ALTERAÇÕES ÀS REGRAS OFICIAIS
DE BASQUETEBOL - 2010
CONSELHO DE ARBITRAGEM DA FPB – SETEMBRO 2010
INTRODUÇÃO
Desde a sua criação em 1891, o Basquetebol tem-se
revelado como a modalidade com mais alterações às
regras, sinal de permanente desenvolvimento e tendo
a excelência como objectivo.
As alterações resultam de vários factores, tais como
tornar o jogo mais dinâmico e espectacular, simplificar
o trabalho dos árbitros, treinadores e jogadores sem
consequências negativas para o jogo, eliminar alguns
aspectos que, por deficiente aproveitamento, possam
pôr em causa a intenção das regras e o espírito do
jogo, acrescentar de quando em quando alterações
“revolucionárias” que estimulem a atracção pelo jogo
e facilitar a compreensão e a estrutura das regras.
ART 2. – CAMPO
ÁREA RESTRITIVA – A forma e as dimensões da
área restritiva há muitos anos usadas na NBA são
agora adoptadas pela FIBA, aproximando as duas
“versões” da modalidade.
Passa a ser um rectângulo de 4,90/5,80 m e não
um trapézio.
Em Portugal esta alteração não é obrigatória em
todas as competições de 2010/2011, mas assim
será em 2011/2012.
Fig. 1 ÁREA RESTRITIVA / ÁREA DE LANCE LIVRE
LINHA DE 3 PONTOS – Foi decidido afastar a linha
de 3 pontos do cesto em 50 cm, passando de 6,25
a 6,75 m. Na NBA esta distância é de 7,20 m.
Em Portugal esta alteração não é obrigatória em
todas as competições de 2010/2011, mas assim
será em 2011/2012.
COMENTÁRIO:
O suporte e a justificação técnica desta alteração
baseiam-se em alguns factores, tais como:

As estatísticas provam que nos últimos anos as diferenças
entre as percentagens dos lançamentos de 2 e de 3 pontos
foram diminuindo, o que significava alguma vulgarização do
lançamento de 3 pontos, deixando o mesmo de ser uma
situação verdadeiramente entusiástica do jogo.

Ao aumentar a distância da linha de 3 pontos em 50 cm, o
balanço do próprio jogo entre a área longe do cesto e a área
próxima do mesmo será restabelecido. O jogo será em parte
afastado do centro do campo, o que criará mais zonas livres
sob os cestos, aumentando a possibilidade de combinações
de ataque mais atractivas.
FIG. 2 LINHA DE 3 PONTOS
FIG. 3 CAMPO DE JOGO
ART 4. – EQUIPAS
NOVOS TEXTOS:





Mangas de compressão da mesma cor dominante das
camisolas.
Meias de compressão da mesma cor dominante dos
calções.
Se destinadas à parte superior da perna, devem terminar
acima do joelho.
Se destinadas à parte inferior da perna, devem terminar
abaixo do joelho.
Protectores bocais transparentes e incolores.
Adesivo incolor e transparente nos braços, ombros,
pernas, etc.
Meias da mesma cor dominante para todos os jogadores
da mesma equipa.
JUSTIFICAÇÃO: Preocupação com a imagem da modalidade.
ART 8. – TEMPO DE JOGO, RESULTADO EMPATADO E
PERÍODOS SUPLEMENTARES
ART 9. – INÍCIO OU FIM DE PERÍODO OU DE JOGO
ART 10. – ESTATUTO DA BOLA
NOVOS TEXTOS:
 Um intervalo de jogo termina:
No início do 1º período, quando a bola sai da(s) mão(s) do árbitro
na bola ao ar.
No início de qualquer outro período, quando a bola fica à
disposição do jogador que efectua a reposição da bola em jogo.
 O 1º período começa quando a bola sai da(s) mão(s) do árbitro na
bola ao ar.
 Todos os outros períodos começam quando a bola fica à disposição
do jogador que efectua a reposição da bola em jogo.
 Durante a bola ao ar inicial, a bola fica viva quando sai da(s)
mão(s) do árbitro, que efectua o lançamento.
COMENTÁRIO:
Com estas novas definições esclarecem-se muitas interpretações
relacionadas com faltas ou violações cometidas no início de
períodos de jogo.
EXEMPLOS:
1. Após o lançamento de bola ao ar inicial, efectuado
pelo árbitro, o saltador A4 sofre contacto de B4,
com a bola ainda no seu percurso ascendente,
sendo assinalada falta.
Interpretação:
A falta é penalizada de acordo com o seu carácter
(normal, antidesportiva, etc.), da mesma forma
como se tivesse ocorrido durante o tempo de jogo,
pois o 1º período começa com o lançamento de
bola ao ar efectuado pelo árbitro.
EXEMPLOS:
2. Um período de jogo – não o 1º - começa com
reposição de bola por A4, pelo ponto médio da
linha lateral oposta à mesa dos oficiais. Antes de
A4 passar a bola a A5 dentro de campo ou no
mesmo momento, é assinalada falta de B4.
Interpretação:
A falta de B4 é penalizada de acordo com o seu
carácter, da mesma forma como se tivesse
ocorrido durante o tempo de jogo, pois esse
período começa no momento em que a bola fica
à disposição de A4 para a poder repor em jogo.
ART 12. – BOLA AO AR E POSSE ALTERNADA
NOVO TEXTO:

