R. Bras. Zootec., v.27, n.2, p.307-313, 1998
Determinação dos Coeficientes de Digestibilidade e dos Valores de Aminoácidos
Digestíveis de Diferentes Alimentos para Aves
Ari Antônio Fischer Júnior1, Luiz Fernando Teixeira Albino2, Horacio Santiago Rostagno2,
Paulo Cezar Gomes2
RESUMO - Este experimento foi realizado com galos adultos cecectomizados para determinar os coeficientes de digestibilidade
verdadeira dos aminoácidos de quatro alimentos usados na alimentação de aves. Foi utilizada metodologia de alimentação forçada, sendo
as perdas endógenas de aminoácidos determinadas com galos em jejum. Os alimentos estudados foram: milho, farelo de soja, soja integral
tostada e soja integral extrudada e os valores médios de % CDVaa encontrados para estes alimentos, foram, respectivamente: 92,78; 96,94;
91,63; e 89,78 para os aminoácidos essenciais e 93,79; 96,26; 90,19; e 87,08 para os aminoácidos não-essenciais. As sojas integrais
apresentaram valores de CDVaa menores que os de farelo de soja, o que evidencia a importância do conhecimento destas diferenças para
a nutrição de aves.
Palavras-chave: coeficiente de digestibilidade verdadeira de aminoácidos, galos, cecectomizados
Determination of the Coefficients of Digestibility and the Digestible Amino Acid
Values of Different Feeds for Chickens
ABSTRACT - This experiment was carried out with cecectomized adults roosters to determine the true digestibility coefficients
of the amino acids of four feeds used in poultry feeding. The used methodology was the forced feed and the endogenous amino acids
losses were determined with fasted roosters. The studied feed were: corn, soybean meal, whole toasted soybean and whole extruded
soybean and the average values of %TDCaa found for these feeds were, respectively: 92.78; 96.94; 91.63 and 89.78, for the essential
amino acids and 93.79; 96.26; 90.19 and 87.08 for the non-essential amino acids. The whole soybeans presented smaller TDCaa values
than that soybean meal, which evidences the importance of knowledge of these differences for the poultry nutrition.
Key Words: true digestibility coefficients of the amino acids of four feeds used in poultry feeding.
Introdução
Na nutrição de aves, as fontes protéicas
correspondem a aproximadamente 25% dos custos das
rações (LIMA, 1996). Um imbalanço ou deficiência de
aminoácidos na ração leva a alterações na produção,
prejudicando o retorno econômico da atividade.
Os aminoácidos não são totalmente disponíveis
para a absorção, assim, o conhecimento dos coeficientes de digestibilidade destes nos diferentes alimentos
torna-se importante para os nutricionistas maximizarem
o aproveitamento desses nutrientes, aumentando a produtividade e o retorno econômico da produção.
A digestibilidade dos aminoácidos torna-se importante, quando se busca reduzir os custos de produção,
inclusive quando alimentos não-convencionais são usados na formulação das rações (ALBINO et al., 1992).
Segundo Dale (1992), citado por PUPA (1995),
quando se usam valores totais de aminoácidos em vez
de valores disponíveis, existem duas grandes possibilidades de erros. Na primeira, os aminoácidos sintéticos teriam o mesmo valor relativo de disponibilidade
aos aminoácidos naturais encontrados nos ingredientes das rações, subestimando a disgestibilidade das
fontes sintéticas, que é considerada de 100%. Na
segunda, destaca-se o problema de achar que todos
os alimentos têm os mesmos coeficientes de
digestibilidade dos aminoácidos, o que não é verdadeiro, se compararmos, por exemplo, farelo de soja
com farinha de carne.
Os problemas encontrados na formulação de
rações com base em aminoácidos digestíveis têm sido
associados às diferenças entre os valores de
digestibilidade, ocasionadas por uso de metodologias
diferenciadas e também devido à falta de exigências
nutricionais expressas na forma de aminoácidos
digestíveis (ALBINO, 1991).
