GESPÚBLICA GESPÚBLICA Núcleo Rio de Janeiro Programa Qualidade Rio Caderno Gerencial nº 2 Reunião como Ferramenta Administrativa Rio de Janeiro 2008 SUMÁRIO Apresentação Página 3 1 OBJETIVO 4 2 ORIENTAÇÕES BÁSICAS 4 NÃO CONVOQUE REUNIÕES QUANDO CONVOQUE REUNIÕES PARA REÚNA-SE COM PESSOAS QUE EVITE OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS AO PARTICIPAR DE UMA REUNIÃO TENHA SEMPRE EM MENTE O SEGUINTE COMO TRABALHAR EM GRUPO 4 4 4 4 3 A ARTE DE SABER OUVIR 6 4 TÉCNICAS DE CONTROLE APROPIADAS 7 UM INTEGRANTE FALA DEMAIS UM INTEGRANTE NÃO PARTICIPA UM INTEGRANTE DOMINA INTEGRANTES PARTICIPAM DE CONVERSAS PARALELAS UM INTEGRANTE MANIFESTA DISCORDÂNCIA OBSTINADAMENTE UM INTEGRANTE SE DETÉM CONFUSAMENE EM UM PONTO UM INTEGRANTE TORNA-SE UM CONTESTADOR CRÔNICO (ABUSA) UM INTEGRANTE É HOSTIL PARA COM FACILITADOR A EQUIPE ESTÁ LENTA E PASSIVA (NÃO HÁ PARTICIPAÇÃO) A EQUIPE SE DESVIA MUITO DO TÓPICO 7 7 8 8 ETAPAS DE UMA REUNIÃO 9 PREPARAÇÃO REGRAS BÁSICAS PARA CONDUÇÃO DE REUNIÕES 9 10 6 OS MEIOS AUXILIARES VISUAIS 10 7 AÇÃO FINAL DA REUNIÃO 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS: 13 ANEXO I-CONVOCAÇÃO E AGENDA DE REUNIÃO ANEXO II-ATA DA REUNIÃO 14 15 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 5 5.1 5.2 5 5 8 8 8 9 9 9 2 APRESENTAÇÃO Uma organização prospera e se expande quando há boa comunicação entre seus colaboradores,caso contrário,a conseqüência é a confusão e má administração. A verdade na maioria das vezes, não é fácil de aceitar. Apesar disso, e talvez por isso mesmo, nas organizações as pessoas são convidadas, em algum momento a falar, sugerir, avaliar, criticar. Na vida real, boa parte dessas sessões acaba sendo pura perda de tempo. Por insegurança, receio de se comprometer, medo da reação da chefia, comodismo ou simples timidez, as pessoas não falam, ou não falam o que realmente pensam. Os resultados são monólogos por parte do condutor da reunião, ou uma coleção de frases ocas por parte de quem deveria estar falando. Muitas organizações, porém têm tido excelentes resultados com esse tipo iniciativa, uma vez que uma boa comunicação ajuda a converter os planos em ação, pois permite aos colaboradores saberem de antemão a tarefa a ser cumprida. As reuniões de trabalho bem planejadas devem incentivar a boa comunicação dentro da organização e oportunizar a obtenção de informações necessárias para traçarem planos e tomar decisões. A formação de grupos para realização de trabalhos em equipe ou para estudos coletivos é extremamente positiva, pois envolve a diversidade de estilos das pessoas, gera mais informações e conhecimentos e mais cooperação e coordenação interdisciplinar. O Núcleo Estadual do GESPÚBLICA gerenciado pela Secretaria Executiva, através do PROGRAMA QUALIDADE RIO tem como propósito maior buscar a melhoria da qualidade da gestão pública no âmbito do nosso Estado, pelo qual vislumbrou como oportuno o lançamento deste caderno gerencial, em que são apresentadas técnicas facilitadoras para reuniões de trabalho. Neste sentido, o presente caderno gerencial busca preparar os colaboradores para atuarem como catalisadores dessa dinâmica participativa e que estejam preparados para assumirem, de forma adequada, a condução de reuniões de forma eficaz. “Certamente não há nada inútil quando fazer com grande eficiência algo que nunca deveria ser feito” (Peter Druker) 3 1. OBJETIVO Desenvolver atitudes, conhecimentos e habilidades técnicas necessárias ao planejamento, liderança e participação em reuniões, ainda: 1) Planejar detalhada e criteriosamente uma reunião. 2) Realizar reuniões objetivas e centradas em resultados. 3) Administrar o tempo. 