Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais ALEXANDRE MENESES SOARES ESCALADA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INÍCIAIS Centro Universitário Nove De Julho São Paulo Junho/2006 ALEXANDRE MENESES SOARES www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais ESCALADA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SERIES INICIAIS Trabalho de conclusão de curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Roberto Gimenez. Centro Universitário Nove de Julho São Paulo 2006 www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Dedico este trabalho a minha esposa Luzia, e aos meus filhos Karina e Felipe que muito me apoiaram para a realização deste trabalho. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida “. Provérbios 4:23 www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Agradecimentos Agradeço primeiro lugar a DEUS por ter me dado a capacidade de aprender. Aos meus pais que desde cedo sempre me ensinaram e apoiaram. Aos professores Roberto Gimenes e Dimitri Wuo Pereira que me ajudaram na realização deste trabalho. E também a todo o corpo docente e discente. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais RESUMO Com o passar dos anos os alunos vão ficando desinteressados pelas aulas, inclusive as de educação física. Percebemos que, principalmente nos últimos anos do segundo ciclo do ensino fundamental, e também no ensino médio, os alunos tem menos interesse pelas propostas dos professores, em geral isto se dá por vários motivos: mudanças no seu corpo, na fase de transição para a idade adulta, reclamam sempre que estão cansados; pela repetição e a mesmice das aulas de educação física desde as séries iniciais, em que o aluno entra no primeiro ano do ensino fundamental I jogando futebol e vôlei e assim continuam até o ensino médio. Um outro ponto que podemos ressaltar é que quando o aluno chega no II ciclo do ensino fundamental ele não atende ou não obtém a performance desejada, seja por falta de habilidade ou mesmo a afinidade com determinados esportes que, por sua vez estão em destaque na mídia e são supervalorizados em nossa sociedade, geralmente esportes de quadra como futebol e vôlei, temos também aqueles tidos como esportes de elite, tênis, vela, remo etc. Para a realização deste trabalho foi feita uma pesquisa literária, na qual obtivemos um respaldo teórico e cientifico, para dizer que a escalada esportiva pode sim, fazer parte do conteúdo da Educação Física escolar, podendo ser de extrema importância para o desenvolvimento integral da criança. A intenção deste trabalho é levar para o profissional de Educação Física, mais especificamente os que atuam nas escolas, que a escalada esportiva pode ser aplicada não somente em escolas particulares, mas www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais também nas públicas. Assim ele estará valorizando ainda mais o seu trabalho, tornando-o diferenciado, e proporcionando aos alunos maiores e melhores condições de se adaptarem as outras modalidades, facilitando o seu trabalho nos anos posteriores. Palavras –chave Aprendizagem motora; Desenvolvimento; Escalada; Escola; Transferência de aprendizado. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais SUMÁRIO Dedicatória.................................................................................................... iii Epígrafe..........................................................................................................iv Agradecimento................................................................................................v RESUMO.......................................................................................................iv INTRODUÇÃO.............................................................................................1 JUSTIFICATIVA..........................................................................................3 METODOLOGIA..........................................................................................6 OBJETIVO.....................................................................................................6 1ª PARTE 1 - REVISÃO DE LITERATURA...............................................................7 1.1Crescimento E Desenvolvimento...............................................................7 1.2 Aprendizagem Motora...............................................................................8 1.3 Socio-Afetivo...........................................................................................13 1.4 Cognitivo.................................................................................................16 2 - HISTORICO DA ESCALADA.............................................................18 2.1 No Mundo................................................................................................18 2.2 No Brasil..................................................................................................23 2.3 Em Muros................................................................................................23 2.4 Na Escola.................................................................................................25 2ª PARTE INTRODUÇÃO...........................................................................................25 1- APRENDIZAGEM MOTORA..............................................................27 1.1 A Psicologia No Aprendizado.................................................................27 1.2 Transferência, Positiva, Negativa E Neutra.............................................28 1.3 Transferência Bilateral ou Entre Membros.............................................29 1.4 Transferência Entre As Modalidades...................................................30 2 - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO....................................31 www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 2.1 Afetivo..................................................................................................33 2.2 Cognitivo.................................................................................................35 2.3 Social.......................................................................................................38 2.3.1Influencia dos Adultos Sobre a Criança..................................41 2.3.2 Fator Financeiro.....................................................................42 2.3.3 Fator Cultural..........................................................................44 2.3.4 Meios de Comunicações...........................................................44 2.3.5 O Papel do Professor Educador..............................................46 2.4 Motor.......................................................................................................48 2.4.1 Aptidão Física...................................................................51 3ª PARTE 1 - COMO TRABALHAR A ESCALADA............................................52 2 - EQUIPAMENTOS................................................................................54 3 - TÉCNICAS.............................................................................................56 4 - NÓS..........................................................................................................57 5 - CONCLUSÃO........................................................................................61 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA .......................................................62 www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais INTRODUÇÃO Percebemos que com o passar dos anos na escola os alunos, vão ficando desinteressados pelas aulas, inclusive as de educação física, e ao contrário do que as pessoas dizem ”todo mundo gosta de educação física” isto não é verdade, percebemos que principalmente na adolescência os alunos ficam menos interessados pelas propostas dos professores em geral. Isto pode ser pelo fato das mudanças no seu corpo, na fase de transição para a idade adulta, sempre reclamam que estão cansados, não estão a fim de fazer nada que em muitos casos, na verdade o professor não coopera ou até mesmo não conhece as fases do desenvolvimento do aluno, para que o ajude sair ou pelo menos passe por ela com maior facilidade, podemos dizer que uma das causas dos alunos ficarem desestimulado no ensino médio, ou até mesmo antes, ainda no final do segundo ciclo do ensino fundamental, é a repetição, a mesmice das aulas de educação física desde as séries iniciais em que o aluno entra no primeiro ano do ensino fundamental I jogando futebol e vôlei e assim continuam até o ensino médio. “Todavia, a classe dos professores de Educação Física, sobretudo nas ultimas décadas, tem-se refugiado na obrigatoriedade legal e se esquivado da tarefa de demonstrar o seu valor cultural e elaborar a sua proposta para a educação brasileira, atribuindo a Educação Física pelas autoridades educacionais e educadores de modo geral, naquilo que se refere à sua execução. O argumento de que a educação Física colabora na formação do „ser humano integral‟ cristalizou-se na forma de um axioma e esvaziou-se de sentido. A educação Física passou a ser um www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais discurso neutro, de que ela é sempre benéfica para o individuo, não importando por quê, como e em que direção se dá esse benefício”. (Oliveira, 1988). Um outro fator é que quando o aluno chega no II ciclo do ensino fundamental ele não atende ou não obtém a performance desejada seja por falta de habilidade ou mesmo a afinidade com determinados esportes que, por sua vez estão em destaque na mídia ou são supervalorizados em nossa sociedade geralmente esportes de quadra como futebol e vôlei, temos também aqueles tidos como esportes de elite, tênis, vela, remo etc. Pois em muitos casos na maioria das aulas o professor trabalha os jogos taticamente e para que isto ocorra de forma eficaz é necessário que o aluno tenha um domínio dos fundamentos do jogo. Conseqüentemente não sendo atendido esses pontos temos uma grande evasão dos alunos nas aulas, fato este indesejável para todos os profissionais empenhados no processo de ensinoaprendizado na escola, empobrecendo o trabalho do professor de educação física na escola. “No Brasil, a Educação Física ainda não recebeu o tratamento adequado em face da sua vital importância no processo de desenvolvimento econômico e social. Desconhecida por muitos, praticada por alguns e defendida por poucos, vem através dos anos procurando a oportunidade de integrar o processo educacional como atividade curricular regular. Bela na sua forma, rica no seu conteúdo e expressiva na sua utilização, esta atividade tem tudo para se tornar, quando www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais convenientemente ministrada, um eficiente processo de educação da nossa juventude “. (Cysneiro, 1975). Vimos então, que muitos desses esportes os alunos só têm acesso geralmente em escolas particulares, porém discutiremos através deste trabalho que é possível trabalhar outros esportes que não são os de quadra onde o nosso aluno pode vivenciar esporte colocados pela mídia como esportes de elite, porém o nosso aluno pode ter acesso mesmo em escolas publicas desde que haja um pouco de boa vontade por parte do professor em conjunto com a sociedade próxima da escola. JUSTIFICATIVA É confirmado através de estudos e pesquisas que os exercícios físicos melhoram o sistema cardio vascular, respiratório e tonifica os músculos através do treinamento aeróbio e anaeróbio, melhora também o trabalho das glândulas que são responsáveis pela produção de hormônios os quais regulam o metabolismo do nosso corpo e dependemos deles também para o sistema digestório, aumentando a disposição para enfrentarmos o nosso dia a dia quer seja na área escolar, familiar ou profissional. Com o grande desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas, o ser humano tem feito cada vez menos atividade física. E esse fato tem deixado a desejar na área da saúde, já que o nosso corpo precisa estar constantemente em atividade, para um desempenho www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais melhor dos membros, melhor funcionamento dos órgãos e uma melhor ativação dos sentidos. Se estivermos com deficiência nesta área, alteramos também a saúde do nosso bolso, pois temos um gasto maior com médicos, remédios e até internações. Pensando nesses pontos, e também que o nosso aluno se tornará um adulto posteriormente, a proposta deste trabalho é desenvolver, criar ou resgatar em nossos alunos o gosto pela atividade física ainda nos anos escolares propondo aos alunos uma educação física mais completa, que vá além dos esportes de quadra, onde eles poderão ter uma atividade diferenciada no seu cotidiano escolar, e até mesmo um leque maior de variedades para poder optar na fase adulta vejamos o que diz os Pcns. “Os conhecimentos sobre o corpo, seu processo de crescimento e desenvolvimento, que são construídos concomitantemente com o desenvolvimento de praticas corporais, ao mesmo tempo em que dão subsídios para o cultivo de bons hábitos de alimentação, higiene e atividade corporal e para o desenvolvimento das potencialidades corporais do individuo, permitem compreende-los como direitos humanos fundamentais”.