Celebrar Angola é dar valor à nossa terra, à nossa gente e à nossa identidade. ÍNDICE 1. Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva.................................................................................................................. 7 2. Aspectos Mais Relevantes.......................................................................................................................................... 11 A. Síntese dos Indicadores.........................................................................................................................................12 B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores......................................................................................................13 C. Principais Realizações em 2014..........................................................................................................................15 3. Estratégia e Estrutura Organizacional....................................................................................................................17 A. Modelo de Governação Corporativa...................................................................................................................18 B. Estratégia e Modelo de Negócio.........................................................................................................................26 C. Responsabilidade Social........................................................................................................................................29 D. Marcas | Reconhecimento.....................................................................................................................................31 4. Enquadramento Macroeconómico..........................................................................................................................33 A. Contexto Internacional...........................................................................................................................................34 B. Contexto Nacional...................................................................................................................................................37 5. Enquadramento da Actividade por Segmentos...................................................................................................45 A. Banca Corporativa e PMEs..................................................................................................................................46 B. Banca de Retalho: Particulares...........................................................................................................................48 C. Banca de Investimentos........................................................................................................................................50 D. Banca Electrónica...................................................................................................................................................50 6. Participações Financeiras.........................................................................................................................................53 7. Gestão do Risco............................................................................................................................................................59 A. Governo e Organização da Gestão e Controlo do Risco..............................................................................60 B. Risco de Mercado e de Liquidez..........................................................................................................................61 C. Risco de Crédito e Risco de Contraparte..........................................................................................................65 D. Adequação de Capital.............................................................................................................................................68 E. Risco Operacional....................................................................................................................................................69 F. Risco de Compliance..............................................................................................................................................70 8. Recursos Humanos..................................................................................................................................................... 73 09. Análise Financeira........................................................................................................................................................79 A. Balanço......................................................................................................................................................................80 B. Demonstração dos Resultados............................................................................................................................85 C. Rentabilidade.............................................................................................................................................................88 10. Proposta de Aplicação de Resultados.....................................................................................................................89 11. Demonstrações Financeiras........................................................................................................................................91 A. Balanços......................................................................................................................................................................92 B. Demonstrações dos Resultados...........................................................................................................................93 C. Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios.......................................................................................94 D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa..................................................................................................................95 E. Anexo às Demonstrações Financeiras...............................................................................................................96 F. Parecer do Auditor Externo................................................................................................................................. 146 G. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal........................................................................................................... 148 MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA Em 2014 o BAI conduziu a sua actividade num ambiente económico exigente caracterizado (i) pela queda da produção e preço do petróleo, implicando a redução das receitas fiscais petrolíferas, o aumento da volatilidade na taxa de câmbio e a redução das Reservas Internacionais Líquidas; (ii) pelo contínuo processo de desdolarização da economia; (iii) pela aprovação de importantes diplomas no âmbito da reforma tributária; e (iv) pelo aumento de regulamentação e intervenção do Banco Nacional de Angola no sector bancário. O sector bancário angolano manteve em 2014 a tendência de crescimento, tendo o crédito concedido ao Estado e à economia registado um aumento de 2% sobre o valor do ano transacto, essencialmente impulsionado pelo crescimento em 49% do crédito ao Estado, atingindo AKZ 4.765 mil milhões no final de 2014. Os depósitos registaram um aumento de 15%, totalizando AKZ 5.445 mil milhões no final do ano. Não obstante a expansão da actividade do sector, os resultados líquidos da banca no seu todo caíram 45%, em consequência sobretudo do reforço substancial das provisões para crédito, reflectindo o reconhecimento do aumento do risco do crédito em carteira. O crédito vencido passou de 9,8% no final de 2013 para 14,4% no final de Novembro 2014. O BAI manteve a posição de destaque que ocupa no mercado angolano, tendo fechado o exercício com activos líquidos de AKZ 1.101.072 milhões (mais 6% face a 2013), uma carteira de depósitos de AKZ 950.917 milhões (mais 5% face a 2013) e fundos próprios de AKZ 113.654 milhões (mais 9% face a 2013). Ao nível dos resultados, verificou-se o desempenho positivo do produto bancário que cresceu 3,6% face ao ano anterior, atingindo AKZ 58.835 milhões no final de 2014, a redução dos custos com provisões em 34,1% (menos 7.481 milhões face a 2013) e dos impostos, que no seu conjunto contribuíram para a evolução positiva dos resultados líquidos que se situaram em AKZ 12.849 milhões, representando um crescimento de 6,3% relativamente ao verificado em 2013. O BAI prosseguiu o seu programa de expansão da rede comercial, aumentando os seus canais de distribuição de 128 no final de 2013 para 138 no final de 2014 e o número de colaboradores de 1.870 para 2.000. O número de clientes aumentou de 558.593 em 2013 para 635.491 no final de 2014. Destaca-se igualmente a abertura de um novo Centro de Serviços Premium vocacionado para atender Clientes do segmento private, no âmbito do projecto de segmentação dos Clientes particulares. O BAI também deu continuidade à sua estratégia de inovação em termos de produtos e serviços. O ano foi marcado pelo lançamento do serviço de correspondente bancário com os Correios de Angola e o lançamento do serviço “e-Kwanza”, que permite a conversão de moeda física em moeda electrónica e vice-versa nos balcões do Banco e junto de correspondentes registados, e também operações de moeda electrónica através de telemóveis. No que diz respeito à governação corporativa e ao sistema de controlo interno, procedeu-se à implementação de um conjunto de medidas tendo em vista assegurar a conformidade do Banco às exigências do BNA, com destaque para a aprovação da criação de uma função autónoma para a gestão do risco. Em 2014, destaca-se ainda o facto de o BAI ter sido a primeira instituição em Angola a obter um rating de agências internacionais de rating. O BAI fechou o ano com uma notação de rating da agência Moody´s de Ba3/Not Prime e de B+ com perspectiva estável da agência Fitch Rating. 8 01. Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva Ao nível do reconhecimento da marca BAI em 2014, destaca-se a atribuição do prémio de Melhor Banco em Angola, pela revista Euromoney, pela terceira vez consecutiva, e o prémio de Melhor Grupo Financeiro em Angola, atribuído pela revista World Finance. Em 2015 tudo indica que se vá assistir à manutenção de um ambiente económico exigente, esperando-se a redução das receitas petrolíferas como consequência da manutenção dos preços de petróleo, em média a níveis muito inferiores aos de 2014 . Neste contexto de redução das receitas petrolíferas com efeitos que incluem maior dificuldade de acesso a financiamentos externos e pressão sobre as reservas cambiais do país, o governo tomou a decisão de rever o Orçamento Geral do Estado, procedendo à (i) reavaliação da estimativa da receita petrolífera; (ii) fixação da despesa a um nível de cobertura mais realístico, por via da revisão dos créditos orçamentais; e (iii) controlo do défice e das necessidades de financiamento, por via da revisão de operações de financiamento, sem comprometer o serviço da dívida projectada. Este contexto vai certamente acentuar os riscos de crédito no mercado nacional, justificando a manutenção da estratégia de negócio que tem vindo a ser adoptada pelo BAI, assente na rigorosa selectividade do crédito concedido e gestão prudente da liquidez. Entretanto, para se posicionar de forma a fazer frente aos desafios que se colocam e também aproveitar as novas oportunidades de negócio que se perspectivam, o Banco continuará a dar prioridade à melhoria da qualidade na prestação dos serviços, à formação contínua dos seus recursos humanos, à melhoria dos processos e tecnologias de suporte operacional e ao controlo dos custos. A todos os nossos colaboradores o nosso agradecimento pelo empenho e profissionalismo demonstrado, que têm contribuído para o cumprimento dos objectivos que nos propomos realizar. Também se regista e agradece a confiança que os Clientes têm depositado no Banco, que nos estimula para continuarmos a prestar um serviço de qualidade e de valor acrescentado. José Carlos de Castro Paiva Mário Alberto Barber Presidente do Conselho de Administração Presidente da Comissão Executiva 9 ASPECTOS MAIS RELEVANTES A. Síntese dos Indicadores Valores em milhões de AKZ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 2012/2013 2013/2014 1.033 428 257.314 815.204 99.450 29.627 1.039.693 245.708 902.936 104.430 19.835 1.101.072 365.461 950.917 113.654 22.751 0,6% -4,5% 10,8% 5,0% -33,0% 5,9% 48,7% 5,3% 8,8% 14,7% 55.634 20.953 17.217 18,4% 1,6% 56.784 21.951 12.082 11,9% 1,2% 58.835 25.723 12.849 11,8% 1,2% 2,1% 4,8% -29,8% -35,6% -26,7% 3,6% 17,2% 6,3% -0,6% 3,0% 1.747 112 104 6 1 1 482.948 264 2.040 1.870 128 119 7 1 1 558.593 292 2.196 2.000 138 125 10 2 1 635.491 321 2.539 7,0% 14,3% 14,4% 16,7% 0,0% 0,0% 15,7% 10,6% 7,6% 7,0% 7,8% 5,0% 42,9% 100,0% 0,0% 13,8% 9,9% 15,6% 276 4.312 16 1,9% 37,7% 299 4.364 15 2,1% 38,7% 318 4.605 14 2,4% 43,7% 8,1% 1,2% -6,3% 9,4% 2,6% 6,4% 5,5% -0,8% 13,5% 13,1% 31,6% 50,5% 48,8% 27,2% 38,0% 48,0% 38,4% 37,0% 60,0% -13,8% -24,8% -1,6% 41,2% -2,5% 25,0% 7,2% 9,7% 133,7% 24,9% 6,9% 13,7% 198,7% 23,6% 11,4% 10,1% 88,2% 33,2% -4,9% 41,4% 48,6% -5,1% 65,5% -26,3% -55,6% 40,4% 46,1% 16,07% 84 998 49,9% 17,43% 82 810 52,3% 17,38% 88 877 8,1% 8,5% -2,6% 4,8% -0,3% 7,3% Balanço e Extrapatrimoniais Activo Líquido Créditos Depósitos Fundos Próprios Garantias e Outros Passivos Eventuais Resultados e Rendibilidade Produto Bancário Custos Administrativos Resultados Líquidos ROAE ROAA Funcionamento Nº de Empregados Canais de Distribuição Rede de Retalho Centros de Atendimento Empresas Centros de Serviço Premium Centros de Banca Electrónica Nº de Clientes ATMs Activos TPAs Activos Produtividade Número de Clientes por Empregado Número de Cliente por Balcão Número de Empregados por Balcão (%) Custos Administrativos / Activo Líquido Médio (%) Cost to Income Ratio Liquidez e Gestão de Fundos (%) Rácio de Transformação (Créditos / Depósitos) Concentração Depósitos = Top 20 Concentração Crédito = Top 20 Qualidade dos Activos (%) Rácio de Crédito Vencido (%) Rácio de Cobertura do Crédito Total (%) Rácio de Cobertura do Crédito Vencido (%) Total Crédito / Total Activo Adequação do Capital Rácio de Imobilizado (%) Rácio de Solvabilidade Regulamentar Fundos Próprios Regulamentares Notações de Rating Moody´s Curto Prazo Longo Prazo Fitch Rating Curto Prazo Longo Prazo * Inclui juros abatidos ao activo 12 NP Ba3 B B+ 02. ASPECTOS MAIS RELEVANTES B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores Activo Líquido 1.200.000 1.000.000 1.039.693 1.033.428 6% 1.101.072 1% Milhões de AKZ 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Depósitos de Clientes 1.000.000 902.936 815.204 11% 950.917 5% 800.000 Milhões de AKZ 600.000 400.000 200.000 0 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Créditos 400.000 Milhões de AKZ 300.000 365.461 +49% 257.314 -5% 245.708 200.000 100.000 0 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Resultados Líquidos 20.000 17.217 -30% 15.000 Milhões de AKZ 12.082 +6% 12.849 10.000 5.000 0 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 13 Cost to Income 50,00% 40,00% 43,7% 37,7% 38,7% Dez. 12 Dez. 13 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Dez. 14 Rácio de Solvabilidade Regulamentar 20,00% 16,07% 17,43% 17,38% Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Rentabilidade Média do Activo (ROAA) 2,0% 1,6% 1,5% 1,2% 1,2% Dez. 13 Dez. 14 1,0% 0,5% 0,0% Dez. 12 Rentabilidade dos