PROJETO EDUCATIVO 2013/2016 0 ÍNDICE INTRODUÇÃO .................................................................................. 2 1ª PARTE 1. Contexto e Identidade da Comunidade Educativa ....................... 6 2. Enquadramento Regional .................................................... 7 3. Espaço Escolar da EPATV .................................................. 13 3.1 Constituição e História ............................................ 13 4. Recursos Educativos ........................................................ 14 4.1. Recursos Físicos ................................................... 14 4.2. Recursos humanos ................................................. 17 4.3 População escolar .................................................. 19 4.4. Estrutura Organizacional ......................................... 20 4.5. Tipologias de Formação .......................................... 21 4.6. Cursos e Áreas Formação......................................... 22 2ª PARTE 1. Objetivos Educativos Política Educativa ................................ 28 2. Missão ......................................................................... 30 3. Missão ......................................................................... 30 4. Resultados, Atitudes e Valores Escolares ............................... 31 5. Comportamento e disciplina .............................................. 32 6. Análise SWOT ................................................................ 33 7. Planificação e Gestão ...................................................... 36 8. Metas Educativas ............................................................ 38 9. Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) .......... 53 10. Avaliação e monitorização da escola................................... 55 BIBLIOGRAFIA ............................................................................... 56 1 INTRODUÇÃO Vive-se hoje num mundo em permanente mudança que origina muitas pressões e constrangimentos na nossa sociedade. Com uma realidade tão complexa, só com a compreensão completa dessa realidade é que podemos ter um conhecimento integral dos fenómenos. Esta complexidade da realidade social deve conduzir ao estabelecimento de uma rede de parcerias, capazes de responder às situações reais, através da mobilização dos recursos locais, que necessariamente passam pelo envolvimento de diversos serviços, empresas e instituições. Neste sentido, este Projeto Educativo construiu-se na base da ambição e da esperança. Ambicionamos formar cidadãos ativos na transformação da sociedade, dotando-os de ferramentas que lhes permitam tornar-se autónomos, responsáveis, críticos e solidários, capazes de implementar a mudança no sentido da construção de um mundo progressivamente melhor. Ambicionamos incutir, não só, o respeito pela diversidade cultural, sexual, étnica, ideológica, política e religiosa, como também desenvolver o sentido estético subjacente às diversas manifestações artísticas. Ambicionamos criar hábitos de vida saudáveis, incentivar a prática física e desportiva e incutir comportamentos de segurança nos alunos, para que estes os possam pôr em prática no seu quotidiano. Ambicionamos construir um instrumento dinâmico, que se quer atento ao meio, que valoriza o património natural e histórico-cultural da região, marca distintiva da identidade de cada elemento da comunidade, através da criação de projetos inovadores de grande impacto. Queremos fazê-lo em associação com os nossos parceiros ou outras entidades nacionais/internacionais, para que possam tornar-se uma mais-valia didático-pedagógica, apostando num ensino de qualidade eminentemente prático, baseado na construção do saber em várias das disciplinas chave do currículo profissional, forjando um cidadão consciente e ativo. Ambicionamos criar uma escola capaz de desenvolver o sucesso dos alunos, nos vários momentos do seu percurso educativo e formativo, que promova a igualdade de 2 oportunidades, valorize o espaço e o trabalho e favoreça a aquisição de saberes científicos, tecnológicos e profissionais, que permitam o ingresso na vida ativa ou o prosseguimento de estudos. Queremos uma escola que se assuma como agente de mudança e de integração na Sociedade do Conhecimento. Assim, para que se cumpra esta estratégia, a EPATV desenvolve, através dos seus órgãos, um conjunto de ações, investindo numa cultura de boas relações interpessoais, em material pedagógico, infra-estruturas de apoio às atividades letivas e ao bem-estar de todos os intervenientes no processo educativo. É um projeto que está igualmente sensível à situação económica que afeta o tecido social da comunidade na atual conjuntura, propondo implementar medidas que minorem o impacto junto dos nossos alunos, para que esses problemas não coloquem em risco o seu sucesso educativo e pessoal. Procuramos a divulgação junto da comunidade destes nossos princípios e solicitamos a sua participação nas diversas atividades extracurriculares oferecidas, aderindo a projetos inovadores que possam contribuir para a melhoria das nossas práticas, criando parcerias no desenvolvimento de projetos nacionais e internacionais. Assentamos as bases fundacionais do nosso Projeto Educativo numa Visão de formação integral do indivíduo, valorizando o sucesso académico e profissional, mas também a promoção de atitudes, práticas e valores estruturantes da nossa sociedade, fortemente entrelaçado na comunidade educativa, envolvidos num processo de construção coletiva de um serviço de qualidade. Este envolvimento traduz-se na relação da Escola com os vários atores sociais (pais, famílias, professores, empresas, instituições e comunidade), estimulando todo um conjunto de atividades com vista a promover a autonomia e socialização do indivíduo. Acreditamos que a nossa missão, como agentes ao serviço da educação, é a de formar cidadãos, autónomos, críticos, criativos, possuidores das competências e capacidades necessárias a um bom desempenho pessoal, social e profissional, com vista ao prosseguimento de estudos ou à sua integração crítica, ativa e pró-ativa numa sociedade em acelerada e crescente mudança. 3 Nesta ambição patenteada, temos esperança nos nossos alunos, os adultos do amanhã, contribuirão para um mundo melhor, mais desenvolvido, mais sustentável, mais exigente, mais solidário. 4 1ª PARTE CONTEXTUALIZAÇÃO: DA REGIÃO, DA COMUNIDADE E DA ESCOLA 5 1. CONTEXTO E IDENTIDADE DA COMUNIDADE EDUCATIVA O Projeto Educativo é um trabalho coletivo que só tem sentido entendido como tal, visto que ele será a imagem da escola e de toda a comunidade: daqueles que nela exercem a sua ação educativa e dos que nela recebem a sua formação. Não se trata de um documento inflexível, impositivo e inibidor da criatividade para aqueles que o integram, nem um documento que define o espaço educativo, como o único onde os saberes e as aprendizagens têm lugar. Pelo contrário, o meio onde se insere a EPATV constitui um espaço de troca, decorrendo dessa simbiose a aquisição de um maior nível de conhecimento. As heranças das tradições seculares da região, aliada à enorme experiência das suas gentes, constituem-se potenciais que o património científico e técnico da escola detém, e que pode equacionar no sentido da formação integral dos seus alunos. Nesta medida, e com estes contornos, terá lugar o nosso Projeto Educativo: assente na identidade cultural local, no respeito do meio que o envolve e na otimização da ciência e da tecnologia com o objetivo de um ensino de qualidade e do rumo à excelência. A EPATV assume-se como um espaço de aprendizagem e formação, onde a aquisição de saberes se processa em simultâneo com o desenvolvimento de capacidades e atitudes adequadas ao perfil de um técnico atualizado de cada área de formação, procurando ainda satisfazer as necessidades do desenvolvimento regional e local. Assim, procura-se facultar aos alunos uma sólida formação geral, científica e técnica, tecnológica e prática, bem como facultar o contacto com o mundo do trabalho e experiência profissional, capaz de os preparar para a vida ativa e prosseguimento de estudos, preparando-os para uma adequada inserção sócio-profissional. O Projeto Educativo de Escola é, em suma, um documento de planificação estratégica de longo prazo e um instrumento com projeção de futuro, pensado e elaborado pela comunidade educativa a partir da análise da própria realidade, dotando a escola da eficácia necessária para alcançar os objetivos pretendidos. 6 2. ENQUADRAMENTO REGIONAL A EPATV está inserida no distrito de Braga, em pleno coração do Minho, mais especificamente nos concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde. Esta área geográfica é caracterizada por um povoamento disperso e por uma forte tradição agrícola e artesanal, com a exceção da sede do Concelho de Vila Verde que já está inserida num pequeno meio urbano e com alguma atividade industrial. A agricultura da região mantém características de subaproveitamento dos solos registando uma forte redução da área florestal. O aproveitamento económico do potencial florestal está mais vincado no Concelho de Terras de Bouro, com as manchas florestais implementadas no Estado Novo. O setor vitivinícola tem bastante expressão no concelho de Amares através da organização e associativismo dos produtores. A base produtiva dos concelhos é pouco expressiva, caracterizando-se pela existência de pequenas empresas que concentram as suas atividades nos setores do comércio, hotelaria, construção civil e indústrias subsidiárias, dependendo quase exclusivamente de um mercado comprador local. Desta base produtiva destaca-se a zona hoteleira do Gerês que apresenta uma grande procura e capacidade de oferta. Em termos demográficos encontramos duas realidades distintas nestes três concelhos, no Concelho de Terras de Bouro regista-se alguma desertificação, tornando-se evidente a dificuldade em fixar a população em idade ativa. Esta realidade é acelerada pelos fenómenos emigratórios que se repercutem em matéria de envelhecimento da população. Em sentido contrário encontram-se os concelhos de Amares e de Vila Verde que têm assistido ao crescimento das suas populações. Estas assimetrias devem-se especialmente à aproximação, destes últimos concelhos, à sede de distrito e ao desenvolvimento de atividades ligadas ao comércio e novos serviços. A nível viário existem razoáveis acessibilidades, uma vez que todos os concelhos estão relativamente próximos de Braga. Para uma melhor compreensão de cada uma das realidades, segue-se uma análise mais pormenorizada de cada concelho. 