Tratamento da hipertensão arterial
FACILITADORES E DIFICULTADORES
DA ADESÃO AO TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
FACTORS THAT FACILITATE AND FACTORS THAT
HAMPER THE ADHESION TO HYPERTENSION
TREATMENT
Adelaine Baptisti Faé*
Elizabete Regina A. de Oliveira**
Lorena Teixeira Silva***
Nágela Valadão Cadê****
Vanessa A. Mezadri*****
RESUMO: A adesão ao tratamento de doenças crônicas tem sido um desafio para os profissionais de
saúde, e este estudo objetivou identificar os facilitadores e os dificultadores para o tratamento da hipertensão arterial. Trata-se de pesquisa descritiva, tipo estudo de caso, que utilizou a entrevista semiestruturada. Foram entrevistados seis servidores hipertensos cadastrados em Programa de Saúde
Ocupacional de um hospital de Vitória – ES, em 2003. São resultados: dos seis participantes do estudo,
quatro não eram aderentes ao tratamento; os clientes aderentes, comparados aos não aderentes, apresentaram mais conhecimento sobre a dieta, ganhos em saúde com a atividade física, expectativa de lazer,
menos conflito familiar, enfrentamento das dificuldades mais adequado e melhor interação social. Concluiu-se que a adesão ao tratamento é um processo complexo, relacionado com fatores comportamentais
como percepção e formas de enfrentamento das adversidades, e com fatores externos como problemáticas de vida e rede de apoio.
Palavras-Chave: Adesão; consulta de enfermagem; hipertensão arterial; tratamento.
ABSTRACT
ABSTRACT:: The adhesion to the treatment of chronic diseases uses to be a challenge for health
professionals. The purpose of this study was to identify the factors that facilitate and the factors that
hamper the adhesion to the treatment of arterial hypertension. It is a descriptive research, which
accomplished semi-structured interviews of six workers suffering of hypertension, registered in the
occupational health program of a hospital in Vitória-ES, in 2003. Data analysis showed that: four of the six
participants were not adherent to the treatment; the adherent group presented a greater knowledge about
the diet, more health benefits from physical activity, more leisure expectation, less familiar conflicts, more
adequate dealing with difficulties and better social interaction, when compared to the non adherent
group. It was concluded that the adhesion to the treatment is a complex process, related to internal
aspects of the individual, like perception and ways of dealing with difficulties, as well as to external
aspects, like life problems and net of support.
Keywords: Adhesion; nursing consultation; arterial hypertension; treatment.
INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios do tratamento da
hipertensão arterial tem sido o controle da pressão e a adesão ao tratamento, constituindo a educação em saúde um aspecto importante no tratamento, pois favorece a mudança de comportamentos em prol da melhor qualidade de vida.
Para que o controle e a adesão ocorram, torna-se importante que os profissionais de saúde participem dos processos de construção do conhecip.32 •
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jan/mar; 14(1):32-6.
mento, no sentido de assimilarem e utilizarem inovações, tanto tecnológicas, como humanísticas, de
modo equilibrado, para que se possa dar condições ao indivíduo, nesse caso o portador de hipertensão arterial essencial, de desenvolver o
autocuidado de forma mais satisfatória ao seu contexto de vida1.
Desse modo, as orientações aos clientes são
dirigidas para as mudanças de hábitos, atitudes
Faé AB, Oliveira ERA, Silva LT, Cadê NV, Mezadri VA
e comportamentos, que por vezes funcionam como
determinantes importantes do binômio saúdedoença, e não devem estar separados do contexto psicossocial e histórico do indivíduo.
Autores2,3 concluíram que a participação do
enfermeiro na assistência do paciente hipertenso
tem contribuído para melhorar a adesão ao tratamento e o controle da pressão.
Tem sido um grande desafio para os enfermeiros reduzir os índices de abandono ou a baixa
adesão ao tratamento da hipertensão. Nesse sentido, este estudo pretendeu conhecer aspectos
que permeiam a vida dos hipertensos, que podem
funcionar como facilitadores ou dificultadores do
tratamento.
Os objetivos se constituíram em: caracterizar
os indivíduos aderentes e os não aderentes ao tratamento da hipertensão arterial, identificando os
facilitadores e os dificultadores do autocuidado;
analisar os comportamentos que influenciam o tratamento.
