Intangíveis – Uma Avaliação em Empresas Brasileiras sobre a Adoção da IAS 38 e o Relato Voluntário. Autor: Valnir Alberto Brandt e-mail: [email protected] Programa: Doutoramento em Contabilidade da EEG da Universidade do Minho RESUMO Ao final do ano de 2007 ocorreu no Brasil a promulgação da Lei 11.638/07 a qual alterou de forma expressiva a legislação societária e por consequência a contabilidade nas empresas brasileiras. A referida Lei inseriu o Brasil no cenário internacional das IFRS/IAS, e um dos itens que passou a fazer parte do corpo das demonstrações financeiras foi o do intangível, incorporado dentro do Ativo Permanente, cujos procedimentos para reconhecimento, mensuração e divulgação são os constantes na IAS 38. A nova Lei atinge todas as empresas, especialmente as Sociedades Anónimas de Capital Aberto, pela obrigatoriedade de publicação de seus relatórios financeiros. Após um período de transição a adoção das IFRS passou a ser obrigatória a partir de 2010. Estas empresas servirão de base de avaliação do presente trabalho. Dessa forma, é oportuno e premente investigar a realidade brasileira quanto ao processo de adoção da IAS 38, e consequências do mesmo relativamente à mensuração e divulgação obrigatórias, bem como divulgação voluntária, dos intangíveis. Este trabalho tem como âmbito da investigação os aspetos contabilísticos e de divulgação dos intangíveis e a realidade brasileira. Quanto é do nosso conhecimento, nenhum estudo focou ainda esta temática neste país continente que é o Brasil, daí a relevância desta tese. Atendendo ao estado da arte nesta temática, o estudo abarca, por um lado, o cumprimento do normativo contabilístico aplicado aos intangíveis e, por outro, expande esta perspetiva contabilística a uma perspetiva de gestão, mais abrangente, que atende ao relato do negócio e à divulgação voluntária dos intangíveis. Assim, a investigação teve dois enfoques: O Contabilístico e o da Gestão. Foi aplicado um questionário a todas as empresas cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) que é a principal instituição brasileira de intermediação para operações do mercado de capitais. De um total de 464 empresas cotadas 123 responderam ao inquérito. Após a coleta, os dados numéricos e não numéricos foram convertidos numa matriz de dados no software SPSS. Foram feitos testes de representatividade da amostra, considerando o setor de atividades e o tamanho das empresas, cujos resultados mostraram serem representativos. A metodologia adotada no tratamento dos dados foi: Estatística Descritiva, Intervalos de Confiança, Teste do Qui-Quadrado, Teste t de Student e teste de Mann-Whitney, Coeficientes de Correlação: Pearson e Spearman, Teste ANOVA e Kruskall-Wallis. De acordo com cada uma das hipóteses previstas na tese foi aplicado um teste específico. No enfoque contabilístico foram elaboradas 6 (seis) questões de investigação, as quais resultaram em 18 hipóteses e mais duas análises descritivas dos dados. No enfoque da gestão foram elaboradas 11 (onze) questões de investigações e resultaram em 27 hipóteses e mais 4 análises descritivas. As análises foram todas feitas, resta, no entanto, a ser feito um modelo para cada um dos enfoques e a conclusão do trabalho. Palavras-chave: Intangíveis – IAS 38 – Gestão – Divulgação Voluntária – IFRS/IAS.