Turma do Mundo / F1M
Ensino Fundamental
Relatório do Primeiro Semestre de 2007
Turma
Anna Barreto Pina Chiarini
Antonio Gitahy Falcão Faria
Antonio Neves Saad
Bianca Del Rio Kodato Melo
Catarina Kreitlon Pereira
Francisca Paz Iturrieta Giacomini
Giulia Hervé Quaranta Cabral Elia
Guilherme Leon Rodrigues
Helena Deak Barretto
João Luiz Maritan de Aboim Costa
Julia Gonçalves Francisco
Juliana Kreitlon Pereira
Laura Abissamara S. C. de Castro
Leonardo Skopinich Monteiro
Luisa Malin Melo
Maria Eduarda Arruda Prado
Marina Nascimento das Chagas
Nina Hara Cunegundes Gomes
Sofia Cançado Cheib
Tiago Teixeira Salem
Violeta Campos Reveilleau
E
sta é uma turma especial e envolvida. Mergulharam no México de corpo e alma,
pesquisaram, descobriram muitas coisas, se envolveram com outras tantas,
demarcaram preferências e se emocionaram durante o percurso.
Foi uma viagem e tanto! Tanto, que todos sonham com uma viagem real ao país de Omar
Salazar, Frida Kahlo e Diego Rivera, nossos maiores companheiros durante esse tempo.
Quem quiser ir ao México deve levar um de nossos pequenos da Turma do Mundo;
certamente serão os melhores guias do passeio, contando notícias quentes do país
apimentado e divertindo a todos com caveirinhas animadas e piñatas recheadas de doces.
Descrever o caminho dessa turma pela Terra do Sol é uma tarefa árdua, diante de tantas
vivências. Pena não poder, com palavras, mostrar os olhinhos brilhando diante do vulcão
em erupção, da calda do chocolate sendo misturada à manteiga de cacau, da procura pela
pedra mais confortável para se sentar e fazer um desenho de observação do cacaueiro no
Jardim Botânico, do encanto ao descobrir um mar de cactos, dos gritos diante de alguns
cactos "dando filhotes". Vivências significativas, que ajudaram a construir manhãs de
prazer, diversão e aprendizado, onde as brigas e atritos ficaram de fora e as parcerias se
fortaleceram. É uma turma que pôde perceber as diferenças, respeitar os momentos de
Professores e
Auxiliares de Turma
Ana Cecilia Guimarães
Manoela Marinho
Mariah Lacombe
Mariana Fiore
Renato Lent Santos
Rosangela Caldas
cada um em seus aprendizados na escrita da língua e contribuir para que ocorressem da
forma mais espontânea possível.
O projeto foi o grande disparador da escrita e da leitura, proporcionando momentos de
muito desejo em relação à aquisição desse aprendizado. As famílias contribuíram muito,
com materiais diversos e ricos, e, aos poucos, fomos montando um mural permanente com
fotos de viagens, cartões postais, mini sombreiros, reportagens de revistas, mapas
desenhados pelas crianças etc.
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Omar foi nosso primeiro companheiro de viagem. As crianças ficaram muito envolvidas com
ele e com os presentes que nos dava. Foram as curiosidades de sua vida, naquela cidade
mexicana, que nos levaram a uma proximidade maior com o México. Assim, enquanto
conhecíamos Omar, fomos montando o álbum do grupo e nos aproximando da vida e dos
gostos de cada um. Foram autores das suas próprias histórias, se esforçaram para
escrever e as professoras puderam ver, de perto, esse momento inicial de cada criança,
além de conhecer melhor suas histórias e características. A alfabetização é um momento
especial, onde as crianças começam a escrever seu próprio texto, a organizar seu
pensamento para a
escrita, essencialmente
autoral. É preciso
respeitar isso desde o
começo, construindo
um vínculo de
confiança entre todos,
para que as
dificuldades do
processo sejam mais
suaves.
O vídeo "Você já foi à
Bahia?", de Walt
Disney, apresentou à
turma características
engraçadas do México. Nele observamos, nas danças típicas, movimentos que deram
origem à coreografia na Expressão Corporal. Nossa viagem estava começando a ficar
divertida e resolvemos dar uma paradinha para experimentar a culinária mexicana.
