Mecânica Geral
Prof. Evandro Bittencourt (Dr.)
Engenharia de Produção e Sistemas
UDESC
27 de fevereiro de 2008
Sumário
1
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
1
2
Introdução
1.1
Princı́pios Fundamentais da Mecânica
1. Lei do Paralelogramo para Adição de Forças
Duas forças atuantes sobre um ponto material podem ser substituı́das por uma única
força, chamada de resultante, obtida pela diagonal do paralelogramo formado pelas
forças.
R = F1 + F2
£
*£
©
F1 ££±
R ©© £
©
£
©
£
£
©©
£
©
£
©
£
©©
£
...£......
©
£ .........β ©
£
... ©
£ ©
£
...
©
...
£©
-£
£
£
£
F2
2. Princı́pio da transmissibilidade
Condições de equilı́brio não se alteram se uma força que atua num dado ponto do corpo
rı́gido for substituı́da por outra de mesma intensidade, direção e sentido, mas que atua
em um ponto diferente, desde que as duas tenham a mesma linha de ação.
3. Primeira Lei de Newton (Lei da Inércia)
Se a intensidade da força resultante que atua sobre um ponto material é zero, este
permanecerá em repouso ou permanecerá com velocidade constante e em linha reta.
4. Segunda Lei de Newton (F = m · a)
Se a força resultante que atua sobre um ponto material não é zero, este terá uma
aceleração proporcional à intensidade da resultante e na direção desta, com o mesmo
sentido.
5. Terceira Lei de Newton (Ação e Reação)
As forças de ação e reação entre corpos em contato têm a mesma intensidade, mesma
linha de ação e sentido opostos.
6. Lei de Gravitação de Newton
Dois pontos materiais de massas M e m são mutuamente atraı́dos com forças iguais e
opostas F e -F de intensidade F dada pela fórmula:
F =G
Mm
r2
r = distância
G = Constante de Gravitação
g=
GM
= 9, 81 m/s2
R2
M = massa da terra
R = Raio da terra
P = mg
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
1.2
3
Sistemas de Unidades
Unidades Absolutas: m : metro (distância)
kg : quilograma (massa)
s : segundo (tempo)
Aceleração: m/s2
A força de 1 N aplicada num corpo com 1 kg de massa provoca aceleração de 1 m/s2
Força: kg · m/s2 = N (Newton)
A aceleração da gravidade (9,81 m/s2 aplicada num corpo com 1 kg de massa provoca força
(Peso) de 9,81 N.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
2
4
Estática dos pontos materiais
2.1
Resultante de duas forças
As forças (ou cargas) em estruturas, máquinas, móveis, etc. são representadas por vetores,
possuindo uma linha de ação, sentido e módulo.
Quando temos duas forças atuando num mesmo ponto material, podemos obter a sua
soma pelo Critério do Paralelogramo.
Exemplo:
Graficamente determinamos retas formando o paralelogramo, a diagonal e a força resultante:
R = F1 + F2
£
©
*£
F1 ££±
£
£
£
£
R ©© £
©
©©
£
©
©©
£
©
£
.....
©©
£ .............β ©©
...
£ ©
...
©
£ © ...
-£
.
£
£
£
£
£
£
F2
Analiticamente podemos determinar o módulo e a direção usando a Lei dos Cosenos e a
Lei dos Senos.
Assim se F1 = 300 N, F2 = 500 N e β = 75o , analisando o triângulo:
*
©
R ©© ££±300 N
©©
©
©
©
©©
... ©
©
...α
©
..
©
.
©
©©
......... £
105......o.............. ...£.
..
..
£
...
..
-£
£
£
£
500 N
Pela Lei dos Cosenos:
R2 = 3002 + 5002 − 2 · 300 · 500 · cos 105o
R = 646 N
Pela Lei dos Senos:
300
646
=
o
sen105
senα
α = 26, 7o
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
2.2
5
Componentes
A soma de forças pode ser realizada através da soma das suas componentes cartesianas.
Exemplo: Componentes de uma força no plano.
Fy 6
£
£
£
£
£
£±
£ 300 N
.£...... 75o
...
£ ... -
Fx
F x = 300 · cos 75o
F x = 77, 6 N
2.3
F y = 300 · sen 75o
F y = 289, 8 N
Adição
O uso das componentes pode simplificar a adição de forças principalmente quando temos
várias forças envolvidas.