Capitais Próprios Médios (ROAE) 20,00% 18,4% 15,00% 11,9% 11,8% Dez. 13 Dez. 14 10,00% 5,00% 0,00% 14 Dez. 12 02. ASPECTOS MAIS RELEVANTES C. Principais Realizações em 2014 • Inauguração de dois centros de serviços Premium. • Novos atributos do cartão “BAI Kamba” e as novas funcionalidades do serviço Mobile Banking. • Lançamento do serviço correspondente bancário da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola, E.P, em parceria com o BAI. • Lançamento do “e-Kwanza BAI”, o serviço que permite transferir e fazer pagamentos por telemóvel. • Reforço do modelo de governação corporativa. • Revisão dos processos de gestão e controlo do risco, com particular relevância para a segregação de funções e uma gestão mais integrada. • Início da implementação do Plano de Continuidade de Negócio. • Reforço dos procedimentos de compliance, incluindo a implementação do manual Conheça o Seu Cliente (KYC). • Revisão do modelo de avaliação de desempenho dos recursos humanos. • Transferência e implementação do novo modelo de fundo de pensões. • Obtenção do primeiro rating pelas agências Moody´s e Fitch. Inovações da Banca Electrónica em 2014 Mobile Banking Foram apresentados em Julho os novos atributos do Cartão BAI Kamba e as novas funcionalidades do serviço Mobile Banking, por intermédio de demonstração de novos aplicativos, que permitem, entre outras melhorias, o recarregamento de fundos ao BAI Kamba, em qualquer parte do mundo e pagamentos de serviços de telecomunicações, por via de (i) smartphones com os sistemas operativos Android e iPhone, (ii) SMS simples, enviadas por telemóvel para o número 4224, podendo ser utilizados em todos os terminais independentemente da marca ou sistema operativos, e (iii) SMS Facilitador, que são mensagens seleccionadas do menu do telemóvel disponibilizado a partir da instalação de uma aplicação própria, desenhado para os terminais que não smartphones. e-Kwanza BAI – Serviço de Pagamentos Móveis O BAI iniciou em Dezembro a comercialização do e-Kwanza BAI, um inovador serviço financeiro com o qual implementa em Angola o sistema de pagamentos móveis, baseado na utilização do telemóvel e moeda electrónica para fazer transferências e pagamentos de bens e serviços, no território nacional. Os Clientes podem registar-se – de forma livre e sem custos – numa agência BAI ou num agente autorizado e-Kwanza BAI e activar o seu utilizador através de um Servidor Interactivo de Voz (“IVR” na sigla inglesa). Uma vez registado e activado com sucesso, todas as transacções subsequentes serão confirmadas de forma segura pela inserção de um PIN, apenas do conhecimento do Cliente. Todas as operações de transformação de moeda física em moeda electrónica, e vice-versa, são garantidas pela rede de agências BAI. Correspondente Bancário em Parceria com os Correios de Angola O serviço de correspondente bancário foi lançado em Outubro em parceria com a Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola, EP (Correios de Angola). O serviço consiste na representação do BAI por uma entidade, para a comercialização de produtos e serviços bancários do Banco, por meio de soluções tecnológicas e procedimentos pré-definidos. O serviço de correspondente bancário visa oferecer aos cidadãos de todo país facilidades na inclusão financeira, para permitir que moradores de cidades ou vilas, onde não existam agências bancárias ou estas laborem com deficiência, possam usufruir de serviços financeiros, tais como abertura de contas, levantamentos e depósitos de dinheiro, transferências e acesso ao crédito. O cronograma de implantação de correspondente bancário prevê que, em 11 meses, os serviços estejam disponíveis em 32 entidades parceiras. 15 ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A. Modelo de Governação Corporativa O BAI adoptou em 2014 um conjunto de medidas tendo em vista alinhar o seu modelo de governação corporativa com os Avisos nº 1/13 e 2/13 de 19 de Abril. O organograma assenta numa estrutura funcional, que permite uma clara segregação de funções e responsabilidades dos diferentes órgãos. A distribuição dos pelouros sob alçada de cada administrador executivo é feita de forma a garantir a efectiva segregação entre as funções de negócio, suporte e contolo. Estrutura do Modelo de Governo Conselho Fiscal Assembleia Geral Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais Auditor Externo Conselho de Administração Comissão de Controlo Interno Direcção de Auditoria Interna Comissão de Gestão dos Recursos Humanos Comissão de Gestão do Risco Comissão Executiva Comité de Activos e Passivos Comité de Gestão da Estratégia Comité de Informática e Segurança Comité de Crédito Comité de Produtos e Serviços Nota: O Comité de Gestão de Estratégia foi extinto no início de 2015, tendo as suas funções passado a ser exercidas pela Comissão Executiva. Estrutura Accionista A estrutura accionista do BAI é composta por 53 accionistas, dos quais 21 são empresas, não detendo nenhum destes participações qualificadas nos termos do artigo 6º do Aviso nº 1/13. As participações dos membros dos Órgãos Sociais encontram-se divulgadas na nota às contas nº 19. 