4) Realizar reuniões participativas e criativas. 5) Participar pró - ativamente das reuniões. 6) Analisar as vantagens e limitações das reuniões. 7) Aprender a planejar uma reunião. 8) Conduzir debates e controlar situações difíceis. 9) Buscar o consenso do grupo. 10) Projetar uma imagem positiva, tanto como líder ou participante nas reuniões. 11) Desenvolver a postura profissional durante a reunião. 12) Variar métodos de reunião em busca da eficácia. 13) Dinamizar as reuniões com meios auxiliares visuais. 2. ORIENTAÇÕES BÁSICAS 2.1 NÃO CONVOQUEM REUNIÕES QUANDO a) Basta um telefonema ou uma comunicação interna. b) Uma pessoa indispensável não estiver disponível. c) Os participantes não tiverem tempo de se preparar. d) Elas saírem muitos caras. 2.2 CONVOQUEM REUNIÕES PARA a) Falar sobre objetivos. b) Ouvir relatos de relatórios. c) Chegar a um consenso acerca de determinado assunto. d) Descobrir ou resolver problemas. e) Treinar indivíduos. f) Mostrar às equipes o que devem fazer e como fazê-lo. g) Expor planos e programas. h) Colher opiniões. i) Dar andamento aos assuntos. j) Melhorar o estado de ânimo das equipes. 2.3 REÚNA-SE COM PESSOAS QUE a) Tenham de executar o que for decidido. b) Tenham informações valiosas ou boas idéias. c) Possam aprovar os resultados. d) Apresentem pontos de vista divergente. 2.4 EVITE OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS a) Prolongar uma reunião convocada para obter idéias. b) Deixar as pessoas desviarem-se para outros assuntos. c) Ficar contrariado, quando houver discordância. d) Tentar fazer-se de engraçado quando não houver graça. e) Ridicularizar qualquer pessoa. f) Permitir discussões. 4 g) Deixar a reunião ser interrompida. h) Deixar de prestar atenção quando os outros falam. i) Cochichar com os vizinhos, estabelecendo conversas paralelas e formando subgrupos. j) Retornar aos assuntos já discutidos com a chegada de atrasados. k) Nunca use expressões do tipo “como é do conhecimento de todos”, “é óbvio” e “evidente”. 2.5 AO PARTICIPAR DE UMA REUNIÃO TENHA SEMPRE EM MENTE O SEGUINTE a) Você não teria sido convidado a participar se alguém não achasse que você poderia contribuir de alguma forma. b) Fale francamente daquilo que você entende; quando lhe faltarem conhecimentos, não blefe. c) Tente obter orientações detalhadas a respeito do trabalho a ser realizado, a fim de evitar dispersão. d) Estude previamente o assunto da reunião e, se tiver sido escalado para uma participação, ensaie com antecedência a sua exposição. e) Utilize os meios auxiliares visuais, quando puderem ser úteis. f) Lembre-se do seu “bom procedimento em reuniões”: não distraia a atenção das pessoas. g) Esteja atenta, leve sempre uma pasta com papéis e um bloco de anotações e tome nota de tudo o que for importante. h) Não apresente surpresa, a não ser que tenha obtido autorização previa de seu chefe. i) Você terá maior influência nas decisões, se esperar as outras pessoas falarem. j) Combata as más ideais, mas cuidado: desafie as idéias, não a pessoa. É melhor dizer “não concordo com essa idéia” “do que” “não concordo com a sua idéia”. 