Apenas o começo de uma longa jornada No caminho de uma sociedade de vanguarda vivemos uma transição assimétrica das mulheres em seu processo de desenvolvimento A valorização cresce rapidamente no discurso e lentamente na prática Disparidades de remuneração, representação precária em postos de liderança, acesso aos bens e crédito, padrões culturais de uma sociedade patriarcal que ainda coloca o país entre os que apresentam maiores índices de violência contra a mulher Desde os anos 1960 verifica-se crescente participação das mulheres brasileiras no mercado de trabalho. Tal fenômeno deve-se a fatores como: aumento da escolaridade feminina, diminuição no número de filhos, mudanças nos papéis sociais atribuídos a ambos os sexos, reestruturação produtiva, com aumento de oportunidades para o sexo feminino. DE VÍTIMAS a protagonistas Tempo marcado para se exigir e se criar novas políticas publicas que em vez de somente acolherem as mulheres como vítimas das iniqüidades socioeconômicas, as coloquem à frente da sociedade como agentes de mudança e responsáveis por profundas mudanças nos modelos políticos e econômicos vigentes. PRINCIPAIS CONQUISTAS: - Participação Movimentos Sociais - 89% das pessoas voluntárias são do gênero Feminino Conquistas de alguns espaços no mercado de trabalho - profissões antigamente dirigidas aos homens estão tendo a participação do gênero feminino como: piloto de avião, juiz, delegadas, mergulhadora, vigilante, taxistas, construção civil e outras. Lideranças no mundo empresarial – gradualmente a mulher está conquistando espaços em cargos de liderança nas empresas com visão globalizada. Conquistas de alguns espaços na participação política – lentamente esta aumentando a participação política no executivo, legislativo e judiciário. Proteção jurídica - Lei Maria da Penha PRINCIPAIS DESAFIOS:SEGURANÇA PÚBLICA E MORTALIDADE MATERNA... Segurança Pública - Violência doméstica contra a mulher tem vindo a aumentar a cada dia, daí a razão de se realizar trabalhos de fundo, de formas a banir tais práticas. Mortalidade Materna –Entre 1990 e 2008, a taxa no Brasil passou de 120 mortes por 100 mil nascimentos para 58 mortes por 100 mil. O ritmo de redução atual (de em média 4% ao ano no período), no entanto, ainda é insuficiente para que o Brasil cumpra a meta do milênio da ONU relacionada à mortalidade materna – que é de reduzir a taxa em 75% até 2015. Fragilidade nas relações trabalhistas: Em momentos de crise, as mulheres são as primeiras a serem demitidas e têm mais dificuldade de recolocação. Ganham salários inferiores aos dos homens e representam a maioria no mercado informal, permanecendo à margem das políticas de previdência social. Segregação produtiva – Há predominância de mulheres em setores econômicos menos valorizados, porque considerados como extensões do serviço doméstico, como educação, saúde, serviço social, produção de alimentos para autoconsumo, entre outros. Dupla jornada – O cuidado dos filhos e as tarefas domésticas continuam a ser atividades atribuídas às mulheres, mesmo quando estão ativas no mercado de trabalho e ganham mais que seus maridos. Dados do IBGE (2006) indicam que 90,2% das mulheres ocupadas dedicam-se aos afazeres domésticos, enquanto apenas 51,4% dos homens encontra-se na mesma situação. Preconceitos e estereótipos – Crenças, como a da incapacidade feminina para a liderança e da imagem do homem como provedor, levam a pensar o trabalho das mulheres como “ajuda” e um mero complemento. De 1998 a 2008, o número de mulheres chefes de família passou de 25,9% para 34,9%. Quase 35% dos lares brasileiros têm a mulher como chefe. O trabalho do cuidado e da reprodução das famílias, apesar de fundamental não é inserido na economia. O trabalho oculto das mulheres (cuidado dos filhos, dos idosos, da casa, da comunidade, etc.) corresponderia a 50% da economia mundial, se fosse contabilizado (Hazel Henderson) Muitas mulheres criam seus filhos sozinhas, enfrentando o medo e a dor; A solução para elas está menos na repressão do que nas mil novas oportunidades que apresentam de pensarmos preventivamente. Cresce o número de mulheres chefes de família : elas são solteiras, com filhos e ganham menos de três salários mínimos. o No Brasil, a participação das mulheres no mercado de trabalho subiu de 39% para 60% em 17 anos. o As mulheres estão aumentando sua participação em todas as áreas do mercado de trabalho, o percentual de mulheres chefes de empresas no mundo chega a 24%, e o Brasil, está próximo a esse percentual com 21%. o Trabalho informal é preponderante entre as mulheres: Em 2005 a proporção de homens trabalhando com carteira assinada era de 35%, contra 26,7% das mulheres. o O salário feminino é em média 20% mais baixo que o masculino no Estado. Por outro lado, em 16 anos aumentou em torno de 8% a participação feminina nos postos de trabalho do Paraná Brasil está em um dos piores lugares no ranking de representação das mulheres nos espaços de poder; no entanto, as mulheres são a maior parte do eleitorado brasileiro (51,8%) O Brasil ocupa uma das últimas posições no ranking da União Interparlamentar (IUP), com 9% de mulheres na Câmara dos Deputados (9 