NA PRÁTICA Tão longe, tão perto A liderança que não conhece fronteiras Estilo Corpo em movimento O esporte pode melhorar seu rendimento profissional? Outubro/2013 Ano 36 - nº 328 UMA QUESTÃO DE As empresas estão adotando princípios de conduta mais adequados ou apenas investindo no ‘marketing do bem’? RECURSOS HUMANOS, a marca da administração a marca do administrador facebook.com/ oficial.crasp twitter.com/ cra_sp www.crasp.gov.br/ Editorial Ética como exercício cotidiano melhores negócios. E isso não se discute mais. A ética deve naturalmente ocupar posição central no papel desempenhado pelas corporações. Como se vê, a ética no mundo corporativo parece, sim, uma utopia possível. Ao que tudo indica, finalmente, abandonamos o marketing bem-intencionado do passado junto aos acionistas, ao mercado e a sociedade e fincamos o pé na realidade. Agora, temos que dar o passo seguinte: o passo em direção à ética na vida pública, na política, na relação entre os cidadãos e os seus representantes. Basta de contemporizar, de acreditar que o que está errado é fruto de anos e anos de desmandos. Claro, somos o resultado da nossa história, mas precisamos de disposição para mudar aquilo precisa ser mudado. Digo, a ética não brota do chão. Um País mais ético é um País formado por pessoas preocupadas com esse tema, um País formado por eleitores atentos, cidadãos capazes de fiscalizar, cobrar e exigir uma postura mais moderna (portanto, ética) dos seus representantes. O brasileiro precisa se enxergar em sua classe política. Por isso, precisa se orgulhar dos seus representantes. Como isso? Com um banho de ética. MARCELO MARQUES Ética não pode ser apenas um conceito abstrato. Também não pode ser uma palavra vazia ilustrando um belo livro sobre a mesa dos nossos escritórios. E, sobretudo, ética não pode ser apenas o que se cobra dos outros. Ética, amigos, é aquilo que devemos praticar na nossa vida cotidiana, nas nossas relações pessoais e profissionais. Ética, me desculpem a redundância, é aquilo que devemos plantar em nossos ambientes corporativos (sejam eles grandes multinacionais ou pequenos comércios familiares). Não podemos pensar no futuro de nossas companhias sem pensar na herança que deixaremos para nossos filhos e netos. E essa herança está intimamente ligada à retidão das nossas decisões. É preciso administrar com ética. Uma constatação importante é que a preocupação com posturas éticas nas empresas só tem crescido – e se tornado fundamental em qualquer organização. Hoje, um conceito como compliance já é parte integrante do vocabulário empresarial. Não temos mais nenhuma dúvida de que precisamos buscar constantemente um caminho para a sustentabilidade nas organizações - principalmente para que acionistas e investidores não sejam surpreendidos. Não existem mais abismos entre a busca do lucro justo e uma atitude ética. Quem quer levar vantagem em tudo é porque perdeu o bonde da história – e, provavelmente, não está mais em condições de disputar espaço em um mercado competitivo. Um mercado cada vez mais tecnológico e dinâmico, que, por sua própria natureza, exige a ampliação daquilo que entendemos por ética. Por esse motivo, ter parâmetros éticos enraizados na cultura de uma empresa é uma vantagem competitiva. A solidez de um código de ética garante a lisura das relações e a certeza de Adm. Walter Sígollo Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRA-SP 3 facebook.com/ twitter.com/ oficial.crasp Presidente Administrador Walter Sigollo cra_sp SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Diretoria Adm. José Alfredo Machado de Assis Vice-presidente Administrativo Adm. Milton Luiz Milioni Vice-presidente de Relações Externas RIBEIRÃO PRETO PRESIDENTE PRUDENTE BAURU CAMPINAS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Adm. Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker Vice-presidente de Planejamento SOROCABA Adm. Hamilton Luiz Corrêa Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Teresinha Covas Lisboa 1ª Secretária GRANDE SÃO PAULO SANTOS Seccionais CRA-SP Adm. Roberto Carvalho Cardoso 2ª Secretário Seccional de Bauru Delegado: Adm. William Lisboa Simas Coordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo Sperança Rua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro 17015-311 - Bauru - SP Tel.: (14) 3223-1857 [email protected] Adm. Antonio Geraldo Wolff 1º Tesoureiro Adm. Álvaro Augusto Araújo Mello 2º Tesoureiro Conselheiros Arlindo Vicente Junior, Carlos Antonio Monteiro, Edgar Kanemoto, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Marco Antônio Sampaio de Jesus, Nelson Reinaldo Pratti, Rogério Góes, e Silvio Pires de Paula (representante do CRA-SP no CFA) Conselho Editorial Coordenador: José Alfredo Machado de Assis. Integrantes: Hamilton Luiz Corrêa, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Milton Luiz Milioni, Roberto Carvalho Cardoso, Teresinha Covas Lisboa e Maria Cecilia Stroka Redação Editora-chefe Maria Cecilia Stroka (Mtb 18.357) Editor Gilberto Amendola Repórter Marcos Yamamoto Publicidade Publicidade Nominal Representações Diagramação e arte Propagare Comercial Ltda. Impressão Plural Editora e Gráfica Ltda. Tiragem 45.000 exemplares A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP. Rua Estados Unidos, 889 Jd. América – 01427-001 – SP Tel.: (11) 3087-3200 [email protected] www.crasp.gov.br Seccional de Campinas Coord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí 13025-151 – Campinas – SP Tel.: (19) 3307-8555 [email protected] Seccional de Presidente Prudente Analista responsável: Adm. Manoel Barreto de Souza Av. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque 19010-080 - Presidente Prudente - SP Tel.: (18) 3916-7544 [email protected] Seccional de Ribeirão Preto Delegado: Adm. Marcos Silveira Aguiar Coordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SP Tel.: (16) 3621-1061 [email protected] Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira) Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro Busch Av. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande 11060-000 - Santos - SP Tel.: (13) 3221-9357 [email protected] Seccional de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. 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Aida Rodrigues Avenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim 18047-620 - Sorocaba - SP Tel.: (15) 3233-8565 [email protected] A liderança sem escritório ou endereço fixo getty images Sumário 3 Editorial em Na Prática 6 Perfil Administrador Devanir Silva, superintendente da Abrapp getty images Como funciona uma avaliação de performance em empresas competitivas em Conhecimento 10 Capa Uma questão de ética Reflexões sobre a conduta das empresas e seus administradores 16 Conhecimento Avaliação de performance Como uma avaliação de desempenho eficaz pode garantir melhores resultados 20 Na prática A aplicação de códigos de ética e conduta no cotidiano empresarial em Capa Tão longe, tão perto Comandar equipes a distância tem suas vantagens e armadilhas 24 Estilo Esportes e a cultura corporativa Saiba porque uma atividade física pode melhorar sua vida no trabalho 30 Notícias RAP Digital, pesquisas, concurso cultural e muito mais 34 Opinião Adm. Antonio Vico Mañas Perfil por Gilberto Amendola MARCELO KURA Homenageado com a distinção Administrador Destaque, concedida pelo CRA-SP, Devanir Silva, superintendente da Abrapp, fala nesta entrevista sobre os desafios da previdência social e a importância da difusão da ‘cultura da poupança’ Para quem não quer se aposentar da vida O superintendente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada), o administrador Devanir Silva, 60 anos, tem uma definição impactante sobre a função da chamada previdência complementar: “O fato é que quando nos aposentamos do trabalho, a gente não se aposenta da vida. A previdência complementar é uma maneira de o cidadão exercer a plenitude da sua cidadania”. 