UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL FLÁVIO SAMUEL RADONS SVICK ESTUDO DO POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DO SISTEMA DE ESGOTO EM UM PRÉDIO VERTICAL Ijuí- RS 2013 2 FLÁVIO SAMUEL RADONS SVICK ESTUDO DO POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DO SISTEMA DE ESGOTO EM UM PRÉDIO VERTICAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado Colegiado do Curso de Engenharia Elétrica Universidade Regional do Noroeste do Estado Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, para obtenção título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Júlio Cezar Oliveira Bolacell Ijuí (RS) 2013 ao da do do 3 Agradeço a Deus por me proporcionar esta oportunidade e a minha família pelo incentivo incansável. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela oportunidade de poder cursar Engenharia Elétrica, pela perseverança e saúde durante o transcorrer destes anos de bacharelado. Agradeço em especial aos meus pais e a minha esposa que me apoiaram e incentivaram a dar continuidade nos estudos me compreendendo nos momentos em que estive ausente para realização dos meus afazeres como acadêmico universitário. Agradeço também ao Supervisor Docente que me auxiliou com grande atenção, paciência e disponibilidade em transmitir seus conhecimentos. Agradeço também ao Arquiteto Bruno Michaelsen pela gentileza de disponibilizar os documentos, fotos e os demais dados necessário para o estudo deste trabalho. A todos, meu muito obrigado. 5 RESUMO Propõe-se neste trabalho a elaboração de um estudo, para analisar o potencial hídrico do sistema de esgoto de um prédio vertical e seu possível aproveitamento para geração de energia elétrica. Abordam-se inicialmente apenas aspectos teóricos relacionados a potência disponível, baseando-se em métodos conhecidos e aplicados nas usinas hidroelétricas. A partir desta fundamentação teórica, desenvolveu-se uma metodologia de cálculos apresentando os resultados de dois modelos idealizados para o aproveitamento deste potencial. Para uma maior abrangência do estudo foi criado um caso hipotético com base no prédio estudado, apresentando resultados interessantes. Como as fontes de energia alternativas renováveis estão em constante estudo e desenvolvimento, este trabalho quer trazer um novo conceito e chamar a atenção para esta possível fonte e seu aproveitamento. Palavras chave: Geração. Fontes Renováveis. Microgeração. Potencial Hidro Sanitário. 6 ABSTRACT Proposes to in this paper to produce a study to analyze the potentialize of the hydric sewage system of a building upright, and its possible utilization for electricity generation. Deal initially only theoretical aspects related to available power, relying on known methods applied and to hydroelectric power plants. Starting with this theoretical foundation calculations developed a methodology for presenting the results of two idealized models for harnessing this potential. Towards a larger scope of the study was created on the basis a hypothetical case studied in the building, presenting more interesting results. As sources of alternative and renewable energy are in constant studying and developing this job wants to bring a new concept and to draw attention to this possible source and utilization. Keywords: Generation. Renewable sources. Microgeneration. Potential Sanitary Hydro. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Esquemático Sistema APHPV. ....................................................................... 15 Figura 2 – Planta Baixa Pav. Tipo - Prédio ...................................................................... 16 Figura 3 – Projeto Hidro Sanitário - Prédio. ..................................................................... 18 Figura 4 – Esquemático Genérico do Sistema Esgoto. ..................................................... 19 Figura 5 – Detalhe Descidas Centrais Poço. ..................................................................... 20 Figura 6 – Foto do Poço Principal.................................................................................... 20 Figura 7 – Desenho Planta Baixa Poço. ........................................................................... 24 Figura 8 – Desenho Corte Poço. ...................................................................................... 25 Figura 9 – Esquemático de Geração - Modelo 1. .............................................................. 27 Figura 10 – Esquemático Geração - Modelo 2. ................................................................ 33 Figura 11 – Gráfico Energia versus Altura. ...................................................................... 53 Figura 12 – Gráfico da Potência Bruta versus Altura. ...................................................... 53 Figura 13 – Tempo de Geração versus Altura Queda. ...................................................... 54 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela Valores Médio Consumo de Água Potável .......................................... 17 Tabela 2 – Consumo Diário de Água por Habitante no Brasil .......................................... 17 Tabela 3 – Comparativo Consumo Diário por Morador ................................................... 18 Tabela 4 – Característica Consumo Doméstico de Água Potável ...................................... 21 Tabela 5 – Consumo Doméstico do Prédio ...................................................................... 21 Tabela 6 – Consumo de Energia Elétrica Condomínio ..................................................... 55 Tabela 7 – Custo Estimado Modelo 2 .............................................................................. 58 Tabela 8 – Custo Estimada Caso 1 ................................................................................... 63 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ANEEL........................................................................Agência Nacional de Energia Elétrica APHPV................................Aproveitamento Potencial Hidro Sanitário de Prédios Verticais BT.......................................................................................................................Baixa Tensão g............................................................................................................Aceleração.Gravidade h.......................................................................................................................................Horas km²........................................................................................................Quilometro Quadrado kV............................................................................................................................Quilo Volt kVA...........................................................................................................Quilo Volt Ampére kW.........................................................................................................................Quilo Watts l.......................................................................................................................................Litros m.....................................................................................................................................Metro m²...................................................................................................................Metro Quadrado m³.......................................................................................................................Metro Cúbico mm............................................................................................................................Milímetro mm² .........................................................................................................Milímetro Quadrado MVA..........................................................................................................Mega Volt Ampére MW.........................................................................................................................Mega Watt R$....................................................................................................................................Reais s.................................................................................................................................Segundos V........................................................................................................................................Volt W.....................................................................................................................................Watts 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11 1. CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL DISPONÍVEL ......................................... 