Seminário: Perspectivas e Oportunidades de Mercado no Setor de Lácteos PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS EM QUEIJOS Dra. Leila M. Spadoti Dra. Ariene G. F. Van Dender Maio, 2009 Campinas - SP PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS EM QUEIJOS Queijos Conceitos Gerais Produtos Lácteos Funcionais – Queijos Prebióticos – Queijos Probióticos – Queijos Simbióticos Queijos Prebióticos e Probióticos - Exemplos de alguns queijos comerciais QUEIJOS - DEFINIÇÃO Queijos consistem em um concentrado protéicogorduroso obtido pela precipitação de sólidos do leite, seguido de dessora da coalhada, o que leva a um decréscimo da umidade. QUEIJOS - CLASSIFICAÇÃO PORTARIA 146/96 (MA): De acordo com o Teor de Gordura no Extrato Seco (GES) De acordo com o Teor de Umidade De acordo com o Tratamento da Massa QUEIJOS FUNDIDOS – DEFINIÇÃO Produto obtido quando se adiciona sal fundente e água à proteína e gordura do leite, ao mesmo tempo em que se aquece e agita a mistura (VAN DENDER, 2006). MATÉRIA-PRIMA - REQUEIJÃO x QUEIJO FUNDIDO Queijo Fundido: Misturas de queijos em diferentes estágios de maturação Requeijão cremoso: Massa fresca (básica) REQUEIJÃO CREMOSO – DEFINIÇÃO Requeijão cremoso: fusão de massa coalhada, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite com adição de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. Alimentos Funcionais O leite e seus derivados são alguns dos alimentos mais completos, com deficiência apenas em vitamina C e ferro. PRODUTOS LÁCTEOS : ideais para a adição de ingredientes funcionais e, até o momento, concentram a maior oferta de alimentos funcionais. No Brasil, esse mercado se intensificou a partir de 2000. Alimentos Funcionais Componentes funcionais como fibras solúveis, ômega 3 e probióticos são os mais utilizados pelas empresas atualmente. Assim, dentre os produtos lácteos funcionais destacam-se aqueles com adição de Prebióticos e Probióticos. Produtos Lácteos Funcionais Diversos produtos lácteos já foram testados como veículos para compostos prebióticos e/ou bactérias probióticas. A maioria dos estudos e dos produtos comerciais pertence à categoria dos leites fermentados. Mais recentemente, ocorreu um aumento da inserção de queijos no segmento de alimentos funcionais. QUEIJOS FUNCIONAIS QUEIJOS PREBIÓTICOS, PROBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS QUEIJOS PREBIÓTICOS Prebióticos: carboidratos não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro e estimulam seletivamente a proliferação e/ou a atividade de população de bactérias desejáveis no cólon, melhorando a saúde do hospedeiro A importância do consumo de fibra alimentar Fibras benefícios fisiológicos (facilidade na defecação, redução de níveis de glicose sanguínea, gordura e colesterol, efeitos prebióticos etc) A importância do consumo de fibra alimentar Consumidores: dificuldade em mudar seus hábitos alimentares alternativa Adição de fibras a alimentos regulares Adição de fibras alimentares funcionais em queijos A adição de fibras solúveis a alimentos pode representar, do ponto de vista da saúde, um avanço importante, além de uma forma de agregar valor ao produto (O INGREDIENTE do lácteo saudável, 2004). QUEIJOS PREBIÓTICOS O USO DE FIBRAS SOLÚVEIS Uso de fibras solúveis: forma mais comum de obtenção de queijos com características funcionais, especialmente prebióticas Adição de fibras alimentares em queijos funcionais Critérios para escolha das fibras: Tecnológicos Funcionais Econômicos Disponibilidade PRINCIPAIS FIBRAS ALIMENTARES Inulina Substituto de gordura (propriedade-geleificação) Fonte de fibra Efeito prebiótico Cadeias lineares de unidades de frutose, ligadas entre si por ligações β 2-1 e freqüentemente terminando com uma unidade de glicose. Inulina (ANVISA) Alegação: “ A Inulina contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis” Requisitos Específicos: Esta alegação deve ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de inulina se o alimento for sólido. PRINCIPAIS FIBRAS ALIMENTARES Oligofrutose Oligofrutose: é formada pela hidrólise parcial da inulina, com grau de polimerização entre 2 e 10 unidades. Fonte de fibra. A oligofrutose é composta de