6 Homenageado pelo CRA-SP, Silva explica nesta entrevista exclusiva que não defende a privatização da previdência social, mas acredita na importância de uma previdência complementar. Ele também demonstra uma preocupação com a equação entre a força de trabalho que está na ativa e aquela que está deixando este mercado. “Hoje, a longevidade é maior. O País está envelhecendo. Em duas décadas, podemos enfrentar um problema grande de finan- ciamento desta previdência”, afirmou. Para ele, a principal questão é a de tentar explicar a importância da ‘formação de poupança’ para o brasileiro médio. “Vivemos uma sociedade de consumo. Desde cedo, somos incentivados a gastar. O que precisamos é ensinar a importância de poupar. Só uma poupança pode garantir nossa capacidade de consumo mesmo depois de uma idade avançada”, disse. Silva acredita que sua formação como administrador foi fundamental para o desenvolvimento de sua carreira profissional e para uma visão mais abrangente da realidade econômica e social. “ Como administrador, você tem muito mais capacidade de gestão – isso em diversas situações e ambientes”. reduzido em termos de quem financia. RAP: Quanto tempo a nossa previdência ainda pode suportar essa carga? Devanir Silva: O Brasil é um dos poucos países em que ainda existe o chamado bônus demográfico – ou seja, a população em idade ativa (mais de 15 e menos de 65 anos) ainda é muito expressiva. Nos ainda temos, talvez, duas décadas com a população em idade ativa muito superior à inativa. Esse financiamento ainda é possível porque somos um país jovem em termos de massa trabalhadora. Mas isso vai se inverter. E a perda deste bônus demográfico vai ser sentida. Temos que aproveitar esse momento para fazer as reformas e mudanças necessárias para um equilíbrio sustentável. RAP: Previdência Social é um dos grandes temas econômicos do mundo. O debate sobre o modelo de previdência e suas implicações costuma ser RAP: Algum país encontrou uma solução para acirrado. Neste sentido, gostaria de saber se, na essa equação? sua opinião, a previdência social será sempre um Devanir Silva: Cada vez mais, o estado tem vincu‘cobertor curto’ e um problema para futuras ge- lado o benefício a uma previdência mais modesta. rações? Ela é uma previdência quase que Devanir Silva: O Brasil talvez de caráter social apenas, uma tenha um dos modelos onde você "O Brasil é um dos previdência para amparar as encontra a maior reciprocidade (a únicos países em pessoas... Em alguns países, como relação do que você contribui com Suécia e Dinamarca, já existe uma o que você recebe). Agora, o grande que você ainda tem previdência capitalizada obrigatóproblema, e isso é um problema inria. A previdência desses países ternacional, é que você tem transfe- uma aposentadoria é distributiva numa faixa muito rência de encargos entre gerações. pequena, voltada para pessoas de por idade" O que está acontecendo é que nós baixa renda. Em faixas salariais estamos trabalhando para financiar mais elevadas, a previdência pera aposentadoria de quem já parou. Se os avanços da mite ao cidadão montar o seu próprio plano. medicina permitem uma longevidade maior; por outro lado, a realidade de um mercado mais acirrado e RAP: A questão é que qualquer tentativa de aluma série de mudanças sociais e comportamentais terar a previdência social no Brasil é combatida fazem com que as pessoas tenham menos filhos. com energia... Ou seja, você tem a redução da força de trabalho Devanir Silva: Ninguém gosta de mexer nisso. O que entra no mercado e um aumento de quem sai. Brasil é um dos poucos países em que você tem uma Essa relação demográfica é muito perigosa para a aposentadoria por idade. Hoje, você se aposenta muito previdência e o equilíbrio dos orçamentos. Isso é o cedo. Um trabalhador com 52 anos, em minha opinião, que chamamos de cobertor curto... Quem tem uma ainda está adquirindo conhecimento. Eventualmente, renda um pouco acima da média, não encontra a essas pessoas vão morrer aos 90 anos. Ou seja, elas reciprocidade na previdência social – e daí precisa podem ficar na dependência do estado por 30 anos. buscar uma previdência complementar. Do ponto Em alguns países, a idade está sendo aumentada para de vista daqueles que estão protegidos, e o Brasil que o orçamento se reequilibre. ainda é um País de renda baixa, nossa previdência ainda consegue atender essa demanda. O problema RAP: A Abrapp defende a privatização da preé o financiamento. O mercado está cada vez mais vidência? 7 CREDITO MARCELO KURA Perfil Silva: "A previdência complementar não substitui a previdência social. O dever do Estado é fundamental" Devanir Silva: Não. Sempre tem a desconfiança de que queremos privatizar a previdência. A presença do Estado é fundamental. O cobertor precisa se adequar, mas não podemos jamais aboli-lo. A previdência complementar não substitui a previdência social. Ela complementa. O dever do Estado é fundamental. A previdência tem que ser justa e proteger quem precisa. Muito dessa confusão se dá porque o Brasil discutiu por muito tempo aquilo que era o modelo chileno. O que foi esse modelo? Era a privatização total da previdência. O Brasil, felizmente, caminhou para o lado oposto. Muita gente acreditou que o modelo chileno era o ovo de Colombo. O Estado saía completamente da história e privatizava a previdência. Quando aconteceu, em meados dos anos 80, o Pinochet deu um aumento generalizado de salário, em torno de 10%, e disse que as pessoas tinham que escolher sua previdência e que o Estado estava fora. Anos mais tarde, o Chile teve que reverter isso – porque foi criada uma sociedade sem proteção. O cidadão simplesmente não fazia a poupança. RAP: Como explicar a importância da previdência complementar para o cidadão comum? Devanir Silva: Acho que a gente parte do princípio 8 fundamental de que todos nós precisamos entender o conceito de formação de poupança. Apesar de sermos uma economia de consumo, temos que criar uma cultura financeira de que é preciso poupar. É fato que a nossa capacidade produtiva se reduz ao longo dos anos. As pessoas ficam doentes, elas ficam mais velhas... É difícil explicar isso para um jovem – que é muito imediatista e está querendo ver seu benefício de forma mais rápida possível. A primeira visão é a necessidade de poupança . E a necessidade de complementá-la – porque a previdência social é um coberto curto. O fato é que quando nos aposentamos do trabalho, a gente não se aposenta da vida. A previdência complementar é uma maneira de o cidadão exercer a plenitude da sua cidadania. Ou seja, continuar no mercado de consumo e fazendo o que ele fazia antes, sem isolamento. RAP: O brasileiro já incorporou essa cultura da poupança? Devanir Silva: Nós avançamos, mas o brasileiro não tem essa cultura da poupança. Aliás, não é só o brasileiro... O Brasil criou uma estratégia nacional de educação financeira (ENEF). O que eu espero é a gente comece a entender esses conceitos ainda no banco escolar. Esse é um dos grandes desafios. Hoje, infelizmente, ainda tratamos o assunto com prioridade baixa. Perdemos oportunidades de formar essa poupança. As pessoas só começam a se preocupar com isso quando já estão próximas de tomar uma decisão em relação à sua própria aposentadoria. RAP: Imagino que exista uma dificuldade em convencer alguém sobre um investimento de 30 anos. Algo que, além de tudo, ainda precisa ser acompanhado de perto... Devanir Silva: Eu só um dos que defendem a necessidade de ter o produto adequado para a pessoa certa. Quando o modelo nasceu no Brasil, ele atendeu um tipo de pessoa. Hoje, você tem uma geração cuja permanência em uma empresa é muito mais curta. Os planos previdenciários precisam mudar. Você também precisa oferecer uma capitalização para saúde e educação. RAP: Existem muitos riscos para quem investe em uma previdência complementar? Devanir Silva: Nosso sistema é bem fiscalizado. Nossa legislação é um exemplo para várias nações. Mas tudo o que é investimento envolve riscos. É um risco que em qualquer atividade você vai correr. Mas hoje isso é muito mitigado no Brasil. Nós temos uma legislação de qualidade. O conselho básico é pulverizar os investimentos, você não pode colocar todos os ovos em uma cesta só. plementar junto ao judiciário? Devanir Silva: Como são as empresas que patrocinam os fundos, é normal que um sujeito quando sai da empresa, e tem um problema trabalhista, tente transferir para o fundo essa questão. Temos que mostrar ao judiciário que são coisas distintas, que o sistema é mutualista. Se alguém sai, e de alguma forma, prejudica o fundo de pensão, essa conta fica com quem está pagando o fundo. RAP: Em relação aos riscos, o governo pode fazer algo para ajudar? Devanir Silva: O papel do governo é o de fomento. O de aprimorar e expandir a cultura previdenciária. RAP: E se a empresa por trás do fundo de penO que se quer é que se tenha regras mais favoráveis. são quebra? É justo você dar o mesmo tratamento tributário Devanir Silva: Hoje, os fundos são meramente para aquela pessoa que manteve um investimento operadores de planos. Os fundos são apartados. por 30 anos e para aquela que optou por um tipo Eles não se misturam com o patrimônio da emde investimento que pode ser resgatado a qualquer presa que está por trás dele. Aquela reserva finanmomento? Não, não é. Qual é a nossa luta? Pra ceira pertence, exclusivamente, aos participantes que você, que fez um esforço extra, do fundo. O que você tem que tenha um tratamento diferenciado. tomar cuidado é para que essa Hoje, por exemplo, não podemos "Os fundos de pen- reserva esteja sendo constituída mais ter aplicações compulsórias. Os uma maneira adequada. Não são têm que ter a de fundos têm que ter a liberdade de adianta montar um fundo de penaplicar naquilo que rende, naquilo liberdade de aplicar são com uma empresa que não que é seguro... faz o aporte de capital da parte naquilo que rende, no dela. O governo pode intervir. No RAP: Recentemente, em entreBrasil, um caso mal resolvido, por vista ao jornal o Estado de S.Paulo, que