2.6 COMO TRABALHAR EM GRUPO a) Disponha nas cadeiras em círculo para que todos se vejam. Dessa forma, todos os participantes ficarão em posição de igualdade, ou seja, ninguém dominará as discussões; b) Tente obter do facilitador orientações detalhadas a respeito do trabalho a ser realizado pelo grupo, a fim de evitar dispersão de idéias. c) Procure informa-se sobre as técnicas de trabalho em grupo aplicadas pelo facilitador, pois você terá de utilizá-las no futuro para o desenvolvimento de outros trabalhos. d) Tome as rédeas do trabalho em grupo quando o assunto tratado pertencer à sua área de competência (liderança emergencial). e) Diga sempre “nós”, nunca “eu” ou “vocês”. Envolva-se profundamente com os objetivos estabelecidos e resultados obtidos pelo grupo (envolvimento e comprometimento). f) Evite conversas paralelas. Falando em voz baixa com companheiro, você dará a impressão de não “vestindo a camisa” do grupo.Dirija-se pois a todos em voz alta. g) Não forme subgrupos sentando-se junto a seus amigos; procure sentar - sem ao lado de pessoas que lhe são pouco familiares. Dê oportunidade para que todos se conheçam:apresente-se e permita também que os outros o façam(empatia). h) Ouça com atenção as outras pessoas e respeite suas opiniões. i) Troque idéias sobre o assunto até que se obtenha consenso (manutenção do diálogo). 5 j) Aceite posicionamentos expressos por outras pessoas (receptividade) k) Apresenta opinião favorável sobre ou desfavorável sobre as idéias dos outros, justificando o seu ponto de vista (julgamento). l) Comprometa-se, no trabalho em grupo, a dar e receber informações (participação). Ao intervir, refira-se sempre às idéias anteriormente expostas, mesmo que você discorde delas(manutenção do diálogo, julgamento). m)} Preocupa-se com o tamanho do grupo, não permitindo que ele exceda a sete pessoas; em grupos maiores, ninguém consegue participar adequadamente. n) Acostuma-se a avaliar e justificar tanto suas opiniões, quanto as de seu colega, evitando, porém, envolver-se emocionalmente nas discussões (julgamento, objetividade na argumentação). o) Promova a participação de todos, permitindo a livre expressão das opiniões e solicitando também a contribuição dos mais calados. p) Procure assumir espontaneamente as tarefas necessárias ao bom andamento dos trabalhos (iniciativa, liderança emergencial). q) Reconheça suas lacunas de conhecimento e a falta de domínio de certos assuntos, dirigindo perguntas ao grupo com a finalidade de informa-se (reconhecimento das próprias limitações). Esse questionamento contribui freqüentemente para melhorar a competência grupal (cooperação, participação). r) Apresente suas opiniões em relação ao desempenho dos outros, mas aceite também as que forem dirigidas especificamente à sua pessoa (cooperação, participação, reconhecimento das próprias limitações). 3 A ARTE DE SABER OUVIR Uma pesquisa sobre interação interpessoal revelou que, do tempo que passamos acordados, gastamos 75% em comunicações verbais: 40% falando, 60%ouvindo. Assim, por exemplo, das 16 horas que uma pessoa fica acordada, utilizará doze, em média, interagindo com as pessoas. Dessas doze, ela falará cerca de cinco horas e ouvirá durante aproximadamente sete horas. E, no entanto, a maior parte das pessoas não sabe ouvir. A natureza, sabiamente, atribuiu a cada homem dois ouvidos e uma língua, procurando mostra-lhe que deve ouvir mais e falar menos. Logo, “que seja cada um de vós pronto para ouvir, mas tardio para falar...” (TG 1, 19). Na verdade, ouvir é muito mais complexo do que escutar. Enquanto escutar pode ser descrito como processo neurofisiológico, ouvir envolve também aspectos intelectuais e emocionais. Como temos maior propensão a falar do que a ouvir, interrompemos freqüentemente nossos interlocutores. Um dos resultados desse costume são termos pessoas falando ao mesmo tempo ou levantando suas vozes para tentar se fizer ouvir. Interromper fala significa violar umas das regras fundamentais da comunicação humana, ou seja, a que permite a livre expressão de sentimentos e opiniões. Devemos, portanto, guardar nossos comentários para o final da fala, quando teremos então oportunidade para esclarecer dúvidas. Ouvir é difícil; trata-se na verdade, de um ato voluntário e consciente. Vivemos mergulhados em cogitações pessoais, não conseguindo ficar, mesmo por alguns segundos, sem pensar em nós mesmos. Já ouvir implicar em renunciar aos nossos problemas em favor do próximo. Essa talvez seja a principal razão de ouvirmos mal os outros. 