II Simpósio de Pesquisa e
VI SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS
Realizado nos dias 3, 4 e 5 de outubro de 2007
TRATAMENTO CONSERVADOR DE DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO
QUADRIL
MORAES, Ramon Candeloro Pedroso*; SOUSA JUNIOR, Francisco Jader Feitosa*; RIBEIRO,
Anderson de Castro*; SOARES, Adauto Castro**; GAIOTTO JUNIOR, Milton****; FRANCO,
Ricardo Zenun****; LIMA, Tiago Christian****; BIONDI, Walquiria Costa***
A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) ocorre em cerca de 10% das crianças nascidas
vivas na sua forma mais incipiente e em torno de 2-3% nas formas mais grave, sendo a principal
causa de osteoartrose de quadril em adultos jovens. O diagnóstico é clínico com confirmação
radiológica. O objetivo deste trabalho é relatar que o tratamento conservador pode ser feito de
maneira satisfatória, mesmo em pacientes nos quais o diagnóstico é considerado tardio. Paciente do
sexo feminino, 13 meses de vida, com quadro clínico de assimetria de membros inferiores e
dificuldade ao deambular. Apresentava ainda hérnia umbilical e inguinal à direita, história de
anemia e asma. Nos raios-X (Rx) e tomografia computadorizada (TC) de quadril, não foi
visualizada a cabeça femoral direita, sendo observada somente na ultra-sonografia (USG). Após o
diagnóstico ultrassonográfico a paciente foi conduzida ao bloco cirúrgico, submetida à anestesia
geral e então feita redução e estabilização do quadril, sendo colocado aparelho gessado (pelvepodálico) em flexão e ligeira abdução. Foram realizadas trocas mensais do gesso durante 5 meses,
além de acompanhamento com Rx e TC, nas quais observou-se núcleo de ossificação. Atualmente a
criança apresenta-se em bom estado, sem alteração de marcha ou qualquer anormalidade. Na DDQ
o tratamento clínico com aparelhos de Frejka, Pavlik ou gesso pelve-podálico é recomendado e
utilizado na ma ioria dos casos nos pacientes até 12-18 meses, não estando a criança em fase de
deambulação. Acima dessa idade ou já no período de deambulação o tratamento de escolha é
cirúrgico. O diagnóstico é feito clínica e radiologicamente com uso de Rx, USG e TC. No caso em
questão optou-se pelo tratamento conservador com utilização de gesso pelve-podálico, apesar da
paciente já deambular, mesmo com dificuldade, quando a literatura indica tratamento cirúrgico. Ao
final do período, após sucessivas trocas de gesso, mantendo a congruência entre a cabeça femoral e
o acetábulo displásico, observou-se que a articulação coxofemoral encontrava-se estável,
permitindo a deambulação do paciente. Demonstra-se que a opção de tratamento clínico tem
sucesso quando adequadamente realizada, não expondo o paciente a trauma cirúrgico importante e
suas possíveis complicações. A DDQ é uma patologia relativamente comum. O tratamento
preconizado varia de acordo com a idade, se há apenas instabilidade, subluxação ou luxação.
Palavras-chaves: 1) Luxação 2) Quadril 3) Displasia
* Acadêmico da Faculdade de Medicina
** Orientador
*** Acadêmica da Faculdade de Farmácia
**** Co-orientador
Fonte Financiadora: UNIFENAS
Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS
Coordenação de Pesquisa e Pós -graduação – Rodovia MG 179 Km 0 – Alfenas – MG
e-mail: [email protected] - www.unifenas.br/pesquisa
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