Exemplo: Adição de forças usando as componentes. R = 300 N + 500 N
Fy 6
£
£
£
£±
£ 300 N
o
...£..
£ .............75
.
...
£
..
£
-...
Fx
Rx = F x + 500
Rx = 300 · cos 75o + 500
Rx = 577, 6 N
-
500 N
Ry = F y
Ry = 300 · sen 75o
Ry = 289, 8 N
Com as resultantes cartesianas (Rx e Ry) calculamos a resultante (módulo, direção):
R2 = Rx2 + Ry 2
R2 = 577, 62 + 289, 82
R = 646 N
Ry
Rx
289, 8
arc tg α =
577, 6
α =26, 6o
arc tg α =
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
2.4
6
Exercı́cio:
Calcule a resultante das forças:
F1 = 550 N
F2 = 400 N
H
Y
HHF3
HH
HH
HH
.
F3 = 500 N
.
28o H
... H
H­
..
.
F4 = 450 N
­
Á
­ F1
­
­
­
­
­......... 55o
­ ......
...
.
-
F2
F4
?
3
Equilı́brio de um ponto material
Um ponto material se encontra em equilı́brio quando a resultante de forças aplicadas é nula.
Exemplo
Calcular a força de tração nos cabos AC e BC.
Desenho esquemático
¾
3m
4m
-¾
´
´ B
6 @ A
@
@
´
´
´
´
@
3m
@
?
-
´
@
@
C
´
´
´
´
´
@
@´
100 N
O ponto C em equilı́brio será utilizado para análise.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
7
Ponto material
3m
¾
-¾
4m
´
´
6 @
@
´
@
´
´
´
´
FAC
@
´
I
@
@
´3́FBC
@
´
@
@ C ´
@
´
@
@
´
@´
@
3m
?
?
100 N
Para a resultante do ponto em equilı́brio ser nula, as duas componentes ortogonais
também devem ser iguais a zero (Rx = 0, Ry = 0), desta maneira montamos um sistema de
equações considerando as componentes das forças envolvidas:
½
Rx = 0
Ry = 0
½
FBCx − FACx
= 0
FBCy + FACy − 100 = 0

FBC · 4 FAC

− √
= 0

5
2
F · 3 FAC

 BC
+ √ − 100 = 0
5
2
FBC = 71, 4 N
FAC = 80, 8 N
3.1
Exercı́cios
1. O barco está seguro pelos dois cabos AB e CB, sabendo que o rio faz uma força de
15 kN no barco, calcular a força de tração nos cabos.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
¾
30 m
10 m
-¾ -
6
ABB
30 m
?
6
B
B
B
B
B
B
¡
¡
B½B¡
Barco
½@
½
½
30 m
½
½
@
@
½
Rio
½
C ½½
8
½
-
? ½
Figura 1: Exercı́cios 1 e 2
2. (Desenho anterior) Sabendo que o cabo AB está sujeito a uma força de 10 kN, calcular
a força no cabo CB e no barco pelo rio.
4
Momento de uma força
Uma força, além de provocar um movimento de translação nos corpos rı́gidos, também
provoca uma ação de rotação num determinado ponto material do corpo rı́gido que está fora
da linha de ação da força.
Esta ação de rotação é chamada de momento de uma força em relação a um ponto. Sendo
resultado do produto do módulo da força e a distância entre a linha de ação da força e o
ponto onde estamos calculando o momento, medida esta feita na projeção ortogonal do ponto
sobre a linha de ação.
O momento provocado pode ser anti-horário ou horário, no plano define-se o sinal positivo
para o momento anti-horário (Regra da Mão-Direita).
@
¾
F1
?
d1
@
@
@
@
ΣMA = M1 + M2
@
@
ΣMA = F1 · d1 − F2 · d2
@
@
@
@
@
@
R
@
@ F2
@
@
µ@
¡
¡
¡
@
¡
d
¡
2
@
s
¡
¡
@
¡
A@ ¡
@
ª
¡
@
@
@
@
@
Figura 2: Momento de uma força em relação a um ponto
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
4.1
9
Exercı́cios
1. A manivela está sujeita a força vertical indicada.
(a) Calcular o momento no eixo da manivela (A).
(b) Calcular a força horizontal aplicada em C necessária para produzir o mesmo momento da força vertical.