6 Assim o pior cego é aquele que não quer ver, o pior surdo é aquele que não quer ouvir. Podemos, a qualquer momento, deixar de ouvir e continuar dando a impressão de estarmos atentos, interessados e concentrados. Concentração é uma qualidade essencial do bom ouvinte. Entende-se por concentração a dedicação intelectual trabalho de maneira tão intensa que as condições ambientais não prejudiquem o ato de ouvir. Devemos acostumar-nos a “ouvir nas estrelinhas”. Quem fala nem sempre traduz seus pensamentos apenas em palavras. Assim, a variação de tom e volume de voz, as expressões fisionômicas, os gestos, podem afetar de forma significa à mensagem que está sendo transmitida oralmente. Saber ouvir tem as suas compensações. O bom ouvinte adquire prestígio junto às pessoas, conquistando a simpatia de todos. Ouvir é aceitar o outro socialmente; daí o apego às pessoas que nos ouvem com atenção. Ouvir ativamente significa: observar aquilo que vem de nós mesmos; ouvir o que é dito e observar o que não é dito; ser paciente com as incoerências; respeitar os silêncios; compreender e comunicar o que ouvimos. O bom ouvinte conta, ainda, com outras vantagens: tem acesso a informações mais completas, economiza tempo, avaliam melhor suas opiniões alheias, o que só ocorre se conseguiremos ouvir atentamente o que os outros têm a dizer. 4- TÉCNICAS DE CONTROLE APROPIADAS O sucesso de uma equipe depende da participação ativa de todos os integrantes. O facilitador da equipe deve estar alerta a problemas que surgem de quando em quando. Se não forem averiguados, tais problemas podem resultar em uma equipe ineficaz. Neste sentido, citamos a seguir problemas comuns e algumas técnicas de controle de que o facilitador pode se valer para colocar a equipe no caminho certo: 4.1 UM INTEGRANTE FALA DEMAIS Um integrante pode dominar demais o “espetáculo”, em virtude de uma necessidade de sentir-se importante ou de falta de sensibilidade em relação aos outros integrantes da equipe. Se ele ou ela está se estendendo demais, isso trará irritação, desestímulo ou perda de interessante por parte dos demais integrantes. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Interrompa com tato, lançando uma questão ou resumindo exposição. Dê ao falante uma tarefa, tal como a de escriba. Aproveite uma pausa e faça uma paráfrase (tradução livre ou desenvolvida) de uma de suas declarações, indo adiante. Ignore alguns de seus comentários e prossiga. 4.2 UM INTEGRANTE NÃO PARTICIPA Isso, provavelmente resulta de uma falta de interesse pelo assunto ou falta de autoconfiança, ou de intimidação pelo status ou habilidades dos integrantes. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Quando fizer uma pergunta, olhe nos olhos desse integrante. Envolva o integrante em trabalhos grupais e peça-lhe que relate o trabalho feito. Invente uma pergunta para estimular a participação da pessoa. Faça ao integrante uma pergunta direta ou passe uma folha para registrar as idéias de todos. 7 4.3 UM INTEGRANTE DOMINA Pessoas com tendências dominadoras normalmente pensam rápido, têm idéias e importantes contribuições a fazer. Entretanto, se não sofrerem limites, tomarão conta do “espetáculo”, intimidarão alguns, estimularão confrontos com outros ou lançarão ataques pessoais que desviarão a equipe de suas metas. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Quebre o monopólio da discussão, fazendo uma pergunta a outro. Por exemplo: “Ouçamos mais opiniões sobre isso. Sandra o que você acha...?” Dê crédito ao conhecimento e à contribuição do integrante. Por exemplo: “Obrigado Paulo. Temos sorte em poder contar com seus conhecimentos”. Intervenha em ataques pessoais, freando a declaração. 4.4 INTEGRANTES PARTICIPAM DE CONVERSAS PARALELAS Elas resultam, muitas vezes, de um nível alto de interesse e entusiasmo. Podem também ser causada por falta de interesse ou por relutância em dividir uma idéia com a equipe. A não ser que sejam breves e pouco freqüentes, provocam desperdício de tempo de tempo e podem inibir contribuições valiosas. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Pare de falar e espere até que a conversa termine. Dê a um dos conversadores uma tarefa, tal como a de escriba. Pergunte se todos estão conseguindo ouvir o que está sendo dito. Faça uma pergunta direta a um dos conversadores. 4.5 UM INTEGRANTE MANIFESTA DISCORDÃNCIA BSTINADAMENTE Se uma discordância se baseia em idéias ou informações que este integrante está dividindo com a equipe, provavelmente será útil. Se, por outro lado, a discordância vem a enfocar personalidades ou falta de desejo para se chegar a um consenso, já não será mais útil. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Faça com que esse integrante resuma a posição com a qual discorda. Mude de assunto. Por exemplo: “Parece que estamos presos entre duas alternativas. Que tal passar ao próximo ponto e voltar a este mais adiante? Peça ao integrante para fazer uma recomendação positiva. Se tudo isso falhar, converse com o integrante fora da reunião. 4.6 UM INTEGRANTE SE DETÉM CONFUSAMENTE EM UM PONTO Esse tipo de membro está interessado no assunto, mas não se disciplina para não fugir, em seus comentários, ao tópico discutido. Rouba tempo à reunião e faz com que os demais fiquem entediados. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Faça a este integrante uma pergunta sobre o tópico de discussão. Confirme sua compreensão da idéia do integrante, se for útil. Reitere a urgência dos objetivos e os limites de tempo. Por exemplo: “É uma idéia interessante. Pode guardá-la até o final? Temos ainda mais dois pontos a cobrir até lá”. 4.7 UM INTEGRANTE TORNA-SE UM CONTESTADOR CRÔNICO (ABUSA) Esse integrante é bem rápido com as “expressões destrutivas” e faz objeções a tudo que já foi acordado pela equipe. Se não for controlado, destruirá o clima de confiança e de abertura. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: 8 Somente quando sentir que os pontos de vista desse integrante combinam com os da equipe, dê a ele estímulo para falar. Reformule os comentários desse integrante, para torná-los mais aceitáveis. Por exemplo: “Se estou entendendo o que você quer dizer, Jorge, temos que nos assegurar de que...” Peça ao integrante para fazer uma recomendação positiva. 4.8 UM INTEGRANTE É HOSTIL PARA COM O FACILITADOR Um integrante pode estar frustrado com o progresso lento da equipe ou com a incapacidade de ver o “óbvio”. Outro integrante pode zangar-se com o tratamento que recebe ou com as ações tomadas na equipe. Quando tais sentimentos crescem, podem ser expressos na forma de hostilidade para com o facilitador. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Estimule a equipe a responder ao integrante. Por exemplo: “Joana acaba de expressar sua frustração com respeito ao nosso aproveitamento do tempo. Como vocês se sentem quanto a isso?”