Observaram e desenharam o milho, o abacate, o cacau, a pimenta. Esses desenhos foram
uma excelente oportunidade de aperfeiçoar o traço e entrar em contato com novas técnicas
de artes. A parte mais saborosa do projeto começou com os vídeos "A Fantástica fábrica de
chocolate", de Tim Burton e Mel Stuart, e o programa da Regina Casé "Um Pé de quê?",
sobre o pé de cacau. Fizemos uma pintura "com chocolate", usando guache creme e
marrom em saquinhos de sacolé. E fechamos nosso momento chocólatra com a
maravilhosa visita à Fábrica de Chocolates Chez Bonbon, onde as crianças tiveram a
oportunidade de conhecer a história desse alimento, viram o processo de fabricação de
perto, fizeram um bombom e comeram muito chocolate!
As atividades de Matemática estiveram sempre vinculadas ao projeto e, assim, brincamos
com os números de uma forma rica e gostosa. Com a altura de Omar e de cada criança
trabalhamos medidas e comparações. As estimativas fizeram parte do início do semestre,
buscando ampliar o campo numérico a que as crianças têm acesso. Os inúmeros jogos e
brincadeiras com as sementes de cacau desenvolveram o pensamento matemático e nos
proporcionaram a elaboração de vários problemas, onde as crianças agruparam, trocaram,
e tiveram acesso às operações de uma forma bastante lúdica. Lendo uma história,
obtivemos a informação de que o gelo era retirado das montanhas, pelos astecas, e
vendido em feiras e mercados como uma espécie de sorvete. Para efetivar a compra,
usavam as sementes de cacau ou os próprios frutos como moeda. Essa história se
desdobrou em conversas e atividades nas quais as crianças puderam exercitar a idéia de
valor. Perceberam os diferentes valores atribuídos aos produtos no tempo e conheceram
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diferentes moedas. Sem a preocupação com o registro formal, nesse momento da
escolaridade, o que se pretende é que as crianças sintam-se encorajadas a resolver
situações-problema e apresentem suas soluções numa produção de natureza mais coletiva
que estrutura as estratégias pessoais futuras.
N
o meio da viagem recebemos quatro novos amigos que, rapidamente, se
organizaram em seus assentos e voaram para o México. Nosso semestre
também contou com visitas queridas como a de Luciana, auxiliar da Pereirinha,
que nos contou de sua viagem para o México e Cancun mostrando fotos e objetos. As
crianças ficaram fascinadas com suas histórias e informações. Inspirados no nome do
Projeto "No caminho do sol" e na
Pedra do Sol, que Luciana trouxe
para as crianças, construíram, com
a turma da tarde, um sol em 3D
usando a antiga técnica do giz de
cera derretido na vela.
Nossa segunda visita foi Andréa
Nívea. Depois de verem o vídeo
"Vulcões", da Discovery Channel, e
pesquisarem um pouco sobre a
paisagem mexicana, ela nos
ensinou a fazer um vulcão que
entra em erupção. Durante a
experiência muitos ficaram com
medo e os olhinhos, ansiosos e
assustados, contavam os segundos
para a grande explosão. Como um
projeto que trata do México nos
aproxima da língua espanhola,
recebemos também a visita de Paz,
mãe da Francisca, que nos deu
uma bela aula de espanhol.
Aos poucos, os Astecas entraram na sala de aula, contrariando nossa hipótese de que isso
se daria através da bandeira do México. As crianças foram trazendo informações e
compreendendo que essa civilização, muito antiga, deixou importantes heranças na cultura
mexicana. Logo as próprias crianças se encarregaram de incorporar o povo Asteca à nossa
viagem, através da lenda trazida por Catarina e Juliana, da águia pousada em um cacto
comendo uma serpente. Na viagem delas a Petrópolis descobriram uma escultura
semelhante à que existe no México, na qual podemos ver essa imagem. Fotografaram e
trouxeram para a sala de aula. Depois, a conexão com essa civilização pré-hispânica foi se
fortalecendo através da bandeira mexicana, da festa do dia dos mortos, do chocolate... O
vídeo México – Tenochitlan, da coleção Vídeo-Escola, mostrou o grande templo, as
pirâmides que tanto chamaram a atenção deles e os códices astecas.