(Pcns. Pág. 29). No Art. 35 da lei 9394 de 20 dezembro, de 1996 no inciso I “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos”, ou seja, o professor precisa trabalhar de forma gradativa pra haver um aprofundamento, verificar as fases de aprendizagem, e transferências das mesmas entre as modalidades. No inciso II “- a preparação básica www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” para que tenha essa continuidade é necessário que o professor proporcione uma gama de conhecimentos para o aluno no decorrer dos anos escolares sobre o corpo, do corpo e para o corpo. Temos ainda o inciso IV “- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina” Para que este inciso seja colocado em pratica o professor precisa ter um conhecimento mais amplo principalmente de cinesiologia, biomecânica para serem aplicados particularmente na técnica do movimento em si, pois sem esse componente ele não conseguira realizar este trabalho. Através deste trabalho procuramos também mostrar para os professores de educação física que há algo mais, além de bola e quadra nas aulas de educação física, como já foi dito, dentre muitos esportes de ação neste trabalho daremos uma maior ênfase à escalada esportiva indoor, pois a escalada por si só tem a característica, de aumentar a auto-estima do individuo, desenvolve a responsabilidade, confiança no próximo, melhora a força de apreensão e também aumenta a sensibilidade de pegada que é de grande utilidade em outras modalidades como basquete, handbool, vôlei, atletismo etc. e também ajuda o aluno no seu desenvolvimento em vários aspectos tais como: Motor (força, coordenação, lateralidade), Cognitivo (raciocínio, estratégia, desafios), Afetivo (determinação, ousadia, www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais confiança, vencer os medos), Social (interagir, cooperar, competir, responsabilidade). “Diversos programas diferentes reivindicam que a participação nas atividades de escalada ajudam as crianças em vários aspectos, como nas relações interpessoais (cooperação e habilidade de comunicação), no intrapessoal ou pessoal (auto-estima e autoconfiança), no cognitivo (tomada de decisão e resolução de problemas) e no aspecto físico (capacidades físicas e habilidade motora)” (HYDER, 1999, p.33). Também ajuda-la a superar seus próprios limites, melhorar sua auto-estima, ganho de força muscular, melhora do sistema cardio respiratório. METODOLOGIA Para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa literária a qual teremos um respaldo para dizer que a escalada esportiva pode sim ser um dos conteúdos da educação física escolar não somente em escolas particulares, mas também nas publicas. OBJETIVO A intenção deste trabalho é levar ao profissional de Educação Física mais especificamente os que atuam nas escolas que a escalada esportiva pode ser de grande utilidade para o desenvolvimento da www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais criança em vários aspectos como: afetivo, cognitivo social e principalmente motor que é o foco deste trabalho. 1ªPARTE 1 - REVISÃO DE LITERATURA 1.1 Crescimento e Desenvolvimento Neste assunto há muito que se explorar muitos pesquisadores estudam a área de crescimento e desenvolvimento. Para a criança a fase escolar é um novo período o qual para ela a escola é um novo universo a ser explorado, o professor é o seu novo referencial e as suas ações são a sua obra. Podemos citar também o ponto de vista de Rodrigues que diz: “A criança está constantemente em movimento, aproveitando todo o estímulo oferecido pelo meio ambiente. Esses estímulos provocam excitações no córtex cerebral e, conseqüentemente, reações motoras. Como os processos de inibição subcorticais que atuam sobre a reação motora imediata estão em formação, é muito difícil manter a criança quieta e sentada durante as aulas por muito tempo. No início dessa fase, nem a coordenação, nem os sentidos estão bem desenvolvidos e a criança se movimenta muito com o corpo, mãos, pés e língua. Portanto não se deve exigir muito da vista, da voz e do físico, o que poderá interferir no andamento do sistema nervoso. Com o passar do tempo a criança aprende a dominar seus impulsos e já pode se concentrar numa determinada atividade, visando não só a solução de problemas de movimento, como também melhor www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais rendimento... No inicio da idade escolar a estrutura e os ritmos do movimento esportivos se apresentam pobres em função do pouco domínio temporo-espacial. Por volta dos oito anos há uma grande melhora desses fatores, reduzindo também a quantidade de gestos colaterais. Dos oitos aos dez anos diminui o crescimento em altura, mais acentuado no nível anterior e aumenta o crescimento proporcional de todo o corpo, favorecendo o aparecimento da força funcional e melhor ação dos membros. O sistema nervoso central apresenta bom equilíbrio e o coração maior possibilidade de trabalho. Ocorre uma considerável maturação psicomotriz, permitindo à criança não só a execução de ações globais, como também a incorporação de simples técnicas motora “. (RODRIGUES, 1997). No texto anterior e no seguinte, temos uma concordância entres os autores onde na terceira infância as crianças estão numa excelente fase para vivenciar varias atividades que envolvam sua capacidades e habilidades. “Na fase da melhor capacidade de aprendizagem motora, deve-se destacar o aspecto do comportamento de movimento das crianças e mais uma vez, a alta mobilidade. Não se trata mais, daqui para frente, de uma mobilidade „sem objetivo, inquieta‟, que foi típica especialmente nos iniciantes escolares, mas de uma atividade dominada, objetiva e referente à matéria. Neste meio tempo, as crianças aprenderam a dominar seus impulsos de movimento, e a enquadrar-se e subordinar-se às exigências de ordem e disciplina nas aulas de esporte. No jogo de tempo livre não orientado, ao contrario, a forte e desinibida necessidade de movimento ainda é claramente observada”. (MEINEL, 1994). www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 1.2 Aprendizagem Motora Neste item citaremos dois autores: Magill define por aprendizagem uma mudança na capacidade da pessoa em desempenhar uma habilidade. Deve ser inferida a partir de uma melhoria relativamente permanente do desempenho decorrente da pratica ou da experiência podendo esta ser adquirida de varias formas onde a principal é por observação. Schmidt a aprendizagem motora é um processo interno que reflete o nível de capacidade de performance do individuo, podendo ser avaliado por demonstrações de performances relativamente estáveis, portanto para que o sujeito aprenda tarefas motoras, é preciso engajar-se em tentativas de performance ou de prática por esse motivo à aprendizagem está muito ligada com a performance. “A transferência de aprendizagem se refere à influência de experiências anteriores na aprendizagem ou no desempenho de uma nova habilidade ou no seu desempenho num novo contexto. A experiência previa pode facilitar, impedir ou não ter efeito na aprendizagem de uma nova habilidade. O conceito de transferência da aprendizagem integra a grade curricular de ambientes educacionais, bem como desenvolvimento de protocolos de treinamento de programas de reabilitação. O conceito também serve de base para muitos métodos utilizados por professores, treinadores e fisioterapeutas para melhorar a aquisição de habilidades. Além disso, o conceito de transferência de aprendizagem constitui parte essencial da compreensão da aprendizagem motora, porquê fundamental no processo de fazer interferências a respeito das condições de pratica na aprendizagem de habilidades. Os pesquisadores podem avaliar a quantidade de transferência entre habilidades ou www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais situações, tanto para transferência intertarefas quanto para transferência intratarefas. Discutimos transferência duas hipóteses positiva. A que tentam primeira explicar afirma que a a transferência positiva aumenta em função das semelhanças dos componentes das habilidades motoras e dos contextos nos quais as habilidades são desempenhadas. A segunda hipótese estabelece que a quantidade de transferência positiva está relacionada com as semelhanças nas demandas do processamento das duas situações. Os efeitos da transferência negativa ocorrem, basicamente, quando é solicitada uma nova resposta de movimento num contexto perceptivo familiar. Os cientistas que se dedicam ao estudo do movimento atribuem a transferência negativa à dificuldade inerente à alteração do estado de acoplamento da percepção-ação preferencial, que a pessoa desenvolveu para responder a um contexto especifico. A transferência negativa também pode resultar da confusão cognitiva que surge quando uma pessoa não sabe o que fazer numa nova situação de desempenho. As pessoas geralmente superam os efeitos da transferência negativa com a pratica. A transferência bilateral é um fenômeno no qual uma pessoa vivencia uma melhora no desempenho do membro nãotreinado, como resultado da pratica com o membro oposto. Normalmente, a transferência bilateral é assimétrica, embora os pesquisadores discordem sobre se a direção preferencial para não-preferencial resulta em maior transferência ou vice-versa. A explicação da transferência bilateral envolve um fato cognitivo, isto é, com a pratica inicial as pessoas adquirem conhecimento sobre o que fazer. Os defensores da explicação baseada no controle motor garantem que, na transferência bilateral, estão envolvidos fatores relacionados com as características do programa motor generalizado e o fluxo motor de saída dos comandos motores para o membro oposto “. (MAGILL 2000). www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais De acordo com o ponto de vista de Magill chegamos a conclusão que o individuo sempre tem uma influencia de um aprendizado anterior sobre um novo ou posterior e que pode ser na maioria dos casos de forma positiva incluindo a transferência bilateral e em menor escala a transferência negativa. “As experiências de aprendizagem tomam muitas formas. Desse modo, os profissionais do movimento precisam estar cientes de uma variedade de fatores quando tentam planejar experiências que sejam produtivas aos aprendizes. Dois conceitos que podem ser úteis para os profissionais do movimento são o estabelecimento de meta e transferência de aprendizagem. Uma vez que os aprendizes saibam que movimentos querem ser capazes de executar (habilidadesalvo) e onde querem ser capazes de executa-los (contextoalvo), o processo de estabelecimento de meta pode começar. Alguns dos aspectos-chave do estabelecimento de meta