BRONQUIECTASIAS
Recordando uma velha doença
Como eram as Bronquiectasias
nos anos 70
O que eram as BQ, e o seu significado.
Consequência anatómica final resultante de um certo número
de factores capazes de modificar a estrutura brônquica,
pondo em acção um ciclo vicioso,
INFECÇÃO
INFLAMAÇÃO
DESTRUIÇÃO TECIDULAR.
Bronquiectasia era portanto uma designação Anatomo Patológica
para a dilatação irregular com destruição estrutural do brônquio
Não se considerava uma doença, mas o resultado de uma ou mais doenças.
Quando muito chegou a chamar-se “DOENÇA BRONQUIECTÁTICA”
Como entendíamos a génese das
Bronquiectasias
Alteração dos
Mecanismos de defesa
Infecção e Colonização
Obstrução e colonização
da mucosa
Distorção e alterações da
Parede brônquica e secreção
de muco
Libertação de mediadores
inflamatórios
Os factores etiológicos mais relevantes
As doenças da infância
Sarampo, T. Convulsa, Adenovirus
TUBERCULOSE
Sequelas de doenças do foro respiratório
Pneumonias, Sarcoidose, DPOC, Corpos Estranhos, etc
Doenças Congénitas
hipo gama; situs inversus; sequestro; fq
PERFIL DO DOENTE COM BRONQUIECTASIAS
NOS ANOS 70 /80
PREFERENCIALMENTE
JOVENS
História de doença de infância nos antecedentes
Clinica variável, mas com a tosse e expectoração abundante
a assumir relevância
Por vezes escarro ou expectoração hemoptóica.
OUTRAS VEZES
Doentes com passado de TP, e com sequelas
mais ou menos extensas.
Crianças com história de inalação de corpo estranho
MENOS VEZES
Alterações genéticas
Situações particulares em crianças (FQ)
TIPOS DE BRONQUIECTASIAS
TRACÇÃO
SACULARES
CILINDRICAS
Aspectos Particulares
BRONQUIECTASIAS SECAS
O SINTOMA DOMINANTE ERA A HEMOPTISE
Casquete apical fibrobronquiectático
FIBROSE QUISTICA
COMEÇA A SER DIAGNOSTICADA COM MAIS
RIGOR, COM A CRIAÇÃO NO PORTO DO
INSTITUTO PORTUGUÊS DE GENÉTICA MÉDICA
Dr. JACINTO DE MAGALHÃES – (anos 80)
COMO SE CONDUZIA O CASO
História Clínica
Rx do tórax
Tomografia convencional
Bacteriológicos da expectoração
Ginásio
Avaliação Funcional
Intervenção farmacológica
DISCUSSÃO DO CASO
Cirurgia ou Tratamento conservador
Estudo do doente para cirurgia ou não.
Educação do doente
Alta hospitalar sempre com ligação à C. Externa
Plano de estudo doente cirúrgico
Fase de estudo geral
…..
Avaliação Funcional
Ginásio
Proposta para Broncografias
Admissão para Cirurgia
critérios cirúrgicos
Alta para a área médica
Ajudar o doente a viver com
a nova situação criada
Plano de “follow up”
para o doente não cirúrgico
Ensinar a viver com a doença
Caracterização da “fauna bacteriológica” e da sensibilidade
antibiótica para “afinação” do tratº, no domicilio
Ensino periódico das posições de drenagem
Consultas periódicas
Alguns Casos Clínicos da Época
PAULA ORLANDA
Chegou ao Serviço com o diagnóstico de ASMA
Tinha então 17 anos, e o estudo revelou a existência de
Bronquiectasias saculares (em cacho) bilaterais, muito extensas.
INOPERÁVEIS
Episódios de broncorreia dramáticos, com cheiro fétido, e sangue á mistura
Consulta externa, Ginásio, Internamentos, durante anos.
O aparecimento da Ciprofloxacina, alterou a expectativa
A surpresa do casamento aos 24 anos
A surpresa da Gravidez
Foi mãe apenas 2 anos
F. Leão
Hemoptises – diagnóstico de entrada
34 anos, mineiro de carvão nas Asturias, desde 3 anos antes
Relatório de alta do I N Silicosis de Oviedo, com história de
hemoptises de enorme gravidade. TP? SILICOSE?
Exigiu alta para regresso a Portugal
Estudo possível, negativo. Foi proposto para embolização
Foi dos primeiros doentes a ser embolizado no H.S. João (Prof A. Marques)
Três anos de acalmia absoluta, retomou o trabalho, em Portugal
Nova crise hemoptóica com intervenção de emergência.
broncoscopia de risco, tentada e não conseguida
F. Leão conclusão
Bronquiectasias secas
Submetido a exérese do Lobo Médio
Peça cirúrgica revela:
Silicose dos mineiros de carvão, com zonas de retracção
pulmonar. Bronquiectasias de tracção.
Hipertrofia das artérias brônquicas
Presença de um “Bronquiolito”, que faz erosão na artéria
brônquica. (Gânglio calcificado resultante do complexo
tuberculosos primário)
Possível causa das hemorragias graves.
Curiosamente sem história relevante de crises de expectoração
purulenta. Acessos de tosse sim Expectoração Não
J A SOUSA
Bronquiectasias dos lobos superiores
Bancário, 29 anos internado em 1975 por TP bilateral nos vértices
Um ano e meio de internamento. Sai curado.
Cerca de 2 décadas e meia depois, entrada no SU por hemoptises
Relatório da radiologia:
Casquete bi apical fibrobronquiectático. TP residual.
TAC: bronquiectasias
Tratamento Conservador - Recidivas Frequentes - Expectoração Hemoptóica
Pesquiza de BAAR - POSITIVO
Actualmente: curado. Expectoração hemoptóica fácil e frequente
Bronquiectasias Cilíndricas
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