• Aliança por Uma Geração Mais Saudável – Bob Harrison FONTE: Clinton, Bill (2007), Giving, Alfred A. Knoph Em Maio de 2005, em colaboração com a Associação Cardíaca Americana, a minha fundação lançou a Aliança por Uma Geração Mais Saudável para travar o alarmante aumento da obesidade infantil até 2010 e, a partir daí, fazer com que a tendência se inverta. A obesidade infantil, com todas as complicações relacionadas, está a tornar-se um problema global. A China e a Índia já se debatem com ela. Há campanhas nacionais de combate à obesidade em curso na Irlanda, Austrália e Reino Unido, onde o Fórum Contra a Obesidade tenta envolver os meios de comunicação social para os esforços de educação alimentar e na melhoria da qualidade da alimentação escolar. Actualmente 12,5 milhões de crianças americanas são obesas, outros 13 milhões têm excesso de peso, e em número cada vez maior desenvolvem problemas que normalmente são encontrados apenas em adultos (pressão arterial elevada, níveis elevados de colesterol e diabetes de tipo 2). Para lançar a Aliança no bom caminho, pedi ao governador republicano do Arkansas, Mike Huckabee, para me acompanhar na liderança da campanha, que quis apartidária e abrangente. O plano traçado exigia o envolvimento da industria, das escolas, dos prestadores de cuidados de saúde, e das próprias crianças, nos esforços para travar o aumento nacional da obesidade infantil e facultar aos jovens os meios para um estilo de vida saudável. A ideia era excelente, mas tratava-se de um desafio enorme e complexo. A Associação Cardíaca Americana tem uma presença extensa em comunidades escolares por toda a América, conhecimentos valiosos e uma rede nacional de voluntários e apoiantes que doam tempo e dinheiro, mas precisávamos de alguém para organizar e gerir esta operação sem um grande salário. Entrou em cena Bob Harrison. Formado pela Universidade de Cornell e pela Faculdade de Direito de Yale, Bob passou vinte e dois anos em Wall Street como banqueiro e advogado. Tornou-se associado da Goldman Sachs e um dos presidentes do grupo Global Communications, Media and Entertainment. Em 2003, ainda jovem reformou-se para se dedicar a tempo inteiro ao serviço público. Chegou então à minha fundação, onde lidera um grupo de estudo sobre a possibilidade de acrescentar programas de água potável e saneamento básico aos Sector 3 – Histórias de Sucesso Aliança por Uma Geração mais Saudável – Bob Harrison esforços de desenvolvimento em África e na Ásia. No seu tempo livre, é director da Henry Street Settlement, em Nova Iorque, uma organização de combate à pobreza com cento e catorze anos que providencia acolhimento para sem-abrigo e mulheres mal tratadas, cuidados domésticos para idosos, centros de saúde física e mental e programas de formação cívica e profissional. Bob assumiu o novo desafio com entusiasmo. Trabalhando a partir de uma pequena sala no meu escritório de Harlem, desenvolveu uma apresentação cativante do problema com estatísticas e gráficos e delineando uma estratégia clara para o sucesso. Em apenas ano e meio, ajudou a obter acordos com a indústria de bebidas e aperitivos para acabar com a venda de produtos altamente calóricos nas escolas. Iniciou o Programa Escolas Saudáveis, em parceria com a Fundação Robert Wood Johnson, para apoiar o desenvolvimento de melhor nutrição, maior actividade física e programas de qualidade de vida para funcionários, reconhecendo os esforços das escolas que tornam mais saudáveis as suas práticas. O programa está a ser implementado. Atingiu mais de 750 mil alunos em cerca de mil escolas em quarenta e quatro estados, com ênfase especial nas populações de baixos rendimentos com maiores riscos de obesidade. Bob associou-se ao Nickelodeon, o canal mais visto pelas crianças, para lançar o Vamos Brincar – Um Desafio Saudável, uma emissão televisiva e online dedicada ao grande público com o objectivo de encorajar os jovens a tornar mais saudáveis as suas vidas, escolas e comunidades. Em 2006, o primeiro ano, mais de 150 mil crianças americanas aceitaram o Desafio Saudável da Nickelodeon. Bob Harrison não ganha tanto dinheiro a salvar as nossas crianças como na Goldman Sachs, mas o bem que faz é uma recompensa generosa. FONTE: Clinton, Bill (2007), Giving, Alfred A. Knoph