7 AMARES Amares é um Concelho situado entre os Rios Homem e Cávado, junto às faldas da Serra do Gerês. O município é limitado a norte e nordeste pelo município de Terras de Bouro, a sueste por Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso, a sul por Braga e a noroeste por Vila Verde. No período medieval esta terra teve grande importância e foi berço de personagens e famílias que a História recorda, como D. Gualdim Pais, primeiro GrãoMestre da Ordem dos Templários, fundador das cidades de Tomar e Pombal; D. Mendo Moniz, que à machadada arrombou as portas do castelo de Santarém, e ao qual D. Afonso Henriques concedeu o privilégio de usar o nome de Machado. Em Amares viveu e morreu Sá de Miranda, e neste concelho nasceu António Variações. Desde sempre a atividade predominante e sustentadora da sua população foi a agricultura de minifúndio. Dos produtos com maior importância, a vinha sempre assumiu um papel de relevância. Até ao aparecimento do I QCA (Fundos Estruturais da Comunidade Europeia), o vinho verde tinto do produtor representou valores de produção elevados e foi considerado como uma grande fonte de receita dos agricultores. Com a oportunidade trazida pelos Fundos Estruturais Comunitários, o agricultor de Amares também soube potenciar as boas condições micro climáticas para renovar e adaptar as suas vinhas com novas castas. Com essa aposta dos agricultores surgiram unidades familiares de produtores/engarrafadores, com produção suficiente para a sua comercialização em superfícies comerciais de todo o país, estrangeiro e são escolha e referência dos restaurantes do concelho. Assim, bem no coração do Minho, as vinhas de Amares sempre tiveram um peso elevado na oportunidade de rendimentos do concelho. Porém, outros setores de atividade projetam a agricultura de minifúndio para segundo plano, figurando progressivamente como atividade complementar dos rendimentos das famílias rurais. A população de Amares, em 2011, era de 18889 habitantes distribuídos por vinte e quatro freguesias, numa área de 81,86 km2. 8 TERRAS DE BOURO O concelho de Terras de Bouro localiza-se no interior da região minhota, integrado administrativamente no distrito de Braga, província do Minho, apresenta uma área de aproximadamente 270 Km², limitado a Norte pela Galiza, a Noroeste pelo concelho de Ponte da Barca, a Oeste pelo concelho de Vila Verde, a Sul pelo concelho de Amares, a Sudoeste pelo concelho de Vieira do Minho e a Este pelo concelho de Montalegre. Possui uma vasta área, da qual 55,7% está ocupada pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês. Este Concelho dista 25 km de Braga, 75 km do Porto, cujas acessibilidades principais se circunscrevem às Estradas Nacionais: 205.3, 304, 307, 308 e 308.1. A fisiografia desta região caracteriza-se com grandes diversidades de cotas que variam entre os 66 metros (cota mais baixa localizada nas margens do rio Homem) e os 1545 metros (cota mais alta, localizada nos picos da Serra do Gerês – Pico da Nevosa, nos Carris). Trata-se de uma região transfronteiriça com Espanha, assumindo uma localização privilegiada com a Galiza. Na trajetória histórica da agricultura do concelho de Terras de Bouro sempre se evidenciou uma dominação quase absoluta de autoconsumo de produção, facto determinado pelos baixos recursos económicos, em que a comunidade pouco comprava no mercado externo, com exceção das feiras. As unidades produtivas, sejam elas pequenas explorações familiares ou individuais, servem de referência e vivacidade de mestria da sua conceção artesanal. Esta produção, marca distinta de qualidade e segurança no mercado industrial atual, carece de uma organização penhorada que, reunindo e unindo o saber e o saber-fazer, poderá contribuir para a melhoria da situação económica da população produtiva. Os produtos da região, sejam agrícolas, agroalimentares ou artesanais, têm sido alvo de beneficiação, com a criação de uma marca que, começa a introduzir-se no mercado local, regional e nacional. No conjunto dos produtos de Terras de Bouro, destaca-se o Mel das Terras Altas do Minho, dos bovinos da raça Barrosã e do Cabrito das Terras Altas do Minho, que dispõem de proteção jurídica da União Europeia (Denominação de Origem Protegida ou Indicação Geográfica Protegida). 9 O concelho de Terras de Bouro corresponde a uma unidade territorial relativamente extensa, com uma população de 7.253 habitantes, segundo os censos de 2011, dispersa por uma área de 270 km2, e 17 freguesias. Moimenta, sede do Concelho, Rio Caldo e a Vila do Gerês, na freguesia de Vilar da Veiga, representam os núcleos populacionais mais significativos. A densidade populacional média do concelho é de 29,8 hab./km2 destacando-se as freguesias que registam valores muito superiores à média, no caso de Moimenta 258.0 hab./km2 e de Souto 141.7 hab./km2. Contrapondo com valores muito baixos das freguesias do Campo do Gerês 2,9 hab./km2 e Brufe 8,8 hab./km2. VILA VERDE O concelho de Vila Verde está localizado no distrito de Braga, em pleno coração do Minho. É limitado a norte pelo concelho de Ponte da Barca, a Oeste pelos de Barcelos e Ponte de Lima, a Este por Terras de Bouro e a Sudeste pelos de Amares e Braga, de que fica separado pelos rios Homem e Cávado, respetivamente. Com uma área de 228,7 km2, Vila Verde apresenta uma população com 47.888 mil habitantes distribuídos por 58 freguesias. Em termos gerais tem assistido a uma crescimentos positivos de 9.89%, no período de 1920-30, 7.62%, entre 1930-40, 7.51%, entre 1940-50, e 8.21% no período 197081; sendo que entre 1981 e 1991 a população estabilizou. De 2001 a 2011, e segundo o último Recenseamento Geral, a população aumentou. Devido às excelentes vias de comunicação que ligam a parte sul do concelho aos grandes centros urbanos, esta zona tem vindo a tornar-se um espaço privilegiado de residência para famílias de dentro e fora do Concelho, que trabalham diariamente nesses centros. Ainda assim, a quebra da taxa de natalidade continua a verificar-se. Relativamente à estrutura etária em 2001, a grupo etário entre os 0 e os 14 anos de idade corresponde a cerca de 19.65 % da população total. A classe entre os 15 e os 24 anos representa cerca de 16.83% da população total, enquanto as idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos são cerca de 48.64% da população total, denotando um aumento de 6.64% em relação a 1991. A população com mais de 65 anos corresponde a cerca de 14.79% da população total. Estes dados vêm comprovar o aumento da população idosa no concelho, assim como o decréscimo significativo das franjas mais jovens, contribuindo 10 para o envelhecimento da população Concelhia. Em relação à estrutura socioeconómica da população, o município de Vila Verde, que em 1981 dispunha de uma população ativa de 36,8%, passa, em 1991, para 38,2%, perfazendo um total de cerca de 16 000 indivíduos empregados. Em 2001, este valor aumenta para 19 410 indivíduos ativos, representando cerca de 41.67% da população total. A análise da população ativa empregada por setor de atividade revela uma evolução francamente favorável dos setores secundário e terciário e um decréscimo significativo do primário. De 1980 a 1995, a estrutura económica do concelho de Vila Verde alterou-se profundamente, num processo contínuo que já se verificava desde a década de sessenta. Em 2011, a distribuição da população pelos setores de atividade é claramente mais desequilibrada, verificando-se um decréscimo acentuado no setor primário, que ocupa apenas cerca de 7,33% da população ativa, enquanto o setor terciário beneficia de cerca de 42,32% da população ativa. No setor secundário, verifica-se a presença de cerca de 50.34% da população ativa. Este panorama é indicador da difusão da industrialização e do incremento do comércio e dos serviços e de um percurso descendente da atividade agrícola, que vai perdendo a sua competitividade numa região já de si bastante limitada e com poucas possibilidades de reconverter as suas estruturas fundiárias, o que contribui para que empregue cada vez menos pessoas. QUADRO 1 - População residente Zona Geográfica População residente em 2011 Total População residente -Variação entre 2001 e 2011 (%) Grupos etários Var. Total HM H 0-14 15-24 25-64 Norte 3689682 1766260 557233 425876 2075134 65 ou mais 631439 Cávado 410169 196823 67406 51263 232833 58667 4,35 Amares 18889 9131 3139 2392 10261 3097 1,99 Terras de Bouro Vila Verde 7253 3478 945 837 3692 1779 -13,14 47888 22945 7998 5994 25595 8301 2,81 0,06 Grupos etários 0-14 15-24 25-64 13,60 11,53 12,34 32,01 12,70 23,72 21,55 23,97 33,09 23,58 5,37 65 ou mais 22,67 13,44 26,76 12,63 15,39 -6,25 0,45 12,89 20,29 11 QUADRO 2 - População residente segundo o nível de escolaridade e sexo e taxa de analfabetismo Zona Geográfica Amares Terras de Bouro Vila Verde População residente segundo o nível de escolaridade Nenhum nível de escolarida de HM H Ensino básico 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino secundário Ensino póssecundá rio H H M HM H HM H HM H HM H 304 6 145 1 790 9 248 2 808 133 1 459 156 8 516 16 8 53 348 7 293 7 106 2 700 8 140 8 489 640 6 297 5 107 7 757 2 330 8 31 6 171 3 818 654 6144 295 2796 491 9 182 0 1620 5 400 8 Ensino superior Analfabetos com 10 ou mais anos HM H HM H 10 7 25 192 3 468 746 313 156 104 1 623 18 2 406 1 152 3 314 1 924 197 A reduzida qualificação é um dos desafios com o qual a EPATV se debate: por um lado é nossa missão combater as baixas qualificações, através de uma oferta educativa universal e integradora, por outro lado é um obstáculo à participação dos Encarregados de Educação e no acompanhamento dos seus educandos. Através da análise dos indicadores de educação e qualificação, verificamos que a região do Cávado se caracteriza por taxas de analfabetismo e abandono escolar superiores à média nacional, o que constitui um obstáculo ao desenvolvimento. A inserção da EPATV neste território toma uma particular importância na revitalização do tecido social: assumindo-se como uma escola inclusiva, propõe-se dar um novo sentido e significado ao processo de escolarização dos jovens, combatendo a fuga à escolaridade e capacitando-os para uma efetiva inserção na vida ativa; estabelece laços e constrói redes de colaboração entre o mundo produtivo, por um lado, e o mundo da inovação, investigação científica e tecnológica por outro; promove o desenvolvimento local com oferta alargada de formação qualificante. Para definir o seu plano de intervenção e apresentar uma estratégia na oferta dos seus cursos, a EPATV faz um estudo e projeção do contexto económico e empresarial do Distrito para que assim possa contribuir para o desenvolvimento social, económico e cultural da região. 