15 1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 15 1.2 DADOS DO PRÉDIO ....................................................................................... 16 1.3 DADOS DO SISTEMA DE ESGOTO PRÉDIO ................................................ 18 1.4 SISTEMATIZANDO O POTENCIAL PRODUZIDO ....................................... 21 2. MODELOS DE APROVEITAMENTO .................................................................... 24 2.1 MODELO 1 - GERAÇÕES PARCIAIS ............................................................. 27 2.2 MODELO 2 – GERAÇÃO CENTRALIZADA .................................................. 33 2.3 SISTEMATIZAÇÃO ......................................................................................... 55 2.4 CUSTO ESTIMADO MODELO 2 .................................................................... 57 3. CASO HIPOTÉTICO ............................................................................................... 59 3.1 CASO HIPOTÉTICO 1 ..................................................................................... 59 3.2 CASO HIPOTÉTICO 2 ..................................................................................... 61 3.3 GENERALIDADES .......................................................................................... 62 4. LEGALIDADE DA GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA ..................................... 64 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 66 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 68 ANEXOS ........................................................................................................................ 69 11 INTRODUÇÃO Com a crescente utilização de energia elétrica e o potencial hídrico chegando ao limite, faz-se necessário a busca de novos sistemas de geração alternativa. A energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento dos países e a qualidade de vida das pessoas. Quanto mais os países se desenvolvem, mais se torna necessário aumentar a produção de energia. Ao mesmo tempo, também é preciso preservar o meio ambiente, utilizando com consciência os recursos naturais. Por isso, além de ampliar a capacidade de geração de energia elétrica melhorando o aproveitamento de fontes convencionais, também é necessário desenvolver tecnologias para a utilização de novas fontes energéticas - as chamadas fontes alternativas de energia. Neste contexto podemos citar vários modelos estudados, aprovados e já utilizados em níveis comerciais, com mercado em crescimento. Energia eólica é utilizada há muitos anos, para realizar trabalhos como bombear água e moer grãos. Recentemente, passou a ser considerada uma das mais promissoras fontes alternativas de energia. Em uma usina eólica, a conversão da energia é realizada por meio de um aero gerador, ou seja, um gerador de eletricidade acoplado a um eixo que gira com a força do vento nas pás da turbina. Para isso, os ventos precisam ter velocidade média anual superior a 3,6 metros por segundo. Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas em conexão com redes elétricas já existentes ou em lugares isolados. No Brasil, alguns parques eólicos já estão em funcionamento e outros devem entrar em operação nos próximos anos. Energia solar pode ser aproveitada para a produção de eletricidade e de calor. Aquecedores solares para o aquecimento de água são um dos exemplos mais bem-sucedidos da aplicação de energia solar em todo o mundo. No caso do Brasil, que recebe uma incidência muito grande de raios solares, esse tipo de aproveitamento pode ter um papel muito importante, principalmente na substituição de chuveiros elétricos, que estão entre os aparelhos domésticos que mais consomem energia. 12 A instalação de painéis fotovoltaicos para absorver a energia solar é uma solução para levar eletricidade a residências, escolas e postos de saúde em regiões que ainda não possuem serviço regular de distribuição de energia elétrica. Biomassa produzida por materiais de origem orgânica que geralmente são desperdiçados em processos industriais, podem ser aproveitados para produzir tanto calor como eletricidade. Existem projetos de geração termelétrica que utilizam como combustível o bagaço da cana de açúcar, casca de arroz, resíduos industriais de papel e madeira. O biogás obtido na decomposição do lixo orgânico é outro exemplo de biomassa que pode ser utilizada na produção de energia. Desenvolvido para aproveitamento de dejetos dos suínos os biodigestores produzem gás e adubo. O gás alimenta um motor a combustão acoplado ao gerador produzindo energia elétrica. Também tem sido utilizado no aproveitamento dos resíduos sólidos residências em condomínio grande porte. Pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) são caracterizadas por várias razões técnicas que definem o tamanho das usinas hidrelétricas. As mais importantes são o volume de água do rio, as características das suas quedas e as necessidades dos consumidores que a usina vai atender. Além disso, os estudos também consideram as questões econômicas, aspectos sociais e ambientais da região onde a usina será construída. Uma usina é considerada uma pequena central hidrelétrica (PCH) quando sua capacidade instalada é superior a 1 MW e inferior a 30 MW, com a área do seu reservatório de até 3 km2. Para ter uma ideia do que isso significa, Itaipu tem uma potência instalada de 14 mil MW e seu lago ocupa 1.350 km2. Em uma PCH típica, normalmente, o reservatório não permite a regularização do fluxo da água do rio. Assim, em época de seca, quando o reservatório da usina fica mais vazio, as turbinas às vezes param de funcionar. Por esse motivo, o custo da energia elétrica produzida por uma PCH é maior que o de uma usina hidrelétrica de grande porte. Entretanto, as pequenas centrais hidrelétricas geram poucos impactos ambientais e podem produzir energia em regiões isoladas, que possuem rios pequenos e médios. Energia dos oceanos são aproveitadas de duas maneiras; energia dos oceanos, quer pela força das marés, associada às correntes marítimas ou pela força das ondas, que tem maior potencial de exploração. 13 Vários sistemas para extração desse tipo de energia já estão em fase de teste, divididos em dois grupos: sistemas de costa, localizados em águas de baixa profundidade, entre 8 e 20 metros; e sistemas em águas profundas, em profundidades entre 25 e 50 metros. Nos dois casos, os geradores de energia podem ser flutuantes ou submersos. Também podemos relacionar as células a combustível, biodiesel e o aproveitamento de óleo doméstico, dentre outras formas criativas e pontuais de aproveitamento de fontes potenciais para geração alternativa de energia tanto elétrica com em outras formas de utilização. No contexto de aproveitamento alternativo em prédios verticais, podemos destacar a reutilização de água cinzas, a geração de biogás e insumos orgânicos, e ainda o aproveitamento da água da chuva. Dentro destas possibilidades de geração já disseminadas e utilizadas, há uma possibilidade em potencial pouco estudada, que é o aproveitamento do potencial hídrico do sistema de esgoto em prédios verticais. Este potencial pode possibilitar microgerações pontuais, utilizando o sistema de esgoto para captação, armazenamento e geração. A construção de condomínios verticais é uma tendência mundial devido à falta de espaço nas grandes cidades, em constante crescimento e disputa os pelos melhores espaços, podemos então considerar que os condomínios verticais são fontes abundantes e inesgotáveis. Visando o aproveitamento desta fonte de energia, este trabalho terá como base um prédio vertical existente, e com os dados coletados estudar técnicas e modelos para o aproveitando deste potencial na geração de energia elétrica com a utilização de mini turbinas. No momento, a geração alternativa de energia é um assunto de grande destaque e repercussão mundial, com disponibilidade de investimentos financeiros governamentais, garantido assim o sucesso de um bom projeto. 14 O fato deste modelo de geração estudado não possuir bibliografia, não ter informações, matérias ou estudos relativas a este assunto, tornou o trabalho de certa forma pitoresco, empolgante e sem dúvida um pequeno passo para a discussão deste assunto. O presente trabalho está estruturado da seguinte maneira: a) Capitulo 1 - Caracterizar o potencial disponível; b) Capitulo 2 – Modelos de aproveitamento; c) Capitulo 3 – Caso hipotético; d) Capitulo 4 – Legalidade da microgeração; e) Capitulo 5 – Considerações finais. 