(c) Calcular a força vertical aplicada em B necessária para produzir o mesmo momento.
(d) Determinar a direção e a menor força aplicada em C necessária para produzir o
mesmo momento.
A
*A
©©
©
©
A
©©
25 cm
©©
s
©
©
©
C
©
©
©
©
©
©
©
©
A©
¼
©
*A B
©
©©
15 cm©
150 N
©
©
©
©
A ©©
©
©
r
A©
©
¼
©
A
©........© o
?
A ©© K...... 30
.?
s
©
...................
.
.
.
.
.
.
.
.
........................
.
.
.
.
.
.
.
.
........................
.
.
.
.
.
.
.
.
........................
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...
..... .........
.........
A
Figura 3: Exercı́cio 1
2. Calcular o momento na prateleira fixa na parede:
50 N
30 N
?
?
6
60 N
¾
4.2
20 cm
-¾ 10 cm
-¾ 10 cm
-
Momento de um Conjugado (Binário)
A ação de duas forças com o mesmo módulo, linhas de ação paralelas e sentido contrário é
um momento igual ao módulo multiplicada pela distância entre as linhas de ação.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
M = F1 · d
d1
¾
10
6
F1
F1 ’
?
Figura 4: Momento de uma conjugado
O momento de um conjugado é um vetor ”livre”, tendo o mesmo efeito em todos os
pontos materiais do corpo rı́gido.
4.2.1
Exercı́cios
1. Calcular a força exercida em cada parafuso usado para fixar a prateleira na parede
(posição A e B):
50 N
30 N
?
A
3 cm
?
6
?
B
6
60 N
¾
20 cm
-¾ 10 cm
-¾ 10 cm
-
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
5
11
Centróide e Baricentro
O cálculo de centro de áreas (centróide) e centro de forças (baricentro) de uma figura qualquer
é realizado usando o conceito de momento.
5.1
Centróide de Figuras Conhecidas
Triângulo reto
Retângulo
b
¾
-
6
c
h
h
6
h
2
?
?
¾
b
2
-
¾
Cı́rculo
Semi-Cı́rculo
d
¾
-
.......................................
.
.
.
.
.
.
.....
....
.
...
.
...
.....
...
....
...
c
...
.
...
.....
...
..
.
...
.
.
.....
.
.
.
.
......
.......................................
5.2
-
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.
c ....
...
...
...
...
...
?
.
6
¾
b
¾
d
2
-
¾
d
2
6
h
3
?
b
3-
Quarto de Cı́rculo
-
.................
.
.
.
.
.
.
....
.
.
.
.....
.
c
.....
...
...
...
.....
......
.................
¾
d
2
-
.................
.
.
.
.
.
.
....
.
.
.
c
.....
2·d
...
3·π
.
¾
6
?
2·d
3·π-
2·d
¾ 3·π-
Cálculo do centróide
O centróide de uma figura qualquer pode ser determinado pela divisão desta em figuras
conhecidas. Após a fixação de eixos de referência, estes são usados para o cálculo do momento
das áreas das diversas figuras divididas que por sua vez deve ser igual ao momento da figura
total em relação ao mesmo eixo. Assim o cálculo da posição do centróide em relação aos
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
12
eixos de referência são calculados:
n
X
x=
n
X
xi · Ai
i=1
n
X
y=
Ai
i=1
yi · Ai
i=1
n
X
Ai
i=1
Exemplo:
¾
30
6
c1
60
?
-¾
30
-
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.
c2 ....
...
...
...
...
...
.
Posicionando os eixos de referência no canto inferior esquerdo da figura temos:
1
x
15
y
30
A 1800
2
40
20
900
Calculando x:
x=
15 · 1800 + 40 · 900
= 23, 33
1800 + 900
y=
30 · 1800 + 20 · 900
= 26, 67
1800 + 900
Calculando y:
5.3
Exercı́cio
Posicionar de forma adequada no tampo da mesa os pés no formato de um triângulo equilátero
de 120 cm:
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
¾
80 cm -¾
100 cm
...............
.
.
.
.
.
.
....
.
.
.
Tampo
.....
.
......
.....
.....
.....
.....
.....
.....
..
13
h
6
80 cm
?
6
80 cm
?