O objetivo deste trabalho foi determinar os valo-
308
FISCHER JR. et al.
res de digestibilidade e os aminoácidos digestíveis de
quatro alimentos usados nas rações de aves, usando
o método de SIBBALD (1979), com galos adultos
cecectomizados.
Material e Métodos
Foi realizado, no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de
Viçosa, um experimento utilizando-se o método de
alimentação forçada (SIBBALD, 1979), com galos
Leghorn adultos e cecectomizados. O experimento
foi realizado durante o mês de maio de 1996.
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, sendo
quatro representados pelos alimentos milho, farelo de
soja, soja integral tostada e soja integral extrudada e
um, pelo jejum para determinação das perdas
endógenas e metabólicas de aminoácidos, com sete
repetições, constituídas por um galo. Os galos foram
alojados em boxes individuais de baterias metálicas e,
durante um período de adaptação de cinco dias,
receberam alimentação em dois turnos de uma hora
cada, sendo um pela manhã e o outro à tarde, com o
objetivo da dilatação do papo.
O período experimental foi de 72 horas. Nas
primeiras 24 horas os galos ficaram em jejum para
que ocorresse o esvaziamento do aparelho digestivo;
após este período, cada galo foi alimentado com 30
gramas do alimento correspondente ao tratamento
em questão, por meio de um funil-sonda introduzido
via oral até o papo. Simultaneamente, sete galos
permaneceram em jejum. As 48 horas restantes
compreenderam o período de coletas de fezes, que
foram realizadas em número de duas uma a cada 24
horas após a alimentação forçada, por meio de bandejas revestidas com plástico.
A temperatura média registrada, no interior da
sala em que se conduziu o experimento, foi de 20,8oC,
sendo a média mínima de 18,8oC e a máxima de
22,8oC. A média de umidade relativa foi registrada
em 73,5%.
Os valores obtidos no tratamento jejum foram
utilizados para realizar as correções correspondentes
às perdas metabólicas e endógenas de aminoácidos.
O material recolhido foi quantificado e armazenado em congelador. Ao final do período de coletas,
as amostras foram secas em estufa de ventilação
forçada a 55oC e homogeneizadas, possibilitando a
determinação dos valores de matéria seca, nitrogênio
total, juntamente com as amostras dos alimentos.
Estas análises foram realizadas no Laboratório de
Nutrição do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, segundo metodologias
descritas por SILVA (1990).
Os aminogramas dos alimentos e das excretas
foram determinados utilizando-se um analisador de
aminoácidos (Hitachi L - 8500A), no Laboratório da
Mongiana Alimentos S.A.
Após, procedeu-se à determinação dos coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos,
por intermédio da seguinte fórmula:
CDVaa =
aa ing - (aa exc - aa end) x 100
aa ing
em que
CDVaa = coeficiente de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos;
aa ing = quantidade em g do aminoácido
ingerido;
aa exc = quantidade em g do aminoácido
excretado; e
aa end = quantidade em g do aminoácido
endógeno;
Como procedimento estatístico, aplicou-se o teste
de comparação de médias Student Newman-Keuls a
de 5% de probabilidade, entre os valores médios
obtidos neste trabalho.
Resultados e Discussão
A composição química, energética e aminoacídica
dos alimentos estudados (milho moído, farelo de soja,
soja integral tostada e soja integral extrudada) encontra-se nas Tabela 1 e 2, respectivamente.
Comparando os valores de composição
aminoacídica do milho com os resultados apresentados por PUPA (1995), verificaram-se valores inferiores neste trabalho, exceto para os aminoácidos
metionina e valina, que foram menores, e isoleucina,
que não apresentou diferenças. Contudo, para o
farelo de soja, os valores foram semelhantes, exceto
para cistina e fenilalanina, que foram menores, e para
metionina e treonina, que foram maiores. Os valores
de composição de aminoácidos dos alimentos estão
de acordo com os valores apresentados no NRC
(1994), com variações significativas entre os
aminoácidos, tirosina, lisina, serina, metionina, e por
ALBINO (1991), no qual não se verificaram variações isoladas entre os aminoácidos dos diferentes
alimentos, exceto para o caso da metionina, que no
milho apresentou valores mais elevados.