12 3. ESPAÇO ESCOLAR DA EPATV 3.1 CONSTITUIÇÃO E HISTÓRIA A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) situa-se em três municípios: Vila Verde, Amares e Terras de Bouro e enquadra-se no subsistema de ensino das Escolas Profissionais (EP), criadas pelo Dec. Lei 26/89 que foi substituído pelo decreto-lei nº 70/931. A constituição e história Em 29 de junho de 1993 foi celebrado um Contrato-Programa entre o Departamento de Ensino Secundário – Ministério da Educação – e as Câmaras Municipais de Vila Verde, Terras de Bouro, Amares e Associação Terras do Homem e do Alto Cávado (ATHACA) para a criação da Escola Profissional Amar Terra Verde. A Escola foi criada em 1993 e tem autorização de funcionamento emitida pelo Ministério da Educação. Após a publicação Decreto-Lei 4/98 de 8 de janeiro a Escola adotou um novo regime jurídico: foi criada a Sociedade “Escola Profissional Amar Terra Verde, Lda.”, formada pelas Câmaras Municipais de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro as quais detêm, respetivamente, 50%, 30% e 20% do capital social. É uma instituição de natureza privada com estatuto de utilidade pública e goza de autonomia pedagógica, administrativa e financeira. A tutela científica, funcional e pedagógica é do Ministério da Educação. 13 4. RECURSOS EDUCATIVOS 4.1. RECURSOS FÍSICOS A Escola Profissional Amar Terra Verde distribui-se em três espaços físicos diferentes: a sede em Vila Verde e as delegações em Amares e Terras de Bouro. IMAGEM 1 - Edifícios de Vila Verde e Amares Nestes três espaços possui os seguintes meios logísticos de apoio à formação: Secretariado e Apoio Administrativo: estes serviços, além de realizarem o atendimento e o registo da correspondência, organizam toda a informação geral referente ao funcionamento da escola, em suporte de magnético e papel, que inclui, nomeadamente, os dossiês individuais dos formandos, formadores, funcionários e direção; Estes serviços também fornecem informações sobre as diferentes intervenções formativas realizadas na Escola; Serviços Financeiros e Economato; Dispõe também de serviços Financeiros, de Contabilidade e Economato. A escola sede garante o funcionamento contínuo das suas valências, entre as 8.00 e as 24.00 horas, designadamente: A sede da EPATV localiza-se num edifício construído em 2001, e desde então tem sofrido anualmente diversas remodelações que se justificam pelo aumento de número de alunos e áreas de formação. Assim, sede dispõe de 23 salas de aula destinadas a aulas teóricas e salas de aula com quadros brancos e quadros interativos e toda uma série de espaços laboratoriais destinados às aulas práticas: 14 1. Auditório 2. Oficina mecânica Automóvel 3. Sala do aluno 4. Oficina Mecânica Automóvel Motores 5. Restaurante Pedagógico 6. Oficina de Eletricidade Geral 7. Bar pedagógico 8. Laboratório de Automação 9. Cozinha Pedagógica 10. Laboratório de Eletrónica 11. Laboratório de CNC 12. Laboratório de Energias Renováveis 13. Laboratório de Projeto 15. Oficina de Frio e Climatização 17. Oficina de Mecânica Geral 14. 2 Salas Multimédia com 24 postos de trabalho 16. 2 Salas de Informática com 20 postos de trabalho 18. Laboratório de Biologia 19. Oficina de Gás 20. Laboratório de Física e Química 21. Oficina de Soldadura 22. Laboratório de vídeo e fotografia Aproveitando que desde janeiro de 2012 a EPATV é responsável pela gestão do espaço LAZER Vila verde, as aulas da disciplina de educação física, passarão a ser lecionadas nas diversas zonas desportivas que aquela instituição oferece. O edifício da Delegação de Amares da EPATV foi inaugurado em 2004. À semelhança da sede também aqui os espaços foram sendo intervencionados, para que os cursos fossem dotados das melhores condições de funcionamento. Assim, dispõe de 8 salas de aula destinadas às aulas teóricas com quadros brancos e quadros interativos e espaços oficinais: 1. Auditório 2. Salão de cabeleireiro 3. Laboratório de física e química 4. Laboratório de saúde 5. Laboratório de construção civil 6. Sala Multimédia com 24 postos de trabalho cada 15 A delegação de Terras de Bouro é a única que não dispõe de edifício próprio, funcionando em instalações cedidas pela câmara municipal de Terras de Bouro, do centro de animação termal do Gerês. Tendo em funcionamento apenas um curso dispõe dos seguintes espaços: 1. Secretaria/reprografia 2. Cantina 3. Sala de estética 4. Piscina aquecida 5. Sala de informática Em todos os edifícios são disponibilizados diversos serviços, como é o caso das fotocópias em rede, computadores portáteis para utilização na sala de aula, ligação à Internet em rede, vídeo projetores, cartões magnéticos para controlo de entradas e saídas da Escola e aquisição de bens e serviços, uso de carregamento do cartão para despesas de papelaria, biblioteca, cantina e bar, entre outros. A EPATV procurará implementar, sistematicamente e dentro das suas capacidades, condições que respondam a uma permanente atualização dos seus recursos e equipamentos, tendo por base os avanços que a ciência e a tecnologia proporcionam. Em todos os edifícios são disponibilizados diversos serviços, como é o caso das fotocópias em rede, computadores portáteis para utilização na sala de aula, ligação à Internet em rede, vídeo projetores, cartões magnéticos para controlo de entradas e saídas da Escola e aquisição de bens e serviços, uso de carregamento do cartão para despesas de papelaria, biblioteca, cantina e bar, entre outros. A EPATV procurará implementar, sistematicamente e dentro das suas capacidades, condições que respondam a uma permanente atualização dos seus recursos e equipamentos, tendo por base os avanços que a ciência e a tecnologia proporcionam. 16 4.2. RECURSOS HUMANOS PESSOAL DOCENTE Os professores representam o eixo central da atividade escolar. Estão organizados em departamentos e em grupos disciplinares e manifestam competências diferenciadas que vão dos domínios teóricos e pedagógicos até às ciências experimentais e práticas oficinais. A escola, ao nível do corpo docente, apresenta um número de 34 professores do quadro e 38 contratados. Pretendemos garantir a estabilidade do corpo docente por forma a assegurar a continuidade do bom trabalho que se tem desenvolvido. A distribuição do serviço docente é pautada por critérios de bom aproveitamento de recursos disponíveis, maximizando a rentabilidade dos docentes. Com vista a conseguir uma sequencialização dos conteúdos, a distribuição do serviço docente privilegia, sempre que possível, a continuidade do mesmo professor na disciplina/turma bem como do diretor de curso e turma. No que concerne aos docentes da área técnica a escola tem preferência em contratar aqueles que tenham qualificações pedagógicas e profissionais para a área e que mantenham a ligação ao tecido empresarial pois só assim, se garante uma permanente atualização dos conteúdos letivos e uma fácil colocação dos alunos em contexto de trabalho. PESSOAL DOCENTE ÁREA NÚMERO DE DOCENTES Sociocultural 22 Científica 13 Técnica, Tecnológica e Prática 37 TOTAL 72 17 PESSOAL NÃO DOCENTE A escola, ao nível do corpo não docente, conta com 28 colaboradores. A distribuição do serviço privilegia a experiência, especialmente quando se trata de funções específicas, como o serviço de reprografia, telefone e biblioteca. CATEGORIA PROFISSIONAL NÚMERO Técnicos Superiores 5 Administrativos 9 Assistente técnico ou assistente operacional 14 TOTAL 28 18 4.3 POPULAÇÃO ESCOLAR CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO ANO NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS 2 1 14 TOTAL 1 14 ANO NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS 2 2 46 TOTAL 2 46 CURSOS VOCACIONAIS CURSOS PROFISSIONAIS ANO NÚMERO DE TURMAS NÚMERO DE ALUNOS 1 10 271 2 10 215 3 11 149 TOTAL 31 635 19 4.