Pés
h
¾
h
120 cm
-
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
6
14
Equilı́brio de um corpo rı́gido
Um corpo sujeito a um conjunto de forças se mantém em equilı́brio quando, além da resultante das forças for nula, a somatória de momentos das forças em relação a um ponto
determinado for também igual a zero.
6.1
Tipos de apoios
O cálculo do equilı́brio dos corpos rı́gidos é feito considerando a conexão deste com seu
sistema através de apoios, sendo que a ação do corpo rı́gido sobre o sistema é resultado das
reações nos apoios.
Os apoios restringem determinados movimentos, a cada movimento impedido está relacionado uma reação. Assim os tipos de apoios estão divididos dependendo do número e tipo
de reação que ele fornece.
6.1.1
Apoio simples
O apoio simples impede o movimento de translação na direção perpendicular do apoio, sendo
substituido por uma reação nesta direção.
A ²¯
6
±°
¡¡¡¡¡
¡¡¡¡¡
RA
6.1.2
Apoio rotulado
O apoio rotulado impede o movimento de translação nas duas direções ortogonais, sendo
substituı́do por duas reações.
A
¡@
¡ @
¡¡¡¡¡
¡¡¡¡¡
RAx
-
6
RAy
6.1.3
Apoio fixo (engastado)
O apoio engastado além de impedir totalmente a translação, impede também o movimento
de giro, sendo substituı́do por duas reações e uma reação de momento.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
15
MA
..................
..
ª
RAx
-
6
A
RAy
6.2
Tipos de cargas
Além das cargas concentradas, podemos ter outros tipos de carregamentos como cargas
distribuı́das, uniforme ou não, momentos aplicados e outros.
6.2.1
Carga distribuı́da
A carga distribuida pode ser uniforme:
200 N/m
??????????????????????????
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
j
4m
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
O valor da carga distribuı́da é fornecido por unidade de comprimento: 200 N/m. Para
o cálculo do equilı́brio do corpo rı́gido a carga distribuı́da é substituı́da por uma carga
concentrada posicionada no centróide da carga distribuı́da com o mesmo valor da área da
carga distribuı́da. Assim para o exemplo: 4 · 200 = 800 N.
800 N
?
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
j
4m
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
16
A carga distribuı́da pode ser triangular ou ainda parabólica.
150 N/m
??????????????????????????
j
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
3m
Substituindo por uma carga concentrada:
3 · 150
= 225 N.
2
225 N
?
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
6.2.2
j
2m
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-¾ 1 m -
Momento aplicado
Os corpos rı́gidos podem estar sujeitos ao efeito de momentos aplicados, provenientes de
conjugados ou algum eixo submetido a um momento torçor.
100 N.m
.............................................
.......
........
......
....
.....
....
.
.
.
.
..
.
..
...
...
R
r
¡@
¡
@
¡
¡
¡¡
¡¡
¡
¡¡¡
¾
6.3
j
2m
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-¾ 1 m -
Exemplos
Os exemplos a seguir são baseados principalmente em vigas, mas a condição de equilı́brio
serve para todos os outros tipos de corpos rı́gidos.
1. Calcular as reações de apoio da viga:
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
17
500 N/m
?????????????????????????????????????????
A
B
j
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
6m
Substituindo os apoios pelas reações correspondentes, além da carga distribuı́da por
uma concentrada equivalente (P = 500 · 6 = 3000 N):
3000 N
?
-
RAx
6
¾
6
3m
3m
-¾
-
RAy
RBy
Aplicando as condições de equilı́brio:

 ΣF x = 0
ΣF y = 0

ΣMA = 0


RAx
= 0 (1)
RAy + RBy − 3000 = 0 (2)

RBy · 6 − 3000 · 3 = 0 (3)
Da (3) resulta RBy = 1500 N, aplicando o valor na (2) temos RAy = 1500 N.
2. Calcular as reações de apoio da viga engastada:
100 N/m
??????????????????????????????????????????
@
@
@
@
@
@
@
@
¾
3m
-¾
2m
-
Substituindo os apoios pelas reações correspondentes, além das cargas distribuı́das por
cargas concentradas equivalentes:
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
225 N
18
200 N
?
?
...............M
...........A
..........
.....
R
......
.....
...
..
r
...
