Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012 COMPARAÇÃO DA METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DE AMOXICILINA: MÉTODO DE DIFUSÃO EM ÁGAR E MÉTODO DE ESPALHAMENTO Lucas F.T. Takamune 1* ; Daniela C.M. Vieira2 *[email protected] Laboratório de Controle de Qualidade Microbiológico de Medicamentos, Cosméticos e Alimentos, Universidade Federal de Alfenas – MG. Palavras-chave: Doseamento. Microbiologia. Potência Introdução Para o sucesso terapêutico, é necessário que a potência dos antimicrobianos que serão administradas ao paciente estejam corretas. Se a potência das preparações farmacêuticas estiverem abaixo da rotulada, o fármaco pode não atingir uma concentração capaz de exercer o efeito biológico esperado. Por outro lado, se a concentração estiver acima, poderá provocar efeitos tóxicos(2). Geralmente, para a análise de antibióticos se utiliza os procedimentos microbiológicos como os métodos do cilindro em placa ou de “placa” e o turbidimétrico ou de “tubo”(1). No presente trabalho foi feita uma adaptação do método de difusão em ágar para o doseamento da potência da amoxicilina sobre uma cultura de Micrococcus luteus. Nesta nova metodologia se propôs uma forma alternativa de aplicação dos micro-organismos testes, utilizando uma alça de Drigalski. Metodologia (material e métodos) Após o preparo das soluções e a construção da curva analítica, foi-se realizado o teste de determinação da potência da amoxicilina através do método de espalhamento e do método de difusão em ágar. Os testes foram realizado em capela de fluxo laminar, utilizando 18 placas de Petri, em cada placa foram adicionados templates de aço inoxidável estéreis e 200 µL das soluções padrão e amostra foram adicionadas em delineamento 3 x 3, utilizando as concentrações de 10,0; 20,0 e 40,0 μg/mL. As placas foram colocadas em estufa e após 18 horas de crescimento, foram realizadas medidas dos diâmetros dos halos de inibição com auxílio de uma régua. Em cada ensaio os resultados foram analisados estatisticamente pela ANOVA e a potência de cada doseamento calculada pela equação de Hewitt. Resultados e discussão Foi observado que tanto nas placas em que foi realizado o método de espalhamento quanto nas placas em que se foi realizado o método de difusão em ágar, o crescimento do micro-organismo foi bastante homogêneo e os halos de inibição formados apresentaram-se bem definidos, não se sobrepondo, ficando bem espaçados. Comparando-se os métodos, os resultados foram compatíveis, obtendo-se uma potência de 99,72 da amoxicilina amostra e um coeficiente de correlação igual a 0,9981 no método de difusão em ágar, enquanto no método de espalhamento foi obtido uma potência de 99,86 e um coeficiente de correlação de 0,9915. Conclusões Apartir dos resultados foi possível concluir que o método de espalhamento com o uso da alça de Drigalski é adequado e constitui-se, assim, em uma metodologia alternativa, econômica, confiável e de fácil execução para a determinação da potência de antimicrobianos. Agradecimentos O autor é grato a UNIFAL/MG e o Laboratório de Controle de Qualidade Microbiológico de Medicamentos, Cosméticos e Alimentos __________________________________________ Referências bibliográficas 1 Esmerino, L. A. et al. Método microbiológico para determinação da potência de antimicrobianos. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, v. 10, n.1. p. 53-60, mar. 2004. Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012 2 Farago, P. V. et al. Método Microbiológico para o Doseamento da potência da Amoxicilina em Suspensões Orais. Acta Farm. Bonaerense, Ponta Grossa, v. 25, n.1, p. 112-116, 2006.