COLEÇÃO DESPERTARE
"The Social Panorama
Model" de Lucas Derks
Adaptação da tradução do texto
Para encontrar o seu caminho no mundo social nós
precisamos ter em nossa mente um mapa da reali­
dade (um conjunto de referências também conheci­
do como modelo de mundo).
Para que esse mapa seja útil, prático e aplicável, ele
deve ser uma representação simplificada dos even­
tos e elementos de nossa vida social, enquanto es­
ses eventos e elementos se transformam
permanentemente. Mas quão simplificado, genera­
lizado e abstrato esse mapa pode ou deve ser?
A palavra “relacionamento” indica o nível adequa­
do de simplificação para que um mapa social (Pa­
norama Social) seja eficiente. Uma “relação” é uma
abstração (representação ou compreensão) de uma
série permanente de interações em andamento. “Eu
tenho um relacionamento com você”, significa que
eu mantenho pensamentos e sentimentos a respeito
de nossas interações com certa permanência e esta­
bilidade, mesmo que nossos contatos estejam em
constante atualização e transformação.
Então as perguntas são: “como as pessoas represen­
tam a si mesmas, os outros, suas interações e rela­
ções em suas mentes?”. Que memórias escolhem,
como as escolhem e quão estáveis essas lembranças
são a respeito das outras pessoas? Ainda devemos
considerar que tais representações e memórias so­
bre os outros, ou mesmo sobre nós mesmos, são
simplificações da realidade ou mínimas parcelas do
todo, isto é, as pessoas são muito, muito mais do
que aquilo que somos capazes de representar ou
lembrar sobre elas.
Durante a última década descobriu­se que o mapa
cognitivo (nossa memória da realidade ou mapa de
mundo) que os seres humanos constroem em suas
mentes, são representações ou construções espaci­
ais (Fauconnier, 1997, 2002). O mesmo acontece
com os nossos mapas sociais. Esses são estrutura­
dos como uma paisagem interior tridimensional
composta por imagens abstratas das pessoas (cons­
cientes, semi­conscientes ou não conscientes). As
abstrações possuem tal grau de precisão que nos
permitem ainda reconhecer quem essas imagens
mentais representam, isto é, somos capazes de nos
lembrar das pessoas e daquilo que sentimos sobre
elas, embora sejam pobres representações de tudo
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o que são. Registramos apenas uma pequena parce­
la daquilo que somos capazes de perceber das pes­
soas.
Uma representação de si mesmo(a) (self ou indiví­
duo) situa­se no centro dessa paisagem mental so­
cial (Panorama Social) e representações de todas
as pessoas significantes estão projetadas ou situa­
das em lugares determinados ao redor do centro,
onde situa­se a representação do indivíduo.
As posições exatas nas quais as imagens dos outros
estão localizadas (distâncias, direções, orientações
do foco de atenção e alturas) em nosso próprio Pa­
norama Social provaram ser extremamente signifi­
cativas. Isto nos conduz à principal máxima do
modelo Panorama Social: relação é igual a locali­
zação. Ou, mais precisamente: a qualidade de uma
relação social é amplamente governada pelo ponto
no qual a imagem de cada pessoa é projetada no
espaço mental do indivíduo.
Então, enquanto todas as pessoas reais do mundo
deslocam­se em quaisquer direções, aproximam­se
e afastam­se até finalmente desaparecerem, essa
paisagem interior das imagens sociais mostra­as
como objetos estáveis e definidamente posiciona­
dos, mesmo depois de mortas.
Modelagem Populacional
Algo como o Panorama Social vai além da corrente
de paradigmas da ciência social. Se desejarmos nos
orientar nessa abordagem necessitaremos de novos
conceitos. O Panorama Social pode ser visto como
um produto daquilo que chamamos de Modelagem
Populacional, a qual pode ser contrastada com a
modelagem da excelência de uma pessoa isolada,
tal como propõe a Programação Neurolingüística.
Um modelo de população é parte de uma pesquisa
qualitativa e quantitativa das características de al­
guma parte de nossa própria experiência subjetiva.
O modelo não é Fenomenológico, mas sim Pragmá­
tico; ele mira a descrição daquilo que é útil. Ele
não aponta para a Verdade em si mesma, mas
quando um modelo funciona ele necessariamente
precisa representar a realidade (psicológica, física
ou estatística) de alguma forma.
As distinções num Modelo Populacional são tão
poucas quanto possível, e são escolhidas por causa
da orientação que oferecem durante as suas aplica­
ções práticas. Assim, filosoficamente, tal modelo
tem como objetivo não a verdade sobre o assunto,
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mas a máxima orientação durante a ação.
Muito frequentemente, o modelador populacional
começa com uma hipótese a respeito de como al­
gum segmento da experiência é estruturado de for­
ma geral dentro de um grupo. Para posteriores
elaborações sobre isso através dos resultados das
entrevistas de um grande número de sujeitos. Esses
sujeitos são questionados dentro de um contexto
da aplicação: como acontece dentro de uma nego­
ciação, na psicoterapia ou num treinamento.
Antes do Panorama Social, o modelo da Linha de
Tempo Pessoal constitui­se num outro exemplo de
Modelagem Populacional. No caso da Linha de
Tempo Pessoal, a hipótese era que as pessoas re­
presentavam o tempo numa forma espacial linear.
Após trabalhar­se com essa hipótese durante vários
anos os pesquisadores do assunto puderam identifi­
car e enumerar uma quantidade de padrões cultu­
rais e universais nas formas das pessoas
representarem o tempo (Caso perguntemos se real­
mente existe a Linha de Tempo, a resposta mais
adequada será negativa! Porém, tudo se passa
como se existisse, assim o modelo nos proporciona
a oportunidade de fazer intervenções produtivas
em nossa representação da realidade).
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O modelo da Linha de Tempo provou ser muito
produtivo e eficaz para a compreensão da mente
social atual e para as alterações na percepção do
tempo em problemas de planejamento, gerencia­
mento de emoções e de memórias de situações es­
tressantes, motivação e realização de objetivos.
De forma semelhante, o Panorama Social oferece
um modelo de análise e intervenção muito eficaz
na solução de conflitos, melhora de performance
na comunicação e nos relacionamentos.
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