¾
6
2m
¾
2m
-¾
RBx
-¾ 1 m -
RBy
Aplicando as condições de equilı́brio:

 ΣF x = 0
ΣF y = 0

ΣMB = 0


RBx
= 0 (1)
RBy − 425
= 0 (2)

225 · 3 + 200 · 1 − MA = 0 (3)
Da (2) resulta RBy = 425 N, e da (3) MA = 875 N·m.
6.4
Exercı́cios
1. Calcule as reações de apoio da viga.
500 N/m
???????????????????????????????
A
B
j
¡@
¡
@
¡
¡
¡¡
¡¡
¡
¡¡¡
¾
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-¾ 2 m -
6m
2. Calcule as reações de apoio da viga.
100 N/m
200 N
?
?????????????????????
Aj
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾ 2 m -¾ 2 m -¾
B
4m
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
7
19
Esforços em Vigas
Em uma viga, submetida a um determinado carregamento, aparecem dois tipos de esforços,
o momento fletor e o esforço cortante (cisalhamento).
..... ....M
................
.........................M
......I
.............µ
.
...................................................
..
.
Q 6
?
Q
Momento Fletor (M)
7.1
Esforço Cortante (Q)
Combate aos esforços
Os esforços em vigas de madeira, aço e outros materiais são combatidos através da determinação de geometria e propriedades adequados.
7.2
Relação entre cargas aplicadas e esforços
Existe uma relação diferencial entre as cargas aplicadas e os esforços nas vigas. Dada uma
viga submetida a uma carga distribuı́da qualquer:
.....
........ ............
....
....
...
...
..
.
..
.
...
..
...
...
...
.
.
.
....
.
.
.
.
........ ........
.....
???????????
j
∆x
- ¾
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
q
Q+∆Q M+∆M
6
....
...
..
...
I
..
M
.
...
?
?
?
.
...
µ
...
...
P
....
...
..
...
....
?
Q
..
...
..
..
.
.
....
r
∆x
- ¾
Aplicando as condições de equilı́brio:
½
(
ΣF y = 0
ΣMP = 0
Q + ∆Q − Q − q · ∆x
= 0 (1)
∆x
+ M + ∆M − M = 0 (2)
Q · ∆x + q · ∆x ·
2
Da Equação (1):
q=
∆Q
∆x
Aplicando limite ∆x → 0
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
20
∆Q
∆x→0 ∆x
dQ
q=
dx
q = lim
Da Equação (2):
∆x2
−q ·
− ∆M
2
Q=
∆x
Aplicando limite ∆x → 0
∆x
− ∆M
2
Q = lim
∆x→0
∆x
dM
Q=−
dx
−q ·
7.3
Método de determinação dos esforços
Dentre os diversos métodos, a análise dos esforços ao longo de uma viga pode ser feita genericamente, formando as funções que descrevem momento fletor e esforço cortante, utilizando
diversas seções (Método das Seções).
Ou ainda, utilizando o Método dos Pontos, onde se determina o momento fletor e esforço
cortante nos pontos principais da viga.
7.3.1
Método das seções
A determinação de onde e quantas seções devam ser utilizadas depende do tipo de carregamento, a cada variação de carga distribuı́da uniforme, ou carga e momento concentrado,
determinamos uma nova seção.
Exemplo:
S1
S2
S3
100 N/m
200 N
?
?????????????????????
Aj
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾ 2 m -¾ 2 m -¾
7.4
Exemplos
1. Dada a viga, determinar os esforços:
B
4m
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
21
800 N
?
j
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡ 2m
¡
¾
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
2 m¡
-
-¾
Determinação das reações e seções:
S1
S2
800 N
?
6
6
400 N
2m
¾
400 N
2m
-¾
-
Esforços na Seção S1 , considera-se as cargas à esquerda da seção e os esforços à direita:
S1
Q 6M ..
.
.
...
...
I
.
6
..
.
..
.
.
...
400 N
¾x
Calculando o equilı́brio na Seção S1 :
½
½
ΣF y = 0
ΣMS1 = 0
Q + 400
= 0
M − 400 · x = 0
½
Q = −400
M = 400 · x
A função Q na Seção S1 é válida para 0 < x < 2, devido a descontinuidade causada
pelas forças concentradas no esforço cortante.
Por outro lado, a função M na Seção S1 é válida para 0 ≤ x ≤ 2, já que, somente
momento aplicados causam descontinuidade no momento fletor.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
22
Esforços na Seção S1 , considera-se as cargas à esquerda da seção e os esforços à direita:
S2
800 N
Q 6M ..
