É uma opinião comum entre os peregrinos de Compostela: tudo pode nos ajudar no caminho espiritual. Tanto faz juntar conchas numa praia, pintar, conversar com os outros, ouvir música – até mesmo realizar um trabalho aborrecido. O que importa não é o que fazemos, mas que tipo de energia colocamos em nossa tarefa. Se estamos apenas gastando nosso tempo, jamais seremos recompensados por isto – exceto por alguns trocados que recebemos. Se, entretanto, focalizamos a mente no centro de nós mesmos, rezando em silêncio enquanto executamos algo repetitivo, esta tarefa aborrecida termina sendo uma escada para a luz. Só quando nos entregamos as nossas tarefas, é que descobrimos o verdadeiro significado do que fazemos.