Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar Margareth Crisóstomo Portela (Coordenadora) Claudia Caminha Escosteguy Sheyla Maria Lemos Lima Vanja Maria Bessa Ferreira Maurício Teixeira Leite Vasconcellos Claudia Brito Contexto e breve histórico Objetivo Geral O objetivo geral deste projeto foi propiciar à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elementos técnico-científicos que contribuam com suas funções de órgão executivo regulador em relação ao uso de diretrizes clínico-assistenciais no sistema de prestação de serviços da saúde suplementar do país. Objetivos Específicos • Estudar a implementação de diretrizes assistenciais no âmbito da Saúde Suplementar, considerando especialmente aquelas relacionadas a riscos populacionais de relevância epidemiológica no país. • Sistematizar os tipos, fontes e nível de fundamentação em evidência científica disponível das diretrizes clínicas implementadas na Saúde Suplementar, considerando, em paralelo, normativas e/ou regulamentações de caráter assistencial presentes no SUS no âmbito da atenção aos problemas de saúde mais focalizados; • Identificar desafios e estratégias relacionadas com a implementação de diretrizes clínicas, especialmente no que concerne à obtenção do consenso técnico-profissional em relação aos mesmos, às condições técnicas básicas às suas implementações, à adesão dos profissionais, ao monitoramento de seus processos e à aferição de seus principais resultados. Métodos Estudo das operadoras de planos de saúde • Desenho transversal • Amostra representativa do conjunto de operadoras de planos de sáude do país, estratificado por macrorregião e segmento do mercado; consideração do número de beneficiários • Contato e sensibilização das operadoras para participação na pesquisa • Coleta de dados através de entrevistas com questionário estruturado • Análises descritivas Estudo dos hospitais • Seleção de hospitais sem expectativa de representação estatística; hospitais reconhecidos e importantes para grandes operadoras de planos de saúde Número de operadoras por segmento do mercado, segundo as macrorregiões do país. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Macrorregião Total Autogestão Cooperativa médica Filantropia Medicina de grupo Seguradora Total 1573 326 370 124 739 14 Norte 52 10 18 2 22 0 Nordeste 205 36 67 7 95 0 Sudeste 935 181 182 95 464 13 Sul 268 57 67 19 124 1 Centro-Oeste 113 42 36 1 34 0 Distribuição do número de beneficiários, com base nos dados do cadastro (atualizado até 18/08/2004). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. • • • • • • • Distribuição fortemente assimétrica à direita Intervalo: 0 – 2.442.278 beneficiários Mediana: 3.141 beneficiários Média: 21.680 beneficiários Valor “zero” para 277 operadoras Valor entre 1-10 beneficiários para 14 operadoras Valor entre 11-99 beneficiários para 55 operadoras/mlu Tamanho da amostra por tipo de estrato (certo ou amostrado), segundo as macrorregiões do país. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Macrorregião Total Estrato certo Estrato amostrado Total 112 35 77 Norte 13 5 8 Nordeste 12 3 9 Sudeste 57 16 41 Sul 15 6 9 Centro-Oeste 15 5 10 Número de operadoras selecionadas, entrevistadas e perdas, segundo macrorregiões do país. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Operadoras selecionadas Macrorregião Total Estrato certo Operadoras entrevistadas Estrato amostrado Total Estrato certo Perdas Estrato amostrado Erro no cadastro Recusa Operadoras contatadas Total 112 35 77 90 34 56 25 55 164 Norte 13 5 8 11 5 6 3 8 22 Nordeste 12 3 9 10 3 7 4 4 19 Sudeste 57 16 41 43 16 27 14 28 80 Sul 15 6 9 16 5 11 2 6 22 Centro-Oeste 15 5 10 10 5 5 2 9 21 Resultados Distribuição das operadoras de planos de saúde por segmentos do mercado no cadastro-base e na amostra utilizada. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. SEGMENTO DO MERCADO Cadastro-base N Amostra da pesquisa % n % Amostra expandida N % Autogestão 326 20,7 22 24,4 326 20,7 Cooperativa médica 370 23,5 27 30,0 370 23,5 Filantrópica 124 7,9 11 12,2 124 7,9 Medicina de grupo 739 47,0 25 27,8 739 47,0 14 0,9 5 5,6 13 0,8 1.573 100,0 90 100,0 1.572 100,0 Seguradora (*) Total *Uma das seguradoras recusou-se a prestar informações e não foi substituída porque era a única no estrato Distribuição das operadoras de planos de saúde (N=1572) por macrorregiões do país. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 7% 3% 13% 17% 60% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Visão das operadoras de planos de saúde (N=1572) quanto ao papel de condução do uso de diretrizes clínicas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. VISÃO N % Deve ser conduzida por órgãos reguladores tais como MS, ANS, SES e SMS, envolvendo a participação de operadoras, prestadoras de saúde e associações médicas 963 61,2 Deve ser conduzida pela operadora em conjunto com seus prestadores 416 26,5 Deve ser conduzida por associações profissionais 100 6,4 Deve ser conduzida por prestadores de serviços de saúde independentemente 47 3,0 Deve ser conduzida pela operadora dos planos de saúde 24 1,5 Não é importante 22 1,4 1572 100,0 Total Distribuição das operadoras de planos de saúde (N=1572) por declaração sobre a condução do uso de diretrizes clínicas segundo segmentos do mercado. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 800 700 600 461 500 400 300 201 275 200 278 100 125 116 95 12 1 8 0 Autogestão Cooperativa médica Filantropia Condução do uso Medicina de grupo Não condução do uso Seguradora Distribuição percentual das operadoras de planos de saúde (N=1572) por declaração sobre a condução do uso de diretrizes clínicas segundo segmentos do mercado. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 38.3 37.6 25.7 10% 7.7 6.5 0% Autogestão Cooperativa médica Filantropia Condução do uso Medicina de grupo Não condução do uso Seguradora Ranking das motivações reportadas entre operadoras de planos que conduzem o uso de diretrizes clínicas (N=507); operadoras que indicaram a motivação e distribuição das posições atribuídas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. MOTIVAÇÃO N % Média Mínimo Melhoria da qualidade da assistência 507 Aumento da eficiência - custoefetividade - na alocação de recursos Mediana Máximo 100,0 1,24 1 1 5 461 91,0 2,67 1 3 5 Redução da elevada variabilidade na assistência 434 85,6 3,17 2 3 6 Aumento da previsibilidade dos custos da operadora 441 87,0 3,98 1 4 5 Redução de custos 459 90,6 4,04 1 4 6 Prevenção contra processos judiciais 495 97,6 5,07 3 5 6 Uso relativo (percentual) de diretrizes clínicas por áreas de atenção entre operadoras de planos de saúde que reportaram conduzir a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Assistência pré-natal 91.8 Infecção hospitalar 91.2 87.0 Infarto agudo do miocárdio 85.0 81.9 Insuficiência cardíaca Câncer de colo uterino 81.9 81.1 Câncer de mama Procedimentos invasivos em cardiologia 79.6 Câncer de próstata 74.1 Hipertensão arterial 73.1 72.9 Assistência ao recém-nato de risco Assistência ao parto 72.2 69.7 Acidente vascular encefálico DPOC 65.4 65.2 Diabetes Outros cânceres 56.7 Asma brônquica 51.4 Quedas/fratura de fêmur 46.7 Osteoporose 46.1 44.7 Lombalgias Transtornos mentais 42.9 40.7 Aids Rinossinusite 39.2 36.4 Queimaduras Pneumonias 32.7 31.5 Acupuntura Alergias 26.2 26.1 Enxaqueca Demência 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Uso relativo (percentual) de diretrizes clínicas na forma original por áreas focalizadas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 83.1 A l er gi as ( N =160) 73.9 71.8 A i ds ( N =218) P n e u mo n i a s ( N = 1 8 5 ) 64.7 63.1 63.0 R i nossi nusi t e ( N =207) D e mê n c i a ( N = 1 3 3 ) E nxaqueca ( N =133) 58.6 58.3 56.3 54.0 52.6 C âncer de col o ut er i no ( N =415) C â n c e r d e ma ma ( N = 4 1 5 ) L o mb a l g i a s ( N = 2 3 4 ) Out r os câncer es ( N =331) C âncer de pr óst at a ( N =404) 46.7 46.6 44.7 43.3 42.5 42.3 40.0 39.9 39.5 38.5 38.4 37.5 36.1 36.0 35.1 34.4 33.7 A ssi st ênci a pr é- nat al ( N =465) A s s i s t ê n c i a a o r e c é m- n a t o d e r i s c o ( N = 3 7 1 ) D i abet es ( N =332) I n s u f i c i ê n c i a c a r d ía c a ( N = 4 3 1 ) Q u e d a s / f r a t u r a d e f ê mu r ( N = 2 6 1 ) Q u e i ma d u r a s ( N = 1 9 9 ) A ssi st ênci a ao par t o ( N =370) H i per t ensão ar t er i al ( N =376) A s ma b r ô n q u i c a ( N = 2 8 8 ) A ci dent e vascul ar encef ál i co ( N =366) I n f a r t o a g u d o d o mi o c á r d i o ( N = 4 4 1 ) DP OC (N=354) T r a n s t o r n o s me n t a i s ( N = 2 2 7 ) A cupunt ur a ( N =166) Ost eopor ose ( N =237) P r o c e d i me n t o s i