.
.
...
...
I
.
?
..
.
..
.
.
...
6
400 N
2m
¾
¾
x
-
½
½
Q + 400 − 800
= 0
M − 400 · x + 800 · (x − 2) = 0
Q = 400
(2 < x < 4)
M = 1600 − 400 · x (2 ≤ x ≤ 4)
dM
Note, que a condição da relação diferencial Q = −
, pode ser utilizada para endx
contrar a função esforço cortante a partir da função momento fletor pela derivada, ou
de outro modo, encontrar a função momento fletor a partir da função esforco cortante
pela integral.
2. Dada a viga, determinar os esforços:
100 N/m
??????????????????????????
j
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
¾
4m
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
¡
-
Determinação das reações e seções:
S1
100 N/m
??????????????????????????
6
200 N
¾
Esforços na Seção S1 :
6
4m
-
200 N
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
S1
100 N/m
Q 6M ..
.
.
...
...
I
.
??????????
..
.
...
....
6
200 N
¾ x
½
Q = 100 · x − 200
(0 < x < 4)
2
M = 200 · x − 50 · x (0 ≤ x ≤ 4)
3. Dada a viga, determinar os esforços:
100 N.m
.................................
........
...........
.......
......
......
..
....
.
.
..
.
.
...
..
...
...
R
r
¡@
¡
@
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡ 2m
¡
¾
j
¡¡
¡¡
¡¡
¡¡
¡
2 m¡
-
-¾
Determinação das reações e seções:
S1
S2
100 N.m
....
.................. ........................
........
......
......
.....
....
.
.
.
.
...
....
..
...
...
R
r
6
6
-25 N
2m
¾
25 N
-¾
2m
Esforços na Seção S1 :
S1
Q 6M ..
.
.
...
...
I
.
6
-25 N
¾x
-
..
..
...
....
-
23
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
½
24
Q = 25
(0 < x ≤ 2)
M = −25 · x (0 ≤ x < 2)
Esforços na Seção S2 :
S2
100 N.m
.....................................
.......
..........
......
.......
.
......
....
.
.
..
.
.
...
..
...
..
R
.
...
...
I
.
..
.
..
.
.
...
r
6
-25 N
2m
¾
¾
x
Q 6M ..
.
-
½
Q = 25
(2 ≤ x < 4)
M = 100 − 25 · x (2 < x ≤ 4)
É importante notar os intervalos para o momento fletor, que tem uma descontinuidade
no ponto onde o momento é aplicado, sendo portanto indefinido neste ponto (x = 2), o
mesmo não acontece para o esforço cortante que é independente do momento aplicado.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
8
25
Forças e Tensões
A força atuante geralmente é considerada para efeito de dimensionamento como um força
distribuı́da por unidade de área, chamada de Tensão, dada em N/m2 , ou em Pascal (P a =
N/m2 ).
Para o dimensionamento, as tensões atuantes são comparadas com as tensões admissı́veis
para o material considerado.
8.1
Tensões Axiais
Quando a área considerada para o cálculo da tensão é perpendicular ao eixo da força temos
uma tensão axial, que pode ser de Tração ou de Compressão.
As tensões axiais são representadas pela letra grega σ.
σ=
F
A
...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
.........
. ..
.........
.........
...
........
........
.
...
.
.
.
.
.
.
.
.
.........
...
.........
.........
..
.........
.........
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
....
.....
.....
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
....
....
....
.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
...
...
...
....
....
....
...
....
....
....
....
....
...
....
....
....
...
...
...
....
....
...
...
....
....
...
....
....
....
....
....
...
...
...
....
....
....
.....
....
....
.
....
....
....
.
.
.
.
.
.
.
....
....
.
......
.
.
.
.
.
.
.
....
....
.....
.
.
.
.
.
.
.
.
...
...
....
....
....
.........
........
....
....
.........
....
... .............
.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
-F
A
................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
.........
....... .....
.........
........
...
.........
.........
...
.........
.
.
.
.
.
.........
.
.
.
...
......
.........
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.....
.....
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
....
.
.
......
......
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
....
.
.
...
.....
.....
....
...
...
...
....
....
....
....
....
...
....
....
....
....
....
...
...
...