é mais seguro" negligência, e por uma estrutura a Abrapp se posicionou de maneira que considero frouxa de fiscalizareticente à participação de fundos de pensão em ção, foi o da Varig – um caso que até hoje está aí. investimentos em infraestrutura no País. Por quê? Fizeram uns 20 acordos de dívida com a Varig e ela Devanir Silva: Na verdade, o investimento em não honrou nenhum. Aquilo ali, no primeiro acordo infraestrutura tem o perfil do investidor de longo não cumprido, já era pra intervir. Neste sentido, o prazo, que é o perfil do investimento de fundos de governo precisa ser mais atuante. Em alguns paípensão. A única coisa que alertamos é que esse é ses, você tem um fundo de solvência. Neste caso, um investimento que precisa ter segurança jurídica se tudo der errado, o fundo de solvência poderia de longo prazo, rentabilidade e, preferencialmente, arcar com os custos. um bom nível de liquidez. Nós não somos contra, mas precisamos fazer esse alerta. RAP: Como a formação em administração colabora com o seu trabalho? RAP: Qual o principal papel da Abrapp? Devanir Silva: Não tenho dúvida de que de maDevanir Silva: Eu diria que o nosso papel é o de neira fundamental. Eu teria muita dificuldade sem ser um centro de excelência técnica. O papel de essa formação em administração. Graças a ela, tive trabalhar para o desenvolvimento sustentável da várias oportunidades. Trata-se de um curso dinâprevidência complementar no Brasil. Outro ponto mico e interessante – em que você atua em todos é a defesa institucional da previdência comple- os segmentos (financeiro, pessoal, de planejamento, mentar – junto aos fóruns, ao judiciário, ao legis- viabilização, venda...). A administração permite uma lativo... visão mais eclética ao gestor. Mesmo nas especializações, você adquire conhecimentos a partir de RAP: Como se dá a defesa da previdência com- uma visão global. 9 Capa por Gilberto Amendola e Marcos Yamamoto As empresas estão aplicando seus códigos de ética e conduta de forma efetiva ou apenas fazendo ‘marketing do bem’? Saiba o que administradores e especialistas pensam sobre o assunto 10 Ainda assim, ética seria algo que pode ser aprendido e transmitido dentro de uma estrutura empresarial? O Administrador Silvio Passarelli, diretor da faculdade de Administração da FAAP, acredita que apesar de todas as faculdades de administração ministrarem disciplinas de ética, a sua difusão passa por toda a vida da pessoa, desde o convívio familiar. “A docência tem o compromisso de permear uma clareza de princípios em todas as disciplinas. Mas de nada adianta se o professor não respeita os alunos, é autoritário, aplica avaliações desproporcionais ao que é ensinado de fato. O educando não aprende exclusivamente apenas na sala de aula, mas em todas as suas relações”. Professor de ética, Marco Antônio Araújo Junior, diz que é preciso diferenciar ética de moral "Moral é um traço cultural e pode variar bastante" No papel Ter clareza sobre o conceito é fundamental para que um código seja produzido, impresso e incorporado ao ambiente de uma empresa. “Ao produzir um documento como esse, a empresa está deixando claro quais são os parâmetros daquilo que considera razoável e aplicável em seu dia-a-dia. Ao explicitar seus princípios éticos, ela também vai nortear o conjunto de seus colaboradores e firmar um compromisso com eles”, diz Araújo. O administrador e sócio da consultoria KPMG, Sidney Ito, acredita que os códigos de ética precisam tratar de temas já incorporados na cultura da empresa. “Os princípios éticos devem estar embutidos na missão, visão e, em outro momento, na definição do planejamento estratégico. Os princípios devem estar alicerçados por políticas, normas, procedimentos, treinamentos, reconhecimento e até punições. Só assim o código de ética pode ser algo prático e se estender por toda a companhia. Ele também não deve ser circunstancial, mas incorporado em sua perenidade”, afirma. Para o adminisDivulgação U ma enquete realizada pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP trouxe um dado alentador: 57% dos administradores atuam em empresas que possuem códigos de ética. Embora o resultado aponte um avanço inequívoco, é preciso ir além dos números e investigar se tais códigos são mais do que uma bonita peça de ficção sobre a mesa do escritório. “O discurso ético se tornou muito utilizado como estratégia de marketing para o público interno e externo das corporações. A palavra ‘ética’ virou um bem de mercado comparável à ‘sustentabilidade’. Há dois anos tenho criticado em palestras, e agora em livro (O Executivo e o Martelo: reflexões fora da caixa sobre ética e negócios), o uso do conceito de ética e moral como ‘valor’, pois as pessoas não fazem muita ideia do que ela seja e mesmo assim dizem praticá-la. Ética é mais do que um valor, ela é o próprio conjunto de valores”, adverte o professor do HSM Educação e Livre-Docente de Ética e Ciência Política na Escola de Comunicação e Artes da USP, Clóvis de Barros Filho. Sendo assim, o primeiro passo para entender a aplicabilidade da ética no cotidiano dos negócios é conhecer o seu significado mais básico. O professor de Ética Profissional, Direito do Consumidor e Direito Eletrônico da Faculdade Damásio Educacional, Marco Antônio Araújo Junior, afirma que a ética está relacionada com a ‘boa-fé’ nas relações pessoais e profissionais. “Não fazer com o outro o que você não gostaria que fizesse com você é um conceito simples – e que mostra de forma direta o que é ser ético”. O próprio Araújo faz uma ressalva importante. “Ética é diferente de moral. Ético é não falar mal de um colega, é não furtar... Muito diferente de moral. Afinal, moral é algo cultural e pode variar de pessoa para pessoa, de país para país, cidade para cidade “. 11 Capa dio Abramo, tem uma posição radical em relação aos códigos de ética empresariais. “Não acredito nisso. Trata-se de puro marketing. Não que não existam pessoas e empresas bem-intencionadas. Claro que existem, mas esses códigos não resultam em nada objetivo. A pergunta que faço é quanto disso deixou de ser só retórica e foi aplicado? Quem já sofreu processos internos por descumprimento de um código? Quantas foram punidas após um processo interno?”. Segundo o consultor do 'Espaço Ético', Arthur Meucci, a maioria das empresas não quer um código de ética "querem apenas um texto bonito para divulgação" 12 trador e coordenador do grupo de ética e sustentabilidade do CRA-SP, Germano Julio Badi, um código de ética e de conduta só será efetivo se obedecido pelo presidente da companhia. “Código não é semáforo. Não é só uma conveniência, mas implica em vivência. É preciso que o dono da empresa, os acionistas e os líderes deem o tom no topo da pirâmide. O presidente tem que ser um exemplo ético e obedecer a essas regras. Se ele não for, o código fica somente uma coisa para inglês ver”. O consultor e produtor de conteúdo do Espaço Ético, Arthur Meucci, conta que tem recebido muita demanda de empresas querendo códigos de ética. “Mas quando proponho uma consultoria séria, envolvendo um trabalho de educação e participação direta dos funcionários na elaboração do código, a solicitação é descartada. A maioria das empresas quer somente um texto bonito para divulgação pública que seja consonante com o marketing institucional”. Neste mesmo sentido, o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Cláu- Uma iniciativa do Instituto Ethos e da Controladoria-Geral da União pode transformar esse discurso sobre ética empresarial em algo bastante sólido – e responder àqueles que ainda enxergam com ceticismo a utilização de códigos de ética e conduta no mundo dos negócios. Trata-se do Cadastro Nacional de Empresas Comprometidas com a Ética e a Integridade (Cadastro Pró-Ética). A coordenadora de projetos de políticas públicas do Instituto Ethos, Marina Martins Ferro explicou que o objetivo do cadastro é “avaliar e divulgar as companhias voluntariamente engajadas na construção de um ambiente de integridade e confiança nas relações comerciais”. “Ao aderir ao cadastro, as empresas assumem o compromisso público e voluntário, perante o governo e a sociedade, Marina Martins, coordenadora do Instituto Ethos, diz que a adesão ao Pró-Ética é compromisso com a sociedade. Divulgação Divulgação Empresa Pró-Ética de que adotam medidas para prevenir e combater a corrupção, em favor da ética nos negócios”, disse Marina. Para participar do cadastro é necessário que as empresas possuam uma série de ferramentas para prevenir a corrupção internamente, tais como Código de Conduta, políticas de auxílio ao poder público no combate à lavagem de dinheiro; sistemas de controle interno e auditoria. “Para entrar nesse cadastro as empresas respondem um questionário com cerca de 70 perguntas referentes aos métodos e procedimentos éticos”, conta Marina. Marina também lembrou que já está sendo elaborada uma proposta de decreto para regulamentação da Lei 12.846/2010, a lei anticorrupção empresarial. “O endurecimento da legislação vai estimular o desenvolvimento e o aprimoramento dos sistemas de compliance, pois a lei prevê que as sanções serão atenuadas quando a pessoa jurídica tiver instituído ‘mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta’”, pondera. Administrador e diretor da FAAP, Silvio Passarelli, diz que ética é algo que se aprende ao longo da vida, no convívio familiar Divulgação Divulgação Diretor da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo, acredita que códigos de ética são "peças de marketing" “Não existe regras universais na elaboração de códigos. Nem condutas corretas ou condenáveis que possam ser generalizadas. O que proponho é uma educação ética de qualidade nas empresas para capacitar todos os funcionários a entender sua importância e palpitar sobre aquilo que está certo ou errado no ambiente de trabalho”, diz Barros. Pelo mesmo caminho segue Meucci: “Muitas empresas subestimam a capacidade de seus funcionários de refletir e legislar sobre suas próprias ações. Na maioria das vezes contratam um guru ou uma consultoria estrangeira para definir as regras de conduta dos funcionários. Por motivos óbvios não dá certo”. Engajamento Os especialistas em ética concordam que um dos pontos chaves para o sucesso de um código de ética é o engajamento de todos os colaboradores de uma empresa. 