METODOLOGIA
T
rata-se de um estudo exploratório, descritivo, tipo estudo de caso. Foi desenvolvido por acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem,
da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES),
no ano de 2003, com funcionários do Hospital
Universitário Cassiano Antônio de Morais, em Vitória – ES. Esses funcionários tinham diagnóstico
médico de hipertensão arterial, cadastrados no
Programa de Saúde Ocupacional (PSO) da Instituição e eram atendidos pelas acadêmicas de enfermagem que desenvolviam atividade de educação para o autocuidado com hipertensos.
Foram observados os princípios éticos da pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução
196/96, do Conselho Nacional de Saúde, tendo
sido o projeto da pesquisa autorizada pela comissão de ética da referida Instituição.
O critério de inclusão do cliente, neste estudo, compreendeu: estar de acordo com a pesquisa,
mediante assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, e ter realizado consulta com
as acadêmicas de enfermagem pelo menos por duas
vezes, nos últimos seis meses de atendimento.
Utilizou-se um roteiro semi-estruturado de
entrevista, com 67 perguntas, apresentando questões abertas e fechadas. Houve questões compreendendo a condição sociocultural, a rede de su-
porte social, os comportamentos relacionados com
alimentação, atividade física, lazer, manutenção
da saúde e identificação de problemas e atitudes
referentes à saúde. Perguntou-se ainda sobre percepção, expectativa e conhecimento sobre a doença, o tratamento e questões associadas à
interação e ao desenvolvimento humano.
Havia 72 servidores hipertensos cadastrados
no PSO e seis deles participaram do estudo. A
seleção foi aleatória, tendo sido observada a ficha-cadastro e o critério de inclusão dos sujeitos
na pesquisa.
Formaram-se duas categorias de servidores
– os aderentes e os não aderentes ao tratamento.
Considerou-se como cliente aderente o que observasse o seguinte critério: estar fazendo uso regular da medicação anti-hipertensiva nos últimos
30 dias, conforme prescrição médica; seguindo
dieta hipossódica continuamente; e realizar atividade física regular. Dos seis servidores entrevistados, dois eram aderentes e quatro não aderentes ao tratamento da hipertensão arterial.
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
Quanto à caracterização dos seis parti-
cipantes do estudo, eram mulheres, com idade
variando de 31 a 69 anos. Eram casadas, quatro
não concluíram o ensino fundamental e tinham
ocupação manual especializada (costureira, técnica de enfermagem e recepcionista).
Apresentavam tempo de tratamento para
hipertensão arterial entre 2 a 21 anos e apenas
uma delas estava com pressão controlada. As demais foram classificadas como hipertensas leves,
de acordo com o Comitê Americano para Tratamento da Hipertensão Arterial4.
Na apresentação dos resultados, as respostas
foram agrupadas segundo as condições das clientes – de adesão e de não adesão ao tratamento.
Em relação à alimentação, as clientes aderentes ao tratamento manifestaram conhecimento
sobre a importância da dieta hipossódica e sua contribuição para a diminuição da pressão arterial.
Também afirmaram estar fazendo uma dieta especial. Por outro lado, os sujeitos não aderentes desconheciam o motivo da dieta prescrita e não
explicitaram o fato de fazerem dieta. Ressalta-se
que a orientação sobre a dieta alimentar é
enfatizada pelos enfermeiros na consulta de enfermagem e em programas de educação em saúde1-3,5,6.
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jan/mar; 14(1):32-6.
• p.33
Tratamento da hipertensão arterial
Há autores5,6 que apresentam diferentes opiniões sobre a relação do conhecimento sobre determinada prática com a adesão ao tratamento para
a hipertensão. Para Jardim5, o comprometimento
com o tratamento apresenta uma relação direta com
o conhecimento da hipertensão e seus fatores de
risco, enquanto Nobre, Pierin e Mion6 consideram
que o conhecimento da doença, apesar de contribuir, não é um fator direto da adesão.
Quanto à atividade física, as clientes aderentes ao tratamento praticavam exercícios regularmente, referindo como vantagem o bem-estar
físico e mental, diminuição de peso e melhor controle da pressão arterial. Os não aderentes justificaram seu sedentarismo informando que sentiam
tonteira durante a prática de exercícios físicos e
falta de tempo para essa atividade. Essas respostas evidenciam que os aderentes vislumbraram
ganhos salutares com a prática de exercícios, enquanto os não aderentes relataram perda de benefícios e mal-estar.