cadeias lineares de unidades de frutose, ligadas entre si por ligações β (2-1) e freqüentemente terminando com uma unidade de glicose PRINCIPAIS FIBRAS ALIMENTARES Polidextrose Fonte de fibra Polissacarídeo sintético feito via polimerização aleatória de glicose e sorbitol. Substituto parcial de gordura PRINCIPAIS FIBRAS ALIMENTARES Fruto-oligossacarídeo (FOS) Fonte de fibra Efeito prebiótico Mesma composição química e estrutural da oligofrutose, porém, com graus de polimerização entre 2 e 5. FOS (ANVISA) Alegação: “ Os frutologossacarídeos -FOS contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis” Requisitos Específicos: Esta alegação deve ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de FOS se o alimento for sólido. PRINCIPAIS FIBRAS ALIMENTARES Goma guar e arábica goma guar* e arábica: contribuem para o aumento da ingestão diária de fibra alimentar (fornecem mais de 85% de fibra alimentar solúvel em base seca). * “ As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Alegação só aprovada pela Anvisa para a goma guar parcialmente hidrolisada obtida da espécie vegetal QUEIJOS PREBIÓTICOS O USO DE FIBRAS SOLÚVEIS Queijos frescais e moles(Minas frescal, Cottage, Quark, cream cheese, petit-suisse), queijos fundidos, Requeijão cremoso light e Requeijão cremoso sem gordura são os produtos preferidos para adição de fibras solúveis. Adição de fibras alimentares funcionais em queijos Características de utilização da fibra: - etapa mais adequada para adição da fibra; - forma de adição: Pode ser adicionada diretamente, misturada a outros ingredientes secos? Quando dissolvida, forma gel?; - características de substituição da gordura para efetuar os cálculos das formulações (dosagem). Adição de fibras alimentares funcionais em queijos Processo e características do produto: - necessidade de ajustes no processo e na formulação do produto em desenvolvimento; - influência da fibra nas características de textura, sabor, cor e estabilidade do produto; - embalagem e T de estocagem mais adequadas para garantir estabilidade ao produto; - avaliar alterações na textura, aparência, sabor, consistência (dentre outras) durante estocagem e - determinar vida útil do produto. REQUEIJÃO CREMOSO E OUTROS QUEIJOS FUNDIDOS FUNCIONAIS Tecnologias Desenvolvidas no TECNOLAT/ITAL - o emprego de fibra alimentar Requeijão cremoso light e Requeijão cremoso sem gordura, ambos com adição de fibras solúveis. Requeijão cremoso - Etapas do Processo de Fabricação Obtenção da Massa Básica Requeijão cremoso - Etapas do Processo de Fabricação Fabricação do Requeijão FIBRAS ALIMENTARES ESTUDADAS Inulina (Beneo®HPX) Inulina e oligofrutose (Beneo®Synergy1) Polidextrose (Litesse®) Fruto-oligossacarídeo – FOS (Nutraflora®) DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS Requeijão cremoso light (BOSI, 2008): Inulina: 3,3 e 6,7% de fibra Inulina e oligofrutose: 6,7% de fibra Polidextrose: 3,3% de fibra Fruto-oligossacarídeo: 3,3% de fibra Requeijão cremoso light com 6,7% de inulina e oligofrutose DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) Requeijão cremoso sem gordura (BOSI, 2008): Inulina: 3,3 e 6,7% de fibra Inulina e oligofrutose: 6,7% de fibra DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS Requeijão cremoso light: Inulina: 3,3 e 6,7% de fibra Inulina e oligofrutose: 6,7% de fibra Polidextrose: 3,3% de fibra Fruto-oligossacarídeo: 3,3% de fibra Requeijão cremoso light com 6,7% de inulina e oligofrutose DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) A concentração de 3,3% de inulina: O teor de inulina = 1/3 do valor da % de gordura que se deseja substituir 20% de gordura (requeijão tradicional) 10% de gordura (requeijão light) substitui-se 10% de gordura 10% de gordura / 3 = 3,3% de fibra adicionada DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) A concentração de 3,3%: Além disso: o requeijão com 3,3% de inulina é fonte de fibra (Portaria no 27, de 13 de janeiro de 1998 - ANVISA) Produto sólido fonte de fibra: mínimo de 3g de fibra/100g produto, produto sólido rico em fibra: mínimo de 6 g de fibra/100g produto Para comparar o efeito da adição de inulina com o efeito da adição de polidextrose e de FOS: no requeijão cremoso light, a concentração de polidextrose e de FOS adicionada foi de 3,3% Requeijão cremoso com 3,3% de polidextrose DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) Requeijão cremoso sem gordura: Inulina: 3,3 e 6,7% de fibra Inulina e oligofrutose: 6,7% de fibra DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) A concentração de 3,3%: Requeijão sem adição de gordura: 10% da gordura é substituída por fibra e o valor restante é substituído por WPC 34% (substituição total de 20% de gordura) Requeijão sem adição de gordura com 3,3% de inulina DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) A concentração de 6,7%: Inulina e inulina com oligofrutose: pelo menos 2 gramas da fibra na porção indicada para consumo (prebiótico) Inulina com oligofrutose: 2 gramas (aumento da absorção de cálcio) Porção de requeijão cremoso indicada para consumo: 30 gramas 2 gramas de fibra por 30 gramas do produto final: concentração de 6,7% DIFERENTES FORMULAÇÕES ESTUDADAS (cont.) A concentração de 6,7%: Além disso, no requeijão sem gordura com adição de 6,7% de inulina: 1/3 do valor da porcentagem de gordura que se deseja substituir = 6,7% da fibra (que substitui 20% de gordura) REQUEIJÃO COM FIBRAS RESULTADOS Os resultados obtidos mostraram a viabilidade de se fabricar requeijão cremoso light e requeijão cremoso sem adição de gordura, ambos com adição de fibra alimentar. Diferentes formulações - novos caminhos Inulina + Oligofrutose : Gosto adocicado Idéia de mais um produto RCF3 com doce de goiaba Requeijão cremoso light e requeijão cremoso sem gordura com 6,7% de Beneo®Synergy 1 e doce de goiaba Queijos probióticos Queijos x Leites fermentados • pH + alto do que os leites fermentados: taxas mais altas de sobrev. dos prob.; • Maior poder tampão: queijo pode tamponar alguns ácidos do estômago e promover maior sobrevivência dos probióticos durante passagem pelo trato GI; • Metabolismo de microrganismos no interior do queijo resulta em um ambiente quase anaeróbio; • Matriz mais densa e maior teor de gordura oferecem mais proteção do que o ambiente fluido durante a estocagem e passagem pelo trato GI. Probióticos (Anvisa) Lactobacillus acidophilus L. casei shirota L. casei variedade rhamnosus L. casei variedade defensis L. paracasei Lactococcus lactis Enterococcus faecium Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium longum B. animallis QUEIJOS PROBIÓTICOS As principais bactérias empregadas em Queijos Probióticos pertencem aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium Algumas Características: - maioria: Anaeróbias estritas - Lactobacillus: pH ót. 5,5-6,0 (crít.4,0-3,6) T ót 35-40ºC (até 45ºC) - Bifidobacterium: pH ót. 6,0-7,0 (crít. 4,0 var.) T ót. 37-41ºC (até 43-45ºC) Uso de probióticos em queijos Queijo fresco: Bifidobacterium breve e/ou B. longum; Roy et al. (1997) Queijo fresco Argentino: Bifidobacterium bifidum, B. longum, B. sp., L. acidophilus e L. casei; Vinderola et al. (2000) Minas Frescal: Bifidobacterium lactis, Streptococcus thermophilus e L. acidophilus; Oliveira et al. (2002) Uso de probióticos em queijos (cont.) Minas Frescal: Lactobacillus acidophilus; Buriti et al. (2005) Minas Frescal: Lactobacillus paracasei; Buriti et al. (2005) Minas Frescal: Bifidobacterium animalis, Streptococcus thermophilus e L. acidophilus; Buriti et al. (2007) Uso de probióticos em queijos (cont.) Cheddar: Bifidobacterium bifidum; Dinakar; Mistry (1994) Cheddar: Bifidobacterium lactis ou B. longum; McBrearty et al. (2001) Cheddar: Bifidobacterium infantis; Daigle et al. (1999) Cheddar: Lactobacillus paracasei; Gardiner et al.