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A organização da EPATV estrutura-se atualmente da seguinte forma: 20 4.5. TIPOLOGIAS DE FORMAÇÃO A definição da oferta formativa, orientada pela análise das dinâmicas económicas envolventes, é determinada também pela solicitação e necessidade das empresas com as quais a EPATV está protocolada. Como refere o Manual de Qualidade no âmbito da certificação do Sistema de Qualidade, “A escolha das ações de formação ministradas resulta da auscultação dos promotores e das forças vivas locais para que assim a EPATV possa contribuir para o desenvolvimento do Vale do Cávado e Homem”. A EPATV tem um leque alargado de ofertas de formação. No quadro seguinte apresenta-se uma síntese das várias dimensões de formação oferecidas: Formação Cursos Profissionais (CP) Cursos de Educação Formação (CEF) Educação e Formação de Adultos (EFA) Cursos de Especialização Tecnológica Formação Interna Formação modular certificada externa Formação de Ativos Formandos Alunos do Ensino Secundário Alunos do Ensino Básico Adultos, com baixa escolarização Pós Ensino Secundário Professores e funcionários da EPATV Externos à EPATV, Empresas ou Instituições Ativos, funcionários, técnicos, etc Finalidade Obter o 12º ano e Diploma Profissional, nível 4 Terminar o Ensino Básico com certificação de nível 2 Obter Diploma de certificação escolar e profissional Obter qualificações e certificações exigidas para a sua atividade profissional, de nível 5 Atualização e de conhecimentos e desenvolvimento de novas funcionalidades Aquisição de novas qualificações necessárias para a sua atividade Qualificar para responder a novas exigências de legislação, ou inovações tecnológicas 21 4.6. CURSOS E ÁREAS FORMAÇÃO Ao longo dos seus 20 anos de existência a EPATV tem alargado o leque da oferta de formação. Mediante a necessidade do mercado de trabalho a escola tem ajustado a sua oferta formativa procurando investir em novas áreas e interrompendo continuidade de outras. Naturalmente que este ajuste implicou que a escola tenha feito um investimento permanente nas respetivas condições formativas, consubstanciadas nos recursos humanos, logísticos e de equipamento. CURSOS PROFISSIONAIS COM AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO NÍVEL (IV) Família Profissional COMUNICAÇÃO, IMAGEM E SOM Família Profissional Técnico de Fotografia Técnico de Design Gráfico Técnico Audiovisual Técnico de Multimédia Técnico de Desenho Digital 3D Téc. Comunicação - Marketing, Relações Públicas e Publicidade INFORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E PATRIMÓNIO Técnico de Recuperação do Património Edificado Família Profissional INFORMÁTICA Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Família Profissional MECÂNICA Técnico de Gás Técnico de Frio e Climatização Técnico de Energias Renováveis Técnico de Manutenção Industrial - eletromecânica Técnico de Manutenção Industrial – mecatrónica automóvel Técnico de Produção em Metalomecânica Família Profissional ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA Técnico de Eletrotecnia Técnico de Mecatrónica Família Profissional QUÍMICA Técnico de Análise Laboratorial Família Profissional ACTIVIDADES AGRÍCOLAS E AGRO-ALIMENTARES Téc. de Processamento e Controlo da Qualidade Alimentar Família Profissional CONSTRUÇÃO CIVIL Técnico de Construção Civil Família Profissional MATERIAIS Técnico de Desenho de Mobiliário Família Profissional INFORMAÇÃO DOCUMENTAÇÃO E PATRIMONIO 22 Técnico de Reconstrução de Património Edificado Família Profissional TECNOLOGIAS DA SAÚDE Técnico de Termalismo Técnico de Ótica Ocular Técnico Auxiliar de Saúde Família profissional SERVIÇOS DE APOIO SOCIAL Animador Sociocultural Técnico de apoio Psicossocial Família profissional HOTELARIA E TURISMO Técnico de Restauração Família Profissional SERVIÇOS DE PROTECÇÃO E SEGURANÇA Técnico de higiene e segurança no trabalho e ambiente Família Profissional SECRETARIADO E TRABALHO ADMINISTRATIVO Técnico de Secretariado Família Profissional COMÉRCIO Técnico de Comércio Família Profissional ADMINISTRAÇÃO Técnico de Serviços Jurídicos Família Profissional ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE Técnico de Gestão do Ambiente 23 Relativamente aos Cursos de Educação Formação de Jovens pelo tem-se assistido a uma diminuição dos alunos que ingressam neste nível de ensino. No entanto, a escola continua a oferecer e a investir num variado número de áreas de formação, permitindo aos jovens fazer uma escolha vocacional mais acertada. CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO COM AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO NÍVEL (II) Área de formação Eletricidade e Energia Eletromecânico de Refrigeração e Climatização Eletromecânico de Eletrodomésticos Eletricistas de Instalações Área de formação Construção e Reparação de Veículos a Motor Mecânico de Automóveis Ligeiros Área de formação Metalurgia e Metalomecânica Serralheiro civil Serralheiro Mecânico Soldador Desenhador de Construções mecânicas Área de formação Indústrias Alimentares Pasteleiro/Padeiro Operador de Preparação e Transformação de Produtos Cárneos Área de formação Construção civil Ladrilhador/azulejador Canalizador Operador de CAD Área de formação Materiais -indústrias da madeira Carpinteiro de Limpos Área de formação Cuidados de Beleza Manicura pedicura Massagista de estética Cabeleireiro Área de formação Serviços Domésticos Assistente familiar de Apoio à comunidade Área de formação Proteção de pessoas e Bens Bombeiro Área de formação Hotelaria e Restauração Empregado de Mesa Empregado de Bar Área de formação Finanças, banca e seguros Técnico de Banca e Seguros Área de formação Secretariado e trabalho administrativo Assistente administrativo 24 Área de formação Comercio Empregado Comercial Área de formação Ciências Informáticas Operador Informático A escola tem ainda autorização para desenvolver os cursos de especialização tecnológica constantes no quadro em baixo referido. CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (NÍVEL V) Área de formação Hotelaria e Turismo Gestão de Turismo Área de formação Construção civil Condução de Obra Ter todas estas áreas de formação reconhecidas significa que a escola tem o enorme leque de escolha quando seleciona cursos de educação e formação para adultos, a formação modular certificada externa, interna e formação de ativos. A escola tem também acreditação pela DGERT, para o desenvolvimento de ações, nas seguintes áreas de formação: 341- Comércio 523- Eletrónica e automação 346- Secretariado e trabalho 525- Construção Civil e Engenharia Administrativo 347- Enquadramento na Civil 762- Trabalho Social e Orientação organização/empresa 480- Informática 811- Hotelaria e Restauração 482- Informática na ótica do utilizador 812- Turismo e Lazer 521- Metalurgia e metalomecânica 815- Cuidados de beleza 522- Eletricidade e energia 862- Segurança e higiene no trabalho 25 Desde setembro de 2012 a EPATV faz parte da Bolsa do IEFP enquanto de entidade formadora externa dos cursos de aprendizagem nas seguintes saídas profissionais: Esteticista cosmetologista Técnico de Mecatrónica automóvel Técnico de CAD/CAM Técnico de Gás Técnico de maquinação e programação de CNC Técnico de Manutenção Industrial de Metalurgia metalomecânica Técnico de controlo de qualidade alimentar Técnico de Instalações Elétricas Técnico de Obra/condutor de obra Técnico Auxiliar de Saúde Técnico instalador de sistemas eólicos Técnico Instalador de solares térmicos Técnico de eletrónica, áudio Vídeo TV Técnico de Refrigeração e climatização Técnico de instalador de sistemas fotovoltaicos Técnico de Eletrónica, automação e computadores Técnico de Eletrónica, automação e instrumentação Técnico de medições e orçamentos Técnico de Ótica Ocular 26 2ª PARTE DIAGNÓSTICO, METAS E OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO 27 1. OBJETIVOS EDUCATIVOS POLÍTICA EDUCATIVA Ao longo dos últimos anos, a EPATV alicerçou a sua política educativa no sentido de construir uma escola de qualidade, na qual todos os atores educativos sejam parte ativa e empenhada. Um longo caminho foi percorrido, tendo muitas das ineficiências detetadas sido alvo de atenção e minoradas ou mesmo ultrapassadas. O presente Projeto Educativo oferece-nos uma oportunidade para levarmos mais além a nossa vontade, aprofundando o enraizamento da escola na comunidade e o envolvimento e motivação dos diversos atores num Projeto dinâmico e ambicioso. As linhas orientadoras ou motrizes estão definidas e assentam no que consideramos ser os principais obstáculos existentes na nossa comunidade, podendo afetar o sucesso educativo dos nossos Alunos: Prevenção do risco de abandono e insucesso escolares, providenciando respostas diversificadas, e orientações que possibilitem a certificação escolar e/ou profissional, bem como o prosseguimento de estudos; Reforço da ligação escola-comunidade local, através de um maior comprometimento dos Encarregados de Educação/Famílias no acompanhamento dos seus educandos e, por outro lado, estabelecendo uma circulação mais eficaz da informação; Reforço da Promoção das parcerias com as empresas e instituições locais. Sendo a EPATV uma instituição a qual está confiada uma incumbência, que consiste em dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-se ativamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do país, procuraremos prestar um serviço de educação assente no desenvolvimento do conhecimento, na integração social do indivíduo e na crença de que, pela educação, este contribui para a vida económica, social e cultural do país. Mas, como não basta acumular saber, sendo necessário utilizar, transferir e reinvestir saber adquirido, propomo-nos valorizar também um ensino orientado para as competências, estas traduzidas na capacidade de um indivíduo utilizar os seus recursos cognitivos múltiplos 28 para, face a situações novas mais ou menos complexas, poder agir da melhor forma. O desenvolvimento de competências é o moderno desafio da escola que, durante muito tempo limitou o seu papel à instrução, à transmissão de conhecimentos, descurando a mobilização e transferência de conhecimentos fora do contexto escolar. A todos estes desafios procuraremos saber responder. 29 2. MISSÃO A missão da Escola Profissional Amar Terra Verde estará ancorada num conjunto de valores assente nos princípios de Qualidade, Exigência, Rigor e Responsabilidade Cívica. E assim sendo, pretendemos: Ser uma Organização de Utilidade Pública de Qualidade credível junto dos interessados institucionais e particulares, desenvolvendo atividades de ensino e formação profissional, gerando no mercado uma imagem de solidez pela apresentação de uma estrutura flexível, competitiva e capaz, em permanente procura de inovação e com uma carteira de serviços diversificada. Pretende ainda assegurar a coesão económica, social e ambiental dos concelhos da área de intervenção da escola e a fixação nestes particularmente a jovem. 