15 1. CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL DISPONÍVEL 1.1 APRESENTAÇÃO Este trabalho busca conhecer o potencial hídrico do sistema de esgotos dos prédios verticais para a implantação de um modelo de geração de energia elétrica, e sua utilização nas áreas de uso comum do condomínio. A intenção é produzir um modelo para os prédios verticais existentes, utilizando a infraestrutura local e com pequenos ajustes, inserir uma fonte de renda para o mesmo. Podemos caracterizar o sistema proposto de Aproveitamento Potencial Hidro Sanitário de Prédios Verticais através da ilustração da Figura 1, abaixo: Figura 1 – Esquemático Sistema APHPV. Fonte: Própria, 2013. No nosso país existem atualmente mais de noventa aranha céus e mais de cinquenta em construção, todos com altura superior a 120m. (Fonte: WIKIPÉDIA; OUTUBRO 2013). Podemos mensurar o universo de prédios com altura inferior a estes existentes no país. Considerando que somente na cidade Ijuí(RS) temos mais de 30 prédios com mais de 4 pavimentos. Podemos constatar que o potencial existente é abundante e está em crescimento constante devido a diminuição e a centralização dos espaços nos grandes centros, potencial este sem utilização. 16 1.2 DADOS DO PRÉDIO O prédio escolhido para este estudo e análise, é um prédio vertical, construído nos anos 80, classe média alta, com 19 (dezenove) andares, sendo 2 (dois) andares de garagem no subsolo, 1 (um) piso térreo com as dependências de uso comum, e 16 (dezesseis) andares com 2 (dois) apartamentos por andar, no total de 32 (trinta e dois) apartamentos, onde residem aproximadamente 127 moradores. Podemos visualizar na Figura 2, a planta baixa do pavimento tipo, que os pontos de produção de fluido hidro sanitário são: 4 (quatro) sanitários por apartamento, uma cozinha e uma área de serviço. Figura 2 – Planta Baixa Pav. Tipo - Prédio Fonte: Arq. Bruno Michaelsen, 2013. Tomando como base o consumo de água potável podemos estimar a quantidade de fluido hidro sanitário gerado. 17 Conforme dados fornecidos pelo condomínio segue abaixo Tabela 1, com o demonstrativo do consumo de água nos dos últimos dose meses de todo o prédio. Tabela 1 – Tabela Valores Médio Consumo de Água Potável Fonte: Administração Condomínio, 2013. CONSUMO ÁGUA POTÁVEL MÊS m³ MÊS m³ set. 2013 930 mar. 2013 942 ago. 2013 890 fev. 2013 952 jul. 2013 887 jan. 2013 850 jun. 2023 885 dez. 2012 963 mai. 2013 891 nov. 2012 917 abr.2013 908 out. 2012 915 Média Mensal (m³) 910,83 Média Diária (m³) 30,36 Existem vários estudos relativos ao consumo de água potável no Brasil e as necessidades eminentes devido ao aumento desta com o passar dos anos. Com base nestes dados podemos comparar o consumo deste prédio com os valores médios diários brasileiros, apresentados na Tabela 2. Tabela 2 – Consumo Diário de Água por Habitante no Brasil Fonte: Notas de Aula, Enedir Ghisi, 2004. ESTIMATIVA CONSUMO MÉDIO PREDIAL DIÁRIO POR HABITANTE 18 Na Tabela 3 podemos visualizar o consumo médio diário por morador deste prédio, que está nos padrões de consumo dos Brasileiros. Tabela 3 – Comparativo Consumo Diário por Morador Fonte: Condomínio Edifício, 2013. CONSUMO DIÁRIO ÁGUA/MORADOR Média Diária Consumo (m³) nº de Moradores Consumo Diário/Morador (l) 30,36 127 239,06 1.3 DADOS DO SISTEMA DE ESGOTO PRÉDIO O sistema de esgoto do prédio é formado por captações individuais com condutos fechados em cada apartamento, interligado com as tubulações horizontais de recolhimento e a concentração em descidas verticais. Estas descidas são interligadas com a caixa de fermentação no subsolo e após a devida canalização para o sistema público de coleta de esgoto. Figura 3 – Projeto Hidro Sanitário - Prédio. Fonte: Arq. Bruno Michaelsen, 2013. 19 Para melhor compreensão do sistema apresentado, segue abaixo um esquemático básico de um sistema de esgoto secundário genérico, apresentado na Figura 4. Figura 4 – Esquemático Genérico do Sistema Esgoto. Fonte: Wikipédia, 2013 O prédio em questão possui um total de 10 (dez) tubulações de descidas verticais, sendo 4 (quatro) para o sistema pluvial (água da chuva), 4 (quatro) descidas laterais que coletam o esgoto da área de serviço, cozinha e sanitário da emprega, e 2 (duas) descidas centrais que coletam o esgoto dos sanitários principais de cada apartamento. As tubulações de descidas laterais estão embutidas nas paredes, impossibilitando o aproveitamento das mesmas. As duas decidas centrais que coletam o esgoto dos sanitários principais, estão instaladas em um do poço, conforme detalhe da Figura 5, retirado do projeto da planta baixa do pavimento tipo. 20 Figura 5 – Detalhe Descidas Centrais Poço. Fonte: Arq. Bruno Michaelsen, 2013. São duas descidas verticais com tubulação de PVC 150mm, altura total da queda desde a primeira tomada de esgoto até o fim do poço é de 50,6m, com captações parciais dos pavimentos a cada 3,4m. A Figura 6 é a foto do poço do prédio. Figura 6 – Foto do Poço Principal. Fonte: Própria, 2013. 21 1.4 SISTEMATIZANDO O POTENCIAL PRODUZIDO A indisponibilidade de utilização de todo o fluido produzido por apartamento requer a sistematização e a divisão do mesmo entre as tubulações de descida. As tubulações existentes possibilitam a utilização para geração somente do fluido produzido nos sanitários principais, que escoam pelas tubulações instaladas no poço central. Através de divisões percentuais baseadas nas características de utilização individuas das fontes geradoras de fluido, será estimado o percentual de efluente gerado nos sanitários principais. A Tabela 4 mostra os percentuais de utilização da água potável em apartamentos. Tabela 4 – Característica Consumo Doméstico de Água Potável Fonte: DeOreo, Lander e Mayer, 1999. Desconsiderando o item “vazamentos” e o item “outros uso”, redistribuindo estes valores proporcionalmente temos os novos valores, conforme tabela 5. Tabela 5 – Consumo Doméstico do Prédio Fonte: Própria, 2013. TABELA DE CONSUMO REDISTRIBUIDA Tipo de Consumo % Dado Tabela 4 % Distribuição Banheira 1,7 0,32 Chuveiro 16,8 3,18 Bacia sanitária 26,7 5,05 Lava pratos 1,4 0,26 Lava-Roupas 21,7 4,10 Toreneiras em geral 15,7 2,97 Totais 15,9 Total 2,02 19,98 31,75 1,66 25,80 18,67 99,9 22 De forma proporcional, a devida geração de fluidos hidro sanitários será distribuída de modo a estimar o que será conduzido pela tubulação principal de descida de esgoto localizada no poço, a qual se pretende aproveitar. Caracterizando os tipos de consumo em cada apartamento e suas tubulações: 1 - sanitário principal tubulação central 1 – sanitário suíte com banheira tubulação central 1 – lavabo tubulação lateral 1 – lavanderia tubulação lateral 1 – cozinha tubulação lateral 1 – sanitário empregada tubulação lateral Considerando que o apartamento é projetado para 4 (quatro) moradores, mais dependência para uma empregada, podemos dividir a utilização das bacias sanitárias e dos chuveiros desta forma: % Utilização por Usuário = (n º Empregada) / (nº Total Moradores) %U = 1 = 0,2 5 (1) Somatório dos chuveiros e das bacias sanitárias: ∑ (chuv. + bacia.San.) = (% chuveiro + %bacia.San.) * (%U ) *Usuários ) ∑ (chuv. + bacia.San.) = (19,98 + 31,75) * (0,2) * (4)) ∑ (chuv. + bacia.San.) = (41,38%) Descrição das torneiras de uso comum e suas tubulações de descidas: 1 – torneira sanitário principal tubulação central 1 – torneira sanitário suíte com banheira tubulação central 1 – torneira no lavabo tubulação lateral 1 – torneira na lavanderia tubulação lateral 1 – torneira na cozinha tubulação lateral 1 – torneira sanitário empregada tubulação lateral Total de torneiras de uso comum = 6 Total de torneiras que segue para tubulação principal = 2 (2) 23 Fator de utilização de cada torneira: %U = 1 = 0,1667 6 ∑ (torneiras) = (% torneiras ) * (%U ) * n º Torneira (3) ∑ (torneiras) = (18,67) * (0,166) * (2) ∑ (torneiras) = 6,217(%) Somatório total do percentual de geração de fluidos que escoarão pela tubulação principal: ∑ (%tub. princ.) = (% Banheira ) + (∑ (chuv. + bacia.San )) + (∑ (torneiras )) ∑ (%tub. princ.) = (2,02) + (41,38) + (6,217) ∑ (%tub. princ.) = 49,67(%) - Considerando: Total de andares = 16 Total apartamentos = 32 Apartamentos por andar = 2 Total de água consumida por dia = 30.360 litros Fluido gerado por apartamento na tubulação Principal: Fpapart. = total _ água * ∑ (%tub. princ.) total _ apartamentos Fpapart . = 30.360 * ( 49,67%) 32 (4) Fp apart . = 471,2 (litros) Cada apartamento fornecerá para tubulação principal de esgoto 471,2 litros de fluido hidro sanitário por dia. 24 2. MODELOS DE APROVEITAMENTO Para que seja possível criar uma estimativa matemática da geração de energia elétrica do prédio, é preciso definir um modelo com as informações básicas necessárias para a formatação dos cálculos, desconsiderando as particularidades construtivas específicas para a devida implementação do sistema. A tubulação de esgoto se caracteriza como de baixa pressão com escoamento turbulento, vazão e velocidade proporcionadas pela seção da tubulação e o efeito da gravidade, resultando em equações simples que determinarão a quantidade de quilowatts gerados. Devido ao escoamento ser turbulento e a vazão ser condicionada a utilização dos indivíduos que residem nos apartamentos, totalmente inconstante, adotou-se a captação das descargas parciais e a concentração do fluido no reservatório, buscando a homogeneização da vazão através de uma única descarga para a turbina, tornando o escoamento laminar, constante e com maior tempo de duração. A Figura 7 e a Figura 8 mostram o tamanho do poço e o espaço físico disponível, também a localização exata das tubulações de decida, altura de cada pavimentos, a altura total do poço e demais detalhes. 