Uma geração de fracos O ex jogador de futebol da Alemanha Lothar Matthaus, e campeão do mundo em 1990, criticou a choradeira dos brasileiros na “copa das copas”. Segundo Matthaus os brasileiros choram demais, isso seria sinal de inexperiência e fraqueza: “ ... toca o hino eles choram, eliminaram o Chile e choraram, perderam para a Alemanha e lá vem choro...” Matthaus disse que nunca tinha visto nada tão nefasto em nível de linguagem corporal – a maioria dos jogadores da seleção brasileira, segundo ilação do próprio Luxemburgo, não saberia definir linguagem corporal. O alemão concluiu dizendo que as homenagens para o Neymar foram tão exageradas que parecia que o cara tinha morrido. Evidente que Matthaus foi muito criticado, pois segundo alguns o choro é uma demonstração de sensibilidade e não de fraqueza. Seleção a parte estamos formando no Brasil uma geração de chorões, no pior sentido possível. Não se está falando aqui daquela sensibilidade que atinge a “todos” os seres humanos, e a grandeza do espírito que se revela em lágrima e emoção, mas da fraqueza de caráter e de personalidade, que leva o sujeito ao choro diante de qualquer situação mais complexa. Nossos jovens estudantes e trabalhadores – não necessariamente ambos os dois- , não podem arrostar uma situação de conflito a qual represente um desafio, que logo encontram no choro a rota de fuga mais “segura” e ao mesmo tempo covarde. Diante do choro, parece que o professor ou o chefe, cometeram atitudes reprováveis ou mesmo ilegais. Nesse espectro o chorão acaba posando de vítima, e perpetua sua condição de desonesto, na medida em que procura esconder atrás do choro suas deficiências e incapacidades. Uma das razões dessa verdadeira enxurrada de fracos, está na formação familiar e cultural. Ai do professor se falar meio tom mais alto que o aluno, se isso ocorrer na escola pública pode ser escrachado na imprensa como reacionário e ditador, se na escola particular certamente será mandado embora, ou seja, a culpa disso repousa no posicionamento dos pais. De certo modo os chorões da seleção brasileira refletem essa geração fraca e covarde, onde em alguns casos o sujeito se utiliza do choro como ferramenta para ludibriar a boa fé alheia, ou seja, ele finge que está sentindo algo para que o expectador lhe tenha pena e o afague, sobrelevando suas falhas. Hoje nas escolas se o Professor faz alguma comparação entre os alunos é logo empalado, como se isso configurasse um crime, ora, o mundo é comparação, alguém é bom ou ruim no seu comportamento ou naquilo que faz, exatamente no cotejamento com o outro, pretender evitar essa realidade dá nisso que estamos vendo. Tudo bem que o latino é diferente do nórdico, mas não precisa exagerar, esse excesso desmedido tem beirado as raias do absurdo e da ridicularização. Cá com os nossos jovens que não ganham um milhão e cem mil reais por mês, o processo é mais deletério e pernicioso, pois se esse tipo de comportamento encontrar guarida no “excesso de direitos” e avançar, pode caracterizar não só uma deficiência de caráter mas uma deformação da personalidade, aí então estará aberta a porta não só para os folgados e desonestos, mas para os psicopatas de todos os gêneros e espécies.