3. MISSÃO Participar no desenvolvimento da EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE, colocando à disposição da comunidade uma Escola de qualidade de excelência em humanização, ensino e cultura com intervenção no processo educativo de pais, encarregados de educação e todas as partes interessadas. Ambicionámos contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e empreendedores, capazes de gerirem as suas vidas com valores éticos de fiabilidade, honestidade, respeito, integridade, abertura e justiça que lhes permitam ser bem-sucedidos e intervenientes na sociedade global. 30 4. RESULTADOS, ATITUDES E VALORES ESCOLARES A experiência resultante da aplicação dos princípios contidos no anterior Projeto Pedagógico, permite-nos afirmar que, no geral, os alunos foram bem integrados e expressaram uma opinião construtiva na qualidade do espaço, instalações e serviço educativo que lhes é prestado, auxiliando na construção de um espaço que é de todos e para todos. Ainda que seja de todos, sabemos a Epatv vive para os alunos, daí que, antes de mais, lhe caiba dar resposta àquilo que a maioria da sua população discente dela espera, isto é, uma sólida formação de base que lhe possibilite a integração no mercado e/ou prosseguimento de estudos. Saberes e valores consolidados, competências básicas e aprofundadas constituem, por um lado, ponto de chegada do trabalho letivo e, por outro lado, as bases sólidas que permitirão ao aluno enfrentar ciclos de ensino futuros, qualquer que seja a sua natureza ou, então, a imediata inserção no mercado laboral. Neste Projeto, procuraremos que os nossos alunos sejam capazes de assimilar valores cívicos, tornando-os atores na transformação/apropriação do novo espaço. A promoção do sentido de pertença e do espírito cívico, a responsabilização pela preservação e manutenção do seu espaço e a existência de alunos monitores que terão função de preservação das salas serão algumas das estratégias a implementar. Apostaremos igualmente na vertente experimental, na prática artística e desportiva, na valorização do património, do ambiente e de práticas de vida saudáveis, bem como no desenvolvimento das várias literacias, incluindo a digital. Essa aposta passa pela constituição de diversos clubes temáticos, orientados para o aperfeiçoamento das diversas capacidades dos alunos, respondendo também às necessidades do seu contexto familiar e contribuindo para uma integração social, plena e harmoniosa. Acreditamos que estes podem ser instrumentos essenciais para se atingirem os valores como a dignidade da pessoa Humana, o profissionalismo, o sentido de Justiça, a solidariedade, o respeito pela diferença, a cidadania, a inclusão e a identidade cultural. 31 5. COMPORTAMENTO E DISCIPLINA O comportamento e a disciplina são um dos pontos fortes do desta escola. Desta forma, iremo-nos estruturar para fazer face a comportamentos impróprios ao espaço escolar, procurando agir de forma preventiva, pró-ativa, célere e firme, quer ao nível da valorização do papel do Diretor de Turma/Coordenadores de Curso, descentralizando procedimentos, quer ao nível da Direção. De sublinhar que a nossa filosofia, no que respeita à regulação do comportamento e disciplina assenta num diálogo e responsabilização dos Encarregados de Educação nos atos positivos e negativos dos seus educandos. Será igualmente fundamental, definir estratégias comuns de atuação no seio do CT, procurando que a aplicação das regras e procedimentos seja uniforme bem como, desenvolver iniciativas de aproximação à Escola de Pais e Encarregados de Educação, em particular dos alunos mais problemáticos. O espaço escolar e envolvente deverão ser locais de segurança para todos os que o frequentam. A escola dispõe de um sistema de cartões magnéticos, para controlo rigoroso de entradas e saídas da Escola. Procuraremos insistir com a colaboração diária da G.N.R local, para vigilância no exterior da Escola e inserir a EPATV no programa Escola Segura. 32 6. ANÁLISE SWOT AMEAÇAS Taxa de desemprego elevada Reduzidas habilitações dos Encarregados de Educação Conjuntura económica desfavorável Setor da construção civil paralisado Encerramento de muitas empresas Défice de envolvimento da comunidade Deficiente sistema de recolha de informações/sugestões Reduzida participação dos EE, especialmente no Secundário Diminuição do número de alunos nos concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro Alargamento de cursos Profissionais nas escolas públicas. OPORTUNIDADES O código do trabalho estabelece a necessidade das empresas oferecerem 35 horas de formação anual aos seus formadores. Desenvolver a formação para ativos. Governo irá criar os CQEP (centro para a qualificação e o ensino profissional) Melhoria da qualificação dos Encarregados de Educação Diversificação da oferta de cursos profissionais Maior criação de projetos de cariz nacional e internacional Aproveitamento dos recursos naturais e culturais para a dinamização didática e implementação de projetos e cursos Valorização da apetência pelas questões ambientais e patrimoniais Reforço das parcerias/protocolos com instituições e empresas concelhias Facilidade na elaboração de parcerias internacionais Implementação de projetos a médio e longo prazo (visão estratégica) Respostas perante alunos com necessidades educativas especiais Reforço do investimento nas ciências experimentais, atividades artísticas e culturais, projetos e clubes Forte coesão social e sentimento de pertença e identidade 33 Criação da escola superior de gastronomia Gestão dos espaços desportivos lazer vila verde Alargamento da oferta formativa nos cursos científico humanístico nas Escolas Profissionais devido aos baixos custos da formação. PONTOS FRACOS Elevada dependência da DGESTE em matéria de oferta formativa. Falta de articulação na definição de uma rede de cursos na região, cuja responsabilidade se reparte pelos Ministérios da Educação e do Trabalho e Solidariedade Social; A abertura de cursos nas Escolas Públicas sem ter em conta a oferta formativa da Epatv Necessidade de promoção da formação do pessoal docente e não docente. PONTOS FORTES Nesta secção são apresentados e discutidos os principais pontos fortes da Escola Profissional Amar Terra Verde. A identificação correta dos pontos fortes permite determinar as vantagens que a EPATV apresenta para o mercado: Em atividade desde 1993, vinte anos de experiencia; Forte motivação para responder às solicitações do mercado (elaboração de inquéritos anuais para aferir as necessidades de mercado); Existência de oferta educativa diversificada. Existência de instalações adequadas ao funcionamento de inúmeras áreas de formação A escola tem recursos humanos adequados. Corpo docente com estabilidade nas componentes de formação Sociocultural e Científica; Capacidade da Direção em mobilizar os colaboradores A escola tem experiência na criação de projetos e programas dinâmicos e pertinentes ao Projeto e à comunidade. Confiança na prática pedagógica da Escola e dos professores Metodologias indutoras de forte coesão interna Existência de parcerias com empresas locais, regionais e 34 nacionais. Elevada taxa de conclusão Elevada Taxa de empregabilidade Estágios Internacionais Parcerias Internacionais Conselho Consultivo com forte representação empresarial e institucional Equipas multidisciplinares no apoio as áreas vocacionais e NEE. Formação de adultos e ativos. 35 7. PLANIFICAÇÃO E GESTÃO FINALIDADES E OBJETIVOS No contexto da sociedade contemporânea, a escola tem uma tríplice responsabilidade: ser agente de mudanças capazes de gerar conhecimentos e desenvolver a ciência e a tecnologia; trabalhar a tradição e os valores nacionais ante a pressão mundial de descaracterização da soberania das nações periféricas; preparar cidadãos capazes de entender seu mundo, seu país, sua realidade e de transformá-la positivamente. Neste sentido, é importante implementar uma gestão democrática através da qual, os vários segmentos que formam a Escola discutem, deliberam, planejam, solucionam os problemas, controlam e avaliam o conjunto de ações voltadas para o desenvolvimento da própria Escola. Este processo terá como base a participação efetiva de todos os setores da comunidade escolar e priorizar o diálogo e o respeito às normas coletivamente construídas, além de garantir aos educandos o acesso ao saber fazer, saber ser e saber estar. Finalidades do projeto: a) Promover a formação integral dos jovens; b) Proporcionar a aquisição de conhecimentos e competências, numa articulação permanente entre o conhecimento e a prática; c) Promover atitudes de exigência científica e pedagógica no processo do ensino e aprendizagem; d) Proporcionar a aquisição de atitudes tais como, a autonomia, a auto estima, respeito mútuo, solidariedade, pontualidade e cooperação, com vista a assegurar a formação ética e moral do formando como cidadão responsável e participativo na vida comunitária; e) Proporcionar aos formandos a orientação escolar e profissional de forma a facultar uma opção consciente pela continuação dos estudos ou pela inserção na vida ativa; f) Promover o desenvolvimento da região. 