TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM ACESSÓRIO ELÉTRICO PARA MOTORIZAÇÃO DE UMA
CADEIRA DE RODAS MANUAL
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA
SUBÁREA: ENGENHARIAS
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
AUTOR(ES): ISABELLA RODRIGUES DE ALMEIDA E SOUZA, FRANZ RONZA FILHO, ISABELLA
ROSSI ROQUE, PEDRO TOGNOZZI VIEIRA DA CRUZ
ORIENTADOR(ES): FLAVIO D'ANGELO PEREIRA DA SILVA
COLABORADOR(ES): PRODISMAQ
1. RESUMO
Este trabalho foi realizado visando melhorar a qualidade de vida de pessoas com
necessidades especiais através do desenvolvimento de um protótipo inovador que
proporcione maior inclusão social e independência do público-alvo.
2. INTRODUÇÃO
Segundo a Cartilha do Censo 2010 (2012), a deficiência motora severa representa
2,33% da população brasileira, sendo que 1,62% não consegue se locomover. Além
deste grupo, ainda há outros grupos com dificuldades de mobilidade, tais como idosos,
gestantes e obesos.
Equipamentos assistivos, como as cadeiras de rodas, além de oferecerem melhoria
na mobilidade dos indivíduos com necessidades físico-motoras, auxiliam no
desenvolvimento de atividades comuns em seu cotidiano (CARRIEL, 2007).
Kirby (1997) destaca que, aproximadamente, 75% das cadeiras de rodas existentes
são manuais, ou seja, depende da força física do cadeirante ou do auxílio de terceiros
para se locomover. O uso de tal tipo de cadeira de rodas solicita do usuário um esforço
para o qual os membros superiores não foram originalmente preparados, e cuja carga
de trabalho é elevada. (VAN DER WOUDE et al., 2006).
No estudo feito por SIE et al. (1992), a dor nos membros superiores foi mencionada
por 64% dos indivíduos com paraplegia, dos quais 32% citaram os ombros como o
local afetado.
A cadeira de rodas motorizada foi criada para reduzir o desgaste dos membros
superiores dos usuários. Contudo, além de limitar o exercício dos braços, esse modelo
de cadeira de rodas é caro, o que restringe o acesso da maior parte dos deficientes.
3. OBJETIVOS
Considerando as desvantagens das cadeiras de rodas motorizadas e a vontade de
oferecer mais conforto a quem possui dificuldades de mobilidade, este trabalho tem
como finalidade introduzir um novo conceito de comodidade a cadeirantes.
O novo produto permite motorizar uma cadeira de rodas convencional através do
acoplamento de um acessório elétrico que pode ser conectado e removido de acordo
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com as necessidades do usuário, sem modificar a estrutura original da cadeira e a um
preço mais acessível que o da cadeira de rodas motorizada.
4. METODOLOGIA
Jung (2003) apresenta três tipos de classificação para uma pesquisa: quanto à
natureza, quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos.
Do ponto de vista da sua natureza, este trabalho foi classificado como Pesquisa
Aplicada por se tratar do desenvolvimento de um novo produto, ou seja, uma aplicação
prática e direcionada à solução de problemas específicos.
Já de acordo com o objetivo, a pesquisa é explicativa, uma vez que há
aprofundamento do conhecimento através do desenvolvimento tecnológico, sem
construção ou modificação de modelos e teorias.
Sob a perspectiva dos procedimentos, trata-se de uma pesquisa-ação, posto que esta
visa intervenção, elaboração de conhecimento e o seu desenvolvimento. Segundo
Vergara (2005), as principais características de uma pesquisa-ação são: flexibilidade,
pois é definida conforme o seu desenrolar; adaptabilidade do método, que ajuda na
inserção de conhecimentos na prática; e a demanda do desenvolvimento teórico para
elaborar um desenvolvimento prático mais confiável e consistente.
5. DESENVOLVIMENTO
Realizou-se uma série de entrevistas para obtenção de informações essenciais para
a elaboração deste trabalho. Em seguida, foram coletados dados através de uma
pesquisa de mercado, desenvolvida com cadeirantes paraplégicos e idosos com
dificuldade de locomoção, utilizando um questionário previamente elaborado.
Os resultados encontrados foram comparados a dados retirados de fontes já
conhecidas – como outros trabalhos acadêmicos, dados governamentais e livros – e,
diante disso, estabeleceram-se metas e proposições direcionadas ao público alvo do
produto. Todos os dados coletados receberam tratamento adequado para que
pudessem se tornar fontes confiáveis de consulta para a elaboração deste estudo.
6. RESULTADOS PREMINARES
A principal colaboração do trabalho será o desenvolvimento de um produto que
aumente a qualidade de vida dos cadeirantes através da redução dos esforços físicos,
proporcionando mais conforto e autonomia a um preço mais acessível que o praticado
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pela concorrência. As entrevistas e as pesquisas mostraram uma boa aceitação do
conceito do produto no mercado.
O protótipo está em fase de desenvolvimento, atendendo a NBR 9050 (Acessibilidade
a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos), baseado nos cálculos de
esforços, aspectos de dinâmica veicular e dados obtidos através de estudos como
QFD – Quality Function Deployment -, Canvas – Metodologia de gerenciamento de
projeto - e FMEA - Failure Modes and Effects Analysis.
7. FONTES CONSULTADAS
BRASIL. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência
(SNPD). Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência. Brasília, DF: SDHPR/SNPD, 2012.
CARRIEL, I. R. R. Recomendações ergonômicas para o projeto de cadeira de
rodas: considerando os aspectos fisiológicos e cognitivos dos idosos. 244 f.
Dissertação [Mestrado em Desenho Industrial] – Universidade Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Bauru, 2007.
JUNG, C. F. Metodologia Científica – Ênfase em pesquisa tecnológica. 3ª Ed.
2003. Disponível em: <http://www.jung.pro.br>. Acesso em 25.abr.2015.
KIRBY, R. L. Principles of wheelchair design and prescription. In: R. B. LAZAR.
Principles of Neurologic Rehabilitation. Nova Iorque, NY: McGraw-Hill, Inc., 1997.
p. 465-481.
SIE, I. H.; WATERS, R. I.; GELLMAN, H. Upper extremiry pain in the posture
habilitation spinal cord injuried patient. [S. l.]: Arch Phys Med Rehabil, 1992. 73 p.
VAN DER WOUDE, L. H. V.; DE GROOT, S.; JANSEEN, T. W. J. Manual
wheelchairs: Research and innovation in rehabilitation, sports, daily life and health.
Medical Engineering & Physics, v. 28, p. 905-915, 2006.
VERGARA, S. C. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005.
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