virginia Linhares
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Corne de Boer
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Carolina Weller, Jaye Chin-Dusting, Michael Woodward,
Peter Jenkins
B:A/DC9:9:K:H:G8DAD869DCD;DGBJAÍG>D9:
IG6I6B:CID9:;:G>96H4
Claire Acton, Gillian Dunwoody
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9:7>D8:AJADH:
Cornelia Wiegand, Martin Abel, Axel Kramer,
Gerald Müller, Peter Ruth, Uta-Christina Hipler
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Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth,
Uta-Christina Hipler
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Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth,
Uta-Christina Hipler
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Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth,
Uta-Christina Hipler
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Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth,
Uta-Christina Hipler
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Cornelia Wiegand, Martin Abel, Peter Ruth,
Uta-Christina Hipler
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Richard Palao Domènech, Marco Romanelli,
Nils Johannesen, Avrahami Ram, Elmar Schäfer
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HJEG6HDG7=CDIG6I6B:CID9:FJ:>B69JG6H
<G6K:H:B8G>6Cv6H
Alexey Baindurashvili, Marina Brazol,
Ekaterina Mitrofanova, Evgeny Tsvetaev, Maxim Melnikov
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Kristin Waitz Brekke, Lage Aarseth, Reidar Hide
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Patricia van Mierlo - van den Broek
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Paulo Luzio, Patrícia Paludo, Vera Lúcia Perissé
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Wojciech Witkowski
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Laura Thompson
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Wojciech Witkowski
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Tanja Planinsek Rucigaj, Katarina Smuc Berger
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Wojciech Witkowski
DJHD9:JB6HDAJv³D9:>GG><6v³D:B;:G>96H
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Carla Correia, Elisabete Barreto, Marlene Barbosa
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Carla Correia, Elisabete Barreto, Marlene Barbosa
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C6I:G6E>6AD86A9:FJ:>B69JG6H:B8G>6Cv6H6Iw
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Gayane Mirzoyan, Ludmila Budkevich, Elena Galeewa
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FJ:>B69DH
Loreta Pilipaityte, Ernest Zacharevskij, Rytis Rimdeika
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K6C8DG:H>HI:CI:·:HIJ9D9:86HD
Rui Bizarro
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Thomas Kaldijk
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9:>H8ÌC8>64
Rui Bizarro
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IG6I6B:CIDIÔE>8D9:×A8:G6HK6H8JA6G:H·:HIJ9D
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Rui Bizarro
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Andree-Alice Allain, Antoine Lucas, Catherine Salomon,
Maryline Cherrier
JI>A>O6v³D9:JBEGD9JID9::HEJB6:EG6I6CD
IG6I6B:CID9:E68>:CI:H8DB;:G>96H>C;:8I696H
Henri Post, Ivon Zegers, Carla Dijk van,
Henny Akker van den, John Hoeijmans, Wilma Verbeek,
Mieke Vlught van der
JI>A>969:9:JBCDKDE:CHD>C>7>9DG9:
B:I6ADEGDI:6H:H96B6IG>OCDIG6I6B:CID9:
;:G>96H8DBEA:M6HC6EGÍI>86=DHE>I6A6G
Anree-Alice Allain, Marie Jeanne Caniaux,
Catherine Salomon, Maryline Cherrier
JI>A>O6v³D9:<6O:9:EDA>=:M6B:I>A:CD7><J6C>96
E=B7:BE:CHDH9:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6·
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Glenn Martyn Smith
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EÔH"IG6JBÍI>868DBE:CHDH67HDGK:CI:H
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Damien Grenier De Cardenal, Catherine Salomon,
Maryline Cherrier
:ME:G>ÌC8>69:IG6I6B:CIDAD86A9:;:G>96H
EÔH"IG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D9:BDG696
8DBJBCDKDE:CHD>BEG:<C69D8DBCDH;
Damien Grenier De Cardenal, Catherine Salomon,
Maryline Cherrier
:;:>ID9D8DBEA:MD>D9D"=>6AJGDC6ID:B:CM:GIDH
9:E:A:9:;:G>96H>C;:8I696H
Robert Cap, Frantisek Hosek, Pavel Horyna, Eva Mala,
Jana Horackova, Michal Plodr, Lubos Sobotka
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:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8DE6G6;:G>96HCDIG6I6B:CID9:
FJ:>B69JG6HA><:>G6H
Andrzej Piatkowski, Dietmar Ulrich, Martin Abel,
Norbert Pallua
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:E>9:B>DAÔ<>8D:DH:J>BE68IDC6;DGB6v³D:B
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Luís Miguel Gomes, Luís Filipe Mendes,
Rosa Carvalhal da Silva, Norberto Messias,
Ana Paula Rocha, Alexandre Rodrigues, Bruno Teixeira,
Rui Luís, Leocádia Cardoso
JI>A>O6v³D9:JB=>9GD<:A>ÔC>8DCJBC:DC6ID
8DBJB6A:H³D9::MIG6K6H6B:CIDC:8GÔI>8D
Trudie Young
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6IG6KwH9:I:G6E>6H6K6Cv696H9:IG6I6B:CID9:
;:G>96H
Breda Cullen, Lorna McInroy, David Warde
8J>96G96E:HHD68DB;:G>96B6A><C6
Patrícia Matos, Carla Lança, Olga Regina, Raquel Santos
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
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95
K>HI6<:G6A96H6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
96
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DHJ8:HHD96I:G6E>68DBEG:HH>K6
Isabel Fernandes
I:8CDAD<>6E68::MEG:HH³D8:AJA6G68×HI>86
EJAH696/JB6CDK667DG96<:B6DIG6I6B:CID9:
×A8:G6H:BE68>:CI:H9>67wI>8DH
Kristien Van Acker, Ilse Heyvaert, Leen Hellemans,
Elke Jonckers, Cedric Surmont
6HE:8IDHwI>8DHCD6I:C9>B:CID9:E68>:CI:H
8DB;:G>96H8GÔC>86H
Andrea Pokorná, Martina Kunstová
IG6I6B:CID8>G×G<>8D9:;:G>96HDC8DAÔ<>86H
:MI:CH6HC6H8DHI6H
Ciril Triller, Uros Ahcan, Boris Jancar, Adriana Debelak,
Magdalena Mihevc, Janja Nikolic, Dragica Maja Smrke
8DBEA:MD9:Í8>9D=>6AJGÔC>8D:>D9D"
=>6AJGDC6ID:BA:H´:H9:<J:GG6CDHI:8>9DH
BDA:H·EG>B:>G6:ME:G>ÌC8>6G:A6IÔG>DH9:86HDH
Michal Plodr, Robert Cap, Jiri Paral, Petr Lochman
6B>C=6;:G>96w6B>C=6K>96/B6H:JFJ:GDH:<J>G
:B;G:CI:
Gill Hiskett, Lisa Turley
:C8:GG6B:CIDGÍE>9D9:;:G>96H679DB>C6>H
:CM:GI696H8DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86
Geert Vanwalleghem
×A8:G68DB86A8>;>A6M>6;:8=696CD:HE6vD
9:JBBÌH8DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86
Geert Vanwalleghem
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8GÔC>86H96E:GC6/DE6E:A9:JBE:CHD
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9:=>9GDEDAÐB:GDC6EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96
Manuel Cruz, José Costa, Maria Silva
8DBEA>86v´:H8DB:CM:GIDH9:E:A::B9J6H
×A8:G6H96E:GC68DBEA:M6HG:HDAK>96H8DBJB
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Geert Vanwalleghem
:C8:GG6B:CIDGÍE>9D9:JB6×A8:G6K:CDH696
E:GC68DBE:CHDH9:B:B7G6C6EDA>BwG>86CJB
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Geert Vanwalleghem
×A8:G6H9:E:GC69:DG><:BK:CDH6:B8J>969DH
9:H6×9:EG>BÍG>DH·IG6I6B:CID76H:69DC6
:K>9ÌC8>6/B>IDDJG:6A>969:4
Manuel Cruz, José Costa, Maria Silva
EG:K6AÌC8>696H×A8:G6HEDGEG:HH³D/
9D9>6<CÔHI>8D²68v³D
Maria Gorete Reis, Maria Helena Jardim,
Maria Luísa Santos, Maria Dulce Silva,
Teresa Espirito Santo
6K6A>6v³D8DBE6G6I>K696Iw8C>86ByAC96A
Monica Valente, Anabela Patricio, Anabela Sousa,
Fernando Brilhante
:;:>IDH96B6IG>O²76H:9:8DA6<wC>DC6
8>86IG>O6v³D9:;:G>96H:BE68>:CI:H8DB;:G>96H
8GÔC>86H8DBEA>8696H
Hana Novotná, Vladimír Polakovic, Eva Sedlácková,
Kveta Becanová
B:86C>HBDH=>EDIwI>8DH8:AJA6G:H:BDA:8JA6G:H
9D9:H:CKDAK>B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6
Marian Simka
:HIJ9D9:86HD8AÐC>8D9:JB6;:G>968>G×G<>86
8DB9:>H8ÌC8>6
Ana Leite, Anabela Pereira
¹I:G6E>68DBEG:HH>K6JB6:ME:G>ÌC8>69:HJ8:HHDº
Mónica Ribeiro, Cátia Cunha, Fátima Moreira,
Alice Sousa
BwID9DH9:6K6A>6v³D9:8DCI6B>C6v³D768I:G>6C6
8DBDG:HJAI69D9:IG6I6B:CID8DB>GG><6v³D9:
6AI6EG:HH³D
Anna Marie Nielsen, Hans Joern Kolmos
P200
P201
P202
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P216
P217
P218
IG6I6B:CIDH:FJ:C8>6A9:×A8:G6HK:CDH6H
96E:GC68DBE:CHDH67HDGK:CI:H6CI>768I:G>6CDH
:C:JIGDH
Jean-Philippe Lamouroux, Olivier Genre,
Catherine Salomon, Maryline Cherrier
8>86IG>O6v³D9:×A8:G6H>C9JO>96HEDG
=>9GDM>JG:>6=N9G:6JI>A>O6C9D6CDK6B6IG>O
A>E>9D8DAÔ>9:9:CDH;
Andrée-Alice Allain, Antoine Lucas, Catherine Salomon,
Maryline Cherrier
DM><:CDI:G6E>6=>E:G7ÍG>86DI=8DBD
I:G6E>669?JK6CI:CDIG6I6B:CID9:>C;:8v´:H
C:8GDH6CI:H9DHI:8>9DHBDA:H
Suzana Pecenkovic-Mihovilovic
IG6I6B:CID²76H:9:EDA>=:M6C>969:×A8:G6H
96E:GC6>C;:8I696H8DBBGH6:EH:J9DBDC6H
Gunnar Riepe
6CÍA>H::EG:K>H³D9:EGD9JIDHE6G66EG:K:Cv³D
:D8J>969D9:;:G>96H8GÔC>86HCD9>HIG>ID
9:6AB:GÐ6
Juan Francisco Jiménez García, Juan José García Arrabal,
Ana Tobías Manzano, Ignacio Manuel García Tobías,
María del Mar Abad García, Joan Enric Torra i Bou
¹>CI:<G>969:6HH:<JG696º
Cristina Fernandes
:A:8IG>8>969:CDIG6I6B:CID9:;:G>96H
Elia Ricci, Eleonora Tonini, Mafalda Gonella,
Patrizia Amione
EG:K:Cv³D9:×A8:G6H9:EG:HH³D:BE68>:CI:H
C³D=DHE>I6A>O69DH
Elia Ricci, Stefania Astolfi, Fabrizio Moffa, Sonia Ferrero,
Roberto Cassino
;:G>96H6IÐE>86H/IG6I6B:CID9:;:G>96HEDGE>8696
9:6A;DGG:86
Antonio Moreno-Guerín Baños, Rafael Ruíz-Fito,
Enrique Pérez-Godoy Díaz, Yolanda Pelaez-Nora,
Dolores Paredes-González, Antonio Amaya-Cortijo
G:8DCHIGJv³D9:9:;:>IDHCDI:8>9DBDA:96
867:v66EÔHA:H´:H9:FJ:>B69JG6EDG8DCI68ID
Loreta Pilipaityte, Rytis Rimdeika, Kestutis Maslauskas,
Mindaugas Kazanavicius
JI>A>O6v³D96B6IG>OBD9JA69DG696EGDI:6H:CD
IG6I6B:CID9:;:G>96H
Luís Maia, Fátima Ferreira, Andreia Viana, Inês Pereira,
Vera Leal, Adalgiza Pinto, Sara Paixão
8AJ7:H9:E:GC6H/JB667DG96<:BHD8>6A6DH
8J>969DHC68DBJC>969:
Ellie Lindsay
EG:K6AÌC8>69:×A8:G6H9:EG:HH³D/DG:IG6ID
9:JB6CD
José Chora, Bruno Aires, Rita Cancela, Silvia Botelheiro,
Vânia Faustino
HÐC9GDB:9:>BD7>A>969::×A8:G6H9:EG:HH³D/
IG6I6B:CID9:<><6CI:H<:G>ÍIG>8DH
Antonio Moreno-Guerín Baños, Rafael Ruiz-Fito,
Enrique Pérez-Godoy Díaz, Yolanda Pelaez-Nora,
Dolores Paredes-González, Antonio Amaya-Cortijo
×A8:G6H9:EG:HH³D:MIG:B6B:CI::MHJ96I>K6HCDH
86A8ËC:DH/JI>A>O6v³D9:JB=>9GDEDAÐB:GDC³D
69:H>KD
IG6I6B:CID9:JA8:G69:E:GC6·JB86HD8A>C>8D
Marta Sofia Santos Miranda,
Cristina America Dias Pereira Afonso
Natércia Caramujo
I:G6E>68DBEG:HH>K6CDIG6I6B:CID9:×A8:G6H
K:CDH6HCJB6HJ7"G:<>³D9:H6×9:
Pedro Pacheco, Vania Bação, Joana Santos
×A8:G6H9:EG:HH³D·8DBDEG:K:C>G
Nuno Esperanço, Estela Cancela
6>BEDGIËC8>69:7:BCJIG>GC6H×A8:G6H9:EG:HH³D
Susana Tavares
P219
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P235
JI>A>O6v³D968>E:œC69D8JB:CI6v³D96×A8:G6
EDGEG:HH³D
Júlio Veríssimo, Dulce Cabete
:HIJ9D9:86HD/8DAÍ<:CD6HHD8>69D6<A>8:G>C6
8DBD:HI>BJA6CI:9:8>86IG>O6v³D
Maialú Rodrigues, Jackson Caiafa, Eliane Augusta Silveira
67DG96<:B6DIG6I6B:CIDAD86A9:×A8:G6H
9:EG:HH³D
Susana Tavares
:HIJ9D9:86HD/9:7G>96B:CID6JIDAÐI>8D
8DB8D7:GIJG69:EDAÐB:GD=>9GD;ÐA>8D
Eliane Augusta Silveira, Jackson Caiafa, Maialú Rodrigues
6>BEDGIËC8>69D8DCIGDA:9D:MHJ969D
·JB86HD8AÐC>8D
Pedro Pacheco, Vania Bação, Graça Travanca
IG6I6B:CID9::9:B68GÔC>8D6HHD8>69D69D:Cv6
K:CDH6JI>A>O6C9DDE68>:CI::DEG:HI69DG9:
8J>969DH9:H6×9:8DBDG:8JGHD
Judith Patton, Alison Nelson
:;>8Í8>69DHE:CHDH9:A>7:GI6v³D9:EG6I6CD
IG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86HC³D8>86IG>OÍK:>H/
B:I6"6CÍA>H:
Shu-Fen Lo
JI>A>O6G6EG:E6G6v³D9DA:>ID96;:G>96E6G6
8>86IG>O6GJB6;:G>96;JC<DH6B6A><C6
Shu-Fen Lo
;ÐHIJA6H/JB6CDK667DG96<:BJI>A>O6C9D6I:G6E>6
9:EG:HH³DC:<6I>K69:;:G>96H
Susan Johnson, Kathleen Leak
9:H7G>96B:CID:CO>BÍI>8D9::H86G6H9:
FJ:>B69JG6HJI>A>O6C9DJB8DBEA:MD9::CO>B6H
EGDI:DAÐI>86H
Loreta Pilipaityte, Rytis Rimdeika, Saulius Grigiskis
JI>A>O6v³D9:JBH>HI:B6:A:8IGÔC>8D:EDGIÍI>A9:
9D8JB:CI6v³D:B:9>v³D9:;:G>96HC6EGÍI>869:
8J>969DHEG>BÍG>DH!E6G66B:9>v³D!9D8JB:CI6v³D
:BDC>IDG>O6v³D9:×A8:G6H9DEw9>67wI>8D/
JB:HIJ9DEG:A>B>C6G
David Nixon, Adam Philps, Les Jonsson, Bruce Davey,
Mark Nixon
6EA>86v³D9:E:CHDH8DCI:BEDGËC:DH:B8G>6Cv6H
8DBFJ:>B69JG6H96E:A:
Tatyana Astamirova, Ludmila Budkevich,
Gayane Mirzoyan
6EA>86v³D9:E:CHDH¹8DB;::Aº:B8G>6Cv6H
8DBA:H³DEDGFJ:>B69JG6
Ludmila Budkevich, Gayane Mirzoyan,
Tatyana Astamirova
;AJMD8DCIÐCJD9:HDAJv´:HI:G6EÌJI>86HE6G6
DIG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H
Amihay Freeman, Tali Yaakobi, Noa Hadar, Einat Malul,
Orit Sofer, Jonathan Lorber, Sam Nitezki, Arie Bass
EGD?:8ID9:8J>969DH9:ED9DAD<>66D9DB>8ÐA>D
:ME:G>ÌC8>69:.B:H:H
Rui Oliveira, Ana Recto, Irene Lessa, Armanda Caetano,
Anselmo Castela, Ana Gonçalves, Rui Duarte,
José Boavida
6I:G6E>6K688DBD69?JK6CI:K6A>DHDC6
8>86IG>O6v³D9:;:G>96H8DBEA>8696H6EÔHIG6JB6
CDB:B7GD>C;:G>DG·:HIJ9DH9:86HDH
Yvonne Kollrack, Gunnar Möllenhoff
6EA>86v³D9:<:CI6B>8>C68DB8DA6<wC>D:BA:H´:H
9:¹E:GC6:Ew9>67wI>8DºH:B:KDAJv³D;6KDGÍK:A
8DB6JI>A>O6v³D9:E:CHDH8DBEG6I6
Rui Oliveira, Ana Recto, Irene Lessa, Armanda Caetano,
Anselmo Castela, Ana Gonçalves, Rui Duarte,
José Boavida
P236
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P252
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I:8CDAD<>6A>E>9D8DAÔ>9:#9:H8G>v³D<:G6A9DH
:CH6>DH8AÐC>8DH:JGDE:JH8DB;:G>96H6<J96H:
8GÔC>86H
Jean-Charles Kerihuel, Sylvie Meaume,
Claudine Blancher-Bardon, Isabelle Lazareth,
Jean-Luc Schmutz, Serge Bohbot
>BEA:B:CI6v³D9:K>6H9:EG:HI6v³D9:8J>969DH
CJB6G:9:BJAI>9>H8>EA>C6G9:IG6I6B:CID9:
;:G>96H>CI:<G69D
Harald Kuhlmann
E69G´:H9:JI>A>O6v³D9:E:CHDH9:6A<>C6ID$
86G7DM>B:I>A8:AJADH:8B8CDIG6I6B:CID9:
;:G>96HCJB=DHE>I6AJC>K:GH>IÍG>D;G6C8ÌH
Julie Scholler, Marie-christine Monteiro,
Morgane Ethgen-Bonnet, Sandra Wisniewski,
Laurence Beretz
6CÍA>H:96A>I:G6IJG6:8DCH>9:G6v´:HHD7G:D
E6E:A9D>³D9:EG6I6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H
8GÔC>86H
Sylvie Meaume, Jean-Charles Kerihuel, Isabelle Lazareth,
Jacques Martini, Albert Sotto, Luc Teot,
Catherine Salomon, Serge Bohbot
E:CHDH8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D:9:8DA6<wC>D
JI>A>O69DH:B;:G>96HEDG:HB6<6B:CID:×A8:G6H
9:EG:HH³D·IGÌHG:A6IÔG>DH9:86HDH
Michèle Drieux, Laurence Blaise, Laurence Vina
IG6I6B:CID9:;:G>96H8DBE:CHDH9:H>A>8DC:
CJB6E68>:CI:8DBA×EJH:G>I:B6IDHDH>HIwB>8D
Darius Kubilius, Mindaugas Kazanavicius, Rytis Rimdeika
;:G>96H>HFJwB>86H·IG6I6B:CID7:BHJ8:9>9D
8DBE:CHDH8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D
Bernadette Condaminet, Sandrine Berthet
IG6I6B:CID9:JB6×AK:G6K:CDH696E:GC6
9DADGDH6:9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D8DBJBE:CHD
8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D
Anne Giraud, Sandrine Berthet
E:CHD6CI>B>8GD7>6CD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²
76H:9:7>D8:AJADH:8DBEDA>=:M6C>96·
IG6I6B:CID7:BHJ8:9>9D9:JB6×A8:G696E:GC6
9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D8G>I>86B:CI:8DADC>O696
Linda Prouvost, Anne Thil
8>GJG<>69:B>A:H·8>86IG>O6v³D96;:G>968>G×G<>86
E:G>C:6AEDGH:<JC96>CI:Cv³D#
Sandra Cristina Martins Paranhos
EGDI:8v³D96E:A:E:G>;wG>8696;:G>96:B×A8:G6H
K6H8JA6G:H96E:GC6IG6I696H8DBE:CHDH69:H>KDH
Nuria Serra, Victoria Hernández, Maribel Prades,
Jose M Mestres
JB667DG96<:B=DAÐHI>868DBDJHD9:E:CHDH
9:B:B7G6C6EDA>BwG>86:C8:GGDJJB6×A8:G6
9:EG:HH³D9:<G6J>K:B'!*B:H:H
Madeleine Stenius
A>C;69:C:8IDB>6>C<J>C6ACDIG6I6B:CID9D
B:A6CDB6B6A><CD8JI6CÌD/8DBEA>86v´:H
EG:8D8:H:I6G9>6H
Sandra Cristina Paranhos, Ana Cristina Cerquido,
Ana Cristina Figueiredo
8DBEA>86v³D96;:G>968>G×G<>869:B6HI:8IDB>6
·6AI:G6v³D96H68I>K>969:H9:K>969>ÍG>6H
Sandra Cristina Paranhos, Ana Cristina Cerquido,
Ana Cristina Figueiredo, Helena Vicento
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B:I6ADEGDI:6H:H
François-Xavier Bernard, Christelle Laurensou,
Serge Bohbot
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Nuria Serra, Victoria Hernandez, Maribel Prades,
Jose Maria Mestres
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>BEG:<C6968DBCDH;CDIG6I6B:CIDAD86A9:
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Anne Dompmartin, Francois Truchetet, Serge Bohbot
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97
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IA8"6<:B7>D;>AB:H9:S. AUREUS:P. AERUGINOSA
Nicolas Desroche, Sylvie Quatravaux,
Christelle Laurensou, Catherine Salomon, Serge Bohbot
6K6A>6v³D9:JBEGD?:8IDC68>DC6A9:;DGB6v³D
9:Bw9>8DH::C;:GB:>GDH9:8J>969DH9:H6×9:
EG>BÍG>DH!CDIG6I6B:CID9D9D:CI:8DB;:G>96
8GÔC>86
Elaine Pina, Cristina Miguéns, Alexandra Cunha
×A8:G6H96E:GC68DBG>H8D:A:K69D9:>C;:8v³D
H:8JC9ÍG>6!D7H:GK696H:B8J>969DH9:
6B7JA6IÔG>D#K6CI6<:CH9:JB6B6IG>O
A>E>9D8DAÔ>9:>BEG:<C6968DBH6>H9:EG6I6
Saskia Ingen-Housz-Oro, Michele Sigal, Anne Zagnoli,
Serge Bohbot
K6H8JA>I:A>K:9D>9:·DEv³D9:IG6I6B:CIDCJB6
H>IJ6v³DG6G6
Cristina Miguéns, Carla Rodrigues
IG6I6B:CID9:×A8:G6H6GI:G>6>H9:9>;Ð8>A
8>86IG>O6v³D8DBDCDKDE:CHDA>E>9D8DAÔ>9:
8DBCDH;
Francis Pesteil, Catherine Salomon, Maryline Cherrier
JI>A>O6v³D9:JBE:CHD67HDGK:CI:>BEG:<C69D
8DBH6>H9:EG6I6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H
8DBEA:M6H!EÔH"IG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D
9:BDG696
Damien Pourreyron, Catherine Salomon, Maryline Cherrier
IDA:GËC8>69D>7JEGD;:CDIÔE>8DE6G66AÐK>D9:
9DGAD86A/:K>9ÌC8>68AÐC>86::ME:G>B:CI6A
EJ7A>8696FJ:6ED>66:A:K696G:A6v³D7:C:;Ð8>D$
G>H8D
Sylvie Meaume, J.C. Kerihuel
E:G;>A9:68IJ6v³D9:JBE:CHD9:EDA>JG:I6CD
6HHD8>69D6I:G6E>68DBEG:HH>K6
Cristina Miguéns, Adelaide Oliveira
68DBE6C=6B:CID9:E68>:CI:H6B7JA6IÔG>DH8DB
;:G>96HIG6JBÍI>86H9:8>86IG>O6v³D9:BDG696
CJBH:GK>vD9:JG<ÌC8>6H/JI>A>O6v³D9:JBCDKD
E:CHDA>E>9D8DAÔ>9:8DBCDH;
Jean-Pierre Rifler, Catherine Salomon, Maryline Cherrier
JI>A>O6v³D9:E:CHDH67HDGK:CI:H8DBEG6I6CD
IG6I6B:CID9:6BEJI6v´:H8>G×G<>86H9DEw:B
E68>:CI:H9>67wI>8DH
Nicole Tagand, François Ouliac, Catherine Salomon,
Maryline Cherrier
I:HI:>CK>IGD9686E68>969:9:67HDGv³D9DH
E:CHDH9::HEJB6HD7EG:HH³D
Niels Reitzel, Monica Marburger, Rikke Marie Torpe,
Gitte Engell
IG6I6B:CID8DB<:A9:H>A>8DC:
Claudia Elias, Rui Pereira
EGDBDv³D968>86IG>O6v³D:B9:>H8ÌC8>69:HJIJG6
EÔH"9:GBDA>E:8IDB>6
Cristina Miguéns
EGD<G6B69:>CI:GK:Cv³DCDA>C;:9:B6H:8JC9ÍG>D
686C8GD96B6B6:B8J>969DH9:H6×9:EG>BÍG>DH
Cristina Miguéns, Fátima Rodrigues
IG6I6B:CID9DA>C;:9:B69DHB:B7GDH>C;:G>DG:H
CJB?DK:B8DBEDA>C:JGDE6I>69:HB>:A>C>O6CI:
Cristina Miguéns, Joana Ferreira
×A8:G6K:CDH696E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D
>C;:8I6968DBBGH6:8>86IG>O6968DBE:CHDH9:
B:B7G6C6EDA>BwG>868DBEG6I6
Charalambos Agathangelou, Marios Vasiliou
IG6I6B:CID9:JB<G6C9:=:B6IDB68DBJBCDKD
E:CHD9::HEJB6>BEG:<C69D8DBEG6I6
Jeanette Timmins
:K>9ÌC8>68AÐC>869:>C;:8v³D:6HJ68DGG:A6v³D
8DBD9>6<CÔHI>8DB>8GD7>DAÔ<>8D:B;:G>96H9:Ew