A equipa que não ganha a posse de uma bola viva dentro
de campo após a bola ao ar inicial, terá direiro à primeira
posse de bola alternada.
EXEMPLO:
O árbitro lança a bola ao ar de início de jogo.
Imediatamente após a bola ter sido legalmente tocada
pelo saltador A4, a bola vai directamente para fora de
campo.
Interpretação:
A bola é concedida à equipa B, resultante da violação
cometida por A4. Após a reposição, a equipa que não
ganha o controlo da bola viva dentro de campo, terá o
direito à primeira situação de posse de bola alternada, no
local mais próximo de onde ocorrer a situação de bola ao
ar seguinte.
ART 16. – CESTO: QUANDO É VÁLIDO E SEU VALOR
NOVO TEXTO:
O cronómetro de jogo deve indicar 0.00.3 (três
décimas de segundo) ou mais, para que um
jogador que controla a bola dentro de campo,
após uma reposição de fora de campo ou num
ressalto após o último ou único lance livre, possa
tentar um lançamento de campo. Se o cronómetro
de jogo indica 0.00.2 ou 0.00.1, a única forma
válida de conseguir um cesto de campo é bater a
bola (tapinha) ou afundar directamente da
reposição de fora de campo (receber a bola no ar).
COMENTÁRIO:

Numa reposição de bola fora de campo ou num ressalto após
o último ou único lance livre, um período de tempo
começará sempre a contar a partir do momento em que um
jogador dentro de campo toca a bola e até que esse jogador
largue a bola num lançamento. Isto é particularmente
importante ter em consideração perto do final de um
período.