Segundo a abordagem comportamental, a
repetição e a manutenção de um comportamento
podem estar associadas às conseqüências positivas desse comportamento sobre o indivíduo, conseqüências essas consideradas como ganhos para
a pessoa. Nesse sentido, os benefícios advindos
de um comportamento funcionam como um reforço direto para sua manutenção7.
No que diz respeito à interação social, os
sujeitos aderentes referiram bom relacionamento com a família, colegas de trabalho e vizinhos,
enquanto os não aderentes explicitaram dificuldade nessa convivência, conflito, problemas com
familiares e círculo limitado de amigos. Com essas respostas, pode-se pensar que os não aderentes, no que tange à interação humana, estão
inseridos em ambiente mais conflitante e tenso,
e esse, por sua vez, pode dificultar a adesão ao
tratamento, à medida que desvia a atenção do
indivíduo das práticas necessárias à sua condição clínica.
Sobre a recreação, os sujeitos aderentes ao
tratamento reconheciam como lazer as atividades fora de casa, como o exercício físico e os passeios realizados. Eles explicitaram o desejo de
buscar outras alternativas de lazer. Já os não aderentes classificaram como lazer as atividades do
dia-a-dia, como assistir à televisão, ficar em casa
com a família ou estudar, demonstrando dificuldade em dissociar as atividades do cotidiano das
recreativas e de vislumbrar situações de lazer.
p.34 •
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jan/mar; 14(1):32-6.
Em relação às respostas relativas à existência de problemas, as duas categorias – os aderentes e os não aderentes – referiram haver conflito
com os familiares, porém, quando foram questionados sobre as estratégias de enfrentamento dessas dificuldades, os sujeitos aderentes apresentavam comportamento mais adaptativo, ou seja, procuravam ajuda, enquanto os não aderentes preferiam fugir da situação, guardando os problemas
para si. As respostas mostraram que os aderentes
procuravam apoio na família e nos amigos como
forma de enfrentamento dos conflitos e, dessa forma, obtinham maior adaptação aos problemas do
cotidiano.
Em relação ao suporte social, os aderentes
ao tratamento procuravam colegas de igreja ou o
marido para ajudar na resolução dos problemas,
enquanto os não aderentes relataram não pertencer a nenhum grupo social e três deles não procuravam ninguém no caso de dificuldades.
O suporte social tem significativa importância na manutenção do bem-estar, pois proporciona sustentação emocional, que favorece a saúde
por estabelecer um relacionamento interpessoal
baseado em confiança, solidariedade e valorização, proporcionando, assim, melhor adaptação às
condições de estresse8. Ainda, a presença de redes de suporte social encoraja e facilita a participação ativa dos sujeitos nas atividades necessárias para o controle da hipertensão9.
No quesito referente à manutenção da saúde, os clientes aderentes ao tratamento procuravam serviço médico quando se sentiam mal. Com
os sujeitos não aderentes, constatou-se que, apesar de um deles referir procurar ajuda médica,
todos faziam uso de práticas alternativas, como
tomar chás, e também se automedicavam.
Os clientes aderentes ao tratamento realizavam a manutenção da saúde, procurando o serviço de saúde e explicitaram preocupação em
dar continuidade ao tratamento e em seguir as
orientações dos profissionais. Quanto aos sujeitos não aderentes, observou-se uma ambigüidade na busca da manutenção da saúde, visto que,
ao mesmo tempo em que procuraram orientação
dos serviços de saúde, eles recorriam ao uso de
chás e usavam automedicação, que muitas vezes contraria ou se sobrepõe às orientações dos
profissionais de saúde.
No que diz respeito ao uso de chás, constitui
uma prática popular respaldada no senso comum
que se mantém paralela às orientações médicas,
Faé AB, Oliveira ERA, Silva LT, Cadê NV, Mezadri VA
evidenciando que, aqueles que se utilizam delas,
também associam a doença e os cuidados com a
saúde a valores culturais e sociais, além do o
somático10.
