Benzedura e Cura na Literatura Antropológica 2
Aluno: Caian Alberto Andrade de Mello
PIBIC / CNPq
Orientadora: Edilene Coffaci de Lima
Introdução:
Este trabalho apresenta uma breve análise do
discurso da perda, ‘Retórica da Perda’
(GONÇALVES, 1996), acionado por agentes da
religiosidade popular de Rebouças – PR, sendo
estes benzedeiras, capelães e romeiros.
Método:
Para realização deste trabalho empreendi análise
de documentos públicos, realizei diversos
períodos
de
revisão
bibliográfica
e,
fundamentalmente, três breves incursões à campo
na cidade de Rebouças. Durante estas incursões
realizei entrevistas abertas com alguns agentes da
religiosidade popular local, bem como, em um
breve período de observação participante
acompanhando parte de seu cotidiano, onde pude
analisar mais profundamente seus discursos e o
contexto em que eram acionados.
Referências:
GONÇALVES, J. R. S. A Retórica da Perda: os
discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de
Janeiro: Editora UFRJ; IPHAN.1996.
Resultados:
Com base no discurso acionado em torno da temática da
perda pelos agentes da religiosidade popular de Rebouças
realizo uma breve análise colocando seus elementos
discursivos fundamentais em relação com seu contexto de
acionamento e diversas esferas da vida do sujeito que fala.
Com efeito, dada a pluralidade de formas de acionamento da
temática, este discurso nos revela várias chaves
fundamentais do modo de compreensão destes sujeitos sobre
contexto atual de suas trajetórias.
Desta forma, atravessamos questões em torno das
transformações do modo de vida local nos anos recentes,
bem como formas e conceitos para compreender e agir neste
momento; além disso, seus discursos indicam profundas
questões morais e cosmológicas que assumem papel
fundamental
no
processo
de
compreensão
das
transformações incidindo sobre suas identidades e suas
relações sociais com a comunidade local.
Conclusões:
Após esta breve análise proponho entender a ‘perda’ como
símbolo, acionado por estes sujeitos em resposta às
transformações sociais recentes. Através dele, então, criamse formas de compreensão deste contexto através da moral e
da cosmologia, um modo de agir sobre as transformações
percebidas, bem como, um lugar e um papel para estes
sujeitos em um mudo em constante mudança.
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