R.Bras.Zootec.
309
Tabela 1 - Composição proximal e valores de energia bruta dos alimentos, na matéria natural1
Tabela 1 - Proximal composition and gross energy values of the feeds in as fed basis
Alimento (%)
MS2
PB2 EB2 (kcal/kg)
FB2
EE2
Feed
DM
Milho moído
CP
GE
CF
MM 2
Ca2
P2
Ash
87,16
8,01
4.001
1,50
3,37
0,66
0,054
0,18
87,67
47,21
4.097
5,12
1,39
4,14
0,40
0,58
89,57
37,24
5.097
4,72
16,55
4,63
0,33
0,45
91,91
36,85
5.197
5,21
19,74
4,91
0,25
0,46
Ground corn
Farelo de soja
Soybean meal
Soja integral tostada
Whole tosted soybean
Soja integral extrudada
Whole extruded soybean
1 Análises realizadas no Laboratório de Nutrição Animal, Departamento de Zootecnia,UFV.
2 MS = matéria seca; PB = proteína bruta; EB = energia bruta; MM = matéria mineral; Ca = cálcio;
1
2
e P = fósforo.
Laboratorial analyses were done in Nutrition Animal Lab , Departament of Animal Science,UFV.
DM = dry matter; CP = crude protein; GE = gross energy; CF = crude fiber; EE = ether extract; MM = ash; Ca = calcium; and P = phosphorus.
Tabela 2 - Composição de aminoácidos dos alimentos, em % da matéria natural 1
Tabela 2 - Amino acid composition of feedstuffs in as fed basis1
Aminoácido
Milho moído
Farelo de soja
Soja integral tostada
Soja integral extrusada
Amino acid
Ground corn
Soybean meal
Whole tosted soybean
Whole extruded soybean
0,6548
1,9063
1,5624
1,6445
0,3771
3,7408
3,0319
3,0429
0,3623
3,7716
3,0769
3,0940
0,2816
1,8691
1,5296
1,4830
0,2944
2,2754
1,8789
1,8845
0,9649
3,7289
3,0369
3,1103
1,3042
7,5308
6,2128
5,9875
0,2201
2,9346
2,3283
2,4562
0,3840
0,7819
0,7948
0,8023
0,2924
0,3264
0,3593
0,3530
0,6764
1,1083
1,1541
1,1553
0,3840
2,4218
2,0207
2,0291
0,4303
1,5978
1,4161
1,3243
0,2048
1,2460
1,0568
1,0727
0,0509
0,5164
0,4035
0,4876
0,7188
2,2640
1,8511
1,7643
0,5504
2,2440
1,8494
1,8643
0,2447
1,2120
0,9967
0,9811
0,2821
1,7161
1,4678
1,4199
Alanina
Alanine
Arginina
Arginine
Ácido aspártico
Aspartic acid
Glicina
Glycine
Isoleucina
Isoleucine
Leucina
Leucine
Ácido glutâmico
Glutamic acid
Lisina
Lysine
Cistina
Cystine
Metionina
Methionine
Met + Cis
Meth+cys
Fenilalanina
Phenylalanine
Tirosina
Tyrosine
Treonina
Threonine
Triptofano
Thyptophan
Prolina
Proline
Valina
Valine
Histidina
Histidine
Serina
Serine
1
Análises realizadas no Laboratório da Mongiana Alimentos S.A.
1
Amino acids analyses were done by Mongiana Alimentos SA’s Lab.
310
FISCHER JR. et al.
Os coeficientes médios de digestibilidade dos
aminoácidos essenciais e não-essenciais dos alimentos
são apresentados, respectivamente, nas Tabelas 3 e 4.