Terá de haver um mínimo de tempo disponível para um
lançamento destes, antes que o tempo expire. Se no
cronómetro se visualizam 0.00.3”, é dever dos árbitros
determinar se o lançador larga a bola antes de soar o sinal
de fim de período. No entanto, se estão exibidas 0.00.2 ou
0.00.1”, a única forma válida para um lançamento de campo,
concretizado por um jogador em suspensão, é uma tapinha
ou um afundanço directamente efectuado.
EXEMPLO:
À equipa A é concedida reposição de fora de campo
com:
a) 0.00.3”
b) 0.00.2 ou 0.00.1”, no cronómetro de jogo
A4 recebe a bola com a(s) mão(s) dentro de campo
e, de imediato, tenta um lançamento de campo que
é concretizado.
Interpretação:
Em a) é responsabilidade dos árbitros decidir se a
bola já estava no ar ou não quando o sinal soou.
Em b) o cesto não é validado, pois não se tratou de
uma tapinha ou de um afundanço directo.
ART 2. - CAMPO
ART 17. – REPOSIÇÃO DA BOLA DE FORA DE CAMPO
NOVOS TEXTOS:
Linhas de reposição:
As 2 linhas de 15 cm de comprimento serão
marcadas fora do campo de jogo, na linha lateral
oposta à mesa dos oficiais, com o bordo exterior
das linhas a 8,325 m do bordo interior da linha
final mais próxima.
Durante os 2 últimos minutos do 4º período e de
cada período suplementar, a seguir a um desconto
de tempo concedido à equipa que tem direito à
posse de bola na sua zona de defesa, a reposição
da bola em jogo será efectuada na nova linha de
reposição localizada na zona de ataque da equipa,
na linha lateral oposta à mesa dos oficiais.
COMENTÁRIO:
De acordo com a regra anterior, nestas situações a
reposição da bola em jogo era efectuada no ponto
médio da linha lateral oposta à mesa dos oficiais.
Com esta alteração e nestas circunstâncias,
quando muitas vezes o resultado final do jogo é
decidido, possibilita-se assim à equipa que ataca,
efectuar a reposição da bola em jogo na
proximidade do cesto do adversário, facilitando a
organização de outras combinações de ataque.
EXEMPLO 1:
No último minuto do jogo, A4 está a driblar na sua zona de
defesa, quando a equipa B joga a bola para fora, precisamente
no prolongamento da linha de lance livre.
a) É concedido um desconto de tempo à equipa B.
b) É concedido um desconto de tempo à equipa A.
c) É concedido um desconto de tempo, primeiro à equipa
B e imediatamente após um outro à equipa A, ou vice-versa.
Interpretação:
 Em a) o jogo recomeça com reposição para a equipa A, no
prolongamento da linha de lance livre, por onde a bola saiu.
 Em b) e c), o jogo recomeça com reposição para a equipa A, pela
linha de reposição na zona de ataque dessa equipa, oposta à
mesa dos oficiais.
EXEMPLO 2:
No último minuto de jogo, A4 teve direito a 2
lances livres. Durante o 2º lance livre, o
executante pisa a linha de lance livre ao lançar
e é assinalada a respectiva violação. A equipa B
solicita, então, um desconto de tempo.
Interpretação:
O jogo recomeçará com reposição da bola em
jogo de fora de campo para a equipa B, pela
linha de reposição na zona de ataque dessa
equipa, oposta à mesa dos oficiais.
ART 18. DESCONTO DE TEMPO
NOVO TEXTO das “Interpretações Oficiais da FIBA”
Cada desconto de tempo deverá ter a duração de
1 minuto (ATENÇÃO: o marcador continua a fazer
soar o seu sinal sempre aos 50 segundos).
As equipas devem regressar sem demora após o
árbitro fazer soar o seu apito, chamando as
equipas para o terreno de jogo. Em algumas
ocasiões uma equipa prolonga o desconto de
tempo para lá do minuto atribuído, obtendo uma
vantagem ao prolongar tal desconto de tempo e
causando um atraso no reinício do jogo. O árbitro
deve advertir essa equipa. Se a equipa não reage
ao aviso, deve ser-lhe averbado um desconto de
tempo adicional. Se a equipa não tem mais
descontos de tempo, pode ser averbada ao
treinador uma falta técnica (tipo “C”), por
retardar o reinício do jogo.
COMENTÁRIO:
Nos últimos anos tornou-se prática corrente os
treinadores ignorarem o apito do árbitro, indicando
que as equipas devem regressar ao terreno de jogo.
Devido a esta táctica, uma equipa obtém uma
vantagem desleal, perdendo-se um tempo precioso.
Se esta alteração for estritamente aplicada pelos
árbitros, acções similares desleais serão rapidamente
eliminadas.
EXEMPLO:
O período de desconto de tempo termina e o árbitro indica à
equipa A para voltar ao terreno de jogo. O treinador A continua
a dar instruções à sua equipa, que ainda permanece na área de
banco da equipa. O árbitro volta a indicar à equipa A que
regresse ao terreno de jogo.
a) A equipa A finalmente regressa ao campo.
b) A equipa A continua na sua área de banco.
Interpretação:
a) Depois da equipa começar a regressar ao campo, o
árbitro avisa o treinador que se o mesmo comportamento for
repetido, será averbado um desconto de tempo adicional à
equipa A.
b) Será averbado um desconto de tempo à equipa A, sem
aviso prévio. Se a equipa A já não tem desconto de tempo por
conceder, será assinalada uma falta técnica ao treinador da
equipa A, averbada no boletim de jogo como “C”, por atrasar o
reinício do jogo.
ART 28. – OITO SEGUNDOS
ART 29. – VINTE E QUATRO SEGUNDOS
NOVOS TEXTOS (1):
Sempre que:
- Numa reposição da bola em jogo de fora de campo, a bola
toca ou é legalmente tocada por qualquer jogador na sua
zona de defesa e a equipa do jogador que repõe a bola em
jogo permanece de posse da mesma, essa equipa deve fazer
com que a bola vá para a sua zona de ataque dentro de 8
segundos.
- Numa reposição da bola em jogo de fora de campo, a bola
toca ou é legalmente tocada por qualquer jogador dentro de
campo e a equipa do jogador que repõe a bola em jogo
permanece de posse da mesma, essa equipa deve tentar um
lançamento ao cesto dentro de 24 segundos.
COMENTÁRIO:
Quando durante uma reposição de bola em jogo
de fora de campo, a bola toca ou é legalmente
tocada por um jogador dentro de campo:

O cronómetro e o aparelho dos 24 segundos
são ambos postos a funcionar em simultâneo.

O árbitro responsável começa a contagem
visível dos 8 segundos, se a reposição da bola é
efectuada na zona de defesa dessa equipa.
COMENTÁRIO:
De acordo com a regra anterior:
Quando durante uma reposição de bola em jogo de
fora de campo, a bola toca ou é legalmente tocada
por um jogador dentro de campo:

O cronómetro era posto imediatamente a
funcionar.

O aparelho dos 24 segundos só era posto a
funcionar quando um jogador ganhasse o
controlo da bola dentro de campo e também só
nesse momento o árbitro iniciava a contagem
visível dos 8 segundos.
EXEMPLO:
Durante uma reposição de bola fora do campo
por A4, na sua zona de defesa, a bola toca o
corpo de A5 ou B5, ressalta para o solo e rola 1
ou 2 segundos antes de ser agarrada por A6.
Interpretação:
De acordo com a nova regra, no momento em
que a bola toca A5 ou B5, quer o cronómetro,
quer o aparelho dos 24 segundos, arrancam e
o árbitro inicia logo a contagem visível dos 8
segundos, mesmo antes da bola ser agarrada
por A6.
NOVOS TEXTOS (2):
Uma equipa faz com que a bola vá para a sua
zona de ataque, sempre que:
 A bola, quando não controlada por qualquer
jogador, toca a zona de ataque.
 A bola toca ou é legalmente tocada por um
jogador atacante que tem ambos os pés em
contacto com a sua zona de ataque.
 A bola toca ou é legalmente tocada por um
jogador defensor que tem parte do seu corpo na
zona de ataque da equipa que controla a bola.
 A bola toca um árbitro que tem parte do seu corpo
na zona de ataque da equipa que controla a bola.
 Durante um drible da zona de defesa para a zona
de ataque, ambos os pés do driblador e a bola
estão em contacto com a zona de ataque.
COMENTÁRIO:
A importante alteração, em comparação com a
regra anterior, é o facto da bola ser considerada
como estando na zona de ataque de uma equipa
quando toca um jogador atacante que tem ambos
os pés em contacto com a zona de ataque.
Isto significa que um jogador atacante com um pé
de cada lado da linha central, considera-se como
estando na sua zona de defesa, com todas as
respectivas consequências.
Não esquecer!
Quando uma das 5 condições mencionadas no
slide anterior estiver cumprida, o árbitro deve
parar a contagem dos 8 segundos.
EXEMPLOS:
1. A4 está a driblar a bola a partir da sua zona de
defesa e pára o seu movimento para a frente,
mantendo-se em drible, com:
 Um pé de cada lado da linha central.
 Ambos os pés na zona de ataque, mas com a bola a
ser driblada na zona de defesa.
 Ambos os pés na zona de defesa, mas com a bola a
ser driblada na zona de ataque.
 Ambos os pés na zona de ataque, com a bola a ser
driblada na zona de defesa, após o que A4 regressa
com ambos os pés à sua zona de defesa.
Interpretação:
Em todos os casos o driblador A4 continua na zona
de defesa até que ambos os pés e a bola toquem a
zona de ataque, mantendo-se a contagem dos 8
segundos.
EXEMPLOS:
2. A4 tem um pé de cada lado da linha central.
Recebe a bola de A2 que está na sua zona de
defesa. A4 passa então a bola de novo a A2 que se
mantém na mesma posição.
Interpretação:
Jogada legal. A4 não tem os dois pés na zona de
ataque e, deste modo, pode passar a bola a A2
que também não se encontra na zona de ataque.
Prossegue a contagem dos 8 segundos.
EXEMPLOS:
3. A4 está a driblar da sua zona de defesa e
termina o drible segurando a bola com um pé de
cada lado da linha central.
A4 passa então a bola a A2 que também tem um
pé de cada lado da linha central.
Interpretação:
Jogada legal. A4 não tem os dois pés na zona de
ataque e, deste modo, pode passar a bola a A2
que também não se encontra na zona de ataque.
Prossegue a contagem dos 8 segundos.
EXEMPLOS:
4. A4 está a driblar a bola da sua zona de defesa,
em movimento para a frente, e ainda só tem um
pé na sua zona de ataque. A4, nesse momento,
passa a bola a A2 que tem um pé de cada lado da
linha central, sendo que este último começa a
driblar a bola na zona de defesa.
Interpretação:
Jogada legal. A4 não tem os dois pés na zona de
ataque e, deste modo, pode passar a bola a A2
que também não se encontra na zona de ataque.
A2 pode, assim, driblar a bola na sua zona de
defesa, prosseguindo a contagem dos 8 segundos.
ART 29. - VINTE E QUATRO SEGUNDOS
NOVO TEXTO:
Se o jogo é parado por um árbitro:
 Devido a uma falta ou violação (ATENÇÃO, não
para uma bola fora de campo), cometida pela
equipa que não se encontra a controlar a bola.
 Devido a qualquer razão válida determinada pela
equipa que não se encontra a controlar a bola.
 Devido a qualquer razão válida não relacionada
com qualquer das equipas.
Então, deve ser concedida a posse da bola à
equipa que previamente a detinha.
Se a reposição da bola em jogo é efectuada na
zona de defesa, o aparelho dos 24 segundos deve
ser reposto nos 24 segundos.
Se a reposição da bola em jogo é efectuada na
zona de ataque, o aparelho dos 24 segundos deve
ser reposto da seguinte maneira:


No caso de se visualizarem, quando o jogo é
parado, 14 ou mais segundos, manter-se-á a
contagem existente no momento da paragem.
No caso de se visualizarem, no momento em
que o jogo é parado, 13 ou menos segundos, o
aparelho dos 24 segundos deverá ser reposto
em 14 segundos
O sinal do árbitro para reposição a 14 segundos
é o mesmo que para 24 segundos (nº9).
ALERTA!
O novo texto das regras requere a remodelação de todos os
aparelhos de 24 segundos existentes, sendo necessário
introduzir um novo botão que, quando pressionado, possa
repor a contagem em 14 segundos, a qualquer momento e
sempre que necessário.
EXEMPLOS
1. B4 provoca violação de bola fora na zona de ataque
da equipa A.
O aparelho dos 24 segundos mostra 8 segundos.
Interpretação:
A equipa A terá apenas os 8 segundos remanescentes
no aparelho dos 24 segundos, pois trata-se de uma
situação de bola fora.
EXEMPLOS
2. A4 está a driblar a bola na sua zona de ataque e
sofre falta de B4. É a 2ª falta da equipa B nesse
período. O aparelho dos 24 segundos mostra 3
segundos.
Interpretação:
A equipa A terá 14 segundos para jogar, no
aparelho dos 24 segundos.
EXEMPLOS
3. Com 4 segundos remanescentes no aparelho
dos 24 segundos, a equipa A tem o controlo da
bola na sua zona de ataque, quando:
a) A4
b) B4
se lesiona e os árbitros interrompem o jogo.
Interpretação:
A equipa A terá:
a) 4 segundos
b) 14 segundos
para jogar no aparelho de 24 segundos.
EXEMPLOS
4. Com
a) 16 segundos
b) 12 segundos
remanescentes no aparelho dos 24 segundos, B4
na sua zona de defesa deliberadamente joga a
bola com o pé ou soca a bola.
Interpretação:
A equipa B comete violação. Após a reposição da
bola em jogo na sua zona de ataque, a equipa A
terá:
a) 16 segundos
b) 14 segundos
remanescentes no aparelho dos 24 segundos.
EXEMPLOS
5. A4 dribla a bola na sua zona de ataque, quando
B4 comete uma falta antidesportiva sobre A4, com
6 segundos no mostrador do aparelho dos 24
segundos.
Interpretação:
Independentemente dos lances livres serem
convertidos ou falhados, à equipa A será concedida
reposição da bola em jogo pelo ponto médio da
linha lateral oposta à mesa dos oficiais, com novo
período de 24 segundos.
A mesma interpretação é válida para uma falta
técnica ou desqualificante.
EXEMPLOS
6. Com 5 segundos remanescentes no aparelho de
24 segundos, A4 está a driblar na sua zona de
ataque quando é assinalada falta técnica a B4,
seguida de falta técnica ao treinador da equipa A.
Interpretação:
Após o cancelamento de penalidades iguais, o
jogo recomeça com reposição da bola de fora de
campo para a equipa A, com 5 segundos para
jogar no aparelho dos 24 segundos.
ART 46. - ÁRBITRO: DEVERES E PODERES
NOVO TEXTO:
O árbitro está autorizado a aprovar e fazer uso de
equipamento técnico (vídeo), se disponível, para
decidir antes do início do período seguinte ou
antes de assinar o boletim de jogo, se um último
lançamento no final de cada período ou período
suplementar foi convertido dentro do tempo de
jogo e/ou se o mesmo conta 2 ou 3 pontos.
ART 33. – FALTAS
ÁREAS DE SEMI-CÍRCULO DE NÃO CARGA