são resumidos a seguir: Os aprendizes deveriam participar do processo de estabelecimento de meta; As metas deveriam servir como mapas de estradas para a performance bem-sucedida da(s) habilidade(s)-alvo no contexto(s)-alvo. As metas deveriam ser atingíveis, realistas, desafiadoras e especificas (ARDE). Os aprendizes deveriam ser encorajados a estabelecer metas de performance (focalizadas na melhoria autoreferenciada) e metas de processo (focalizadas na execução correta de movimento), além de metas de resultado (focalizadas na obtenção de algum modelo externo de performance, ou comparações favoráveis com outros indivíduos). Para aumentar a transferência de aprendizagem, os profissionais do movimento deveriam fazer o seguinte: www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Direcionar a tenção dos aprendizes para elementos de tarefas aprendidas anteriormente que podem ser semelhantes àqueles da habilidade-alvo. Fornecer oportunidades para os aprendizes praticarem tarefas que contenham elementos que são similares àqueles da habilidade-alvo. Permitir que os aprendizes praticassem as habilidades-alvo em situações que são similares ao contexto-alvo. Profissionais do movimento precisam lembrar que os aprendizes são diferentes em relação ao nível de motivação, tipos de experiências anteriores, tipos de capacidades e estágios de aprendizagem. Os profissionais do movimento deveriam maximizar cada experiência de aprendizagem do individuo Planejando experiências que são relevantes para as necessidades e interesses do aprendiz. Permitir que o aprendiz experiencie a realização da meta com sucesso. Encorajar o aprendiz a focalizar as melhoras de seu próprio nível de habilidade, em vez de fazer comparações entre suas performances e as dos outros. Considerar o estagio de aprendizado do individuo quando estiver fornecendo assistência de instrução. Ao avaliar o progresso dos aprendizes, os profissionais do movimento devem lembrar-se de selecionar medidas que: Representem características observáveis da habilidadealvo. Sejam indicadores válidos de alcance da meta. Reflitam ambos aspectos de resultado e processo da habilidade-alvo. Fornecer aos aprendizes um feedback significativo sobre suas melhoras de habilidade e o nível de alcance da meta “. (SCHMIDT, 2001). Schmidt no seu texto enfatiza muito a transferência de aprendizagem na pratica, onde o professor deve levar em consideração as experiências anteriores dos alunos e também www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais proporcionar outras novas mais simplificadas para que depois sejam usadas nas habilidades-alvo como diz ele. Se compararmos Magill e de Schmidt temos dois pontos de vista em ângulos diferentes sobre a transferência de aprendizado o qual Magill tem o seu foco em como ocorre a aprendizagem motora e sua transferência enquanto Schmidt foca mais em sua aplicabilidade no cotidiano do aluno. 1.3 Socio-afetivo Em seu livro de FERREIRA traz algumas informações sobre o comportamento em algumas faixas etárias que vale apena ressaltar neste trabalho: “A CRIANÇA DE OITO ANOS Maior facilidade para participar de atividade em grupo, sendo bem expansiva, e com maior facilidade de expressão. Em termos motores está mais apta a executar tarefas em ritmos mais acelerados, gosta de ser testada em atividades que envolvem força, agilidade, velocidade e destreza, não gosta muito de ser cobrada podendo apresentar respostas de instabilidade emocional. A CRIANÇA DE NOVE ANOS Mais persistente no exercício de suas habilidades em razão da maior maturidade de seu sistema neuromotor, mais desenvoltura na execução de ações motoras de maior complexidade, mais critica em relação aos acontecimentos à sua volta estando seus interesses subordinados aos interesses do grupo a que pertence. Maior facilidade para o convívio em grupo. Tem interesse pelo desporto em razão de ter um comportamento motor mais hábil. Exerce bom www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais domínio sobre o corpo, sendo capaz de executar gestos desportivos com mais refino. Maior capacidade de interação com companheiros. A CRIANÇA DE DEZ ANOS Apresenta traços individuais bem definidos, estando aberta às informações oriundas de seu ambiente. Mais interativa nos jogos em grupo, maior capacidade de concentração e melhor noção de tempo e espaço, lateralidade definida e domínio das extremidades mais estruturado. Maior interesse por atividades que envolvem competição “. (FERREIRA, 2001). De acordo com FERREIRA vimos que a criança na faze da segunda infância (08 a 10 anos) esta muito receptiva a atividades que exigem concentração, agilidade força, atividade que ela se sinta desafiada, e a escalada lhe proporciona tudo isso. Segundo DANTE, comenta (p.30) que para Piaget existem dois princípios: “1 - As regras devem ser adaptadas de acordo com faixa etária e desenvolvimento da criança?”. 2 – Que consciência eles têm dessas regras? “Piaget para se chegar nesses níveis, ele se fazia de ignorante e solicitava à criança que descrevesse as regras de um jogo, podendo assim avaliar o conhecimento efetivo que ela possuía; em seguida, jogando com a criança, verificava o quanto ela seguia essas regras. No caso da segunda questão, Piaget direcionava a pergunta no sentido da origem das regras ou de possíveis modificações ao longo do tempo e, ao propor que a criança inventasse uma regra nova, perguntava se essa era justa e se seria aceita por outros companheiros de jogo”. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Com este experimento chegou conclusão que existem quatro níveis de desenvolvimento para a pratica e consciência de regras nas crianças: IDADE PRATICA DA REGRA Motor individual Egocêntrico Até03 anos Até 06 anos Até 11 anos Dos 11 diante anos em Cooperação nascente Codificação regras CONSCIÊNCIA DA REGRA -----------------Não obrigatoriedade da regra Obrigatoriedade sagrada Obrigatoriedade devido ao consentimento mútuo das (DANTE 2002) De acordo com o quadro temos um parâmetro de como inserir as regras na vida acadêmica da criança sem interferir no seu desenvolvimento tendo o cuidado de não exigir muito se ela ainda não esta pronta a corresponder à exigência. Vale apena lembrar que de acordo com as citações acima, nós como profissionais da área da educação física podemos identificar como os alunos se portam diante das mais variadas situações, ou até mesmo das regras é este o período que identificamos as falhas e também é a melhor fase para intervirmos de forma eficiente e eficaz na formação do nosso aluno como um todo. Por exemplo: Quando ele inflige uma regra é por que ele não conhece ou para tirar alguma vantagem. Neste item podemos afirmar que a escalada é uma ferramenta importante, pois as regras são simples e na maioria das vezes ele próprio é o maior beneficiado em respeita-las. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Um outro foco no lado social da criança que vale apena lembrar é o relacionamento dela com outras crianças Rodrigues no seu livro comenta: “Segundo Jersild, nessa fase da infância (sete aos dez anos) os amigos são talvez mais importantes que os pais e assim se expressa: „a maior alegria da criança é ter um amigo em quem confiar e uma das maiores tristezas é a perda desse amigo‟. Nessa idade as crianças também brigam, porém usam a língua como arma ao invés do ataque físico e geralmente, os meninos são mais agressivos.”(RODRIGUES 1997) Através da escalada podemos também, trabalhar esse lado da agressividade onde canalizaremos para a competição, onde eles podem mostrar que são capazes de superação tanto de si mesmos com em relação aos outros, utilizando-se das suas capacidades e habilidades. 1.4 Cognitivo O cognitivo talvez seja o ponto mais difícil de se comentar, pois não temos como mensurar essa capacidade, pois é influenciado por vários aspectos em vários sentidos, pois cada criança ao chegar na fase escolar já tem consigo uma bagagem, A) uma serie de conhecimentos e costumes que já sofreram influencia desde o seu nascimento, de como os pais vivem em casa, e estes por sua vez também tiveram suas influencias. B) do local onde vivem e as www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais pessoas com que se relacionam (classe social, grau de escolaridade, envolvimento na sociedade etc.) C) da própria personalidade da criança, os seus gostos, afinidades, capacidades. Por esse motivo à criança é um ser único, e deve ser tratada como tal. Almeida em seu livro nos traz o seguinte texto: “A criança, um ser em criação. Cada ato é para ela uma ocasião de explorar e de tomar posse de si mesma; ou para melhor dizer, a cada extensão a ampliação de si mesma. E esta operação, executa-a com veemência, com fé: um jogo contÍnuo. A importância decorre de conquista em conquista uma vibração incessante”.(ALMEIDA, 1995). A criança no processo de desenvolvimento ou criação como diz o texto, necessita de exploração e busca de novas aprendizagens, onde ela mesma busca novas experiências exemplo: quando propusermos uma atividade para uma criança no decorrer da própria atividade ela mesma faz modificações adaptações para que a mesma não se torne monótona, desmotivante, e é neste momento que professor-educador deve ter a sensibilidade de perceber na aplicação da atividade e se antecipar, proporcionando e estimulando e proporcionando a criança a novas aprendizagens e explorações. “Dos sete aos dez anos de idade a orientação do pensamento da criança e bem mais concreta, porém, menos imediata. Surgem as primeiras operações lógicas substituindo a intuição. A criança já manifesta grande compreensão do mundo que a rodeia; seu pensamento é mais analítico e critico e possível de reversibilidade. Aos sete anos a criança já e capaz de relacionar coisas e objetos tamanho, cor, numero, forma, etc. Ela se interessa www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais por novos conhecimentos, povos, países e pelo próprio corpo. Manifesta interesse pelos fenômenos de crescimento e morte. É a idade da razão. Aos dez anos a inteligência atinge o apogeu e a criança é capaz de resolver simples operações e problemas mais complexos de movimento. Segundo Tani e colaboradores, a criança deve ser orientada no sentido de quando e como utilizar os movimentos, para que possa raciocinar e não limita-la a intermináveis repetições mecânicas. A maioria dos estudiosos da cognição baseia seus estudos no trabalho de Piaget, embora com certas ressalvas; ele considera o movimento fator essencial para o desenvolvimento da inteligência. Para esse autor as ações constituem o inicio das operações intelectivas e o desenvolvimento cognitivo implica em estágios; - sensóriomotriz (até 02 anos); pré-operatório ou da inteligência intuitiva (ate 07 anos); operatório concreto (até 11 anos) e estagio das operações formais (até 14 anos).”