8 ■ SEXTA-FEIRA | 17 de outubro de 2014
TRE denuncia prefeito de Sapucaia
■ O prefeito de Sapucaia do Sul, Vilmar Ballin, foi denun-
Política
ciado pela Procuradoria Regional Eleitoral e é réu em processo que tramita no TRE sob acusação de ter contratado
CCs em troca de votos. O caso é de 2012, quando ele concorria à reeleição. Ao todo, 27 CCs teriam trabalhado na
campanha. Ballin foi procurado ontem, mas não deu respostas sobre o assunto até o fechamento desta edição.
“
Quando venho aqui,
peço aos que votam
no Sartori que
votem na Dilma.
Michel Temer (PMDB)
Candidato à reeleição
Temer: ‘Eleição se
ganha na última hora’
■ FLAVIA BEMFICA
O
vice-presidente da República, Michel Temer
(PMDB), candidato à reeleição na chapa liderada pela
presidente Dilma Rousseff (PT),
minimizou ontem, em Porto Alegre, a dissidência do PMDB gaúcho em relação à disputa nacional e disse que eleição se ganha
“no último momento”. “A dissidência não é nacional, ela acontece em função das localidades
e, veja, eu, quando venho aqui,
venho dar o exemplo: peço aos
que votam no Sartori que votem
na Dilma.”
O candidato do PMDB ao governo, José Ivo Sartori, não participou de nenhuma das agendas de Temer no RS e, amanhã,
terá atos conjuntos com o tucano Aécio Neves (PSDB). Ontem
à tarde, Sartori disse apenas
que a questão já foi “superada”.
Segundo Temer, Sartori não vai
negar apoio a eventual segundo
governo da coalizão PT/PMDB
no país. Temer também adiantou que, logo após as eleições, o
comando nacional da sigla vai
promover reuniões para “dar
unidade nacional”. “Vamos unificar o PMDB. Somos o partido
que dá o equilíbrio no país.”
O vice de Dilma minimizou
ainda o clima beligerante que
vem se estabelecendo entre PT
e PMDB no RS devido à disputa
estadual entre Sartori e o governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição. Questionado sobre se tinha conhecimento das
declarações do deputado Alexandre Postal, que reagiu com veemência ao fato de seu nome ter
sido incluído entre os deputados
que acompanhariam Temer em
sua visita, respondeu. “Não conheço.” Em seguida, voltando-se
para o deputado federal Eliseu
Padilha, questionou: “Quem é?”
E completou: “Algumas pessoas
são mais agressivas no falar.
Não sou assim. O que se recomenda é que haja tranquilidade
nas palavras”.
Sobre a eleição nacional considerou que Aécio pode ter chegado a seu teto após os apoios
da família de Eduardo Campos
e de Marina Silva. “Avaliávamos
que em função disso a pesquisa
daria a ele percentual muito elevado. Mas, ao contrário, ele permaneceu naquele teto. E a rejeição a Dilma diminuiu. Acho que
boa parte do eleitorado da Marina deve vir para a Dilma.” Sobre a estratégia de Dilma, que
inclui a desconstrução dos adversários, Temer foi taxativo: “A
estratégia não é bater. Acho que
o eleitorado tem o direito de ser
esclarecido. A democracia serve
para isso”.
Temer permaneceu na Capital
por duas horas. Sua única agenda foi no comitê Dilma/Temer na
avenida Farrapos, onde pouco
mais de centena de correligionários, entre eles, Padilha e o deputado federal eleito Márcio Biolchi
e alguns estaduais o recepcionaram. Da Capital, ele seguiu para
Rio Grande e Passo Fundo.
CORREIO DO POVO
Debate terá tradução em Libras no RS
■ A Justiça Eleitoral decidiu que os debates televisivos
referentes ao segundo turno da eleição no RS deverão conter legenda ou tradução feita por intérprete de Libras. A
decisão do desembargador federal Otávio Roberto Pamplona, juiz auxiliar do Pleno do TRE/RS, acolheu solicitação da
entidade RS Paradesporto, que apontava a obrigatoriedade do procedimento, já prevista pelo TSE.