9>67wI>8D
Javier Hernández Toledo, Jose Luis Lázaro Martínez,
Esther García Morales, Yolanda García Álvarez,
Almudena Cecilia Matilla, Rosario Morales Lozano
P271
P272
P273
P274
P275
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P278
P279
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P285
P286
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9>67wI>8D?JCI6B:CI:8DBDHI:DB>:A>I:
Almudena Cecilia Matilla, Jose Luis Lázaro Martínez,
Esther García Morales, Yolanda García Álvarez,
Javier Hernández Toledo, Rosario Morales Lozano
I:G6E>69:8DBEG:HH³D/FJ6CI6H86B696H4
Ruth Robins, Deborah McCallum
A>7:GI6v³D8DCIGDA6969::CO>B6H;JC8>DC6>H
9:JBCDKD=>9GD<:A9:EK66EÔH:HI:G>A>O6v³D
EDG;:>M:9::A:8IG´:H
Stephen Britland, Donald Eagland
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E6G6DH:8IDGEG>BÍG>D"G:HJAI69DH>C>8>6>H9:
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9>C6B6GFJ:H6
Susan Funnell Jørgensen, Rie Nygaard
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8DBDJHD9D8G:B:·Í8>9D=>6AJGÕC>8D
Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto,
Antonio Augusto Couto de Magalhães
FJ6ADI:BED:DBD9:AD9D8J>969D4
Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto,
Maria Gabriela Secco Cavicchiolli, Edna Sassagima
G:A6ID9::ME:G>ÌC8>6/6IJ6v³D96:FJ>E:
BJAI>EGD;>HH>DC6A:BJB6B7JA6IÔG>D9DCÐK:A
I:G8>ÍG>D
Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto,
Antonio Augusto Couto de Magalhães, Fábio Batista,
Marizilda Pugliese, Maria Cristina Cardoso
6K6A>6v³D>CK>IGD96:;>8Í8>66CI>B>8GD7>6C69DH
E:CHDH>BEG:<C69DH8DBEDA>=:M6B:I>A:CD
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B:I>8>A>C6BGH6:6EH:J9DBDC6H6:GJ<>CDH6E6
Justo Rueda, Albert Guerrero, Ana Muñoz
6EA>86v³DE6G666CÍA>H:9:>B6<:CH9:;:G>96H
Dubravko Huljev, Davor Antonic, Damir Filko
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9>67:I:HB:AA>IJH9DI>ED'DJHDB:CI:69>6C9D
69D:Cv64
Monica Antar Gamba, Maria Daniela Fonseca Pinto,
Lívia Inês Dal Fabro, Viviane Fátima Oliveira Nascimento
9>;:G:Cv6H><C>;>86I>K6CDHCÐK:>H9:9DG:B;:G>96H
9:8>86IG>O6v³DA:CI69JG6CI:66EA>86v³D9:
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Zsuzsa Karap
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A>7:GI6v³D9:>7JEGD;:CD:6CI>7>ÔI>8DHH>HIwB>8DH
Mª Jose Ledo, Concepción Prieto, Ana Cascos,
Isabel Roman
68I>K>969:6CI>B>8GD7>6C69:JBE:CHDEÔH"
DE:G6IÔG>D8DBEG6I6C6CD8G>HI6A>C68DBE6G69D
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G:9Jv³DAD<6GÐIB>86
Emma Woodmansey, Kiersten Driffield
8J>96G6E:HHD6!IG6I6C9D6;:G>96CD=DHE>I6A
;:GC6C9D;DCH:86
Rosário Filipe, Eva Figueiredo, Zita Simões,
Paula Pacheco, Jesus Figueiredo, Andreia Campos,
Margarida Baptista, Manuel Perez, João Fernandes
JI>A>O6v³D9:E:CHDH8DBEG6I6C6>C>7>v³D96
;DGB6v³D9:7>D;>AB:EDG;ADG6768I:G>6C6H>BEA:H
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Kiersten Driffield, Emma Woodmansey, Helen Floyd
G:CI67>A>969:966B:AD<:C>C6CDIG6I6B:CID9:
×A8:G6HK:CDH6H96E:GC69:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D
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Julian Guest, Peter Vowden, Patricia Price
P287
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HJ8:HH>KDH9JG6CI:,9>6H
Kiersten Driffield, Emma Woodmansey, Jessamine Walter,
Helen Floyd
6I:G6E>68DBEG:HH>K6C6H×A8:G6HK:CDH6H
·D;>C6A9:B:H:H9:IG6I6B:CIDH#
Luísa Velez
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6EA>86v³D96I:G6E>69:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6
Hilary Field, Alison Tyrer
68I>K>969:6CI>B>8GD7>6C69:E:CHDH
6CI>B>8GD7>6CDH9::HEJB6=>9GD8:AJA6G8DB
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JI>A>O6C9DJBBwID9D9>CËB>8DEDG6<>I6v³D9:
;G6H8DH
Kiersten Driffield, Emma Woodmansey
D8DC8:>IDI>B:!wG:A:K6CI:C6H;:G>96HB6A><C6H4
Helena Vicente
EG:K:C>G6B68:G6v³D8DBE:CHDH9:H>A>8DC:
B68>D/6K6A>6v´:H>CK>IGD
Ann-Britt Wiberg, Farkhondeh Feili, Eva-Karin Daun
86E68>969:9:G:I:Cv³D:67HDGv³D9:;AJ>9DH9DH
E:CHDHCJBEA6CD>C8A>C69D
Anna Nobelius, Farkhondeh Feili, Eva-Karin Daun
JB:HIJ9D9:CÐK:A67:GID9:;>7GD7A6HIDH
6AD<wC>8DHCDIG6I6B:CID9:×A8:G6H9DEw
9>67wI>8DC:JGDEÍI>86H:8GÔC>86H
Edward Jude, Andrew Bolton, Keith Harding,
Rebecca Askwith, Melody Boyd, John St Clair Roberts
:HIJ9DH9:86HDHE6G69:BDCHIG6GD8DCIGDAD
9D:MHJ969D:68>86IG>O6v³D9:;:G>96H
JI>A>O6C9D6I:G6E>69:EG:HH³DIÔE>86C:<6I>K6
Alison Tyrer, Hilary Field
68v³D9D7GDB:ID9:>EG6IGÔE>D!EJ;;HHD7
:MHJ969D96;:G>96B6A><C6
Sandra Neves, Francisca Coimbra, Sofia Lupi,
Helena Vicente, Elza Antunes
;:G>96HEGDKD8696HEDG6GB6H9:;D<D/BD9JH
DE:G6C9>9D:C;:GB:>GD
Micaela Sousa, Rita Louro, Isabel Flores, Raquel Gomes,
Cidália Cristo
CDKDE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8DJI>A>O69D
:B;:G>96HG:;G68IÍG>6HC6HEDCI6H9DH9:9DH9:
E68>:CI:H8DB:H8A:GD9:GB>6:HH
Clara Maino, Maria Rosa Pozzi, Chiara Bernabò,
Marina Galbiati, Elisabetta Allevi, Patrizia Motta, Nicoletta
Manzocchi, Patrizia Russo
6HDAJv³D8>G×G<>86E6G66H×A8:G6H9:EG:HH³D
:6I:G6E>6:6K
Milada Francu
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8GÔC>86H8DCI6B>C696HEDGBGH6JI>A>O6C9D
JBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D9:7>D8:AJADH:
8DBE=B7
Thomas Eberlein, Gunnar Riepe, Helmut Fendler,
Michael Schmitz, Martin Abel
EGD<G6B69:B:A=DG>68DCI>CJ696FJ6A>969:
9DH8J>969DH6JI:CI:H8DB×A8:G69:EG:HH³D
Graça Farelo, Célia Carvalho, Inês Gonçalves,
Paula Botelho, Renato Pinto
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P321
Ana Marques Santos, Cristina Dominguez,
Helena Vicente, Mercedes Aguilera
P323
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DM><:C6v³D9DHI:8>9DH9:;:G>96HILD'C6
I:G6E>69:;:G>96H8GÔC>86H>C;:8I696H
Christoh Schwarz, Ferdinand Otto, Gerald Ohrenberger,
Daniela Binder, Thomas Wild
IG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H8DBJBE:CHD9:
:HEJB69:<:A:BE68>:CI:H>CI:GC69DH
Ana Orbegozo-Aramburu, Isabel Arana-Zabalegui,
A Olaizola-Pildain, D Ollarbide
:ME:G>:C8:L>I=6H>AK:G9G:HH>C<>C(DC8DAD<>86A
86H:HIJ9>:H
Ana Marques Santos, Claudia Silva, Helena Vicente
IG6I6B:CID9:×A8:G6H9:EG:HH³D:BE68>:CI:H
8DB:H8A:GDH:A6I:G6A6B>DIGÔ;>86
Silvia Cerame
:C8:GG6B:CID9:;:G>968DB6EA>86v³D×C>869:
8DA6<wC:D
Carlos Cancela
:;>8Í8>69:JBH>HI:B69:B:>6H9:8DBEG:HH³DCD
IG6I6B:CID9:×A8:G6H96E:GC6CJB6EDEJA6v³D
GJG6A
Katia Furtado
I:G6E>68DBEG:HH>K6C6JA8:G69:E:GC6:B
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António Bento, Fátima Mendanha, Helena Vicente,
Olga Regina
JI>A>O6v³D9DE:CHD9:6A<>C6ID8DBEG6I6C6
EG:K:Cv³D9:>C;:8v´:H:B×A8:G6H8GÔC>86H96
E:GC6
Roberto Polignano, Alessandra Pavanelli, Pia Terriaca,
Patrizia Turrini
8J>96G9:JB6E:HHD68DBJB6;:G>96B6A><C6
Patrícia Matos, Carla Lança, Olga Regina, Raquel Santos
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K>969DE68>:CI:
Peter Kurz
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8GÔC>86H8DBJBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²
76H:9:7>D8:AJADH::B>IÍA>6
Marco Masina, Michael Schmitz
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EGDHE:8I>KD8DBH:A:8v³D6A:6IÔG>69DHE68>:CI:H#
Martin Simek, Jana Grulichova, Katerina Langova,
Vladimir Lonsky, Lenka Jecminkova
:;>8Í8>69:9>;:G:CI:HE:CHDHHD7G:EA686H
6GI>;>8>6>H9:;>7G>C6
Andreas Körber, Hans-Martin Seipp, Sascha Hofmann
69DG:D9D:CI:8DB;:G>96H·9:H:CKDAK>B:CID
96:FJ>E69::C;:GB6<:BC66K6A>6v³D:8DCIGDAD
969DGCD9D:CI:8DB;:G>96#
João Manuel ILdefonso Dias, Dulce Gaspar Cabete
8ADHIG>9>JB9>;;>8>A:/8DC8:7:GJBEGDID8DAD
Mercè Girona
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E:GC6>C;:G>DG8DBJBE:CHD8DB:FJ>AÐ7G>D
=Ð9G>8D²76H:9:7>D8:AJADH::B>IÍA>6
Enzo Fracchia, Michael Schmitz
IG6I6B:CID9:ODC6H969DG6H8DBJBE:CHD8DB
:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D²76H:9:7>D8:AJADH:
Annemarie Knottenbelt, Louis Vijverberg, Michael Schmitz
6K6A>6v³D9:JBE:CHD9:=>9GD;>7G6$=>9GD8DAÔ>9:
CJB=DHE>I6A<:G6A9>HIG>I6A
John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian MCLEAN
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>C;A6B6IÔG>6AD86A>O696C6H;:G>96H9:
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John Dillon, Rebecca Sayer, Jon Clarke, Ian Mclean
G69>D9:GB>I:/8J>969DH9::C;:GB6<:B
Patricia Almeida
G:8:EI>K>969:²I:G6E>69:8DBEG:HH³DCD
IG6I6B:CID9:×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6
Fidelis Machado, Dheerendra Kommala,
Nathalie Dourdin, Sharon Welner, Yoonhee Choe
A>H7DCÆEDGIJ<6A
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Sandra Cristina Paranhos
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8DC?JCIDCJBE:CHDE6G69:H7G>96G:8>86IG>O6G
;:G>96H8GÔC>86H
Roberto Cassino, Elia Ricci, Fabrizio Moffa,
Stefania Astolfi, Annamaria Ippolito, Monica Pittarello
;:G>96DE:G6IÔG>6>C;:8I696·:;>8Í8>6::;>8>ÌC8>6
Graça Maria Silveira Machado, Teresa Conrado
IG6I6B:CID9D:MHJ969D:96>C;:8v³D/DE6E:A9:
JBE:CHD=>9GD6A<>C6ID6CI>B>8GD7>6CD
>BEG:<C69D8DBEG6I6#:ME:G>ÌC8>69:IGÌH6CDH
Giuseppe Amadeo, Amedeo Strano,
Francesco Stagno d’Alcontres
E6E:A96B6IG>O9:BD9:A6v³D96EGDI:6H:8DB
EG6I6C6G:9Jv³D9DI:BED9:EG:E6G6v³DE6G6
8>GJG<>6:B;:G>96HIG6JBÍI>86H:EÔH"8>G×G<>86H
Amedeo Strano, Giuseppe Amadeo,
Francesco Stagno d’Alcontres
JB69>;:G:CI:67DG96<:B²HFJ:>B69JG6H
Mónica Ribeiro, Elisabete Araújo, Fátima Moreira,
Joana Oliveira, Sónia Ribeiro
9>HEDH>I>KD9:8DBEG:HH³DEGDCID6JH6G/
JB6CDK6DEv³D7:BHJ8:9>96E6G66I:G6E>69:
×A8:G6HK:CDH6H96E:GC6:DJIG6H>C9>86v´:H
Michael Jünger, Martin Abel
6K6A>6v³DCJIG>8>DC6A:B9D:CI:H8DB×A8:G6H
9:EG:HH³D
Teresa Garcia, Ana Pereira, Patricia Cachado,
Margarida Mourão, Sara Úria
;:G>96HB6A><C6H·86G68I:GÐHI>86H:H:J8DCIGDAD
H>CIDBÍI>8D
Ana Guterres, Carla Sofia Silva, Jacinta Rente
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HJ7B:I>9DH6DIG6CHEA6CI:9:B:9JA6ÔHH:6/
JB6G:K>H³DH>HI:BÍI>86
Patricia Ferreira, Monica Antar Gamba,
Michelangelo Juvenale, Maria Gaby Rivero De Gutiérrez
<:HI³D969DG6HHD8>696²I:G6E>68DBEG6I6
E6>CB6C6<:B:CI>CH>AK:GI=:G6EN
Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo
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Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo
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9:;:G>96H;JC8I>DC6A9>K>H>DCD;LDJC986G:
EGD9J8IH
Rui Silva, Eduardo Nunes, José Pinto, Paulo Macedo
IG6I6B:CID9DAD86A969DG96K:>6H6;:C6
Ozgur Sunay, Ali Barutcu, Hasan Guc
;:G>966IÐE>86C6ODC6>C;:G>DG96E:GC6/
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Sabrina Barbanera, Valentina Dini,
MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli, Marco Romanelli
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Valentina Dini, Sabrina Barbanera, MariaStefania
Bertone, Cinzia Brilli, Marco Romanelli
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E:GC6/JBG:A6IÔG>D9:86HD9:JB6;:G>969:
9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D
Valentina Dini, MariaStefania Bertone, Cinzia Brilli,
Sabrina Barbanera, Marco Romanelli
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')=DG6H/IG6I6B:CID9:JB6BJA=:G8DB9D:Cv6
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Sylvie Hampton
G:<JA6v³D9D:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D96H;:G>96HEDG
B:>D9:E:CHDH
Miriam Berenguer, Jordi Puig
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P345
P346
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P348
P349
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P357
P358
P359
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9DH86B6G´:H!Í;G>86·JBEGD?:8ID9:
8DA67DG6v³D:CIG:JBE6ÐH6;G>86CD:JB:JGDE:J
Carolyn Wyndham-White, Dominique Bidet-Dazin,
Eric Comte
6K6A>6v³D8AÐC>869:JBCDKDE:CHD9::A:K696
67HDGv³D
Keith Cutting
6CÍA>H:96FJ6A>969:9:K>96G:A68>DC696
6H6×9:FKGH:BE68>:CI:H8DB×A8:G6H
9DEw9>67wI>8D
García Morales Esther, Lázaro Martínez Jóse Luis,
García Álvarez Yolanda, Cecilia Matilla Almudena,
Hernández Toledo Javier, González Fernández Mª Luz
6K6A>6v³D9:;:G>96H6HH>HI>96EDG8DBEJI69DG
EDGIÍI>A/K6A>96v³D9:JBCDKD9>HEDH>I>KD
Marco Romanelli, Valentina Dini, MariaStefania Bertone,
Cinzia Brilli, Sabrina Barbanera
DE:CHD9:EG6I6>ÔC>868DBD;DGB69:8DCIGDA6G
6>C;:8v³D
Fernanda Cardador
6CDHH6:ME:G>ÌC8>68DBHDAJv´:H6CI>"HwEI>86HCD
IG6I6B:CID9:;:G>96H>C;:8I696H<G6K:H
Lenka Veverková, P. Vlcek, J. Korbicka, J. Zak,
A. Randula, R. Tejkalová
H:<JG6Cv6::;>8Í8>696>CI:GK:Cv³DEG:8D8:8DB
JB6HDAJv³D9:A>BE:O69:;:G>96H9:;DH;DAÐE>9DH
:BE68>:CI:H8DB;:G>96H8GÔC>86H
MariaStefania Bertone, Valentina Dini,
Sabrina Barbanera, Cinzia Brilli, Marco Romanelli
969DD8G:H8:CI:8DC=:8>B:CID96G:A6v³D:CIG:
D:HI69DCJIG>8>DC6A:68>86IG>O6v³D9:;:G>96H!
:HI::HIJ9D;D>G:6A>O69DE6G6:HI67:A:8:GH:DH
CDKDHE68>:CI:H6;G:FJ:CI6G8AÐC>86H9:
IG6I6B:CID9:;:G>96H:B6B7JA6IÔG>DH³D
G:<JA6GB:CI:6K6A>69DH:BI:GBDH9D:HI69D
CJIG>8>DC6AC6HHJ6H8DCHJAI6H>C>8>6>H#
Nicola Ivins, Patricia Price, Keith Harding
I:G6E>68DBEG:HH>K6·9:BDCHIG6v³D9:G:HJAI69DH
:HIJ9D9:86HD
Maria do Rosário Carrilho Rosa, Miguel Almeida Lopes
;:G>96H9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D/G:HJAI69DH9:JB
>CFJwG>ID:A:8IGÔC>8D9:EGD;>HH>DC6>H9:H6×9:
:HE6C=Ô>H
Richard White, José Luis Lázaro Martínez,
Javier Soldevilla Agreda
;:G>96H9:9>;Ð8>A8>86IG>O6v³D/JB>CFJwG>ID
:A:8IGÔC>8D:;:8IJ69D6EGD;>HH>DC6>HCDG:>CD
JC>9D
Richard White
H:A:8v³D9:AÐ9:G:H9:DE>C>³D>BEDGI6CI:HE6G6
:BEG:H6H:>CHI>IJ>v´:H9:H6×9::BB6IwG>69:
IG6I6B:CID9:;:G>96H·JBH>HI:B6EGDHE:8I>KD
E6G68DBEGDB>HHDH:HE:8Ð;>8DH
Kerry Wiles, Sue Simmonds, Roland Renyi
6EA>867>A>969:9:I:A;6"6B9:B×A8:G6B>HI6
Maria Gabriela Santos albuquerque,
Susana Pinto Guedes, Paula Pacheco Neto
×A8:G69:E:GC6/C:8:HH>969:9:IG6I6B:CID
8DB7>C69D
César Martins
IG6I6B:CID9:JBFJ>HIDE>ADC>96A
Edite Silva
JI>A>O6v³D9:;68IDG:H9:8G:H8>B:CID6JIÔAD<DH
CDIG6I6B:CID9:×A8:G6H9:EG:HH³D06CDHH6
:ME:G>ÌC8>68AÐC>86
Ioannis Kalaitzopoulos, Eleftheria Gliarmi,
Georgios Papazoglou, Evangelos Anagnostou
6I:A:B:9>8>C6CDIG6I6B:CID9:E68>:CI:H8DB
;:G>96H8GÔC>86H·JB6:ME:G>ÌC8>69:'6CDH
Rolf Jelnes
P360
P361
P362
P363
P364
P365
P366
P367
P368
P369
:HIJ9D9:K6A>96v³D9:C:G9H:HIDC:HE6G6
6K6A>6v³D968G:H8:CI:86G<6768I:G>6C6:B
;:G>96H8GÔC>86H
Kevin Woo, R. Gary Sibbald
K>K:G8DB9DG:BE68>:CI:H8DB×A8:G6H8GÔC>86H
96E:GC6:9DEw
Kevin Woo, R. Gary Sibbald
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9DG9JG6CI:6BJ96Cv69:E:CHDC6EDEJA6v³D
B6>H>9DH6
Kevin Woo, Souraya Sidani, R Gary Sibbald,
Robert Maunder, Joel Sadavoy
D:;:>IDB:9>69DG966CH>:969::CIG:;>M6v³D
:9DGCDHE68>:CI:HB6>H>9DHDH
Kevin Woo, Souraya Sidani, R Gary Sibbald,
Robert Maunder, Joel Sadavoy
BD9:AD>CDK69DG9:;:G>9667G6H>K6E6G6
>CK:HI><6G6HEGDEG>:969:H9:8>86IG>O6v³D9:
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:HIJ9D8AÐC>8D>CIG6">C9>KÐ9JD9:GÔIJAD67:GID
8DBH:A:8v³D6A:6IÔG>6
W Wigger-Alberti, S Ekanayake, D Wilhelm, M Kuhlmann,
H Buettner, T Callaghan, KP Wilhelm
G:9Jv³D9686G<6B>8GD7>6C6E6G6EGDBDK:G
68>86IG>O6v³D
Deborah Hofman, Sharon Gresham, Helen Butterfield
B:A=DG>69DIG6I6B:CID9:9D:CI:H8DB×A8:G6
K:CDH696E:GC68DBJBCDKDE:CHD9:;:G>96H
G:9JIDG9:9DG8DB:FJ>AÐ7G>D=Ð9G>8D
M. Romanelli, V. Dini, S. Barbanera, M.S. Bertone,
C. Brilli, A. De Lorenzo
DA>C;D:9:B6wJB;68IDG9:G>H8D9:K>96:A:K69D
·>C;:8v´:H6B:6v69DG6H9DHI:8>9DHBDA:H/
9:IG6I6B:CID
Judit Daróczy
IG6I6B:CID8DBB:A:B×A8:G696E:GC6>C9JO>96
EDG=>9GDM>JG:>6
Ozgur Sunay, Ali Barutcu
HJEDGI6GD;6G9D0DG<6C>O6v´:HKDAJCIÍG>6H
9:IG6I6B:CID9:;:G>96H
Siobhan Murphy, Sheila Gilmartin, Pat McCloskey
P370
P371
P372
P373
P374
P375
P376
P377
P378
JB6CDK6Iw8C>869::HI>BJA6v³D:Aw8IG>86
C68>86IG>O6v³D9:;:G>96H
John Wetling
:CH6>D6A:6IDG>O69D8DBE6G6I>KD9:JB
G:K:HI>B:CID9:8DA6<wC>D$8:AJADH:G:<:C:G696
DM>9696CDIG6I6B:CID96×A8:G6C:JGDEÍI>869D
Ew9>67wI>8D
Jose Luis Lázaro-Martínez, Esther Garcia-Morales,
Francisco Javier Aragón-Sánchez
G:A6v³D:CIG:68A6HH>;>86v³D8AÐC>86:6FJ6A>969:
9:K>96:BE68>:CI:H8DB×A8:G6HK:CDH6H8GÔC>86H
Ivana Dunic, Goran Lazovic
IG6I6B:CIDEÔH"DE:G6IÔG>D96DHI:DB>:A>I:8DB
JB68DBEG:HH69:86GK³DK:<:I6A68I>K69D8DB
EG6I6:BE68>:CI:H8DB×A8:G69DEw9>67wI>8D
FJ Aragón Sánchez, JL Lázaro Martínez,
Y Quintana Marrero, E. Garcia Morales
8DBEG:HH6H67HDGK:CI:H8DBEDAÐB:GDH
HJE:G67HDGK:CI:H"JB6CDK6<:G6v³D9:
8DBEG:HH6HE6G6;:G>96H
Erik Steinlechner, Christian Rohrer, Martin Abel
JB:HIJ9DADC<>IJ9>C6A9:E68>:CI:H8DB9>67:I:H
:×A8:G6H9DEw:HJ6FJ6A>969:9:K>96
G:A68>DC6968DB6H6×9:#8>86IG>O6v³D9:;:G>96H
:BJ96Cv6HC6FJ6A>969:9:K>96
Lis Ribu, Kåre Birkeland, Berit R. Hanestad,
Thorbjorn Moum, Tone Rustoen
;JH³D9DEwBw9>DCDIG6I6B:CID969:;DGB>969:
<G6K::>CHI67>A>969:966GI>8JA6v³D9DEwBw9>D
C6C:JGD6GIGDE6I>69:8=6G8DI
C. Caravaggi, M. Fabbi, A. B. Sganzaroli, I. Pogliaghi,
P. Cavaiani, R. Ferraresi, M. Centola, F. Capello
:J8DB:9H:8IDG6K6Cv69D9:IG6I6B:CID9:
;:G>96H6L8H:HIG6Iw<>6:D7?:8I>KDH
Hans Lundgren
BJ96Cv6CDIG6I6B:CID9:;:G>96H8GÔC>86H/
JB:M:BEAD9::HIG6Iw<>6
Sara Rufo, Carla Venâncio, Rosa Zambrano
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%-
101
102
6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
P
Sempre que a organização da conferência encontrou um nome
de uma marca num resumo apresentado, o nome da
marca foi alterado para o seu nome genérico.
A organização da conferência não é responsável por quaisquer
erros de interpretação que possam ter ocorrido.
103
6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
104
P1
P2
A UTILIZAÇÃO DE PENSOS UMA COMPRESSA DE ESPUMA NÃO ADERENTE
SEM A CAMADA SUPERIOR* NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS DE ETIOLOGIA
VENOSA
INQUÉRITO NACIONAL SOBRE OS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS
PROFISSIONAIS DOS ENFERMEIROS DE SAÚDE PÚBLICA EM RELAÇÃO
A PESSOAS COM ÚLCERA VENOSA DA PERNA NO CONTEXTO COMUNITÁRIO
NA REPÚBLICA DA IRLANDA
Gabriolo Riccardo, Costi Caterina
Ospedale S.Agostino, Avigliana (To), Italy
Âmbito: Este estudo tem como objectivo testar a espuma de poliuretano, recentemente
introduzida no mercado, em relação à capacidade de absorção, alterações no leito da
ferida, tempo de cicatrização da ferida e receptividade do paciente.
Materiais e métodos:
23 pacientes envolvidos
12 homens
11 mulheres
Número total de feridas 41
Diferente etiologia venosa
Revisão do seu desempenho vs o sistema de classificação faseada de cicatrização de
feridas de falanga
Foi utilizada a avaliação por Sistema de Medição de Ferida* e câmara digital para
registar os pontos de dados
O penso foi mudado a cada 48 a 72 horas – dependendo da saturação do penso.
Resultados: A ferida foi avaliada e monitorizada até ficar curada 61% dos casos foram
curados em 60 dias.
O tamanho das feridas no início variou entre 0,7 cm2 e 28,9 cm2
30 feridas com menos de 5 cm2
11 tinham mais de 5 cm2
O penso conseguiu controlar o exsudado e a dor e o penso copa foi bem tolerado, com
uma redução na dor e uma receptividade do paciente elevada.