...
...
....
....
...
....
....
....
....
....
...
....
....
....
...
...
.....
....
....
.
.
.
....
....
.
......
.
.
.
.
.
.
....
....
.
.....
.
.
.
.
.
.
.
....
....
.
........
...
...
........
.........
....
....
.........
....
....
.........
....
.....................
.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
-
8.2
-
-
-
-
σ
Tensões de Cisalhamento
Quando a área considerada para o cálculo da tensão é paralela ao eixo da força temos uma
tensão de cisalhamento.
As tensões de cisalhamento são representadas pela letra grega τ .
τ=
8.3
F
A
Tensões na Flexão
Uma peça flexionada apresenta uma configuração de tensões axiais.
Para o momento fletor positivo, temos a parte inferior da peça sofrendo tração e a parte
superior sofrendo compressão.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
26
Compressão
M ....
.............M
................?
..............I......... .......
.............µ
..............................................
.
.
6
Tração
Sendo assim, existe um ponto intermediário na seção flexionada, onde o esforço é nulo.
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
9
27
Momento de Inércia de Figuras Planas
O Momento de Inércia da área A em relação a um eixo é um propriedade das figuras planas
Z
Z
2
Ix =
y dA
Iy =
x2 dA
A
A
y 6
x ............................................................................
.......
.....
.
.
.
.
.
.
....
.
.
.
.
...
........
.
dA
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
6
......
.
.
.
.
..
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
A
y
..
......
.....
.......
....
.......
.
.
.
.
.
.
.
.
.....
....
......
...
.....
.
?
.
.....
.
.
.
....
...
......
.
.
...
.
.
.
.
O
x
...
.....
........
............
....................................................................
¾
9.1
Exemplo
y 6
b
dA
6
A
y
dy
h
?
-
O
x
Z
Z
Ix =
y dA =
A
·
h
2
y
0
2
(b dy) = b
y3
3
¸h
=
0
b h3
3
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
9.2
Teorema dos Eixos Paralelos
Ix = Ix0 + d2 A
..............
......................... .............................
.............
.
.....
.
.
.
.
.
.
.
.
....
.......
...
........
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
..
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
.
...
C
..
....
....
.....
........
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...
...
..6
......
....
.....
.
...
.
.
.
.
.
.
....
.....
......
...
.....
.
.
d
...
.
.
.
A
...
.....
..........
.
.
........
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
......................................................
?
9.3
x’
x
Exemplo
b
A
h
x’-
-
x
µ ¶2
h
b h3 b h3
b h3
Ix0 = Ix −
(b h) =
−
=
2
3
4
12
28
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
9.4
Momento de Inércia de Figuras Conhecidas
Retângulo
Triângulo reto
b
¾
-
-
...
...
...
...
...
..y’
...
...
6
...
..
c .... - x’
...
...
...
...
...
?
.
6
y’
6
c
h
-
6
x’
h
h
2
?
?
¾
b
2
-
Ix0 =
¾
b h3
12
Iy0 =
Cı́rculo
d
-
Ix0 =
.......................................
.
.
.
.
.
.
.....
y’
....
.
....
.
6
....
...
...
...
...
.
c
- x’ ...
...
...
....
.
...
..
.
....
.
.....
...
.
.
.
........
.
.................................
d
2
Ix0 = Iy0 =
¾
h
3
?
b h3
36
Quarto de Cı́rculo
-
.................
.
.
.
.
.
.
y
....
.
.
...
6
....
c
- x’
.....
...
...
...
.....
......
.................
¾
d
2
-
.................
.
.
.
.
.
.
y
....
.
.
...
c
6
....
2·d
3·π
...
¾
6
?- x
2·d
3·π-
2·d
-
π r4
4
d
2
6
b
3-
h b3
12
Semi-Cı́rculo
¾
¾
b
¾
6
9.5
29
¾ 3·π-
Ix0 = Iy =
π r4
8
Ix = Iy =
π r4
16
Cálculo do Momento de Inércia
O Momento de Inércia de uma figura qualquer pode ser determinado pela divisão desta em
figuras conhecidas. Após o cálculo do centróide o Momento de Inércia é calculado usando o
teorema dos eixos paralelos e somando a contribuição de cada subfigura.
Exemplo:
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
¾
3,0 m -¾
6
6,0 m
?
c1
3,0m
-
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.
c2 ....