13 Capa Em alguns casos, a contratação de uma consultoria pode ajudar a implementar o próprio código de ética. “A consultoria analisa o grau de maturação ética da empresa. Se não tiver isso enraizado, é necessário todo um trabalho de base. Quando falta comunicação, realizamos treinamentos e workshops. Também ajudamos a organizar o código de conduta e ética e a ouvidoria. Não basta copiar e colar o que existe em outras organizações, pois cada um tem suas responsabilidades e especificidades”, diz Ito. Aliás, Ito também ressalta a importância da criação de uma ouvidoria na construção e fiscalização dos alicerces éticos de uma empresa: “O termo ‘canal de denúncia’ está ligado apenas a casos graves. Por outro lado, ‘Ouvidoria’ está mais aberta ao envio de dúvidas e, com isso, pegar o problema no começo da bola de neve”, disse. “A gestão deve auxiliar em sanar dúvidas dos colaboradores ou identificar e comunicar possíveis erros; uma área de compliance (normas de cumprimento de normas legais e regulamentares) e gestão de risco que Divulgação Para o professor da HSM Educação, Clóvis de Barros Filho, a palavra 'ética ' virou um bem de mercado comparável à 'sustentabilidade' 14 PACTO GLOBAL Iniciativa desenvolvida pelo ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção estão refletidos em 10 princípios. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente. Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos. As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva. A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. A abolição efetiva do trabalho infantil. Eliminar a discriminação no emprego. As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental. Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. Ética x Lucro Um dos grandes desafios da cultura ética nos meios empresariais é a criação de pontes entre uma atuação transparente e o tão almejado lucro. Será realmente possível criar essa conexão entre essas duas pontas? “O lucro deve ser uma meta, sim. A ética é a diretriz de um lucro adequado, sustentável e de longo prazo. É possível ter alto lucro, alta sustentabi- lidade e alta ética”, diz Ito. Já para o professor Clóvis existe um abismo entre ética e lucro: “Muitas vezes o lucro está acima do respeito às pessoas. A finalidade de uma empresa é obter lucro, e nisso não há nada de errado. O problema é saber até onde uma empresa pode lucrar respeitando os seres humanos e o meio ambiente”. O também professor Araújo afirma que é possível unir as duas pontas: “Acho totalmente possível ser ético e obter lucro. A questão é que a ética vai te impor limites do que é aceitável, justo e de bom-senso. Dentro desses limites, não existe problema nenhum em obter lucro”. Passarelli enxerga neste debate uma mudança importante de conceitos: “ Antes, um bom resultado era exclusivo em moeda, monetário. Nos últimos 20 anos, estamos mais complexos. Além da necessidade de gerar resultados para os acionistas, o gestor precisa se ocupar de questões de sustentabilidade, respeito e governança corporativa, sendo intransigente no cumprimento legal, trabalhista, tributário e fiscal, com pagamentos justos aos colaboradores – e, se possível, acima da média do mercado”, diz. “ A ética é derivada ao valor que se dá ao ser humano e seus direitos. A empresa humanista pauta suas ações no estrito respeito ao ser humano, seja o vizinho da fábrica ou o presidente do banco. Não podemos jamais transgredir esse limite em nome de uma produção mais barata e o lucro imediato”, completa. Para Julio Badi, a ética é um tema que precisa ser debatido por todos os administradores. “A cada decisão que você toma, existe a necessidade de uma reflexão ética. Toda vez que você vai pensar um orçamento, vai decidir sobre bônus ou ter qualquer outra postura enquanto gestor, você precisa fazer uma reflexão ética. Aí, eu pergunto: Vale a pena ser ético? Sim! Não é fácil. É difícil. Mas é melhor ter um comportamento uniforme e ético do que ficar ao sabor da conveniência”. Divulgação monitora se tudo está sendo feito corretamente; a auditoria interna e, por último, o canal de denúncia”, completa. O diretor geral da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Henrique Neves, fala sobre o serviço de atendimento ao cliente do Albert Einstein: “Recebemos queixas, sugestões e elogios, que são encaminhados aos departamentos cabíveis para que tomem conhecimento, avaliem e, se for o caso, corrijam procedimentos. Possuímos o SAC RH, voltados aos colaboradores que queiram formalizar casos anonimamente ou não. Todos os acontecimentos contrários ao código de ética devem ser analisados perante um Comitê de Ética, que pode esclarecer ou julgar o caso”. Para o gerente de inovação do Sebrae-SP, Renato Fonseca, as pequenas e médias empresas (PME) também devem manter seus colaboradores engajados na construção de uma marca ética: “Os princípios éticos da empresa vão refletir no produto entregue ao cliente, isso faz com que ela ganhe mais valor no mercado, por seguir parâmetros em suas relações”, disse. “A PME precisa ter clara a forma de lidar com os colaboradores desde a fase de contratação. A mesma preocupação deve se dar durante a difusão da cultura dela com ações de responsabilidade social e ambiental, transparência, respeito ao consumidor, aos contratos e concorrentes, na forma como realiza a comunicação corporativa. A ética é a pedra fundamental de todos os processos organizacionais e de interação”, afirma. Administrador e coordenador do grupo de ética e sustentabilidade do CRA-SP, Germano Júlio Badi, diz que código de ética não é só conveniência, mas vivência 15 Conhecimento GETTY IMAGES por Gilberto Amendola Performance na balança Saiba como uma avaliação de desempenho justa e eficaz pode melhorar o clima corporativo e trazer ganhos para os negócios O capital mais valioso de qualquer empresa é o humano. É pouco provável, pra não dizer impossível, que alguma companhia chegue a algum lugar sem uma equipe de colaboradores 16 afiados, talentosos e satisfeitos. Por isso, corporações com desempenho acima da média estão cada vez mais atentas à avaliação de desempenho de seus quadros. Uma avaliação de desempe- nho coerente – com reflexos em programas de crescimento dentro da própria empresa, bônus de fim de ano e outros benefícios só trazem bons resultados para o negócio. Mas as empresas estão empenhadas em realizar uma avaliação séria e profunda de seus funcionários e diretores? Antes de qualquer coisa, é preciso ter claro o que é uma avaliação de desempenho. Uma definição bastante clara pode ajudar colaboradores e empresas a aceitarem com mais naturalidade esse tipo de avaliação. Portanto, é importante ressaltar que a avaliação de desempenho é uma ferramenta de gestão de pessoas que corresponde a uma análise sistemática do desempenho do profissional em função das atividades que realiza, das metas estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. Para o vice-presidente sênior de pesquisas da empresa norte-americana de RH i4cp, Jay Jamrog, algumas práticas de avaliação tendem a se repetir nas empresas de alta performance . “Companhias de sucesso seguem alguns padrões de avaliação. Elas têm, por exemplo, processos consistentes em toda a organização, o feedback ocorre mais de uma vez ao ano e existem programas para aqueles colaboradores que estão abaixo das expectativas”, disse Jamrog. Ele afirmou que o Brasil tem se destacado em relação aos EUA, no que diz respeito à conexão entre performance individual e objetivos empresariais: “De acordo com nossas pesquisas, o Brasil tem uma porcentagem de funcionários que dizem que seus objetivos de performance