(RODRIGUES 1997) 2 - HISTORIA DA ESCALADA 2.1 No Mundo Nossos ancestrais já escalavam árvores antes mesmo de andar sobre duas pernas. Também moravam em cavernas, onde tinham na habilidade de escalar uma de suas formas de se locomover na própria moradia, de conseguir comida, de se proteger e se esconder. A própria bíblia nos trás relatos de povos que quando eram atacados por seus inimigos se refugiavam em cavernas nos montes, há o relato de Moisés um grande profeta de Deus muito venerado na cultura Israelense subiu ao monte e recebeu as tabuas da lei, e outro www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais mais antigo ainda que mostra que os homens construíram uma torre para chegar ao céu onde estava Deus. “Desde os primórdios, o homem escala montanhas, seja por motivos místicos, religiosos, militares, exploratórios, ou puramente por diversão. A maioria dessas ascensões não deixou registros e poucos são os historiadores e arqueólogos que se interessam por esse assunto. Porém, alguns registros salvaram-se, como a subida do Monte Etna, na Sicília, em 126 dC, pelo imperador Adriano, e do monte Ventoux, na França, em 1336, pelos irmãos Geraldo e Francesco Petrarca” (BRADFORD, 2003). O termo montanhismo é atribuído ao ato de subir montanhas seja através da caminhada ou da escalada, o termo alpinismo se da pelo fato das primeiras montanhas a serem escaladas estarem nos Alpes, mas ambos os termos definem a mesma ação. A Cordilheira dos Alpes é considerada o berço do montanhismo, o relato mais antigo que se tem noticia é a ascensão ao monte aiguille na França por Antoine de Ville em 1492. Este fato causou grande polemica, pois se acreditavam que nas montanhas habitavam dragões, extraterrestres, alienígenas, tanto que as próximas conquistas importantes se deram em1744 Monte Titlis localizado na Suíça central, e também 1770 (Monte Buet) e 1779 (Monte Velan). Em agosto de 1786 um cientista naturalista suíço chamado Horace Bénédict de Saussure motivou alguns cientistas a explorarem o Monte Branco (4.807 m) situado nos Alpes Franco-Italianos que pensava fazer naqueles cumes alguns experimentos, na época quem realizou a façanha foi o médico Michel Gabriel Paccard e o www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais montanhês, caçador e garimpeiro de cristais Jacques Balmat. De fato, um ano depois, o próprio Saussure chegou ao topo do monte, integrando uma expedição com Balmat e outros 17 guias, e ali realizou diversas experiências. Vimos com isso que apesar de terem sido realizadas com sucesso sob uma ótica cientifica o medo e supertição ainda pairava sobre as pessoas daquela época. Nos anos que se seguiram algumas conquistas importantes foram realizadas nos Alpes entre elas podemos citar o Jungfrau (1811) no sul da Suíça situada nos Alpes Berneses, o Finsteraahorn (1812), o Watterhorn (1854) e o Monte Rosa (1855) na região do noroeste da Itália. Limitase ao norte com a Suíça, a leste e ao sul com a região italiana do Piemonte e a oeste com a França. Antes ainda da conquista do Mont Blanc, Pedro III, o Grande, de Aragão, atingiu o alto do Carnigou, nos Pireneus. A primeira grande escalada realizada na América se deve a Diego Ordás, que chegou ao Popocatépetl. Alguns picos andinos foram atingidos pelos homens de Francisco Pizarro na época da colonização espanhola na América. A conquista dos Alpes se tornou uma obsessão para os europeus em 1857, ano em que um grupo de montanhistas ingleses resolveu criar o Clube Alpino de Londres – o nome alpinismo provém daí. Em 1865, o inglês Edward Whymper, juntamente com seis homens, alcançou o monte Cervino, pico dos Alpes situado a sudoeste da Suíça. Os Alpes deixaram de ser uma aventura para os www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais montanhistas depois que William M. Conway percorreu todo o sistema, em 1894. No século XX, os montanhistas se interessaram pelas cadeias montanhosas mais altas do mundo, as cordilheiras do Himalaia e do Karakoram. O monte Everest (o mais alto pico do planeta) foi conquistado pela primeira vez em 1953 por Edmund Hillary e o sherpa (espécie de guia) nepalês Tenzing Norkay. Em 1954, foi coroado o segundo pico mais alto do mundo, o K2. O Aconcágua, pico mais alto dos Andes e do continente americano, foi conquistado pela primeira vez por Mathias Zurbriggen. Entretanto 1856 podemos afirmar que a escalada surge como esporte, quando um grupo de montanhistas chegou ao cume do Monte Branco sem auxílio de um guia experiente, nesta época o montanhismo passa de uma atividade puramente exploratória e de caráter científico e ganha maior popularidade na Europa.Com esses fatos acontecendo o montanhismo começa a ter outros objetivos foi ai que surgiu a 1° associação de montanhismo do mundo chamada de Clube Alpino de Londres, pois na época os ingleses dominavam as técnicas utilizadas para escaladas alpinas o modelo inglês foi seguido pelos demais países, e logo apareceram diversas organizações em toda a Europa. Primeiro na Áustria, em 1862, e, um ano depois, na Suíça e Itália. Em 1874, surgia o Clube Alpino Francês. Antes mesmo que muitos dos cumes alpinos fossem escalados pela primeira vez, expedições foram realizadas em montanhas de outras regiões do mundo. Os principais picos do Cáucaso, cordilheira da Geórgia, www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Armênia, Azerbaijão e sudoeste da Rússia, considerada fronteira entre Europa e Ásia foram conquistados por ingleses em 1868. Nos Andes, o Chimborazo, situado na região central do Equador, nos Andes. Este vulcão ativo de 6.267 m de altitude é a montanha mais alta do Equador. Foi explorado, em 1802, pelo naturalista alemão Alexander Von Humboldt e escalado, em 1880, pelo alpinista inglês Edward Whymper. Em 1880 e o ponto culminante das Américas - o Aconcágua (6.959 m) situado na Argentina - em 1897. Na África, foi escalado o pico mais alto do continente - o Kilimanjaro (5.895 m) - em 1889, assim como o Kenya em 1899 e o maciço de Ruwenzori em 1906 cordilheira da África central situada ao longo do Great Rift Valley na fronteira de Uganda e do Zaire. A seguir, vieram o Trisul na Himalaia em 1907 e o teto da América do Norte - o Monte McKinley (6.194 m), localizado no Alasca - em 1913. Vimos então que a escalada surgiu como uma maneira de pesquisar e não por esporte como temos hoje, apesar te termos a espeleologia que utiliza os mesmo equipamentos e também as técnicas visa somente às pesquisas, exploração tudo isso de forma cientifica. 2.2 No Brasil No Brasil, a primeira manifestação montanhista, de cunho esportivo foi em 1817 com a escalada da face leste do Pão de Açúcar www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais pela inglesa Henriqueta de Carsteirs em companhia de seu filho. O clima e as vistosas montanhas cariocas despertaram o interesse de inúmeros estrangeiros. Expedições tentavam repetidamente escalar os 1.692 metros do Dedo de Deus, considerada uma das montanhas mais difíceis da terra. O triunfo foi vencido em 1912, por um grupo de amigos da cidade de Teresópolis. Passado sete anos foi fundado o Centro Excursionista Brasileiro, que serviu para difundir o esporte no Brasil. O Rio de Janeiro se mantém, ainda hoje, como principal centro de escaladas do país. O montanhismo gaúcho despontou nos anos 50. O impulso partiu do Centro Excursionista Farroupilha, transformado em Clube Gaúcho de Montanhismo, hoje desativado. Edgar Kittelmann, Luiz Gonzaga Cony e seus amigos decidiram escalar o Pico dos Corvos, no conjunto de morros do Itacolomi. Apesar da força de vontade, lhes faltava técnica. Encontram suporte com o alpinista italiano e refugiado de guerra, Giuseppe Gâmbaro. O grupo conquistou o cume pela via sul. Desta forma foi concluída a primeira escalada técnica do Rio Grande do Sul. 2.3 Escalada em muros A história da escalada esportiva começou em um rigoroso inverno ucraniano. Foi nos anos 70 que um ucraniano teve a idéia de durante a fase mais fria do ano pendurar pedras em sua parede para www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais que pudesse treinar. A idéia foi tão boa que logo todos os outros escaladores locais copiaram a idéia. Surgia aí a escalada esportiva. A maior dificuldade encontrada no começo era fura a pedra para prende-la na parede sem que a mesma quebrasse. Em 1985, na Itália, foi realizado o primeiro campeonato mundial. Que teve como obstáculo uma parede natural. Em 1987, pela primeira vez um campeonato foi realizado em uma parede artificial. A copa do mundo de Escalada Esportiva foi criada em 1990. E, dois anos mais tarde, na Olimpíada de Barcelona, finalmente veio a consagração do esporte, quando foi praticado como demonstração. No Brasil o esporte começou a ser praticado no final da década de 80. O grande divisor de águas no país foi à realização, em 1989, do I Campeonato Sul Americano de escalada Esportiva, em Curitiba. A partir daí novos atletas e patrocinadores passaram a apoiar e a praticar o esporte. “A escalada esportiva indoor surgiu na Ucrânia na década de 70, quando um alpinista impedido de ir às montanhas (devido ao frio e as fortes tempestades que assolavam a região), tomou algumas pedras de tamanhos diferentes e fixou-as na parede de sua garagem para treinar enquanto perdurasse o inverno. Tal fato, mais tarde, foi repetido por todos os montanhistas locais” (RESENDE, 1999). 2.4 A escalada na escola www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Ainda nos anos 90 algumas iniciativas pioneiras de escolas particulares do Rio de Janeiro e São Paulo abriram uma nova porta para a escalada no Brasil. Foram criados muros para a aprendizagem da escalada nesses colégios e alguns professores de educação física que também escalavam começaram a usar a escalada como um conteúdo das aulas e a criar atividades recreativas e de iniciação prédesportiva para as crianças e os adolescentes. Esse componente novo trouxe diversas suspeitas com relação à segurança dos alunos, a visão que os pais teriam dessa proposta e aos benefícios que essa atividade poderia trazer na formação das crianças. Hoje, aproximadamente dez anos depois das primeiras iniciativas, podemos afirmar que a escalada nas escolas, tal como acontece na França, EUA e outros países são um componente curricular riquíssimo e tende a crescer muito, gerando modificações na própria cultura da escalada no Brasil. 2ª PARTE INTRODUÇÃO O desenvolvimento humano se dá em vários aspectos vinculados à satisfação das necessidades básicas, tais como: educação, nutrição, moradia, saneamento básico, saúde, etc. Gostaríamos de citar nesta segunda parte do trabalho quatro pontos www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais ligados ao comportamento humano; o primeiro afetivo, que envolve o relacionamento familiar, grupos e pessoas mais próximas; o segundo é o cognitivo, que está ligado ao conhecimento prévio da criança, e a aquisição de novos saberes que se dará no decorrer de sua existência; o terceiro social, que evolve o inter-relacionamento, o ambiente onde se vive e também a cultura; e o quarto e ultimo o motor, este envolve as capacidades físicas e habilidades motoras. Neste item a genética se mostra como um fator importante. Comentaremos estes assuntos separadamente, porém vale apena ressaltar que eles estão muito interligados. Em todos os momentos de nossa vida, é claro que dependendo do momento, um sobressai ao outro. Mas todos eles estão presentes em todos os momentos da nossa vida. Vejamos só um exemplo: - Um individuo praticando um esporte qualquer, de quadra ou até mesmo as artes marciais, não pode separar seu raciocínio, suas emoções, e menos ainda sua motricidade, do movimento que esta realizando, pois somos seres completos e não fragmentados -. Não que eles estejam todos nas mesmas proporções, ora um se sobressai aos outros, mas sabemos que sempre haverá os quatros envolvidos em uma mesma ação. Não podemos deixar de falar, também da ligação muito forte que há entre o aprendizado motor e o desenvolvimento. Assim sendo, comentaremos a seguir sobre aprendizagem motora, crescimento e desenvolvimento e as características individuais, de cada aspecto, e a ligação que possuem entre si. Pois www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais estão interligados sendo impossível falar de um só puramente sem a interferência de outro. 1 - APRENDIZAGEM MOTORA 1.1 A psicologia no aprendizado Para começarmos este assunto gostaríamos de fazer dois comentários: Primeiro para Piaget o indivíduo precisa se desenvolver, estar preparado para depois vir o aprendizado, ou seja, ele precisa chegar a uma determinada fase para depois realizar algo; Segundo para Vigostsky o individuo só se desenvolve através do aprendizado, ou seja, ele realiza e com essa realização ele se desenvolve. Se fizermos uma analogia entre a opinião dos dois diríamos que ambos estão certos, pois hoje precisamos dosar os dois pontos de vista juntos, para que o nosso aluno tenha um melhor desenvolvimento, não exigir o que ele não pode dar e nem deixá-lo tão à vontade, precisamos usar argumentos, problematizar em nossas aulas a qual leve o nosso aluno pensar, ter atenção voltada para o que esta sendo realizado quer seja por ele, pelos companheiros ou até mesmo pelo professor. Para alguns pesquisadores o ditado que diz: ”nada se cria tudo se copia” é muito ligado com a aprendizagem motora, eles www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais afirmam que quando uma pessoa aprende uma habilidade nova na realidade ela não aprende, a pessoa apenas desenvolve um novo padrão de movimento, o qual existe uma grande relação entre coordenação espacial e temporal a partir do seu acervo já existente o qual é chamado de transferência de aprendizado. 