As crianças estão tão voltadas para a aprendizagem da língua que perceberam que o
idioma escrito e falado no México Asteca era diferente do espanhol, compreendendo que
este foi adquirido após a dizimação do Império Asteca. Através da observação da escrita
desse povo, chegaram à conclusão de que pareciam desenhos. Nesse momento
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propusemos, nas aulas de artes, tentar realizar algo parecido com o que eram os escritos
astecas usando giz de cera com guache preto e palitos. Muitos desses desenhos estavam
representados em artesanatos e cerâmicas. Aproveitamos para fazer cerâmicas inspiradas
nas peças astecas. Foi um momento importante, pois nos mostrou que as crianças, mesmo
pequenas, tiveram condições de entender essa passagem da língua, no tempo e na
história, de um jeito bem natural.
M
omentos de emoção tomaram a Turma do Mundo durante os conflitos entre
astecas e espanhóis. A história é para todos e quando bem contada agrada a
todas as idades. Essa é uma turma leitora, têm muito prazer nos tempos de
biblioteca, sempre querem levar livro e os mais cotados têm até fila de espera. A literatura
mexicana esteve presente. "Pepe, Diego e Guadalupe", de Cristina Von, que narra a vida
de três irmãos mexicanos, nos mostrou a Piñata, que também foi vista numa engraçada
animação no Youtube e acabou rendendo muitos trabalhos de artes, textos e risadas
durante a comemoração do dia das crianças mexicano, quando tentamos quebrá-la.
Os animais fantásticos também chegaram à sala de aula. O conto "Morcego", do livro
Histórias de Animais Fantásticos, de Neide González Maia, revelou como esse animal criou
asas e deixou a todos de cabelo em pé! Os animais fantásticos que pertencem ao folclore
mexicano, chamados de Alebrijes e têm um grande apelo infantil porque acredita-se que,
quando colocados no quarto das crianças, afastam os pesadelos. Toda essa história
parecia sugerir um momento de introspecção e relaxamento. Foi nesse clima que cada um
imaginou seu animal fantástico dando asas, penas, olhos no lugar de orelhas para criar um
monstrengo que, de tão medonho, afastará para sempre os pesadelos. Nas aulas de Artes
nos dedicamos a colocar, no papel, esses animais. Depois vimos um vídeo sobre os
Alebrijes mexicanos. Outras histórias foram responsáveis por trazer esse imaginário, como
o conto de "Como o gambá conseguiu roubar o fogo", também de Neide González, "A
árvore encantada", de Mustafa Yaszbek, e muito mais. O contato com a biografia e a obra
de Frida Kahlo foi um momento intenso e mobilizou muito as crianças. Todos ficaram
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sensibilizados com a
difícil vida que levou
essa famosa pintora
mexicana e
fascinados com suas
pinturas. Logo
começaram a chegar
à sala "milhares" de
quadros e imagens
dela. Eles mesmos
se encarregaram de
trazer nosso terceiro
personagem
fundamental no
projeto, Diego
Rivera. O
romantismo tomou conta da Turma do Mundo, que interpretou muitos quadros como sendo
fruto do companheirismo dos dois artistas. Então, a partir dessa demanda, as professoras
escolheram uma obra da artista chamada "Diego em mi pensamiento". Cada um precisou
entrar em contato com o que havia de importante no próprio pensamento. Depois fizeram o
auto-retrato e representaram seus pensamentos com grafite, no papel vegetal. Depois
pintaram, com aquarela, dentro do contorno, aprimorando a grafia fina e se divertiram ao
ouvir o pensamento dos amigos registrados no caderno.
Com a obra de Diego Rivera trabalhamos o quadro "Nu com copos de leite". As crianças
soltaram a imaginação através de seus comentários, acharam que a mulher de costas era
Frida e que as flores eram um presente de Diego para ela. Depois de conhecerem alguns
de seus murais, fizeram o cenário da festa pedagógica em um grande tecido onde e
pintaram um guerreiro e uma deusa Asteca. Na moldura, representaram padrões
mexicanos.