Os clientes aderentes ao tratamento reconheciam sinais e sintomas que caracterizam a
pressão arterial elevada (dor na nuca e aumento de freqüência cardíaca). Em contrapartida,
os não aderentes alegavam desconhecimento dos
sintomas ou explicitaram sintomas inespecíficos
da hipertensão, como moleza e sudorese. A falta
do reconhecimento de sinais e sintomas que evidenciam aumento da pressão pode ser devido à
ausência de informação ou, ainda, porque a hipertensão arterial é, por vezes, uma doença
assintomática.
Em relação às mudanças ocorridas com a
medicação anti-hipertensiva, as clientes aderentes ao tratamento relataram não ter havido mudanças ou melhora em sua condição de saúde,
enquanto as não aderentes perceberam modificações com o uso da medicação. Duas delas falaram em mudanças positivas e outras duas citaram
aspectos negativos com o uso da medicação, como
os efeitos colaterais apresentados, principalmente a tonteira.
É possível inferir que a sensação de melhora
inicial, a partir da redução dos sintomas clínicos
com o uso da medicação anti-hipertensiva referida pelos sujeitos não aderentes deste estudo, possa ter uma conseqüência negativa, se servir de
estímulo para interromper o tratamento
medicamentoso. Pois, sentindo-se bem e com a
melhoria dos sintomas, os hipertensos podem acreditar estar curados e interromper a medicação.
Estudos 11-13 mostram que 30 a 50% dos
hipertensos, em tratamento, interrompem a terapia no primeiro ano, principalmente quando são
assintomáticos, do sexo masculino, analfabetos e
com idade menor que 40 anos. Estima-se que
depois de cinco anos de controle, 75% dos
hipertensos abandonam o tratamento.
A piora de alguns sujeitos deste estudo, com
o uso da medicação, pode estar relacionada com
os efeitos colaterais, que também podem estimular a suspensão dos medicamentos14-18. Há autores6,14 que defendem a prescrição de medicamentos com menos efeitos colaterais, de baixo custo e
comodidade posológica, para favorecer a continuidade do tratamento medicamentoso pelos
hipertensos, isto é, a sua adesão.
Em pesquisa15 realizada com hipertensos em
tratamento medicamentoso e ambulatorial, encontrou-se mais de 70% dos sujeitos com alguma intercorrência negativa, fato observado por
outros13,16-18.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se que os clientes aderentes ao
tratamento da hipertensão arterial, comparados
aos não aderentes, apresentaram mais conhecimento sobre a dieta, ganho com a prática de exercícios físicos, enfrentamento mais adaptativo de
problemas, interação social e familiar mais
satisfatória, manutenção adequada da saúde,
melhor percepção da pressão arterial elevada,
expectativa favorável ao lazer e ausência de efeitos colaterais com a medicação anti-hipertensiva.
Vale ressaltar que os sujeitos aderentes ao
tratamento apresentaram pressão arterial nos
mesmos patamares dos sujeitos não aderentes,
evidenciando que o controle da pressão arterial
não passa somente pelos fatores destacados neste
estudo.
Concluiu-se que a adesão ao tratamento é
um processo complexo que envolve não somente o
esforço do profissional, mas principalmente o
engajamento do cliente, considerado em seu contexto, conforme as contingências que permeiam sua
vida, a forma de apreender a doença, o tratamento e o cotidiano, sua rede de apoio social e os modelos de saúde e de enfrentamento das adversidades por ele construídos ao longo da existência.
REFERÊNCIAS
1. Freitas MC. Condições crônicas de saúde e o cuidado de
enfermagem. Rev Lat- am Enfermagem 1999; 5: 127-35.
2. Giorgi DMA. Estudo sobre algumas variáveis que influenciam a aderência ao tratamento em hipertensão [tese
de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo;1989.
3. Pierin AMG. A pessoa com hipertensão arterial em tratamento no ambulatório: estudo sobre problemas, dificuldades e modificações decorrentes da doença e tratamento. Rev Esc Enf USP 1988; 22: 274-83.
4. JOINT VI. The sixth report of the Joint National
Committee on prevention and treatment of high blood
pressure. Arc Int Med 1997; 157:2413-46.
5. Jardim PCBV. Educação em saúde e controle da pressão
arterial [tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de
São Paulo; 1998.
6. Nobre F, Pierin A M G, Mion Jr D. Adesão ao tratamento: o grande desafio da hipertensão. São Paulo: Lemos
Editorial; 2001.
