RELATÓRIO DE ANÁLISE DE FALHAS TAMBOR DE DESCARGA DO TR-117K-06 GAAUN – GERÊNCIA DE ENGENHARIA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL JULHO - 2010 Objetivo O objetivo desta analise é identificar e propor soluções para diminuir e/ou eliminar as ocorrências de falhas reincidentes no conjunto de descarga do TR-117K-06 (cavalete, tambor-eixo e rolamentos). Grupo de Trabalho Élirson Araújo José Cléber Oiti Paiva Raimundo Carneiro Ulisses Nery Histórico de paradas da BSM3 em 2009 / 2010 Principais causas das paradas MECÂNICA na BSM 3 - JANEIRO A MAIO - 2010 40 38,89 36,85 27,27 67% 30 80% 26,99 86% 97% 93% 90% 100% 20 19% 120% 100% 80% 54% 60% 37% 10,26 10 40% 8,35 7,09 6,95 6,83 20% Encolder Guia lateral Cavalete Rompedor Principais causas das paradas mecânicas na BSM 3 90 De JANEIRO a DEZEMBRO DE 2009 84,05 80 70,74 70 60 68% 51% 40,51 50 40 30 89% 94% 100% 80% 60% 37,61 22% 76% 83% 120% 100% 60% 40% 30,49 28,89 27,36 22,43 21,99 21,26 20 40% 20% 10 Caixa de engrenagem Rompedor Atraso manutenção Prev. Acoplamento hidráulico Eixo Desalinhamento Chute Rolete 0% Tambor de retorno 0 Sapata Horas Paradas Chute Desalinhamento Redutor Acoplamento hidráulico 0% Tambor de retorno 0 Rolete Horas Paradas 32,63 Histórico de paradas da BSM3 em 2010 Principais causas das paradas MECÂNICAS na BSM 3 -MARÇO 2010 36,85 30 25 20 81% 86% 91% 95% 98% 99% 100% 100% 80% 55% 60% 12,45 15 120% 100% 73% 10 40% 5,17 5 3,64 3,38 2,82 1,67 0,78 20% 0,7 Sapata Raspador Traseira Paradas na BSM 3 dos Equipamentos por TAMBOR DE RETORNO -MARÇO 2010 40 36,85 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 120% 100% 30 80% 20 60% 40% 10 20% 0 0% TR 117-06 Horas Paradas Chute Estrutura Rolete Pastilha 0% Desalinhamento 0 Tambor de retorno Horas Paradas 35 cálculo dos esforços no tambor e cavalete TRANSPORTADOR TR-117K-06 BSM 3 Cálculo das tensões na correia entre os tambores de acionamento 2 a capacidade Nominal até o TB 7 93,335m 12.284,12 m 120 m Dados: T eTB FE Potência Requerida pelo Transportador TB2 PT= 2468,83 CV PnT= 2200,57 CV Acionamento 01(nominal) Acionamento 01(projeto) 1100,28 CV 1234,42 CV Acionamento 02(nominal) Acionamento 02(projeto) 1100,28 CV 1234,42 CV Pi= 4X 4X600 CV Potência Instalada Motores 561,37 CV (Nominal) a um rendimento de 98% Motores 629,80 CV (Projeto)a um rendimento de 98% 98% Rendimento η= FE 2 T 2 TB 2 V Kg T 2TB 2 Te T2TB2= 8718,75 1 (e 1) Kg Tensão no lado frouxo da correia no tambor de acionamento 2 T1TB 2 T eTB 2 T 2 TB 2 T1TB2 29716,53 Kg Tensão no lado tenso da correia no tambor de acionamento 2 Cálculo das tensões na correia entre o tambor de acionamento 1 a capacidade de Nominal até o TB 8 1 P 4500 TeTB1= 20997,78 T2TB1= Kg V Kg Tensão efetiva no tambor de acionamento 1 f w V L L0 f Qt L L0 Qt H CV 4500 270 270 Potencia total do transportador 29716,53 Kg Tensão no lado frouxo da correia no tambor de acionamento 1 T1TB 1 T eTB 1 T 2 TB 1 T1tb1 = Pt P 4500 T 2 TB 1 T 1TB 2 Peso do Contrapeso 17437,50 TeTB2= 20997,8 T eTB 4X FE= TB1 2 Revestimento Cerâmico μ= 0,35 Ф= 200,7362 3,503507618 Tensão efetiva no tambor de acionamento 2 50714,30 Kg Tensão no lado tenso da correia no tambor de acionamento 1 Tt= T1+T2= 29716,53kg + 50714,30kg= 80430,83KG (Tensão total da correia transportadora sobre o tambor) Análise estrutural Tambor / Eixo – Condições de Contorno ESFORÇO DE TRAÇÃO PROVOCADO PELA CORREIA TRANSPORTADORA MAIS 12% DE SOBRECARGA APOIO NO EIXO - ROLAMENTO DIREITO APOIO NO EIXO - ROLAMENTO ESQUERDO Análise estrutural Tambor / Eixo – Deformação Total ZONA DE MAIOR DEFORMAÇÃO Análise estrutural Tambor / Eixo – Tensão nos Discos e Espelho ZONAS DE MAIOR TENSÃO Tensão máxima de trabalho não ultrapassa a tensão limite de escoamento do aço (210 Mpa). Análise estrutural Eixo – Coeficiente de segurança no eixo O Coeficiente de segurança mínimo no eixo é 4,8. Análise estrutural do Cavalete de descarga Condições de contorno Esforços Resultantes provocados pela tensão de tração da correia mais o peso do Tambor. Apoios fixos na casa de transferência Análise estrutural do Cavalete de descarga Deformação total O Máximo valor de deformação está na mesa dos mancais que variam entre 2 a 3 mm Análise estrutural Cavalete de descarga – Coeficiente de Segurança O coeficiente de segurança da estrutura varia de 2,5 a 5 nas zonas em destaque. O CS mínimo indicado pelasimulação refere-se ao concentrador de tenção nas soldas da nevura. Falhas apontadas por laudos preditivos Histórico de Laudos 01/01/2009 a 11/07/2010 Equipamento Subconjunto (ativo) Condição Preditiva Data Análise Data Execução TR-117-06 TB-08 LD/LE Executado 10/06/2010 TR-117-06 TB-08 LD/LE Alerta 27/05/2010 Diagnóstico O Rolamento do mancal LD apresenta sinais de defeito na pista externa. O Rolamento do mancal LD apresenta sinais de defeito na pista externa. O rolamento do mancal apresenta defeito na pista externa e gaiola. O rolamento do mancal apresenta defeito na pista externa e gaiola. TR-117-06 TB-08 LD/LE Executado 19/08/2009 TR-117-06 TB-08 LD/LE Alerta 13/08/2009 TR-117-06 TB-08 LD/LE Executado 08/05/2009 TR-117-06 TB-08 LD/LE Intervenção Solicitada 14/04/2009 Rolamento com defeito na pista externa. Rolamento com defeito na pista externa. 11/03/2009 Mancal LD ? Rolamento com início de defeito na pista externa. 05/02/2009 Mancal LD ? Rolamento com início de defeito na pista externa. TR-117-06 TR-117-06 TB-08 LD/LE TB-08 LD/LE Executado Alerta Recomendação Substituir rolamento do mancal LD. Substituir rolamento do mancal LD. Substituir rolamento do mancal. Substituir rolamento do mancal. Substituir rolamento do lado direito. Substituir rolamento do lado direito. Abrir mancais, descontaminar e medir folgas do rolamento dos mancais ld e le. Abrir mancais, descontaminar e medir folgas do rolamento dos mancais ld e le. Levantamento dos esforços no rolamento a Po T1 P T yt W R T1 = T= a= W= 8.719 50.714 180 7146 kgf kgf graus kgf P= 72.773 kgf R= 73.123 kgf a d2 c L d1 a R 73.123Kgf / 2 36561,5Kgf R 365615N 365KN Dados de capacidade total do rolamento aplicado De acordo com a tabela apresentada as cargas estáticas e dinâmicas do rolamento estão muito acima do carregamento total solicitado pelo transportador visto anteriormente, apresentando um coeficiente de segurança de: 6800 KN CS 18,63 365 KN Diagrama de causa e efeito em rolamentos Identificação das Causas Diagrama de Causa x Efeito Causas Prováveis: 4 1 Categorias de Causas: Deficiencia na Lubrificação 1 - Mão - de - Obra 3 Erros na Montagem ? 