Conclusão: As espumas são muito boas na cicatrização de feridas; o penso copa
demonstrou uma excelente capacidade no controlo do exsudado e mostrou ser muito
bom para ajudar à formação do tecido de granulação, proporcionando também uma boa
tolerância por parte dos pacientes. Foi fácil aplicá-lo e controlá-lo.
*COPA®
*Visitrak
Sandra Barrett
University Of Limerick, Limerick, Ireland
Objectivo: O objectivo deste estudo é descrever os conhecimentos e as práticas
profissionais dos enfermeiros de saúde pública (ESP) em relação a pessoas com úlcera
venosa da perna na República da Irlanda.
Método: Foi utilizado um método de inquérito de matriz de impacto cruzado para reunir
dados de uma amostra aleatória (N=500) de ESPs registados, administrado pelo An
Bord Altranais. O instrumento de recolha de dados consistiu num questionário enviado
pelo correio a ser preenchido pelo próprio inquirido, o qual gerou dados quantitativos e
qualitativos.
Resultados: 132 ESPs (n=132) participaram no inquérito com uma taxa de resposta de
32,5%. A amostra foi seleccionada aleatoriamente e distribuída geograficamente
indicando que os resultados podem ser generalizados a toda a população de ESPs na
República da Irlanda. Os temas explorados no inquérito incluíram factores que
influenciaram a tomada de decisão clínica, o conhecimento e as práticas profissionais,
os constrangimentos no fornecimento das melhores práticas e a educação e formação.
Discussão: O perfil do grupo estudado sugere que eles possuem grande experiência e
que são um recurso valioso no tratamento de pessoas com úlceras venosas da perna
na comunidade. Os resultados sugerem que o tratamento de úlceras da perna é uma
componente do papel dos enfermeiros de saúde pública na Irlanda.
Os resultados indicaram que a maioria dos ESPs vêem nos outros colegas de
enfermagem como os peritos no tratamento de úlceras da perna para informar as suas
tomadas de decisão clínica, principalmente os Especialistas de Enfermagem Clínica e
os enfermeiros que trabalham em clínicas de úlceras da perna.
Os resultados sugerem que a maioria >90% dos ESPs inquiridos demonstrou
conhecimentos e práticas profissionais consistentes com as boas práticas e estando em
linha com as actuais directrizes sobre úlceras da perna.
Os resultados realçam a importância da avaliação e da manutenção da qualidade de
vida das pessoas com úlceras da perna. Os resultados sugerem que a aceitação por
parte do cliente é a barreira relatada com maior frequência para o fornecimento de
melhores práticas no tratamento de úlceras da perna. A grande maioria dos ESPs (79%)
procuram mais educação e formação sobre práticas de tratamento de úlceras da perna.
Este inquérito gerou dados valiosos para informar o debate sobre os desafios com que
os enfermeiros de saúde pública se deparam no tratamento de pessoas com úlcera da
perna na comunidade.
P3
P4
MANIPULAÇÃO DO MICROCLIMA NA INTERFACE DA CARGA NO TECIDO
E SUPERFÍCIE DE SUPORTE
COMO ESTÁ A CONTROLAR A INTEGRIDADE DA PELE DURANTE O CONTROLO
DA TEMPERATURA?
Cynthia Sylvia, Jeanne Perla
Cynthia Sylvia, Laura Grisanti
Gaymar Industries, Inc., Buffalo, New York, United States
Gaymar Industries, Inc., Buffalo, New York, United States
Objectivo: O objectivo deste resumo é apresentar uma linha de orientação para a
manutenção da integridade da pele que é afectada pelo excesso de humidade. A
finalidade deste resumo é apresentar e analisar de forma crítica as evidências do
controlo do calor e da humidade na interface do paciente incontinente e superfície de
suporte.
Objectivo: A finalidade deste resumo é oferecer orientações na avaliação,
documentação e intervenções para a preservação de pele intacta durante o
arrefecimento da superfície para hipotermia terapêutica. O objectivo é aumentar a
percepção da integridade da pele durante o arrefecimento terapêutico e oferecer
recomendações baseadas em evidências. As aplicações do controlo da temperatura e
da hipotermia terapêutica estão a multiplicar-se exponencialmente e a necessidade de
alcançar a integridade da pele é um desafio a ser considerado.
Métodos: A metodologia consiste numa pesquisa de literatura com análise dos dados e
integração de um inquérito informal sobre as práticas actuais para formular um conjunto
de recomendações clínicas baseadas nas evidências disponíveis.
Resultados: O resultado é um pacote de recomendações clínicas relacionadas com a
manutenção do microclima óptimo da pele na interface da superfície de suporte.
Discussão: A humidade excessiva na superfície epidérmica é um factor para potenciais
alterações da integridade da pele. Os indivíduos com mobilidade reduzida que utilizam
uma superfície de suporte e perdem urina devido a incontinência são um desafio na
manutenção da pele intacta. A baixa perda de ar (BPA) é definida como uma
característica de uma superfície de suporte que fornece um fluxo de ar para assistir no
controlo do calor e da humidade (microclima) da pele. A utilização desta característica é
uma intervenção para manipular o microclima. Quando se implementa a BPA, a questão
imediata surge relativamente à utilização de um penso absorvente. As provas mostram
que uma camada colocada entre a pele e a superfície de suporte pode alterar a
capacidade da superfície de suporte para redistribuir a pressão. No caso de
incontinência, o penso também pode agir como uma barreira à BPA. O diálogo entre
médicos sobre este dilema clínico continua com uma clara necessidade de oferecer
uma solução baseada em evidências.
Método: Serão utilizados uma revisão de literatura, um consenso de opiniões de
especialistas e o feedback da experiência do utilizador para examinar a questão e
construir uma linha de orientação clínica.
Resultados: O resultado é um recurso educacional para recomendações clínicas no
controlo da integridade da pele durante o controlo da temperatura, especificamente o
arrefecimento terapêutico.
Discussão: Estudos recentes indicam que a temperatura interna do corpo deve ser
considerada para optimizar os resultados neurológicos numa variedade de condições
clínicas, incluindo AVC, pós-paragem cardíaca e trauma. Está a ser utilizada a regulação
da temperatura, especificamente o arrefecimento da superfície, com mantas corporais
ou cobertores em contacto directo com a pele. A superfície epidérmica está em contacto
directo com os pensos ou mantas de arrefecimento terapêutico por longos períodos de
tempo, dependendo da indicação clínica. O microclima na interface epidérmica pode ser
afectado pela temperatura, humidade e forças mecânicas de pressão, compressão e
fricção. Uma maior percepção do efeito do arrefecimento da superfície da pele está a
abrir novas oportunidades para a especialização de enfermagem clínica. Estão a ser
desenvolvidos e implementados protocolos clínicos para o controlo da temperatura e
estão a surgir questões sobre o controlo de potenciais alterações na pele que possam
resultar do arrefecimento da superfície.
É reconhecido que a integridade da pele deve ser considerada quando se utiliza o
arrefecimento da superfície. As linhas de orientação oferecidas terão este facto em
consideração.
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%-
105
6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
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P5
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INTERFERÃO ALFA HUMANO NATIVO COMO POTENTE FACTOR ANTIFIBRÓTICO:
ESTUDO IN VITRO
MUNCHAUSEN’S SYNDROME: A RARE SELF-MUTILATION SYNDROME
Goran Šantak1, Maja Šantak2, Dubravko Forčić2
Naci Karaçal1, Murat Livaoglu1, Servet Kerimoglu2, Çiçek Hocaoglu3, Leyla Arvas1
1Karadeniz
Technical University, Dep. of Plastic Surgery, Trabzon, Turkey,
Technical University, Dep. of Orthopedics, Trabzon, Turkey,
3Karadeniz Technical University, Dep. of Psychiatry, Trabzon, Turkey
1General
County Hospital, Poéega, Croatia, 2Department for Research and
Development, Institute of Immunology Inc., Zagreb, Croatia
2Karadeniz
Objectivo: Comparar a eficácia in vitro do interferão alfa humano nativo com o
interferão alfa humano recombinante na proliferação, diferenciação e síntese do
colagénio de fibroblastos da derme humana.
A síndrome de Munchausen é uma condição rara, na qual o paciente procura
recorrentemente cuidados médicos para uma doença fictícia. As pessoas com síndrome
de Munchausen fingem conscientemente sintomas e sinais físicos devido à necessidade
aparente de assumir um papel de doente. Os pacientes com esta síndrome poderão
recorrer a médicos e hospitais fingindo doenças agudas e habitualmente dramáticas.
Estão dispostos a submeter-se a procedimentos terapêuticos e de diagnóstico
invasivos. Dado que a síndrome de Munchausen é um risco para o paciente e para os
prestadores de cuidados de saúde, a sua detecção é importante para todos os
profissionais. Em pacientes com a síndrome de Munchausen, o objectivo do médico é a
detecção precoce da condição psiquiátrica. Apresentámos uma mulher de 36 anos que
recorreu à nossa clínica com uma ferida crónica não cicatrizada localizada na região
posterolateral proximal do braço esquerdo. Foi operada 15 vezes em três anos, mas
também não cicatrizou.
Métodos: Uma cultura primária de fibroblastos da derme provenientes de humanos
adultos normais foi tratada com interferões alfa nativos ou recombinantes. A avaliação
da proliferação e da viabilidade celular foi efectuada pelo ensaio do MTT. Para melhor
caracterizar a actividade antifibrótica do interferão alfa humano nativo, investigámos o
efeito de ambos os interferões alfa em fibroblastos estimulados com citocinas prófibróticas. Assim, foram incubados fibroblastos da derme humana (HDFs) com TGF ou
IL4. A expressão do pró-colagénio tipo I mRNA e alfa-SMA foi avaliada por RT-PCR
semiquantitativo.
Resultados: Mostra que o interferão alfa humano nativo (nhIFN-A) afecta a viabilidade
dos fibroblastos da derme humana (HDFs) de forma mais pronunciada do que o
interferão alfa humano recombinante (rhIFN-A) e exerce uma redução mais acentuada
na síntese do pró-colagénio tipo I mRNA.
Ambos os interferões antagonizam o efeito do TGF-beta exógeno e da IL-4, mas o
efeito foi estatisticamente mais significativo num grupo de nhIFN-A.
Discussão: O interferão alfa inibe a proliferação de fibroblastos, diferenciação em
miofibroblastos e síntese da matriz extracelular, que são eventos importantes durante o
processo de cicatrização. Por outro lado, crê-se que um aumento de citocinas prófibróticas, como o TGF-β1 e a IL-4, possa contribuir para uma formação excessiva de
cicatriz. Aqui, confirmámos que o rhIFN-A, contendo apenas um subtipo de IFN-A, inibe,
in vitro, alguns passos cruciais na formação de cicatrizes normais e hipertróficas.
Contrariamente ao interferão alfa humano recombinante (rhIFN-A), um interferão alfa
humano nativo (nhIFN-A) é constituído por vários subtipos de IFN-A e vestígios de
outras citocinas produzidas pelos leucócitos humanos estimulados pelo vírus Sendai.
De acordo com os resultados da nossa investigação, o nhIFN-A, devido à sinergia entre
essas citocinas, mostra ter um melhor efeito antifibrótico do que o rhIFN-A e apresenta
uma melhor perspectiva futura na gestão da cicatrização anormal de feridas.
P7
P8
PROGRAMA DE ESTUDO DE CASOS MULTINACIONAL COM UMA NOVA
TECNOLOGIA DE OXIGENAÇÃO PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CRÓNICAS
E AGUDAS
PRODUTOS DE MEC (MATRIZ EXTRACELULAR), UMA ALTERNATIVA AOS
ENXERTOS DE PELE DE ESPESSURA PARCIAL?
Lisa Wood, Paul J Davis, Andrew Eaton, Andrew Adams, John P G Wilkins
Archimed Division, Insense Ltd, Bedford, United Kingdom
Objectivo: Determinar de que forma uma nova tecnologia de pensos de oxigenação de
feridas pode ser melhor utilizada para cicatrizar feridas agudas e crónicas.
Métodos: Um grande programa de estudo de casos europeu com cerca de 400
pacientes, com feridas de várias etiologias tratadas segundo um protocolo padrão.
Na primeira fase, as feridas de difícil cicatrização (duração superior a 6 meses) foram
tratadas com o novo produto.
Resultados: No momento da elaboração deste resumo (n=40):
• 15% (6) cicatrizaram completamente
• 53% (21) melhoraram (dando um total de 68% de feridas cicatrizadas ou melhoradas)
• 20% (8) permaneceram inalteradas
• 13% (5) deterioraram-se (3 devido a propagação de infecção)
Discussão: O novo penso para feridas funciona como uma bomba molecular, extraindo
o oxigénio da atmosfera e transportando-o para a ferida. A importância do oxigénio na
cicatrização de feridas é amplamente reconhecida. O penso gera também um baixo
nível de iodo. (Uma variante do produto produz oxigénio com um nível de iodo superior,
para utilização em feridas infectadas.) Ensaios clínicos no Canadá1 e no Reino Unido2
demonstraram que 30% das feridas de difícil cicatrização curaram em 6 meses. Outras
30% melhoraram.
Mais de 150 pacientes já estão recrutados para o estudo e serão todos incluídos nos
resultados apresentados. O tratamento de feridas infectadas com o produto de elevado
nível de iodo teve início em Dezembro de 2007. O âmbito do programa do estudo de
casos está também a ser prolongado para investigar o potencial para acelerar a
cicatrização em feridas de etiologia simples, como úlceras venosas da perna (VLUs) e
feridas agudas.
Minke Barendse-Hofmann, Louk van Doorn, Jacques Oskam, Pascal Steenvoorde
Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands
Objectivo: Os produtos de matriz extracelular (MEC) podem ser utilizados na fase final
da cicatrização de feridas. Ela promove a epitelização, através da qual se obtém o
encerramento da ferida. Pode ser facilmente utilizada em casa. O enxerto de pele de
espessura parcial é um procedimento que necessita habitualmente de internamento e
operação, com subsequente morbidade e até mesmo mortalidade.
Métodos: 15 pacientes com feridas adequadas para enxertos de pele de espessura
parcial foram tratados com Oasis, devido às contra-indicações da cirurgia (por exemplo,
riscos elevados da anestesia ou feridas colonizadas por bactérias, as quais tratamos
com antibióticos antes de realizar a cirurgia). Se o tratamento falhasse, acabariam por
ser tratados com enxertos de pele de espessura parcial.
Resultados: 14 em 15 feridas cicatrizaram sem ser necessário recorrer aos enxertos de
pele de espessura parcial. Foram relatadas duas complicações menores:
1) tecido hipergranulado (5 pacientes), o qual não influenciou negativamente o
resultado;
2) infecção (3 pacientes). Um paciente foi tratado com enxerto de pele de espessura
parcial, outro com antibióticos (as aplicações da MEC foram interrompidas) e outro
ainda sofreu uma infecção noutra parte da perna. Neste paciente, o tratamento com
MEC foi prosseguido com sucesso.
Discussão: Os produtos de MEC parecem ser uma estratégia de tratamento promissor
em pacientes nos quais o enxerto de pele de espessura parcial possa levar à morbidade
ou até mesmo mortalidade.
Referências
1. R G Sibbald et al. Adv Skin Wound Care, 2007:20 200-6. The use of a novel oxygenating hydrogel dressing in
the treatment of different chronic wounds.
2. K Harding et al. Wounds UK, 2007 3(1): 77-81. The use of an oxygenating dressing in VLU.
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%-
107
6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
108
P9
P 10
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES EM ESTOMAS NUTRICIONAIS
ANÁLISE DE PROJECTO E MELHORIA DA ASSISTÊNCIA SANITÁRIA PARA
PACIENTES OSTOMIZADOS
Oreste Sidoli
Azienda USL of Parma, Parma, Italy
Objectivo: Prevenção e tratamento de complicações em estomas nutricionais
Introdução: O tratamento de um estoma está habitualmente associado a vários
problemas, dependendo da sua tipologia e fixação; a integridade cutânea é um requisito
essencial para o tratamento e aplicação adequados de qualquer material ao estoma.
Uma abordagem multidisciplinar do tratamento de feridas pode melhorar a qualidade de
vida dos pacientes ostomizados.
Métodos: A nutrição artificial pode, por vezes, causar problemas cutâneos como a
infecção da área de inserção da sonda (gastrostomia ou jejunostomia). Entre as
complicações menos graves na sequência do posicionamento da PEG, a “infecção
peristomal” está representada em 5,4% - 30%, a “fuga” em 1% - 2%, a “síndrome de
Buried Bumper” em 0,3% - 2,4% e a “fistulização” em 0,3% - 6,7%. Apenas 1,6%
precisou de tratamento médico agressivo.
Resultados: Uma avaliação, identificação e tratamento adequados da ferida, utilizando
pensos avançados, pode suavizar a dor do paciente, reduzir o tempo do tratamento e
os materiais necessários.
Discussão: O conselho e/ou intervenção de especialistas pode ser realmente
importante no tratamento de um paciente com “estoma nutricional”; a aceitação do
estoma por parte do paciente pode depender da ausência de problemas cutâneos
relacionados com o estoma.
Oreste Sidoli
Azienda USL of Parma, Parma, Italy
Objectivo: O objectivo do projecto era assegurar a assistência completa aos pacientes
ostomizados com incontinência grave, de modo a garantir a assistência e melhorar a
qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.
Métodos: O nosso projecto piloto teve início em 2005 com uma equipa multiprofissional
(GLIMPS) composta por enfermeiros profissionais, médicos do hospital de Parma,
associações de pacientes e pessoal administrativo. Os objectivos da GLIMPS eram:
garantir uma abordagem terapêutica adequada e eficaz; divulgar o hábito de uma
abordagem multidisciplinar; melhorar a reabilitação e a recuperação do paciente numa
fase precoce; reduzir a hospitalização desnecessária; e melhorar a reintegração. A
análise do bem-estar social e das relações entre os serviços, profissionais de saúde e a
região envolveu o processo de reabilitação, auxiliar e terapêutico. Os fluxogramas e as
contas detalhadas apresentaram dados de investigação relevantes. Realizar cursos de
formação e internatos em centros de reabilitação para pacientes. Foi realizada a
distribuição directa de dispositivos para estoma num dos hospitais.
Resultados: Melhoria da assistência aos pacientes, formação ao pessoal e aos
profissionais de saúde, melhor relacionamento com as associações de pacientes.
Formulários padronizados e utilização da intranet.
Discussão: Este projecto produziu resultados positivos nos pacientes e nos
profissionais. A equipa de trabalho permitiu uma rede de serviços compacta e uma
cooperação contínua entre o hospital e a região.
P 11
P 12
”TRATE DO PACIENTE COMO UM TODO E NÃO APENAS DA SUA FERIDA”
GAZE PARAFINADA VERSUS GAZE DE TRIBROMOFENATO DE BISMUTO
EM QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU
UM MÉTODO PRÁTICO DE TRATAMENTO DE UM PACIENTE COM FERIDA
CRÓNICA.
Corrado Maria Durante
Henri Post
Army Military Hospital, Roma, Italy
Evean, Zaandam, Netherlands
Objectivo: Este estudo clínico, efectuado perto do hospital do acampamento do
exército italiano em Tallil (Iraque), propõe a avaliação das diferenças existentes entre os
pacientes queimados: os tratados a nível tópico com gaze de tribromofenato de bismuto
e os tratados com gaze parafinada.
Objectivos e finalidade: Desenvolver um método prático de tratamento de um paciente
com ferida crónica, com base na actual abordagem disponível baseada nas evidências,
centrado no paciente e destinado aos enfermeiros e profissionais de saúde em geral.
Método: Foi constituído um grupo de pesquisa formado por médicos de clínica geral,
médicos de lares de idosos, enfermeiros de viabilidade tecidular, enfermeiros
generalistas e um enfermeiro especializado. Em seguida, foi efectuada uma análise da
literatura para explorar o actual estado de conhecimentos sobre o tratamento holístico
de pacientes com feridas crónicas.
Foi desenvolvido e apresentado a um grupo de enfermeiros um plano faseado,
destinado a ser utilizado na sua prática diária. Isto conduziu à proposta de vários pontos
a serem melhorados, os quais foram incorporados no produto final.
Discussão e resultado: Um plano faseado, sob a forma de um caminho clínico, é uma
ajuda comprovada para atribuir a todos os passos nos cuidados de saúde os seus
respectivos lugares. Ajuda a evitar o esquecimento de algum passo, pelo que é uma
garantia de qualidade. Isto leva a que a abordagem holística seja integrada com o
tratamento local da ferida para os pacientes com feridas crónicas.
O fluxograma está dividido em 2 partes: paciente e ferida. Ao percorrer estes passos
quinzenalmente, todos os aspectos relevantes são considerados à vez e as respectivas
intervenções podem ser decididas, avaliadas e asseguradas.
Conclusão: O fluxograma transforma-se num plano faseado simples, que pode ser
aplicado em qualquer tipo de ambiente de cuidados de saúde. O fluxograma é fácil de
ser adaptado aos produtos preferidos numa dada instituição. Proporciona uma
“ferramenta” útil, em especial para o enfermeiro estagiário, que ajuda a garantir uma
óptima qualidade de tratamento do paciente com ferida crónica.
Métodos: Foram constituídos dois grupos, de 15 pacientes cada, que apresentavam
queimaduras de segundo grau, superficiais e profundas, semelhantes. A etiologia das
queimaduras em ambos os grupos era, em 80% dos casos, resultado de explosões de
bombas caseiras, em 10% dos casos, resultado de chamas directas originadas por fogo
de alcance variável, e os restantes 10%, do contacto com líquidos a elevada
temperatura.
Um grupo de pacientes foi tratado localmente com gaze parafinada e o outro grupo com
gaze impregnada com tribromofenato de bismuto, tendo sido observadas as
características e a quantidade de exsudação.
Resultados: Os pacientes tratados com gaze de tribromofenato de bismuto, quer os
hospitalizados quer os ambulatórios, mostraram uma melhoria progressiva nas
condições locais das queimaduras, com maior complacência relativamente à dor com o
passar do tempo. O desaparecimento progressivo do sofrimento e dos sintomas e sinais
de colonização microbiana local constituiu um factor comum a todos aqueles que
integraram o grupo tratado com gaze de tribromofenato de bismuto.
A gaze de vaselina é igualmente eficaz na produção de um microambiente húmido
apropriado à cicatrização, bem como à absorção de exsudados das feridas, mas
apresenta sérias limitações no combate aos sinais de colonização microbiana em
queimaduras de risco.
Discussão: A gaze de tribromofenato de bismuto constitui um excelente produto para o
tratamento de queimaduras de segundo grau, sobretudo quando estas se tornam
problemáticas devido à ocorrência de colonização microbiana, tratamento inicial
incongruente e demora na cicatrização.
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MUDANÇA E CONSISTÊNCIA NA PRÁTICA DE TRATAMENTO DE FERIDAS =
RESULTADOS POSITIVOS
SÉRIE DE ESTUDOS DE CASOS MULTICÊNTRICOS COM UM PENSO DE
MEMBRANA POLIMÉRICA MONOTERAPÊUTICO EM FERIDAS DE CICATRIZAÇÃO
SECUNDÁRIA
Sandra Dudziak1, Patricia Carlson2
1Central
23M
Care Corporation, Toronto, Ontario, Canada,
Health Care Canada, London, Ontario, Canada
Objectivo: Demonstrar que a implementação, numa cadeia de 87 lares, de um
programa regulamentar de tratamento de feridas, a par de uma formação estruturada e
continuada, resultaria numa mudança mensurável na prática de tratamento de feridas e
na redução de úlceras de pressão adquiridas internamente.
Finaidade: Utilizar os princípios de avaliação dos resultados para verificar se a
mudança na prática e os resultados esperados efectivamente ocorreram.
Métodos: Utilizando métodos de avaliação dos resultados, recolher dados qualitativos
e quantitativos para avaliar a prática de tratamento de feridas e o número de úlceras de
pressão adquiridas internamente, durante um período de três anos. Estes resultados
foram então comparados com os dados iniciais recolhidos em 2004, a fim de determinar
se o resultado era o esperado. A total eliminação de feridas não era um resultado
esperado.
Resultados: As evidências mostraram que ocorreu:
• increased documentation practices
• increased consistency of wound care practice
• reduction of internally acquired pressure ulcers
Resumo: Este estudo demonstrou que um programa regular de tratamento de feridas,
implementado a par de uma formação estruturada e continuada, resultou numa
mudança na prática e numa redução do número de úlceras de pressão adquiridas
internamente, em 87 lares. O empenho do pessoal, a confiança na integração das
melhores práticas nas rotinas diárias e a melhoria da qualidade de vida dos residentes
são também resultados importantes ao implementar um programa de tratamento de
feridas bem sucedido.
Gerhard Kammerlander, Johanna Felber, Michaela Krammel, Esther Locherer,
Anja Süss-Burghart, Hermann Pichler, Petra Zweimüller
1DGKP/
ZWM®, Zürich, Switzerland, 2Beau-Site Klinik Bern, Bern, Switzerland, 3DGKS,
WDM, KKh., Wien, Austria, 4DGKS/ZWM®, Kallern-Hinterbühl, Switzerland, 5Städtisches
Klinikum GmbH, München, Germany, 6BGLD-Krankenanstalten GmbH, Neudörfl,
Austria, 7Leitung WundKompetenzZentrum, Linz, Austria
Objectivo: Hoje em dia, é seleccionada uma grande variedade de pensos em várias
combinações de acordo com a condição da ferida. Quisemos avaliar a utilização de um
penso de membrana polimérica devido à sua suposta capacidade de simultânea e
continuamente humedecer, absorver, preencher e limpar o leito da ferida.
Finalidade: Ao incorporar os pensos de membrana polimérica na nossa terapia
padronizada, quisemos obter respostas às seguintes questões: Iremos obter um efeito
de limpeza no leito da ferida? Haverá lugar a uma diminuição visível no tamanho da
ferida? Poderá o penso ser utilizado em cavidades sem recurso a outros produtos para
o preenchimento de feridas? O penso funciona bem como penso primário e secundário?
É de fácil utilização?
Método: Estiveram envolvidos seis centros de tratamento de feridas na Áustria,
Alemanha e Suíça. Todos seguiram o mesmo protocolo de tratamento de feridas de um
CWM® (Certified Wound Manager – Centro de tratamento de feridas certificado). 58
pacientes foram documentados utilizando uma tabela de avaliação padronizada. Foram
incluídos tanto os pacientes hospitalizados como em ambulatório. Foi representada uma
grande variedade de tipos de feridas. 83% dos pacientes eram detentores de doenças
crónicas que inibiam gravemente a cicatrização da ferida. A mudança do penso variou
entre diariamente e duas vezes por semana.
Resultado: A área da ferida diminuiu de uma média de 9,75 cm2 para uma média de
6,22 cm2. 22% das feridas fecharam, 64% demonstraram uma melhoria significativa,
12% pioraram e 2% permaneceram inalteradas. No que diz respeito à facilidade de
manuseamento/aplicação, 88% dos clínicos avaliaram como “bom” e “excelente” e
recomendariam a sua utilização.
Conclusão: Obtivemos uma melhoria de 88% na cicatrização/encerramento da ferida.
Isto confirma que a mera aplicação do penso de membrana polimérica ajuda claramente
à limpeza e granulação da ferida. Estamos também convencidos de que os pensos
podem ser utilizados sem outros agentes de tratamento/terapêuticos. O produto de
preenchimento de cavidades pode ser aplicado em feridas profundas sem necessidade
de recorrer a outros produtos de preenchimento. Acima de tudo, o manuseamento do
produto foi extremamente fácil.