Foram obtidas variações nos coeficientes de
digestibilidade dos aminoácidos entre os alimentos,
mostrando a importância do perfeito conhecimento da
digestibilidade destes nutrientes para a formulação de
rações de baixo custo
O farelo de soja foi o alimento que apresentou os
maiores coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos
essenciais. O milho apresentou resultados semelhantes
aos da soja integral tostada e soja integral extrudada,
exceto para lisina, em que os valores foram maiores
para as sojas integrais, e para leucina, metionina, alanina,
ácido aspártico e ácido glutâmico, em que o milho
apresentou valores maiores que estes dois alimentos. Já
para glicina e serina, os valores do milho foram semelhantes aos valores da soja integral tostada e superiores
aos da soja integral extrudada.
Para o triptofano não se verificaram diferenças
entre os coeficientes de digestibilidade dos quatro alimentos, e no caso dos aminoácidos serina, prolina,
treonina só a soja integral extrudada apresentou valores
diferenciados e menores que os outros três alimentos.
A digestibilidade verdadeira dos aminoácidos do
milho apresentou-se semelhante àquela encontrada
por Sibbald (1986), citado por JOHNSON (1992) e
ENGSTER et al. (1985), porém foi menor quando
comparada aos valores obtidos por CAVE (1988).
Quando o alimento analisado foi o farelo de soja, os
resultados foram maiores do que os encontrados em
ENGSTER et al. (1985) e CAVE (1988).
Os coeficientes de digestibilidade verdadeira dos
aminoácidos (CDVaa) obtidos no presente trabalho
foram maiores que os encontrados na literatura
(GREEN et al., 1987 e ALBINO, 1991). No trabalho
realizado por PUPA (1995), somente os aminoácidos
fenilalanina e lisina do milho apresentaram coeficientes maiores.
Quando se confrontaram valores dos CDVaa
com os valores determinados por ROSTAGNO e
FEATHERSON (1977) e GREEN et al. (1987), constatou-se que os valores obtidos por esses autores
foram 5 a 10% maiores, o que ocorreu em razão de
metodologias e tipo de animais utilizados, que foram,
respectivamente, coleta de total de fezes e alimentação forçada com o uso de galos intactos e
cecectomizados na mesma unidade experimental. Já
RAHARJO e FARREL (1984) obtiveram resultados
semelhantes, usando a metodologia da alimentação
Tabela 3 - Valores dos coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos essenciais 1
Table 3 -
Values of the true availability of essential amino acid
Aminoácido essencial %
Milho moído
Farelo de soja
Soja integral tostada
Soja integral extrusada
Essential amino acids
Ground corn
Soybean meal
Whole tosted soybean
Whole extruded soybean
Arginina
93,36 b (4,23)
97,36 a (1,81)
92,77 b (0,69)
92,51 b (0,59)
91,17 b (4,76)
96,73 a (2,46)
91,08 b (0,56)
88,74 b (0,81)
95,61 a (2,47)
96,76 a (2,53)
91,46 b (0,32)
89,13 b (0,88)
82,27 b (8,69)
97,37 a (2,12)
91,50 a (0,85)
92,32 a (0,56)
96,29 a (3,22)
96,08 a (3,22)
89,19 b (3,34)
87,86 b (1,56)
90,94 a (3,67)
93,93 a (2,53)
88,53 a (2,42)
91,03 a (0,99)
92,75 b (3,46)
98,21 a (1,06)
91,89 b (0,48)
90,68 b (0,64)
96,93 a (8)
97,86 a (3,63)
94,03 a (1,99)
85,79 b (1,43)
95,03 a (13,31)
98,60 a (2,21)
93,40 a (0,76)
89,46 a (0,81)
91,14 b (5,23)
96,10 a (3,34)
89,98 b (0,71)
87,41 b (0,95)
95,04 ab (2,36)
97,38 a (2,21)
94,08 b (0,3)
92,66 b (0,75)
92,78
96,94
91,63
89,78
Arginine
Isoleucina
Isoleucine
Leucina
Leucine
Lisina
Lysine
Metionina
Methionine
Met + Cis 2
Meth+Cys
Fenilalanina
Phenylalanine
Treonina
Threonine
Triptofano
Thyptophan
Valina
Valine
Histidina
Histidine
Média
Mean
1
2
Médias na linha seguidas de letra diferente são diferentes (P<0,05) pelo teste de Newman-Keuls.
