3 P23 Esta prova contém M 5 C 20/09/2008 questões. INSTRUÇÕES: Verifique se sua prova está completa. Preencha corretamente todos os dados solicitados no cabeçalho. Resoluções e respostas somente a tinta, azul ou preta. Utilize os espaços determinados para respostas, não ultrapassando seus limites. Evite rasuras e o uso de corretivos. Resoluções com rasuras ou corretivo não serão revisadas. Resoluções e respostas que estiverem a lápis não serão corrigidas. Boa prova! Texto para a questão 1: Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! [Castro Alves, in: “Navio Negreiro”] 1. [2,0 pontos] – Leia atentamente acima e (baseado em seus conhecimentos sobre Romantismo e Parnasianismo), responda: a) [0,5 ponto] – Quem é a “multidão faminta”? b) [0,5 ponto] – Qual função Castro Alves aplicava à sua poesia? c) [1,0 ponto] – O que os parnasianos propuseram como combate à prática de poetas como Castro Alves? Por que? Texto para a questão 2: Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. [Olavo Bilac, in: “Profissão Fé”] 2. [2,0 pontos] – Com base na leitura dos versos de Bilac, responda: a) [0,5 ponto] – Por que o poeta inveja o ourives quando escreve? b) [1,5 ponto] – Quais recursos serão utilizados pelo poeta para concretizar seu sonho ser como o ourives? Texto para a questão 3: Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. [Olavo Bilac, in: “Profissão de Fé”] 3. [2,0 pontos] – Leia atentamente e responda: a) [1,0 ponto] – Como base em seus conhecimentos sobre o Parnasianismo, interprete a estrofe. b) [0,5 ponto] – Explique a razão da opção feita pelo poeta para a grafia da palavra “rubi”. c) [0,5 ponto] – O que é o “verso de ouro”? Texto para as questões 4 e 5. “(…) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. [Aluísio Azevedo, in: “O Cortiço”] 4. [2,0 pontos] – Leia atentamente o texto acima e responda a) [0,5 ponto] – Que aspecto presente na descrição acima revela o estilo naturalista? b) [0,5 ponto] – Destaque do texto duas expressões que confirmam tal característica. c) [1,0 ponto] – Interprete a expressão “o prazer animal de existir”. 5. [2,0 pontos] – Responda: a) [0,5 ponto] – Interprete a expressão “fermentação sangüínea”. b) [1,0 ponto] – Na descrição de mais uma manhã na vida do cortiço, o autor desenvolve uma gradação de ocorrências. Explique como isso ocorre. c) [0,5 ponto] – Qual expressão do texto indica o ápice dessa gradação? Espaço para a resposta da questão 1: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 2: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 3: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 4: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 5: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0