2 - Métodos Subdimensionamento 3 - Máquinas Problema Falhas no Rolamento 4 2 Rolamento de Baixa Qualidade 3 2 Contaminação 4 Armazenamento Inadequado ? Falta de Minitoramento 5 Desalinhamento topográfico do eixo Causa 9 4 - Materiais 5 - Meio Ambiente Defeito constatado no rolamentos do TB 8 do TR-117-06 após execução do laudo preditivo_VB-2010-9421971 O defeito evidenciado nas fotos mostra que houve falha prematura por abrasão ,na pista externa do rolamento, devido a deficiências na lubrificação. OBS.: Atualmente é utilizada a graxa Mobilith SHC 220 (indicada para rotações e cargas moderadas) com intervalo quinzenal de relubrificação e preenchimento total da caixa do rolamento. Dimensionamento da Graxa pelo método do diâmetro nominal x Rotação Dados do Rolamento D.Externo (D): D.Interno (d): Largura (B): N: Use 0,002 p/ W33 Esfera Cilindricos Radial Esferas DmN: Qtde Graxa Relub: 580 340 190 51 mm mm mm rpm 0,005 e 0,005 p/ demais 1 5 10 23.460 551 Gramas Interv. Aut. Rolos: 13527 Horas* Intervalo Cilind.: 73077 Horas* Inter. Radial Esf.: 147.514 Horas* DmN acima de 400.000: graxa recomendada: Mobiltemp SHC 22/32 ou Mobilith SHC 32 (rotação altíssima). DmN entre 200.000 e 400.000: graxa recomendada: Mobilith SHC 100 (rotação alta). DmN entre 100.000 e 200.000: recomendação: Mobilith SHC 220/PM 220 (rotação moderada). DmN abaixo de 100.000: graxa recomendada: Mobilith SHC 460/PM 460 ou SHC 1500 (rotação baixa). GRAXA RECOMENDADA -->> Graxa utilizada Mobilith SHC 460/PM 460 ou SHC 1500 * Ver intervalo corrigido conforme condições de trabalho e de ambiente (DialSet). Código VALE para a graxa recomendada GRAXA - MOBILITH SHC 460 CÓDIGO VALE: 187326 Considerações Finais • Após a análise realizada podemos concluir: – A estrutura do cavalete, tambor e eixo não apresentam sub-dimensionamento estrutural; – Com a substituição do revestimento dos tambores de acionamento, de borracha natural para cerâmica, que aumenta o coeficiente de atrito entre a correia e o tambor, verificou-se a necessidade de redução da carga de contra-peso. – Devido ao grande numero de laudos preditivos pudemos constatar que há problemas com o rolamento, porém, após análise dimensional do mesmo pudemos constatar que não há sobrecargas (CS=18,63); – Analisando as possíveis causas de falha em rolamentos identificamos os seguintes modos abaixo: • Lubrificação deficiente, • Erros de montagem, • Contaminação, • Armazenamento inadequado • Desalinhamento topográfico do eixo do tambor e/ou carro de tensor. Proposta de novas ações no TR-117K-06 • Carga de contra-peso – Reduzir carga do contra-peso em 4 T de acordo com calculo apresentado. • Lubrificação deficiente – Realizar teste como novo acompanhar resultados. lubrificante dimensionado e • Desalinhamento topográfico do eixo do tambor e/ou carro de tensor – Realizar levantamento topográfico da estrutura do tambor de descarga e carro tensor, e corrigir possíveis falhas. Proposta de novas ações na GETAN • Erros de montagem – Qualificar equipes de manutenção em Tecnologia dos rolamento I e Tecnologia dos rolamento II (conforme anexo I). • Contaminação – Nos locais de contaminação excessiva substituir mancais atuais por de vedação especial (Estudo feito por Oiti Paiva –sup. Preditiva – GAAUN). • Armazenamento inadequado – Verificar o cumprimento das inspeções no almoxarifado; – Garantir cumprimento do plano de inspeção. ANEXO I - Treinamentos Tecnologia dos Rolamentos - SKF Tecnologia em Rolamentos II CCM102 IN COMPANY* Tecnologia em Rolamentos I CCM101 - IN COMPANY* Recomendado para Recomendado para Mecânicos, eletromecânicos, prestadores de serviço, reparadores de motores elétricos, bombas e equipamentos em geral, técnicos e supervisores de manutenção, montadores e inspetores de máquinas, técnicos de análise de vibrações, etc. É apropriado para os responsáveis pelo desempenho, confiabilidade e disponibilidade de equipamentos, que necessitem