Valores calculados.
1
Means in a row followed by diferent letter are diferent (P>.05) by Newman-Keuls test.
Calculated values.
2
R.Bras.Zootec.
311
Tabela 4 - Valores dos coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos não essenciais 1
Table 4 -
Values of the true digestibility coefficients of the non-essential amino acids 1
Aminoácido não-essencial %
Milho moído
Farelo de soja
Soja integral tostada
Soja integral extrudada
Non-essential amino acid
Ground corn
Soybean meal
Whole tosted soybean
Whole extruded soybean
Alanina
95,16 a (1,86)
95,45 a (3,48)
87,89 b (0,52)
86,28 b (1,38)
97,42 a (3,72)
97,48 a (2,06)
93,52 b (1,30)
91,27 b (0,59)
98,37 a (2,49)
98,71 a (1,46)
95,29 b (0,23)
93,67 b (0,99)
89,78 ab (10,52)
97,50 a (1,24)
82,42 b (1,69)
74,59 c (1,58)
86,86 b (3,98)
91,66 a (2,24)
88,24 ab (2,0)
92,43 a (0,63)
91,32 ab (4,81)
94,96 a (4,48)
88,96 ab(1,85)
86,11 b (1,15)
97,65 a (2,98)
99,07 a (2,6)
95,04 a (1,13)
85,24 b (1,62)
96,86 a (5,19)
98,73 a (2,77)
94,35 a (0,77)
89,46 b (0,89)
93,79
96,26
90,19
87,08
Alanine
Ácido aspártico
Aspartic acid
Ácido glutâmico
Glutamic acid
Glicina
Glycine
Cistina
Cystine
Tirosina
Tyrosine
Prolina
Proline
Serina
Serine
Média
Mean
1
Médias na linha seguidas de letra diferente são diferentes (P<0,05) pelo teste de Newman-Keuls.
1
Means in a row followed by diferent letter are diferent (P<.05) by Newman-Keuls test.
forçada com galos canulados.
Os resultados deste estudo para farelo de soja foram
5% maiores que os obtidos por LEE e GARLICH
(1992). Esses autores não detectaram diferenças entre
os valores dos CDVaa determinados com galos e
com pintos.
Na Tabela 5 são apresentados os valores de excreção
endógena de aminoácidos obtidos no tratamento jejum,
juntamente com os valores de perdas endógenas de
aminoácidos encontrados por ALBINO (1991) e PUPA
(1995). Estes dados demonstram grande variação, o
que dificulta a determinação de valores padronizados
Tabela 5 - Valores de excreção endógena de aminoácidos
Tabela 5 - Values of the endogenous amino acids excretion
Aminoácido
Amino acid
Alanina (Alanine)
Arginina (Arginine)
Ác. aspártico (Aspartic acid)
Glicina (Glycine)
Isoleucina (Isoleucine)
Leucina (Leucine)
Ác. glutâmico (Glutamic acid)
Lisina (Lysine)
Cistina (Cystine)
Metionina (Methionine)
Met + Cis (Met+Cys)
Fenilalanina (Phenilalanine)
Tirosina (Tyrosine)
Treonina (Threonine)
Triptofano (Thyptophan)
Prolina (Proline)
Valina (Valine)
Histidina (Histidine)
Serina (Serine)
1
2
3
4
g-AA endógeno 1 , 2
g-endogenous AA
0,0313
0,0327
0,0383
0,054
0,0264
0,0461
0,0709
0,034
0,0148
0,0186
0,0334
0,0273
0,0383
0,0316
0,0084
0,0469
0,0389
0,0141
0,0348
ALBINO (1991)
g-AA endógeno3
PUPA (1995)
g-AA endógeno4
g-endogenous AA
g-endogenous AA
3,83
2,18
4,975
8,925
2,39
3,715
6,16
3,635
0,68
1,495
2,175
2,425
2,595
1,765
2,965
0,0046
0,0022
0,0059
0,0128
0,0051
0,0036
0,0011
0,0047
0,0102
0,0052
0,0032
1,645
2,695
Matéria seca das excretas do jejum = 18,77%; peso médio dos galos = 2,30 kg ( Dry matter of the feces of fasted treatment = 18,77%; roosters average
weigth = 2,3 kg).