(1998) (2002), Stanton et al. (1998) Uso de probióticos em queijos Cottage: Bifidobacterium infantis; Blanchette et al. (1996) Crescenza: Bifidobacterium bifidum; B. infantis; B. longum; Gobbetti et al. (1998) Queijo semi-duro turco: Lactobacillus acidophilus; Kasimoglu et al. (2004) Prato: Lactobacillus rhamnosus; Cichoski et al. (2008) Uso de probióticos em queijos Queijo semi-duro de leite de cabra: Bifidobacterium lactis e L. acidophilus; Gomes e Malcata (1998) Gouda: Bifidobacterium lactis e L. acidophilus; Gomes et al. (1998) Queijo maturado finlandês com baixo teor de gordura: Bifidobacterium sp e L. acidophilus; Ryhanen et al. (2001) Uso de probióticos em queijos • Queijos frescos e macios: bons veículos para probióticos; • Aquecimento a altas temperaturas no processamento é um fator restritivo: – Acima de 44oC as bactérias mesófílas são totalmente desativadas e podem ser destruídas rapidamente – Cozimento da massa a 50-56oC (como para Parmesão, Grana, Emmenthal, Gruyère) bdestrói a maioria das bactérias Uso de probióticos em queijos • Queijos duros representam um desafio devido ao seu longo período de maturação: culturas devem sobreviver à maturação e distribuição e seguir até o consumo e digestão Fatores que afetam esse desafio incluem: – Interações metabólicas com as culturas starters – Condições de fermentação – Temperaturas envolvidas na estocagem Queijos – seleção de bactérias probióticas Critérios: Deve-se levar em conta o efeito das condições de processamento na viabilidade da bactéria probiótica; A bactéria deve ser capaz de sobreviver e/ou de se multiplicar durante a fabricação do queijo (variável de acordo c/ o tipo de queijo); A seleção da cultura é essencial para fabricação de queijos probióticos (muitos efeitos são específicos de cada cepa, não são genéricos; cepas diferentes de mesma espécie podem produzir diferentes efeitos); Queijos – seleção das bactérias probióticas Critérios: Além disso, as bactérias probióticas: devem sobreviver durante a estocagem do produto; não devem causar efeitos adversos sobre a composição, sabor, aroma e textura dos queijos, e não devem alterar o flavour do queijo (o que pode ocorrer devido à produção de ácido acético por algumas espécies de bifidobacteria). OBS: existem relatos de que probióticos, tais como L. paracasei, já promoveram “melhora” do sabor em queijo Cheddar. Queijos – seleção de bactérias probióticas Em resumo: Os probióticos devem estar presentes no produto, no momento de consumo, em número elevado e viáveis e, para que isso ocorra, devem ser selecionadas linhagens que sejam capazes de sobreviver ao processamento, estocagem e passagem através do trato gastrointestinal. Algumas Implicações Tecnológicas Interações metabólicas com as culturas starters Lactococcus, Lactobacillus e Streptococcus : ● culturas starters comumente empregadas na fabricação de queijos ● muitas dessas bactérias lácticas produzem um ambiente que inibe o crescimento não apenas dos patogênicos e microrganismos esporulados, mas também das bactérias probióticas. Algumas Implicações Tecnológicas (cont.) Interações metabólicas com as culturas starters (cont.) Esta atividade inibitória é atribuída a vários fatores: - Produção de ácido láctico e outros ácidos orgânicos - Produção de peróxido de hidrogênio - Produção de bacteriocinas - Redução da disponibilidade de nutrientes Técnicas para aumentar a viabilidade de bifidobactérias em queijos Seleção de linhagens com alta resistência à acidez, sais biliares e oxigênio; Aplicação de culturas mistas de probióticos juntamente com linhagens selecionadas de cultura láctica; Modificações no processamento para promover um meio favorável para o crescimento destas bactérias. O uso de altas concentrações de inóculo e a adição de fatores promotores do crescimento (fonte de nitrogênio) podem melhorar o crescimento e a viabilidade das bifidobactérias. Algumas Implicações Tecnológicas (cont.) Interações metabólicas com as culturas starters (cont.): • Em outros casos a bactéria láctica pode aumentar o crescimento e a viabilidade da bifidobactéria por meio de: - alteração do pH, - conteúdo de agentes promotores e inibidores, e - teor de oxigênio no queijo. Algumas Implicações Tecnológicas (cont.) Incorporação das bactérias na fabricação de queijos: • Etapa mais comum para se adicionar as bactérias probióticas é no início (leite), juntamente c/ as culturas starters; • Fermentação em 2 estágios: pode ser efetiva para aumentar a viabilidade das bactérias probióticas. Ex. Trabalhos relatam melhora da viabilidade das bactérias probióticas com fermentação inicial por 2 horas antes da adição de culturas starters. Algumas Implicações Tecnológicas (cont.) Incorporação das bactérias na fabricação de queijos (cont.): • Queijos