em 513) e 12,3% no Senado (10 em 91). O percentual é muito baixo, também, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais, entre 11% e 12%. A primeira senadora do país foi eleita em 1990 A primeira governadora de Estado foi eleita em 1994 2011 Marta Rocha é a primeira mulher a chefiar Polícia Civil do Rio A primeira mulher senadora do Estado do Paraná foi eleita em 2011 Michelle Bachelet comanda agência da ONU para mulheres o No Brasil, estima-se que 20% das mulheres já tenham sido vítimas de algum tipo de violência o doméstica (Fundação Perseu Abramo, 2004). o • As mulheres representam 6% da população carcerária do país (26 mil pessoas), cumprindo penas em locais insalubres e sem garantias constitucionais básicas (GT Interministerial, 2006). o • No mundo, entre 25% e 30% das meninas são abusadas sexualmente antes dos 18 anos o (Unesco, 2004). o • Mulheres são maioria entre as 2,4 milhões de pessoas traficadas no mundo anualmente, especialmente para fins de exploração sexual (OIT, 2005). relação com os filhos submetidos à adição de drogas é hoje um fator de violência doméstica: as mães estão sendo agredidas pelos filhos viciados No Brasil, a violência contra a mulher é crime e a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, proíbe a violência doméstica e familiar contra as mulheres. No Brasil, apesar de avanços com a Lei Maria da Penha, 15 em cada cem mulheres vivem ou já viveram situações de violência doméstica. Os maridos ou companheiros são apontados como agressores por 87% das vítimas No Paraná, de 2002 para cá, a ocorrência de casos de violência física c subiu O parto por cesárea expõe as mulheres e os bebês a mais riscos, que incluem lesões acidentais, reações à anestesia, infecções, nascimentos prematuros e mortes. Em 2007, entre as mulheres brasileiras de 30 a 69 anos, as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias representaram 56% do total de óbitos. Cada ano, quase 600.000 mulheres, no mundo, morrem como resultado de complicações, que podem ser prevenidas, durante a gravidez ou o parto; 99% destas mulheres vivem nos países do Hemisfério Sul Estima-se que 630 mil pessoas vivam com HIV/AIDS no País [1]. A taxa de prevalência da infecção na população geral, de 15 a 49 anos, é de 0,61%, sendo 0,41% entre as mulheres e 0,82% entre os homens, mantendo-se estável desde 2000 Aumento de casos de Aids entre as mulheres está em todas as faixas etárias, com predominância nas jovens entre 15 e 19 anos. Em 1986, a razão era de 15 casos de Aids em homens para cada caso em mulheres, e a partir de 2002, a razão de sexo estabilizou-se em 15 casos em homens para cada 10 em mulheres. No Brasil, com o uso abusivo de agrotóxicos, no decorrer dos anos, tem havido um aumento contínuo de doenças femininas, como câncer de mama, fibróides, endometriose, abortos e infertilidade; houve aumento também dos casos de fibromialgia, síndrome da fadiga crônica e hipotireoidismo, que afetam principalmente as mulheres A propriedade rural familiar emprega 80% dos trabalhadores do setor agropecuário paranaense Existe no Estado um forte o grupo de mulheres militantes e assentamentos rurais e acampamentos, que integram a Organização do Coletivo de Gênero Atualmente, as famílias chefiadas por mulheres têm preferência como beneficiárias da reforma agrária As mulheres produzem 80% dos alimentos nos países em desenvolvimento Doze por cento das terras em assentamentos pertencem às mulheres. Os índices são mais altos no Nordeste e Norte. É mais baixo no Sul - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Familia está mudando e os papéis representados dentro dela. As tarefas há muito deixaram de ser exclusivas de um ou do outro sexo, principalmente depois que se tornou mais comum a guarda compartilhada dos filhos após o divórcio. A tendência mais recente, é a desarticulação da família nuclear. Nos Estados Unidos, apenas 26% dos domicílios têm pai, mãe e filhos. Segundo dados do IBGE, houve um aumento espetacular (79%) do número de chefes de família do sexo feminino entre 1996 e 2006 Dados das Nações Unidas indicam que são femininos 80% da militância ecológica, 90% da militância contra a guerra e 70% da militância contra a pobreza. O movimento feminista, desde a década de 70, defende a idéia de que o meio ambiente natural é feminino e por este motivo a proteção da natureza está ligada à libertação da mulher. Os efeitos negativos da mudança climática e da perda da biodiversidade são ainda mais devastadores nas mulheres do que nos homens, e vão desde maior mortalidade em desastres naturais a uma carga mais pesada no lar. São também as mais afetadas porque são a maior proporção – cerca de 70% da população pobre Responsáveis pela maior parte das necessidades básicas: coletam a água, alimentam a família, cuidam da limpeza da água e tratam da terra; transmitem os conhecimentos sobre as plantas, os animais e os ecossistemas de suas regiões O modelo alternativo ecologicamente sustentável orientado para necessidades humanas realmente pode alterar a concepção sobre os papéis sociais de homens e mulheres arraigadas na cultura. O padrão ecologicamente sustentável seria conseqüentemente não-sexista