. Discuta o problema com a pessoa fora da reunião. Acima de tudo não se deixe levar a um bate boca. 4.9 A EQUIPE ESTÁ LEMTE E PASSIVA (NÃO HÁ PARTICIPAÇÃO) Se a equipe não participa ativamente, pode não estar entendendo os tópicos ou as técnicas, ou o facilitador pode estar impondo as suas próprias idéias, ou as condições materiais podem apresentar falhas. Pressupondo que haja iluminação, ventilação e temperatura adequadas, o facilitador deverá estimular a participação. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Utilize um pouco de trabalho em grupo para estimular a participação. Por exemplo: “Façamos dois subgrupos, cada um trabalhando sobre umas das alternativas”. Identifique o nível de compreensão da equipe e para daí, fazendo perguntas instigantes que sabe que eles podem responder. Utilize técnicas de equipe para analisar a falta de participação. Demonstre entusiasmo. 4.10 A EQUIPE SE DESVIA MUITO DO TÓPICO Isso normalmente acontece quando o facilitador não atentou para uma mudança de assunto na discussão. Assuntos indiretamente relacionados podem vir a ser usados para auxiliar a discussão, mas é preciso vigilância para garantir que a equipe não se desvie muito de seus objetivos. Pautas e resumos de reuniões são muito úteis para manter a equipe no caminho certo. Procure encaminhar o problema da seguinte forma: Pergunte à equipe se a discussão é útil para o alcance dos objetivos; Introduza assuntos mais intimamente relacionados com a idéia central. Por exemplo: “como poderíamos utilizar os pontos que estivemos discutindo para nos reportar ao problema tal com foi escrito?”; Lembre a equipe de que não está seguindo a pauta. 5 ETAPAS DE UMA REUNIÃO 5.1 PREPARAÇÃO Nesta fase é fundamental que sejam considerados os seguintes pontos: 1) Definição clara de seu objetivo (o “para que” da reunião), estabelecendo assim, um ponto de referência para evitar que a reunião se desvie do tema. 2) Definição clara dos tópicos a serem discutidos. 9 3) Definição dos participantes. 4) Planejamento e divulgação da reunião. 5) Preparação da convocação da reunião (Anexo l-Convocação de Reunião). 6) Preparação da pauta da reunião (Anexo II - Pauta de Reunião). 7) Preparação da ata da reunião (Anexo III- Ata de Reunião). 5.2 REGRAS BÁSICAS PARA A CONDUÇÃO DE REUNIÕES Melhore sua comunicação tendo em mente o seguinte: 1) Iniciar e terminar pontualmente a reunião. 2) Distribuir o relatório da reunião anterior e a pauta da reunião em questão. 3) Designar com antecedência tarefas específicas contidas na pauta para integrantes e qualquer trabalho a ser feito antes da reunião. 4) Convidar não-membros que possam ajudar a equipe a alcançar os objetivos. 5) Deixe claro quando uma regra básica não estiver sendo seguida. 6) Respeitar uns aos outros, fazer perguntas e ouvir idéias, posições e intuições uns dos outros. 7) Dividir todo o conhecimento e a experiência própria. 8) Falar um de cada vez: evitar conversas paralelas e expressões ou gestos destrutivos. 9) Escrever todas as idéias do grupo em um quadro, á medida que vão sendo produzidas. 10) Dividir as tarefas de escriba e controlador de tempo. 11) Ter expectativas altas e positivas em relação ao grupo. 12) Concentra-se na pauta e nos objetivos da reunião. 13) Conhecer bem o que é preciso dizer. 14) Dar a todos a oportunidade de participar. 15) Ter o material preparado a á disposição. 16) Falar de modo que o grupo o entenda. 17) Tornar a apresentação simples e objetiva. 18) Falar com franqueza, mostrar-se confiante e entusiasta. 19) Usar os meios auxiliares visuais. 20) Prestar atenção às opiniões dos participantes e estimulá-los progressivamente a dizer o que pensam ao longo da reunião. 21) Se a reunião for além de uma hora, interromper as atividades para um pequeno intervalo, desde que tenha unanimidade do grupo. 