Valores determinados neste trabalho (Values of these experiment).
Peso médio dos galos = 5,29 kg ( Roosters average weigth = 5.29 kg).
Matéria seca das excretas do jejum = 7,25%; peso médio dos galos = 2,67 kg (Dry matter of the feces of fasted treatment = 7.25%; roosters average
weigth = 2.67 kg).
312
FISCHER JR. et al.
para as perdas endógenas de aminoácidos.
A Tabela 6, a qual é de grande utilidade na
formulação de rações, apresenta os valores de
aminoácidos digestíveis dos alimentos.
Tabela 6 - Valores de aminoácidos digestíveis verdadeiros dos alimentos 1
Tabela 6 - Values of the true digestible amino acids of the feeds
Aminoácido
Milho moído
Farelo de soja
Soja integral extrudada
Soja integral tostada
Amino acid
Ground corn
Soybean meal
Whole tosted soybean
Whole extruded soybean
0,623
1,819
1,373
1,418
0,352
3,642
2,812
2,815
0,353
3,676
2,877
2,823
0,252
1,822
1,260
1,106
0,268
2,201
1,711
1,672
0,922
3,608
2,777
2,772
1,282
7,433
5,920
5,608
0,181
2,857
2,130
2,267
0,333
0,716
0,701
0,741
0,281
0,313
0,320
0,310
0,615
1,041
1,022
1,057
0,356
2,378
1,856
1,840
0,392
1,517
1,259
1,140
0,198
1,219
0,993
0,920
0,048
0,509
0,376
0,436
0,701
2,242
1,759
1,503
0,501
2,156
1,664
1,629
0,232
1,180
0,937
0,909
0,273
1,694
1,384
1,270
Alanina
Alanine
Arginina
Arginine
Ácido aspártico
Aspartic acid
Glicina
Glicine
Isoleucina
Isoleucine
Leucina
Leucine
Ácido glutâmico
Glutamic acid
Lisina
Lysine
Cistina
Cystine
Metionina
Methionine
Met + Cis
Meth+cys
Fenilalanina
Phenilalanine
Tirosina
Tyrosine
Treonina
Threonine
Triptofano
Thyptophan
Prolina
Proline
Valina
Valine
Histidina
Histidine
Serina
Serine
1
Na base da matéria natural.
1
As fed basis.
Conclusões
Os coeficientes médios de digestibilidade verdadeira dos aminoácidos essenciais foram 93,31; 97;38;
92,16; e 89,63, respectivamente, para milho, farelo de
soja, soja integral tostada e soja integral extrudada. Para
os aminoácidos não-essenciais, os valores para os mesmos alimentos foram 93,79; 96,26; 90,19; e 87,08,
respectivamente.
As duas formas de utilização da soja integral
estudadas neste trabalho, por intermédio de seus
coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos, foram consideradas bons alimentos alternativos como
fontes de aminoácidos, sendo que a soja integral
tostada apresentou valores de coeficientes de
digestibilidade dos aminoácidos ligeiramente maiores
do que a soja integral extrusada.
R.Bras.Zootec.
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Recebido em: 14/05/97
Aceito em: 16/10/97
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Determinação dos Coeficientes de Digestibilidade e dos