n v a s i v o s e m c a r d i o l o g i a ( N = 4 1 1 ) I nf ecção hospi t al ar ( N =462) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Fontes das diretrizes clínicas utilizadas por áreas focalizadas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Acupuntura (N=166) Queimaduras (N=199) Aids (N=218) Infecção hospitalar (N=462) Quedas/fratura de fêmur (N=261) Osteoporose (N=237) Lombalgias (N=234) Diabetes (N=332) Assistência ao recém-nato de risco (N=371) Assistência ao parto (N=370) Assistência pré-natal (N=465) Outros cânceres (N=331) Câncer de próstata (N=404) Câncer de colo uterino (N=415) Câncer de mama (N=415) Enxaqueca (N=133) Acidente vascular encefálico (N=366) Alergias (N=160) Rinossinusite (N=207) Pneumonias (N=185) DPOC (N=354) Asma brônquica (N=288) Procedimentos invasivos em cardiologia (N=411) Insuficiência cardíaca (N=431) Infarto agudo do miocárdio (N=441) Hipertensão arterial (N=376) Demência (N=133) Transtornos mentais (N=227) 0 Operado ra 10 20 30 Co nsenso de especialistas 40 50 60 So ciedades médicas 70 80 90 M inistério da Saúde 100 Formas de difusão das diretrizes para prestadores em operadoras de planos de saúde que reportaram utilizar diretrizes(N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 50% 48% 45% 40% 44% 43% 35% 34% 30% 25% 20% 15% 14% 10% 7% 5% 5% 0% Justificativa de glosa Seminário Livreto Fluxograma Homepage Outra Não difundem Tipos de difusão das diretrizes para beneficiários em operadoras de planos de saúde que reportaram utilizar diretrizes (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 27% 52% 7% 14% Algumas diretrizes sem regularidade Algumas diretrizes com regularidade Todas diretrizes Não difundem Avaliação formal da adesão de prestadores em operadoras de planos de saúde que reportaram utilizar diretrizes (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 34% 66% Sim Não Formas de avaliação formal da adesão de prestadores em operadoras de planos de saúde que reportaram utilizar diretrizes (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 70% 60% 65.5% 50% 51.2% 40% 30% 20% 14.6% 10% 9.0% 3.5% 0% Acompanhamento de exames, medicamentos ou procedimentos Avaliação de prontuários Aplicação de inquéritos entre prestadores Aplicação de inquéritos entre beneficiários Outras Outros mecanismos de captação da conformidade dos prestadores às diretrizes clínicas em operadoras de planos de saúde que reportaram utilizá-las (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 60% 50% 40% 50.9% 38.5% 30% 20% 10.5% 10% 2.0% 0% Autorização prévia de procedimentos e avaliação de prontuários Autorização prévia de procedimentos Avaliação de prontuários Não utiliza Revisão das diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 50% 47.0% 45% 40% 38.4% 35% 30% 25% 20% 14.6% 15% 10% 5% 0% Sim de forma sistemática e regular Sim de forma eventual Não realiza Monitoramento dos efeitos da utilização de diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 90% 80% 82.3% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 9.6% 0.6% 7.9% Sim, efetividade Sim, custos Não monitora 0% Sim, custos e efetividade Uso de incentivos para prestadores que aderem às diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 5% 95% Sim Não Direcionamento de beneficiários para prestadores que aderem às diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507) Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 49% 51% Sim Não Desenvolvimento de políticas de incentivos à utilização de diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 36% 64% Sim Não Áreas de desenvolvimento de políticas de incentivos à utilização de diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar, Brasil, 2005. 60% 55.2% 55.0% 49.8% 49.6% 45.7% 50% 40.8% 39.4% 40% 30.9% 29.5% 26.8% 30% 21.0% 20% 10% 0% Doença cardíaca Hipertensão arterial CA mama Outras neoplasias Diabetes Doença cardiovascular Doença respiratória Assistência obstétrica Doença mental Assistência RN alto risco Outras Conduta na solicitação de procedimentos que não constam das diretrizes em operadoras de planos de saúde que reportaram a sua utilização (N=507). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 6% 9% 85% Análise médico auditor Autorização prévia Não autorização Operadoras de planos de saúde que reportaram NÃO utilizar diretrizes (N=1065) por segmento de mercado e existência de projeto para a sua utilização. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 81.0% 40% 30% 35.8% 20% 10% 35.6% 31.1% 25.0% 20.0% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Presença de projeto Medicina de grupo Seguradora Ausência de projeto Total Ranking das motivações reportadas para o projeto de condução do uso de diretrizes clínicas entre operadoras de planos que não desempenham este papel (N=379). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. Média Mínimo Mediana Máxim o 99,2 2,26 1 2 5 376 99,2 2,30 1 3 5 Aumento da previsibilidade dos custos da operadora 376 99,2 3,15 1 3 5 Redução de custos 285 75,2 3,26 1 4 6 Redução da elevada variabilidade na assistência 371 98,0 3,63 2 4 6 Prevenção contra processos judiciais 278 73,5 5,91 5 6 6 MOTIVAÇÃO N % Aumento da eficiência - custoefetividade - na alocação de recursos 376 Melhoria da qualidade da assistência Uso de práticas de gestão da clínica em operadoras de planos de saúde (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005 100% 90% 32.4% 32.0% 34.7% 80% 70% 75.4% 75.6% 60% 31.6% 50% 34.9% 33.7% 40% 30% 20% 36.0% 33.2% 31.7% 13.9% 18.5% 10% 10.5% 6.2% 0% Gestão de patologia Gestão do caso Variação da prática médica Sim de forma sistemática Acompanhamento ambulatorial pós hospitalização por doença mental Sim de forma eventual Uso de reperfusão coronariana no IAM Não Uso de práticas de gestão da clínica em operadoras de planos de saúde (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 1.4% 0.2% 58.0% 61.4% 16.3% 12.5% 24.3% 25.9% 100% 90% 44.8% 80% 54.9% 70% 60% 50% 29.3% 40% 17.9% 30% 20% 27.3% 25.9% 10% 0% Controle diagnóstico CA mama Controle tto CA mama Sim de forma sistemática Controle screening CA colo uterino Sim de forma eventual Não Controle screening CA próstata Ignorado Monitoramento de indicadores de processo/resultados dos prestadores de serviços em operadoras de planos de saúde (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 35.9% 64.1% Sim Não Monitoramento de indicadores de processo/resultados dos prestadores de serviços em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 88.7% 40% 30% 55.6% 66.2% 60.9% 64.1% 20% 10% 7.7% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Sim Medicina de grupo Não Seguradora Total Uso de indicadores assistenciais em operadoras de planos de saúde por tipo de indicador (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 60% 51.2% 50% 47.4% 40% 36.0% 33.9% 27.2% 30.3% 30% 24.2% 23.5% 22.0% 20% 21.3% 20.9% 15.9% 10% 0% TMP Tx exs/consulta amb Tx inf hosp Tx ocup leitos Tx repetição exs Tx cesárea T medio solict ex e result Tx mortalidade neonatal Tx mortalidade geral Tx intercorrência intern T medio marc e realiz cons Tx mortalidade materna Existência de sistema de informações na área assistencial em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 80% 70% 60% 98.2% 50% 86.3% 40% 95.2% 81.9% 80.9% 30% 53.9% 20% 10% 0% Total Autogestão Cooperativa médica Sim Filantrópica Não Medicina de grupo Ignorado Seguradora Tipos de sistema de informações na área assistencial em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 86% 82% 80% 70% 76% 65% 60% 58% 54% 50% 44% 40% 35% 30% 27% 26% 22% 20% 23% 23% 23% 18% 15% 12% 12% 15% 10% 33% 17% 13% 7%7% 0% 0% Total Autogestão 1% Cooperativa médica 1% 11% 6% 2% Filantrópica 7%7%7% 0%0% Medicina de grupo Cadastro de clientela Cartão saúde Registros clínico-epidemiológicos Sistema integrado de informações integrando prestadores de serviços Prontuário eletrônico Outro Seguradora 0% Realização de pesquisas de satisfação dos beneficiários em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 0.8% 100% 17.7% 15.2% 15.0% 15.5% 90% 80% 46.2% 70% 60% 34.5% 36.3% 51.5% 43.0% 91.1% 50% 40% 46.2% 30% 50.0% 48.5% 20% 42.0% 30.8% 10% 8.1% 7.7% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Sim de forma sistemática Medicina de grupo Sim de forma eventual Seguradora Não Total Existência de ouvidoria em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572) Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 90% 87.1% 80% 75.0% 62.1% 70% 62.2% 60% 53.9% 50% 40% 38.2% 30% 20% 10% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Medicina de grupo Seguradora Total Implementação de inovações a partir das queixas à ouvidoria