Trabalho Decente caminhos para uma vida melhor e menos desigual A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Bahia participa da III Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente da Bahia, depois de ter contribuído com delegados (as) representantes dos trabalhadores nas etapas municipais e regionais realizadas em todo estado, debatendo com outros representantes da Sociedade Civil, Empregadores e Poder Público, as políticas do mundo do trabalho. Sabendo que o déficit de trabalho decente no estado ainda é um dos maiores do Brasil, os trabalhadores e trabalhadoras participam da conferência com a responsabilidade de debater os eixos prioritários do Plano Nacional de Trabalho Decente (Trabalho Doméstico, Segurança e Saúde dos Trabalhadores (as), Juventude, Erradicação do Trabalho Escravo, Erradicação do Trabalho Infantil, Promoção da Igualdade, Serviço Público e Empregos Verdes), e com uma mudança, para melhor, nas relações de trabalho em cada Território de Identidade. Entendemos que não iremos resolver todas as contradições das relações entre capital e trabalho nos marcos do capitalismo através da negociação tripartite, como também, sob supremacia do empresariado brasileiro, resistentes às mudanças que ampliem os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Sobretudo, porque somos desafiados a influenciar no direcionamento dos conteúdos da 1ª Conferência Nacional do Trabalho Decente, o que não deixa de ser uma tática importante, na defesa da plataforma da Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, principalmente na defesa de um modelo de desenvolvimento que possa gerar mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras e na consecução de um conjunto de reivindicações democráticas: Mudanças na Política Econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno; Defesa da Unicidade Sindical; Erradicação do Trabalho Infantil; Fim do Trabalho Escravo; Ratificação da Convenção 158 da OIT que garante o fim das demissões imotivadas; Pelo Fim do Fator Previdenciário; Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas, sem redução de salários; Igualdade, Emprego e Salários dignos para Jovens, Mulheres e Negr@s; Combate a Precarização do Trabalho; Valorização do Salário Mínimo; Valorização dos Serviços e dos Servidores Públicos; Regulamentação Convenção 151 da OIT, direito a organização sindical, direito de greve e negociação coletiva dos funcionários públicos; Garantir 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para Eduacação; Reforma Agrária e Fortalecimento da Agricultura Familiar; Desenvolvimento com Sustentabilidade Socioambiental; Melhores condições de Trabalho, Saúde e Segurança no Trabalho. Contudo devemos pautar a discussão de temas relevantes como: o livre direito à sindicalização, sem discriminações e perseguições; o direito à vida, cessando as mortes de militantes e dirigentes das entidades sindicais que atingem números alarmantes e inaceitáveis no Brasil; o direito de representação da entidade sindical, tão desprezadas e aviltadas pelo famigerado interdito proibitório e a inexistência dos representantes dos sindicatos nos locais de trabalho; o direito de greve e a negociação; o direito da estabilidade e licença dos dirigentes sindicais. Os trabalhadores entendem e lutam para que os frutos do crescimento econômico sejam distribuídos a todos na forma de salários dignos, melhores condições de trabalho, mais direitos políticos e sociais. Para tanto, é necessário direcionar a política econômica para fortalecer e dinamizar a indústria nacional e combater a desindustrialização, ampliar a renda e o emprego, recuperar a qualidade dos serviços públicos, especialmente na educação e saúde e romper com as restrições ao desenvolvimento do país impostas pelos bancos às custas do endividamento do estado, do trabalho e do esforço do conjunto dos trabalhadores e do povo. Estas são questões que somente as centrais sindicais juntas com a classe trabalhadora poderão aprofundar o debate na Conferência, certamente sob a resistência de alguns setores, mais com a convicção de que é possível lutar pela melhoria da qualidade de vida na busca de um ambiente de trabalho mais humano e menos desigual.