O propósito da regra do semi-círculo de não
carga, é o de não premiar um jogador defensor
que tenha adoptado uma posição debaixo do seu
próprio cesto, com o objectivo de conseguir uma
falta por carga de um atacante que, com o
controlo da bola, penetra para o cesto.
Para que a regra do semi-círculo de não carga
seja aplicada:
a) O jogador defensor deve ter ambos os pés
dentro da área do semi-círculo. A linha do semicírculo não faz parte da área do mesmo.
b) O jogador atacante deve penetrar para o cesto
através da linha do semi-círculo e lançar ao cesto
ou passar, enquanto se encontra no ar.

A regra do semi-círculo de não carga não se
aplica e qualquer contacto deve ser julgado de
acordo com as regras normais (por ex. princípio
do cilindro, princípio de carga/obstrução):
a) Em todas as situações de jogo que ocorram
fora da área do semi-círculo de não carga e
também as que se desenvolvam pelo espaço
compreendido entre a área de semi-círculo e a
linha final.
b) Em todas as situações de ressalto quando,
depois de um lançamento de campo, a bola
ressalta e ocorre uma situação de contacto.
c) Em qualquer situação de uso ilegal de mãos,
braços, pernas ou corpo, tanto do atacante
como do defensor.
COMENTÁRIO:
Esta alteração foi introduzida com o objectivo de
estimular os jogadores atacantes.
Terão menos receio de penetrarem para o cesto e de
correrem o risco de cometerem faltas por carga,
sobre jogadores defensores à procura de faltas
“fáceis” debaixo do aro.
Poderá vir a reduzir igualmente o número de faltas
interiores e, por certo, irá encorajar um jogo mais
espectacular e dinâmico sob os cestos.
FIG. 4 POSIÇÃO DE UM JOGADOR DENTRO/FORA
DAS ÁREAS DE SEMI-CÍRCULO DE NÃO CARGA
EXEMPLOS
1. A4 tenta um lançamento em suspensão que
começa fora da área de semi-círculo e carrega B4
que está dentro dessa área.
Interpretação:
A acção de A4 é legal, já que se aplica a regra do
semi-círculo de não carga.
EXEMPLOS
2. A4 dribla ao longo da linha final e, depois de se
encontrar na área por detrás da tabela, salta na
diagonal ou para trás e carrega B4 que está numa
posição legal de defesa dentro da área de semi-círculo.
Interpretação:
Falta de A4 por carga. A regra do semi-círculo de
não carga não se aplica, porque A4 entrou na área
de semi-círculo pela zona do campo directamente
por detrás da tabela.
EXEMPLOS
3. Um lançamento de campo de A4 toca o aro e há
uma situação de ressalto. A5 salta, agarra a bola e
então carrega B3 que se encontra numa posição
legal de defesa dentro da área de semi-círculo.
Interpretação:
Falta de A5 por carga. A regra do semi-círculo de
não carga não é aplicável.
EXEMPLOS
4. A4 penetra em direcção ao cesto e está em acto
de lançamento. Em vez de completar o lançamento
de campo, A4 passa a bola a A5 que se encontra
directamente por detrás dele. A4 carrega B4 que
está dentro da área de semi-círculo de não carga.
Ao receber o passe, nesse momento, A5, com a
bola nas mãos, fica com caminho directo para o
cesto para marcar.
Interpretação:
Falta de A4 por carga. Não se aplica a regra de
semi-círculo de não carga, na medida em que A4
usa ilegalmente o seu corpo para libertar o
trajecto de A5 para o cesto.
EXEMPLOS
5. A4 penetra em direcção ao cesto e está em acto de
lançamento. Em vez de completar o lançamento de