em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=977) Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 97% 100% 100% 100% 100% 91% 90% 80% 70% 60% 57% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Medicina de grupo Seguradora Total Ranking das queixas registradas por Ouvidoria em operadoras de planos de saúde (N=977) Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil , 2005 QUEIXAS N % Média Mínimo Tempo de espera para consultas 672 Restrições a prestadores de serviços Mediana Máximo 68,8 2,05 1 1 7 540 55,3 2,89 1 3 9 Insatisfação com o atendimento do prestador de serviços – médico, hospital, laboratório 617 63,2 2,93 1 3 6 Restrições à realização de procedimentos 641 65,6 3,14 1 2 11 Tempo de espera para realização de exames 436 44,6 3,48 1 4 11 Tempo de espera para internação eletiva 254 26,0 4,76 1 3 9 Não resolução do problema de saúde que motivou o atendimento 466 47,7 5,16 2 5 9 Insatisfação com o atendimento da operadora 357 36,6 5,16 1 6 10 Preços praticados 527 53,9 5,45 1 5 10 Paralisação no atendimento médico 183 18,7 7,93 1 9 11 Demora no reembolso 137 14,0 9,0 1 10 10 Campanhas de promoção/prevenção em operadoras de planos de saúde por segmento do mercado (N=1572). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 90% 80% 73.2% 82.3% 77.8% 70% 71.0% 70.7% 60% 53.9% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Autogestão Cooperativa médica Filantrópica Medicina de grupo Seguradora Total Campanhas de promoção/prevenção em operadoras de planos de saúde que declararam realizá-las (N=1151). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 97.0% 93.3% 90% 80% 74.9% 70% 70.7% 61.8% 63.5% 60% 60.8% 50% 45.8% 40% 38.2% 36.2% 29.9% 30% 20% 10% 0% HA Diabetes CA mama Obesidade CA próstata CA colo uterino Tabagismo Alcoolismo DST Uso drogas Geriatria Outra 31.7% Motivações para as campanhas de promoção/prevenção em operadoras de planos de saúde que declararam realizá-las, segundo segmentos do mercado (N=1151). Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. 100% 90% 100% 100% 96% 93% 91% 85% 80% 70% 60% 57% 50% 52% 51% 40% 30% 24% 20% 20% 20% 26% 19% 18% 14% 10% 8% 9% 7% 4% 0% 0% 0% Total Autogestão InIciativa própria Cooperativa médica Incentivo órgão regulador Filantrópica Medicina de grupo Demanda de clientes 0% Seguradora Outra razão 0% Conclusões • Implementação baixa e incipiente de diretrizes clínicas, com variação regional e por segmentos do mercado de Saúde Suplementar, bem como em relação ao porte das operadoras; • Uso incipiente de outros instrumentos de gestão da assistência, incluindo o monitoramento de indicadores de processo e resultado. Outras considerações • • • • Problemas do cadastro de operadoras Viés de resposta, com diferenciação entre segmentos Problemas relativos ao tipo de coleta de dados adotado Contribuições obtidas Dificuldades identificadas pelas operadoras de planos de saúde (N=1572) para a implementação de diretrizes clínicas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. • • • • • • Resistência por parte dos prestadores (médicos e hospitais) Inadequação da estrutura interna das operadoras e características constitutivas da operadora Inadequação das estratégias e práticas utilizadas pelos órgãos reguladores e de classe para estimular e assegurar o uso de diretrizes – identificação inadequada dos agravos e condições para os quais diretrizes devem ser construídas – mecanismos e formatos inadequados de construção e divulgação de diretrizes – insuficiência e fragilidade das iniciativas – desarticulação entre os órgãos reguladores inclusive com o poder judiciário Baixa adesão dos beneficiários Não valorização na formação médica do uso das diretrizes clinicas Natureza do problema e do trabalho em saúde Estratégias identificadas pelas operadoras de planos de saúde (N=1572) para a implementação de diretrizes clínicas. Estudo sobre a utilização de diretrizes clínicas na Saúde Suplementar. Brasil, 2005. • Ações que visem maior adesão, comprometimento e conscientização especialmente de prestadores mas também de usuários, com destaque para a divulgação da importância do uso de diretrizes clínicas, junto aos prestadores, para melhoria da qualidade e racionalização dos custos e na busca de consenso entre os diferentes atores envolvidos no processo. • Maior estruturação