PP formaliza apoio a Sartori
A corrida ao Piratini uniu, on- dos os governos passados”, defitem, o candidato José Ivo Sarto- niu. Questionado sobre quais seri (PMDB) e a senadora e ex- melhanças programáticas exiscandidata Ana Amélia Lemos tem entre sua proposta de gover(PP). A aliança foi formalizada no e o programa liderado por
em ato político, que reuniu lide- Ana Amélia, Sartori respondeu
ranças de ambas as candidatu- que a afinidade é muito grande
ras na sede estadual do PP, na e disse acreditar que poderá
Capital. “É preciso terminar acoplar contribuições. Provocacom esse jeito de que os outros do a detalhar tais semelhanças,
estão sempre errados. Eles reconheceu: “Não tive tempo de
acham que estão sempre cer- estudar isso, mas conheço o que
tos”, disparou Sartori, critican- expôs nos debates”, afirmou.
do característica
MAURO SCHAEFER
que considera haver no atual modelo de governo do
Estado.
O candidato
também se referiu às comparações das gestões
anteriores do
PMDB feitas pelo
adversário nos debates. “Temos
que olhar para to- Ex-candidata Ana Amélia confirmou apoio ao PMDB
PT cria ‘brigadas’ de campanha
Para compensar a limitação vimento já é visível e precisade tempo para atividades de mos espraiar estes benefícios pacampanha devido à preparação ra todos”, declarou.
Hoje, na Capital, Tarso partipara debates e agendas do governo do Estado, o candidato à cipa de ato em que receberá
reeleição Tarso Genro (PT) apoio de nomes reconhecidos
criou 32 “brigadas” de mobiliza- no cenário cultural brasileiro coção para difundir a campanha mo os de Antonio Pitanga e
no Interior. Uma delas é coorde- Luiz Carlos Vasconcelos. Os
nada pelo ex-governador Olívio dois atores irão gravar depoiDutra, que ontem esteve em La- mentos em apoio à reeleição de
jeado, onde foi acompanhado pe- Tarso. Após o encontro, haverá
lo prefeito do município Luís panfletagem.
Fernando SchmiEMÍLIO PEDROSO / DIVULGAÇÃO / CP
dt e de deputados
da sigla. Ao pedir
votos, Olívio lembrou as realizações do PT nos 12
anos no Planalto.
“Mais de 40 milhões já saíram
da pobreza, mas
ainda temos muito ainda por fazer. Junto com
Tarso, o desenvol- Olívio lembrou, em Lajeado, as realizações do PT
DEBATE
PT e PMDB repetem estratégia
Os candidatos José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT)
voltaram a se enfrentar em novo
debate, ontem à noite, na TV
Bandeirantes. Houve confronto
direto, com as estratégias dos
partidos se repetindo: Tarso cobrando clareza do peemedebista
em relação aos projetos para o
RS e Sartori afirmando que o petista só quer discutir o passado.
Nas intervenções diretas, os
candidatos discutiram pedágios,
educação e investimentos. O momento mais tenso do debate
ocorreu quando, após Tarso dizer que considera Sartori um homem honrado, disparou contra
o peemedebista: “O senhor nun-
ca responde nada. Está querendo é um cheque em branco para
o futuro”. Sartori retrucou que
era a mesma história de novo:
“Eu respondo e o senhor diz que
eu não falo nada, até parece
que estou escondendo algo”, declarou, afirmando que tinha respeito pela presidente Dilma
Rousseff e o que ela fez pelo RS.
Em outro momento, Tarso
disse que barateou em 30% os
pedágios e acusou Sartori e o
ex-governador Antonio Britto de
terem feito contratos que prejudicaram o RS. Sartori retorquiu
que, pelo menos, no tempo do
PMDB, os pedágios tinham tempo certo para terminar.
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Temer: `Eleição se ganha na última hora`