1.2 Transferência, positiva, negativa e neutra Para Magill existem três tipos de transferências quando a transferência pode ser de feita de uma experiência anterior para uma nova habilidade: transferência positiva é aquela que com a experiência já adquirida pelo individuo ajuda-o ou facilita o desempenho em uma nova habilidade, transferência negativa ocorre quando acontece o contrario, ou seja, quando a experiência causa uma dificuldade no desenvolvimento de uma nova tarefa e a transferência nula, e quando não ocorre nenhuma interferência sobre a nova habilidade. Para entendermos melhor esses pontos vejamos um exemplo: Quando uma pessoa treina karate, por exemplo, no chute ela tem uma noção de espaço e tempo do alvo onde se quer acertar que pode ser transferido para o futebol este é um exemplo de transferência positiva um exemplo de transferência negativa é o aprendizado do corte no vôlei em relação ao saque viagem, por exemplo, onde temos na cortada uma quebra de punho para que se tenha um efeito giratório sobre a bola já no saque é uma batida mais seca sem quebra de punho www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais para que a bola tenha um efeito de flutuar no ar dificultando a ação do adversário em ambos os casos, já na transferência nula é quando não há nenhuma relação de uma atividade com outra como, por exemplo, nadar e dirigir. 1.3 Transferência bilateral ou entre membros Existe também a transferência bilateral ou entre membros a qual está relacionada com o aprendizado de um padrão de movimentos com outros membros, por exemplo, escrever, ou escovar os dentes com o lado dominante, a transferência pode ser feita, para o lado não dominante pode ser também transferido para outro membro não convencional daquele normal exemplo: Quando escrevemos o nosso nome um padrão de movimento padronizado no nosso acervo motor, utilizando a caneta presa na articulação do cotovelo. “É um conjunto de comandos motores pré-estruturados no nível do sistema executivo e que define os detalhes essenciais de uma habilidosa, análoga a um gerador de padrão central’. (SHIMIDT & WRISBERG. 2001) Muitos estudos são feitos sobre este assunto, os mais falados são os feitos com dardos onde os pesquisadores fazem uma coleta de dados com o individuo, por volta de cinco jogadas com lado dominante, e depois fazem um treinamento somente com lado não dominante depois de algum tempo o individuo tem uma evolução desse lado não dominante, quando é notada essa evolução se faz uma www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais nova coleta com lado dominante e percebe-se um padrão mais alto do que aquele inicial, ficando comprovado assim que realmente há uma transferência multimembros, e uma das vantagens da escalada esportiva é justamente essa, pois em muito casos o aluno se encontra em situações onde ele precisa tomar algumas decisões e tem que ser com o lado não dominante. 1.4 Transferência entre as modalidades Com já foi falada anteriormente a transferência de aprendizado existe e ela pode ocorrer de varias formas, pode ser negativa, positiva, neutra, ou ainda entre membros, os mesmos princípios se aplica quando falamos de transferência entre modalidades, para continuarmos esse assunto vejamos o texto a seguir: “O programa motor é uma representação na memória de uma classe de ações que compartilham características invariantes comuns. Armazena a informação necessária para o desempenho de habilidades motoras.” (MAGILL, 2000). No ponto de vista de Magill o individuo fica com uma representação na memória de ações que são compartilhadas e armazenadas e quando necessário é requisitada para o desempenho de uma tarefa, pois bem vemos então que a escalada traz uma percepção tátil muito grande para os indivíduos que a praticam, e este fato é de extrema importância no jogo de queimada, handebol, basquete ou até www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais mesmo no vôlei, nos esportes de luta como aikidô, judô, jiu-jitsu, podemos falar também da força de preensão que pode ser requerida no salto com vara, lançamento de dardo ou martelo e até mesmo nas lutas. Vemos por tanto que a escalada esportiva pode ser muito útil no aprendizado de outras modalidades esportivas. 2 - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Antes de começarmos a discussão falaremos um pouco sobre crescimento e desenvolvimento, pois para muitos esses dois itens são a mesma coisa. “Os termos „crescimento‟ e „desenvolvimento‟ são freqüentemente usados em permuta, mas cada um implica diferença na ênfase. No seu sentido mais puro, „crescimento físico‟ refere-se a um aumento no tamanho do corpo de um individuo na maturação. Em outras palavras, o crescimento físico é um aumento da estrutura do corpo causado pela multiplicação ou pelo aumento das células. O termo „crescimento‟, entretanto, é freqüentemente usado para referir-se à totalidade da alteração física e, como resultado, ele se torna mais abrangente e assume o mesmo significado que o desenvolvimento. Em nossa discussão sobre crescimento, adotaremos o primeiro significado”. „Desenvolvimento‟, em seu sentido mais puro, refere-se a alterações no nível de funcionamento de um individuo ao longo do tempo. Keogh e Sugedn (1985) definiram o desenvolvimento como alteração adaptativa em direção à habilidade. Tal definição implica que no decorrer da vida, é necessário ajustar, compensar ou mudar, a fim de obter ou www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais manter a habilidade. Por exemplo, o bebê que esta aprendendo a caminhar necessita compensar as alterações em sua base de apoio e em seu centro de gravidade. Então, o adulto também precisa compensar a diminuição e a regressão na habilidade de caminhar, freqüentemente causada pela artrite e pela flexibilidade de articulações. Adotaremos a definição de Keogh e Sugden ao longo do texto, porque ela, clara e objetivamente, afirma que o desenvolvimento é um processo permanente de alteração “. (GALLAHUE, 2001). Embora no inicio da vida os dois andam juntos, ou seja, com uma velocidade muito grande há uma grande diferença entre eles: Crescimento é quantitativo, relacionado a estaturas, mudanças físicas: aumento de tamanho / aumento do numero de estruturas funcionais (células). Desenvolvimento é o aumento qualitativo, relacionado à aquisição de novas funções. Pode ser dividido em: Biológico - aquisição de novas funções (células). Comportamental é a aquisição de novas funções do ser humano como um todo. O crescimento é medido, porém o desenvolvimento observase os estágios. Crescimento (alteração no numero/tamanho/massa) Desenvolvimento (aumento da complexibilidade/ função/ mudança/ qualitativa) complexibilidade = maior numero de habilidade ex: correr e clicar uma bola, duas atividades diferentes, porém podem ser unidas ex: correndo e clicando uma bola ao mesmo www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais tempo, quando existe esta junção chamamos de aumento de complexibilidade. Crescimento refere-se a mudança física no corpo do individuo como um todo abrangendo todos os tecidos, tanto no sentido longitudinal como transversal em um determinado período. Desenvolvimento refere-se a mudanças tanto físicas como cognitiva, afetiva e social do individuo, no decorrer de sua vida. Nesse ultimo por ter vários aspectos envolvidos é mais complexo, pois envolve diversas áreas e vários conhecimentos como: psicologia, medicina, sociologia, educação, nutrição, político, etc. Por esse fato fica muito difícil falar sobre o desenvolvimento, pois temos diversas áreas, mas o desenvolvimento é apenas um, tudo que o individuo faz envolve todos os aspectos não todos na mesma intensidade, mas com certeza todos eles estão presentes. 2.1 Afetivo Um outro fator muito importante na vida da criança são as regras apresentadas no esporte, pois através delas podemos observar se a criança vai obedecer ou não. E também visualizarmos os verdadeiro motivos de falta de obediência. Ex: ela não obedece porque não conhece as regras, ou para tirar alguma vantagem? E essas regras traduzem um juízo de valores em relação a cada individuo. O esporte ajuda a criança a aprender conviver em sociedade, e não somente isso, mas também lidar com a competitividade, os www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais acertos e erros, a premiação e até mesmo as frustrações por não ter alcançado o resultado esperado. Ajudando no desenvolvimento do lado cognitivo. E propiciando um amplo leque aprendizado das modalidades praticadas, aprende com erros e acertos, tanto os dela como com os dos outros, aprende também a criar e desenvolver táticas de ataque e defesa e técnicas para superar seus limites, ampliar sua habilidades, etc... Pois todos estes pontos fazem parte do esporte e também do cotidiano da criança contribuindo para a sua formação como cidadão. Pois, de acordo com a psicologia é nesta fase que se forma o caráter de um individuo, portanto toda e qualquer experiência que ele venha a ter, contribui para a sua formação moral. Neste ponto especifico é que podemos interferir para bem ou para mal, pois de acordo com os valores que passamos para a criança e o que ela vai receber. Em outras palavras incentivando-a a tomar decisões pela razão ao invés das emoções, ela sempre vai ter sua mente voltada para o mais lógico, pois a razão é sólida, já a emoção varia de acordo com o nosso humor, com dia, com a fase em que estamos passando, depende de fatores externos, a razão já é o contrário está fundamentada no nosso interior. Não podemos deixar de levar em consideração o que a criança tem de berço, a educação dos pais. Pois a criança se dará a conhecer pelas suas ações ou conduta assim como ela procede em um jogo amistoso, uma brincadeira vai ser assim que ela se portara em www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais qualquer outro campo, seja profissional, familiar, recreativo, social etc... Para trabalharmos esses pontos a escalada é uma fortíssima aliada, pois trabalhamos tudo isso de forma sutil e temos a possibilidade de intervir até mesmo no que ela tem de berço onde em muitos casos os familiares não acreditam nela, dizem que ela não pode, não são capazes, e a escalada resgata isso nela onde a criança pode vivencia na pratica que ela pode, ela realiza algo por ela mesma e até pelos outros. Vale apena ressaltar também como é importante e intervenção do professor nas aulas quanto aquela criança que é mais gordinha ou menos habilidosa que sempre é a ultima a ser escolhida, ou até mesmo fica fora da atividade o professor é que precisa criar meios para que esta criança seja vista como um individuo importante no grupo, proporcionar atividades onde sobressaem suas qualidades positivas e mostrar para o aluno e também para o grupo que ele é importante. É neste ponto que o professor encontra na escalada tem uma vantagem, pois trepar, subir em algo todos conseguem por maior ou menor tempo podem até não fazer todos iguais, mas todos participam e todos alcançam o objetivo. 