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ÚLCERA PROFUNDA EM PÉ DE CHARCOT FECHADA COM UM PRODUTO DE
PREENCHIMENTO DE CAVIDADES DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA
MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA COM A AJUDA DE UM PENSO DE
MEMBRANA POLIMÉRICA ÚNICO
Charalambos Agathangelou
Charalambos Agathangelou
Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus
Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus
Uma mulher de 38 anos com diabetes tipo 1 contraiu uma úlcera de pressão profunda
com mau odor na planta do seu pé de Charcot. Foi tratada com cadaxomero e
iodopovidona e antibióticos sistémicos para uma infecção por Pseudomonas. A ferida
tinha 7 cm x 6 cm e 4 cm de profundidade com osso exposto e era constantemente
macerada devido a grandes quantidades de exsudado. Após cinco meses, a sua ferida
continuava a deteriorar. A amputação era vista como uma alternativa.
Uma senhora de 97 anos com doença de Alzheimer em estado avançado sofreu,
durante dois meses, de uma úlcera de pressão dolorosa com mau odor no trocânter.
Devido à sua baixa ingestão de alimentos e pouca mobilidade, a sua condição estava a
deteriorar-se rapidamente. As mudanças de penso realizadas diariamente pelos
enfermeiros de cuidados ao domicílio exigiram pelo menos dois enfermeiros e várias
horas devido à sua espasticidade, causando, aparentemente, um nível considerável de
dor e angústia. O marido já não era capaz de cuidar dela em casa e por essa razão foi
hospitalizada.
Objectivo: Encontrar um regime de pensos que pudesse suportar a grande quantidade
de exsudado e diminuir a carga microbiana, dando oportunidade à ferida de cicatrizar.
Método: Os pensos de preenchimento de cavidades de membrana polimérica e os
pensos de cobertura contêm um tensioactivo, um super absorvente e glicerina, os quais
actuam em conjunto para facilitar o desbridamento autolítico através da separação do
tecido desvitalizado, fibrina e o leito da ferida. O tecido desvitalizado liquefeito é
absorvido para o produto de membrana polimérica, sendo eliminado na mudança do
penso. Os pensos de membrana polimérica e os produtos de preenchimento de
cavidades diminuem o risco de maceração ao atrair o exsudado directamente para fora
da superfície da ferida e fixando-o no penso em forma de gel. As versões com prata têm
outras propriedades antimicrobianas. Os pensos de preenchimento de cavidades de
membrana polimérica com prata e os pensos de cobertura foram inicialmente mudados
duas vezes ao dia durante as primeiras três semanas. Um podologista criou uns
sapatos ortopédicos especiais de alívio da pressão.
Resultado: O tratamento controlou completamente o exsudado e o odor. Após 3
semanas o tratamento com antibióticos foi interrompido e passou a ser suficiente uma
mudança de penso diária. Após 6 semanas, com o recurso a uma zaragatoa, verificouse que a infecção estava resolvida, pelo que se utilizou então um produto de
preenchimento de feridas de membrana polimérica e um penso padrão. Após quase 4
meses de tratamento, a úlcera profunda fechou completamente.
Discussão: A rápida transição do risco de amputação para a cicatrização convenceunos de que o produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica é uma
escolha excelente para feridas de cavidade infectadas.
Objectivo: O objectivo inicial era aumentar a ingestão nutricional, minimizar a dor que
causava uma espasticidade significativa e reduzir o odor da ferida. A cicatrização não foi
sequer considerada uma opção devido à condição geral da paciente.
Método: Os pensos de membrana polimérica foram colocados no hospital porque
inibem os nociceptores, os quais podem diminuir bastante a dor da ferida e a
espasticidade resultante. Eles são não aderentes, conseguem fornecer ou absorver a
humidade conforme necessário e incorporam um agente de limpeza de feridas. Foram
administrados oralmente suplementos de proteínas.
Resultado: O penso escolhido diminuiu o tempo de mudança do penso porque a
limpeza ou lavagem manual da ferida não era necessária durante a mudança do penso.
Após duas semanas, a dor e o odor desapareceram e a espasticidade da paciente foi
significativamente reduzida, simplificando bastante os seus cuidados. Após dois meses,
a paciente pôde ser novamente enviada para casa junto do marido. Os enfermeiros de
cuidados ao domicílio foram instruídos sobre a forma como devem utilizar os pensos de
membrana polimérica.
Discussão: Uma combinação de ingestão nutricional e mudanças de penso diárias com
pensos de membrana polimérica conseguiu reduzir a dor e o odor na ferida ao ponto de
permitir que a paciente pudesse voltar a viver em casa com o marido. Como bónus
adicional, a ferida acabou por fechar após quatro meses de tratamento com os pensos
de membrana polimérica.
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ÚLCERA DE PRESSÃO NECRÓTICA DE GRANDES DIMENSÕES COM MAU ODOR
FECHADA COM UM PRODUTO DE PREENCHIMENTO DE CAVIDADES DE
MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA
PENSOS ÚNICOS PROPORCIONARAM ENORME ALÍVIO DA DOR EM ÚLCERAS
DE PRESSÃO DOLOROSAS EM DETERIORAÇÃO APÓS CIRURGIA CARDÍACA
Charalambos Agathangelou
Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus
Problema: Uma senhora de 60 anos com doença de Alzheimer e mobilidade reduzida
contraiu uma úlcera de pressão no calcanhar durante o internamento no hospital por
desidratação. Após alta médica, foi tratada pelo médico de família com ácido hialurónico
durante cerca de 4 meses. A úlcera putrificada, que na altura media 8 cm x 6 cm com
uma profundidade de 2 cm adjacente ao osso visível, tinha um cheiro tão intenso que
impedia a família de visitá-la em casa. Apesar de várias medicações, incluindo opióides,
para diminuir a inflamação e a dor, o nível de dor da mulher era constantemente de 9
em 10.
Objectivo: Reduzir a dor e limpar a ferida. Os pensos de membrana polimérica ajudam
a reduzir a dor provocada pela ferida inibindo os nociceptores e fornecendo ou
absorvendo a humidade conforme necessário. Os ingredientes retiram substâncias de
cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida para promover a rápida
cicatrização, facilitando simultaneamente o desbridamento autolítico. O tecido
desvitalizado é liquefeito e absorvido pelo penso, eliminando frequentemente a
necessidade de limpeza durante as mudanças do penso. A versão com prata tem outras
propriedades antimicrobianas. Por conseguinte, os produtos de preenchimento de
cavidades de membrana polimérica e pensos de prata foram complementados por
pensos de carvão durante o primeiro mês.
Método: Inicialmente, adicionou-se 1-2 ml de solução salina ao produto de
preenchimento de cavidades de membrana polimérica para estimular o desbridamento
autolítico. Os pensos foram mudados 1-2 vezes por dia devido à grande quantidade de
secreção. Após duas semanas, foram utilizadas mudanças de penso diárias com um
produto de preenchimento de cavidades de membrana polimérica padrão em vez da
versão com prata.
Resultado: Após dois dias apenas, a ferida encontrava-se significativamente mais
limpa e o odor estava controlado. O odor proveniente da ferida tinha desaparecido em
quatro semanas. Às seis semanas, a dor da paciente estava no nível 5 e, às oito
semanas, ela estava completamente livre de dor sem medicação. Em pouco mais de
três meses, a grande cavidade fechou completamente.
Discussão: Obtivemos resultados rápidos no que se refere à limpeza, redução da dor e
odor e cicatrização da ferida. O manuseamento e aplicação do penso foram bastantes
fáceis.
Charalambos Agathangelou
Dhali Community Geriatric Home, Dhali, Cyprus
O paciente de 63 anos foi submetido a cirurgia de substituição da válvula mitral e
colocação de pacemaker. Devido a complicações cirúrgicas, o paciente foi totalmente
imobilizado por vários dias, durante os quais desenvolveu uma úlcera de pressão
dolorosa profunda na região sacral. Após um mês de mudanças de penso diárias
dolorosas com Betadine e gaze na clínica de dia, a ferida continuava a deteriorar-se. A
ferida tinha 8 cm de comprimento com um túnel de cerca de 4 cm de profundidade. A
área periférica da ferida estava indurada e inflamada e era extremamente doloroso
quando tocada.
Objectivo: A principal preocupação do médico era uma potencial infecção que pudesse
comprometer a cirurgia cardíaca; a principal preocupação do paciente era a dor que o
impedia de se sentar. O nível de dor do paciente era constantemente de 8 em 10.
Método: Os pensos de membrana polimérica proporcionam um alívio significativo da
dor da ferida ao inibir a actividade nociceptora no local. Os seus constituintes dividemse e concentram as suas substâncias de tratamento no leito da ferida para promover a
rápida cicatrização, facilitando simultânea e directamente o desbridamento autolítico ao
destacar o tecido desvitalizado do leito da ferida. O produto de preenchimento de
cavidades de membrana polimérica foi utilizado juntamente com um penso de
membrana polimérica padrão que cobriu a área periférica da ferida.
Resultado: Após uma semana, o nível de dor do paciente caiu para 5 em 10. Após
outra semana, a dor desapareceu completamente e o paciente conseguiu sentar-se à
mesa e comer com a família. Já não havia sinais de inflamação e a ferida continuava a
diminuir em termos de tamanho. Foi preciso pouco mais de quatro meses para que a
ferida fechasse completamente. Durante os últimos meses, o penso foi mudado três
vezes por semana.
Discussão: A enorme alteração em termos de dor e o rápido encerramento da ferida só
podem ser explicados pela utilização destes pensos únicos. Neste momento utilizamos
os preenchimentos de cavidades de membrana polimérica como os nossos pensos
padrão no tratamento de feridas profundas.
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ESTUDO CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA ULCUS CRURIS
FERIDAS NÃO CICATRIZÁVEIS: A ABORDAGEM GERIÁTRICA
Javorka Delic
Efraim Jaul
City Institute for Dermatology, Belgrade, Serbia
Herzog Hospital affilated Hebrew University, Jerusalem, Israel
Introdução: A Ulcus cruris venosum (UCV) é a consequência terminal da insuficiência
venosa crónica. Em estudos epidemiológicos da população geral, a UCV tem uma
prevalência de 1% (0,18-4%) – Tibingen, Basel, Bohn, Belgrade, etc. A UCV é a ferida
vascular crónica mais comum, uma doença repetitiva e multifactorial.
Contexto: Muitas das feridas comuns não cicatrizáveis pertencem a quatro categorias:
úlceras de pressão, úlceras diabéticas, úlceras isquémicas e úlceras venosas.
Objectivo: Este estudo é um exame clínico-epidemiológico que incluiu 7040 pacientes, dos
quais 197 têm úlceras venosas (Departamento de Angiologia, City Institute of Dermatology,
Belgrado, 2006-2007). O objectivo do estudo é o de determinar a forma de diagnóstico e
terapia, os factores de risco, o perfil do paciente e a relação custo/eficácia do tratamento da
Ulcus cruris (cirúrgico ou não cirúrgico).
Método: A incidência de pacientes com Ulcus cruris é de 3,6% de todos os pacientes do
departamento de angiologia. O diagnóstico foi efectuado com base no historial da doença, na
imagem clínica, nos resultados ecográficos, no exame de ultra-sons ao tecido subcutâneo e
nos resultados laboratoriais (trombofilia).
Resultados: 102 pacientes eram do sexo feminino, com uma idade média de 42,5 anos; 95
eram do sexo masculino, com uma idade média de 49 anos. A superfície média da ferida era
de 36 cm2. A duração da ferida antes da terapia era de 10 meses e o tempo médio de
cicatrização foi de 5 meses. Todos os pacientes tiveram 2 a 5 recaídas da ferida. As
comorbidades mais comuns foram a hipertensão arterial, a síndrome metabólica no seu todo
e o aumento do Índice de Massa Corporal. Foi efectuado um exame duplex a cores da veia
em 96 pacientes. A indicação de cirurgia da veia foi aconselhada a 59 pacientes (60%) e a
operação realizada em 29 pacientes (15%). A terapia compressiva foi incorrectamente
aplicada a todos os pacientes! O curativo da ferida foi efectuado em 67 pacientes (34%), ao
passo que a terapia normal de feridas (tratamento local, terapia de compressão) foi
efectuada nos outros pacientes. Foi detectada a aplicação indevida de fármacos tópicos
(corticosteróides e antibióticos) e uma elevada percentagem de dermatites de contacto
alérgicas. Em média, os factores de risco foram de 6 por paciente, estando, em primeiro
lugar, o factor hereditário (4-15 em cada paciente). A qualidade de vida era significativamente
reduzida em todos os pacientes; elementos contribuintes: dor, duração da doença, custo da
terapia, aspectos psíquicos e sociais, etc. A relação custo/eficácia do tratamento cirúrgico da
UCV foi, em média, de 1500€. A relação custo/eficácia de cinco meses de tratamento
conservador (cuidados médicos, fármacos, pensos, terapia compressiva, exame Doppler)
totalizou 1900€.
Muitas delas aparecem em idades avançadas, tornando-se não cicatrizáveis na medida
em que o paciente pode viver com elas toda a sua vida ou até mesmo morrer por sua
causa.
Objectivo: Apresentar um ponto de vista geriátrico e a forma de lidar com úlceras não
cicatrizáveis como síndrome geriátrica.
Métodos: Deve ser efectuada a avaliação do paciente e da ferida. Nesse exame,
devem estar incluídas as comorbidades do paciente, o estado funcional (ADL), o estado
nutricional, o apoio social, os princípios éticos e a qualidade de vida. Relativamente à
ferida, deve ser examinado o grau de envolvimento do tecido, o tamanho, o perfil
bacteriano, a quantidade de exsudado, o odor e a localização.
Resultados: A abordagem geriátrica a uma ferida não cicatrizável é uma abordagem
abrangente e multidisciplinar. Cada disciplina (o pessoal de enfermagem, o médico, o
dietista, o terapeuta ocupacional, o fisioterapeuta e o assistente social) tem a sua
própria tarefa na prevenção e tratamento dessas feridas.
Conclusão: Se as feridas não estão a cicatrizar, o objectivo primordial deixa de ser a
cicatrização para passar a ser o controlo dos sintomas, a prevenção de complicações e
o contributo para o bem-estar geral do paciente.
Discussão e Conclusão: Este estudo veio mostrar a discordância existente entre os
princípios conhecidos e aceites da doutrina médica contemporânea no tratamento da UCV e
as suas aplicações na prática. Está especialmente relacionado com o tratamento básico
hemodinâmico (baixo número de operações e terapia compressiva não adequada). Além
disso, não é suficiente utilizar pensos modernos no tratamento da UCV. A cicatrização da
úlcera é prolongada e as recaídas são comuns. Além da acessibilidade ao serviço de saúde,
o perfil dos pacientes para determinar o factor de risco específico para UCV e um baixo nível
económico desempenham um papel importante no tratamento de feridas.
Palavras-chave: Ulcus cruris venosum, epidemiologia
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RELATÓRIO DE CASO SOBRE O USO DE UM SOLUÇÃO DE ENXAGUAMENTO DE
FERIDAS COM POLIHEXAMIDA* ZCE (CE 0344)
OZONOTERAPIA LOCAL EM ÚLCERAS VENOSAS CRÓNICAS DA PERNA
AVALIAÇÃO DA LIMPEZA DE FERIDAS COM TECIDO DESVITALIZADO HÚMIDO
NAS EXTREMIDADES INFERIORES
Denise Wood
Southampton City Primary Care Trust, Hampshire, United Kingdom
O objectivo é o de investigar a eficácia do produto (Prontosan) para preparar o leito da
ferida e, assim, promover a cicatrização da mesma. O tratamento de feridas nas
extremidades inferiores é constantemente complicado devido a infecções, colonizações
críticas e edemas. Por isso, as decisões sobre o tipo de tratamento são,
frequentemente, asseguradas clinicamente. Os conhecimentos sobre a eficácia dos
agentes antimicrobianos, embora vastos, não são claros e existe falta de evidências de
nível 1.
O estudo surgiu logo a partir das primeiras identificações da eficácia do produto quando
utilizado nos grupos de pacientes acima indicados, com úlceras difíceis de tratar. Foram
seleccionados oito pacientes que estavam a ser tratados na clínica de úlceras da perna
ou cujos cuidados estavam a ser partilhados com os enfermeiros da comunidade. Após
uma avaliação completa, recorrendo a um protocolo aceite para a prática em questão,
as feridas foram limpas com o produto e a solução e/ou gel foi avaliada após um
período de 4 semanas.
Os contornos da ferida foram marcados e as medições da área registadas. Detalhes da
ferida e outros dados clínicos relevantes foram também registados. Nenhuma ferida dos
pacientes foi limpa e lavada anteriormente. A lavagem da perna, a terapia emoliente, os
pensos e as ligaduras de compressão foram continuados, conforme apropriado, de
acordo com os cuidados padrão. Todos os pacientes receberam algum nível de
compressão. Os pacientes deram o seu consentimento verbalmente.
As úlceras de 2 pacientes ficaram completamente saradas. O tamanho de todas as
feridas foi reduzido, como se pode ver na tabela. Não foi detectada qualquer reacção
adversa ao uso do Prontosan. 1 paciente não foi inscrito na altura apropriada e foi
tratado apenas a 22 de Março de 2007, mas os seus dados foram, mesmo assim,
registados. Nenhum paciente se queixou de dores na aplicação ou irrigação do um
solução de enxaguamento de feridas com polihexamida*.
Este estudo de caso consiste na observação dos efeitos do Prontosan no tratamento de
úlceras da perna com tecido desvitalizado húmido. Como afirmado, não se recorreu a
um grupo de controlo. A área de todas as feridas diminuiu ao fim de 4 semanas.
*Prontosan
Grzegorz Kaluza, Zbigniew Rybak, Piotr Szyber
Medical University, Wroclaw, Poland
Material: 187 pacientes com úlceras da perna de diferentes etiologias foram
hospitalizados no Departamento de Cirurgia Vascular, Geral e de Transplantes, entre
Abril de 2003 e Dezembro de 2007. 150 pessoas desse grupo qualificavam-se para
ozonoterapia local. Critérios iniciais para a ozonoterapia local: - Úlceras activas nos
membros inferiores;- ABI 1,0 ou mais;- Fluxo de sangue arterial suficiente nos membros
inferiores (Exame Doppler Duplex).
Método: Ozonoterapia local, fármacos flebotrópicos (diosmina micronizada), fármacos
vasodilatadores (buflomedil), terapia de compressão. Ozonoterapia local: banhos secos
numa mistura de oxigénio e ozono com uma concentração máxima de 75 gamma O3/
mlO2, um banho diário de 45 minutos, terapia num ciclo de 10 dias. Em todos os
pacientes, foram feitos testes bacterianos, incluindo: cultura em dupla camada para a
detecção de bactérias aeróbicas e anaeróbicas na úlcera, antes e após o tratamento (1º
e 10º dia), tendo sido preparado, para cada caso, um antibiograma para todas as
bactérias desenvolvidas. O diâmetro da úlcera de todos os pacientes foi medido duas
vezes: no 1º e no 10º dia da terapia.
Resultado: As úlceras nos membros inferiores apresentam uma flora bacteriana mista,
altamente resistente a antibióticos. As bactérias mais comuns são: Staphylococcus
aureus e Pseudomonas aeruginosa. Não foi detectada qualquer bactéria anaeróbica nas
úlceras. Os antibiogramas efectuados mostraram que os únicos antibióticos aos quais
as bactérias desenvolvidas foram sensíveis são a Ciprofloxacina e a Vancomicina.
Conclusões: Os testes efectuados confirmam as vantagens da aplicação da mistura de
ozono e oxigénio na cicatrização de úlceras venosas. O número de bactérias resistentes
a antibiótico presentes nas úlceras foi reduzido durante a ozonoterapia local. Foram
observados efeitos positivos da ozonoterapia local sobre a epidermização. Não foi
detectado qualquer efeito secundário durante a ozonoterapia local. A ozonoterapia local
é um método fácil e relativamente barato.
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PROJECTO PILOTO SOBRE O TRATAMENTO DE EDEMAS PRÉ-OPERATÓRIOS
DE FRACTURAS FECHADAS INSTÁVEIS DO TORNOZELO UTILIZANDO A CPI
(COMPRESSÃO PNEUMÁTICA INTERMITENTE) EM PACIENTES QUE TINHAM JÁ
DESENVOLVIDO BOLHAS E FERIDAS
ESTUDO COMPARATIVO ABERTO, PROSPECTIVO E COM SELECÇÃO
ALEATÓRIA, EM REGIME DE VOLUNTARIADO, DE 2 PENSOS DE ESPUMA DE
SILICONE E UMA AVALIAÇÃO CLÍNICA DE MERCADO DE UM NOVO PENSO DE
ESPUMA DE SILICONE
Nina Bækmark, Jan Sørensen
Samantha Hartwell, Karen Bateman, Sarah Brown, Gary Smith
Hillerød Hospital, Hillerød, Denmark
Smith & Nephew, Hull, East Yorkshire, United Kingdom
Objectivo: Demonstrar como a utilização da CPI pode reduzir o tempo de tumefacção
pré-operatória em pacientes com fracturas do tornozelo que tenham desenvolvido
flictenas e feridas a partir de novos edemas.
Objectivos: Os objectivos primários consistiam em demonstrar a não inferioridade de
um novo penso de espuma de silicone em relação a um penso de espuma de silicone
alternativo, em termos de dor na remoção após 1 dia de aplicação, bem como a
aceitação geral do produto.
Método: Após 5 dias de aplicação da prática padrão de levantar a perna acima do nível
do coração, o paciente, ainda com edema, desenvolveu flictenas na pele sobre a
fractura. As bolhas foram cortadas e tratadas com um penso oclusivo de feridas.
Durante o projecto piloto, o edema foi tratado pré-operatoriamente com CPI e
compressão. As feridas e o edema foram examinados diariamente por um cirurgião
ortopedista para determinar a indicação cirurgica. A circunferência da perna foi medida
e fotografada para efeitos de documentação diária.
Resultado: Chegou-se à conclusão de que a tumefacção no tornozelo foi reduzida com
maior rapidez do que noutros pacientes semelhantes. Além disso, o paciente teve um
percurso pós-operatório sem complicações. Como benefício adicional, o paciente
obteve um alívio da dor considerável, antes e depois da cirurgia, devido à rápida
redução da tumefacção alcançada com o tratamento de redução do edema por CPI.
Conclusão: Com este projecto piloto de pequena escala, acreditamos poder concluir
que a CPI tem um efeito benéfico no tratamento de edemas pré-operatórios em
pacientes com fracturas do tornozelo.
Passo seguinte: Em consequência deste projecto piloto, lançámos um projecto de
maior dimensão para examinar se a CPI (compressão pneumática intermitente) pode
reduzir o tempo da tumefacção pré-operatória de fracturas do tornozelo e prevenir a
ocorrência de flictenas devido a esta tumefacção, evitando mais adiamentos de
cirurgias. Além disso, queremos examinar se o alívio da dor é, na verdade,
consequência desta redução bastante eficiente do edema.
Demonstrar o desempenho de um novo penso de espuma de silicone entre voluntários
e pacientes.
Métodos: O estudo voluntário consistiu numa comparação aberta, prospectiva e com
selecção aleatória de dois pensos entre voluntários (90 voluntários). Todos os
voluntários tinham >50 anos de idade. A avaliação clínica de mercado recrutará 80
pacientes de 5 países europeus.
Resultados: No estudo voluntário, o critério de demonstração da não inferioridade
relacionava-se com a dor na remoção após 1 dia de aplicação (o limite superior do
intervalo de confiança bilateral de 95% era inferior a 15%).
Foram obtidas provas significativas de uma maior percentagem de novos pensos de
espuma de silicone que permaneceram no local da aplicação em comparação com o
penso de espuma de silicone alternativo no gémeo superior (8,9% mais, p=0,046) e
inferior (6,7% mais, p=0,014) após 1 dia de aplicação, quadricípite inferior após 3 dias
de aplicação (12,5% mais, p=0,012), superior (20,2% mais, p<0,001) e gémeos
inferiores (11,5% mais, p=0,008) após 3 dias de aplicação e nos gémeos inferiores após
7 dias de aplicação (10,3% mais, p=0,039). Serão apresentados todos os resultados
dos objectivos secundários e os dados dos pacientes da avaliação clínica de mercado.
Discussão/Conclusão: O objectivo primário do ensaio foi cumprido, uma vez que foi
demonstrado que o novo penso de espuma de silicone não é inferior a um penso de
espuma de silicone alternativo em termos de dor no momento da remoção após 24
horas. Não houve evidências da existência de diferentes níveis de dor na remoção de
ambos os pensos em qualquer dos outros períodos de remoção do penso.
A retenção e o conforto foram melhores com o novo penso de espuma de silicone em
comparação com o penso de espuma de silicone alternativo.
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TRATAMENTO DE QUEIMADURAS PROFUNDAS DE ESPESSURA PARCIAL NA
MÃO. ESTUDO PROSPECTIVO
TRATAMENTO DE FERIDA DE BIÓPSIA NÃO CICATRIZANTE DO TRACTO
INFERIOR DA PERNA NUM PACIENTE COM VASCULITE INDUZIDA POR
MEDICAMENTOS
Kestutis Maslauskas, Rytis Rimdeika, Vygintas Kaikaris
Kaunas Medical University hospital, Kaunas, Lithuania
Objectivo: Analisámos pacientes que apresentavam queimaduras profundas de
espessura parcial na região dorsal da mão. Comparámos dois métodos de tratamento
em busca do melhor método para o tratamento de queimaduras da mão.
Métodos: Realizámos um estudo prospectivo no departamento de cirurgia plástica e
reconstrutiva do Hospital Universitário de Kaunas (Lituânia) durante 2 anos. Neste
estudo, incluímos pacientes que apresentavam queimadura profunda de espessura
parcial na região dorsal da mão. Comparámos o aspecto e a função das mãos dos 82
pacientes tratados durante este período. No tratamento de 40 mãos, utilizámos pensos
hidrocolóides. Os pensos eram mudados a cada 3 dias. Em 42 pacientes, realizámos
necrectomia precoce e plastia. Estes grupos eram idênticos em termos de idade, área
total da superfície do corpo queimada e área da mão queimada.
Resultados: Não encontrámos grandes diferenças estatísticas no tempo de
hospitalização. No acompanhamento após 6 e 12 meses, a diferença na amplitude de
movimentos e na força não foi estatisticamente significativa. O aspecto foi
estatisticamente superior no grupo dos pensos hidrocolóides.
Conclusão: Os pensos hidrocolóides são uma boa alternativa à autodermoplastia
precoce em pacientes com queimadura profunda de espessura parcial não extensa na
região dorsal da mão.
Sue Sayer, Lisa Egan
Western General Hospital, Edinburgh, United Kingdom
Objectivo: O Sr. M. iniciou o tratamento para o cancro das células renais metastizado
com um medicamento experimental chamado SUNITINIB (SUTENT). Uma erupção
cutânea na parte inferior da perna foi alvo de biopsia deixando uma ferida de 10 x 4 x 2
mm confirmando uma vasculite dos pequenos vasos. Os Médicos de Oncologia e
Dermatologia do Sr. M. concordaram que existia um etiologia relacionada entre o Sutent
e a vasculite dos pequenos vasos e por isso o SUTENT foi interrompido. O objectivo é
tratar com sucesso a vasculite de forma a permitir o reinicio do SUTENT visto que a TC
(Tomografia Computorizada) mostrou a progressão da doença.