22) O facilitador da reunião deve sentar-se em cadeiras diferentes em cada reunião, para evitar a criação de um centro de poder. 23) Se possível, alterar horário e local costumeiro, para desalojar padrões rígidos pensamento e alcançar mais abertura de pensamento. 24) Encerrar a reunião com um comentário de aprovação e certifica-se de que todos entenderam bem o que ficou decidido. 25) Agradecer aos participantes da reunião. 6 OS MEIOS AUXILIARES VISUAIS Os meios auxiliares visuais ajudam a controlar a reunião e manter a atenção do grupo, tornando-a bem mais produtiva, pois o participante recebe e entende as informações mais rapidamente e de maneira duradora quando elas lhe chegam pela visão. Estudos demonstram que retemos somente uns 10% daquilo que ouvimos, mas retemos cerca de 50% daquilo que vemos e ouvimos ao mesmo tempo. A reunião fica mais bem organizada, pois os meios visuais nos obrigam a planejar antecipadamente a ordem e a seqüencia de uma apresentação. É certo que vai longe (ainda bem) o tempo em que as apresentações de negócios se resumiam a retroprojetores embaçados e linhas tortuosas de canetinhas hidrocor, mostrando uma feijoada de números, equações e frases de má sintaxe para platéias 10 petrificadas pelo tédio. Mas também é fato que hoje, mesmo com toda a tecnologia de última geração que está a dispor dos apresentadores, muitas apresentações ainda são fracassos parciais ou totais pela chatice, pobreza e falta de foco no material exibido. A boa notícia é que não precisa ser assim. Quando você for escalado para preparar um material desse tipo, tenha em mente que a exibição pode, sim, ser atraente( e muito mais produtiva) se você investir na aparência visual daquilo que será projetado para seu público. Para causar impacto, você não precisar ser um designer gráfico ou promover um megaespetáculo de efeitos especiais. Alguns recursos- chaves bastam para fazer uma apresentação muito melhor daquelas que você está acostumado a fazer, ou a suportar, quando o seu lugar é na platéia. É óbvio que se ela não um bom conteúdo não há salvação possível. A seguir, surgiremos o seguinte roteiro para elaboração de uma boa apresentação sem matar a platéia de tédio: 1) Ponha um gráfico em cada página. Isso atrai o olhar e desperta o interesse. Faça também um de destaque, nas palavras, números e idéias principais. círculo ou alguma marca 2) Pense na página como um todo e chame a atenção para as coisas mais importantes Não tenha medo de usar taMAnHos diferentes de letras. Experimente o negrito. Fontes em itálico ou sublinhado às vezes dão mesmo efeito. Faça uso de bons símbolos, linhas claras e figuras geométricas. 3) As palavras ou gráficos devem constatar com o fundo da tela Essa é outra maneira de ressaltar ainda mais o que interessa. Fundo azul com letras amarelas costuma funcionar. Evite vermelho sobre azul. Nunca use roxo misturado com verde. Na dúvida, use o velho e bom branco. E sempre utilize esses recursos com parcimônia, no que realmente vale à pena, senão vira um carnaval. 4) Utilize a cor Nada como palhete cromática para realçar o que interessa ou ligar palavras ou idéias que estejam associadas. Prefira sempre cores puras e fortes, como vermelho ou azul. Letras ou números em rosa - bebê ou cor-de-burro-quando-foge servem apenas para ocultar aquilo que você exibir. 5) Utilize os templates A maioria dos programas eletrônicos de texto já vem com uma série de recursos gráficos, inclusive com páginas previamente desenhadas, os templates. Usá-las economiza tempo e muito fosfato,além de conferir um certo ar profissional à apresentação. 