Pós-Graduação em Genética Técnicas Citoquímicas aplicadas às alterações biológicas em resposta a agressões ambientais Disciplina: Elementos de Microscopia e Microanálise Docente: Profa Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira Aluna: Maria Isabel Afonso da Silva A ordem Chelonia: • muitas particularidades • características peculiares Poucas referências bibliográficas M.a. de evolução e adaptações INTRODUÇÃO Crescente expansão das fronteiras agrícolas intensa exploração e industriais e urbanização contaminam os habitats dos animais silvestres • Comprometer a sobrevivência e fisiologia dos organismos; • Induzir alterações genéticas Mutações e/ou Carcinogênese. INTRODUÇÃO Phrynops geoffroanus ou “Cágado-de-Barbelas” Ampla distribuição na América do Sul INTRODUÇÃO Perfil hematológico Manejo adequado Perfil fisiológico Biologia da espécie Preservação Hematologia de répteis Características fisiológicas Influências ambientais O perfil hematológico de répteis pode sofrer grande variação fisiológica; A interpretação dos achados da série branca é distinta e complexa É necessário elaborar um perfil para a espécie em estudo em determinada região e situação através de pesquisas periódicas. Estudos em relação a diversas condições ambientais => hábitos de vida e adaptações ao ambiente, • futura comparação com outras espécies para maior compreensão dos aspectos evolutivos e conhecimento sobre esta. Punção Cardíaca Amostras Sanguíneas 1- Hemograma • Hematócrito • Dosagem da hemoglobina circulante • Contagem de células • Contagem de eritrócitos • Cálculo de leucócitos • Cálculo dos índices hematimétricos •VGM •CHGM •HGM • Contagem diferencial dos leucócitos Panótipo (HematocorBiológicaR) Reação de Acidofilia/Basofilia -Mediadas por Ligações Eletrostáticas • Coloração de rotina para análise geral da morfologia das células sanguíneas • Facilita a identificação e diferenciação dos leucócitos Basofilia: Corantes básicos (+)/ catiônico Substrato aniônico (-) Como a hematoxilina - grupamentos fosfatos dos ácidos nucléicos (Núcleo) Acidofilia: Corantes ácidos (-)/ aniônico Substrato catiônico (+) Como a eosina Amino de resíduos protéicos (NH3)- (núcleo e Citoplasma) Células Vermelhas de Quelônios Atuam na inflamação, promovem fagocitose; como célula hemostática Células brancas de Quelônios Requisitados no combate a doenças infecciosas de origem bacterianas Respondem à infecções bacterianas infecção viral, Células Brancas de Quelônios •Estão presentes no combate a infecções bacterianas. •Encontrados em infecções parasitárias. •reações imunes. Citoquímica de Enzimas • proteínas de forma tridimensional acelerar as reações químicas são catalisadores biológicos. • O resultado da reação é uma mudança específica do substrato, criando uma nova molécula química ou um produto. •As enzimas são classificadas de acordo com o tipo de reação química que realizam. habilidade de catalisar, em condições ácidas, a hidrólise de monoesteres ortofosfato Podem ser diferenciadas de acordo com propriedades estruturais, catalíticas, imunológicas, distribuição no tecido e localização subcelular Copyright ©2002 BMJ Publishing Group Ltd. Fosfatases ácidas • Encontradas em eritrócitos, leucócitos, fígado, baço, rins, ossos e outros tecidos em humanos • Em répteis não se tem muito estudo sobre sua localização. A LAP => monoester ortofosfórico do compartimento endossomo/lisossomo fundamental para o catabolismo de um ou vários substratos no lisossomo. •Muitas doenças lisossomais => manifestações morfológicas, bioquímicas e clínicas causadas pelo armazenamento do conteúdo lisossômico. Fosfatases ácidas Responsáveis pela hidrólise dos fosfatos de ésteres orgânicos, que durante a incubação cria a base para as reações citoquímicas. • Especificidade por substrato menos limitada • Ótima atividade em valores baixos de pH. Localização: •Lisossomos, •complexo de Golgi, • corpos multivesiculares • superfície do RER hidrolizam uma variedade de ésteres orgânicos com a liberação de íons fosfatos. Seu papel é muito importante na autólise de tecidos Fosfatases ácidas Método de fosfato de chumbo - Gömöri (1950) 37ºC por 30’ -glicerofosfato de sódio + Nitrato de Chumbo (com tampão acetato). enzimas liberam o fosfato do substratoprecipitado insolúvel sulfeto de chumbo • depósito granular denso e escuro, com coloração marrom. de fosfato de chumbo lavar em Tampão Acetato (pH 5,0) e mergulhar em sulfeto de amônia 1%, 1’ Como controle, é utilizado meio de incubação sem o substrato Observações: • O meio de incubação é preparado no dia anterior e permanece over-night a 37º C; • os reagentes são guardados em solução estoque a 4ºC. • O pH da solução de incubação final é importante e não pode exceder 5,2. • A solução de sulfeto de amônia a 1% é preparada no momento de uso. relacionada com a destruição da matriz óssea pela ação de enzimas, com a reabsorção de tecido ósseo. Peroxidases doador POD: fazem parte do grupo das enzimas oxidases. catalisar a transferência H peróxido de hidrogênio •Variações nos padrões dos sistemas isoenzimáticos da peroxidase => organismos submetidas a estresses abióticos. • O incremento da atividade dessas enzimas antioxidantes é fundamental para evitar danos em nível celular. peroxidases peróxido de hidrogênio decomposto pela oxidação de cosubstratos (compostos fenólicos e/ou antioxidantes) •Organismos com altos níveis de antioxidantes => mais tolerantes a danos oxidativos Peroxidases É incapaz de funcionar anaerobicamente e precisam de peróxido como catalizador. Método=> Sato (1928), segundo Lison (1960). Peroxidases:catalítico para H2O2 oxida benzidina (incolor e insolúvel) azul de benzidina (instável e insolúvel) benzopurpurina (cor marrom avermelhado) Peroxidases 1) Solução: sulfato de cobre e ácido acético durante 1’. 