Método: O leito da ferida era húmido com tecido necrótico. Foram iniciados os curativos
utilizando Hidrogel e Compressa Perfurada Absorvente com Extremidade Adesiva. A
seguir à avaliação da Viabilidade do Tecido foi sobreposta e aplicada uma Matriz de
Equilíbrio da Ferida como indicado pela taxa de absorção. Um compressa hidrocolóide*
foi colocada como compressa secundária. Não foi confirmada doença arterial logo foi
aplicado uma meia com Sistema de Compressão Graduado**.
Resultados: A vasculite melhorou. O Sutent foi reiniciado numa dose menor (mais ou
menos 3 meses após a descontinuação). As compressas foram mudadas para
compressa Hidrocolóide com indicador de ‘Hora para mudar’*** e uma meia com
Sistema de Compressão Graduado**.
Discussão: O reinicio do Sutent o mais brevemente possível era o objectivo principal
para prevenir ou abrandar uma certa progressão do tumor. A ferida cicatrizou
completamente e foi alcançado o resultado óptimo visto que a TC mostra uma doença
estável. O Sr. M. continua com o Sutent e meia com Sistema de Compressão
Graduado** e permanece bem e activo como estava no início do tratamento.
* DuoDERM® Thin
** Surepress® Comfort™ Sistema de Compressão Graduado Profissional
*** DuoDERM® Signal
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TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA BILATERAIS INCORPORANDO
O USO DE UMA COMPRESSA NÃO ADERENTE DE CONTACTO COM A FERIDA*
UMA AVALIAÇÃO DO USO DE UM NOVO PENSO ADESIVO DE ESPUMA
DE GEL MACIO
Sue Sayer, Mina O’Hara, Vicki Davies
Samantha Hartwell, Sarah Brown, Gary Smith
Western General Hospital, Edinburgh, United Kingdom
Smith & Nephew, Hull, United Kingdom
Objectivo: Apresentar o caso de estudo de um sem-abrigo do sexo masculino com
30 anos com um historial de 16 anos de utilização de drogas injectáveis, levando
consequentemente ao desenvolvimento de úlceras da perna bilaterais. O historial
médico anterior inclui hepatite C; autoflagelação deliberada e problemas psicológicos
complexos.
Objectivos: Está a ser realizada uma avaliação clínica de mercado com 80 pacientes
para recolher dados sobre a utilização e o desempenho de uma nova gama de pensos
adesivos de espuma de gel macio em diversas indicações.
Método: Na avaliação inicial o paciente tinha úlceras venosas na perna dolorosas:
15 x 8 cm (esquerda) e 15 x 10 cm (direita) com tecido necrótico nos leitos das feridas.
As mesmas exsudavam grandes volumes de exsudado com mau odor (MRSA+).
O paciente estava num tratamento bissemanal de compressão total com uma
compressa de prata nos leitos das feridas. A tolerância e assiduidade clínica eram
pobres. A avaliação das dores era difícil. A ingestão de metadona foi aumentada para
250 mg por dia. A compressa principal foi mudada para um Compressa Não Aderente
de Contacto com a Ferida*. A compressa de prata e a compressão total bissemanal
continuaram.
Resultados: A utilização de uma Compressa Não Aderente de Contacto com A Ferida*
reduziu a dor do paciente levando a uma marcada melhoria na cooperação e
assiduidade clínica.
As úlceras reduziram significativamente de tamanho nos seis meses seguintes. Para
permitir ao Sr. P. gerir independentemente o seu tratamento, este foi mudado para um
compressa não aderente primária e terapia com meias de compressão graduada.
Discussão: A utilização de um Compressa Não Aderente de Contacto com a Ferida*
reduziu as dores do paciente levando a uma melhor concordância com a terapia de
compressão. Existe agora a possibilidade real de que a terapia continuada leve ao
fecho da ferida.
Os dados reflectirão os seguintes parâmetros: tempo de desgaste, facilidade de
aplicação e remoção, danos na ferida e pele circundante ao serem removidos, conforto
do paciente durante o seu uso, capacidade de adaptação do penso, tratamento do
exsudado na área da ferida e alterações profundas, alterações no aspecto da pele
circundante, dor na aplicação e remoção e comparação em geral com outros pensos
semelhantes.
Estes dados proporcionarão uma compreensão das utilizações e do desempenho dos
produtos avaliados quando aplicados na vida real e em várias indicações.
Métodos: Esta avaliação está a decorrer em 5 países europeus.
Os pacientes são inscritos na avaliação depois de ter sido tomada a decisão de os tratar
com os produtos em causa. Durante toda a avaliação, os pacientes são tratados de
acordo com as instruções constantes no folheto e conforme as práticas regulamentares
do centro local. Os dados são recolhidos em todas as mudanças de penso até à
cicatrização ou até o tratamento com os produtos avaliados ser descontinuado. Para
documentar o progresso do tratamento da ferida, serão tiradas fotografias durante o
período de utilização dos pensos.
Resultados: Os resultados serão apresentados na conferência.
Discussão/Conclusão: Estas avaliações irão demonstrar o desempenho destes novos
pensos relativamente aos usos indicados.
Em ambulatório o Sr. P. continuou a gerir o tratamento da sua úlcera da perna
recebendo supervisão e reavaliação mínimas da Equipa de Enfermagem Comunitária.
* Tegaderm™
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PROTEÍNA DA MATRIZ EXTRACELULAR (AMELOGENINA) PARA O TRATAMENTO
DE FERIDAS EM ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO
O EFEITO ESTIMULANTE DO FLUIDO TECIDULAR/LINFA DA PELE HUMANA
EM QUERATINÓCITOS CULTIVADOS
Maria Isabel Romo Sanz, Juarez Vela Raúl
Waldemar L. Olszewski, Anna Domaszewska, Maria Moscicka, Marzanna Zaleska
Atención Primaria Salamanca, Salamanca, Spain
Department of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center,
Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland
Objectivo: Caso de um paciente com uma úlcera venosa da perna de difícil
cicatrização (3 anos), para avaliar a eficiência de um novo produto avançado que
consiste numa proteína biocompatível extracelular (ECM) – a amelogenina – a qual,
quando aplicada no leito da ferida, proporciona uma matriz temporária para a ligação de
células.
Métodos: Este estudo de caso descreve o tratamento (com amelogenina) e a
progressão da cicatrização de uma úlcera venosa da perna de um paciente, cujo
tratamento padrão anterior tinha falhado.
Resultados: O tratamento combinado de amelogenina e terapia de compressão
permitiu sarar esta úlcera venosa que, durante mais de três anos, não se conseguiu
cicatrizar.
Conclusões: A impressão clínica geral do produto foi bastante boa. A Xelma
(amelogenina) foi fácil de utilizar e pôde ser aplicada, semanalmente, com pensos
padrão (p.ex., Mepilex) e com a terapia de compressão. Não foi dolorosa para o
paciente e, acima de tudo, deu início a uma excelente resposta de cicatrização nesta
ferida, em que os tratamentos padrão anteriores tinham falhado.
Os nossos estudos anteriores revelaram a presença de um número de factores de
crescimento e citocinas no fluido tecidular/linfa da pele de pacientes com linfedema.
A pele linfedematosa é caracterizada pela epiderme hiperqueratótica. A questão é saber
se as citocinas linfáticas afectam a proliferação dos queratinócitos (QC) ou se a
tendência proliferativa é estimulada pelo alongar da pele/epiderme devido ao aumento
do edema.
Objectivo: Estudar o efeito da linfa humana obtida em pacientes com linfedema
obstrutivo em queratinócitos humanos obtidos no pé, gémeos e coxa, áreas
representativas de diferentes ritmos fisiológicos de crescimento dos QC.
Métodos: Os QC foram isolados por digestão enzimática. As células foram cultivadas
em várias concentrações de fluido tecidular/linfa. A linfa continha IL1, IL6, TNFalfa, KGF,
EGF, VEGF e TIMP1,2 em níveis superiores aos do soro. A cultura de células de
controlo foi realizada em RPMI com 5% de FCS. Para identificar as citocinas
responsáveis pela proliferação dos QC, IL6, TNFalfa, KGF e VEGF foram bloqueados
com anticorpos específicos. Após 7 dias, definiram-se os fenótipos da cultura utilizandose anticorpos moAbs contra p63 (células estaminais), CD29 (células filhas transientes) e
marcadores de diferenciação: Ki67 e PCNA. Além disso, foi verificada a incorporação de
BrdU.
Resultados: A cultura de sete dias em linfa apresentou uma maior percentagem de
células positivas p63 e CD29 comparado com a cultura de controlo. Além disso, foi
detectado um número superior de células em divisão na linfa. Os anticorpos KGF, IL6 e
VEGF bloquearam parcialmente a proliferação.
Conclusão: As células cultivadas em linfa obtidas em pacientes com linfedema
apresentaram uma taxa de proliferação de QC superior. Estas células expressaram
marcadores de células estaminais. As citocinas linfáticas participam na proliferação dos
QC. Os fármacos que originam a regulação negativa da produção de citocinas
queratinócitas devem ser testados em cultura como um passo inicial antes do ensaio
clínico.
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IMUNOHISTOPATOLOGIA DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA – CÉLULAS
INFILTRANTES, CITOCINAS E FACTORES DE CRESCIMENTO
COLONIZAÇÃO BACTERIANA DE TECIDOS DO MEMBRO INFERIOR COM
ISQUEMIA CRÓNICA
Waldemar L. Olszewski, Hanna Galkowska, Urszula Wojewodzka
Waldemar L. Olszewski1, Piotr Andziak3, Marek Durlik3, Miroslaw Garlicki2, Bozenna
Interewicz1, Ewa Swoboda2, Ewa Stelmach1
Department of Surgical Research and Transplantology, Department of Cell
Ultrastructure, Medical Research Center, Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland
Objectivo: O objectivo do estudo foi determinar a capacidade funcional das células da
pele no tecido do leito das úlceras comparado com as da extremidade das úlceras e
pele distal das úlceras.
Métodos: Amostras de tecido excisado na base da úlcera, extremidade da úlcera e pele
intacta circundante foram examinadas por imunohistoquímica.
Resultados: A expressão das citocinas e dos factores de crescimento pelos QC foi
semelhante nas áreas adjacentes e distantes de uma úlcera. Na derme adjacente a
uma úlcera, a expressão de interleucina (IL) -1A, IL-1B, IL-1Ra, o factor de crescimento
epidérmico e o factor de crescimento derivado de plaquetas A em CE foram superiores
ao nível de expressão em CE da derme distante. A expressão de IL-6, o factor de
necrose tumoral A e o factor estimulante das colónias de macrófagos e granulócitos
foram semelhantes aos das células da derme intacta. Em todos estes factores, a
coloração foi citoplasmática, sugerindo a produção nestas áreas. O tecido do leito da
úlcera continha poucos fibroblastos e capilares sanguíneos mostrando uma grande
intensidade de coloração nas moléculas de adesão de CE CD62E e CD106, mas sem
expressão do factor de crescimento de fibroblastos básico (P<0,05). A intensidade
média da coloração para granulócitos CD15+ elastase e macrófagos activados por
CD35+ (C3bR) devoradores no leito da úlcera foi comparável à existente na margem,
mas superior à presente na derme distante (P<0,05). A coloração para os macrófagos
dérmicos CD68+, HLA DR+, TGFB+ e CD54+ foi semelhante em todas as áreas. Houve
uma coloração reduzida nas células CD4+ e CD8+ no leito da úlcera (P<0,05). Não
houve células de Langerhans CD1a+ na epiderme a invadir o tecido de granulação e
houve uma coloração reduzida de CD1a na epiderme adjacente (P<0,05).
Conclusão: Há uma acumulação crónica de células devoradoras com remodelação
insuficiente do tecido de granulação e, ao mesmo tempo, preservação do potencial de
secreção de citocinas e do factor de crescimento dos QC e CE dérmicas em úlceras
venosas da perna não cicatrizáveis.
1Department
of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center,
Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland, 2Medical University of Warsaw, Warsaw,
Poland, 3Central Clinical Hospital, Ministry of Internal Affairs, Warsaw, Poland
A reacção da parede arterial à infecção bacteriana como factor etiológico na patogénese
da aterosclerose continua a ser um assunto controverso. A maioria dos dados
disponíveis na identificação de antigénios bacterianos advém de estudos das artérias
coronárias em vez das artérias dos membros inferiores.
Objectivo: Investigar a presença de células bacterianas e ADN microbiano utilizando a
PCR (reacção em cadeia da polimerase) de amplo espectro, tendo como alvo a região
conservada (16sRNA), a Chlamydia pneumoniae (CP) e o Helicobacter pylori (HP) em
fragmentos das artérias femoral e poplítea de pacientes submetidos a cirurgia
reconstrutiva ou amputação.
Métodos: Os fragmentos das artérias foram colhidos e cultivados a partir do fragmento
que restou do ADN extraído. A amplificação da PCR foi realizada com iniciadores para o
fragmento genético que codifica o 16s RNA bacteriano, a principal proteína da
membrana exterior (ompA) da CP e o gene urease do ADN do HP com controlos
positivos e negativos. Foram realizadas culturas bacteriológicas de espécimes de rotina.
Resultados: Utilizando métodos microbiológicos de rotina, as artérias femoral e
poplítea continham isolados em 51% dos casos (Staph. epidermidis, aureus,
Enterococcus, Pseudomonas), em 4,1% das artérias carótidas e em 0,7% da aorta. O
ADN microbiano (16sRNA) foi detectado em 64% dos espécimes femorais e poplíteos
examinados. A CP foi detectada em 69% dos pacientes testados positivamente,
enquanto que o HP foi detectado em 3,8%. Nas artérias carótidas, 29% dos casos
continham ADN bacteriano, 29% CP e 0% genes específicos do HP. Trinta e um
espécimes da aorta continham ADN bacteriano, 65% CP e 18% HP.
Conclusões: Foram encontrados isolados bacterianos e ADN nas artérias dos
membros inferiores. A aorta e as artérias carótidas só esporadicamente continham
isolados. Os micróbios que colonizam os feixes vasculares dos membros podem ser
responsáveis por complicações após cirurgia arterial, tais como a deiscência da
anastomose e a supuração da ferida.
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P 34
A FERIDA – ARCO IMUNE AFERENTE, SISTEMA LINFÁTICO E NÓDULOS
LINFÁTICOS, ARCO EFERENTE
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS – O SISTEMA LINFÁTICO LOCAL REDUZ A
REACÇÃO AOS MICRÓBIOS E PRÓPRIOS ANTIGÉNIOS?
Waldemar L. Olszewski
Waldemar L. Olszewski3, Zdzislaw A. Machowski2, Grzegorz Szczesny1,
Marzanna Zaleska1, Marta Cakala1
Dept. of Surgical Research & Transplantology, Medical Research Center,
Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland
A cicatrização de feridas não deve ser considerada um processo limitado aos tecidos
danificados. É sempre acompanhada por uma resposta intensiva do sistema (imunitário)
linfático regional.
Objectivo: O interesse recente no campo da cicatrização de feridas tem focado a
reacção do sistema linfático aos eventos celulares e humorais da ferida e
especificamente a resposta simultânea do nódulo linfático aos antigénios bacterianos e
auto-antigénios, estabelecendo uma tolerância aos próprios antigénios celulares e
enviando as células reguladoras específicas do antigénio do nódulo para “casa” na
ferida.
Discussão: Os resíduos celulares e os microorganismos colonizadores são
transportados via sistema linfático para o nódulo linfático drenante. Aí, ocorre uma
reacção xenogénica às bactérias e uma reacção auto-imune aos auto-antigénios. Os
nossos estudos experimentais demonstraram uma drenagem directa dos micróbios e
dos marcadores experimentais da ferida da pele para o nódulo linfático regional. Os
marcadores injectados no espaço da fractura fechada da tíbia foram também
transportados para os nódulos linfáticos. Nos humanos, as úlceras venosas e as fístulas
do pé diabético são acompanhadas por alterações nos nódulos linfáticos regionais. As
imagens linfocintigráficas revelaram dilatação do sistema linfático e aumento dos
nódulos linfáticos após fracturas fechadas do perónio. No arco eferente da resposta, as
coortes de linfócitos Treg são enviadas do nódulo para a ferida. As suas funções
reguladoras estão a ser clarificadas.
1Department
of Surgical Research & Transplantation, Medical Research Center,
Polish Academy of Sciences, Warsaw, Poland, 2The Norwegian Radium Hospital, Oslo,
Norway, 3Department of Surgery, Limpopo University, Polokwane Campus, Polokwane,
South Africa
Introdução: Feridas abertas e fechadas provocam respostas do tecido linfóide regional.
A questão é saber que tipo de reacção ocorre nos gânglios linfáticos e se ela reflecte
eventos celulares e moleculares na ferida cicatrizável.
Objectivo: Estudar os fenótipos das células na ferida e nos gânglios linfáticos
drenantes após lesões primárias e secundárias na pele.
Materiais e métodos: Grupo 1a. Ferida incisional no dorso da pata e suturação. Grupo
2a. Injecção subdérmica na pata de 108 Staph.epidermidis durante 6 dias. Grupo 3a.
Fractura fechada da tíbia. Em todos os grupos, o período de acompanhamento foi de 7
dias. Grupo 1b. Ferida incisional seguida de outra incisão após 7 dias. Grupo 2b. Nova
injecção de 108 Staph.epidermidis. Grupo 3b. Nova fractura da tíbia. Espécimes do local
da lesão ou da injecção bacteriana e dos gânglios poplíteos e ilíacos foram retirados no
7º dia nos grupos 1a, 2a e 3a, e no 14º dia nos grupos 1b, 2b e 3b. Fenótipos de células
infiltrantes e do gânglio linfático foram identificados com moAbs.
Resultados: Grupos 1a, 2a, 3a: Pele da pata. Em todos os grupos, e 7 dias após a
lesão primária, foram encontradas várias células (++) MHCII+, ED1+ e CD54+ na região
subepidérmica ou no intervalo da fractura. Gânglios linfáticos. Foi observado, em todos
os grupos, um aumento do peso dos gânglios linfáticos e da concentração celular. As
células W3/25+, MHC II+, ED1+, HIS48+, OX7+ e OX62+ e CD54+ acumularam-se em
folículos, paracórtex e medula. A percentagem de W3/25+CD25+ (células T reguladoras)
não aumentou. Foi detectada uma elevada frequência de células B nos folículos e na
medula. Grupos 1b, 2b, 3b. Todos os grupos mostraram ter significativamente menos
infiltrados na pata e células coradas positivamente nos gânglios linfáticos.
Conclusões: Não houve diferenças qualitativas nos infiltrados da pele e nos subtipos
das células dos gânglios linfáticos, entre as lesões primárias e secundárias. Em alguns
casos, a lesão secundária causou menos reacção inflamatória. O mecanismo da
supressão local é estudado.
P 35
P 36
O INTERVALO DE FRACTURA CICATRIZÁVEL E NÃO CICATRIZÁVEL E A
REACÇÃO DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS DRENANTES
CIRURGIA DE OCLUSÃO PLÁSTICA POR RETALHO CANCELADA E NOVE
ÚLCERAS DE PRESSÃO FECHADAS DEVIDO AO USO DE PENSOS DE
MEMBRANA POLIMÉRICA
Waldemar L. Olszewski3, Grzegorz Szczesny2, Magda Gewartowska2, Andrzej Gorecki1,
Zdzislaw A. Machowski4
Orthopedics and Traumatology, Med. Univ, Warsaw, Poland, 2Department
of Surgical Research and Transplantology, Medical Research Center, Polish Academy of
Sciences, Warsaw, Poland, 3The Norwegian Radium Hospital, Oslo, Norway, 4Dept. of
Surgery, Limpopo University, Polokwane Campus, Polokwane, South Africa
Madeleine Stenius
1Department
Rehab Station, Stockholm, Sweden
Os danos de tecidos provocados por lesões mecânicas e por inflamação são seguidos
pela resposta do tecido linfático regional. Mostrámos anteriormente que as lesões
fechadas de ossos e tecidos moles provocam uma resposta perdurável do sistema
linfático local.
Introdução: Um homem de 30 anos, tetraplégico, sofreu, durante 18 meses, de úlcera
de pressão de grau 4 na anca direita. A úlcera tinha 6,5 cm x 4 cm com uma cavidade
de 3 cm. A cirurgia plástica de encerramento por retalho foi adiada devido à necrose e à
infecção. Quando chegou ao Centro de reabilitação, apresentava, também, oito úlceras
de pressão de grau 3 e uma fístula, com uma duração que oscilava entre os 6 e os 18
meses. Essas úlceras foram a consequência da espasticidade nas pernas, causada
pela dor.
Objectivo: O objectivo do estudo é o de verificar se as alterações histológicas nos
tecidos danificados se podem reflectir nos gânglios linfáticos regionais.
Objectivo: Limpar a úlcera de grau 4 na anca para que a cirurgia plástica de
encerramento por retalho pudesse ser realizada.
Materiais e métodos: Pacientes. O estudo foi efectuado com 25 pacientes,
seleccionados aleatoriamente, com fractura dos ossos na parte inferior da perna e sem
alterações traumáticas na pele. Foram qualificados para os grupos com união (grupo
1a,b) e sem união (grupo 2a,b). Obtiveram-se linfocintigramas de ambas as
extremidades após a injecção subcutânea de 99mTc-Nanocol (3 mCi) no primeiro espaço
da membrana. Doze pacientes com fractura da tíbia foram seleccionados
aleatoriamente para a recolha de tecido do intervalo da fractura para estudos
histoquímicos. Resultados. Linfocintigrafias. Grupo 1a. Sete meses após a lesão, os
vasos linfáticos da barriga da perna eram 2,44±1,45 (p=0,01), os da coxa eram
2,17±1,41(p<0,05) e os gânglios inguinais eram 1,78±0,87 vezes (p=0,015) maiores na
perna fracturada com união do que no membro contralateral. Grupo 2a. Trinta meses
após a fractura, os vasos linfáticos da barriga da perna eram 0,43±0,24, (p=NS), os da
coxa eram 0,86± 0,98 (p<0,05) e os gânglios inguinais eram 0,43±0,24 vezes (p=0,001)
mais pequenos na perna sem união do que no membro contralateral. Histopatologia.
Grupo 1b. Em todos os espécimes, foi observada uma estrutura multicelular com
formação óssea dispersa. A coloração tricromática revelou a presença de depósitos de
colagénio. As células CD68+ formaram focos. Foram vistas várias células HLA DR+,
raras células T CD4 e CD8, e não foram detectados linfócitos B. Foram detectadas
poucas células CD34. Foram vistos focos simples de elastase, BMP2 e colagénio II.
Grupo 2b. Os espécimes eram, na maior parte, acelulares. Esporadicamente, foram
observados focos de coloração de infiltrados mononucleares para HLA DR, CD68 e
CD4.
Conclusões: As fracturas cicatrizáveis são acompanhadas por um aumento dos
gânglios linfáticos. A falta de resultados de cicatrização de fracturas é acompanhada por
uma redução dos gânglios drenantes.
Métodos: Os pensos de membrana polimérica proporcionam, frequentemente, um
grande alívio da dor na ferida. Os pensos também contêm ingredientes que retiram
substâncias de cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida para promover
a rápida cicatrização, facilitando, simultaneamente, o desbridamento autolítico ao
libertar as uniões entre o tecido desvitalizado húmido e a ferida. Estes pensos especiais
fornecem humidade às feridas secas, ao mesmo tempo que absorvem o excesso de
fluido.
Em todas as cavidades, foram utilizados pensos de membrana polimérica de
preenchimento cobertas com pensos de membrana polimérica. Os pensos foram
mudados 3 vezes por semana. Ao paciente foi instituído um programa de alívio da
pressão.
Resultados: Todas as úlceras de grau 3 fecharam após quatro semanas de tratamento
com os pensos de membrana polimérica. Após 2 semanas, a necrose e a infecção
tinham sido resolvidas na úlcera de grau 4 inicial. Após 5 semanas, o falso trajecto
estava preenchido e o tamanho da úlcera diminuiu para 6 x 2,6 cm. A cirurgia plástica de
encerramento por retalho deixou de ser considerada necessária! Após 9 semanas de
uso dos pensos de membrana polimérica, o paciente continuou o tratamento desta
ferida em casa. Seis meses mais tarde, a úlcera de grau 4 estava fechada.
Conclusões: Depois de sofrer várias úlceras de pressão durante ano e meio, a
alteração do tipo de penso resultou num encerramento completo de todas as úlceras de
grau 3 em 4 semanas. A úlcera de grau 4 fechou em 7 meses, tendo sido dispensada a
cirurgia plástica.
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122
P 37
P 38
CICATRIZAÇÃO RÁPIDA DE ÚLCERAS DE PRESSÃO EM PESSOAS COM LESÕES
VERTEBRO MEDULARES (LVM) PELA UTILIZAÇÃO DE PENSOS DE MEMBRANA
POLIMÉRICA
COMPARAÇÃO DO CRESCIMENTO DE TECIDO POR ENCERRAMENTO
ASSISTIDO POR VÁCUO E POR PRESSÃO TÓPICA NEGATIVA. EXISTE ALGUMA
DIFERENÇA?
Madelaine Stenius
Kathleen Leak
Rehab station, Stockholm, Sweden
Doncaster Royal Infirmary, Doncaster.South Yorkshire, United Kingdom
Introdução: As úlceras de pressão são uma complicação comum em pessoas com
lesões vertebro medulares. De acordo com a literatura, 50 a 80% dessas pessoas
sofrem de úlceras de pressão a dada altura e 85% de todas as úlceras de pressão são
causadas pela posição sentada.
Objectivo: O objectivo é o de ver se existe alguma diferença na quantidade de tecido
formado por estes dois sistemas usados na nossa prática.
É um desafio encontrar um penso que não se mexa ou saia do lugar durante a
transferência desses pacientes. A colocação de pensos em úlceras de pressão perto do
recto é especialmente problemática. A cicatrização é frequentemente lenta e as
infecções da ferida são predominantes.
Objectivo: Ensinar os pacientes sobre técnicas de prevenção, dispositivos de alívio da
pressão e como lidar com o corpo paralisado de forma a evitar o aparecimento de
úlceras, além de ajudar a fechar as úlceras já existentes.
Métodos: Utilizaram-se pensos de membrana polimérica, que são flexíveis com bordos
macios, permitindo que se mantenham no devido lugar. Os pensos de membrana
polimérica proporcionam um significativo alívio da dor da ferida e contêm ingredientes
que retiram substâncias de cicatrização do corpo e concentram-nas no leito da ferida
para promover a rápida cicatrização, facilitando, simultaneamente, o desbridamento
autolítico ao libertar as uniões entre o tecido desvitalizado húmido e a ferida. Estes
pensos únicos fornecem humidade às feridas secas, ao mesmo tempo que absorvem o
excesso de fluido, pelo que são recomendados para feridas secas com tendões
expostos, bem como para feridas com grandes quantidades de exsudado.
Resultados: O alívio da pressão aliado ao uso de pensos de membrana polimérica
resultou numa cicatrização mais rápida. As úlceras de pressão de grau 3 fecharam-se
completamente em 4 a 6 semanas. Quando foram utilizados outros pensos modernos, a
cicatrização demorou, de um modo geral, 2 a 3 vezes mais tempo. Além disso, as
feridas tratadas com pensos de membrana polimérica apresentaram muito menos
infecções. Os pensos de membrana polimérica também tendem a permanecer no lugar
durante as transferências e adaptam-se bem, mesmo quando aplicados perto do recto.
Conclusões: A mudança para os pensos de membrana polimérica teve como resultado
uma drástica melhoria nas taxas de cicatrização nos pacientes com lesões vertebro
medulares.
Será que um destes sistemas permite obter tempos de cicatrização mais rápidos,
menos dias de internamento e uma melhoria da qualidade de vida destes pacientes?