3.0 1.0 Tubulação Descida Tubulação Descida Tubulação Apart. Tubulação Apart. Figura 7 – Desenho Planta Baixa Poço. Fonte: Própria, 2013 25 3.4 2.8 Pav.16 3.4 2.8 Pav.15 50.6 Pav.2 3.4 2.8 Pav.1 Térreo Figura 8 – Desenho Corte Poço. Fonte: Própria, 2013 26 Analisando os desenhos visualizamos que o poço termina no piso do 1º pavimento, impossibilitando aproveitar o potencial do mesmo. Nos demais pavimentos é possível fazer a captação, a instalação do reservatório e os demais equipamentos do sistema. Os modelos abordados são caracterizados pela acumulação parcial em cada pavimento, de modo que o peso do fluido armazenado no reservatório seja distribuído nas vigas dos pavimentos. O reservatório terá capacidade de acumular todo o fluido produzido em um dia, cilíndrico, com a descarga na parte inferior em formato de funil. O controle de enchimento e dreno deste reservatório deverá ser através de controle ativo em malha fechada, evitando transbordo, potencializando a geração, e até o controle de limpeza do sistema. 27 2.1 MODELO 1 - GERAÇÕES PARCIAIS Conceitualmente pretende-se aproveitar a queda d’água máxima de cada andar, com geração pontual em cada pavimento. Após a passagem deste fluido pela turbina, o mesmo é descarregado no reservatório sequente, possibilitando também a geração no próximo pavimento, repetindo-se até o último ponto de geração. Pav.16 Sensor Nível Max. 2.6 Sensor Nível Min. Pav.15 Turbina Gerador Sensor Nível Max. 2.6 Sensor Nível Min. Pav.14 Turbina Gerador Sensor Nível Max. Figura 9 – Esquemático de Geração - Modelo 1. Fonte: Própria, 2013 28 Conforme demonstrado na Figura 9, compreende em interromper a canalização do esgoto existente, introduzindo um desvio no fluxo existente para alimentar o reservatório, que terá na sua descarga uma micro turbina acoplada ao gerador. Todo o fluido drenando deste reservatório alimentará também o reservatório posterior. A captação deve possuir um sistema de controle ativo, controlando o fluxo de enchimento e drenagem do reservatório, afim de não ocorrer o transbordo do sistema de esgoto. Também a captação pode ser controlada, e em caso de defeito, a tubulação existente pode assumir o fluxo normal, evitando transtornos. Com o armazenamento de água e dejetos no reservatório, se formará um decantador natural, sendo necessárias precauções no caso de implementação. Conforme podemos visualizar na Figura 9, a geração é pontual e acumulativa, sendo que no último ponto a geração será máxima. Dados do Sistema: Diâmetro do reservatório = Ø 750 mm. Capacidade de armazenamento = 1,08 m³ Duto de descarga que alimenta o gerador = Ø 50 mm; Altura nível d’água em relação à turbina = 2,6 m; Para determinarmos a potência bruta disponível adotamos: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H (5) onde; Pbruta = Potência bruta em watts (W); ρ H 2O = Massa específica água em kg/m³; g = Aceleração da gravidade em m/s²; Qv = Vazão em volume em m³/s. Para calcularmos a vazão adotamos seguinte equação: Qv = v * A (6) 29 Onde: Qv = Vazão em volume em m³/s. v = Velocidade do escoamento em m/s; A = Área da seção reta do conduto em m²; Não conhecendo a velocidade de escoamento, adotamos a equação de Daniel Bernoulli (AZEVEDO NETO,8ª Ed, 1998), considerando as seguintes hipóteses simplificadoras: - Escoamento em regime permanente; - Sem máquina no trecho de analise; - Sem perdas por atrito na tubulação; - Propriedades uniformes nas seções; - Fluido incompressível; - Sem troca de calor; Equação de Bernoulli Genérica: z1 * g + v1 ² P1 v ² P + = z2 * g + 2 + 2 2 ρ 2 ρ (7) Onde: z1 = Altura máxima seção 1 dado em m; z2 = Altura máxima seção 2 dado em m; v1 = Velocidade seção 1 dado em m/s; v2 = Velocidade seção 2 dado em m/s; P1 = Pressão seção 1 dado em k.Pa; P2 = Pressão seção dado em k.Pa; g = Aceleração da gravidade em m/s²; Considerando que: - A pressão na superfície do reservatório e na saída é a pressão atmosférica, ou seja a mesma nos dois locais, desconsideramos a pressão nos dois lados as equação; - Devido à seção do reservatório ser muito maior que a seção do conduto de saída, a velocidade ( v1 ) será desconsiderada. - Aceleração da gravidade g = 9,8( m / s ) 30 Simplificando a equação (7) temos; v2 = ( 2 *g * ( z1 − z2 )) (8) v 2 = (2 *9,8 * (2,6 − 0,0)) v2 = 7,13 m/s Calculando a vazão utilizando a equação (6); Qv = v * A Asaída = π * r ² Asaída = π * ( (9) 50mm )² 2 Asaída = 0,0019625 m² Qv = 7,13 * 0,0019625 Qv = 0,014 m³/s Calculando a potência bruta presumida para o desnível máximo; Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv . H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,014 * 2,6 Pbruta = 356,72 (W) Nas usinas hidroelétricas o rendimento do conjunto (ηT ) , tubulação, turbina e gerador, varia de 0,76 a 0,87% (REIS, 2003, p. 81). Adotando a média destes dois valores, temos um rendimento de 0,815%. Pliquida = Pbruta * η T Pliquida = Pbruta * 0,815 Pliquida = 290,72 (W) (10) 31 O fluído produzido por apartamento é de 471,2 litros/dia, sendo dois apartamentos por pavimento, podemos considerar que o fluido total por pavimento será: Fp Pav.. = Fpapart. * 2 (11) Fp Pav. = 471,24 * 2 Fp Pav. = 942,5 (litros/dia) O total gerado será fruto do tempo de geração proporcional ao total de fluido armazenado: Qv = V t (12) Onde: Qv = Vazão em volume em (m³/s); V = Volume em (m³); t = Tempo em (s). Reorganizando a equação (12) temos; t= V Qv t= 0,9425 0,014 t = 67,3 (s) A energia é referenciada em horas, assim podemos afirmar que a geração média diária por pavimento será: E = Pliq * t E = 290,72 * ( (13) 67,3 ) 3600 E = 5,43 (W/dia) Considerando que são 15 pavimentos aproveitados para geração, e que o fluido realimenta o próximo reservatório inferior, a energia total por dia será: ETotal = ( E Pav.16 *1) + ( E Pav.15 * 2) + ( E Pav.14 * 3) + ( E Pav.13 * 4)..... + ( E Pav.2 *15) ET = 651,6 (W/dia) (14) 32 Gerando um acúmulo mensal de: Emensal = ( 651,6 * 30 ) 1000 Emensal = 19,55 (kW) E o total anual de: Eanual = ( 651,6 * 365 ) (kW) 1000 Eanual = 237,83 (kW) Após todos os devido cálculos do Modelo 1, com gerações parciais e reaproveitamento sequencial dos fluidos obtivemos a energia liquida anual acumulada de 237,83kW/h. 33 2.2 MODELO 2 – GERAÇÃO CENTRALIZADA Neste modelo, a partir de uma nova concepção, os fluidos serão armazenados em cada pavimento com a geração centralizada no ponto mais inferior. A Figura 10 ilustra o modelo proposto. 3.0 3.4 Pav.16 3.4 Resvatório 54 Sensor Nível Max. Sensor Nível Min. Válvula Ativa Tubulação Descarga Resvatório Sensor Nível Max. 3.0 Sensor Nível Min. Válvula Ativa Turbina Gerador Descarga Dreno Pav.1 Figura 10 – Esquemático Geração - Modelo 2. Fonte: Própria, 2013. 34 O sistema consiste no seccionamento da tubulação existente e na instalação de condutos de desvio para o reservatório, a fim de armazenar os fluidos gerados em cada pavimento no seu próprio reservatório. Os reservatórios individuais têm a função de dividir o peso nas estruturas de cada pavimento, carga esta não prevista em projeto. As descargas de cada reservatório são interligadas com uma única tubulação de descida que alimenta a turbina localizada no piso do 1º pavimento. Esquematicamente será necessário controle ativo realimentado para gerenciamento do reservatório e das descargas de modo a otimizar e monitorar o sistema. No ponto de desvio, através de sistema mecânico, a captação poderá virar retorno, atuando como uma válvula de fluxo, desviado o fluido para o reservatório, ou para a tubulação, evitando transtornos em caso de falhas. Desta maneira cada pavimento apresentará um resultado especifico de geração, pois as vazões serão diferentes em cada caso. Para prorrogar o tempo de geração e assim ter um melhor aproveitamento do gerador, a secção da tubulação de descarga será reduzida de Ø 50 mm para Ø 32 mm. Dados do Sistema: Diâmetro do reservatório 2 ao 15: Ø 750 mm; Capacidade de armazenamento 2 ao 15 = 1,08 m³ Diâmetro do reservatório 1: Ø 950 mm; Capacidade de armazenamento 1 = 1,05 m³ Duto de descarga que alimenta o gerador = Ø 32 mm; Altura do nível máximo água em relação ao piso do Pav.