AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADIÇÃO DE NANOARGILAS EM UMA TINTA EM PÓ DE RESINA ACRILICA Oscar de Almeida Neuwald (PIBIC/CNPQ), Gilma A. Santa Catarina, Lisete C.Scienza, Ademir Jose Zattera (Orientador(a)) Atualmente as tintas em pó estão ganhando espaço no mercado por serem consideradas ecologicamente corretas possuindo funções de acabamento, proteção e decoração. A proteção é uma de suas principais funções para se evitar a ação direta de agentes agressivos a um substrato metálico. A classificação das tintas é feita através de sua resina podendo ser epóxi, poliéster e acrílica entre outras. Por serem compostas de polímeros elas correm o risco de, em situações adversas, entrarem em combustão. Assim, o presente estudo tem a finalidade de avaliar a adição das argilas Montmorilonita (MMT) -Cloisite 15A e 30B - e Mica moscovita como retardadores de chama, na proporção de 2% e 4%(m/m) em uma tinta base acrílica. Após a aplicação das tintas no substrato de aço carbono foram realizados os ensaios mecânicos de flexibilidade em mandril cônico e resistência ao impacto, monitoramento do potencial de circuito aberto em solução salina neutra, para se verificar a resistência à corrosão, e foi realizado o ensaio de chama baseado na norma DIN 4102 B2, para verificar a inflamabilidade. O ensaio de flexibilidade mostrou que as amostras sem argila e com a Mica moscovita em 2% e 4% não apresentaram desplacamento, já as amostras com MMT 15A e 30B apresentaram algumas falhas e trincas no revestimento. A resistência ao impacto mostrou uma excelente resposta da resina acrílica pura, a amostra com 2% de MMT 15A e 30B apresentaram fissuras e desplacamentos, enquanto que os demais revestimentos obtiveram boa resposta perante este modo de deformação. Durante 35 dias de imersão em solução de 3,5%(m/v) de NaCl foi medido o potencial das amostras sendo que apenas os revestimentos contendo 2% de Mica e os de MMT30B mantiveram um potencial estável, demonstrando efeito barreira ao acesso do eletrólito ao substrato. O ensaio de chama foi realizado com os tempos de 20s e 60s. As amostras com 2% de Montmorilonita 15A e 30B foram as únicas que tiveram alguns segundos de propagação do fogo após 60s da aplicação da chama e apresentaram uma maior perda massa. Os substratos revestidos com tinta contendo Mica moscovita tiveram uma menor variação na massa em comparação com o revestimento sem adição de nanoargilas. Concluiu-se que a adição de 2% de Mica moscovita é adequada para a obtenção de tinta acrílica com boa resistência mecânica, à corrosão e à propagação de chama. Palavras-chave: retardadores de chama, nanoargilas, resina acrilica, tinta em pó Apoio: UCS, CNPq