SHEILA ANTONY 2011 [email protected] A adolescencia é um fenomeno biológico, psicológico e social que afeta o individuo em sua totalidade organísmica-existencial. A palavra adolescente tem uma dupla origem etimológica. Vem do latim ad (a, para) e olescer (crescer), significando processo de crescimento e também de adoecer. Portanto, adolescer representa aptidão para crescer e adoecer. A OMS considera a adolescencia como constituída em 2 fases (10-16anos e 16-20 anos). Em geral distingue-se 3 etapas com flutuações progressivas e regressivas. 1) Adolescencia inicial (10 a 14 anos) : transformações corporais e psiquicas. 2) Adolescencia média (14 a 17 anos): passagem da bissexualidade para a heterossexualidade. 3) Adolescencia final (17 a 20 anos): estabelecimento de novos vínculos com os pais, a questão profissional, a aceitação do novo corpo e dos processos psiquícos do mundo adulto. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990. Ela regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirado pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, internalizando uma série de normativas internacionais. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Luto do corpo (redefinição da imagem corporal) Luto das imagens parentais da infancia Reorganização da identidade e delimitação da individualidade. Aceitação da sexualidade e definição da identidade sexual. Busca da independencia dos pais e estabelecimento de um novo vinculo parental. Escolha de uma carreira profissional. Construção de um sistema pessoal de valores moral, social, cultural. McConville (1995): 1) O adolescente está desprendendo-se do campo familiar. 2) O adolescente está aumentando a capacidade de interiorização. 3) O adolescente está integrando as mudanças internas e externas - criando novas modalidades de contato/engajamento e reorganizando a identidade. Ampliação da consciência como um todo (corpomente-outro-ambiente). Definição das fronteiras do self e fronteiras do ego (manifestação e organização da identidade ) Delimitação das fronteiras de contato (a relação com o outro, com o grupo, com os pais). Oposição aos introjetos familiares e sociais. Busca pela libertação da confluência familiar (substituição do vinculo de dependencia infantil). “Considera-se normal um adolescente que se comporte durante um longo período de maneira incoerente e imprevisível; que se oponha a seus impulsos e os aceite; que consiga evitá-los e se sinta submetido a eles; que ame seus pais e os odeie; que se rebele contra eles e que dependa deles; que se sinta envergonhado de reconhecer sua mãe frente aos demais e que deseje de todo coração falar com ela; que busque a imitação e a identificação com outros, enquanto busca sem cessar sua identidade; que seja idealista, amante da arte, generoso e desinteressado, porém também o contrário, que seja egocentrico, egoísta e calculador...Existem poucas situações na vida que sejam mais difíceis de enfrentar que a de um filho ou uma filha adolescente que luta por liberar-se”. (Anna Freud) 1) 2) 3) 4) funcionamento em casa relacionamento com os pais funcionamento na escola ou no trabalho relacionamento com o grupo social Cadeira vazia. Diálogo de polaridades. Uso de bonecos para trabalhar as relações familiares, situações da vida escolar. Argila para mobilizar emoções, corpo, energia agressiva. Sentenças-eu. Livros, estórias.