36 Objetivos do projeto: a) Proporcionar uma sólida formação geral e científica; b) Assegurar um ensino individualizado e personalizado, adaptado à diversidade de ritmos de aprendizagem; c) Adequar os currículos às características dos formandos e às condições do meio; d) Fomentar a participação de formandos, formadores, funcionários e encarregados de educação na vida escolar, tendo em vista um melhor funcionamento da escola; e) Organizar atividades de complemento curricular adequadas aos recursos da escola e aos interesses dos formandos; f) Fomentar o desenvolvimento de projetos disciplinares/interdisciplinares ao nível de curso/ano, articulados com os conteúdos programáticos e os interesses dos formandos e formadores envolvidos; g) Promover e apoiar um conjunto de iniciativas que visem melhorar as condições de trabalho na escola, as relações humanas e a qualidade de funcionamento dos serviços; h) Facilitar a inserção da escola no contexto social e empresarial/laboral; i) Desenvolver experiências de aprendizagem em contexto real de trabalho; j) Promover hábitos de reflexão comum e estimular o espírito crítico e criativo; k) Organizar atividades de componente curricular que reforcem a ligação entre a escola e o meio. 37 8. METAS EDUCATIVAS A definição de metas completa e concretiza os objetivos a atingir com este projeto. As metas apoiam a tomada de decisão e a gestão do projeto e constituem o elemento central dos processos de mobilização de equipas, de comunicação, de negociação e de avaliação. META 1 - Promover a integração profissional, empreendedora e social dos formandos. Colaborar na organização dos cursos, designadamente na identificação dos interesses dos candidatos, no levantamento das necessidades de formação e das saídas profissionais emergentes na comunidade local, bem como na divulgação da oferta formativa e na articulação com outros estabelecimentos de ensino; Organizar sessões de esclarecimento sobre “técnicas de procura ativa de emprego”; Atender e apoiar de forma individual e personalizada os diplomados com dificuldades de inserção no mercado de trabalho; Continuar a desenvolver o trabalho de auscultação junto dos diplomados, em relação à sua satisfação formativa e à empregabilidade; Promover aulas de Empreendedorismo, implementando um clube associado para boas práticas de inserção profissional e criação do próprio emprego. Continuar a promover estágios curriculares, geralmente nos 2.º e 3.º anos do curso; Promover encontros com outras escolas e instituições (âmbito cultural, desportivo e lúdico); Continuar a promover os Projetos Leonardo da Vinci/Coménius, junto dos formandos possibilitando-lhes estágios internacionais. 38 META 2 - Aumentar a eficácia da escola no âmbito dos resultados académicos obtidos pelos alunos. Nos cursos profissionais, a EPATV estabelece como meta a perseguir uma taxa de conclusão de 85%, perspetivando sempre a melhoria contínua; Nos cursos de educação formação aponta para uma taxa de conclusão do curso com dupla certificação escolar e profissional de 80% e certificação escolar de 90% No âmbito dos cursos profissionais, para os alunos em formação, a EPATV continuará a: promover estratégias que conduzam o aluno a concluir o seu curso (épocas especiais de recuperação de módulos em atraso, contactos pessoais), num período de um ano após o ciclo de formação. Nos cursos de educação e formação, atuará no sentido de reforçar as estratégias que conduzam o aluno a concluir o seu curso, de acordo com o previsto na lei. Proceder ao reajustamento do processo de ensino-aprendizagem (plano de ação) e ao estabelecimento de planos de recuperação de acordo com os seguintes critérios: NOS CURSOS PROFISSIONAIS: • Para todos os alunos que, num primeiro momento de avaliação sumativa a um determinado módulo, não atinjam os objetivos mínimos é estabelecido um plano individual de recuperação (de acordo com o regulamento específico). NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO: • A avaliação deverá ter como base o recurso a instrumentos diversificados (registo de observações na aula, fichas de avaliação formativa ou sumativa, tarefas extra sala de aula, etc.). Partindo deste pressuposto, sempre que se verificar níveis negativos de aproveitamento escolar (reuniões de avaliação formativa e sumativa), na ordem dos 40%, o professor deve providenciar a organização de um plano de ação, com vista à adoção de uma nova metodologia didática. Elaborar um referencial de competências nucleares (básicas, cognitivas/técnicas e transversais) e definir os critérios gerais de avaliação dos alunos, que norteiem a atuação 39 da Escola. META 3 - Proporcionar atividades extracurriculares que enriqueçam a formação do aluno/formando. As atividades extracurriculares são um enorme contributo para a formação global dos alunos em áreas consideradas importantes, tais como a educação ambiental, a literacia da informação, a leitura, a promoção de estilos de vida saudáveis, o espírito de solidariedade e o apoio às aprendizagens. Assim, pretendemos continuar a desenvolver os diversos clubes existentes na escola: CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR A Educação Física e o Desporto Escolar são instrumentos importantes na motivação dos alunos com vista à aquisição de um estilo de vida ativa e saudável, indispensáveis ao seu harmonioso desenvolvimento motor. São ainda contributos preciosos para o desenvolvimento da responsabilidade pessoal e social dos jovens em idade escolar. São objetivos do Clube de Desporto Escolar: Integrar uma relação estreita com o Projeto Educativo da Escola e o Plano de Atividades da Escola, em articulação com o trabalho desenvolvido na disciplina de Educação Física; Proporcionar um conjunto de atividades que vão de encontro às motivações da maioria dos alunos; Desenvolver o respeito pelas normas do espírito desportivo e pelo cumprimento das regras de higiene e segurança nas atividades físicas. 40 Fomentar, entre todos os participantes, um clima de boas relações interpessoais e de competição leal e fraterna. Dar a conhecer as implicações e benefícios de uma participação regular nas atividades físicas e desportivas escolares. Neste sentido uma vez que a EPATV é responsável pela gestão do espaço desportivo Lazer de Vila Verde, aproveitaremos os equipamentos para oferecer aos nossos alunos a oportunidade de usufruir das diversas modalidades desportivas. O CLUBE ECO-ESCOLAS É um programa vocacionado para a educação ambiental para a sustentabilidade e para a cidadania, que a Fundação para a Educação Ambiental (FEE, em termos internacionais), implementado em vários países desde meados dos anos 90. Em Portugal, o programa é gerido pela Associação Bandeira Azul. Visa encorajar ações e reconhecer o trabalho desenvolvido pela Escola em benefício do Ambiente. O programa está orientado para a implementação da Agenda 21 ao nível local, visando a aplicação de conceitos e ideias de educação e gestão ambiental à vida quotidiana da escola. As ações concretas desenvolvidas pelos alunos e por toda a comunidade educativa, deverá desenvolver a tomada de decisão que simples atitudes individuais podem, no seu conjunto, melhorar o Ambiente global. Aos estudantes é-lhes pedido o desafio de se habituarem a participar nos processos de decisão e a tomarem consciência da importância do ambiente no dia-a-dia da sua vida pessoal familiar e comunitária. O Programa procura igualmente, estimular a criação de parcerias locais entre a escola e as autarquias, procurando contribuir para um maior desenvolvimento e participação em todo o processo, dos municípios empresas, órgãos de comunicação social e outros agentes interessados em contribuir para o Desenvolvimento Sustentável. Para a EPATV é ponto de honra manter o Galardão Eco-Escolas (já tem Bandeira Verde há 4 anos consecutivos), promovendo atividades de forma transversal a todos os níveis de 41 ensino, articulando os programas curriculares com o Plano de Ação estabelecido em cada inicio de ano letivo, privilegiando a interdisciplinaridade. CLUBE DA FLORESTA Clube da Floresta da Escola Profissional Amar Terra verde -EPANATURA, faz parte dos Clubes da Floresta do PROSEPE- Projeto de Sensibilização e Educação da População Escolar Sensibilização e Educação da População Escolar. Este projeto destina-se à sensibilização da população em idade escolar para a preservação da floresta, incidindo sobretudo na problemática dos incêndios florestais e sua prevenção. Pretende ser um projeto que vise contribuir para o desenvolvimento sustentável, através da sensibilização da população para a importância ecológica, económica e social da floresta. Objetivos Consciencializar os jovens da importância das florestas e da floresta nacional em particular. Fomentar atitudes que conduzam à preservação e defesa da floresta. Alertar para a necessidade urgente de salvar as florestas nacionais dos incêndios. Ajudar a identificar as espécies autóctones e exóticas mais frequentes. Observar a biodiversidade do meio florestal, sensibilizando para a sua importância. Levar os jovens a contactarem diretamente com espaços verdes dentro e fora da Escola. 42 EPAJUDA- VOLUNTARIADO JOVEM Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem alguma remuneração, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos..." O Grupo de voluntariado EPAJUDA, tem como objetivos: Providenciar formações de voluntariado, gestão de voluntariado, consultoria e apoio direto a profissionais de instituições que envolvem ou desejam envolver colaboradores voluntários. Providenciar formação e apoio especializado a grupos de voluntários; Reforço da sociedade civil, através do apoio a associações congéneres e associações de base nos países em vias de desenvolvimento; Partilhar recursos de conhecimento sobre voluntariado e as suas dimensões; Desenvolver ações de cariz humanitário; Implementar campanhas de promoção do voluntariado. CENTRO DE INCUBAÇÃO DOS JOVENS CIENTISTAS Desde sempre que a escola acredita que a investigação científica é um dos pilares para a formação de jovens empreendedores. No ano de 2008-2009 com a abertura do Curso de Análise Laboratorial, o sonho da criação de oficinas de investigação foi tomando forma e no dia 14 de Outubro de 2009 nasceu o Centro de Incubação de Jovens Cientistas da EPATV. Este centro tem neste momento quatro áreas temáticas: Tecnologia Química; Química Aplicada, Eletrotecnia e Tecnologia Mecânica. No primeiro ano do funcionamento atingiu-se a participação de 42 jovens em seis diferentes projetos. Este centro tem como objetivo a procura da inovação técnica e tecnológica. Para além dos alicerces sólidos de uma escola, o seu rigor técnico, aliado a uma visão dinâmica e integrada dos desafios atuais, permitem contribuir para a melhoria das Empresas em Portugal. 