individuais estão alinhados com os objetivos das empresas que trabalham (BRA 61% x EUA 49%) ”, explicou. A pesquisa de Jamrog ainda aferiu que o Brasil também se destaca no desenvolvimento de planos para recuperar o funcionário que está abaixo da média (BRA 46% x EUA 34%) . Segundo Jamrog, o que falta às empresas brasileiras é o que ele chama de "Feedback 360" – que consiste em uma avaliação de todos os níveis hierárquicos. “Aparentemente, as empresas ainda tem dificuldade de avaliar a performance de cargos mais altos. Mas isso tende a mudar com a modernização e uma nova maneira de relação entre gestores e funcionários”, afirmou. Recompensa Para o administrador e diretor de Desenvolvimento Humano da Sereasa Experian, Guilherme Cavalieri, os processos de avaliação precisam priorizar o desenvolvimento humano. “Ao desenvolver os indivíduos para além dos resultados práticos do negócio, a boa performance se transforma em uma consequência natural”, avaliou. A diretora de RH da Syngenta para as áreas de produção, supply , finanças e serviços na América Latina, Cinthia Bossi, também acredita no protagonismo do indivíduo em empresas de alta performance. “Na Syngenta, nós temos um feedback a cada 3 meses. Nós conversamos sobre desempenho e objetivos constantemente – assim, temos uma melhor gestão dos nossos talentos”, completou. Se a boa performance é uma consequência da valorização do funcionário, chegamos ao As nove práticas das empresas de alta performance por Jay Jamrog 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Planos de desenvolvimento para o engajamento em trabalhos. Liderança treinada para a condução de uma entrevista de avaliação de performance. Critérios definidos e claros que medem a qualidade do processo de avaliação de performance. Planos de recuperação para pessoas com performances abaixo do esperado. Processo de avaliação consistente em toda a organização. Opinião do líder e evidências que comprovem o desempenho do colaborador. Feedback mais de uma vez por ano. Feedback 360°em todos os níveis hierárquicos. Revisão contínua de objetivos e feedback dos gestores. 17 Divulgação Divulgação nui a chance desse profissional qualificado buscar oportunidades fora da sua empresa”, disse Cavalieri. A diretora executiva da empresa DECRAM – Consultoria e Treinamento, Nara Moura, aposta em uma avaliação que leve em conta o mérito de cada um. “A avaliação tem que ser decisiva na hora de definir o bônus. Muitas empresas estão apostando neste método e está dando certo. Em pesquisas de clima, é comum colaboradores pedirem que este sistema seja implantado. No entanto a empresa deve estar calçada em um política de bônus, devidamente redigida e à disposição credito Conhecimento Cavalieri: "Precisamos desenvolver indivíduos para além dos resultados práticos" Formas de avaliação de desempenho Jamrog: "A perfomance está ligada aos métodos de avaliação" ponto mais relevante e delicado: o bônus. “As pessoas se sentem valorizadas quando sabem que serão recompensadas caso alcancem e superem seus objetivos dentro da organização. O reconhecimento dimi- Divulgação Cinthia: "Na Syngenta, nós temos feedback a cada 3 meses" AUTO-AVALIAÇÃO Peça aos indivíduos para avaliar sua própria satisfação com o trabalho e seu próprio desempenho. Eles cumpriram as metas estabelecidas no início do trimestre ou do ano? As metas eram razoáveis e possíveis de serem cumpridas? AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO FUNCIONÁRIO E DA EQUIPE Obtenha uma perspectiva de gestão sobre o desempenho individual e em equipe e as habilidades. Identifique eventuais diferenças entre o questionário de auto-avaliação de um funcionário e a avaliação dos gerentes. EFICÁCIA DO GERENTE Em todos os departamentos, o que os funcionários pensam sobre seus gerentes? Descubra se os supervisores e os gerentes comunicam bem suas expectativas para suas equipes. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA O que os funcionários pensam sobre os programas de treinamento e desenvolvimento profissional da empresa? Os funcionários sentem que o local de trabalho apoia seus objetivos de carreira e suas ambições? PRONTIDÃO DE PROMOÇÃO Seu funcionário está pronto para assumir uma posição de maior responsabilidade? Os demais superiores, subordinados e pares - gostam do trabalho, do senso de liderança e das habilidades de colaboração dessa pessoa? Fonte: Survey Monkey 18 para todos os funcionários da empresa para que não paire nenhuma dúvida e impressão de favorecimentos”, disse. Armadilha Nara Moura adverte para um pecado comum em grandes em- 3 dicas para melhorar as taxas de resposta de questionários 1 Dicas para uma avaliação de desempenho justa e eficaz ANTES de conduzir a avaliação, reúna o maior número possível de informações sobre o profissional e seu desempenho. NUNCA confie em sua memória. Registre em seu caderno de anotações aqueles acontecimentos que podem impactar sobre a avaliação de seus subordinados – negativa ou positivamente. NÃO SEJA precipitado e amador em suas avaliações. Seja racional e nunca faça julgamento de valor ao empreender uma avaliação. NUNCA perca sua sensibilidade acerca dos sentimentos de seus colaboradores. Avalie-os sobre todos os ângulos. Mantenha o ANONIMATO. Para obter retorno sincero dos funcionários, se for o caso, utilize respostas anônimas. É mais fácil coletar informações quando os funcionários sabem que seu feedback estará totalmente seguro. Durante a avaliação, PERGUNTE ao avaliado se gostaria de discutir um ponto específico de sua avaliação. Deixe-o falar livremente e sem nenhuma censura. Forneça uma OPÇÃO para feedback não-estruturado. Dar aos trabalhadores a oportunidade de fornecer-lhe pensamentos adicionais e outros comentários, incluindo algumas questões abertas com caixas de texto para respostas não estruturadas. OFEREÇA recomendações para seu desenvolvimento pessoal – leitura, cursos específicos, aprendizado de novo idioma, mudança de postura, exposição perante a alta administração etc. 2 3 Utilize uma LINGUAGEM CASUAL. Evite uma linguagem corporativa ou excessivamente técnica e rebuscada. Adote um tom ameno. Fonte: Survey Monkey Se o avaliado não tem nenhuma crítica a respeito de seu próprio desempenho, APONTE-AS de maneira firme, porém civilizada. Mostre os dados, os gráficos, os erros que ele cometeu e que embasam as suas críticas construtivas. ESCUTE e observe o comportamento do avaliado. Essa postura lhe dará tempo para pensar e agir com segurança. Fonte: Site Emprego Certo (Gutemberg B. de Macêdo) presas. “ As empresas confundem “Resultado de Avaliação de Desempenho” com “Avaliação de Desempenho”. A avaliação de desempenho acontece todos os dias do ano e a todo momento durante o dia. O que acontece uma vez, ou duas vezes ao ano é a Apresentação dos Resultados da Avaliação de Desempenho. Não há Avaliação de Desempenho sem que o gestor mantenha com ele um diário de bordo, onde deve registrar o histórico de seu liderado ao longo do ano”, disse. “Entende-se por registrar em diário de bordo, o ato de anotar todo o excelente desempenho por um trabalho, assim como o baixo desempenho, bem como as suas causas e fatores diretos e indiretos e todas as outras ações que sejam relevantes ao fato. O maior erro das organizações é não ter este histórico”, completou. 19 Na Prática por Gilberto Amendola Tão longe É possível ser um líder sem escritório e endereço fixo? Conheça as vantagens e as armadilhas de comandar equipes a distância A ideia que vivemos em uma “aldeia g lobal” foi tão difundida que já se transformou em um confortável clichê. Tirá-la da “manga do colete” em conversas sobre internet e redes sociais causa até um certo aborrecimento. Agora, por incrível que pareça, ainda existe uma questão pouco explorada nesse universo sem distâncias e fronteiras: a liderança. Como liderar equipes espalhadas pelo mundo? Como administrar culturas diferentes em uma empresa multinacional? É possível aferir resultados mesmo estando a milhas de distância? Somos suficientemente responsáveis para trabalhar longe de escritórios e estruturas tradicionais? Liderar a distancia não é uma tarefa fácil. A complexidade das relações exige um administra- 20 tão perto dor com talento para entender as vantagens e armadilhas deste tipo de dinâmica profissional. “Liderar a distância não significa trocar centenas de e-mails por dia. Trata-se de entender nuances culturais, alinhar equipes, gerenciar conflitos e focar objetivos”, disse a diretora de RH da Unilever, Lucyane Rezende. “Para esse estilo de liderança se concretizar, o administrador precisa entender que a tecnologia funciona como um ativador de colaborações e relacionamentos. Para quem lidera longe dos seus liderados, o fundamental é ser objetivo, ter diálogos efetivos, com perguntas e respostas claras. O ideal é que não exista ruídos nesta comunicação”, comentou Lucyane. GETTY IMAGES Facilitador Para o administrador, escritor e palestrante Sergio Dal Sasso, tudo o que envolve tecnologia