6) Personalize seu trabalho Escolha um canto discreto da página e coloque, por exemplo, o logotipo de sua empresa (na verdade, esse é truque copiado das emissoras de TV a cabo). Desse modo, o público vai ser lembrado a todo o momento quem é que está “no ar” Para congresso e seminários,isso é perfeito. 7) Atenção ao tamanho Cada página deve ter no máximo sete linhas de texto e um dois gráficos. Mais do que isso vira poluição visual e os elementos começam a “brigar” na tela para chamar a atenção do espectador. Aqui, o menos vale mais. 8) Muna-se de uma tesoura Depois de terminar cada página, leia o, contudo em voz alta para si mesmo. Se levar mais de dez segundos (ou qualquer coisa próxima disso), reduza (corte , faça uma cirurgia, diminua) o que está escrito-ou, então, transfira a idéia para a página seguinte. 11 9) Voz e imagem Lembre-se que o audiovisual serve reforçar, complementar e fixar o que está sendo dito de viva voz. Por isso, nada de ficar repetindo o tempo todo o que já aparece na tela. 7 AÇÃO FINAL DA REUNIÃO Considerando que a reunião teve um objetivo pré-definido, é fundamental que após a sua realização nesse objetivo tenha sido atingido (total ou parcialmente) e que algumas ações sejam derivadas. É importante que, ao final da reunião, uma ata, uma avaliação e um sistema de acompanhamento sejam feitos, e que os registro gerados sejam distribuídos aos participantes da reunião e para outros eventuais interessados, no menor prazo possível. Uma boa ata, que registre todos os pontos de vista expressos, bem como a liberação final, ajuda a evitar confusões sobre o que ficou decidido e ajudam a avaliar a efetividade da reunião, podendo originar sugestões para melhorar o processo. As atas identificam ainda, a pessoa ou as pessoas responsáveis pela tomada de providências futuras e estabelecem os limites de tempo e prazo máximo para estas ultima. Tudo isso torna as atas meio útil e prático de controle, á medida que um prazo máximo se aproxima, uma simples cópia da ata, com a data apontada com um circulo, constituíra um perfeito lembrete, com certo grau de ordem, por parte do remetente. 12 Referências Bibliográficas Outra Reunião? _Teoria e Prática para a Realização de Reuniões EficazesFernando Henrique da Silveira Neto-Editora COP, 1987. 3m do Brasil Ltda. - Marketing de Produtos Visuais. Planejando e conduzindo Reuniões Eficazes – Fernando Lincoln Matos-Nov/98 Colombi, Luís. Faça uma boa apresentação sem matar a platéia de tédio. Revistas VOCÊ, v.1, n3, p.14-15, set/98 Programa de Qualidade na Gestão Pública do Estado do Pará 13 Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços CONVOCAÇÃO E AGENDA DE REUNIÃO 1. EXECUÇÃO OBJETIVO: LOCAL: DATA: HORÁRIO: ENDEREÇO: EMAIL: TELEFONE: PESSOAS DE CONTATO 2. ASSUNTOS A SEREM TRATADOS / AGENDA 3. PARTICIPANTES NOME ORGANIZAÇÃO/ÁREA 4. CONVOCADO POR NOME DATA 5. OBSERVAÇÕES 14 Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços ATA DE REUNIÃO 1. INFORMAÇÕES ASSUNTO: OBJETIVO: LOCAL: DATA: ENDEREÇO: HORÁRIO: TELEFONE: 2. RELATOS DOS ASSUNTOS TRATADOS 3. CONCLUSÕES 4. PARTICIPANTES NOME ORGANIZAÇÃO ASSINATURA Rio de Janeiro.....de................. de 2008 Agradecendo a presença de todos os representantes da..............., Sr......................., deu por encerrada a reunião, da qual, para fins de direito, foi lavrada a presente ata, assinada por mim,................................, e demais presentes. 15 Realização GESPÚBLICA Núcleo Rio de Janeiro Programa Qualidade Rio Rua da Ajuda nº 5 – 15º andar Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20040-000 Tel (21) 2299-4236/2299-4207 www.mbc.org.br/mbc/rj [email protected] 16