43 CLUBE EUROPEU O Clube Europeu da EPATV foi fundado no ano letivo 2008/09, com o objetivo de, em cada ano letivo, criar um grupo de alunos e professores interessados em promover a Dimensão Europeia da Educação na Escola. E assim tem acontecido. O Clube tem trabalhado no sentido de promover os valores fundamentais da cidadania europeia, nomeadamente da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. As atividades realizadas, tem facilitado esta tarefa e têm-nos proporcionado excelentes oportunidades de crescermos muito como cidadãos europeus. Os Clubes Europeus são um projeto integrado no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) do Ministério da Educação. Como projeto essencialmente vocacionado para o trabalho da dimensão europeia na educação e de ligação aos diferentes estabelecimentos escolares e às suas comunidades educativas. CLUBE DE ROBÓTICA No Clube de Robótica, os alunos desenvolvem as suas capacidades na área da eletrónica e da programação, criando robôs autónomos. Este clube tem como objetivo promover a robótica e, também, proporcionar aos alunos da escola um evento extracurricular interessante e divertido, onde possam aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos durante as aulas. O clube de robótica da PATV, pretende promover e valorizar um conjunto diverso de qualidades e competências dos seus alunos. Desse conjunto destacam-se as seguintes: • O gosto pela ciência e pela tecnologia; • A capacidade de iniciativa e o empreendedorismo; • A autonomia; • O trabalho em equipa 44 EPATEATRO É uma atividade de complemento e enriquecimento curricular que funciona na nossa escola que tem como objetivos gerais: Contactar e desenvolver diferentes e variadas técnicas de expressão corporal vocal. Proporcionar uma relação lúdica e exploratória com as diferentes formas de linguagem Promover a aquisição de competências no âmbito da cidadania. Estimular os alunos de forma a contribuir para o desenvolvimento das competências essenciais que os transformarão em adultos equilibrados, competentes e autónomos. Face a estes objetivos a metodologia utilizada tem como principais vetores de ação desenvolvimento da confiança, empatia e cumplicidade através de: Regras de conduta e de avaliação durante as sessões de trabalho e apresentação dos mesmos. Reconhecimento das fontes de interesse comuns e individuais O saber observar e escutar. Histórias de vida (auto-conhecimento e conhecimento do outro). Exercícios físicos e intelectuais que promovam a confiança em si próprio e nos outros. META 4 - Fomentar a relação Escola/Família Sensibilizar os pais e encarregados de educação para uma participação mais ativa no processo de ensino-aprendizagem dos seus educandos, inclusive na tomada de decisão vocacional dos seus educandos. Neste sentido pretendemos aumentar em 5% a participação dos Encarregados de educação e das famílias na vida escolar dos seus educandos. Esta percentagem poderá ser alcançada, com a realização de reuniões periódicas entre os diretores de turma e os pais e encarregados de educação, para conhecerem os espaços, os equipamentos e as práticas da escola. Promover no Plano Anual de Atividades a colaboração e participação dos pais e encarregados de educação. 45 META 5 - Promover o desenvolvimento curricular adaptado e uma inclusão social harmoniosa da totalidade dos alunos com Necessidades Educativas Especiais. A escola recebe nos vários níveis de formação alunos com necessidades educativas especiais (NEE) de caráter permanente a quem é oferecida a modalidade de educação especial. Consideram-se alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente as crianças e jovens que apresentem incapacidade ou incapacidades que se reflitam numa ou mais áreas de realização de aprendizagens, resultantes de deficiências de ordem sensorial, motora ou mental, de perturbações da fala e da linguagem, de perturbações graves da personalidade ou do comportamento ou graves problemas de saúde. Futuramente a escola procurará proporcionar uma maior integração na vida académica e profissional o mais harmoniosa possível, através de um acompanhamento adequado e direcionado a cada caso, igualmente intervindo junto à comunidade/parceiros de referência, no sentido de dotar os alunos de elementos social e profissionalmente inclusivos. Procuraremos que a participação destes alunos nas atividades curriculares e de enriquecimento curricular, junto dos pares da turma a que pertencem, seja mais promovida, proporcionando-lhes oportunidades de aprendizagem. A criação de um ambiente educativo estruturante, significativo e rico em comunicação, que provoca a procura de informação, no sentido de canalizar uma aprendizagem de conteúdos relacionados com o conhecimento de si próprios, dos outros e do mundo, conduzindo ao estabelecimento de uma vida com qualidade, no presente e no futuro, são preocupações que deverão merecer a reflexão e atuação dos vários intervenientes educativos. Igualmente, deverão ser implementadas atividades naturais e funcionais que promovam o desenvolvimento da autonomia pessoal e social nos diversos ambientes onde os alunos se encontram, sem descorar a adoção paralela de opções educativas flexíveis, de caráter individual e dinâmico. 46 META 6 - Otimizar os recursos físicos e técnicos e melhorar as relações humanas. Melhorar a qualidade do ensino implica, necessariamente, a melhoria contínua das competências dos professores. Neste sentido, a Epatv assume o compromisso de organizar/desenvolver, anualmente, um plano de formação contínua dirigido aos professores. Assim sendo, num período de 3 anos, facultará a cada professor, formação num total 35 de horas, preferencialmente aos que se encontram a tempo inteiro e no âmbito dos seguintes domínios: desenvolvimento psicologia/psicossociologia, pedagogia e pessoal didática, e social, tecnologias da expressões, informação e comunicação. A formação científica de base é da responsabilidade do respetivo professor pelo que, no mesmo período de tempo, deverá dar prova, junto da Direção Pedagógica, da participação efetiva com sucesso em atividades de formação com vista ao aperfeiçoamento, reciclagem e atualização científica. Criar condições facilitadoras para a participação, de iniciativa individual, dos professores/formadores em atividades de formação. Desenvolver e apoiar a proposta para a construção de um pavilhão para a prática de educação física. META 7 - Assegurar o cumprimento e a avaliação do Projeto educativo, Regulamento Interno e Plano Anual de Atividades. Divulgar os seus conteúdos pela comunidade educativa; Dinamizar e promover a sua análise, discussão e formas de aplicação; Avaliar periodicamente o grau de cumprimento dos mesmos e proceder às necessárias reformulações/ atualizações de acordo com os normativos em vigor, elaborando relatórios críticos setoriais e periódicos. 47 META 8 - Continuar a promover o programa de Educação para a Saúde. A EPATV está também empenhada em implementar um programa sustentado de Educação para a Saúde. O programa de Educação para a Saúde operacionalizar-se-á através da promoção de seminários, exposições e encontros com figuras públicas de relevo no panorama cultural, científico e profissional. Serão também realizadas ações de sensibilização acerca de temas que preocupam os jovens e relacionados com a promoção e educação para a saúde, nomeadamente alimentação e atividade física, consumo de substâncias psico-activas, sexualidade e infeções sexualmente transmissíveis, designadamente VIH-Sida. Pretendemos ainda articular com os Centros de Saúde o uma colaboração estreita para o desenvolvimento de ações conducentes à proteção e promoção da saúde. META 9 - Reforçar a intervenção da Escola junto do meio social e empresarial. Criar uma rede de parceiros de apoio à educação e formação através da realização de protocolos de colaboração com empresas e instituições sociais e educativas da região, no âmbito, nomeadamente, dos estágios curriculares, admissão de alunos na Epatv, preferência de acesso aos alunos dos cursos profissionais, no âmbito do ensino superior. Reforçar a relação entre a Epatv e os empregadores através, nomeadamente, da resposta atempada a todas as ofertas/oportunidades de emprego e/ou estágio e da inclusão do nome da empresa/instituição na revista/agenda escolar enquanto entidade parceira. Divulgar a Escola e todas as suas atividades junto das empresas da região e da sociedade em geral, através de contactos institucionais, da revistar TER, imprensa, rádio, Internet, feiras, elaboração de um anuário, organização de eventos, etc. Conceber, anualmente, produtos de cariz cultural que contribuam para o enriquecimento da comunidade, nomeadamente: 48 • Edição (livros e revistas); • Artes Visuais (fotografia); • Artes do Espetáculo (teatro, dança, festivais). Promover a criação e o apoio ao funcionamento de uma Associação de antigos alunos. META 10 - Desenvolver um processo contínuo de autoavaliação e reflexão, com vista ao estabelecimento de planos de melhoria e assegurar a qualidade do serviço educativo prestado pela Escola. Para o efeito, será constituído um Observatório da Qualidade da EPATV, com as seguintes funções: • • • • • • • Analisar periodicamente os resultados académicos dos alunos; Avaliar, no final de cada ano letivo, a imagem que a Escola tem no meio a que pertence (pais e encarregados de educação, empresários); Conhecer a opinião dos alunos sobre a Escola, no período final de cada ano letivo; Avaliar o desempenho dos professores (avaliação dos alunos, desempenho académico dos alunos – avaliação interna e avaliação externa –, organização de atividades extracurriculares, participação em ações de formação contínua, realização de atividades/tarefas relacionadas com os objetivos da escola, assiduidade, etc.), no final de cada ano letivo; Analisar a inserção dos alunos na vida ativa; Verificar regularmente os processos pertencentes à Politica da Qualidade; Proceder regularmente ao controlo das regras da Higiene e segurança no trabalho. 