precisa ser encarado como um facilitador nos processos de gerenciamento. “Aquilo que antes envolvia papel, lápis, escritório e secretária perdeu seu status. Quem lidera a distância precisa estar preparado para desburocratizar cada ação, cada passo da administração”. Ainda para Dal Sasso, o avanço tecnológico é capaz de criar lideranças mais robustas. “Antes, 21 Dal Sasso: " Liderar a distância é conhecer uma empresa em profundidade" a gente tinha dificuldade para conhecer todos os detalhes da própria empresa em que atuávamos. Hoje, felizmente, o líder pode ser aquele que domina cada passo, cada mínimo detalhe da companhia. Esse conhecimento é o que pode facilitar a liderança a distância”. Liderar a distância é ter decisões reais em tempo real. Por isso, o administrador precisa conhecer com profundidade o perfil das pessoas com quem está trabalhando online. “Para exercer liderança em empresas transnacionais ou até empresas que atuam em diferentes cidades de um mesmo país, você precisa ter claro que a cultura é muito di- ferente de um lugar para o outro – e que uma série de fatores pode alterar o entendimento de uma mensagem”, fala Dal Sasso. “Se você lidera do Brasil e tem uma equipe na China, você precisa levar em conta o óbvio (diferença de horários). Portanto, liderar a distância também exige uma disponibilidade quase que absoluta. Ser líder, nesta nova configuração, também não é para qualquer um”, completa. DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Na Prática Luciene: "Tecnologia funciona como um ativador de colaboradores" 1 QUEM SÃO AS PRINCIPAIS PESSOAS ENVOLVIDAS? 2 QUAL É O OBJETIVO DE CADA RELACIONAMENTO / CONTATO? 3 QUAL É A MENSAGEM QUE DESEJO ENVIAR? 4 QUAL É O MELHOR CANAL DE COMUNICAÇÃO? 5 QUANDO TENHO QUE COMUNICAR? 6 DE QUE INFORMAÇÃO PRECISO? 7 O QUE PODE DAR ERRADO? 8 QUEM TEM QUE APROVAR? 9 QUEM SERÁ AFETADO? 10 QUEM PODE ESTAR INTERESSADO? 11 QUAIS SÃO AS EXPECTATIVAS DA ORGANIZAÇÃO? 22 DIVULGAÇÃO Para liderar a distância, você precisa estar pronto para responder às seguintes perguntas: entre diretores e administradores que já estão totalmente integrados às estruturas da companhia e que, portanto, são mais res- DIVULGAÇÃO Fatores que impulsionam uma liderança a distância 1 GLOBALIZAÇÃO 2 COMUNICAÇÃO EM ALTA VELOCIDADE 3 MERCADOS EMERGENTES, PRODUTOS E SERVIÇOS 4 INOVAÇÕES TÉCNICAS EM PRODUTOS E SERVIÇOS Sônia: "Só funciona com pessoas comprometidas e responsáveis" Para todos? A especialista em liderança Sônia Jordão faz uma ressalva em relação ao tipo de liderança não presencial. “Não é para todo tipo de empresa. Empresas menores e comércios têm outra natureza. Elas ainda necessitam da presença de um líder e do contato pessoal entre todas as partes envolvidas”. Sônia acredita que para uma liderança a distância ser efetiva, as partes precisam “jogar juntas”. “É o tipo de organização que vai funcionar com pessoas comprometidas e responsáveis – que podem trabalhar em um esquema de completa confiança”. Para ela, definir tarefas, planejar com precisão e ter o controle sobre o passo-a-passo das decisões é o que vai definir uma liderança de sucesso no mundo globalizado. “Esse tipo de liderança, normalmente, é exercida entre colaboradores de nível hierárquico maior. Decisões a distância são tomadas 5 MAIOR DIVERSIDADE NA FORÇA DE TRABALHO 6 ESCASSEZ DE TALENTOS 7 MAIOR DINAMISMO NO MERCADO DE TRABALHO 8 DISTRIBUIÇÃO DO PODER DE TOMADA DE DECISÃO ATRAVÉS DA ORGANIZAÇÃO 9 AUMENTO DA COMPETIÇÃO 10 Como tornar os times virtuais mais eficazes? Ao menos uma reunião presencial por projeto Ter cultura local e cosmopolita Optar por times pequenos (quando possível) Treinamento de diferentes culturas Definir regras de ouro / ser explícito em como o time irá operar Ser consciente sobre o tempo Não gerar sobrecarga aos membros da equipe Dar autonomia ao time MAIORES DEMANDAS DOS CLIENTES POR MAIOR VELOCIDADE E QUALIDADE A PREÇOS REDUZIDOS ponsáveis na hora da execução”, comenta Sônia. A especialista também pondera sobre as vantagens econômicas que uma organização menos enclausurada em escritórios pode trazer às empresas. “Existe, claramente, uma economia com logística, com deslocamento e trânsito. Você não precisa de uma equipe viajando para todos os lados, você pode resolver diversos problemas ligando o Skype”, comenta Sônia. 23 Estilo por Marcos Yamamoto Manter o corpo ativo faz bem para a saúde da empresa. Cada vez mais administradores aderem e implantam programas de atividade física entre colaboradores 24 CRÉDITO Esporte é o que interessa As lições do esporte 1º) Espírito de Equipe 2º) Respeito 3º) Comprometimento 4º) Motivação 5º) Desejo de representar a empresa 6º) União 7º) Integração 8º) Liderança 9º) Responsabilidade 10º) Excelência Fonte: “O Impacto do programa SESI-Esporte para agregar valores olímpicos na vida do trabalhador e da empresa: uma avaliação” des Esportivas da Universidade Anhembi Morumbi, em parceria com o clube espanhol Real Madrid. Segundo ela, incentivar seus colaboradores a sair do sedentarismo resulta em equipes motivadas e integradas pelo esporte. “A promoção do bem-estar é muito boa para a reputação da organização e o que é bom para o corpo é bom para a cabeça, tornando-a motivada e integrada”. É cada vez maior o número de empresas interessadas em ter seus funcionários em atividades esportivas, caso das populares corridas de rua, com o aumento de grupos de corredores ligados pelo vínculo empregatício. “A proliferação dos eventos esportivos trouxe junto um aumento na quantidade de consultorias esportivas que assessoram empresas. Na Corpore, temos registradas cerca de 200 assessorias, representando de 15% a 20% do contingente de nossas corridas”, diz Charles Groisman, diretor de Marca e Conteúdo da Corpore, organização especializada em provas do gênero e que recebeu cerca de 108 mil participantes no ano passado, entre atletas de elite e amadores. “É uma plataforma de relacionamento fora do ambiente de trabalho”, completa. Essa é a constatação levada na prática pelo Itaú-Unibanco ao manter uma série de modalidades esportivas para os funcionários, como um campeonato próprio de futebol que reúne anualmente cerca de mil colaboradores em São Paulo, além de outras ações para os diversos perfis, como futsal feminino, corrida, natação e kart. De acordo com a empresa, mais de 17 mil funcionários Treinador Mário Mello defende uma análise de perfil antes da definição do tipo de atividade ARQUIVO PESSOAL A rotina profissional de Alexandre Martinez, 37 anos, formado em Administração e presidente de uma empresa de segurança da informação, é similar a de muitos outros executivos: marcada por seguidas reuniões, prazos apertados e eventos corporativos fora do expediente normal. Para contrabalançar essa roda viva de estresse, ele mantém outro compromisso na agenda. “Treino corrida de duas a três vezes por semana. Sempre pratiquei atividades físicas, mas acabei ocioso por quatro anos, focado no trabalho, até o momento que alguns amigos me convidaram para participar de uma corrida de 5 km em Campos do Jordão. Na época, eu parecia até uma garça – perna fina, com barriga e ‘branco escritório’”, lembra. Para aumentar o pique, Martinez participa de competições nacionais e internacionais (como as Maratonas de Buenos Aires e da Disney) e estabelece metas pessoais e não sossega enquanto não atingi-las. “Corro a São Silvestre todos os anos desde 2004 e ainda quero acumular quilometragem suficiente para dar uma volta na Terra”, brinca. Mas de que forma o hobby de Alexandre está relacionado a sua carreira? “O esporte é uma das nossas maiores manifestações sociais. Em uma partida, você agrega valores importantes como senso de espírito de equipe, liderança, responsabilidade e cooperação, além de evitar o absenteísmo (faltas no trabalho)”, argumenta a administradora Deborah Duarte Palma, responsável pela implantação do MBA em Gestão e Marketing de Entida- 25 Estilo ARQUIVO PESSOAL MOVIMENTO CORPORATIVO Mesmo sem muito tempo e espaço físico, é possível conciliar o exercício entre uma tarefa e outra. Confira algumas ações simples e O administrador Alexandre Martinez treina, pelo menos, três vezes por semana. "No saudáveis. esporte, você agrega valores importantes, como espírito de equipe" USE AS ESCADAS participaram de algum projeto institucional de atividade física no primeiro semestre deste ano. “Oferecemos aos colaboradores e aposentados do conglomerado Itaú-Unibanco e a seus dependentes, um suporte em serviços de alta qualidade e de profissionais qualificados, para atividades de lazer, recreação, cultura e esportes que promovam a integração e a melhoria da qualidade de vida”, explica o diretor da Área de Pessoas da corporação, Sergio Fajerman. “Colaboradores saudáveis, naturalmente, produzem mais e melhor. Incentivamos a adoção de uma alimentação equilibrada, exercícios e a atingir o peso desejado de forma saudável, impactando positivamente sua saúde, felicidade e produtividade”, conclui Fajerman. Xô, preguiça