Método: Em pacientes com feridas semelhantes ,foram utilizados ambos os sistemas
de registo: o Sistema de Medição de Ferida’* para medir a diminuição do tamanho da
ferida semanalmente, assim como o registo das informações verbais dos pacientes.
A poupança de custos e a redução do número de dias no hospital serão também
recolhidos com base nos registos dos pacientes.
Também serão examinadas as observações documentadas.
Resultados: Os resultados da redução do tamanho da ferida serão apresentados no
formato gráfico e os custos serão realçados.
Será utilizada uma ilustração comprovativa de forma a realçar a viabilidade tecidular e o
conforto do paciente.
Conclusão: Será discutida a razão pela qual um sistema foi escolhido na nossa
instituição para manter as poupanças de custos que foram alcançadas e melhorar os
cuidados aos pacientes.
No estado actual do Serviço Nacional de Saúde, é imperativo que os especialistas em
tratamento de feridas continuem a empenhar-se em trabalhar com as autoridades, a fim
de poupar dinheiro e, ao mesmo tempo, proporcionar cuidados de qualidade.
* Visitrak
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CONCEITO DE FORMAÇÃO DE UMA ACADEMIA CERTIFICADA NOS CUIDADOS
Á PELE E TRATAMENTO DE FERIDAS EM PAÍSES DE LÍNGUA ALEMÃ
TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA COM PENSOS
HIDROCOLÓIDES
Gerhard Kammerlander
Verica Djuran, Milan Matic, Zorica Gajinov, Milana Ivkov Simic, Novak Rajic
Academy Certified Wound Manager - Kammerlander-WFI, Embrach, Zurich, Switzerland
Clinical center of Vojvodina, Dermatovenereological Clinic, Novi Sad, Serbia
Objectivos: Hoje em dia, em países de língua alemã, verificamos um rápido
desenvolvimento nos cuidados modernos aplicados às feridas. Por conseguinte, surgem
diferentes conceitos de formação. Um dos primeiros programas e agora já oficializado,
foi criado por uma Academia Privada Certificada.
Actualmente, a aplicação de pensos hidrocolóides no tratamento de úlceras venosas da
perna é considerada uma terapia padrão. A nossa investigação foi levada a cabo na
Clínica Dermatovenereológica em Novi Sad. Todos os pacientes sofriam de úlceras
venosas da perna. A etiologia arterial das úlceras foi excluída pela medição do índice de
pressão tornozelo-braço (IPTB). Os pacientes foram divididos em dois grupos. No
primeiro grupo (experimental), os pacientes foram tratados com o penso hidrocolóide* .
Foi aplicado uma vez por semana durante 3 semanas consecutivas. Neste grupo, foram
tratados 15 pacientes com um total de 19 úlceras venosas. No grupo de controlo, foram
aplicados pensos com solução salina nas úlceras, durante três semanas, em 19
pacientes com 30 úlceras. No grupo experimental, a superfície média de todas as
úlceras no início da terapia era 1521 mm2. Após a terceira semana, a superfície média
de todas as úlceras era 1112 mm2 (uma diminuição de 26,89%). Em 5 casos, foi
alcançada uma epitelização completa. No grupo de controlo, a superfície média de
todas as úlceras no início da terapia era 3022 mm2. No final da experiência (21 dias), a
superfície média de todas as úlceras era 2521 mm2 (uma diminuição de 16,57%). Em 5
casos, foi alcançada uma epitelização completa. No grupo experimental, a terapia foi
prolongada por mais 5 semanas. Após esse período, notámos uma diminuição de
52,86% da superfície da úlcera. Em 7 casos, foi alcançada uma epitelização completa.
Podemos concluir que a epitelização das úlceras venosas da perna foi mais rápida após
a aplicação de pensos hidrocolóides do que após a aplicação de pensos de solução
salina.
Finalidade: Queremos introduzir este conceito. Explicaremos o desenvolvimento
histórico, objectivos, grupo alvo, organização, estrutura formação, programa curricular,
avaliação da qualidade e perspectiva.
Métodos: Em cooperação com a Academia de Profissionais de Saúde da Sociedade
Austríaca de Enfermagem e Saúde, a instituição propôs-se proporcionar formação em
tratamento de feridas a profissionais.
Resultados: Desde 1999, mais de 9000 participantes frequentaram um dos cursos de
formação desta Academia. Em 4 níveis de qualificação, os profissionais de saúde
interessados podem obter formação em tratamento de feridas e cuidados á pele. O
programa curricular está harmonizado com a sociedade alemã para o tratamento e
cicatrização de feridas. O programa de ensino é leccionado por cerca de 40
especialistas internacionais e tem uma orientação prática para permitir que os
participantes possam transferir os seus conhecimentos aos seus pacientes de uma
forma holística e profissional. Um objectivo importante é apoiar a valorização
interpessoal e o trabalho de equipa entre os diferentes profissionais de saúde no
tratamento de feridas. O curso é certificado nesta área de especialização pela TÜV
Austria na Europa, em conformidade com a norma ISO 9001:2000. Desta forma,
garante-se que a estrutura, o processo e a qualidade dos resultados correspondem à
norma actual. Juntamente com a TÜV Austria, é alcançada a certificação individual. Isto
garante que, em conformidade com um conjunto de regras internacionais de garantia de
qualidade, a formação voluntária, regular e recorrente e a actualização por parte do
graduado são aceites.
*Suprasorb H®
Conclusão: Nos países de língua oficial alemã, a Academia fornece um programa de
formação de orientação prática bem estruturado sobre o tratamento de feridas.
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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO ÁCIDOS GORDOS TÓPICOS HIPEROXIGENADOS*
EM DIFERENTES PACIENTES COM FERIDAS VASCULARES
ÚLCERA DA PERNA – UM PERCURSO DE 20 ANOS ATÉ À TERAPIA
COMPRESSIVA
Teresa Segovia
Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho
Hospital Puerta de Hierro, Madrid, Spain
Centro De Saúde De Elvas, Elvas, Portugal
Objectivo: Os ácidos gordos hiperoxigenados (AGH) demonstraram actuar na
manutenção das propriedades da pele como barreira (hidratação, ambiente gorduroso,
aumento da proliferação da epiderme e manutenção da função da pele como barreira
contra a perda de humidade) e como melhoria da microcirculação no leito de capilares
superficiais. O objectivo deste estudo é avaliar a eficácia do Ácidos gordos tópicos
hiperoxigenados*, uma emulsão de AGH, Aloe barbadensis e Mimosa tenuiflora, no
tratamento da pele perilesional e prevenção de recidivas em pacientes com feridas
vasculares.
Objectivo: Este trabalho tem como objectivo dar a conhecer um caso de úlcera de
perna com 20 anos de evolução e cuja cicatrização foi possível após aplicação de
Terapia Compressiva.
Métodos: Concretamente, demonstrámos a experiência em 4 pacientes:
Caso 1: Homem de 54 anos de idade, internado no hospital para estudo para
transplante cardíaco e com veias varicosas.
Caso 2: Homem de 64 anos com insuficiência cardíaca e venosa e ferida vascular
activa.
Caso 3: Homem de 44 anos com diabetes insulinodependente, obesidade, internado
por hiperglicemia e com ferida vascular activa.
Caso 4: Mulher de 64 anos com historial de úlceras varicosas. O Ácidos gordos tópicos
hiperoxigenados* foi aplicado numa média de 2 vezes por dia.
Resultados: Nenhum dos pacientes desenvolveu novas úlceras em pele saudável
protegida com o produto e o mais importante de tudo foi o facto de os 4 terem
melhorado os sintomas associados a úlceras vasculares, tais como: comichão, ardor,
dor, coloração da pele, edema, maceração, eritema e secura da pele.
Conclusões: Os nossos resultados demonstraram os benefícios da utilização
sistemática desta emulsão de AGH, Aloe barbadensis e Mimosa tenuiflora (Ácidos
gordos tópicos hiperoxigenados*), ao aliviar os sintomas anteriores de uma úlcera da
perna (evita a secura da pele, reduz a comichão, ardor, eczema e a pele volta à sua
coloração normal) e previne recidivas.
*Mepentol® Leche
Método: O estudo recorreu à identificação do caso clínico, assentou na pesquisa
bibliográfica, em conhecimentos técnico-científicos e no registo fotográfico.
Resultados: Os resultados obtidos neste estudo demonstraram a eficácia da Terapia
Compressiva como componente fundamental do tratamento de úlcera da perna,
traduzindo-se na cicatrização total de uma úlcera de perna com 20 anos de evolução
após 6 semanas de tratamento.
Discussão: A Terapia Compressiva demonstrou melhorias expressivas na qualidade de
vida do utente e sua família nomeadamente na diminuição da dor, aumento da
mobilidade e diminuição do isolamento social e permitiu ainda uma redução significativa
de custos minimizando o impacto económico que esta patologia apresenta nos serviços
de saúde.
Este estudo é uma forma de dar a conhecer a terapia compressiva como técnica eficaz
no tratamento da úlcera crónica da perna incentivando a sua implementação por outros
profissionais.
Referências:
MIGUÉNS, Cristina – Estudo prospectivo da eficácia de um novo sistema de ligaduras – Revista Nursing, Ed.
Portuguesa, nº 210, Mai/2006,Ano 16, p.24-27.
PINA, E et al – Boas práticas no tratamento e prevenção das úlceras de perna de origem venosa - Gaif 2007,
p.11-48
P 43
P 44
A QUALIDADE DE VIDA NUMA INFÂNCIA COM EPIDERMÓLISE BOLHOSA
RESULTADOS DE UM ENSAIO CLÍNICO SOBRE SUBNUTRIÇÃO EM PACIENTES
COM ÚLCERAS DA PERNA NA ALEMANHA
Jose Antonio Coelho, Jose Mario Baleca, Marta Carvalho
Centro De Saúde De Elvas, Elvas, Portugal
Objectivo: O presente trabalho é resultado de um processo de prestação de Cuidados
Globais de Saúde a uma criança de 9 anos, portadora de Epidermólise Bolhosa
Distrófica e tem como objectivo dar a conhecer como o binómio Humanização/material
de penso utilizado no tratamento das lesões que proporcionou uma melhoria irrefutável
na qualidade de vida desta criança e sua família.
Método: A metodologia baseou-se na pesquisa bibliográfica, mobilização e aplicação
de conhecimentos e praticas técnico-científicas, registos fotográficos e transcreve as
sensibilidades exteriorizadas pelas pessoas directamente envolvidas neste processo.
Resultados: - Os resultados obtidos durante o período do estudo, foram
inequivocamente positivos, uma vez que os testemunhos observados, aliados às
características qualitativas do penso utilizado no tratamento das múltiplas lesões foram
preponderantes para o êxito alcançado.
Discussão: Acreditamos que este trabalho possa servir como testemunho pertinente,
de um processo relacional desenvolvido sob uma perspectiva de Humanização.
Os resultados obtidos provêm de uma correcta escolha e aplicação do material de
penso utilizado que proporcionou a base de apoio para estas pessoas encararem as
dificuldades diárias que advêm incessantemente desta realidade, alcançando assim,
uma melhor qualidade de vida para todos eles.
ROCHA, Maria João et al- Feridas uma arte secular – Avanços Tecnológicos no Tratamento de FeridasMinervaCoimbra, 2006, 2ª ed., p.13-23.
Websites- www.debra- international.org, www.safetac.com
Joachim Dissemond, Nadine Graue, Andreas Körber
Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany
As feridas crónicas ocorrem em 1-2% da população. Nos pacientes com mais de 80
anos de idade, a incidência sobe para 4-5%. A úlcera da perna é a ferida crónica mais
frequente. Neste grupo etário mais afectado, a subnutrição desenvolve-se com mais
frequência comparado com a população total. Por conseguinte, a coincidência de
feridas crónicas e a subnutrição assume uma coerência potencial.
Nesta investigação clínica, os dados avaliadores do estado nutricional de pacientes com
úlceras crónicas da perna, derivados de exames clínicos, historial médico e testes
laboratoriais, aumentaram na Alemanha pela primeira vez. Durante um ano,
examinámos 41 pacientes com uma média de idades de 67,7 anos. Entre outros,
analisámos parâmetros como o índice de massa corporal, a diabetes, a dieta, a ingestão
de suplementos nutricionais, o consumo de nicotina e álcool, os níveis de vitaminas no
sangue, elementos vestigiários, lípidos e HbA1c. Empregámos ainda o questionário
MNATM para a subnutrição. 80% dos pacientes eram obesos; 24% do grupo em questão
sofria de diabetes. O questionário MNATM indicou subnutrição em 27,3% dos pacientes.
Encontraram-se níveis reduzidos de vitamina C (41,5%), vitamina E (20%), selénio
(57,5%) e zinco (25,6%) no soro. A insuficiência de proteínas ou albumina foi evidente
em apenas um paciente.
Em conclusão, foi raro conseguirmos analisar a subnutrição de forma quantitativa, ao
passo que a análise qualitativa foi mais frequente. Por conseguinte, pretendemos
divulgar que, mesmo em pacientes obesos com úlceras crónicas da perna e nas
cicatrizações de feridas refractárias à terapêutica, a avaliação do estado nutricional
pode ser importante.
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P 46
ÚLCERAS REFRACTÁRIAS À TERAPÊUTICA NUM PACIENTE COM OXALOSE
PRIMÁRIA TIPO I
PARA ALÉM DO MRSA – AUMENTO DA PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM
ÚLCERAS CRÓNICAS DA PERNA NA ALEMANHA RELATIVAMENTE AOS
RESULTADOS OBTIDOS HÁ 5 ANOS
Andreas Körber, Uwe Hillen, Eirini Brokalaki, Joachim Dissemond
Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany
Reportamos acerca de um paciente do sexo masculino, com 55 anos de idade, com
oxalose primária tipo I e um historial de diálise de 8 anos. Este paciente queixou-se, há
6 meses, de um conjunto de várias úlceras estranhas e dolorosas. Todas as úlceras
encontravam-se localizadas nos membros inferiores. Na pele circundante, podia ver-se
uma hiperpigmentação não homogénea e livedo de aspecto estranho. A análise
histológica de uma biopsia confirmou o diagnóstico de oxalose primária devido à
distribuição típica em forma de estrela dos cristais de oxalato.
A oxalose tipo I é uma doença rara autossómica recessiva e hereditária com um defeito
enzimático na via metabólica do ácido oxálico. O resultado é a acumulação de oxalatos
nos rins e noutros órgãos. A ocorrência de exulceração cutânea devido à acumulação
de oxalato na pele é uma situação rara e pouco descrita na literatura actual. Essas
úlceras, extremamente dolorosas, ocorrem tipicamente nos membros inferiores. Até
agora, não foi possível fazer terapia causal. Por conseguinte, a transplantação
combinada do fígado e do rim é a terapia de eleição para os pacientes com oxalose
primária. A úlcera descrita neste paciente mostrou melhorias com a moderna terapia de
feridas, recorrendo-se a um desbridamento cirúrgico e a uma terapia tópica com
hidrogel de polihexanida com um alginato, mas o paciente ainda se encontra à espera
da transplantação do fígado e do rim.
Andreas Körber, Joachim Dissemond
Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany
No nosso estudo retrospectivo, examinámos a colonização bacteriana de úlceras de
perna crónicas entre Janeiro e Dezembro de 2007. No total, foram avaliados 98
pacientes com 105 úlceras da perna. 39 pacientes eram do sexo feminino e outros 39
do masculino. A média de idades era de 64,9 anos. Conseguimos detectar e isolar 186
bactérias e fungos e 25 espécies diferentes de bactérias. As bactérias mais comuns
eram o Staphylococcus aureus (n=58), a Pseudomonas aeruginosa (n=34) e o Proteus
mirabilis (n=17). Em 10 pacientes, verificou-se a colonização com MRSA (10,2%). Em 6
pacientes, não se detectou qualquer colonização bacteriana. Há 5 anos, já se tinha
realizado uma avaliação comparativa na nossa instituição. Nessa altura, detectaram-se
mais colonizações com MRSA (21,5% vs. 10,2%) e menos de Pseudomonas aeruginosa
(24,1% vs. 34,7%).
Os resultados da nossa investigação mostram o actual espectro da colonização
bacteriana em pacientes com úlceras de perna crónicas no Centro de feridas de uma
universidade alemã relativamente aos resultados obtidos há 5 anos. Detectámos um
desvio das espécies bacterianas gram-positivas para as gram-negativas. Após a
implementação de algumas medidas higiénicas, foi-nos possível reduzir a proporção de
pacientes com MRSA. No entanto, observámos agora um drástico aumento na
colonização de Pseudomonas aeruginosa. Assim sendo, para além do bem conhecido
MRSA, gostaríamos de chamar a atenção, de forma prospectiva, para o significado
potencialmente problemático da existência da espécie Pseudomonas em pacientes com
úlceras da perna.
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TERAPIA BEM SUCEDIDA COM IMUNOGLOBULINAS INTRAVENOSAS NUMA
ÚLCERA DA PERNA DERIVADA DE UMA DOENÇA DE CROHN METASTIZADA
ULCERATIVA
AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DA QUALIDADE DO RESULTADO DA MEDIÇÃO DE
FERIDAS, EM POPULAÇÕES COM DIFERENTES FORMAÇÕES
Andreas Körber, Uwe Hillen, Joachim Dissemond
Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany
A doença de Crohn é uma doença idiopática, uma inflamação crónica dos intestinos, de
ainda etiologia desconhecida. Afecta tipicamente o íleo, mas, potencialmente, também
todo o tracto gastrointestinal. Entre outras manifestações extra-entéricas, como o
eritema nodoso ou o pioderma gangrenoso, existem alguns relatos de uma
manifestação cutânea ulcerativa na doença de Crohn.
Reportamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 18 anos de idade, com um
historial de 5 anos de doença de Crohn e uma terapia imunossupressora estável com
Azatioprina e Prednisolona. Este paciente descreveu um eritema inicial espontâneo com
tumefacção do membro inferior direito e sucessiva exulceração no decurso da doença.
Tratamentos anteriores com regimes de antibióticos e imunossupressores não
causaram efeitos terapêuticos. Até mesmo uma moderna terapia de ambiente húmido
na ferida não foi bem sucedida. Na sua primeira visita ao nosso departamento,
apresentava uma úlcera da perna com aspecto fibrinoso e necrótico, com 3 cm de
profundidade, 6x4 cm de diâmetro e bordos lívidos. Os resultados histológicos da
biopsia confirmaram o diagnóstico de uma manifestação extraintestinal da doença de
Crohn. Devido ao fracasso das terapias anteriores, iniciámos uma terapia de
imunomodelação com imunoglobulinas intravenosas (iGIV). Pouco depois da primeira
infusão terapêutica, os bordos lívidos desapareceram. Nas semanas seguintes,
detectámos a formação de uma granulação e o início da reepitelização da úlcera da
perna. Após 4 administrações de iGIV, tivemos de alterar o conceito terapêutico para o
Infliximab devido aos elevados custos, mas a anterior úlcera da perna refractária à
terapêutica continuou a demonstrar uma boa tendência de cicatrização.
A doença de Crohn extraintestinal ulcerativa é uma manifestação cutânea de difícil
tratamento e muito pouco descrita. A terapia conduzida com iGIV é uma estratégia
inovadora mas cara, com poucos efeitos secundários, que pode ser testada
especialmente em pacientes com uma doença de Crohn intestinal bem tratada.
Andreas Körber, Joachim Dissemond
Department of Dermatology, University of Essen, Essen, Germany
Contexto: A documentação de feridas crónicas é efectuada, na prática, por diferentes
grupos profissionais com uma discrepância enorme de conhecimentos. O objectivo da
nossa investigação era o de avaliar as diferenças em termos de qualidade e de
reprodução em 5 populações definidas.
Materiais e métodos: Os constituintes da população eram especialistas, médicos,
enfermeiros de lares, enfermeiros de hospitais e leigos. Todos eles tinham de avaliar os
parâmetros basicamente necessários da cicatrização de feridas em comparação com
um recém criado sistema de medição de feridas que recorre a um computador
colorimétrico a duas dimensões, utilizado pela primeira vez numa investigação clínica.
Resultados: Os resultados do nosso estudo demonstram que a avaliação de diferentes
parâmetros de cicatrização de feridas por diferentes populações é alvo de enormes
variações. No conjunto, detectámos um desvio inesperado entre os dados medidos
digitalmente e os dados avaliados pelas diferentes populações. A estimativa da
superfície da ferida e os detalhes da sua camada externa mostram diferenças em parte
maiores do que 100%. Verificou-se que a avaliação do comprimento, largura, superfície
da ferida, infecção e a fase da ferida depende bastante da formação da população em
questão. Os resultados foram reproduzidos de forma estável, mas com praticamente o
mesmo erro.
Conclusão: Os resultados do nosso estudo revelam que a experiência é um factor
importante para a boa qualidade da medição de feridas, mas que a avaliação da
camada exterior não deveria ser feita visualmente. Por consequência, é necessário ter
um suporte técnico para a documentação fiável sobre feridas, tais como fotografias
digitais e sistema de medição.
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PILARES DA CICATRIZAÇÃO PARA FERIDAS TRAUMÁTICAS. SETE ANOS DE
EXPERIÊNCIA
ESTRATÉGIAS DE COPING UTILIZADAS PELOS PACIENTES COM FERIDAS
CRÓNICAS OU COMPLEXAS
Carmen Elena Ruiz Henao
Jori Vermeiden, Louk P. Van Doorn RN MA ANP, Pascal Steenvoorde MD MSc Phd,
J. Oskam MD Phd
1Fremap,
3Hospital
Madrid, Spain, 2Practice Private, Madrid, Spain,
Pablo Tobón Uribe, Medellín, Colombia
Objectivo: Mostrar que os pilares da cicatrização, que foram inicialmente definidos para
tratar feridas crónicas, são aplicáveis a qualquer tipo de ferida, mesmo as traumáticas
(acidentes, ferimentos de bala, queimaduras e feridas de minas antipessoal). No
entanto, este modelo não está completo porque é continuamente afectado pelo
progresso do conhecimento biomolecular de feridas.
Métodos: Como resultado da minha experiência clínica e cirúrgica, tenho observado
que a aplicação de vários princípios de tratamento simples, com um protocolo definido,
que foram iniciados no final da década de 90, tomou forma como a “Preparação do leito
da ferida”. Apliquei-os diariamente a todas as feridas que tratei. É o chamado “The
Pillars of Healing” (os pilares da cicatrização, mais tarde conhecido por TIME).
Inicialmente, eram 4 os pilares – Desbridamento, Equilíbrio bacteriano, Tratamento do
exsudado e Tratamento do edema – mas hoje acrescentaria um 5º pilar, o Suporte.
Com este tratamento, conseguia fazer a preparação do leito da ferida para que o
encerramento definitivo da mesma ocorresse por uma das seguintes formas:
encerramento por 2ª ou 3ª intenção, encerramento primário tardio e utilização de
enxertos ou retalhos. O método foi aplicado a todos os pacientes tratados nas
urgências, no bloco operatório, nos consultórios ou nas salas de tratamento dos
hospitais. Foi organizado um registo com dados clínicos e fotográficos. Vou apresentar
50 casos de todos os que vi até agora, com diferentes tipos de traumas, desde
pequenos cortes a ferimentos causados por minas antipessoal.
Resultados: A evolução dos pacientes foi satisfatória, mesmo aplicando o método
tradicional de tratar as feridas (limpeza com soluções à base de iodo e utilização de
gazes e ligaduras), que prepara o leito das feridas para que estas, por fim, se possam
cobrir. Este tratamento, não estando normalizado, implica que a opinião subjectiva de
cada pessoa a tratar da ferida se torne o tratamento habitual. É possível que o resultado
fosse o mesmo que no tratamento tradicional, mas o que vemos nesta forma de tratar a
ferida é: o tratamento racional pode ser aplicado em locais com poucos recursos, reduz
o número de tratamentos, encurta o tempo de estadia no hospital, melhora a qualidade
e é mais rentável.
Discussão: O tratamento de feridas agudas ou crónicas pode ser normalizado, tendo
como base o tratamento holístico do paciente. Quando se tratam feridas desta forma, o
leito da ferida é preparado para que as pessoas responsáveis pelo tratamento não se
sintam frustradas com os resultados frequentemente desanimadores.
Rijnland Hospital Leiderdorp, Leiderdorp, Netherlands
Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de conhecer melhor as estratégias de coping
utilizadas pelos pacientes com feridas crónicas complexas. Os aspectos psicossociais
desempenham um papel importante no processo de cicatrização de uma ferida. Ter uma
ferida pode causar uma situação de stress no paciente e no seu ambiente.
Método: Foi utilizada a Utrecht Coping List (UAL) para observar as estratégias de
coping utilizadas pelos pacientes com feridas crónicas complexas. Esta lista é
constituída por 47 perguntas divididas em sete escalas diferentes, cada uma
representando uma estratégia de coping. Foi utilizado o Mini-Mental State Examination
(MMSE) para avaliar a função cognitiva dos pacientes. Para este estudo, foram
seleccionados aleatoriamente quarenta pacientes. Os diagnósticos estavam divididos
em cinco grupos diferentes: úlceras diabéticas, úlceras venosas, feridas cirúrgicas,
úlceras de pressão e feridas traumáticas.
Resultados: Tanto os valores nos homens (n=18) como nas mulheres (n=11) diferem
do grupo normativo da UAL. Em média, os pacientes com úlceras diabéticas obtiveram
os valores mais baixos nas escalas, enquanto que os pacientes com úlceras venosas da
perna obtiveram os valores mais altos. Foi encontrada uma diferença óbvia nos
resultados do MMSE e na estratégia de coping utilizada.
Conclusão/discussão: Com base neste estudo, podemos afirmar que os pacientes
participantes possuíam estratégias de coping diferentes. Para melhorar a qualidade dos
cuidados prestados aos pacientes, poderia ser dado maior apoio psicossocial por parte
dos médicos. É necessário realizar mais investigações para que se possa afirmar que
estratégias de coping específicas têm uma influência positiva na cicatrização de feridas.
P 51
P 52
PROJECTO DE TRATAMENTO DE FERIDAS: RELATÓRIO DA ANÁLISE INICIAL
DE UMA AUDITORIA DISTRITAL ÀS PRÁTICAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS,
TENDO EM CONTA AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE E OS TIPOS DE
FERIDA
FORNECER EVIDÊNCIAS PARA A PRÁTICA: UMA FILOSOFIA PARA AS UNIDADES
DE TRATAMENTO DE FERIDAS
Kathryn Vowden, Peter Vowden
Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust & University of Bradford,
Bradford, West Yorkshire, United Kingdom
Objectivos: Avaliar e rever a carga de trabalho actual, os dados demográficos dos
pacientes e as práticas de tratamento de feridas nos sectores de cuidados primários,
secundários e independentes numa população de várias etnias.
Métodos: Foi concebida uma ferramenta de auditoria estruturada, a qual foi distribuída
a todos os prestadores de cuidados de saúde na área geográfica definida pelos limites
de influência do recém criado centro de cuidados de saúde primários de Bradford e
Airedale, que abrange uma população de cerca de 500.000 habitantes, e que incluía
dois prestadores de cuidados agudos (Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation
Trust e Airedale General Hospital Trust). Para assegurar uma cobertura adequada,
foram distribuídos 4000 formulários. Foram utilizadas equipas de apoio da Unidade de
Tratamento de Feridas para validar os dados inseridos e visitar todos os sectores de
cuidados agudos e casas de saúde. Uma equipa de cuidados primários apoiou a
recolha de dados na comunidade.