49 META 11 - Desenvolver um Gabinete de Qualificação de Ativos (CQA) O Gabinete de Qualificação de Ativos EPATV, terá como primordial ação o incremento da oferta formativa dos efetivos adultos residentes não só nos concelhos em que a escola se encontra implantada (Vila Verde, Amares, Terras de Bouro), como expandir-se a outros territórios, configurando a sua ação pelos elevados padrões de qualidade e competência, esperando ser considerado uma referência nos mecanismos de Educação e Formação ao Longo da Vida, a nível Nacional. O Centro procurará criar ofertas formativas adaptadas aos ativos, no sentido da valorização pessoal e promoção profissional dos mesmos, assim como às necessidades das empresas, na sua atualização e modernização, para responder aos novos desafios europeus e nacionais. Dispondo de capacidade formativa própria, o Centro de Qualificação de Ativos da EPATV procurará fazer parte de uma rede de excelência onde possa ser ministrada a formação necessária aos processos de qualificação das empresas e dos trabalhadores, nomeadamente através do desenvolvimento de cursos profissionais e ações de formação de curta duração atribuindo as respetivas carteiras profissionais, que sejam consideradas relevantes e necessárias para os percursos de qualificação profissional e pessoal, constantes também do Sistema Nacional de Qualificações e outros sistemas profissionais de qualificação. META 12 - Gabinete de Desenvolvimento de Formação Internacional Com o objetivo de oferecer um leque alargado de oportunidades aos seus alunos, este projeto tem por objetivo promover a participação em vários programas europeus e internacionais na área da educação e formação disponibilizando à comunidade académica. A EPATV irá continuar a participar no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, nomeadamente nos seguintes sub-programas dirigidos às diferentes fases dos percursos de educação e formação: Comenius (tratamento de temas comuns a vários parceiros) Leonardo da Vinci (desenvolvimento de competências profissionais). Estes programas têm como finalidade, o fomento do intercâmbio, cooperação e mobilidade entre instituições e 50 sistemas de educação e formação no seio da EU, a fim de que possam tornar-se uma referência de qualidade. Além dos programas europeus, a iremos dar continuidade aos protocolos de cooperação assinados, no âmbito da mobilidade e atividades de formação e investigação com diversos países pertencentes aos PALOP. Este gabinete terá ainda como missão apoiar a conceção, implementação, promoção, monitorização da estratégia de internacionalização da EPATV. Apresenta-se assim como estrutura de coordenação, acompanhamento e apoio operacional ao desenvolvimento de todas as iniciativas de internacionalização da ação académica, nomeadamente no âmbito da cooperação e mobilidade académica transnacional, e desenvolvimento de ações de formação. META 13 - Implementar o Desenvolvimento dos Cursos de Aprendizagem Como já foi referido a EPATV foi aceite para integrar a bolsa de Entidade Externa dos Cursos de Aprendizagem numa série de saídas profissionais. Os cursos de aprendizagem têm uma grande componente prática, com um a duração máxima de 3700 horas, que permitem aos jovens até aos 24 anos obter um a qualificação profissional de nível 4 e, ao mesmo tempo, concluir o 12º ano. Os cursos de aprendizagem desenvolvem-se em alternância, entre o contexto de formação e o contexto de trabalho na empresa onde decorre cerca 40% da formação. Os cursos de aprendizagem revestem-se de uma importância estratégica para esta escola, uma vez que contribuem, determinadamente, para o aumento das qualificações profissionais e escolares de jovens que pela idade (superior 20 anos) se encontram excluídos de frequentar os cursos profissionais. 51 META 14 – Modernização dos Espaços Oficinais O principal desafio que se coloca à Escola é o de manter uma cultura de exigência, mudança e de inovação para uma educação de qualidade. O desgaste físico a que os espaços oficinais têm sido sujeitos ao longo dos 13 anos (não obstante de se terem realizado algumas intervenções), denota em algumas zonas oficinais, a existência de sinais de alguma obsolescência funcional derivado da alteração das condições de uso iniciais, da evolução dos curricula, das práticas experimentais e do próprio desenvolvimento tecnológico. Assim, torna-se prioritário a realização de uma intervenção mais abrangente nos espaços oficinais dos laboratórios de mecânica/eletrotecnia/automação e programação de CNC com vista a uma melhoria da qualidade dos espaços físicos e do equipamento, e consequentemente uma melhoria da qualidade das práticas de ensino e de aprendizagem. A renovação destes espaços deverá ter como prioridade a opção por soluções duradouras em termos físicos, ambientais e funcionais, de modo a garantir a redução de custos de gestão e de manutenção. Uma escola revalorizada e prestigiada em termos da qualidade dos serviços de educação proporciona com sua implantação real e simbólica no tecido social e urbano, uma resposta com sucesso às necessidades da comunidade educativa e da população em geral. 52 9. CENTRO PARA A QUALIFICAÇÃO E O ENSINO PROFISSIONAL (CQEP) A principal missão do CQEP será contribuir para o grande esforço nacional de formação e qualificação da população adulta portuguesa em geral e da comunidade envolvente em particular, facilitando-lhe o reingresso no mercado de trabalho e permitindo-lhe competir em igualdade de oportunidades no mercado de trabalho europeu. Para a consecução dos objetivos acima enunciados, propõe-se que este Centro promova as seguintes ações: - Inventariar as necessidades na área de intervenção; - Sensibilizar os adultos para a importância da sua formação e qualificação; - Mobilizar e colaborar com as forças vivas dos concelhos Amares, Terras de Bouro de Vila Verde, estabelecendo parcerias; - Diagnosticar e encaminhar para qualificação e certificação através de processos de RVCC e outras ofertas formativas, em articulação com as instituições de ensino e formação da região, os adultos sem os 9º ou 12º anos. - Prestar um serviço de orientação de jovens e adultos, com enfoque na informação sobre ofertas escolares, profissionais ou duais. Estratégia de atuação: Este CQEP terá como área de atuação os concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde cujo mundo rural tem uma forte representatividade e baixa escolarização, realidade que pretendemos combater e inverter. Assim, promover-se-á sessões de diagnóstico e encaminhamento para percursos de educação e formação, processos de reconhecimento, validação e certificação de competências; de formação e certificação que respondem às necessidades dos cidadãos que pretendam elevar os seus níveis de qualificação escolar e profissional, procurando sempre encontrar soluções adequadas ao perfil do adulto. Pretende-se, ainda, garantir a igualdade de oportunidades a mulheres e homens e 53 desenvolver práticas que melhorem o acesso à formação por parte de públicos com dificuldades de inserção no mercado de trabalho, procurando proporcionar-lhes um acompanhamento personalizado, adaptado às condições específicas verificadas no sentido de encontrar soluções adequadas ao perfil individua 54 10. AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA ESCOLA A avaliação externa, a autoavaliação e a monitorização permanente fazem parte das práticas da EPATV. A escola é atravessada por mais que um processo de avaliação: o Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), ao qual a EPATV se submeteu, o que implica uma auditoria externa de dois em dois anos e a definição de um plano estratégico de ação; um processo interno de autoavaliação, de que têm resultado Relatórios de Avaliação de Desempenho; a avaliação das ECO Escolas em cuja rede a escola está integrada, e a avaliação que sempre é requerida ao CNO. Deve ainda acrescentar-se que a escola, que já possuí desde 2008 um Regulamento da Formação Profissional, e uma Carta de Obrigações de Entidade Creditada, deve sujeitar-se a auditorias para cumprir os novos requisitos legais. A autoavaliação de escola é um procedimento incontornável face às dinâmicas atuais e às exigências do sistema. Analisar e refletir sobre o desempenho e funcionamento de uma escola deve ser um ato recorrente e plenamente participado. A sua importância advém de ser um processo de regulação que requer a implementação de estratégias que conduzam à melhoria da qualidade da Escola, quer ao nível dos processos de suporte, quer ao nível dos processos pedagógicos. O Projeto Educativo, como um instrumento promotor de maior qualidade da ação educativa, carece de avaliação. Prevê momentos distintos de avaliação: no final de cada ano letivo do triénio e no final da sua vigência. São momentos de balanço, de identificação de pontos fortes e fracos e de reajustamento de estratégias. A divulgação dos dados recolhidos através da monitorização e da avaliação será efetuada a partir da Página da Escola, e outros meios que se julguem adequados. Como o Projeto Educativo assenta em parâmetros de eficácia, coerência, pertinência, prestação de contas e divulgação de boas práticas, só é possível verificar que este obedece a esses parâmetros através de uma avaliação realizada anualmente numa vertente qualitativa e quantitativa. 55 BIBLIOGRAFIA Alves, J. M. (2003). Organização, gestão e projetos educativos das escolas. (6ªed.). Porto: Edições Asa. (2ª ed.). Lisboa: Edições Sílabo. AZEVEDO, Joaquim, (2003) Cartas aos diretores de escolas, Porto: Edições ASA, 2003. Barroso, J. (2005). Políticas educativas e organização escolar. Lisboa: Universidade Aberta. PAYET, Jean-Paul, (1099) «A escola e a construção da cidadania», in Sarmento, Manuel Jacinto (org.), Autonomia da escola. Políticas e práticas, Porto: Edições ASA. SAVATER, Fernando (1997), O valor de educar, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2006. 56 ANEXO 1: 57