Foram muitas as atividades de escrita. A turma experimentou muitas atividades com duplas
compensadas - onde há ajuda mútua entre pares com competências diferentes - numa
mesma tarefa. Em uma delas usaram o acúmulo de informações sobre o México e
escreveram um roteiro de viagem pelo país. A correção, coletiva e em grupos, dos textos
de todos parecia uma grande gincana, onde se divertiram descobrindo as letras que
faltavam, desafiados a buscar algumas soluções para sons não conhecidos.
Os momentos de brincadeiras também foram povoados do imaginário mexicano, a Turma
do Mundo experimentou a Piñata, Senhor Caçador, Gallina Ciega e El Gato e el Raton.
D
entro do enorme leque proporcionado pelo Projeto Institucional "Américas",
buscamos um tema de estudo que despertasse a curiosidade das turmas de
alfabetização e que, dessa forma, as crianças pudessem se envolver, contribuir,
produzir e conhecer um pouco mais sobre esse enorme continente. Esse pedaço do mundo
chamado América, tão familiar mas tão cheia de novidades, diferenças culturais,
curiosidades e crenças rendeu grandes aprendizados para o grupo. A intimidade que a
Turma do Mundo conquistou com o México e com os personagens que conheceram
durante o caminho pelo Sol ficarão registrados para sempre. Terminamos nossa viagem
como toda boa viagem: com vontade de voltar!
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Música
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Começamos o ano nos preparando para o bloco da escola. Aprender o novo samba foi uma
alegre maneira de introduzir o tema do Projeto Institucional. Depois do bloco, relembramos
marchinhas, falamos um pouco sobre a história do Carnaval e sobre as escolas de samba.
Dando ênfase à bateria das escolas de samba, falamos sobre cada instrumento que
compõe esse grupo, como ele é tocado e qual a sua função.
Na volta do Carnaval, iniciamos uma atividade de prática de conjunto, utilizando a música
"La Cucaracha", do folclore mexicano, como tema. Primeiro ouvimos algumas versões, com
diferentes arranjos, e a partir daí passamos a criar o nosso próprio arranjo.
Cantar uma letra em espanhol se tornou uma forma divertida de aprendermos a melodia.
Com a letra decorada e o sotaque caprichado, passamos a explorar as possibilidades
rítmicas da música. A turma foi dividida em três grupos e cada um desenvolveu um padrão
rítmico vivenciado no corpo. Depois de sentir o ritmo no corpo, ficou mais fácil passá-lo
para o instrumento. Utilizamos caxixi, clave e pandeiro para montar nossa banda.
P
ensando nos nativos americanos, começamos uma atividade de exploração do
ambiente sonoro de uma floresta. Escolhemos a canção "Tso Ere Poma", da tribo
Karitiana, Rondônia, e cantamos em sua língua. Karitiana é a única língua
sobrevivente da família Arikém, representante do tronco Tupi. Para acompanhar a melodia,
imitamos com os instrumentos da escola, sons de chuva, rio, vento, bichos, que foram
previamente explorados pelas crianças durante as aulas.
Para a apresentação na festa pedagógica, retomamos a canção "La Cucaracha",
acrescentando um trecho em português: "vou falar de uma barata/ não precisa se assustar/
estão faltando algumas patas/ mas ela sabe se virar/ Baratinha mexicana/ vive alegre a
festejar/ e mesmo sendo perneta/ canta e dança sem parar/ La cucaracha, la cucaracha, ya
no puede caminar/ porque le falta/ porque no tiene/ las patitas para andar." A versão final
agradou bastante às crianças, que se dedicaram a executá-la de forma alegre e vibrante.
Expressão Corporal
_________________________________________________________
No início do ano, nossas aulas foram dedicadas ao samba da Sá Pereira. Aproveitamos o
carnaval para... dançar, é claro! E falar um pouco dessa festa popular tão alegre e divertida!
A letra do samba foi um gancho para começarmos a trabalhar o Projeto Institucional e fazer
brotarem as idéias para próximos projetos de estudo. Embarcamos, a partir do samba,
numa pesquisa das danças latinas. Nos aquecimentos, as crianças foram estimuladas a
dizer quais são essas danças e, entre erros e acertos, fomos abordando o que conhecemos
dos ritmos, das influências e misturas que tanto enriquecem e esquentam o solo americano!