= 2,6 m Altura nível d’água em relação a turbina = variável conforme andar; Altura da turbina em relação ao piso do 1º Pav. = 0,60 m Altura máxima do último reservatório = 50,2 m; Abaixo estão descritas as formulas usadas, bem com a metodologia adotada nos cálculos de geração parcial em cada pavimento. Para determinarmos a potência bruta disponível adotamos: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Q v .H onde; (W) 35 Pbruta = Potência Bruta em watts (W); ρ H 2O = Massa específica água dado em kg/m³; g = Aceleração da gravidade em m/s²; Qv = Vazão dado em m³/s. Para calcular a vazão utilizamos a seguinte equação: Qv = v * A Onde: v = Velocidade do escoamento em m/s; A = Área da seção reta do conduto em m²; Não conhecendo a velocidade de escoamento, utilizamos a equação de Daniel Bernoulli (AZEVEDO NETO,8ª Ed, 1998), considerando as seguintes hipóteses simplificadoras: - Escoamento em regime permanente; - Sem máquina no trecho de analise; - Sem perdas por atrito na tubulação; - Propriedades uniformes nas seções; - Fluido incompressível; - Sem troca de calor; Equação de Bernoulli Genérica: z1 * g + v1 ² P1 v² P + = z2 * g + 2 + 2 2 ρ 2 ρ Onde: z1 = Altura máxima seção 1 dado em m; z2 = Altura máxima seção 2 dado em m; v1 = Velocidade seção 1 dado em m/s; v2 = Velocidade seção 2 dado em m/s; P1 = Pressão seção 1 dado em k.Pa; P2 = Pressão seção dado em k.Pa ; g = Aceleração da gravidade em m/s²; 36 Considerando: - A pressão na superfície do reservatório e na saída é a pressão atmosférica, ou seja a mesma nos dois locais, desconsideramos a pressão nos dois lados da equação. - Devido à seção do reservatório ser muito maior que a seção do conduto de saída, a velocidade ( v1 ) será desconsiderada. - Aceleração da gravidade g = 9,8 (m/s²); Simplificando teremos; ( 2 * g * ( z1 − z 2 )) v2 = Calculando Área de duto de descarga para todos os pavimentos: D= Ø 32mm; ADesc. = π * r ² ADesc . = π * ( 32 x10 −3 )² 2 ADesc. = 0,000804 (m²) Para saber a quantidade de energia produzida é necessário saber o tempo de vazão: Qv = V t Onde: V = Volume em m³; t = Tempo em segundo. Reorganizando temos; t= V (s) Qv Neste modelo de configuração, será necessário o cálculo da produção parcial de cada pavimento, somando os resultados parciais para obtermos o total produzido. 37 Geração do pavimento 16 -Altura máxima H= 50,2 m -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * (50 , 2 − 0 ,6 )) v 2 = 31,18 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 31,18 * 0,000804 (m³/s) Qv = 0,025 -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,025 * 50,2 Pbruta = 12.299 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros/dia -Tempo de vazão t= V Qv t= 0 ,9425 0,025 t = 37,7 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E16 = 12 .299 * ( E16 = 128,8 37 ,7 ) 3600 (W/dia) 38 Geração do pavimento 15 -Altura pavimento 16 H= 50,2 m H Pav .15 = H 16 . − H pav . ⇒ H Pav .15 = 50,2 − 3,4 ⇒ H Pav.15 = 46,8 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * ( 46 ,8 − 0 ,6 )) v2 = 30,09 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 30,09 * 0,000804 Qv = 0,024 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,024 * 46,8 Pbruta = 11.096,26 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros/dia -Tempo de vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,024 t = 39,27 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E15 = 11 .096 ,26 * ( E15 = 121,04 39,27 ) 3600 (W/dia) 39 Geração do pavimento 14 -Altura pavimento 15 H= 46,8 m H Pav .14 = H 15 . − H pav . ⇒ H Pav .14 = 46,8 − 3,4 ⇒ H Pav.14 = 43,4 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 43 , 4 − 0 ,6 )) v2 = 28,96 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 28,96 * 0,000804 Qv = 0,023 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,023* 43,4 Pbruta = 9.854,97 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros/dia -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0,023 t = 40,97 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E14 = 9.854 ,97 * ( 40,97 ) 3600 E14 = 112,17 (W/dia) 40 Geração do pavimento 13 -Altura pavimento 14 H= 43,4 m H Pav .13 = H 14 . − H pav . ⇒ H Pav .13 = 43,4 − 3,4 ⇒ H Pav.13 = 40 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 40 − 0 ,6 )) v2 = 27,79 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 27,79 * 0,000804 Q v = 0,022 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,022 * 40 Pbruta = 8.758,26 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros/dia -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,022 t = 42,84 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E13 = 8.758, 26 * ( E13 = 104,22 42,84 ) 3600 (W/dia) 41 Geração do pavimento 12 -Altura pavimento 13 H= 40 m H Pav .12 = H 13 . − H pav . ⇒ H Pav.12 = 40 − 3,4 ⇒ H Pav.12 = 36,6 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 36 ,6 − 0 ,6 )) v2 = 26,56 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 26,56 * 0,000804 Qv = 0,0213 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0213 * 36,6 Pbruta = 7.660,24 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,0213 t = 44,24 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E12 = 7.660, 24 * ( E12 = 94,15 42,84 ) 3600 (W/dia) 42 Geração do pavimento 11 -Altura pavimento 12 H= 36,6 m H Pav .11 = H 12 . − H pav . ⇒ H Pav .11 = 36,6 − 3,4 ⇒ H Pav.11 = 33,2 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * (33 , 2 − 0 ,6 )) v2 = 25,27 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 25,27 * 0,000804 Qv = 0,0203 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0203* 33,2 Pbruta = 6.612,37 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,0203 t = 46,43 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E11 = 6.612 ,37 * ( E11 = 85,28 46,43 ) 3600 (W/dia) 43 Geração do pavimento 10 -Altura pavimento 11 H= 33,2 m H Pav .10 = H 11 . − H pav . ⇒ H Pav .10 = 33,2 − 3,4 ⇒ H Pav.10 = 29,8 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 29 ,8 − 0 ,6 )) v2 = 23,92 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 23,92 * 0,000804 Qv = 0,0192 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0192 * 29,8 Pbruta = 5.617,17 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0,9425 0 ,0192 t = 49,08 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E10 = 5.617 ,17 * ( E10 = 76,6 49,08 ) 3600 (W/dia) 44 Geração do pavimento 9 -Altura pavimento 10 H Pav .9 = H 10 − H pav . ⇒ H= 29,8 m H Pav.9 = 29,8 − 3,4 ⇒ H Pav .9 = 26,4 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 26 , 4 − 0 ,6 )) v2 = 22,48 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 22,48 * 0,000804 Qv = 0,018 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,018 * 26,4 Pbruta = 4.677,61 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0,018 t = 52,36 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 9 = 4.677,61 * ( E9 = 68,03 52,36 ) 3600 (W/dia) 45 Geração do pavimento 8 -Altura pavimento 9 H Pav .8 = H 9 − H pav . ⇒ H= 26,4 m H Pav.8 = 26,4 − 3,4 ⇒ H Pav .8 = 23,0 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * ( 23 ,0 − 0 ,6 )) v2 = 20,95 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 20,95 * 0,000804 Qv = 0,0168 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0168 * 23,0 Pbruta = 3.797,18 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0,9425 0 ,0168 t = 56,10 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 8 = 3.797 ,18 * ( E8 = 59,17 56,10 ) 3600 (W/dia) 46 Geração do pavimento 7: -Altura pavimento 8 H Pav .7 = H 8 − H pav . ⇒ H= 23,0 m H Pav.7 = 23,0 − 3,4 ⇒ H Pav .7 = 19,6 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * (19 ,6 − 0 ,6 )) v2 = 19,29 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 19,29 * 0,000804 Qv = 0,0155 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0155 *19,6 Pbruta = 2.980,18 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0,9425 0 ,0155 t = 60,80 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 7 = 2.980 ,18 * ( E7 = 50,33 60,8 ) 3600 (W/dia) 47 Geração do pavimento 6: -Altura pavimento 7 H Pav .6 = H 7 − H pav . ⇒ H= 19,6 m H Pav.6 = 19,6 − 3,4 ⇒ H Pav .6 = 16,2 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * (16 , 2 − 0 ,6 )) v2 = 17,48 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 17,48 * 0,000804 Q v = 0,014 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,014 *16,2 Pbruta = 2.231,96 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,014 t = 67,32 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 6 = 2.231,96 * ( E6 = 41,73 67,32 ) 3600 (W/dia) 48 Geração do pavimento 5: -Altura pavimento 6 H Pav .5 = H 6 − H pav . ⇒ H= 16,2 m H Pav.5 = 16,2 − 3,4 ⇒ H Pav.5 = 12,8 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 .8 * (12 ,8 − 0 , 6 )) v2 = 15,46 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 15,46 * 0,000804 Q v = 0,012 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,012 *12,8 Pbruta = 1.559,55 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0 ,012 t = 78,54 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 5 = 1.559,55 * ( E5 = 34,02 78,54 ) 3600 (W/dia) 49 Geração do pavimento 4: -Altura pavimento 4 H= 12,8 m H Pav .4 = 12,8 − 3,4 ⇒ H Pav .4 = H 5 − H pav . ⇒ H Pav.4 = 9,4 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * ( 9 , 4 − 0 , 6 )) v2 = 13,13 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 13,13 * 0,000804 Qv = 0,0105 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,0105* 9,4 Pbruta = 972,7 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0,9425 0 ,0105 t = 89,76 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 4 = 972 ,7 * ( E 4 = 24,24 89,76 ) 3600 (W/dia) 50 Geração do pavimento 3: -Altura pavimento 4 H= 9,4 m H Pav.3 = 9,4 − 3,4 ⇒ H Pav .3 = H 4 − H pav . ⇒ H Pav.3 = 6,0 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * ( 6 , 0 − 0 , 6 )) v2 = 10,28 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 10,28 * 0,000804 Qv = 0,00826 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,00826 * 6,0 Pbruta = 485,98 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0,9425 0,00826 t =114,10 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 3 = 485 ,98 * ( E3 = 15,4 114 ,10 ) 3600 (W/dia) 51 Geração do pavimento 2: -Altura pavimento 3 H Pav .2 = H 3 − H pav . ⇒ H= 6 m H Pav.2 = 6,0 − 3,4 ⇒ H Pav.2 = 2,6 (m) -Calculando Velocidade: v2 = ( 2 * g * ( z 1 − z 2 )) v2 = ( 2 * 9 . 8 * ( 2 , 6 − 0 , 6 )) v2 = 6,26 (m/s) -Calculando Vazão: Qv = v * A Qv = 6,26 * 0,000804 Qv = 0,00503 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = ρ H 2O ∗ g * Qv .H Pbruta = 1.000 ∗ 9,8 * 0,00503 * 2,6 Pbruta = 128,26 (W) -Fluido produzido por Pavimento: Fp andar . = 942,5 litros -Tempo de Vazão: t= V (s) Qv t= 0 ,9425 0,00503 t = 187,37 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E 2 = 128,26 * ( 187 ,37 ) 3600 E2 = 6,67 (W/dia) 52 Considerando que no 1º pavimento não é possível o aproveitamento, somados os resultados das energias brutas parciais, temos: Etotal = ( E Pav.16 ) + ( E Pav.15 ) + ( E Pav.14 ) + ( E Pav.13 ). + ......(E Pav.4 ) + ( E Pav.3 ) + ( E Pav.2 ) Etotal = 128,8 + 121,04 + 112,17 + 104,22 + 94,15 + 85,28 + 76,6 + 68,03 + 59,17.50,33 + 41,73 + + 34,02+ 24,24+15,4 + 6,67 (W/dia) Etotal = 1.021,85 O rendimento do conjunto (η T ) , tubulação, turbina e gerador, varia de 0,76 a 0,87% nas usinas hidroelétrica (REIS, 2003, p. 81). Adotando a média destes dois valores, temos que o rendimento será de 0,815%, deste modo a energia liquida será dada por: Eliquida = ETotal *ηT Eliquida = 1.021,85 * 0,815 Eliquida = 832,8 (W/dia) Gerando um acúmulo mensal de: E mensal = ( 832,8 * 30 ) 1000 E mensal = 25,98 (kW) Total anual de: E anual = ( 832,8 * 365 ) 1000 Eanual = 303,97 (kW) O Modelo 2, através da geração centralizada e armazenamento individual dos fluidos, pode produzir uma energia liquida anual acumulada de 303,97 kW/h. Comparado ao Modelo 1, este apresentou a maior energia gerada. Para uma melhor analise deste modelo de geração, serão apresentados graficamente os resultados obtidos. Na gráfico da Figura 11, consta o comparativo entre altura e a energia gerada, onde constata-se que quanto maior for a altura, mais energia é possível produzir. 53 Energia Gerada x Altura Queda 2,6 9,4 Altura (m) 16,2 23 29,8 36,6 43,4 50,2 0 20 40 60 80 100 120 140 Energia Gerada (W/dia) Figura 11 – Gráfico Energia versus Altura. Fonte: Própria, 2013. Do mesmo modo, na Figura 12, podemos constatar que a potência bruta está relacionada à quantidade de energia gerada durante o período diário, sendo diretamente proporcional. Potência Bruta x Energia Gerada Energia Gerada (W/dia) 6,67 24,24 41,73 59,17 76,6 94,15 112,17 128,8 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 Potencia Bruta (W) Figura 12 – Gráfico da Potência Bruta versus Altura. Fonte: Própria, 2013. Considerando que em todos os pavimentos temos a mesma quantidade de fluido, alturas diferentes e vazões diferentes, na Figura 13 podemos constatar que o tempo de geração é inversamente proporcional à altura da queda. 54 Altura (m) Tempo x Altura Queda 2,6 6 9,4 12,8 16,2 19,6 23 26,4 29,8 33,2 36,6 40 43,4 46,8 50,2 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Tempo (s) Figura 13 – Tempo de Geração versus Altura Queda. Fonte: Própria, 2013. A vazão determina o tempo de geração, quanto menor a altura menor a vazão e consequentemente maior o tempo de geração. Note que no ponto de menor altura (2,6 m) com tempo superior aos demais, a geração foi muito menor se comparado com o ponto de maior altura e menor tempo de geração. Isto acontece porque a força bruta produzida é proporcional à altura, assim, se tivermos elevada queda com tempo infinito de geração, a produção de energia elétrica será máxima. 55 2.3 SISTEMATIZAÇÃO Neste capitulo será abordado à representatividade que o sistema oferece ao consumo de energia do condomínio, para posterior análise da viabilidade de implantação. Com base no histórico de consumo do condomínio fornecido pela concessionária de energia local DEMEI, segue abaixo tabela 6 com os consumos mensais dos últimos 24 meses e ponderação da média mensal e diária. Tabela 6 – Consumo de Energia Elétrica Condomínio Fonte: DEMEI, 2013. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA CONDOMÍNIO MÊS kW/h MÊS kW/h Out./13 3291 Set./12 2839 Set./13 2870 Ago./12 3152 Ago./13 3838 Jul./12 3627 Jul./13 4127 Jun./12 3364 Jun./13 3345 Mai./12 3308 Mai./13 3592 Abr./12 2888 Abr./13 3010 Mar./12 3046 Mar./13 2776 Fev./12 2595 Fev./13 2313 Jan./12 2627 Jan./13 2707 Dez./11 3325 Dez./12 2886 Nov./11 2792 Nov./12 2958 Out./11 2971 Out./12 2985 Set./11 3418 Média Mensal (kW/h) 3360,42 Média Diária (kW/h) 112,01 Com uma geração mensal estimada no modelo 2 de 25,98 kW/h, através da aplicação da regra três, obtemos: CMediaMesal → 100% Emesal → x 3360,42 → 100% 25,98 → x x = 0, 77 % A implementação do sistema traria uma redução do consumo em kW/h de 0,77% do consumo total do condomínio. 56 Consta que somente foi possível aproveitar 49,67% do fluido produzido de cada um dos 30 apartamentos, sendo 471,2 litros/dia por apartamento, assim pode-se dizer que: Fluido diário aproveitado: Faprov . = n º apto *FP Faprov . = 30 * 471,2 Faprov . = 14.136 (litros/dia) Percentual total aproveitado: FTotal → 100% Faprov. → x 30 .360 → 100 % 14 .136 → x x = 46,56 (%) Deste modo 46,56% do fluido aproveitado produziu uma redução no consumo de energia elétrica de 0,77%. Caso fosse possível aproveitar todo este fluxo, a redução de consumo poderia chegar a níveis maiores como demonstrado abaixo; 46,56 → 0,77 100 → x x = 1,65 (%) Se fosse possível o aproveitamento de todo o fluido hidro sanitário na geração de energia elétrica a redução no consumo de energia seria de 1,65%. Custo do kWh: Consumo em mês de outubro = 3.291 kWh Valor final da fatura incluído impostos = R$ 1.620,93 Custo do kWh= R$ 0,4925 57 Renda bruta mensal para os 46,56%: R$ = 1.620,93* 0,77% R$ m = 12,50 (mês) R$ a = 150,00 (ano) Considerando o aproveitamento de 100%: R$ = 1.620,93*1,65% R$ m = 26,75 (mês) R$ a = 320,94 (ano) Os valores encontrados têm pouca representatividade para o caso em estudo, mas são uma possibilidade de geração. É necessário salientar que esta é uma energia disponível e gratuita. Por outro lado se existisse possibilidade de utilização de 100% do fluido produzido, a renda da gerada dobra de valor, de R$ 150,00 para R$ 320,24 anuais tornando-se mais atrativa economicamente. 