de conhecimentos básicos sobre rolamentos como: aplicações, ajustes, manutenção, lubrificação etc. Objetivos O curso tem como objetivo oferecer ao participante conhecimento da tecnologia relacionada aos rolamentos como cargas, características construtivas, lubrificação, ajustes, noções sobre falhas e montagem / desmontagem, em aulas teóricas. Conteúdo Programático É utilizada uma combinação de recursos audio-visuais, literaturas, exercícios que simulam situações reais e discussões. Os temas abordados são: Introdução • Principais tipos de rolamentos e suas aplicações • Designações, prefixos, sufixos e características especiais Lubrificação • Características básicas dos lubrificantes • Quantidade adequada de lubrificante • Intervalos de relubrificação Ajustes e tolerâncias • Ajustes adequados por tipo de aplicação • Exercícios práticos Mecânicos, eletromecânicos, prestadores de serviço, reparadores de motores elétricos, bombas e equipamentos em geral, técnicos e supervisores de manutenção, montadores e inspetores de máquinas, técnicos de análise de vibrações, etc. É apropriado para os responsáveis pelo desempenho, confiabilidade e disponibilidade de equipamentos, que necessitem de conhecimentos aprofundados em rolamentos como: aplicações, novas tecnologias existentes, ajustes, manutenção, lubrificação etc. Objetivos O curso tem como objetivo oferecer ao participante conhecimento da tecnologia relacionada aos rolamentos como cargas, características construtivas, lubrificação, ajustes, noções sobre falhas e montagem / desmontagem, em aulas teóricas e práticas. Conteúdo Programático É utilizada uma combinação de recursos audio-visuais, literaturas, exercícios que simulam situações reais e discussões. Os temas abordados são Introdução • Principais tipos de rolamentos e suas aplicações • Designações, prefixos, sufixos e características especiais Novas Tecnologias® • Rolamentos CARB e rolamentos bipartidos • Rolamentos autosérie EXPLORER® Lubrificação • Características básicas dos lubrificantes • Quantidade adequada de lubrificante • Intervalos de relubrificação Ajustes e tolerâncias • Ajustes adequados por tipo de aplicação • Exercícios práticos Introdução à análise de falhas • Marcas normais de trabalho • Introdução aos tipos de falha • Exercícios práticos de análise de falhas Introdução à análise de falhas Montagem e desmontagem • Montagem e desmontagem a frio • Montagem e desmontagem a quente • Montagem e desmontagem - métodos hidráulicos • Ajuste da folga interna em rolamentos autocompensadores de esferas e de rolos • Exercícios teóricos Montagem e desmontagem • Marcas normais de trabalho • Introdução aos tipos de falha • Exercícios práticos de análise de falhas • • • • • • • Montagem e desmontagem a frio Montagem e desmontagem a quente Montagem e desmontagem - métodos hidráulicos Ajuste da folga interna em rolamentos autocompensadores de esferas e de rolos Montagem e desmontagem em eixos cilíndricos, cônicos e buchas de adptação Exercícios teóricos de ajustagem de folga Exercícios práticos de montagem e desmontagem Duração 8 horas (1 dia) Os exercícos práticos são executados em pontas de eixo com buchas, mancais e rolamentos que simulam os tipos de montagem verificados na aula teórica, com a utilização de modernas técnicas e ferramentas de montagem e desmontagem. Das 8:00 às 17:00 hs Duração (*)Realizado na empresa do contratante 16 horas (2 dias) Das 8:00 às 17:00 hs (*)Realizado na empresa do contratante.