campo, A4 passa a bola a A5 que se encontra no
canto do campo. A4 carrega então B4 que está
dentro da área de semi-círculo de não carga.
Interpretação:
Acção legal de A4. Aplica-se a regra do semi-círculo
de não carga.
ART. 30 – REGRESSO DA BOLA À ZONA DE DEFESA
Enquanto se encontra no ar, o jogador mantém o
mesmo estatuto relativamente ao solo, considerando-se
o último apoio antes de saltar. No entanto, quando um
jogador no ar salta da sua zona de ataque e ganha o
controlo da bola enquanto ainda está no ar, é então o
primeiro jogador da equipa a estabelecer nesse
momento a posse de bola.
Se a inércia o leva a regressar ao solo na sua zona de
defesa, é inevitável que também regresse com a bola à
zona de defesa. Portanto, se um jogador no ar
estabelece uma nova posse de bola, a posição desse
jogador relativamente à zona de ataque/zona de defesa
não será estabelecida até que o jogador regresse com
ambos os pés ao solo.
EXEMPLO
A4, na sua zona de defesa, tenta um
passe de contra-ataque para A5 que se
encontra na zona de ataque. B3, na sua
zona de ataque salta e agarra a bola
enquanto se encontra ainda no ar, após o
que B3 chega ao solo:
a) Com ambos os pés na sua zona de
defesa.
b) Com um pé de cada lado da linha
central.
c) Com um pé de cada lado da linha
central e depois dribla ou passa a bola
para a sua zona defesa.
Interpretação:
Não ocorreu qualquer violação. Quando B3
estabeleceu o controlo de bola para a equipa B
encontrava-se no ar e a sua posição relativa à
zona de ataque/zona de defesa não foi
determinada até que regressou com ambos os
pés ao solo. Em todas as situações, B3
encontra-se legalmente na sua zona de defesa.
Observação:
Esta interpretação é igualmente válida para a
mesma situação de jogo, mas com B3 a receber
a bola no ar depois da bola ter sido legalmente
tocada durante a bola ao ar inicial, efectuada
pelo árbitro entre A2 e B2.
ART 36. – FALTA ANTIDESPORTIVA
A Interpretação Oficial diz que se deve assinalar
imediatamente uma falta antidesportiva ao
jogador defensor que cometa uma falta por
ocasião de uma reposição de bola de fora do
campo, enquanto a bola está nas mãos do árbitro
ou está já à disposição do jogador que realiza a
reposição, mas antes que a bola saia das suas
mãos.
De acordo com a nova interpretação, isto deve
ser aplicado apenas nos últimos 2 minutos do 4º
período e durante os últimos 2 minutos de
qualquer período suplementar, a menos que o
carácter da falta o justifique noutro momento.
ART 38. – FALTA TÉCNICA
Durante o último ou único lance livre, se um
jogador defensor comete uma violação por
interferência ilegal (a bola não pode ser tocada no
seu percurso para o cesto e enquanto não tocar o
aro), deverá continuar a ser averbada uma falta
técnica, para além da validação de um (1) ponto.
Contudo, se nesta circunstância de último ou
único lance livre, a violação do defensor for por
intervenção ilegal sobre a bola (ex: tocar o cesto
ou a tabela enquanto a bola está em contacto
com o aro, tocar a bola quando ela está dentro do
cesto impedindo-a de passar pela rede, etc.), é
validado um (1) ponto, mas não é assinalada a
falta técnica.
...E CHEGA POR AGORA!
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Regras Oficiais de Basquetebol 2010 – Interpretações