A moleza está ficando para trás entre os líderes. Um levantamento do Hospital Sírio-Libanês feito com 7,4 mil executivos mostra uma redução de 40% no número de sedentários ao longo de 26 quatro anos de estudos. Porém, de acordo com Danielli Haddad Syllos Dezen, médica responsável pelo Centro de Acompanhamento à Saúde e Check-up do Hospital Sírio-Libanês, os executivos com acesso a exames de check-up mais sedentários são aqueles com menos de 50 anos. “Os mais jovens estão mais preocupados em trabalhar muito e em se firmarem na carreira. A preocupação com a saúde e qualidade de vida não é prioridade na atribulada rotina destes profissionais”, afirma a especialista. Planejamento Para incentivar a preocupação com a saúde o quanto antes, mas com o devido planejamento, o administrador exerce um importante papel na implantação e aprimoramento de um programa de atividade física no ambiente corporativo. De acordo com o administrador Nelson Pratti, coordenador do Grupo de Excelência em Administração Esportiva do CRA-SP, cabe a esse profissional valorizar os benefícios de se man- Para quê esperar pelo elevador? Se puder, suba e desça alguns degraus até o trabalho. APROVEITE OS INTERVALOS Levante da cadeira, dê uma volta pelos corredores e volte com a mente tranquila. ALONGUE NA CADEIRA Se o dia não permitir sequer sair da cadeira, espreguice um pouco e alongue os punhos para evitar o encurtamento da região lombar e a tendinite. ACORDE MAIS CEDO Levante meia hora antes e use esse tempo para se exercitar. Comece bem o dia. Veja estudos que mostram porque o esporte traz benefícios para as empresas: Segundo pesquisa da Universidade de Illinois, quem se exercita possui CÉREBRO MAIS SAUDÁVEL, com maior renovação das células cerebrais. Jovens que praticam exercícios físicos regularmente AUMENTAM A QUANTIDADE DE OXIGÊNIO no cérebro, com efeitos no pensamento lógico e compreensão verbal. A constatação é da Sahlgrenskam University, na Suécia. De acordo com um levantamento da Universidade de Vermont (EUA), a endorfina – um neurotransmissor responsável pela comunicação do sistema nervoso e liberado pelo movimento corporal – pode durar até 12 horas após uma atividade física e propicia MAIS DISPOSIÇÃO E BOM HUMOR ao longo do dia. DIVULGAÇÃO CIÊNCIA ESPORTIVA ter uma equipe unida e saudável. “Deve existir uma diretriz dentro da organização, com metas definidas e a participação central do administrador do departamento de Gestão de Pessoas. Já a aplicação precisa contar com a contribuição da empresa como um todo, com a viabilização e liberação pelas gerências para que os colaboradores possam usufruir desses projetos de estímulo e esportes”. Na visão dele, “a empresa que se preocupa em manter seus funcionários saudáveis dá um tiro acertando em dois alvos: o retorno em satisfação e integração do funcionário e a economia para a empresa em encargos de benefícios e menor tendência de doenças”, ressalta. Para tanto, segundo Deborah, o administrador deve “pesquisar o perfil dos colaboradores, ouvi-los, para identificar quais atividades eles gostariam de fazer – ginástica laboral, time de futebol, equipe de corrida –, e decidir se partirá para uma iniciativa própria ou terceirizada com uma consultoria ou academia”. Não existem milagres. O treinador Mário Mello, especialista em acompanhamento esportivo de executivos, ressalta a importância de uma análise prévia do perfil dos colaboradores para decidir quais modalidades serão alvo de investimentos. “Uma fábrica cujos funcionários saem no mesmo horário, a atividade conjunta depois do expediente é o mais adequado. Outros preferem se reunir em um horário que fuja dos picos de congestionamento. Você pode diversificar. Um dia organiza uma caminhada; em outro, estimula a participação em uma corrida, monta um time de fute- Para o diretor da Área de Pessoas do Itaú-Unibanco, Sérgio Fajerman, a cultura esportiva melhora a produtividade bol, basquete, vôlei”. Assim como o administrador gerencia os processos da companhia e a enxerga como um organismo complexo e de resultados graduais, Mello enfatiza o papel da paciência e regularidade para se atingir a excelência, tal como acontece no universo corporativo. “Ninguém fica em forma em dois meses, não dá para avançar além do que o corpo é capaz de suportar no momento. Mesmo assim, é melhor uma pessoa ativa, tentando melhorar, do que parada”. 27 Notícias Uma revista que cresce com você P oucas publicações no mundo podem se orgulhar de uma existência tão longa e relevante. A Revista do Administrador Profissional, ligada ao Conselho Regional de Administração, tem quase quatro décadas de vida (36 anos para ser mais preciso) e continua se reinventando. Sim, é preciso se reinventar a cada edição e reportagem – porque só ao se reinventar a publicação pode garantir o melhor para seus leitores e registrados. Como muitos dos nossos leitores já sa- 28 bem, a RAP acabou de ganhar uma versão digital para celulares e tablets. A revista, que já foi um jornal e passou por algumas reformas gráficas e editoriais ao longo da sua história, chega à era digital com força e entusiasmo. E é mais um benefício para o registrado. Agora, além das reportagens com os principais nomes da administração que você já está acostumado a acompanhar, a RAP vai trazer vídeos, áudio de entrevistas, galerias de foto e muito mais interatividade. E a participação dos administradores vai ficar DIVULGAÇÃO Versão para celular e tablet já está disponível para os registrados ainda mais importante para a realização de cada edição. Nossos canais de comunicação com o leitor estarão ainda mais NA PRÁTICA Branding Os benefícios de uma boa administração da marca ESTILO Comportamento Dicas para lidar com colegas e chefes difíceis Maio/2013 Ano 36 - nº 323 Saiba quais são os impactos do envelhecimento da força de trabalho para as empresas, as novas gerações e a sociedade abertos para sugestões, críticas e todo o tipo de participação efetiva. Com o acesso direto no seu celular ou tablet, fica mais fácil consultar nossos artigos e, claro, levar sua edição para o seu ambiente de trabalho ou até sala de aula. Isso significa conforto e mobilidade. A edição impressa, hoje com 45 mil exemplares, continuará sendo entregue normalmente – enquanto a versão digital estará disponível no mesmo período para todos os registrados e interessados no universo da administração. “Um dos objetivos da nossa gestão tem sido levar, permanentemente, mais benefícios aos registrados. Por isso, nos empenhamos em lançar a nossa revista em versão digital para tablets e celulares, acompanhando a evolução da tecnologia. Agora, a revista oferece mais possibilidades de acesso às informações, através das novas interações, ampliando as reportagens, entrevistas, com áudio e vídeo, galeria de fotos e muito mais”, destaca o presidente do CRA-SP, Walter Sigollo. COMO BAIXAR O APLICATIVO DO CRA-SP 1 Basta entrar na Apple Store (no caso de celular ou tablet da Apple) e procurar por CRA. GETTY IMAGES 2 Logo, aparecerá a marca do Conselho. 3 O aplicativo será ‘baixado’ automaticamente e de forma gratuita. 4 Depois, basta navegar pelas edições disponíveis. 5 Agora, no caso de celular ou tablet com sistema Android, você precisa entrar na Play Store. 6 Depois, procure pelo nome completo do aplicativo: “Revista Administrador CRA-SP”. 7 Após baixar o aplicativo, basta navegar pelas edições disponíveis. 29 Notícias Melhores empresas para a formação de líderes Pesquisa destaca companhias com planos de sucessão e desenvolvimento de liderança Estudo realizado pelo Hay Group indicou “as melhores empresas para a formação de líderes” no Brasil e no Mundo. De acordo com a pesquisa, as empresas consideradas top são as que possuem planos de sucessão, gestores inspiradores e desenvolvimento de liderança. A pesquisa ouviu 18 mil pessoas no mundo, 2.771 no Brasil. Em relação ao Brasil, 86% dos entrevistados ocupam cargos de gestão. As empresas do topo do ranking, neste ano, se diferenciam das demais pela capacidade de manter uma cultura de inovação sem perder os resultados de curto prazo, a "gestão ambidestra". NO MUNDO 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o AS MELHORES EMPRESAS PARA FORMAÇÃO DE LÍDERES SE DESTACAM EM Planos de Sucessão NO BRASIL 9o 10o Download 200,000+ brand logos in vector format for free http://www.logoeps.com/ Desenvolvimento de lideranças Liderança Inspiradora 30 AS MELHORES EMPRESAS PARA LIDERANÇA SABEM RECOMPENSAR ESTRATEGICAMENTE 75% EMPRESAS NO TOP TEN 52% EMPRESAS FORA DO TOP TEN em 63% das melhores empresas todos os funcionários, independente do nível, tem a oportunidade de desenvolver e praticar capacidades de liderança, contra apenas 37% nas demais. EMPRESAS QUE DESENVOLVEM LIDERANÇAS EM TODOS OS NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO FOCO NO CLIENTE É MOTOR PARA INOVAÇÃO PERCEPÇÃO DE GESTÃO GESTÃO POR EXECUÇÃO GESTÃO AMBIDESTRA 41% GESTÃO ACOMODADA 36% 13% EMPRESAS NO TOP TEN MPA-Administrador_Profissional-Setembro_2013_editado2.pdf 