2)Lavar com água destilada. 3)Cobrir com uma solução saturada de benzidina + H2O2 (10 V) – homogeneizar- 2 a 8 minutos. Como controle da reação=> dois meios, um na ausência de benzidina e outro sem peróxido de hidrogênio. 4)Lavar novamente e cobrir com solução aquosa de fucsina básica a 1% durante 20 segundos. O material, após novamente ser lavado em água destilada, é seco ao ar e montado em gelatina-glicerina Método citoquímico de peroxidase em amostras de sangue humano. À esquerda- atividade de peroxidase positiva em neutrófilo. A amostra à direita corresponde ao controle da reação. Os métodos + comumente usados para avaliar genotoxicidade e danos citotóxicos => contagem de MN e fragmentação de DNA - detectados em diferentes tipos de células pelo ensaio cometa Mutagênicos: • agem sobre o desenvolvimento=> redução no índice mitótico => comprometimento no desenv. e cresc. do organismo. • impacto significativo sobre o “pool” gênico de uma população Alterações citogenéticas específicas x teratogênese Genotóxicos: • defeitos hereditários -mutações em células germinativas •efeitos teratogênicos •mutações pontuais, deleções, translocações e aneuploidia; •quebra da dupla fita de DNA, •aberrações cromossômicas, •formação de micronúcleo, •intercâmbio de cromátides irmãs. Os micronúcleos: •fragmentos cromossômicos acêntricos •originam-se de cromossomos com atraso durante a anáfase •dispersos no citoplasma – separados do núcleo principal. Aparência: •pequeno núcleo •MO: material nuclear, intensidade luminosa ~ núcleo, •formato oval/circular •A< 1/3 do núcleo Os micronúcleos: •formados durante a telófase •representam a perda de cromatina cromossômico estrutural dano no aparelho mitótico Teste do micronúcleo: • desenvolvido por Schmid (1975) avaliar genotoxicidade e danos citotóxicos. detecta mutações brutas: aberrações cromossômicas Utilizações: monitoramento biológico e ambiental rastreio de compostos para determinar a sua genotoxicidade após exposição direta ou indireta avaliações toxicológicas dos produtos químicos industriais avaliações dos perigos de exposição geral. Teste do micronúcleo: Esfregaços: 1. Fixar 10’ em metanol absoluto 2. Após 24 horas=> em HCl à 60O C por 11’ 3. Reativo de Schiff por 2 horas, em local escuro. 4. “Fast Green” por 20 segundos. Teste do micronúcleo: Vantagens: • acessível, não-invasivo •análise rápida de um elevado número de células •a velocidade e facilidade de análise, •não-exigência de células em metáfase, •pequenas concentrações de células •eficácia em danos clastogênicos e aneugênicos. Ensaio Cometa Outra técnica útil para biomonitoramento de contaminação ambiental. Processo rápido, simples e sensível => vários tipos de células Possibilidade de medir a integridade do DNA em nível celular. Pode detectar baixos níveis de danos de DNA Exige um pequeno número de células por amostra, Flexível Curto período de tempo necessário para concluir um estudo Ensaio Cometa Células com danos no DNA produzem aumento da migração de fragmentos de DNA do núcleo "cauda de cometa". • A visualização de mobilidade dos fragmentos de DNA => modo conveniente e sensível de detectar quebra de DNA nas células. • O nível de base de danos no DNA varia => espécie x tipo de células; isto influenciará a sensibilidade do ensaio Agentes endógenos/ produtos do metabolismo celular aeróbio e inflamação + exógenos/ uma variedade de agentes químicos e físicos modificar o DNA celular e outros componentes celulares. Ostling e Johanson em 1984 sangue coletado é diluído em solução fisiológica Singh et al. (1988) e Klaude et al. (1996) Depositar 10 L da suspensão celular preparada com 120 L de agarose de baixo ponto de fusão a 37º C sobre lâminas pré-gelatinizadas. 20’ em geladeira cobertas com lamínulas. tampão NaOH com EDTA (pH ~13), por 20 minutos em corrente de eletroforese, no escuro solução de lise - 1h neutralizadas com Tris, por 15 minutos e fixadas em etanol absoluto por 10 minutos. A análise => microscópio de fluorescência, em objetiva de 40x. CONCLUSÃO Há grande impacto dos poluentes do ambiente sobre o organismo em estudo. Técnicas de micronúcleo, cometa Ferramentas de biomonitoração das regiões naturais Avaliação de agentes genotóxicos e mutagênicos Phrynops geoffroanus como um organismo sentinela de efeitos genotóxicos. Os dados úteis para futuros estudos que envolvam a biomonitorização das regiões naturais OBRIGADA!!!