...
...
...
...
...
.
Posicionando os eixos de referência no canto inferior esquerdo da figura temos:
1
x 1,5
y 3,0
A 18,0
2
4,0
2,0
9,0
Calculando x:
x=
1, 5 · 18, 0 + 4, 0 · 9, 0
= 2, 333 m
18, 0 + 9, 0
y=
3, 0 · 18, 0 + 2, 0 · 9, 0
= 2, 667 m
18, 0 + 9, 0
Calculando y:
Calculando Ix0 :
Ix0 = I1 + I2
3 · 63
3 · 63
Ix0 =
+ (3 − 2, 667)2 (3 · 6) +
+ (2, 0 − 2, 667)2 (1, 5 · 6)
12
36
Ix0 = 78, 00 m4
Calculando Iy0 :
Iy0 = I1 + I2
6 · 33
6 · 33
+ (1, 5 − 2, 333)2 (3 · 6) +
+ (4, 0 − 2, 333)2 (1, 5 · 6)
Iy0 =
12
36
Iy0 = 55, 50 m4
9.6
Exercı́cio
Calcular o Momento de Inércia das figuras:
30
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
31
1,0 m
4,0 m
5,0 m
4,0 m
1.
5,0 m
1,0 m
2,0 m
2,0 m
5,0 m
2.
¾
80 cm -¾
.................
.
.
.
.
.
.....
.
.
.
....
.
.......
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.
100 cm
6
80 cm
?
6
80 cm
?
3.
9.7
Produto de Inércia
O Produto de Inércia da área A em relação as eixos coordenados é um propriedade das
figuras planas
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
Z
Pxy =
yxdA
A
y 6
x ..........................................................................
.......
.......
.
.
.
.
....
.
.
.
.
.
.
...
dA
.........
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
..
.
6
.
.
..
......
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
A
y
..
.....
....
........
....
.......
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.....
...
......
...
.....
?
.
.....
.
.
.
.
...
.....
......
...
.
.
.
.
O
x
.
...
...
........
.............
....................................................................
¾
O valor para o Produto de Inércia de figuras simétricas é zero.
9.8
Teorema dos Eixos Paralelos para o Produto de Inércia
Pxy = Px0 y0 + dx · dy · A
y
y’
............................................................
.......
...............
..........
.
....
.
.
.
.
.
.
.
..
...
.
.
.
.
.
.
...
.......
.
.
.
...
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
..
.
.
.
.
..
.....
C
.
.
.
.
.
.
.
....
...
........
....
dx .......
...
..6
.
.
¾
.
.
.
.
.
.
..
.....
...
.....
.....
......
.
.
.
.
.
...
....
...
dy
.......
A
...
.....
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
......
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.............................................................
?
x’
x
32
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica Geral - 2007
9.9
33
Eixos e Momentos Principais de Inércia
Os momentos de inércia para eixos u e v podem ser calculados considerando o ângulo de
rotação φ do sistema x e y.
v COC y 6 u »»
:CC
C
»» »
»»
»
»
»»
C
C»
»»
9
x ...................C.........................................................
C
¾
.......
.....
.
.
.
.
.
.
....
.
C
.
.
C
.
...
........
.
dA
.
.
.
.
.
...
C
C ...........
»
»
...
.
.
.
.
.
.
6
.
C ......
CO
..
.
.
.
.
C
.
.
.
.
.
C
.
.
.
y
A v CC
..
»
:.......
»
..... C
C »»»»...............
....
.
.
.
W
C
.
.
»
C
..... u
...
»»
......
»
.
...
.
.
.
»
.
.
.
C»
?
...
....
... »»»C
......
.....
.
...
.
.
.
.
O
x
...
....
C
........
.............
............................C.......................................
Ix + Iy Ix − Iy
+
cos 2φ − Pxy sen 2φ
2
2
Ix + Iy Ix − Iy
Iv =
−
cos 2φ + Pxy sen 2φ
2
2
Ix − Iy
Puv =
sen 2φ + Pxy cos 2φ
2
dIu
Fazendo Puv = 0 ou
=0
dφ
2Pxy
tg 2φm = −
Ix − Iy s
µ
¶2
Ix − Iy
Ix + Iy
2
Imax,min =
±
+ Pxy
2
2
Iu =
Download

Mecânica Geral