1 EMPRESAS FORA DO TOP TEN 25/09/13 POUCO FOCO EM EXCELÊNCIA OPERACIONAL E INOVAÇÃO EMPRESAS FORA DO TOP TEN INOVADORA E OPERACIONALMENTE EFICIENTE EMPRESAS NO TOP TEN 9% 60% 43% 37% FOCO EM EXCELÊNCIA OPERACIONAL MAS NÃO EM INOVAÇÃO 63% GESTÃO POR INOVAÇÃO FOCO EM INOVAÇÃO MAS NÃO EM EXCELÊNCIA OPERACIONAL Entre as melhores empresas do Brasil, 75% delas utilizam recompensas ou advertências baseadas em desempenho em relação a metas, contra 53% das demais. Outro dado interessante é que 18:39 Próximos encontros: 31 Notícias Registrado no CRA-SP pode ganhar bolsa para MBA em marketing O Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP) e a Fundação Para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (FUNDACE-USP) estão oferecendo uma bolsa de estudos de MBA para um administrador registrado e adimplente. Para participar do concurso cultural, é necessário enviar para o CRA-SP um artigo científico sobre marketing. O artigo deve conter, no máximo, 12 páginas. Além disso, o interessado deve enviar também um resumo deste mesmo artigo contendo até 500 palavras. Os tra- balhos serão analisados por uma banca examinadora composta por 4 representantes do CRA-SP e 4 representantes da Fundace. A avaliação de cada artigo será feita em quatro etapas. A 1ª e 2ª serão da análise objetiva – levando em consideração sua fundamentação, originalidade e relevância. Ao fim da primeira etapa, 16 artigos serão classificados. Na segunda etapa, uma nova análise irá classificar 8 artigos. Os 8 artigos classificados para a 3ª etapa serão chamados para uma apresentação oral. Uma banca examinadora irá definir os 4 finalistas. A última etapa será de avaliação de currículo e entrevista pessoal – visando a encontrar o perfil mais adequado com o curso de MBA Marketing da Fundace- USP. Os registrados no CRA-SP rece- José Maria Gomes 1ª edição (2013) | 200 páginas de R$ 39,00 por R$ 31,20 32 CRONOGRAMA ATÉ O DIA 31/01/2014 INSCRIÇÃO DE ARTIGOS 10/02/2014 – 14/02/2014 ANÁLISE DOS ARTIGOS/ESCRITA (1ª ETAPA) 24/02/2014 – 28/02/2014 ANÁLISE DOS ARTIGOS/ESCRITA (2ª ETAPA) 14/03/2014 ANÁLISE DOS ARTIGOS/ORAL (3ª ETAPA) 21/03/2014 AVALIAÇÃO DE CURRÍCULO/ENTREVISTA PESSOAL (4ª ETAPA) 31/03/2014 A 07/04/2014 HOMOLOGAÇÃO DOS VENCEDORES E ENTREGA DA BOLSA ABRIL DE 2014 INÍCIO DAS AULAS GESTÃO DE PESSOAS Sylvia Constant Vergara ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS Tópicos Práticos de Finanças para Gestores não Financeiros beram um e-mail marketing com mais detalhes sobre a inscrição. Os interessados também podem acessar o site do conselho para mais informações (www.crasp.gov.br). Marcelo Zenaro & Maurício Fernandes Pereira de R$ 96,00 por ANÚNCIO 1ª edição (2013) | 288 páginas de R$ 49,00 por 14ª edição (2013) | 216 páginas R$ 39,20 R$ 76,80 GERENCIAMENTO DO RISCO CORPORATIVO EM CONTROLADORIA Enterprise Risk Management (ERM) Clóvis Luís Padoveze & Ricardo Galinari Bertolucci 2ª edição (2013) | 416 páginas de R$ 79,00 por R$ 63,20 PREÇOS SUJEITOS À ALTERAÇÃO SEM PRÉVIO AVISO. OFERTA VÁLIDA ATÉ 15/11/2013. CONCURSO CULTURAL Apple é a marca mais valiosa do mundo Segundo o ranking anual da Best Global Brands, da consultoria Interbrand, a Apple conquistou pela primeira vez o posto de marca mais valiosa do mundo. A Coca-Cola, marca que se manteve em primeiro lugar por 13 anos consecutivos, ocupa a terceira posição na edição de 2013. O Google ocupa o segundo lugar. Veja o ranking POSIÇÃO MARCA TIPO DE EMPRESA VALOR DE MARCA (US$ BILHÕES) 1 Apple Tecnologia 98.316 2 Google Tecnologia 93.291 3 Coca-Cola Bebidas 79.213 4 IBM Serviços de Negócios 78.808 5 Microsoft Tecnologia 59.546 6 GE Diversificado 46.947 7 McDonald's Restaurantes 41.992 8 Samsung Tecnologia 39.610 9 Intel Tecnologia 37.257 10 Toyota Automotivo 35.346 11 Mercedes-Benz Automotivo 31.904 12 BMW Automotivo 31.839 13 Cisco Tecnologia 29.053 14 Disney Mídia 28.147 15 HP Tecnologia 25.843 16 Gillette Bens de Consumo 25.105 17 Louis Vuitton Luxo 24.893 18 Oracle Tecnologia 24.088 19 Amazon Varejo 23.620 20 Honda Automotivo 18.490 33 Opinião Administrar por mudanças e as instituições de ensino superior 34 que ser tocado de maneira inovadora. O Brasil e suas regiões têm suas (muitas) particularidades. Ao mesmo tempo em que deve ocorrer uma mudança revolucionária (radical) é preciso que o processo de inovação seja incremental. Sobrevive-se em um momento de grandes transformações, numa sociedade unida por redes de transportes e comunicações e direcionada por um crescimento exponencial de conhecimento. A economia mundial valoriza e depende de qualificação e competência de capital humano. A mudança cultural e tecnológica profunda vem acompanhada de sistema radicalmente novo, o que deve trazer a criação de novas riquezas e paralelamente resistências. Tudo dependendo das pessoas, da pesquisa e da inovação o que implica em um crescimento de responsabilidade das instituições de ensino superior e da administração. Não se pode deixar de entender que as chaves do sucesso estão em ter uma força de trabalho altamente qualificada, capacidade tecnológica e viés empreendedor e, ao mesmo tempo, que tudo é incerto e complexo. Para corrigir a situação existente rumo ao que se espera é preciso conceber programas de formação que estejam inseridos no contexto de trabalho e aconteçam também em horário pós-trabalho, e garantindo a qualidade e objetividade. Só assim se obterá e aumentará capacidades disponíveis para inovação. Mas, tudo isto já se sabe. O que é preciso é querer. É preciso voltar aos velhos princípios: Planejar, Coordenar ou Dirigir, Organizar e Controlar em um determinado ambiente. Esse ambiente tem que ser promovido e provocado pelo administrador, de tal forma que seja motivacional e que seja estruturado para acima de tudo ouvir, permitindo a participação dos envolvidos e deve decidir por determinadas inovações que poderão ocorrer no próprio ambiente, ou seja, via inovação organizacional, de produto ou serviço, de processo ou de marketing. DIVULGAÇÃO A inovação pode ser entendida como a comercialização de novas ideias geradas pelo conhecimento. Inovação é gerar riqueza e esta pode ser econômica ou de saber, entre outras possibilidades. As Instituições de Ensino Superior têm aperfeiçoado mecanismos e até alterado suas estruturas para poderem participar ativamente deste processo de riqueza que se baseia no conhecimento. Sabe-se que trabalhar e viver numa sociedade orientada para a inovação requer um leque de competências bastante amplo. Daí a relação com a capacidade empreendedora, bem como com o saber aprender. Uma nova abordagem fará com que os graduados relacionem-se também com a apropriação de conhecimento nas áreas de gestão de projetos, liderança e estratégia tradicionalmente ligados à Administração. Note-se que em cursos de Administração e no papel do Administrador parte substancial dessas questões é decorrente da necessidade desse conhecimento por aqueles que atuam na área, mas há deficiências que necessitam serem revistas. Por exemplo, na graduação, tornar os currículos mais amigáveis e na pós-graduação, ensinar os futuros docentes a ensinar para o hoje e para o amanhã. O dilema, de qual é o perfil do administrador que precisamos hoje e qual necessitaremos amanhã tem Adm. Antonio Vico Mañas CRA-SP n.º 6147 Adm. e dirigente do fórum de gestão de instituições de ensino superior nos países e regiões de língua portuguesa Colaborações para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] Os textos devem conter no máximo 3.000 caracteres (com espaços), nome completo do autor, foto em alta resolução e o registro no CRA-SP. → Este artigo reflete, exclusivamente, a opinião de seu autor. O CRA-SP não se responsabiliza pelas ideias nele contidas. CURSOS CRA-SP Todos os meses, o Conselho Regional de Administra- ção de São Paulo – CRA-SP oferece aos proossionais de administração registrados (bacharéis e tecnólogos) cursos online de capacitação corporativa em parceria estratégica com a Dtcom. A relação completa de cursos pode ser acessada no site do Conselho: www.cursos.crasp.gov.br Administrador: o que você está esperando para ter acesso ao melhor da medicina por até metade do preço? Só a parceria do SAESP com a Qualicorp proporciona acesso aos melhores planos de saúde, com inúmeras vantagens para você, Administrador. Com os melhores planos, você irá contar com: • Os hospitais e clínicas mais conceituadas do País1 • Os mais modernos laboratórios1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso2 Ligue e confira: 0800 799 3003 Parceria: Apoio: De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br Metade do preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais (tabela de setembro/2013 – Omint). ¹ De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Os preços e a rede estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2013. Amil: ANS nº 326305 Omint: ANS nº 359661 SulAmérica: Unimed Paulistana: ANS nº 301337 Qualicorp Adm. de Benefícios: ANS nº 417173