2.2 Cognitivo O cognitivo talvez seja o ponto mais difícil de se comentar, pois não temos como mensurar essa capacidade, pois é influenciado www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais por vários aspectos em vários sentidos, pois cada criança ao chegar na fase escolar já tem consigo uma bagagem, A) uma serie de conhecimentos e costumes que já sofreram influencia desde o seu nascimento, de como os pais vivem em casa, e estes por sua vez também tiveram suas influencias. B) do local onde vivem e as pessoas com que se relacionam (classe social, grau de escolaridade, envolvimento na sociedade etc.) C) da própria personalidade da criança, os seus gostos, afinidades, capacidades. Por esse motivo à criança é um ser único, e deve ser tratada como tal. Almeida em seu livro nos traz o seguinte texto: “A criança, um ser em criação. Cada ato é para ela uma ocasião de explorar e de tomar posse de si mesma; ou para melhor dizer, a cada extensão a ampliação de si mesma. E esta operação, executa-a com veemência, com fé: um jogo contÍnuo. A importância decorre de conquista em conquista uma vibração incessante.” (ALMEIDA, 1995) A criança no processo de desenvolvimento ou criação como diz o texto, necessita de exploração e busca de novas aprendizagens, onde ela mesma busca novas experiências exemplo: quando propusermos uma atividade para uma criança no decorrer da própria atividade ela mesma faz modificações adaptações para que a mesma não se torne monótona, desmotivante, e é neste momento que professor-educador deve ter a sensibilidade de perceber na aplicação da atividade e se antecipar, proporcionando e estimulando e proporcionando a criança a novas aprendizagens e explorações. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais “Dos sete aos dez anos de idade a orientação do pensamento da criança e bem mais concreta, porém, menos imediata. Surgem as primeiras operações lógicas substituindo a intuição. A criança já manifesta grande compreensão do mundo que a rodeia; seu pensamento é mais analítico e critico e possível de reversibilidade.Nesta idade também a criança já e capaz de relacionar coisas e objetos tamanho, cor, numero, forma, etc. Ela se interessa por novos conhecimentos, povos, países e pelo próprio corpo. Manifesta interesse pelos fenômenos de crescimento e morte. É a idade da razão. Aos dez anos a inteligência atinge o apogeu e a criança é capaz de resolver simples operações e problemas mais complexos de movimento.Segundo Tani e colaboradores, a criança deve ser orientada no sentido de quando e como utilizar os movimentos, para que possa raciocinar e não limita-la a intermináveis repetições mecânicas. (RODRIGUES 1997) A maioria dos estudiosos deste assunto utilizam-se dos estudos feitos por Piaget e, Vigostsky, pois eles consideram que o movimento do individuo é fundamental para o seu desenvolvimento em todos os aspectos, para eles a ação do ser humano na primeira e segunda infância é e estrema importância para que ele tenha uma interação com o meio vice-versa. “A escalada é a atividade física que melhor demonstrou a solicitação do praticante no que se refere a resolução de situações problema.” (Souza, 2002) www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 2.3 Social Neste aspecto não podemos perder de vista alguns pontos, o primeiro é - a necessidade do individuo de realizar os seus desejos, e a segunda é - as normas que regulam a vida do individuo na sociedade. Sendo assim percebemos que a cultura tem um papel muito importante na definição dessas regras, e nos como educadores precisamos estar atento a esses pontos e levar os nossos alunos a terem uma consciência dessas regras, e neste ponto a Educação Física tem muitos a contribuir através de jogos, gincanas, atividades de estafetas etc...E o terceiro seria o individuo fazendo parte de um grupo, sentindo-se parte da sociedade. Freire em seu livro relata que a função do professor na segunda infância, ou seja, de 07 a 11 anos mais ou menos tem a responsabilidade não de submeter a criança as regras dos adultos, mas incentiva-las, e estimulá-las a utiliza-las como um recurso de convívio em sociedade, pois não significa que a criança de sete anos já pode compreender totalmente as regras, pois isto depende do trabalho que foi feito anteriormente a idade escolar. Nesta mesma visão podemos citar o ponto de vista de RODRIGUES, 1997: “No plano social, a partir dos sete anos, a criança procura o „grupo‟, pela necessidade de ajustar-se e ser aceita. Dos nove aos dez anos prefere o „bando organizado‟, com códigos e uma escala de valores, que lhe permite adaptar-se ao grupo e as instituições. Renega os delatores, que merecem reprovação geral e mesmo exclusão do bando. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais A criança adquire através do relacionamento grupal, a experiência da reciprocidade e da solidariedade humana. Aprende a afirmar e defender seus direitos e a ter responsabilidade, passando de um estado se submissão a um estado de respeito mutuo. O papel do adulto não é o de impor uma moralidade externa e sim levar a criança a refletir e julgar os fatos por si mesmo.” Neste aspecto também podemos perceber como a escalada se torna eficiente para atingir o lado social das crianças, com relação ao ensino das técnicas vimos que o ensino se aplica de forma progressiva e adaptado à idade e grau de experiência de cada aluno, um outro ponto é o reconhecimento dos riscos da atividade, portanto o aluno fica mais atencioso tanto na segurança dele como dos companheiros, há também uma maior integração entre os alunos na verificação do equipamento coletivo e individual pelos próprios alunos e pelo professor, já que a segurança seria um ponto primordial para o sucesso da atividade. O professor enfatizando sempre para o aluno que a segurança é fundamental o aluno se torna mais concentrado, confiante, corajoso, além de aprender a respeitar o próximo criando um vínculo que o torna responsável pela vida do outro, fortalecendo as relações interpessoais, para que isto aconteça de forma eficiente o aluno vai perceber que ele precisa observar e respeitar rigorosamente as regras impostas pelo professor. Vejamos a seguir o que os PCNs diz a respeito da Educação Física e o social do individuo. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais “Trata-se de compreender como o individuo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. Por exemplo, o chutar é diferente no futebol, na capoeira, na dança e na defesa pessoal, na medida em que é utilizado com intenções diferenciadas e em contextos específicos; é dentro dele que a habilidade de chutar deve ser aprendida e exercitada. È necessário que o individuo conheça a natureza e as características de cada situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que possa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de forma adequada e significativa. Dentro de uma mesma linguagem corporal, um jogo desportivo, por exemplo, é necessário saber discernir o caráter mais competitivo ou recreativo de cada situação, conhecer o seu histórico, compreender minimamente regras e estratégias e saber adapta-las. Por isso, é fundamental a participação em atividades de caráter recreativo, cooperativo, competitivo, entre outros, para aprender a diferencia-las “. Um outro ponto importante é a formação de grupo, os esportes radicais em especial a escalada, ajuda à criança neste sentido perante a sociedade como, por exemplo, a linguagem, a vestimenta, o gosto musical, local de encontro, porque pertencer a um grupo a criança ou o adolescente se sente inserido na sociedade, ele vê que faz parte de algo e isso é importante na sua formação como cidadão.UVINHA destaca também: “...nos grupos de jovens, o que há de comum é o fato de todos eles estarem à procura de algo, isto é, de estarem à www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais procura de si mesmos..., no grupo, uns se parecem com outros e nisso se confortam; um é modelo para o outro; sofrem de angustias semelhantes e na indefinição é que se encontram; dentro do grupo cada um esta na busca de si mesmo, e o grupo como unidade existe nesse sentido; o encontro visa, antes de mais nada, a externalizar os próprios pensamentos e confronta-los com os demais...o grupo serve em determinados momentos para firmar a identidade, ...sozinho, estou perdido: juntos, somos forte; é o nós que me dá sensação de identidade social e, deste modo, me protege contra a ansiedade”. Com isso podemos perceber que a escalada esportiva como conteúdo da Educação Física pode também ser utilizada como ferramenta de aplicação tanto das regras como no convívio social entre os alunos. 2.3.1 Influencia dos adultos sobre a criança Sabendo que o aluno não sofre influência apenas do professor mais também dos pais e de outros adultos que o cercam, podemos afirmar que os adultos têm forte influência sobre a vida da criança.Portanto percebemos o adulto tem um papel importante na tomada de decisão da criança de praticar ou não algum esporte ou qualquer outra atividade seja ela qual for. É muito difícil ou praticamente impossível, tomarmos uma decisão seja ela qual for sem a interferência de outra pessoa, neste fato o que pesa mais principalmente para as crianças a opinião de outras pessoas www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais principalmente dos pais, tem um peso muito grande, tanto no aspecto afetivo como financeiro, já que são totalmente dependentes dos pais. É importante para a criança ter quanto mais cedo possível o contato com maior numero de modalidades esportivas, pois maiores serão as chances dela ter um melhor e repleto acervo motor. E este acervo poderá ser requisitado posteriormente em qualquer modalidade esportiva através da transferência de aprendizado, ou até mesmo ser aplicado no seu dia-a-dia, na vida profissional, familiar, na sociedade em que vive, através das suas atitudes e valores, conquistados, ou introduzidos, na fase inicial de sua vida (infância). Este período é muito propicio para a pratica de esporte principalmente da escalada, de acordo com o que vimos até aqui vimos que esta modalidade encaixa-se perfeitamente com as suas necessidades em vários aspectos para um melhor desenvolvimento. (GALLAHUE, 2002). Por isso o profissional da Educação Física tem um papel importantíssimo na vida da criança, proporcionar para que ela tenha uma ampla vivencia e possa decidir. Levando sempre em consideração que a vida de atleta é muito curta, porém a vida esportiva é para toda vida. 2.3.2 Fator financeiro A economia é um dos fatores que podem comprometer o desenvolvimento e a pratica esportiva da criança, já que vivemos num mundo capitalista onde tudo se paga, tudo se compra, o fator financeiro é um dos itens que contribui para a obesidade o www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais sedentarismo tanto em crianças como em adultos, que por sua vez geram outras doenças, portanto, quando o pai não tem recursos para colocar o filho em uma academia, clube, escola de esportes etc. A criança perde a motivação e pode cair no sedentarismo. Por este fato em muitos casos o dinheiro interfere diretamente nas decisões do adulto sobre a criança, pois quando o adulto ver que determinado esporte tem um rendimento financeiro melhor em muitos casos eles incentivam as crianças de acordo com a possibilidade do ganho e não pesam muito nas capacidades e habilidades da criança e muito menos no que ela gostaria de fazer, se ela se sente bem em praticar esta ou aquela modalidade, deixando de lado a possibilidade que a criança pode se dar muito melhor tanto financeiramente como se realizar como pessoa em uma modalidade que ela realmente tenha mais afinidade. O fator financeiro é um outro ponto em que o professor deve pensar também, já que a maioria das escolas que temos são publicas, onde grande parte da população não tem grandes rendimentos onde o professor com um pouco de criatividade e boa vontade pode proporcionar para os alunos experiências como trepar que é fundamental na escalada em diversas situações e ocasiões utilizandose de cordas, trave do gol, grade ao redor da quadra, corrimão de escadas, espaldar etc. coisas que facilmente existem nas escolas publicas, despertando nos alunos o interesse pela escalada. 