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jan/mar; 14(1):32-6.
• p.35
Tratamento da hipertensão arterial
7. Cunha ACB. Análise experimental do comportamento.
In: Rangé B, organizador. Psicoterapia comportamental e
cognitiva. Campinas (SP): Editorial PSY; 1998. p.15-25.
8. Vieira VA. Estratégias de enfrentamento e diferença de gênero: um estudo com idosos participantes de grupos de orientação e controle da hipertensão arterial [dissertação de mestrado].
Vitória (ES): Universidade Federal do Espírito Santo; 1997.
9. National high blood pressure education program working
group report on primary prevention of hypertension. Arch
Intern Med 1993; 153: 186-208.10. Boltanski L. As classes
sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal; 1989.
11. Andreoli KG. Self concept and health beliefs in
compliant and noncompliant hypertensive patients. Nurs
Res 1981; 30: 323 – 28.
12. Foster SB, Kousch D. Adherence to therapy in hypertensive
patients. Nurs Clin North Am 1981; 16: 331–41.
13. Giorgi DMA. Aderência ao tratamento em hipertensão arterial: influência de variáveis estruturais e de estraté-
FACILITADORES
ARTERIAL
Y
DIFICULTADORES
DE LA
gias que visem sua melhora. Rev Bras Med (cardiologia)
1985; 4: 167-76.
14. Ministério da Saúde (Br). Secretaria de Assistência à
Saúde. Controle da hipertensão arterial: uma proposta de
integração ensino serviço. Rio de Janeiro: CDCV/NUTES;
2003.
15. Pierin AMG. A pessoa com hipertensão arterial em
tratamento no ambulatório: estudo sobre os problemas, dificuldades e expectativas quanto à doença e tratamento
[dissertação de mestrado]. São Paulo: Universidade de
São Paulo; 1985.
16. Taylor SE. Health psychology. New York: Random
House; 1986.
17. Siviero IMPS, Scatena MCM, Costa Jr ML. Fatores de
risco numa população de infartados. R Enferm UERJ 2005;
13: 319-24.
18. Weber MA. Hipertensão. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2003.
ADHESIÓN
AL
TRATAMIENTO
DE LA
HIPERTENSIÓN
RESUMEN: La adhesión al tratamiento de enfermedades crónicas tiene sido un desafío para los
profesionales de salud, y esto estudio objetivó identificar los facilitadores y los dificultadores para el
tratamiento de la hipertensión arterial. Es una pesquisa descriptiva, tipo estudio de caso, que utilizó la
entrevista semiestructurada. Fueron entrevistados seis funcionarios hipertensos sometidos al catastro en
el Programa de Salud del Trabajo de un hospital de Vitoria – ES-Brasil, en 2003. Son resultados: de los seis
participantes del estudio, cuatro no eran adherentes al tratamiento; los clientes adherentes, comparados
a los no adherentes, presentaron más conocimiento sobre la dieta, provechos en salud con la actividad
física, expectativa de ocio, menos conflicto familiar, enfrentamiento de las dificultades más adecuado y
mejor interacción social. Se concluyó que la adhesión al tratamiento es un proceso complejo, relacionado con factores de comportamiento tales como percepción y formas de enfrentamiento de las adversidades y con factores externos como problemáticas de vida y red de apoyo.
Palabras Clave: Adhesión; consulta de enfermería; hipertensión arterial; tratamiento.
Recebido em: 30.05.2005
Aprovado em: 24.01.2006
Notas
*
Doutora em Enfermagem; docente do Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde Coletiva e do Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail: [email protected]
**
Doutora em Enfermagem; docente do Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde Coletiva e do Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail: [email protected]
***
Especialista em Administração de Serviços de Saúde; enfermeira da Secretaria de Saúde de Rio Bananal, Espírito Santo, Programa
Saúde da Família. E-mail: [email protected]
****
Enfermeira assistencial da unidade coronariana do Hospital Metropolitano. E-mail: [email protected]
*****
Especialista em Administração de Serviços de Saúde, enfermeira assistencial do Hospital Metropolitano e do Centro Integrado de
Atenção à Saúde (Unimed), Vitória, Espírito Santo. E-mail: [email protected]
p.36 •
R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jan/mar; 14(1):32-6.
Download

Facilitadores e Dificultadores da Adesão ao Tratamento da