QUEBRANDO PARADIGMAS: TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA Raquel Meneses Vinhal1 , Wellington Alves Vidigal1 , Thaís Rocha Assis2 1 Alunos do Curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Católica de Goiás 2 Professora Orientadora da Universidade Católica de Goiás Resumo - Incontinência urinária (IU) é qualquer perda involuntária de urina. Vários fatores podem levar a IU como o avanço de idade, menopausa nas mulheres , prostatectomia nos homens, dificuldade de mobilização, constipação intestinal, doenças respiratórias crônicas, cirurgia ginecológica prévia, parto normal, várias gestações e vícios posturais. A incidência desta afecção, entre os 50 e 64 anos de idade, é de aproximadamente, 1,5% a 5% nos homens e 10% a 30% nas mulheres, sendo que nesta, a incidência é de 24,6% aos 86 anos. Conhecendo estes dados epidemiológicos, despertou- nos o desejo de estudar com mais afinco os tipos de IU e seus tratamentos medicamentosos, cirúrgicos e fisioterapêuticos. O tratamento medicamentoso muitas vezes apresenta efeitos colaterais altamente desconfortantes e as cirurgias, a médico e longo prazos, perdem seu efeito. O tratamento fisioterapêutico, como tratamento conservador e de primeira escolha no tratamento das IU quando indicada, pode ser uma alternativa relevante, já que não apresenta efeitos colaterais e tem sua eficácia comprovada cientificamente. Entretanto, é um recurso novo se comparado aos outros tradicionais tratamentos e precisa ser difundido aos demais profissionais da área da saúde e à população e a esta ser dada maior acessibilidade. Sendo assim, desenvolvemos uma pesquisa de natureza qualitativa com os objetivos de levantar os fatores que levam os médicos (ginecologistas e urologistas) a indicarem ou não o tratamento fisioterapêutico na IU e identificar qual o conhecimento dos ginecologistas e urologistas em relação ao trabalho fisioterapêutico na IU. Os dados da pesquisa foram predominantemente descritivos e coletados através da observação livre e transcrições de entrevistas semi-estruturadas. Percebemos que a situação financeira do paciente é o fator limitante para a indicação do tratamento fisioterapêutico na IU, uma vez que não existem convênios de saúde que cobrem este tratamento. Observamos que os médicos indicam este tratamento nos casos de IU leve e moderada. Acreditamos que a classe de fisioterapeutas deve lutar para facilitar o acesso a população à esta terapia através da divulgação dos resultados, da formação de cooperativas de profissionais e/ou através do credenciamento aos planos de saúde deste tratamento específico. Palavras-chave: incontinência urinária, fisioterapia, pesquisa qualitativa