Resultados: Foram devolvidos 1735 formulários. Foi registado um total de 2620
feridas com uma média de 1,51 feridas por paciente (H: 731, M: 980, D: 24) e uma
média de idades de 68,4 anos (H: 62,9, M: 72,5). Os dados etnográficos demonstraram
1470 europeus, 150 asiáticos, 21 de outras etnias e 92 desconhecidos, o que contrasta
bastante com as características conhecidas da população da área, onde perto de 19%
são de origem asiática. A média de idades da população asiática com feridas (42,2
anos) foi bastante inferior à do grupo europeu (71,3 anos). Foram registadas 556
feridas (32%) nos centros de cuidados agudos (contexto de internamento e
ambulatório), 196 (11,3%) em casas de saúde e as restantes 983 (56,7%) na
comunidade. 335 pacientes eram diabéticos (19,3%). Os resultados demonstraram 827
(48%) feridas agudas, das quais 286 (35%) devido a trauma, 481 (28%) úlceras da
perna e 363 (21%) úlceras de pressão; os restantes 3% representaram outros tipos de
feridas. A maioria dos pacientes (1193) possuía apenas uma ferida, enquanto que 191
pacientes (11%) possuíam 3 ou mais feridas.
Discussão: Apesar de a análise se encontrar ainda nas etapas iniciais, esta auditoria
demonstrou uma prevalência de feridas na população asiática mais baixa do que o
esperado. Embora haja algumas semelhanças com os dados obtidos numa auditoria
semelhante levada a cabo em Hull, também existem diferenças que requerem uma
análise mais aprofundada.
Kathryn Vowden1, Janet McGowan2, Peter Vowden1
1Bradford
Teaching Hospitals NHS Foundation Trust & University of Bradford, Bradford,
West Yorkshire, United Kingdom, 2Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust,
Bradford, West Yorkshire, United Kingdom
Objectivo: Demonstrar que a prática baseada em evidências apoiou o tratamento de
feridas no contexto de uma prática de tratamento de feridas multidisciplinar e multiorganizacional.
Métodos: Realizou-se uma análise dos métodos de tratamento actuais e da
correspondente estrutura organizacional dos serviços de tratamento de feridas num
centro de cuidados agudos. A análise foi realizada com base nas fontes de informação
geradas internamente, que informaram sobre a prática e permitiram a criação dos
formulários e da política de tratamento de feridas. Esta análise foi então alargada para
estudar a estratégia de formação universitária e interna e as comunicações externas,
como publicações igualmente provenientes da unidade de tratamento de feridas.
Resultados: Os dados de referência demonstraram que a unidade prestava cuidados
de forma directa ou em parceria com serviços de apoio, internamente em todo o centro
e externamente em todo o distrito, prestando cuidados efectivamente do início ao fim da
vida. As evidências que apoiavam a prática foram geradas a partir de uma série de
fontes, incluindo a investigação levada a cabo na unidade e a avaliação científica dos
produtos, utilizando ferramentas de avaliação reconhecidas. A eficácia e a
implementação foram auditadas, tendo-se procurado obter as opiniões dos pacientes
através de grupos de foco. A análise das apresentações e publicações externas
demonstrou que a unidade alargou a sua influência na prática baseada em evidências
ao nível nacional e internacional.
Conclusão: A prática baseada em evidências permite aos profissionais de saúde
prestar cuidados de saúde eficazes e responder a questões sobre estes cuidados de
saúde num quadro analítico e de avaliação. A análise da actividade da unidade sugere
que a nossa unidade consegue gerar evidências através da investigação e justificar a
inclusão de produtos de tratamento de feridas num formulário baseado nas evidências
da eficácia. Esta estrutura apoia uma estratégia de formação local e permite uma troca
de informações mais abrangente através de apresentações e publicações de análise
pelos pares.
D = Desconhecido
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129
6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
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P 53
P 54
AS FERIDAS PROFUNDAS NÃO SÃO UMA CONTRA-INDICAÇÃO PARA A
UTILIZAÇÃO DA MEC
OS PRODUTOS DE MATRIZ EXTRACELULAR TÊM MENOS CONTRA-INDICAÇÕES
DO QUE AS REPORTADAS ANTERIORMENTE
Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam
Minke Barendse-Hofmann, Pascal Steenvoorde, Louk van Doorn, Jacques Oskam
Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands
Rijnland Hospital/ Rijnland Wound Center, Leiderdorp, Netherlands
Objectivo: A reepitelização após o desbridamento e granulação bem sucedidos pode
ser a parte mais difícil do processo de cicatrização da ferida. Os produtos de matriz
extracelular são uma solução possível. Contudo, têm sido apresentados vários critérios
de exclusão em estudos sobre a eficácia da matriz extracelular nas feridas. Uma destas
contra-indicações é a profundidade da ferida. Num estudo, explorámos as contraindicações da MEC utilizada.
Objectivo: A reepitelização após o desbridamento e granulação bem sucedidos pode
ser a parte mais difícil do processo de cicatrização da ferida. Os produtos de matriz
extracelular são uma solução possível. Contudo, têm sido apresentados vários critérios
de exclusão em estudos sobre a eficácia da matriz extracelular nas feridas. O presente
estudo destina-se a explorar as contra-indicações.
Métodos: Foram tratados 31 pacientes com feridas crónicas com um produto de MEC.
Não foram seguidos os critérios de exclusão indicados na literatura. As feridas foram
definidas como superficiais se afectassem apenas as camadas da epiderme ou da
derme. Se afectassem o tendão, osso ou articulação, eram definidas como feridas
profundas.
Métodos: 38 pacientes com feridas totalmente desbridadas e granuladas foram tratados
com aplicações semanais de MEC. Não foram seguidos os critérios de exclusão
indicados na literatura. Se o tivessem sido, mais de 75% dos pacientes teriam sido
excluídos. Foram registadas algumas características de pacientes e de feridas que
poderiam influenciar o resultado.
Resultados: Das 31 feridas, 18 (58,1%) eram superficiais. 14 feridas (77,8%) obtiveram
bons resultados no tratamento com MEC, 4 (22,2%) não foram bem sucedidas.
Resultados: Em 76,3% (n = 29) dos pacientes, observou-se um resultado benéfico. As
duas principais complicações detectadas foram a infecção e hipergranulação. A infecção
foi detectada em 8
Em 12 feridas (38,7%),o tendão, o osso ou a articulação estava visível. Em 83,3%
(n=10) das feridas, observou-se um resultado benéfico, 16,7% (n=1) não foram bem
sucedidas. Perdeu-se o rasto a 1 paciente.
pacientes (21%). 50% (n=4) tiveram um resultado bem sucedido. O tecido de
hipergranulação apareceu noutros 10 pacientes (26,3%) após um par de aplicações.
Todos tiveram um bom resultado.
Conclusão: Os nossos resultados mostram que a profundidade da ferida não tem uma
influência negativa no resultado. Por conseguinte, a profundidade da ferida não deve
ser considerada uma contra-indicação para a utilização da MEC em feridas crónicas.
Contudo, devido à dimensão da nossa população, não podem ser retiradas conclusões
definitivas. Serão necessárias mais investigações para fornecer informações adicionais
sobre as (contra-) indicações da utilização da MEC.
Discussão / Conclusão: A maioria dos pacientes deveria ter sido excluída, de acordo
com a literatura. Contudo, no nosso grupo, 76,3% dos pacientes tiveram um resultado
bem sucedido. A infecção deveria ser a única contra-indicação absoluta para iniciar o
tratamento com MEC e é uma boa razão para descontinuar o tratamento. O tecido de
hipergranulação (26,3%) é uma complicação de fácil tratamento, sem influenciar
negativamente o resultado. 71% das feridas não tiveram qualquer complicação ou
tiveram problemas que foram facilmente tratados e que não influenciaram
negativamente o resultado. Os produtos de matriz extracelular têm menos contraindicações do que as reportadas anteriormente e podem ser usados numa população
mais vasta do que aquela que se pensava até agora.
P 55
P 56
SERÁ POSSÍVEL PREVENIR O APARECIMENTO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO
MELHORANDO OS CUIDADOS PESSOAIS E DURANTE O BANHO?
LIMPEZA DA FERIDA: PAPEL DA POLIHEXANIDA NA PREPARAÇÃO DO LEITO DA
FERIDA
João Gouveia
João Gouveia, António Seco, Fernanda Inglês
C. S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal
C. S. Pampilhosa Serra, p. Serra, Portugal
Introdução: Este estudo pretende comparar a eficácia da utilização de uma gama de
produtos para todos os tipos de cuidados pessoais em comparação com o uso de
sabão e água.
Objectivo: Avaliar a efectividade da polihexanida na limpeza do leio da ferida em
feridas difíceis de cicatrizar.
Materiais e métodos: Este é um estudo prospectivo, descritivo, com selecção aleatória
e um grupo de controlo. Seleccionámos aleatoriamente 50 pacientes de cada grupo: um
a seguir os cuidados normais (sabão e água) e o outro a usar produtos especiais para
cuidados da pele. Todas as outras intervenções foram mantidas sem alteração (virar o
paciente, superfícies de suporte, etc.). A selecção aleatória foi feita em grupos de 5
indivíduos e foi efectuada pelo investigador principal. Os pacientes foram
acompanhados durante um período de 21 dias e avaliados nos dias 0, 7, 14 e 21 no
que se refere à fragilidade, aspecto geral, tonicidade, cor e hidratação. Os locais
avaliados foram a escápula, calcanhares, maléolos, sacro e trocânter.
Resultados:: Estatisticamente, não houve diferenças significativas entre os grupos no
que se refere ao sexo, idade e uso de superfícies de suporte. Reparámos que o grupo
de intervenção apresentou melhores resultados do que o grupo que usou produtos
clássicos, com diferenças significativas em todos os aspectos de avaliação logo no
primeiro dia e em todos os locais avaliados. Relativamente à incidência de úlceras de
pressão, verificámos que a incidência do grupo de intervenção era de 10%, contra 50%
no grupo de cuidados clássicos.
Discussão: A utilização de sabão tem sido aconselhada pelos profissionais. No
entanto, podemos afirmar que o banho é a altura de iniciar os cuidados preventivos com
produtos para os cuidados pessoais que apresentem melhores resultados e que sejam
rentáveis (menos úlceras de pressão e mais satisfação).
Método: Em termos de metodologia, foram escolhidos 3 casos considerados de difícil
limpeza do leito da ferida, em que era sistemática a presença de detritos sob a forma
sólida, sendo a sua remoção difícil com utilização de soro fisiológico estéril ou água
potável corrente. Assim, foram incluídos em estudo uma úlcera de perna de origem
traumática em paciente diabética tipo 1, uma ferida em pé diabético neuro-isquémico e
uma ferida neuropática atípica em pé diabética, multiresistente a vários tratamentos
anteriores. Foi obtido consentimento informado de todos os pacientes avaliados.
Resultados: Em todos os casos onde foi aplicada polihexanida, foi possível atingir os
objectivos a que a equipa multidisciplinar se propôs, variando desde o óptimo até ao
excelente. Em todos os casos aplicados, foi possível observar o desaparecimento de
detritos ou tecido desvitalizado, que impediam o processo cicatricial de prosseguir com
o seu decurso normal, sendo este tipo de tecido substituído por tecido de granulação,
significativo da não agressividade da polihexanida para com este tipo de tecido. Mais
ainda, não foi nunca referido por qualquer paciente uma situação de dor ou intolerância
para com o tratamento instituído, referindo mesmo ser menos agressivo que outros
utilizados anteriormente.
Conclusão: Este produto, utilizado especificamente para a limpeza da ferida,
demonstrou ser muito eficaz em termos da gestão de detritos e quantidade de tecido
desvitalizado presente no leito da ferida, no período que medeia a mudança de pensos,
variando entre resultados muito satisfatórios a excelentes.
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TERAPIA DE CICATRIZAÇÃO EM AMBIENTE HÚMIDO: A CAMINHO DO SUCESSO
FERIDAS INFECTADAS: HAVERÁ MUNDO PARA LÁ DA PRATA E IODO?
João Gouveia
João Gouveia
C. S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal
C. S. Pampihosa Serra, P. Serra, Portugal
Objectivos: Avaliar a eficácia da utilização de um penso de poliuretano não adesivo no
tratamento de feridas de difícil cicatrização.
Objectivos: Avaliar a possibilidade de um novo tipo de material poder vir a representar
mais uma alternativa no tratamento de feridas infectadas, permitindo assim alargar as
opções terapêuticas ao dispor dos profissionais de saúde.
Método: Foram escolhidos 3 pacientes com feridas de difícil cicatrização (pé diabético,
úlcera de perna e úlceras de pressão), em que foi opinião dos profissionais de saúde
aplicar um penso de poliuretano não adesivo devido a várias questões ligadas a
factores como sejam a possibilidade de maceração dos bordos devido ao adesivo do
penso e má gestão do exsudado.
Resultados: Os resultados atingidos excederam em muito as expectativas, com
cicatrização total atingida em todos os casos em que foi aplicado o penso de
poliuretano não adesivo, em situações em que antes outros produtos tinham falhado.
Mais ainda, os períodos de mudança de penso puderam ser espaçados a períodos mais
ou menos regulares de 4/5 dias, sem intercorrências negativas que pudessem daí advir.
Conclusão: Este novo penso hidropolímero não-adesivo representa uma mais valia
efectiva, que abre excelentes perspectivas, com uma facilidade de aplicação notável, e
com maior rapidez de cicatrização relativamente a aos períodos de tempo
anteriormente obtidos no nosso serviço com este tipo de produtos. Todavia, pelo facto
dos tempos de cicatrização terem sido substancialmente diminuídos, o material de
penso poder ser cortado e tendo sido obtido sempre o resultado final de “cicatrização
total”, parece-nos que o penso hidropolímero em causa poderá proporcionar uma boa
relação custo- eficácia.
Método: Foram escolhidos 2 paciente portadores de feridas com sinais clínicos de
infecção (úlceras de pressão), onde foi realizada a aplicação diária de um penso
hidrofóbico, durante um período de 14 dias, com registo fotográfico diário da evolução
cicatricial, tendo sido avaliados parâmetros como presença de sinais clínicos de
infecção e maceração dos bordos. Foi obtido o consentimento informado e esclarecido.
Resultados: Ambas as feridas evoluíram positivamente, com desaparecimento gradual
dos sinais de infecção e melhoria substancial do processo cicatricial da ferida. O
combate à infecção foi-se desenvolvendo de forma sustentada, com desaparecimento
inicial do cheiro e exsudado purulento, seguido dos bordos inflamados e macerados. O
sangramento normalmente associado a uma situação de infecção desaparece ao fim de
4 dias.
Conclusão: Este material de penso, que abordamos ao longo deste artigo, reúne todas
as condições para pertencer ao conjunto de recursos ao dispor para aplicação em
feridas infectadas, abrindo perspectivas de que existe mais mundo para lá da prata e do
iodo, mas sendo desejável a realização de outro tipo de estudos mais robustos para
comprovar a sua eficácia clínica neste e noutro tipo de feridas.
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A IMPORTÂNCIA DOS PENSOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS DURANTE A
REABILITAÇÃO APÓS UMA ARTROPLASTIA DO JOELHO. RESULTADOS DE UM
ESTUDO COMPARATIVO VERSUS PENSOS TRADICIONAIS
UTILIZAÇÃO DE UM PRODUTO À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO PARA A
PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO
C Barrera, M Oller, JM Muniesa, C Cinca, M Piqueras, MJ Gili
João Gouveia, Maria Carreira, Diana Cruz, Maria Carvalho, Elisabete Gomes,
Manuel Ferreira, Valdemar Cruz, Dulce Menezes
Hospital de l’Esperança, Barcelona, Spain
1C.
Objectivo: O objectivo deste estudo é o de comparar a eficácia dos pensos
hidrocolóides e dos pensos tradicionais no tratamento, durante o período de
reabilitação, das feridas pós-operatórias derivadas de uma artroplastia do joelho.
Objectivo: Avaliar a eficácia de um produto de óxido de zinco na prevenção de úlceras
de pressão.
Métodos: Foram seleccionados aleatoriamente 250 pacientes para usarem pensos
tradicionais (grupo de controlo) ou pensos hidrocolóides. Os pacientes integraram o
estudo após terem tido alta e antes de iniciarem a reabilitação. Os critérios de exclusão
foram: feridas infectadas e intolerância aos pensos. Os resultados avaliados foram:
qualidade da cicatrização, estado da pele, mudanças de penso e conforto do paciente.
Os dados foram analisados com os testes estatísticos Chi-quadrado, t-Student e UMann Whitney. Foi também efectuada uma avaliação financeira para determinar o custo
comparativo de ambas as intervenções.
Resultados: Todos os pacientes foram incluídos na análise com características iniciais
semelhantes. A idade média dos pacientes era de 72,9 anos. Foram detectadas
diferenças estatisticamente significativas, a favor do grupo experimental, nos seguintes
resultados: eritema (p=0,001), higiene corporal (p<0,001), dor durante a flexão
(p=0,012), satisfação com o tratamento (p=0,037) e número de mudanças de penso
(p<0,001). O custo dos pensos tradicionais foi de 8,9 versus 5,8 euros para os pensos
hidrocolóides.
Conclusões: Este estudo mostra as vantagens dos pensos hidrocolóides no tratamento
de feridas cirúrgicas durante o período de reabilitação. Além disso, relativamente aos
pensos tradicionais, este regime é mais rentável.
Referências:
- Navarro-Collado MJ, Peiró S, Trénor-Gomis C, Ruiz-Jareño L, Pérez-Igualada A, Guerola-Soler N. Factors
related to functional outcomes and quality of life after knee Arthroplasty. Med Clin (Barc). 2000; 114(7):250-4.
S. Pampilhosa Serra, P. Serra, Portugal, 2H.D.F.F., Fig. Foz, Portugal
Materiais e métodos: Este estudo é prospectivo, experimental, não comparativo e sem
selecção aleatória. Foram avaliados 31 pacientes com elevado risco de
desenvolvimento de úlceras de pressão. O estudo teve lugar em 2 enfermarias, entre
Abril e Agosto, e consistiu na avaliação de 4 localizações anatómicas (trocânter, sacro,
calcanhares, maléolos e escápula) relativamente à tonicidade, hidratação, estado geral
e fragilidade. O produto foi aplicado uma vez por turno e as avaliações foram registadas
nos dias 0, 7, 14 e 21, altura em que o paciente foi dispensado do estudo.
Resultados: A população era essencialmente do sexo masculino (51,6%), com uma
idade média de 78,9 anos e só 40% tinha acesso a superfícies de suporte. A média de
vezes que os pacientes foram virados durante o turno das 8 às 24 horas foi de 3,3
viragens de dia e 1,48 viragens de noite. O tempo médio para virar um paciente foi de
5,9 minutos/viragem e o tempo médio para aplicar o produto de óxido de zinco foi de
6,29 minutos por aplicação (uma vez por turno). Não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os diferentes locais anatómicos. A incidência de úlceras de pressão
foi de 9,8, abaixo da média de 11,18 para a população portuguesa. De referir que o risco
de desenvolvimento de úlceras de pressão em todos estes pacientes era bastante
elevado. Na avaliação do custo, chegou-se à conclusão de que 97,8% dos custos
estavam relacionados com o tempo de enfermagem e que o produto representava
apenas 2,19% do custo total.
Conclusões: A prevenção das úlceras de pressão tem ainda um longo caminho a
percorrer e os profissionais de saúde devem estar atentos a todas as novas aplicações
de produtos antigos que provaram ser eficazes. Desta forma, poderemos alcançar
melhores cuidados, com melhores resultados, sem aumentar os custos.
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UM TAMANHO SERVE PARA TUDO? ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO/EFICIÊNCIA
DAS MEIAS DE COMPRESSÃO GRADUADAS TERAPÊUTICAS PRONTAS A
VESTIR E PERSONALIZADAS
GANGRENA DE FOURNIER: EVITAR UM ESTOMA. NOVAS OPÇÕES PARA O
TRATAMENTO DESTA CONDIÇÃO
Claudia Waterreus
Timmers Medizorg, Roosendaal, Netherlands
1Hospital
Objectivo: Esta análise pretende revelar os fornecedores de meias de compressão
com melhor relação custo/eficiência nos tipos/tamanhos/qualidades de meias de
compressão, entre as prontas a vestir e as personalizadas. A optimização dos
fornecimentos deve centrar-se na redução de custos. Esta análise faz uma comparação
entre 7 fornecedores com uma oferta de produtos semelhante.
Métodos: Foi utilizado o método retrospectivo.
Resultados: No total, foram inseridos no sistema 177 cartões de tamanhos. Dois
fornecedores conseguiram fornecer as meias prontas a vestir em tamanhos próximos
da tabela de tamanhos prontos a vestir. (Rácio de 50:50, prontas a vestir:
personalizadas.)
Dois fornecedores obtiveram uma classificação muito baixa. 20:80 e 30:70 pv:p
Três fornecedores obtiveram uma classificação média (43:57 pv-p)
N= 177
Número
Em %
B1
93
53%
BF
72
41%
BC
78
44%
J
88
50%
Teresa Segovia-Gomez, Francisco Pedro García-Fernández, Remígia Molina-Silva,
Mariano Bermejo-Martínez
M
81
46%
S
57
32%
V
39
22%
Discussão: Os custos mostram um quadro diferente. As meias prontas a vestir são
mais baratas do que as meias personalizadas. Os custos foram calculados e
apresentados abaixo.
É a soma dos custos totais do total do fornecimento de meias prontas e vestir e de
meias personalizadas. Um fornecedor é de longe o mais barato. Nesta investigação,
analisámos apenas as tabelas de tamanhos da classe 2. Não foram considerados o
rácio de pressão (a variedade é grande, de ligeira a extra firme) nem a tese de
indicação.
N= 177
B1
BF
BC
J
M
S
V
€
9976
7883
5822
7626
7067
6308
8951
Conclusões: O rácio médio de meias prontas a vestir/personalizadas é mais ou menos
o mesmo.
Se olharmos apenas para o rácio médio, o B1 e o J são os mais próximos.
Contudo, se olharmos para a tabela de custos, o BC é de longe a opção mais barata no
total dos fornecimentos. Este fornecedor representa o fornecimento médio das meias
prontas a vestir.
Puerta de Hierro, Madrid, Spain, 2Unidad de Formación, Investigación y
Calidad. Complejo Hospitalario de Jaén., Jaén, Spain, 3Hospital Puerta de Hierro,
Madrid, Spain, 4Hospital Puerta de Hierro, Madrid, Spain
Objectivo: O objectivo deste trabalho foi o de descrever um método alternativo à
instauração de estoma em pacientes com gangrena de Fournier.
Métodos: Reportamos um caso com gangrena de Fournier cuja extensão afectava o
saco escrotal e as regiões perianal e perineal. (A gangrena de Fournier é uma infecção
fulminante e extensa dos genitais, perineu e parede abdominal. É uma condição grave
com elevada morbidade e mortalidade. Na maior parte dos casos, ocorre em pacientes
debilitados com doenças crónicas envolvendo isquemia de tecidos. Apesar do enorme
avanço nas pesquisas científicas, está associado a uma elevada mortalidade devido à
rapidez com que se instala e desenvolve, sendo, por consequência, uma urgência
médica e cirúrgica.) Para isolar a ferida dos excrementos, utilizámos um tratamento de
incontinência fecal. Este sistema consiste numa cânula de silicone macio com cerca de
1 m de comprimento, com um balão anular de baixa pressão em silicone na
extremidade mais afastada e um adaptador de bolsa com rebordos na extremidade mais
próxima. A cânula é inserida através do esfíncter anal e um balão de retenção é enchido
com 45 ml de água ou cloreto de sódio isotónico.
Resultados: O caso seguinte é o de um homem de 50 anos de idade. O tratamento
consiste na gestão da incontinência fecal, num desbridamento agressivo, na
administração de antibióticos de largo espectro e num tratamento local com pensos
antimicrobianos (pensos de hidrofibra com prata iónica) até à epitelização;
anteriormente, foi mantido o tratamento local com pensos de hidrofibra. Apresentamos
as fotografias do acompanhamento feito até à resolução do caso.
Conclusões: Este sistema permitiu isolar eficazmente a ferida dos excrementos, tendose obtido uma boa evolução da ferida e evitado a realização de uma ostomia.
P 63
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UTILIZAÇÃO DE UM PENSO DE POLIURETANO, NAS SUAS VÁRIAS
APLICAÇÕES, EM FERIDAS DE DIFICL CICATRIZAÇÃO
O USO DE PAPAÍNA E LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS
João Gouveia
C. S. Pampihlosa Serra, P. Serra, Portugal
Objectivo: Avaliar a efectividade da utilização de um penso de poliuretano, nas suas
várias aplicações e conjugado com terapia compressiva, na cicatrização de feridas de
difícil cicatrização.
Método: Aplicação de um penso de poliuretano com prata em 2 feridas inicialmente
infectadas (úlcera de perna que ocupava 90% da área total da perna e uma úlcera no
calcâneo relacionada com livedo reticularis), conjugado com terapia compressiva,
sendo que após o debelar da infecção, foi mantido tratamento com o mesmo penso de
poliuretano, sem prata, até à cicatrização final. Foi obtido consentimento informado e
esclarecido dos pacientes portadores das feridas.
Resultados: Os resultados obtidos foram de cicatrização total em ambos os casos, em
feridas que tinham como tempo de duração entre 1 ano (úlcera de perna) e 2 anos
(livedo reticularis). O debelar de sinais clínicos de infecção ocorreu, em média, 15 dias
após o início de aplicação do penso de poliuretano com prata. A troca de pensos era
inicialmente realizada de 3/3 dias, passando a semanal no final da 2ª semana.
Gildete V. C. Penido, Patricia Tavares, Ana Flavia M. Seixas
Hospital São João de Deus, Divinópolis, MG, Brazil
Diversos fatores interferem na cicatrização de feridas, como tempo de evolução,
extensão e profundidade. Pressão contínua, infecção, idade avançada, tabagismo,
nutrição e algumas patologias como diabetes Mellitus e hanseníase prolongam o tempo
de cicatrização. Alguns estudos têm se desenvolvido no sentido de agilizar esse
processo. Em um hospital brasileiro, a Papaína, associada a Laserterapia, vem sendo
utilizada para o tratamento de feridas. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência
desse tratamento no processo de cicatrização de feridas. Foi utilizada papaína 8% para
desbridamento; o tratamento foi continuado com aplicação diária de papaína 2% depois
que a ferida não apresentava mais necrose, permitindo também o inicio da laserterapia.
Os resultados mostraram que o processo de cicatrização foi acelerado com o
tratamento. Este trabalho também reafirma a necessidade de se buscar alternativas de
tratamento de maneira interdisciplinar. Com isso, é possível diminuir custos e
proporcionar um tratamento mais humano, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Conclusão: A utilização de novas apresentações de materiais já existentes no mercado
representa uma mais valia real no tratamento de feridas de difícil cicatrização. A
cicatrização de feridas extensas da perna, mas acima de tudo, feridas associadas a
patologias como o livedo reticularis, em que a cicatrização é difícil e a recidiva é
elevada, abriu um novo campo para lidar com este tipo de situação.
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O TRATAMENTO DE UMA QUEIMADURA COMPLICADA. RELATÓRIO DE CASO
NOVO MÉTODO PARA A CICATRIZAÇÃO DE GRANDES FERIDAS ABDOMINAIS
UTILIZANDO O COMPLEXO IODO-HIALURONATO DE SÓDIO
José Miguel Gómez-Coiduras
Centro de Salud Trinidad Jesús Cautivo, Málaga, Spain
Objectivo: O objectivo deste trabalho é o de descrever um caso clínico de uma
queimadura complicada.