Cheddar e Cottage: estudos sobre a fermentação do creme com bifidobactérias e posterior adição ao leite ou à coalhada • A tecnologia de encapsulação para culturas probióticas pode melhorar a performance das culturas e proteger a bactéria durante a digestão no trato GI Algumas Implicações Tecnológicas (cont.) Aspectos de embalagens na fabricação de queijos probióticos: • Material de embalagem: seleção cuidadosa pois o mesmo pode afetar a sobrevivência das bifidobactérias • Probióticos- Anvisa Requisitos específicos A quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109 UFC na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Concentração: entre 106 e 107 UFC/ g de produto, exige consumo diário de 100g do produto (100 x 106 = 108) Queijos simbióticos com culturas probióticas e fibras prebióticas Resultados dos estudos do efeito do uso de culturas probióticas (Lb. paracasei var. paracasei LBC 82) e de fibras prebióticas (inulina, Beneo® HP-gel ) nas características de queijo petit-suisse simbiótico se encontram amplamente divulgados na literatura. Destaca-se, dentre outros, a melhoria nas propriedades sensoriais do produto pelo uso conjunto de agentes prebióticos e probióticos (Cardarelli et al., 2007; www.foodnavigator.com em 30/07/2007). QUEIJOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS Exemplos de alguns produtos comerciais Cottifrutti®: Valio ProFeel cottifrutti Queijo quark e cottage rico em fibra (Polidextrose), cálcio e proteína, sem gordura e sem adição de açúcar. Promove saciedade e auxilia no controle de peso. www.valio.fi/ Queijo tipo Cottage light com fibras - taeq Produto fonte de fibras (Polidextrose), com teor reduzido de gordura e de calorias (Para quem se gosta) www.taeq.com.br QUEIJO CREMOSO Cream cheese Polenghi Light, com fibras e cálcio www.polenghi.com.br Queijo processado Polenghinho com fibras e cálcio - Polenghi Produto fonte de fibras e com alto teor de cálcio www.polenghi.com.br Requeijão cremoso light Tirolez com fibras Produto fonte de fibras, com teor reduzido de gordura e de calorias www.tirolez.com.br Pilgrims Choice® Medium Probiotic – Cheddar Cheese Queijo Cheddar Probiótico, maturado por aprox. 6 meses. Controle individual do flavour por especialistas. Sabor suave, consistente. Indicado para vegetarianos. www.pilgrimschoice.com/ Queijo Stracchino Probiótico Latteria Montello Cream cheese com probióticos, sem conservantes www.latteriamontello.com Luzerner Yogodu Queijo semi-duro, probiótico (LGG®) Emmi - Suíça www.emmi.luzerner.ch Queijo Ciambello italiano, probiótico (BB12®), Queijaria ”Of Bidino” - Itália www.chr-hansen.com.br/noticias/ - LiveActive Natural Cheese Snacks (sticks and cubes) - probióticos Bifidobacterium lactis Cheddar, Mozzarella, Colby www.kraftfoods.com/liveactiv efoods/ Valio Kidius Gefilus® Magic cheese (LGG®) Queijo Edam probiótico destinado ao público infantil . Saboroso, com benefícios à saúde e atraente (duas cores). Efeito probiótico: 3 fatias – 30g . www.valio.com Mozzarela cheese - probiotic (BB12®) BRIMI Mozzarella Ovoline "I Probiotici“ www.brimi.it/ Segundo dados disponibilizados no site da empresa, este queijo tem apresentado grande sucesso de vendas . O Queijo Cottage Stímula Balkis é um produto funcional (microrganismos probióticos (Lactobacillus acidophilus) Obrigada pela atenção! Preparado por: Ariene G. F. Van Dender e Leila Maria Spadoti Fotos: Antonio Carriero Contato: [email protected] e [email protected] Literatura Consultada AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria no 27, de 13 de janeiro de 1998. Disponível em: <http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=97>. Acesso em: 22 abr. 2004. AHMED, F.E. Genetically modified probiotics in foods. Trends in Biotechnology, v.21, n.11, 491-497, 2003. ALVES, L. L. de; SILVA, L. P. da. Substituição parcial da gordura do requeijão por gel de linhaça. In: Simpósio Latino Americano de Ciência de Alimentos, 6º, Campinas. Anais.... Campinas, 2005. (CD ROM). BLANCHETTE, L. et al. Production of cottage cheese using dressing fermented by bifidobacteria. Journal of Dairy Science, v.79, p.8-15, 1996. BOSI, M. G. 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