interna das operadoras para que efetivamente possam utilizar e monitorar o uso de diretrizes junto aos prestadores. • Definição e instituição de políticas e normas mais claras, objetivas e incisivas pelos órgãos reguladores e formuladores de política na esfera estatal. • Re-adequação da formação médica enfatizando o enfoque dos custos e da variabilidade da prática médica. Governança Clínica/Gestão da Clínica Novo marco para a melhoria da qualidade da assistência à saúde, que busca relacionar as abordagens profissionais da avaliação da qualidade e auditoria médica com abordagens gerenciais prévias de garantia e melhoria da qualidade. Qualidade Fazer as coisas certas, para as pessoas certas, no tempo certo, e fazer tudo certo a primeira vez. (Esta definição incorpora a velha definição de qualidade focalizada no processo da atenção e nos conceitos de adequação e efetividade clínica, mas também aponta para uma visão mais abrangente de melhoria de qualidade, sendo, assim como a governança corporativa, um conceito de abrangência organizacional). Gestão da Clínica Mudança cultural no sistema como um todo que provê os meios para o desenvolvimento da capacidade organizacional de prestar cuidados de saúde sustentáveis, com accountability, focado no paciente e garantia de qualidade. Contruindo a Gestão da Clínica Estratégias ajustadas aos objetivos organizacionais Mecanismos de melhoria de qualidade integrados Boa liderança em todos os níveis e cultura aberta ao aprendizado Sistemas de gestão e processos clínicos fortes Infraestrutura bem desenvolvida Para apoio à pratica Pessoal bem treinado, combinação certa de competências, ambiente seguro Desafios no estabelecimento da Gestão da Clínica • Força de trabalho qualificada e em contínuo desenvolvimento • Cultura aberta e participativa, onde idéias e boas práticas sejam compartilhadas, e educação e pesquisa valorizados • Coerência entre estratégia e objetivos individuais, da equipe e da organização • Detecção precoce e investigação dos problemas com padrões de cuidados, correção dos erros e melhoria sustentada • Inclusão e capacitação do paciente para participação no processo de decisão clínica • Apoio adequado à prática clínica, especialmente com tecnologias de informação e treinamento Desafios no estabelecimento da Gestão da Clínica (cont.) • Accountability acerca da qualidade da atenção • Parcerias com organizações com potencial de melhorar a qualidade da atenção prestada Componentes Culturais a serem Focalizados • Consciência sistêmica • Trabalho em equipe • Comunicação – Mecanismos que capacitem a transmissão de informação acurada, acessível e em tempo adequado; a informação precisa refletir parâmetros apropriados à realidade; deve ser apresentada em formato simples, e deve ser provida para as pessoas e equipes que necessitarão dela em tempo hábil. • Propriedade/pertencimento • Liderança O que se Espera com na Gestão da Clínica • • • • • • • Liderança efetiva Planejamento para a qualidade Foco no paciente Informação, análise Pessoas comuns fazendo coisas extraordinárias Bom desenho do serviço Demonstração do sucesso Programa de Governança Clínica do NIH Modelo RAID (review, agree, implement, demonstrate) Revisar/ analisar Concordar Documentar. demonstrar, generalizar achados Implementar Alguns Pontos-chave • Gestão da clínica envolve gestão do risco, auditoria clínica, gestão de pessoal, efetividade clínica, envolvimento do paciente e do público, uso de informação, educação continuada e treinamento. • Manter um bom padrão de prática médica envolve aprendizado contínuo, medicina baseada em evidência, uso de diretrizes clínicas, auditoria, parcerias com pacientes, trabalho em equipe, ensino e treinamento. • A gestão da clínica é uma abordagem integrada que busca garantir a melhoria contínua da qualidade de serviços de saúde, requerendo análise organizacional no sentido de entender a complexidade dos métodos de sucesso Alguns Pontos-chave (cont.) • Um fator chave para o sucesso da gestão da clínica é a parceria entre grupos clínicos multidisciplinares e gestores de serviços. • Os princípios da assistência baseada em evidência devem ser completamente incorporados. • Provisão de informação somente não muda o comportamento do clínico, sendo necessárias estratégias múltiplas para a mudança da prática clínica.