2.3.3 Fator Cultural www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Um outro ponto que interfere na decisão desses adultos e conseqüentemente na criança também é o fator cultural, pois parece que no mundo em que vivemos se não fizermos o que a maioria das pessoas faz, ficamos para traz, não estamos encaixados na sociedade, e neste ponto temos uma grande influencia dos meios de comunicação na vida das pessoas. 2.3.4 Meios de Comunicações A ênfase dada a uma determinada modalidade pela mídia ou pelo valor financeiro que ela retorna para o atleta interfere diretamente em outras modalidades e também no surgimento de atletas nestas modalidades.Vejamos alguns exemplos: Quando atletas se destacaram no tênis, natação, boxe como ocorreu há alguns anos atrás houve uma maior demanda de alunos nessas modalidades uma grande explosão de alunos nas academias. Vimos com isso dois pontos o positivo onde a mídia divulga o esporte embora em muito menor escala em relação ao futebol e outro negativo onde da ênfase só quando um atleta se destaca. Com isso observamos que as pessoas vão ficando sem personalidade, sem opinião própria fazendo o que os meios de comunicações impõem, dando desta forma um grande poder para esses meios criando desta forma uma sociedade do modismo que sempre muda, onde sempre começam projetos e não os terminam, porque na época em que começou era moda e depois passou a não ser mais. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Um outro exemplo: É quando uma emissora de televisão colocou em um de seus programas diários a participação de capoeirista foi também um modismo nas academias de capoeiras sendo muito procuradas, mais depois de um tempo a mídia muda novamente e no geral às pessoas também mudam. O papel da mídia também propicia o aumento do custo dessas modalidades esportivas, pois ela tem o poder de exaltar ou de afundar uma modalidade, e não somente isso, mas, por exemplo: Ela mostra a historia de uma meia dúzia de jogadores de futebol que obteve sucesso saindo da periferia e indo jogar nos clubes da Europa, sendo que isto ocorre com uma minoria, mesmo dentro do futebol onde as crianças ficam iludidas pensando somente em um esporte, e que um dia serão como esse jogadores, deixando muitas vezes até e irem as escolas ou nem mesmo saber que tem um grande potencial para outros esportes, que podem proporcionar grande prazer e satisfação. Um outro problema que a mídia traz, são as propagandas de fast food, refrigerantes e outros que levam as pessoas principalmente as crianças a consumir-los e piorar a saúde ficando cada vez mais sedentárias e obesas. Por esse e outros motivos nós como educadores precisamos conscientizar e dar condições para os nossos alunos de terem um olhar critico sobre as coisas que acontecem ao seu redor, e que eles tenham a consciência do que eles têm e são capazes de realizar e terem a certeza de que quando uma pessoa é boa no que faz não importa a área, ela vai se dar bem. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 2.3.5 O papel do professor educador Sabemos que os jogos e o esporte são importantes e necessários na formação do individuo e para o seu desenvolvimento. Nós como educadores temos a responsabilidade de identificar no âmbito pessoal de cada aluno como cada um reage diante da participação, aprendizado, ganhar ou perder (competição), integração e sociabilização, nos anos escolares que o ajudarão na formação como cidadãos ativos em nossa sociedade futuramente. “Dos oito aos dez anos, as formas básicas do nível anterior adquirem, gradativamente, uma forma técnica e se convertem em destrezas especificas. Por exemplo, a forma básica „saltar‟ que a criança executa de forma global e natural, sem uma técnica especifica, pode se transformar num salto em altura com estilo. Em virtude do maior fortalecimento dos membros, a criança já tem possibilidade de sustentar o próprio corpo, assim como ajudar e apoiar um companheiro, iniciando o trabalho com destrezas técnicas (rolamentos, estrelas, saltos no plinto, trepar, etc.) As aulas não devem ser dinâmicas e sem formalidades, com técnicas simples e grande variedade de exercitações, para estimular o imediato desejo de aprender, tão acentuado nesse faixa etária. Embora não existam diferenças acentuadas entre o rendimento dos meninos e das meninas, as aulas não devem sr mistas, pois os interesses são diferenciados. As meneias se interessam mais pelos movimento arredondados, graciosos e rítmico, enquanto que os meninos preferem jogos e movimentos mais violentos. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais O método de trabalho mais indicado é ainda „soluçãoproblema‟, que possibilita a criatividade e leva a criança à conquista do estilo próprio.”(RODRIGUES 1997) Por esse e outros motivos nós como educadores precisamos conscientizar e dar condições para os nossos alunos do que eles são capazes e terem a certeza de que quando uma pessoa é boa no que faz não importa a área, ela vai se dar bem. A valorização de uma determinada modalidade seja pela mídia ou pelo valor financeiro que ela retorna para o atleta, interfere diretamente em outras modalidades e também no surgimento de atletas nestas modalidades. Vale apena ressaltar também como é importante e intervenção do professor nas aulas quanto aquela criança que é mais gordinha ou menos habilidosa que sempre é a ultima a ser escolhida, ou até mesmo fica fora da atividade o professor é que precisa criar meios para que esta criança seja vista como um individuo importante no grupo, proporcionar atividades onde sobressaem sua qualidades positivas e mostrar para o aluno e também para o grupo que ele é importante. É neste ponto que o professor encontra na escalada tem uma vantagem, pois trepar, subir em algo todos conseguem podem não fazer todos iguais, mas todos participam e todos alcançam o objetivo. 2.4 MOTOR www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Ainda são poucas as pesquisas na área de escalada esportiva, mas podemos verificar que do ponto de vista físico-motor há um fortalecimento muscular, articular e ósseo muito grande nos alunos, principalmente de membros superiores e tronco. A coordenação motora também é bastante beneficiada, pois permite ao praticante uma melhor, noção de limite dos movimentos do seu corpo, ajuda também na lateralidade, possibilitando desta forma uma melhor compreensão da sua corporeidade. “Sobre tudo para os meninos, raramente uma cerca ou uma arvore é muito alta, uma ribanceira muito íngreme ou um decurso de movimento muito difícil. Eles querem testar sua habilidades e certificar-se de seu poder no jogo ou na competição. As meninas também não ficam muito atrás dos meninos, nesta fase. Este é especialmente o caso quando elas fazem parte de um grupo de brinquedo formado de modo preponderante por meninos. Jogos e brincadeiras comuns entre meninos e meninas até os 10 e 11 anos ainda são muitos. Uma diferenciação especifica, mais acentuada do sexo nos jogos somente é verificada no final da terceira idade escolar.”(MEINEL, 1994) Segundo Meinel podemos ver que a escalada também não faz distinção dos alunos quanto ao sexo, pois meninos e meninas podem fazer aulas no mesmo espaço, com os mesmos equipamentos e técnicas, pois nesta fase da segunda infância não diferem muito em força uns dos outros. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais “Qualquer programa de Educação Física deve, antes de mais nada, para que seus objetivos sejam alcançados, respeitar as características, necessidades , e interesses das pessoas nele envolvidas.” (Oliveira) De acordo com Oliveira podemos observar que a escalada pode fazer parte do programa de educação Física escolar, pois ela atende as necessidades da criança do adolescente do adulto já que nesse esporte não se usa implemento de carga sendo a carga apenas o peso do próprio corpo, contribuindo muito para o desenvolvimento de força principalmente dos membros superiores, onde cada individuo independente da idade pode participar dessa atividade adequando-a as suas necessidade e interesses pessoais ou em grupo, embora o professor possa estabelecer objetivos mais específicos como evidencias cientificas ou ainda utilizar a escalada para melhorar uma outra habilidade qualquer que possa ser requerida em outra modalidade. Pois de acordo com MELO se a criança não for estimulada ou se o fizerem de forma errada trará grandes conseqüências para a criança. “Toda criança deve ser estimulada a praticar atividades compatíveis com sua idade e capacidade, e a falta de estimulação durante a infância trará uma perda considerável na maturação funcional”. Segundo os PCNs pratica da Educação Física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal, que podem ser prejudiciais, por exemplo: Que a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares vem aumentando e entre os principais fatores de risco estão a vida sedentária e o estresse. “Aprender a movimentar-se implica planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma serie de procedimentos cognitivos que devem ser favorecidos e considerados no processo de ensino aprendizagem na área de Educação Física. E embora a ação se processa em frações de segundo, parecendo imperceptível, ao próprio sujeito, que houve processamento mental. È fundamental que as reflexão e discussão sobre as experiências corporais, estratégicas e grupais que as praticas da cultura corporal oferecem ao aluno”. (PCNs. pág. 34) Art. 32. Inciso III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; Se atentarmos para os textos acima podemos perceber que a escalada esportiva pode proporcionar para os nossos alunos boa parte do que é pedido pelos PCNs. A Escalada Esportiva pode ser vista através da Abordagem Construtivista-Interacionista e conforme DARIDO (1998) afirma: “A prática da escalada esportiva nas aulas de educação Física oferece situações não habituais audaciosas e com segurança, o aluno pode praticar uma motricidade www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais autêntica, global ou até mesmo lúdica; aprende também a se organizar no espaço tridimensional, consegue visualizar que ela faz parte de um mundo que ela ocupa um determinado espaço, tanto na sociedade como no grupo”. 2.4.1 Aptidão física É definida por aptidão física a capacidade de realizar trabalhos musculares de forma satisfatória Hoje em dia fala-se muito neste termo aptidão física, porém não é tão simples assim, a aptidão física esta relacionada a uma serie de fatores como, saúde, resistência cardiorrespiratória, tônus muscular, flexibilidade, capacidades motoras e esta por sua vez esta ligada a genética, ou seja, a composição da massa corporal, também podemos citar fatores como o nível constante de atividade física, a alimentação etc. Vários são os fatores que podem influenciar a aptidão física do individuo, segundo Mattos e Neira, mesmo que uma pessoa seja ativa nos seus afazeres do dia a dia ela precisa separar um tempo regular para fazer exercícios físicos se quiser obter uma melhora na sua aptidão física. “A aprendizagem dos gestos técnicos é fator adquirido, que modifica os comportamentos motores do individuo, que, com a automação, traz uma estabilidade no desempenho motor”. (MELO, 1999) Na escalada a criança vai fazer os gestos técnicos utilizandose da sua força com o elemento do peso do seu próprio corpo, que www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais segundo alguns pesquisadores o ideal para crianças é que não se trabalhe força utilizando implementos, podemos citar também que a criança vai desenvolver um pouco mais da sua atenção, pois apesar de estar presa por uma corda ela não pode descuidar, pois a impressão que se tem e que vai cair realmente, o raciocínio, pois já que é um trabalho de força ele não consegue ficar por muito tempo em uma mesma posição, tendo que mudar constantemente, por esse motivo ela deve saber quais as agarras ela vai utilizar antes de começar a subir, com esse processo ela aprende também a lidar com imprevistos, pois nem sempre o que ela visualizou antes vai realmente funcionar na pratica. 