2.4 CUSTO ESTIMADO MODELO 2 De maneira genérica, será apresentado um orçamento elementar com os principais materiais para a implementação deste sistema, desconsiderando necessidades adicionais em uma real instalação. Alguns problemas pontuais aparecerão, causados pela presença dos resíduos sólidos, sais e outras substâncias adjuntas as fezes e a urina bem como demais produtos de limpeza que vão compor o fluido hidro sanitário. Com os materiais existentes no mercado hoje, problemas como o desgaste físico das pás da turbina, que normalmente são metálicos, poderiam ser solucionados com substituição por outros materiais não corrosivos, ou ainda revestidos por uma camada de material protetor. Os dejetos mais sólidos podem ser facilmente dissolvidos por um sistema mecânico, composto por pás em formato de faca, para que durante o escoamento promovesse o choque e o próprio fluido desfragmentasse os mesmos. 58 Os valores da tabela 7 são comerciais relativos a data deste estudo, podendo variar dependendo da localidade. Peças com modelos especiais não encontradas no mercado, foi adotado como base de preço valores de produtos similares. Tabela 7 – Custo Estimado Modelo 2 Fonte: Própria, 2013. CUSTO ESTIMADO QT 1 8 4 30 30 30 15 2 15 15 1 1 1 Descrição Turbina Gerador Acoplado 600W-220V/60Hz -Imp. Tubo PVC Água - Ø 32mm - 6m Tubo PVC Esgoto Ø 150mm - 6m Desvio lateral 150x150mm Joelho PVC esgoto Ø 150mm T PVC agua Ø 32mm Reservatório 1000 litros Adesivo plástico Sensor Nível Válvula tipo gaveta Ø 32mm Automação Mão obra Instalação Acessórios R$ und. R$ 960,00 R$ 14,00 R$ 85,00 R$ 39,00 R$ 29,90 R$ 2,20 R$ 280,00 R$ 4,00 R$ 14,90 R$ 132,00 R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 300,00 Total R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ Total 960,00 112,00 340,00 1.170,00 897,00 66,00 4.200,00 8,00 223,50 1.980,00 1.000,00 800,00 300,00 12.056,50 Com o custo apresentado o retorno do investimento fica estipulado em: Re torno = 12 .056 ,50 150 ,00 Retorno= 80,37 anos. Retorno do investimento estipulado em 80 anos torna este modelo inviável economicamente, pois sua vida útil com certeza será muito menor. No caso da utilização de 100% do fluido produzido, o retorno do investimento ficaria: Re torno = 12 .056 ,50 320 ,94 Retorno= 37,56 anos. Mesmo com a utilização da totalidade do fluido produzindo o retorno do investimento continua em níveis elevados e não atrativos. Os dois modelos estudados buscaram otimizar a geração de energia elétrica, mas devido ao seu elevado custo de instalação, se tornaram inviáveis economicamente para o prédio analisado. 59 3. CASO HIPOTÉTICO Buscando aprimorar as características e potencialidades desta geração, neste item vamos simular dois casos hipotéticos com base nos dados do prédio analisado. Imaginemos que o mesmo prédio fosse acrescido de mais 10 pavimentos, totalizando 26 pavimentos, com 52 apartamentos. 3.1 CASO HIPOTÉTICO 1 O fluido gerado por apartamento permanecesse o mesmo 471,2 litros/dia, agora com a acumulação centralizada com um único reservatório, instalado no 15º pavimento, e o gerador permanecendo instalado no último pavimento, mais próximo do solo. Utilizando os valores já obtidos no pavimento 16 temos: -Altura máxima H=50,2 m -Velocidade: v 2 = 31,18 -Vazão: Qv = 0,025 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = 12.299 (W) -Fluido produzido por Pavimento Fp Pav. = 942,5 litros/dia (m/s) -Fluido total produzido pelo Pavimento 16 somando-se aos outros 10 pav.: FpTtotal . = 942,5 * 11 FpTtotal. = 10.367,5 litros/dia -Tempo de vazão: t= V Qv t= 10 ,3675 0 ,025 t = 414,7 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t 60 E1 = 12 .299 * ( E1 = 1.416,77 414 ,7 ) 3600 (W/dia) Aplicando o rendimento a energia líquida será: Eliquida = E1 *ηT Eliquida = 1.416,77 * 0,815 Eliquida = 1.154,66 (W/dia) Gerando um acúmulo mensal de: E mensal = ( 1154,66 * 30 ) 1000 Emensal = 34,64 (kW) Total anual de: E anual = ( 1.154,66 * 365 ) 1000 Eanual = 421,45 (kW) Renda bruta: R$ = 34,64* 0,4925 R$ m = 17,06 (mês) R$ a = 207,56 (ano) Nota-se que a energia gerada é maior, pois aumentou-se o tempo de geração causado pelo aumento de fluido aproveitado. 61 3.2 CASO HIPOTÉTICO 2 Este modelo hipotético será semelhante ao caso 1, geração centralizada, com um único reservatório, agora instalado no 9º pavimento, e gerador no último pavimento próximo ao solo. Utilizando os valores já obtidos no pavimento 9 temos: -Altura máxima : H=33,2 m -Velocidade: v2 = 23,92 -Vazão: Qv = 0,0192 (m³/s) -Potência bruta presumida: Pbruta = 5.617,17 (W) -Fluido produzido por Pavimento Fp andar . = 942,5 litros/dia (m/s) Fluido total dos produzido pelo pavimento 10 somado aos outros 16 pavimentos temos: FpTtotal . = 942,5 *17 FpTtotal . = 16.022,5 litros/dia -Tempo de vazão: t= V Qv t= 16 .022 0,019 t = 843,28 (s) -A energia produzida é referenciada em horas, portanto: E = PBruta * t E1 = 5.617 ,17 * ( E1 = 1.315,80 843,28 ) 3600 (W/dia) A energia liquida: Eliquida = E1 *ηT Eliquida = 1.315,80 * 0,815 62 Eliquida = 1.072,38 (W/dia) Gerando um acúmulo mensal de: E mensal = ( 1072 ,38 * 30 ) 1000 E mensal = 32,17 (kW) Gerando um acúmulo anual de: E anual = ( 1.072 ,38 * 365 ) 1000 Eanual = 391,41 (kW) Renda bruta: R$ = 34,64* 0,4925 R$ m = 15,84 (mês) R$ a = 192,77 (ano) O tempo de geração aumenta mas devido a redução da queda, a potência bruta diminui, e mesmo com o aumento do tempo de geração este modelo não produz mais energia que o modelo hipotético do caso 1. 3.3 GENERALIDADES O caso 1 produz mais energia que o modelo estudado no caso 2, mesmo tendo mais fluído a energia total gerada é menor. Quanto maior a queda e maior vazão, maior será a energia liquida produzida. Para visualizar um horizonte de instalação vamos estimar o custo da mesma, para do modelo hipotético do caso 1, e analisar o tempo de retorno do investimento. 63 Este modelo hipotético terá um investimento menor, mas cabe salientar que a produção de energia não é a máxima possível, pois todo o fluido produzido nos pavimentos inferiores ao da instalação do reservatório não estão sendo aproveitados. Tabela 8 – Custo Estimada Caso 1 Fonte: Própria, 2013. CUSTO ESTIMADO CASO 1 QT 1 8 0,25 2 3 30 1 1 1 1 1 1 1 Descrição Turbina Gerador Acoplado 600W-220V/60Hz -Imp. Tubo PVC Água - Ø 32mm - 6m Tubo PVC Esgoto Ø 150mm - 6m Desvio lateral 150x150mm Joelho PVC esgoto Ø 150mm T PVC agua Ø 32mm Reservatório 3000 litros Adesivo plástico Sensor Nível Válvula tipo gaveta Ø 32mm Automação Mão obra Instalação Acessórios R$ und. R$ 960,00 R$ 14,00 R$ 85,00 R$ 39,00 R$ 29,90 R$ 2,20 R$ 380,00 R$ 4,00 R$ 14,90 R$ 132,00 R$ 1.000,00 R$ 500,00 R$ 180,00 Total R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ Total 960,00 112,00 21,25 78,00 89,70 66,00 380,00 4,00 14,90 132,00 1.000,00 500,00 180,00 3.537,85 Com o custo estimado podemos calcular o retorno do investimento que ficará estipulado em: Re torno = 3 .537 ,85 207 ,56 Re torno = 17 (anos) O investimento traria retorno após 17 anos de sua instalação, tornando-se mais atrativo economicamente. Os dois casos abordados neste item, demonstram claramente a real possibilidade do aproveitamento do sistema de esgoto em prédios verticais, sendo que o requisito para tal é a elevada altura e muitas pessoas residindo no mesmo. Analisando os resultados é possível afirmar que em grandes condomínios verticais venha existir a possibilidade técnica e econômica de produzir energia elétrica a partir da utilização do potencial hidro sanitário. 