Métodos: Apresentamos o caso de uma mulher de 31 anos de idade com uma
queimadura profunda de espessura parcial no braço direito, com edema, tecido
necrótico, hematoma e dermatite. A dermatite estava relacionada com a aplicação de
uma pomada tópica antimicrobiana (nitrofurazona).
Resultados: Foi efectuado o desbridamento da ferida e a aplicação de um tratamento
local com pensos antimicrobianos (pensos de hidrofibra com prata iónica) até à
epitelização. Observou-se uma boa evolução sem sinais de infecção: redução da dor,
do edema e da dermatite. Quando a queimadura apresentou sinais de epitelização,
usámos pensos hidrocolóides.
Conclusões: A utilização de uma pomada tópica antimicrobiana em alguns casos pode
estar relacionada com a presença de reacções cutâneas que atrasam a evolução da
ferida e representam mais inconveniências para os pacientes. A aplicação de pensos
antimicrobianos proporcionou uma boa resolução, melhorando as actividades diárias do
paciente.
Lubos Sobotka, Jan Manak, Pavel Vyroubal, Mirka Slemrova, Vladka Adamkova,
Vladimir Blaha
Dept. Metabolic Care and Gerontology, Medical Faculty, Charles University,
HradecKralove, Czech Republic
A deiscência de feridas após procedimentos cirúrgicos é um problema sério. O
tratamento é particularmente difícil quando o problema se complica pela formação de
fístulas intestinais. O apoio nutricional é essencial para o tratamento, bem como o
método correcto para o tratamento local das feridas. O objectivo deste estudo foi o de
avaliar o efeito do complexo I-H na cicatrização de deiscências de suturas abdominais.
O efeito do complexo I-H foi avaliado em 50 pacientes com feridas abdominais (28
feridas com problemas derivados de fístulas intestinais). Os pensos foram imersos em
complexo I-H e, depois, colocados sobre a ferida que estava coberta com pensos secos.
A cicatrização das feridas foi monitorizada diariamente. Avaliámos a frequência da
mudança de pensos, a qual foi comparada com a frequência de mudanças de pensos
de cobertura antes da utilização do complexo I-H. A duração do tratamento e a alteração
no diâmetro da ferida também foram avaliadas, tendo sido tiradas fotografias com uma
câmara digital.
Os pensos imersos no complexo I-H foram mudados uma vez a cada 24 horas (em
comparação com 4 a 6 mudanças por dia antes do tratamento com I-H). Todas as
feridas sem fístula intestinal cicatrizaram em 36,3 ±24,3 dias. As feridas complicadas por
fístula intestinal não cicatrizaram completamente, mas a sua área reduziu-se
substancialmente em 45,5 ±34,3 dias. Isto permitiu não só a realização de um
procedimento cirúrgico definitivo ou a utilização de um dispositivo para colostomia, mas
também a nutrição oral. Os pensos não aderiram às feridas nem foi detectada a
maceração da pele em redor das mesmas. Durante o tratamento, não foram detectados
quaisquer efeitos secundários nem sensibilidade ao iodo.
Considerámos que o efeito do complexo I-H na cicatrização de feridas abdominais
complicadas foi excelente. Pensamos que esse efeito está relacionado com a
combinação da activação de células imunes, propriedades angiogénicas e a grande
afinidade do hialuronato para com a água, juntamente com o efeito antimicrobiano do
iodo.
Este estudo foi subsidiado por MSM 0021620820 República Checa.
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AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PENSOS DE ESPUMA ADESIVOS E NÃO
ADESIVOS – RESULTADOS PROVISÓRIOS
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DOS ENFERMEIROS DISTRITAIS NO
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS.
Rachael Winter, Gary Smith, Hussein Dharma
PROJECTO CONJUNTO DE SAÚDE DE QUALIDADE ENTRE O HOSPITAL E A
COMUNIDADE
Smith and Nephew, Hull, United Kingdom
Objectivo: Está a ser efectuada uma avaliação clínica de mercado direccionada a 200
pacientes para recolher dados sobre o desempenho de uma gama melhorada de
pensos de espuma adesivos e não adesivos na prática clínica de uma série de
indicações.
Os dados provisórios gerados investigam o desempenho em geral, o tempo de uso, a
satisfação do produto e a comparação entre a gama antiga e a nova.
Estes dados fornecerão uma compreensão das utilizações e desempenho dos produtos
a serem avaliados, quando aplicados na vida real e em várias indicações.
Métodos: Esta análise provisória foi efectuada com 82 pacientes de 13 centros em 5
países europeus.
Os pacientes foram inscritos na avaliação depois de ter sido tomada a decisão de os
tratar com os produtos em causa. Durante toda a avaliação, os pacientes foram tratados
de acordo com as instruções constantes no folheto do produto e conforme as práticas
regulamentares do centro local. Os dados foram recolhidos em todas as mudanças de
penso até à cicatrização ou até o tratamento com os produtos experimentais ser
descontinuado.
Resultados: O tempo médio de uso dos pensos foi de 4,7 dias por paciente. 97% dos
pensos foram classificados como satisfatórios em termos de absorção e 96,3% como
aceitáveis para a indicação em causa. Em 92,4% dos casos, os médicos classificaram
os pensos como satisfatórios ou excedendo as expectativas relativamente ao progresso
da ferida e, em 98,8% dos casos, relativamente à durabilidade dos pensos.
Em 75,3% dos casos, os clínicos afirmaram que os pensos experimentais melhoraram
em termos de absorção, quando comparados com a gama anterior.
Conclusões/Discussão: Os resultados provisórios deste estudo mostram que as
melhorias feitas a estes pensos de espuma traduziram-se em resultados clínicos reais
para um certo número de parâmetros, nomeadamente em termos da satisfação clínica.
Os resultados do estudo completo deverão demonstrar a versatilidade da nova gama de
pensos de espuma num contexto multinacional em diversas indicações.
Vonnie Zimmerdahl1, susan Bermark1, Birgit Lykke2, Lene Ingemann Sørensen2, Hanne
Zeuthen2
1Bispebjerg
Hospital, Copenhagen, Denmark, 2The Social and health department
Nørrebro, copenhagen, Denmark
Objectivos: Que o participante: Adquira os últimos conhecimentos em matéria de
tratamento de feridas e de prevenção de problemas resultantes de feridas, aplique as
competências adquiridas no curso de pós-graduação, documente o efeito acrescido no
tratamento de feridas na área clínica e pedagógica e que possa comunicar os últimos
conhecimentos em matéria de tratamento e prevenção de feridas aos membros da
equipa.
Métodos: O projecto consistiu em 3 fases: As fases 1 e 3 com um inquérito sobre as
práticas, um questionário realizado aos participantes antes e depois do curso de pósgraduação. A fase 2 consistiu num curso de pós-graduação de 3 dias frequentado por
25 enfermeiros distritais. O curso incluiu os seguintes módulos: cicatrização de feridas,
tratamento de feridas, higiene, prevenção contra feridas problemáticas.
Resultados: O efeito do curso no tratamento de feridas ficou claramente demonstrado
nos resultados do inquérito e dos questionários. As competências dos participantes
aumentaram e a aplicação na prática foi evidente.
Conclusão: As competências dos participantes aumentaram especialmente nas áreas
da cicatrização de feridas/tratamento de feridas, pensos de feridas e compressão. Os
conhecimentos adquiridos relativamente à prevenção foram inferiores ao esperado. A
documentação dos conhecimentos adquiridos não pôde ser provada porque o material
no inquérito era muito reduzido. Observou-se um interesse acrescido no resultado. O
resultado deste projecto será utilizado pedagogicamente em grupos clínicos e de estudo
para comunicar os últimos conhecimentos em tratamento de feridas. Os conhecimentos
adquiridos no projecto representam uma oportunidade para a comunidade investigar as
possibilidades de os enfermeiros praticarem as suas novas competências. De uma
forma geral: continua a haver necessidade de se aprofundar o tratamento de feridas, a
prevenção de feridas, a documentação do tratamento de feridas e o controlo de
qualidade da prática clínica. Um objectivo pode ser a formação de pessoas chave,
enfermeiros especializados em tratamento de feridas nos distritos da comunidade.
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
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6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
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ENSAIO CONTROLADO COM SELECÇÃO ALEATÓRIA SOBRE A SEGURANÇA E O
DESEMPENHO DE UM NOVO PENSO DE ESPUMA PARA ÚLCERAS VENOSAS DA
PERNA
ESTUDO CLÍNICO DE 12 SEMANAS SOBRE A SEGURANÇA E DESEMPENHO DE
UM PENSO DE ESPUMA COM PRATA DE LIBERTAÇÃO CONTROLADA
Jørgensen1,
Sulcaite2,
Bo
Rita
Gintaris
Rytis Rimdeika5, Finn Gottrup1
Vilkevicius3,
Niels
Bech-Thomsen4,
1Copenhagen
Wound Healing Centre, Bispebjerg University Hospital, Copenhagen,
Denmark, 2Inst. of Endocrinology, Kaunas University of Medicine, Kaunas, Lithuania,
3Dept. of Vasculosurgery, Vilnius University Antakalnio Hospital, Antakalnio Vilnius,
Lithuania, 4Skin Clinic, Naestved, Denmark, 5Dept. of Plastic and Reconstructive
Surgery, Kaunas University of Medicine, Kaunas, Lithuania
Objectivo: O objectivo do estudo clínico foi o de avaliar um penso experimental face a
um penso de comparação em termos do conforto do paciente, eficácia clínica e
segurança. Devido a uma melhoria na concepção do penso, com espuma mais macia e
extremidades biseladas, o centro do estudo foi o conforto do paciente e o
desenvolvimento de marcas de pressão.
Métodos: O estudo foi prospectivo, com selecção aleatória, controlado, aberto, paralelo
e multicêntrico. Foram recrutados 2 x 20 pacientes com úlceras venosas ou venosas
mistas e arteriais da perna com exsudado moderado a elevado. Cada paciente foi
tratado com o penso experimental ou o penso de comparação durante 4 semanas.
Resultados: As marcas de pressão foram significativamente reduzidas com o penso
experimental (p<0,0001).
O penso experimental foi considerado significativamente mais macio (p=0,007) e mais
flexível (p<0,0001).
O conforto do paciente foi superior com o penso experimental (p<0,0001).
O tratamento do exsudado com o penso experimental esteve ao nível do penso de
comparação, com um tratamento do exsudado 98% excelente ou bom, 99% sem fugas
e 84% sem maceração.
A redução da área da úlcera foi igual (p=0,81).
As reacções da pele à volta da úlcera foram baixas nos dois grupos de estudo, tendo
sido relatado um evento adverso relacionado com o penso de comparação.
Conclusão: O penso experimental demonstrou um conforto do paciente superior e um
risco de marcas de pressão inferior. O penso experimental permitiu um controlo do
exsudado e uma redução da área da úlcera igual ao do penso de comparação e foi
considerado seguro para utilização.
Antonio Moreno-Guerin Baños1, Amparo Galindo Carlos2, Mª Victoria Castro Marcos3,
Joan Miquel Aranda Martinez4, Federico Palomar Llatas5, Luis J. Vigil-Escalera
Quintanal6
de Geriatría - C.S. Miraflores, Sevilla, Spain, 2Hospital Virgen de la Torre,
Madrid, Spain, 3Hospital La Paz, Madrid, Spain, 4CAP San Lázaro, Terrassa, Barcelona,
Spain, 5Hospital General Universitario de Valencia, Valencia, Spain, 6C.S. Pola de
Laviana, Asturias, Spain
1Unidad
Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de investigar a segurança e o desempenho de
um penso de espuma com prata de libertação controlada até à 12ª semana de
tratamento de úlceras gravemente colonizadas e úlceras em risco de infecção numa
grande variedade de etiologias. Estudos anteriores investigaram a segurança e a
eficácia do penso de espuma com prata de libertação controlada durante 4 semanas.
Não tinham ainda sido publicadas investigações de longo prazo sobre a segurança e o
desempenho.
Métodos: O estudo consistiu numa investigação não comparativa, prospectiva, da vida
real com 375 pacientes de 150 centros de tratamento de feridas espanhóis inscritos. As
úlceras incluídas no estudo deveriam mostrar sinais clínicos de colonização grave ou de
risco de infecção e seriam tratadas com a espuma com prata até cicatrizarem ou até ao
máximo de 12 semanas.
Resultados: A redução da área relativa da úlcera foi de 55% em 6 semanas e de 99%
em 12 semanas
33% das feridas cicatrizaram
O tecido de granulação saudável aumentou de 31% para 87%
O tecido desvitalizado húmido e o tecido necrótico negro diminuiu de 54% e 15% para
12% e 1%
O odor diminui de 72% para 13% após 12 semanas
A maceração e o eritema diminuíram de 28% e 39% para 6% e 8% de pacientes ao
longo do estudo
O tratamento do exsudado foi avaliado como “muito bom” e “bom” em 97% dos casos
A utilização de antibióticos sistémicos diminuiu rapidamente de 33% dos pacientes para
8% após 12 semanas
Não foram observados eventos adversos graves relacionados com o penso
Discussão: O penso de espuma com prata de libertação controlada ajudou na
cicatrização de úlceras gravemente colonizadas e úlceras em risco de infecção numa
grande variedade de etiologias. A utilização do penso foi segura durante as 12 semanas
de tratamento.
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TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA COM A NON-ADHERENT
TULLE DRESSING CONTAINING SILVER*
CONTROLO DE INFECÇÃO DE FERIDAS UTILIZANDO PRODUTOS DE
TRATAMENTO DE FERIDAS COM POLIHEXANIDA – ANÁLISE RETROSPECTIVA
DE 953 CASOS
Anne Marie Larsen, Finn Gottrup
Odense University Hospital, Odense, Denmark, Copenhagen Wound Healing Centre,
Bispebjerg University Hospital, Copenhagen, Denmark
Kurt Kaehn2, Ansgar Möller1, Anke Nolte1
Introdução: As úlceras com uma cicatrização prolongada e difícil resultam em sofrimento
humano e despesas elevadas. Estão constantemente a ser desenvolvidos novos produtos
para o tratamento destas úlceras. Por exemplo, produtos de prata contra bactérias em
úlceras. Contudo, os produtos de prata também têm as suas desvantagens. Os pacientes
queixam-se frequentemente de dores relacionadas com a mudança do penso.
2K2
O non-adherent tulle dressing containing silver* é um produto de prata com 50-100 mg de
prata/100 cm2. Os iões de prata no penso são metálicos e activados no contacto com a
secreção da úlcera.
Finalidade: Avaliar o efeito do non-adherent tulle dressing containing silver* na cicatrização
de úlceras e na dor dos pacientes durante a utilização do produto.
Método e análise: 10 pacientes com uma úlcera venosa da perna foram seguidos durante 6
semanas num estudo não comparativo. O diagnóstico foi determinado pelo exame clínico e o
índice de pressão tornozelo-braço. Todos os pacientes utilizaram um penso de compressão
durante pelo menos duas semanas antes da inclusão. O non-adherent tulle dressing
containing silver* foi o penso primário e como penso secundário foi utilizado um penso de
espuma padrão** com ou sem bordo. Uma vez por semana, os pacientes eram submetidos a
mudança de penso e avaliados pelo enfermeiro do projecto.
No momento da inclusão, e uma vez por semana, foi avaliado o seguinte: 1. A fase da úlcera
e a região circundante à úlcera. 2. O nível de dor registado numa escala numérica antes e
depois de mudar o penso. 3. A fotodocumentação. A área da ferida foi medida na inclusão e a
cada duas semanas. Semanalmente, foi registado se o non-adherent tulle dressing
containing silver* estava aderente à úlcera.
Resultados: 10 pacientes (6 mulheres, 4 homens) completaram o tratamento. A média de
idades dos pacientes era de 81 anos (67-90 anos).
No momento da inclusão, o índice de pressão tornozelo-braço foi medido entre 0,83 e 1,29.
A úlcera teve uma duração média de 17 meses (3-84 meses).
No período do estudo, a área da ferida reduziu-se uma média de 64% (5-94%).
Nas avaliações semanais, no total de 61 mudanças de penso, foi registado se o nonadherent tulle dressing containing silver* estava aderente ao leito da ferida no momento da
remoção. Das 60 mudanças de penso, 59 apresentaram pouca ou nenhuma aderência,
tendo-se observado uma aderência moderada em apenas um caso. O produto não aumentou
a dor no momento da mudança do penso nem no período imediatamente a seguir.
1Städtische
Kliniken Bielefeld, Bielefeld, North Rhine-Westphalia, Germany,
Hygiene-Dienstleistungen, Aschaffenburg, Bavaria, Germany
Objectivo: Em 2004, o nosso hospital municipal (>900 camas) introduziu os produtos
de tratamento de feridas com o tensioactivo de betaína e o PHMB (poli[hexametileno
biguanida]) (solução de limpeza e gel de feridas) no tratamento de feridas crónicas de
longa duração. Em 2007, foram analisados os processos de cicatrização de feridas de
953 pacientes para avaliar a eficácia do PHMB e da betaína no tratamento de feridas
crónicas.
Métodos: Os pacientes tratados na nossa clínica de tratamento de feridas em
ambulatório entre 1/1/2005 e 31/3/2007 foram recrutados para análise retrospectiva.
Foram incluídos na presente avaliação 953 pacientes com documentação completa de
feridas. Nas feridas infectadas, os revestimentos foram cuidadosamente removidos com
solução de limpeza de feridas com PHMB, antes de ser aplicado um penso com prata.
O tratamento de infecções tem continuado com a aplicação intravenosa de antibióticos.
As feridas não infectadas foram cuidadosamente limpas como descrito acima e
preenchidas com gel de feridas de PHMB ou com gazes embebidas em solução de
limpeza de feridas com PHMB. Nos casos com elevado nível de exsudado, o gel de
feridas foi substituído por pensos de hidrofibra ou hidrocolóides.
Resultados: Antes da introdução de produtos de tratamento de feridas com PHMB,
40% das feridas ficavam infectadas durante o tratamento ambulatório; após a sua
introdução, a taxa de infecção caiu significativamente para 3%. A úlcera de pé diabético
contabilizou 62% das feridas tratadas, seguida de demora no encerramento da ferida
após cirurgia (16%), fase III de IVC (insuficiência crónica venosa) de ulcus cruris (10%)
e úlcera de pressão = grau II (8%). A média de idades dos pacientes foi >65 anos.
Conclusão: A aplicação de rotina de produtos de tratamento de feridas com PHMB em
tratamentos de feridas em ambulatório pode reduzir consideravelmente a taxa de
infecção de feridas e contribuir significativamente para uma preparação adequada do
leito da ferida, permitindo uma cicatrização mais rápida da ferida.
Conclusão: Nesta investigação de pacientes com úlcera venosa da perna, o non-adherent
tulle dressing containing silver*, juntamente com o penso de espuma, parece ser um
tratamento eficaz da área da úlcera. Não foram encontrados problemas relacionados com a
pele circundante.
*Atrauman AG, **Perma Foam®
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6EG:H:CI6v´:H:BEDHI:G
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UMA EXPLORAÇÃO DA QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO QUE OS PACIENTES
TÊM SOBRE PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO FORNECIDA PELOS
ENFERMEIROS
APLICAR O PENSO ADEQUADO A CADA UMA DAS FASES DO PROCESSO DE
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
Gerardine Craig
Our Lady of Lourdes Hospital, Drogheda, Co Louth, Ireland
Objectivo: Em linha com a filosofia de cuidados centrados no paciente, a prevenção
das úlceras de pressão deveria ter em conta os pacientes no processo de tomada de
decisões. O objectivo deste estudo foi o de avaliar a quantidade de informação que o
paciente tem sobre prevenção de úlceras de pressão fornecida pelos enfermeiros.
Método: Foi efectuado um inquérito de cruzado sectorial aos enfermeiros (n=274) que
trabalhavam nos departamentos médicos, cirúrgicos ou ortopédicos em quatro hospitais
de cuidados agudos irlandeses, dentro de uma determinada área geográfica. O método
para a recolha de dados baseou-se num recém criado questionário para autoadministração que utiliza a escala de Likert de 5 pontos.
Resultados: A taxa de resposta foi de 54%. Apenas 28% dos enfermeiros envolveram
os pacientes no planeamento dos cuidados. 25% dos enfermeiros informaram o
paciente de que tinham efectuado uma avaliação de risco e, destes, 58% informaram o
paciente sobre os factores de risco. Apenas 29% dos enfermeiros informaram os
pacientes sobre os locais anatómicos com maiores riscos de virem a ter problemas em
resultado da pressão e 22% ensinaram os pacientes sobre a forma de inspeccionarem
a pele à procura de sinais de danos causados pela pressão. A maioria (61%) afirmou
que consultaram os pacientes sobre a necessidade de utilizarem um colchão para alívio
da pressão, encorajaram os pacientes a manifestarem o seu nível de conforto e
discutiram a importância do reposicionamento. Ao darem alta aos pacientes, 9% dos
enfermeiros forneceram informações por escrito sobre a prevenção de úlceras de
pressão e onde poderiam procurar mais conselhos.
Discussão / Conclusão: Não existem forte indícios do envolvimento do paciente no
planeamento dos cuidados de prevenção de úlceras de pressão. Para que os cuidados
centrados no doente deixem de ser apenas uma questão retórica, os enfermeiros têm
de informar os pacientes e seus acompanhantes sobre a prevenção de úlceras de
pressão, em vez de actuarem de um modo biomédico. Este estudo deve servir como
incentivo para melhorar as estratégias de prevenção de úlceras de pressão informando
aqueles que mais têm a perder com este problema.
Margarida Reis, Patricia Lopo, Vera Reis, Anabela Faria
APTFeridas, Porto, Portugal
Objectivo: Este caso demonstra a importância da adequação dos pensos a cada uma
das fases do processo de cicatrização, durante o tratamento de feridas.
Método: Para o desbridamento de tecido necrótico seco, foram aplicados pensos de
hidrogel1 e pensos hidrocolóides2. Em seguida, aplicaram-se pensos de hidrofibra com
prata iónica3 para controlar a infecção, passando para pensos de hidrofibra4 normais na
fase da granulação. Por fim, optou-se por hidrocolóide5 extra fino para proteger os
novos tecidos na fase da epitelização.
Resultados: A cicatrização foi obtida após 2 meses de tratamento.
Discussão: Existem vários pensos indicados para o tratamento de feridas. A aplicação
do penso correcto em cada uma das fases da cicatrização permite optimizar o processo.
1VariHesive
Hidrogel
Gel Control
3Aquacel Ag®
4Aquacel®
5VariHesive Extra Fino
2Varihesive
P 75
P 76
O PAPEL DO CADEXÓMERO DE IODO NAS ÚLCERAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO
Roberto
1ASL
Polignano1,
Alessandra
Pavanelli1,
Pia
Terriaca1,
Sara
Rowan2
10, Florence, Italy, 2Smith + Nephew, Florence, Italy
Introdução: A eficácia do cadexómero de iodo não está limitada apenas à capacidade
de absorção de exsudado, mas também à sua boa capacidade de desbridamento.
Objectivo: O objectivo deste estudo foi o de avaliar a eficácia do cadexómero de iodo
em úlceras infectadas a necessitar de desbridamento.
Materiais e métodos: Foram tratados trinta pacientes (21 mulheres e 9 homens, com
idades entre os 42 e 94 anos) com úlceras da perna de diferentes etiologias. O tamanho
das úlceras variava entre 6 cm² e 56 cm². A área média de tecido não viável no início do
estudo era de 91%.
Todas as feridas confirmaram uma colonização crítica. O tratamento prosseguiu até
aparecer tecido de granulação ou ter sido indicada outra modalidade de tratamento.
O cadexómero de iodo foi coberto com gaze; procedeu-se à mudança de pensos duas
a três vezes por semana. Os pacientes foram medicados com um antibiótico de largo
espectro. Todos os pacientes foram tratados em regime ambulatório e as úlceras foram
avaliadas e documentadas todos os meses durante três meses.
Resultados: A área média de tecido não viável no final do estudo era de 12%.
25 das 30 feridas não apresentaram quaisquer sinais de infecção no final do estudo,
resultados estes que foram confirmados por culturas laboratoriais. 3 dos 30 casos não
apresentaram uma melhoria significativa. 2 dos 30 pacientes recusaram o tratamento
devido à dor associada às suas úlceras. O tratamento não apresentou efeitos
secundários, com a excepção de dor temporária em 5 pacientes.
Foi adoptada uma estratégia de tratamento diferente logo que a ferida melhorou; este
último tratamento consistiu em enxertos de pele ou outros tratamentos avançados.
Conclusão: O cadexómero de iodo demonstrou ser eficaz como tratamento local
sustentado para a absorção de exsudado, desbridamento e controlo da carga
microbiana.
Reconhece-se que foram utilizados antibióticos no cuidado dos pacientes, a fim de
assegurar o tratamento de infecções sistémicas.
CALCIFILAXIA: TRATAMENTO BEM SUCEDIDO COM DESBRIDAMENTO,
CINACALCET E PENTOXIFILINA; APRESENTAÇÃO DE UM CASO
Katarina Smuc Berger
General Hospital Izola, Izola, Slovenia
Objectivos: A calcifilaxia é uma doença vasculopática rara e grave, caracterizada pela
calcificação medial sistémica das artérias e isquemia do tecido, conduzindo à necrose
do tecido. O objectivo desta comunicação é o de descrever esta doença rara e
potencialmente fatal, que geralmente afecta pacientes com insuficiência renal em fase
terminal, enfatizar a importância do rápido reconhecimento da doença e discutir formas
de tratamento diferentes.
Métodos: Apresentação de caso.
Resultados: Apresentamos o caso de uma mulher de 84 anos com insuficiência renal
em fase terminal que há 7 anos recorre à diálise por doença crónica renal. A sua terapia
sistémica regular de longo prazo foi: agentes anti-hipertensivos, varfarina, eritropoietina,
vitamina D, cálcio e bifosfonato. Em Novembro de 2006, teve um ferimento ligeiro na
pele da barriga da perna esquerda. Alguns dias mais tarde, notou uma bolha dolorosa
de cor púrpura azulada no local do ferimento, que depois degenerou para uma úlcera
necrótica, muito dolorosa, que progredia muito rapidamente. O relatório histopatológico
dos bordos mostrou uma necrose epidérmica e calcificação medial das arteríolas
dérmicas com escassa deposição de cálcio extravascular. O nível da hormona
paratiróide era 6 vezes superior ao normal (1195 μg/l), enquanto os níveis séricos do
fosfato e cálcio eram normais. A vitamina D, o bifosfonato e o cálcio foram
descontinuados e foi iniciada a administração lenta e progressiva de cinacalcet depois
de ter sido adicionada uma progressão lenta de pentoxifilina (1200 mg/dia). Localmente,
recorreu-se a um desbridamento autolítico e agudo e realizou-se um acompanhamento
intensivo de eventuais sinais de infecção da ferida. Não foi considerada uma
paratiroidectomia. Após algumas semanas, a ferida deixou de se deteriorar quando
foram introduzidas doses submáximas de cinacalcet, mas decorreram muitos meses de
intensa terapia até a perna sarar completamente.
Conclusão: Todas as profissões envolvidas no trabalho com feridas devem estar
cientes de que existem doenças raras e potencialmente fatais que requerem um
reconhecimento rápido e
uma terapia interdisciplinar precisa. A calcifilaxia é uma delas. Contudo, ainda não
compreendemos bem a sua exacta patogénese e as opções de tratamento ainda são
inadequadas e difíceis de escolher devido à falta de estudos controlados.
A>H7DCÆEDGIJ<6A
:LB6'%%-Æ&)"&+B6N
LLL#:LB6#DG<$:LB6'%%-
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141 - EWMA