3ª PARTE 1 - COMO TRABALHAR A ESCALADA É importante que o professor faça uma adaptação e/ou até mesmo um mescla nas aulas e utilize materiais conhecidos dos alunos como espaldar, plinto, grade ao redor da quadra (se houver) corrimão, trave do gol, cordas, mesas, cadeiras, se o professor conhecer muito bem a turma pode ate desenvolver um trabalho em grupos mínimo de três onde dois ficam de apoio e o outro sobe utilizado os colegas de apoio e fazendo um revezamento entre eles, e também materiais específicos da escalada como paredes com agarras enfim são inúmeras as possibilidades que o professor tem para aplicar a escalada na escola. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Num trabalho apresentado no congresso em Jundiaí Nas escolas públicas brasileiras a cultura da bola (futebol, voleibol, handebol e basquetebol), é a que mais se destaca dentro dos conteúdos da educação física, o presente estudo revela novas possibilidades. A proposta apresentada foi a iniciativa do professor Renato Eduardo Galon, na Escola Estadual de Segundo Grau Antonio Francisco Redondo, localizada na periferia do município de São Paulo, no ano de 1998, mostrou que as aulas podem ser diferentes em vez de só bola e quadra. O professor implantou na escola entre muitas coisas uma parede de escalada, atividade esta geralmente encontrada nas escolas privadas. Para cumprir esse projeto o professor precisou se unir com os alunos para comprar materiais necessários consultar especialistas e literalmente colocar a mão na massa, dando desta forma uma nova Educação Física para os alunos daquela escola. Um outro ponto é o que diz os PCNs: "uma aula de Educação Física deve privilegiar a aprendizagem do movimento, embora possam estar ocorrendo outras aprendizagens em decorrência da prática das habilidades motoras" e ainda "sua função não é desenvolver capacidades que auxiliem a alfabetização e o pensamento lógico-matemático, embora tal possa ocorrer como um subproduto da prática motora”. (PCNs.) www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais No Art. 35 Inciso IV da L.D.B. “a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina”. Se fizermos a junção dos dois pontos acima para coloca-los na pratica em nossas aulas veremos que a escalada esportiva é uma excelente ferramenta para o professor trabalhar os temas transversais como meio ambiente em que o aluno terá consciência da preservação do meio onde vive, interdisciplinar, levando o aluno a obter conhecimentos que vão além daqueles normalmente adquiridos nas práticas desportivas, como conhecimentos de história, geografia, geologia e ecologia. Pois a escalada na escola não se limita somente a muros ou paredes estes apenas tornam a atividade mais segura e fácil para a prática cotidiana das aulas. Dependendo dos alunos que o professor tenha e da instituição em que trabalha o professor pode ir além dos muros e descortinar um novo mundo para seus alunos. Um outro ponto positivo que a escalada proporciona é a atenção do aluno voltada para a aula evitando desta forma a dispersão dos alunos 2 - EQUIPAMENTOS Citaremos nesta seção apenas os utilizado nas aulas dentro da escola. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 1 6 9 3 7 8 10 12 1- 2 4 5 11 13 Sapatilha utilizada para facilitar o escalador apoiar os pés em pequenas superfícies; 2- Corda é o elo se segurança do escalador em altura; 3- Cadeirinha é o equipamento que prende o escalador a 4- Mosquetão utilizado para prender a corda na cadeirinha e corda; também nas ancoragens durante a escalada; www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais 5- Saco para magnésio que é muito utilizado quando as mãos ficam suadas, o magnésio faz secar a mão proporcionando uma maior aderência; 6- Fita expressa e circular, utilizadas para ancoragem juntamente com os mosquetões, e também como auto-seguro do escalador; 7- Costura é utilizada no decorrer da escalada onde o escalador consegue através dela diminuir a distancia da corda diminuído desta forma a distancia da queda 8- Cordelete utilizado com determinado nó para fazer ascensão pela corda e também pode substituir a fita; 9- ATC é um tipo de freio manual 10- Gri-Gri é um tipo de freio automático 11- Oito é um tipo de freio manual; 12- Chapeleta é utilizada na parede ou rocha para colocar a costura ou fazer uma ancoragem; 13- Ps tem as mesmas funções da chapeleta também é utilizado na parede ou rocha para colocar a costura ou fazer uma ancoragem; 3 - TÉCNICAS A atividade mais eficiente, segundo Hyder (1999), é a de “travessia”, que consistia em atravessar a parede partindo de uma ponta até a outra. A maioria das atividades propostas por autores e escaladores propõe trabalhar a escalada com crianças em paredes www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais largas, para que elas possam fazer travessias, sendo esse um meio mais eficaz do que as paredes altas e estreitas. A razão por essa preferência é que em paredes largas é possível trabalhar com um numero maior de alunos ao mesmo tempo, não existindo a necessidade de utilizar equipamentos, além de que a travessia estimula muito a inteligência espacial da criança, principalmente com relação a lateralidade. Desta forma, muitas atividades e jogos são desenvolvidos com as crianças se movimentando para os lados. Mas podemos utilizar também técnicas de altura, sendo necessário equipamentos específicos da escalada. ”A Escalada consiste em um conjunto de diferentes jogos, com diferentes regras”. (BECK, 2002). Embora as aulas possam ter o caráter lúdico e a maioria das atividades, serem apresentadas em forma de jogos, algumas regras são necessárias para a prática da escalada na escola, como, por exemplo, não andar ou escalar embaixo de alguém que esteja escalando, no caso de usar equipamentos como corda, cadeirinhas, mosquetões e freios, deve-se sempre ter uma integração, comunicação entre os indivíduos para que haja total segurança de ambas as partes. Se houver alguma dúvida o aluno deve sempre questionar o professor com isso os alunos vão se tornado cada vez mais conscientes no aspecto de segurança. 4 – NÓS www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais Existem milhares de nós, o importante é saber com destreza confeccionar alguns, pois poderão ser utilizados na falta de alguns equipamentos, e alem disso o aluno pode verificar outras aplicabilidades no seu dia-a-dia, vejamos a seguir: A) B) A) oito simples B) oito duplo, estes nós podem substituir os mosquetões para se prender a corda na cadeirinha, ou ainda para prender a corda em um ponto fixo. C) www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais C) uiaa, pode substituir os freios, pois ele possibilita que uma das pontas da corda deslize enquanto a outra, exerce um atrito para que o individuo tenha o controle da velocidade desse atrito. D) D) fiel, se verificarmos é muito semelhante ao anterior, a diferença esta na funcionalidade, pois enquanto o anterior deslizava uma das pontas este tem as duas pontas da corda fixa possibilitando a utilização de duas pessoas uma em cada ponta se for necessário, ou uma outra aplicabilidade que venha a ser necessário este tipo de nó. E) pescador, é muito utilizado para emendar duas pontas de cordas onde se quer um nó seguro. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais F) nó do fita, é utilizado quando o individua queira ter uma cinta, por exemplo, com a utilização de u mosquetão junto pode-se prender a cinta na cadeirinha e o mosquetão prende o individuo numa ancoragem (para num determinado ponto da escalada) G) prussik, é utilizado para fazer uma ascensão pela corda. Imagens tiradas do site www.casadascordas.com.br CONCLUSÃO Sabendo de todos esse benefícios podemos verificar que a escalada ajuda na formação do aluno tanto na sua vida escolar como na sua formação como cidadão, pois ele sempre estará em contanto com outras pessoas, seja nos anos escolares e mesmo depois destes. Além de contribuir de forma excepcional para o seu desenvolvimento nos quatro aspectos: afetivo ela aumenta sua auto-estima onde ela percebe que pode depender das outras pessoas para realizar algumas coisas, mas que mesmo assim existem coisas que só ela pode fazer por ela mesma; cognitivo ela aprende a criar estratégias para alcançar www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais seus objetivos, adapta o esporte ao seu biótipo, toma decisões e é responsável pelas mesmas, não pode culpar o outro pelo resultado, social ele aprende que não pode fazer o quer, pois as decisões dele em muitos caso não são isolada, mas afetam os que estão a sua volta; motor ele contara com um maior acervo motor, tendo uma melhor aptidão física para desenvolver outras modalidades, conhecendo os limites do seu corpo. E para o professor ele estaria valorizando ainda mais o seu trabalho, além de torna-lo diferenciado dos demais, fazendo com que os seus alunos tenham maiores e melhores condições de se adaptarem as outras modalidades facilitando o seu trabalho nos anos posteriores. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, N. J. – Educação Lúdica Técnicas e Jogos Pedagógicos – Ed. Loyola / 9ª ed. 1994. BARBANTI V. J. – Esporte e Atividade Física Interação Entre Rendimento e Saúde – São Paulo – Ed. Manole / 1ª edição 2002. CIPIS, M. – Esportes de Aventura ao Seu Alcance – São Paulo – Ed. Bei / 1ª edição 2002. CYSNEIROS, J.C. – A Educação Física, Elemento Indissociável da Educação – Revista Brasileira de Educação Física e Desportos, 27, 6-12 (1975) DANTE de R. Jr – Esporte e Atividade Física na Adolescência, Uma abordagem multidisciplinar – São Paulo – Ed. Artmed / 1ª edição 2002. DARIDO, S. C. Apresentação e análise das principais abordagens da Educação Física Escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, (20)1, set., 1998 DAVIS, C. & OLIVEIRA Z. – Psicologia na educação – São Paulo – Ed. Cortez. ENCICLOPEDIA ENCARTA 2001 – Microsoft - 1993-2000 - Microsoft Corporation. FERREIRA, L. Ricardo – Futsal e a Iniciação – Rio de Janeiro – Ed. Sprint / 5ª edição 2001. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais GALLAHUE, L. D. e Ozmun C.J. – Compreendendo o Desenvolvimento Motor Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos – São Paulo – Ed. Phote / 1ª edição 2001. GIMENEZ, R. & Ugrinowitsch H. - Iniciação Esportiva para Crianças de Segunda Infância - Consciência e Saúde, SP, V1: 53-60 agosto 2002. MAGILL, A. Richard - Aprendizagem Motora Conceito e Aplicações - São Paulo – Ed. Edgard Blücher / 5ª edição 1984. MATTOS, M. G. & NEIRA, M. G. Educação Física na adolescência: Construindo o Conhecimento na Escola –São Paulo – Ed. Phorte / 1ª edição 2000. MELO, R. S. – Esporte de Quadra – Rio de Janeiro – Ed. Sprint / 1ª ed. 1999. _________ - Jogos Recreativos para Futebol – Ed. Sprint / 1ª ed. 1999. OLIVEIRA, G. M. José – Educação Física e o Ensino de 1º Grau: Uma Abordagem Critica – São Paulo – Ed. Pedagógica e Universitária / 1ª edição 1988. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. – 2. ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000. PEREIRA, D. W. & CARCERONI D.S. A Evolução da Escalada Esportiva Indoor na Educação Física Escolar em Quatro Escolas da Rede Particular de Ensino da Grande São Paulo, Jundiaí: Anais do 9o Congresso Paulista de Educação Física, Maio, 2005. www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares Escalada esportiva como componente curricular de Educação Física nas séries iniciais RODRIGUES, Marie – Manual Teórico-prático de Educação Física – São Paulo – Ed. Ícone / 7ª edição 1997. SMITH, A. Richard - Aprendizagem e Performance Motora São Paulo – Ed. Artmed / 2ª edição 2001. SOUZA, M. T. A Inteligência Corporal – Cinestésica como manifestação da Inteligência Humana no Comportamento de Crianças. Tese de Doutoramento apresentada à Faculdade de Educação Física da UNICAMP, 2001 UVINHA, R. Ricardo – Juventude, Lazer e Esportes Radicais – Ed. Manole / 1ª edição 2001. SITES: www.ceb.org.br www.casadascordas.com.br www.akademiamovel.com.br Alexandre M. Soares