64 4. LEGALIDADE DA GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA A geração própria de energia está em pauta há vários anos causados pela solicitação de maior demanda do sistema energético, aos custos elevados para solucioná-lo e ao período de implantação na ordem de 10 anos, freadas pelos órgãos ambientais. A resolução normativa nº 482 da ANEEL oficializou as regras para microgeração em todo o País em abril de 2012, possibilitando que os clientes de energia possam deixar de ser agentes passivos, passando a gerar a própria energia em suas residências ou em suas empresas. São consideras microgeração as com potência instalada até 100 kW, e minigeração as com potência de 100 kW até 1 MW. A resolução permite que o cidadão, além de consumir a energia fornecida pela distribuidora, contabilize também a potência gerada por painéis solares ou minigeradores eólicos e hidrelétricos instalados diretamente na rede elétrica onde ele reside. De modo sucinto, a regra prevê que o consumidor que possui um consumo mensal de 200 kWh por mês, se conseguir gerar 50 kWh, ele pagaria apenas pela diferença entre os 200 kWh utilizados e os 50 kWh gerados: ou seja, 150 kWh. Caso o gerado for superior ao consumido no mês, cria-se um crédito para o consumidor com a validade de até 36 meses, para ser abatido nas faturas seguintes. A energia gerada só pode ser utilizada em benefício próprio, tanto no local de geração ou em outros locais de mesma distribuidora, não podendo ser vendido o excedente. O cidadão é responsável pelos investimentos necessários até o ponto de conexão com a rede. A distribuidora, por sua vez, se responsabiliza pela estrutura que ligará o consumidor à rede integrada, instalando um medidor especial (já regulamentado pela Agência), que contabiliza geração e consumo. A distribuidora cobrará do cidadão somente a diferença do medidor convencional ao medidor direcionados especialmente para a microgeração. A microgeração distribuída tem a vantagem de injetar energia no centro de consumo não tendo a necessidade de linhas de transmissão, reduzindo as perdas no sistema. Deste modo a resolução da Aneel prevê desconto da ordem de 80% na Tarifa de uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (Tusd), encargo cobrado sobre os consumidores 65 conectados ao sistema das concessionárias de distribuição. A mesma redução será aplicada à Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (Tust). O desconto vigora pelos dez primeiros anos de operação. Esta normativa traz possibilidade de geração de energia elétrica no momento em que se possui a disponibilidade par tal e injeção direta do produzido na rede pública de suprimento, podendo ser retirada para o consumo no momento em que se tiver a necessidade. Para as micro e minigerações isto significa que não há mais a necessidade de armazenamento desta energia produzida, minimizando os custo de instalação e manutenção, tornando-as mais atrativas economicamente. 66 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve por objetivo caracterizar o potencial energético do sistema de esgoto em prédios verticais, desconsiderando características construtivas necessárias para a implementação prática do mesmo. Para este estudo, foi escolhido o prédio local que possui o maior número de pavimentos, e com base nos dados coletados foram desenvolvidos todos os cálculos apresentados. Este estudo aponta que o potencial fornecido é grande, mas devido ao baixo fluxo de água, a geração é muito pequena para o prédio estudado, sendo desconsiderada a hipótese de instalação devida ha não atratividade econômica. O modelo 2, com a geração centralizada é a melhor opção relativo a geração, pois garante o aproveitamento total do fluido disponível, produzindo o máximo possível de energia. Com seu custo de instalação muito elevado, dado a complexidade e quantidade de materiais necessários, o modelo de geração não é viável economicamente. Existem no mercado vários modelos de turbinas hidráulicas para utilização em microgerações, com potências que variam de 300 a 5000 W, queda bruta mínima de 5 a 40 m, fluxo entre 0,007 a 0,015 m³/s. As mesmas podem ser fornecidas na tensões de 12/24Vdc, ou 220 Vac/50-60 Hz. Em anexo as especificações técnicas de modelos encontrados. Com a simulação dos dois casos hipotéticos foi possível visualizar uma possibilidade real de implementação do sistema, sendo limitada ao tipo de fonte disponível. Requisitos principais para a viabilidade do projeto são número elevado de apartamentos, muitos pavimentos, grande índice de ocupação e com a concentração das tubulações de descidas de esgoto em um mesmo local. A implementação deste sistema em prédios verticais possui muitos agravantes que dificultam a disseminação destes modelos apresentados. Cada caso em particular deve ser estudado, potencializado e ponderado. Pontos críticos são o espaço físico para alocação de equipamentos, peso dos reservatórios carregando a infraestrutura civil, dentre outros. O aproveitamento do potencial energético de prédios verticais, mesmo em baixa escala, pode ser implementada principalmente em novos projetos. Muitos tem incluído o aproveitamento de águas cinzas e água da chuva, com captação e reuso. Estes prédios 67 possuem tubulações separadas a das bacias sanitárias, o que possibilitaria a utilização em turbinas normais, pois o fluido gerado não contém partículas solidas e nem sais. Casos específicos de condomínio horizontais com terrenos em desnível também podem ser fontes geradoras de energia. O estudo apresentado mostra que há potencial real disponível para o aproveitamento na geração de energia elétrica, onde podemos visualizar um universo de possibilidades e formas para o aproveitamento. Para tal é fundamental estudos mais aprofundados, medições e testes que apresentarão o melhor modelo físico e econômico. Para viabilizar a implantação deste modelo de geração, a produção em série e a otimização do modelo ideal traria consequentemente a redução do custo de instalação, o que aumenta a atratividade econômica da implementação do sistema. A legalização das microgerações libera a injeção direta do potencial gerado na rede pública, tornando a geração própria de energia muito mais simples, objetiva e atrativa, eliminando assim a necessidade de armazenamento da energia produzida. Desta maneira torna-se possível gerar pequenas quantias durante um logo período e utilizá-la conforme a necessidade. Com propósito de possibilitar a continuidade de pesquisas sobre o tema enumeramse as seguintes sugestões: - Criação de ferramenta computacional para estimativa rápida do potencial; - Avaliar o potencial disponível e um dos aranhas céus existentes no país; - Estudo do potencial de geração do sistema público de esgoto. Este estudo quer motivar a discussão e o interesse sobre este assunto, entendendo que esta seja a melhor maneira para que esta ideia possa se tornar uma realidade em um futuro próximo. 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO NETTO, José. M. Manual de Hidráulica, 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1998. 669p. Michaelis. Dicionário Michaelis.São Paulo, SPBrasil Melhoramentos, 2009. NEVES, Eurico Trindade. Curso de Hidráulica 9. ed. São Paulo: Globo S.A, 1989. 577p. REIS, Lineu Belico. Geração de Energia Elétrica (1. ed.). São Paulo: Manole Ltda, 2003. 324p. SHREIBER, Gerhard P. Usinas Hidrelétricas. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1977. 230p. ANEEL, A. N. D. E. E. Resolução Normativa 482. Brasília: [s.n.], 2012. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br>. Acesso em: 06 novembro. 2013 69 ANEXOS 70 Modelos de Turbina Hidráulica com Gerador Acoplado. Datasheet_MT_POR Final Version MT100, MT340, MT650 Phocos AG, Germany [email protected] Phocos China Ltd., China [email protected] Phocos India Solar Pvt. Ltd., India [email protected] Phocos Latin America S.R.L, Bolivia [email protected] TIPO MT100 MT340 MT650 12 ou 24V 12 ou 24V 12 ou 24V 100W 340W 650W 6m 13m 20m 3liter/sec 4.3liter/sec 5.4liter/sec 28x35cm 32x35cm 45x48cm 10kg 14kg 29kg de 1 a 3, baioneta de 1 a 3, baioneta de 1 a 3, baioneta 5/4inch 5/4inch 5/4inch Phocos Rep. Office Australia, Australia [email protected] Phocos Rep. Office Brazil, Brazil [email protected] Phocos Rep. Office Eastern Africa, Kenya [email protected] Phocos Eastern Europe S.R.L., Romania [email protected] Phocos SEA Pte Ltd, Singapore [email protected] Phocos Rep. Office South Africa [email protected] Phocos Tunisia [email protected] Phocos USA [email protected] www.phocos.com 71 Orçamento de uma Turbina Guangxi Nanning HeCong Trade Co.,Ltd. Address:T3-1611 Shangdong International ,NO.166 Nation Road ,Nanning City,Guangxi ,China E-mail: [email protected] MSN: [email protected] Mob:0086-18378852647 TEL: 86-0771-4601800 FAX: 86-0771-4601800 http://www.hecong.com.cn QUOTATION To: Mr. Samuel Commodity: 600W Turgo turbine Commodity Date:9/11/2013 Page: 1/1 Picture Technical Parameters Generator Shell Material Iron casting Generator Stator Wire Copper wire Water turbine Rated Power (KW) 600W Rated Head (m) 8-20 Rated Flow(cbm/s) 0.008 Pipe Diameter(cm) 8 Generator Type Permanent magnet Power Output (w) Turgo turbine 600 Voltage(V) 220V AC Current(A) 2.73 Frequency(HZ) 50/60 Rotary Speed(RPM) 500-1500 Phase single N.W(KG/set) 19 G.W(KG/set) 25 Packing Length (cm) Width(cm) 40 Height(cm) 37 Total Volume(m3) 0.046 EX EX--factory price(USD/set) Voltage controller 31 EX EX--factory price(USD/set) $300.00 $50.00 Remarks: 1. Delivery time: Whithin 25 days after receiving the payment 2. Package: Plywood box 3. Payment terms: Total payment by T/T or Western Union before shipment 4. If other documents(such as Certificate of Origin) are required with the product, the document charge will be borne by the buyer 5. Validity date of the quotation: 9/12/2013 Guangxi Nanning HeCong Trade Co.,Ltd. Zoe Wei 9/11/2013