D
ançamos louvando o Deus Sol, em rodas de cantigas e gestos que
reverenciavam a natureza, a terra e a lua como "Pacha Mama, Madre Tierra",
"Terra meu corpo..." e outras. Com o jazz, o soul, o samba, a marcha, o tango e
a salsa nos divertimos muito. Cada música inspirando um diferente acento e uma qualidade
específica no movimento com o corpo.
Em seguida, partimos para pesquisar a dança mexicana e entrar no universo alegre do
"mariachi" e das belas "chicas", com suas saias rodadas e coloridas. O filme "Você já foi à
Bahia?" apresentava uma dança rica em saltitos, que era realizada em pares e rodas por
adultos e crianças. Experimentamos essas manobras com os pés, brincando em duplas
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pelas diagonais da sala. Escolhemos duas faixas de um CD de músicas mexicanas e
ensaiamos uma coreografia, com toda a turma, apresentada na Festa Pedagógica.
Depois, tivemos uma semana para ensaios da quadrilha e as crianças demonstraram muita
agilidade na realização e memorização dos passos para a farra junina!
Ao longo de todo o semestre as crianças participaram de jogos lúdicos e de atividades com
o corpo coordenando seus movimentos em manobras de equilíbrio, saltos e rolamentos.
Realizamos, também, dinâmicas coletivas trabalhando confiança, sensibilização e
cooperação em exercícios que levam nomes sugestivos como colchão humano, guia do
amigo, escultura do corpo, pirâmides etc..
As aulas de Expressão Corporal foram intensas, cheias de atividades muito bem
aproveitadas pela turma!
Educação Física
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"Há muitas causas que precisam da paixão que anima os torcedores.
Brinquemos, pois.
É preciso rir (...)"
Rubem Alves
Embarcamos, juntos, numa grande viagem pelas Américas e, para completar, teremos a
realização da edição dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Este fato nos ajuda a
incentivar ainda mais àqueles que já possuem o hábito da prática esportiva e, também, a
despertar o gosto pelos esportes e atividades físicas nos que ainda não o possuem.
Queimado, pique-bandeira, futebol, basquete e handebol, além das brincadeiras lúdicas,
incentivaram a cooperação, o espírito esportivo e a competição de forma ética, e também
animaram as manhãs e tardes no Pereirão.
Q
uanto à capacidade de organização em grupos, a garotada foi desafiada a montar
as equipes para jogar, sem a interferência dos professores. Saíram-se muito bem,
apesar de algumas discussões que consideramos importantes para que as
crianças desenvolvam sua capacidade de argumentação e organização e iniciar logo as
partidas sem perder o tempo do recreio.
Esta turma, que impressiona pela união e pela organização deu um show em turmas mais
velhas e recebeu muito bem os novos colegas que entraram no meio do semestre.
Adoram as brincadeiras novas e prestam muita atenção às regras a fim de iniciar logo o
jogo.
Uma das grandes diversões dessa garotada é a escolha dos times.
Como a maioria das turmas, preferem o futebol, mas participam com alegria de qualquer
jogo, colocando a diversão em primeiro lugar.
Aprenderam o queimado com coringa rapidamente e deram muitas gargalhadas tentando
descobrir o coringa do time adversário e esconder os seus.
Acolhedores, não costumam reclamar dos times escolhidos, mesmo quando não ficam
naqueles desejados.
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Nos momentos de "Pereirão Livre", onde podem jogar e brincar sem a interferência do
professor, logo nos procuram solicitando um jogo mais organizado, onde todos possam
participar.
Nosso tão esperado Pátio Sobre Rodas aconteceu e, munidos de skates, patins e
patinetes, meninos e meninas se concentraram para cumprir as regras da brincadeira,
testaram o equilíbrio em manobras radicais e desafiaram os limites, respeitando as
possibilidades de cada um. Os que "avançavam o sinal" ou excediam o "limite de
velocidade" e eram multados com a espera do lado de fora por alguns minutos,
aproveitavam para dar um show de coleguismo emprestando o material para os que não
haviam trazido e ajudando os que não tinham tanta experiência.
