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Anais da XXII Semana de Geografia da FAFIPA - 02 a 06 setembro de 2013
“Ensino e Geografia”
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(RE)AÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES DURANTE O ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EM UMA TURMA DO 6° ANO,
NA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Larissa Naiara de Mello Sampaio
Acadêmica - Geografia - UNESPAR/Fafipa
[email protected]
Gilmar Asalin (orientador)
Prof. Me. Col. Geografia - UNESPAR/Fafipa
[email protected]
RESUMO
A sala de aula já a algum tempo vem vivenciando as mais variadas situações que não são
inerentes ao processo de ensino aprendizagem, mas refletindo a sociedade,
tem apresentado as mais atípicas ações e reações de alunos e professores,
diante das dificuldades encontradas de administrar conflitos. Assim esta
proposta de trabalho objetiva demonstrar algumas (re)ações de alunos e do
professor de Geografia, da turma de estágio do 6° ano, diante das ocasiões
vivenciadas e que convergem para o processo de ensino aprendizagem,
nas aulas de Geografia acontecidas no Colégio Estadual Monteiro Lobato, na
cidade de Colorado. A proposta apresentada se pauta na necessidade de união
da teoria e prática, como elementos que podem balizar a formação
acadêmica e estruturar um processo de aprendizagem efetivo. Algumas
situações vivenciadas, durante as observações na turma do 6° ano, nos
levaram a refletir sobre algumas teorias Aquino(1996), Santos (2011),
literaturas
que
já
tínhamos
tido
contato
em
algumas
disciplinas
acadêmicas do curso de Geografia, motivando o desenvolvimento desta
proposta. A preocupação primeira de uma escola é a de proporcionar
mecanismos para que o aluno participe do seu grupo ativa e afetuosamente,
apropriando-se
de
valores,
crenças,
conhecimentos
acadêmicos
e
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referenciais sócio-históricos (DESCHAMPS, 2013). Partindo deste pressuposto
e das observações feitas durante as aulas de estágio e leituras pertinentes a
temática, efetivamos a presente proposta a medida que passamos a
vivenciar algumas experiências em sala. A primeira observação mostrou-nos
que os alunos apresentam muita energia, que se fosse canalizada para o
processo
de
aprendizagem,
no
desenvolvimento
das
atividades
solicitadas pelo professor, com certeza faria a diferença. As observações
nos mostraram o incremento de um contrato pedagógico, AQUINO (2002),
caracterizada como momento de partilhar as responsabilidades pelas decisões
no que tange às rotinas de trabalho pedagógico e às regras de convivência
escolar. Caracterizando-se como uma boa estratégia para que se mantenha a
harmonia em sala e consequentemente a manutenção de um ambiente
propício a efetivação do processo de aprendizagem, o professor titular da
turma mostrou ter efetivado tal combinação a medida que vimos solicitando
que alguns alunos tirassem o boné, jogassem o chicletes no lixo, além de
nomear um aluno para que acompanhasse e anotasse nome dos colegas que não
cumprissem a regra previamente estipulada no contrato pedagógico, a estratégia utilizada
pelo docente surtiu efeito, ao percebermos retomando algumas regras. Observamos ainda perfis de
alunos que muito nos chamaram a atenção: alguns violentos, falastrões, e adoram chamar atenção
dos demais, estes, ainda que saibam das regras apregoadas pelo acordo pedagógico,
esperam que o professor os repreenda para cumprir os termos acordados
anteriormente.
Assim,
quais
significados,
poderíamos
extrair
dos
acontecimentos que permeiam a nova escola, incluindo a indisciplina? Ela
pode ser o indicativo do impacto de um novo sujeito histórico, que apresenta
novos valores, novas demandas. Neste contexto, a origem da indisciplina não
estaria na figura do aluno, mas na falta de aceitação, por parte da escola que
muitas vezes se vê incapacitado de gerir a nova configuração de
existência social concreta, personificadas nas modificações do perfil de sua
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freguesia (AQUINO, 1996). Assim percebemos que os alunos, se bem
estimulados podem produzir muito, apresentam energia de sobra para tal, um
professor bem preparado pode fazer a diferença, se apropriando do contrato
pedagógico como um mecanismo eficiente para tornar ações ou reações dos
alunos como momento para aprender, não apenas da disciplina de
Geografia, mas de convívio com os pares, de respeito mútuo e de
proporcionar em ambiente favorável o direito a ensino sistematizada e
significativa.
Palavras-chave: Aluno, professor, contrato pedagógico, (re)ação.
REFERÊNCIAS
AQUINO, J. G. Indisciplina na Escola: Alternativas teóricas práticas. São
Paulo: Summus editorial. 1996.
______ “A des ritua lizaç ã o ra dica l da sa la de aula”. In: _____. Diálogo
com educadores. São Paulo: Moderna, 2002, p.96-110.
DESCHAMPS, L. M. O Papel da escola e do educador dos/nos tempos atuais. DC
na sala de aula. Diário Catarinense. Disponível em: <http://diariocatarinense.
clicrbs.com.br/sc/ geral/dc-na-sala-de-ar la/noticia/2012/08/> Acesso em: 29
ago. 2013.
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