O sucesso foi tão grande que pudemos ouvir frases do tipo: "Eu não gostei, eu AMEI!"
"Quando será o próximo?". Diante disso, pretendemos repetir a brincadeira no segundo
semestre.
As estafetas ou competições por equipes, adaptadas às turmas, ajudaram nossas meninas
e meninos a aperfeiçoar as ações motoras de correr, saltar e rastejar, bem como quicar,
chutar, passar e tocar a bola com maior destreza.
Para encerrar o semestre, planejamos o Pereirão Junino e os Primeiros Jogos Panamericanos da Sá Pereira.
Falaremos deles no relatório do final do ano.
Inglês
_________________________________________________________
A
chegada de uma turma de F1 à Pereirona é, para as crianças, uma grande
mudança. Para nós é uma alegria. As aulas de Inglês, esperadas por muitos, são
para alguns o primeiro contato com a Língua Inglesa.
Todos pareciam curiosos, cheios de expectativas e dispostos a participar!
É importante que haja uma rotina com a qual possam se identificar, sentindo-se seguros e
confortáveis. A escolha de um repertório animado e fácil, as frases repetidas em jogos
conhecidos como "galinha choca e gato mia", faz com que se sintam bem e permitem um
aprendizado suave e divertido.
Selecionamos conteúdos a partir das construções que fazem parte da rotina diária das
aulas. As músicas que usamos para dizer Hello, as perguntas relacionadas ao tempo
(ensolarado, chuvoso, etc), aos dias da semana... Acrescentamos conteúdos básicos para
essa idade como cores e números.
Encontramos nas civilizações pré-colombianas a conexão entre nossas aulas e o Projeto
Institucional. A maneira como esses povos adoravam o sol e outros elementos da natureza
serviram como gancho para falarmos sobre os temas escolhidos.
Conversamos sobre as férias e, em seguida, sobre o Carnaval. As rodas de conversa, no
início do dia, funcionam como um momento de concentração, planejamento e combinações.
Na época do Carnaval, as crianças assistiram a um vídeo com uma música caribenha, se
divertiram e dançaram bastante!
Nossas primeiras conversas sobre o sol fizeram com que a cor Yellow invadisse a sala de
aula através de imagens que as crianças trouxeram. Uma visita ao Pereirão ajudou a
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expandir o vocabulário a partir das sensações que o sol nos proporciona: o calor, a
luminosidade, a alegria. Surgiu a palavra HOT e também o oposto, COLD, e brincamos de
"morto/ vivo". Vulcão, fogão, sol, fósforo, panela no fogo, fogo; e gelo, geladeira, freezer,
homem de neve, neve, milk shake, sorvete e picolé surgiram ao fazermos o registro no
caderno.
Retomamos o Sol através do mito da criação do primeiro inca,Manco Capac. Preparamos
uma encenação com música andina ao fundo,que terminou em clima de mistério! As
crianças ficaram curiosas para saber mais sobre os personagens do conto e fascinadas
com a beleza da histórias e as imagens dos dois irmãos, Manco Capac e Mama Ocllo.
Para registrar a história, se empenharam muito. O resultado, em pranchas com cores fortes
de aquarela, ficou muito interessante. Apresentamos imagens de representações do Deus
Sol, chamado pelos Incas de INTI. Observaram que nessas representações o Sol aparecia
com olhos, nariz e boca. A partir daí trouxemos a música "Head and shoulders, knees and
toes", que fala de partes do corpo, inclusive das do rosto. Adoraram e dançaram muito ao
som desse "rock".
Ouvimos e assistimos a um vídeo com a música "Here comes the Sun", no qual apareciam
imagens relacionadas ao tema. Escolhemos algumas palavras chave e os desafiamos a
reconhecê-las enquanto ouviam a música.
Uma palavra em especial chamou a atenção do grupo: Winter! Partimos dela para falar das
estações do ano e de como nos vestimos em cada uma.
Outras músicas ilustraram nosso tema, como "Yellow submarine" e "Singing in the rain.
Eles também gostam muito de cantar "I like to count my fingers!", onde cantam e contam,
nos dedos, de 1 a 10.
Muitas novidades ainda estão por vir, ilustradas por novos mitos, belas imagens e músicas
animadas.
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