18 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Estrutura Accionista (Accionistas com mais de 3% do Capital) 8,50% Sonangol Holdings SGPS, Lda 5,00% Oberman Finance Corp. 5,00% 5,00% Dabas Management Limited Mário Abílio Palhares Theodore Jameson Giletti 57,88% 5,00% 5,00% Lobina Anstalt Coromasi Participações Lda. Mário dos Santos Barber 4,75% Outros 3,87% Assembleia Geral A Assembleia Geral é o órgão máximo do BAI e tem como funções principais deliberar sobre quaisquer alterações na composição dos membros da mesa, do Conselho Fiscal e os respectivos presidentes, deliberar sobre aumentos de capital, eleger e destituir membros do Conselho de Administração, aprovar o relatório de gestão e contas de cada exercício bem como deliberar sobre a aplicação de resultados. Conforme previsto nos estatutos, a Assembleia Geral reúne-se anualmente, em sessão ordinária, até ao final do primeiro trimestre de cada ano. Podem ainda ser convocadas reuniões extraordinárias por deliberação do Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, por escrito, por um ou mais accionistas possuidores das acções correspondente a, pelo menos, 5% do capital. Todos os accionistas têm direito de voto, uma vez que o Banco tem apenas acções ordinárias. Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais Compete a esta Comissão implementar e rever a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais nos termos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. A Comissão é designada por um período de quatro anos, coincidente com o mandato dos órgãos sociais, sendo constituída por três accionistas não pertencentes a estes. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal, composto por um presidente dois vogais efectivos e um suplente, sendo um dos vogais perito contabilista, reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros. As regras e funcionamento deste órgão encontram-se descritos em documento próprio e nos estatutos do qual destacamos as seguintes atribuições: • Fiscalizar a administração do Banco; • Verificar a exactidão do Balanço e Demonstração de Resultados; • Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; • Convocar a Assembleia Geral, quando o presidente da respectiva mesa não o faça. As reuniões ordinárias desse órgão ocorrem trimestralmente, e as extraordinárias sempre que necessário. As deliberações são lavradas em actas e assinadas por todos os membros. Auditor Externo A nomeação do auditor externo é feita de quatro em quatro anos pelo Conselho de Administração, sendo a sua actividade e independência supervisionada a partir de 2015 pela Comissão de Controlo Interno. A auditoria externa é assegurada pela KPMG Angola, nomeada em 2014, nas condições definidas no Aviso nº 4/13 de 22 de Abril, em particular no que diz respeito aos requisitos de capacidade e independência. 19 Conselho de Administração O Conselho de Administração (CA) é composto por um número ímpar de membros, num mínimo de cinco e num máximo de onze, com competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e de representação do Banco, praticando todos os actos necessários ou convenientes à prossecução da sua actividade. A duração do mandato dos membros do órgão de administração é de quatro anos, sendo que o presente mandato iniciou-se em 2014 e terminará em 2017. Os currículos dos membros do Conselho de Administração constam da página institucional do Banco na internet. No âmbito do Aviso nº 1/13 de 22 de Abril, o BNA veio definir o conceito de “administrador independente” e impor a nomeação de pelo menos um quando exista uma comissão executiva formalmente constituída. O administrador independente será nomeado em 2015. As competências e regras de funcionamento do CA encontram-se descritas num regulamento próprio elaborado de acordo com os Estatutos. O Conselho reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros. De forma a garantir a conformidade do modelo de governação com o disposto no Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, o CA aprovou em 2014 a constituição da Comissão de Controlo Interno, Comissão de Gestão dos Recursos Humanos e Comissão de Gestão do Risco, dos respectivos regulamentos de funcionamento e a designação dos seus membros. As Comissões reúnem-se pelo menos uma vez por trimestre ou sempre que for convocada pelo seu Presidente. Funções da Comissão de Controlo Interno: • Assegurar a formalização e operacionalização de um sistema de prestação de informação eficaz e devidamente documentado, incluindo o processo de preparação e divulgação das demonstrações financeiras; • Supervisionar a formalização e operacionalização das políticas e práticas contabilísticas da instituição; • Rever todas as informações de cariz financeiro para publicação ou divulgação interna, designadamente as contas anuais da administração; • Fiscalizar a independência e a eficácia da auditoria interna, aprovar e rever o âmbito e a frequência das suas acções e supervisionar a implementação das medidas correctivas propostas; • Supervisionar a actuação da função de compliance; e • Supervisionar a actividade e a independência dos auditores externos, estabelecendo um canal de comunicação com o objectivo de conhecer as conclusões dos exames efectuados e os relatórios emitidos. Funções da Comissão de Gestão dos Recursos Humanos: • Definir a política de contratação de novos colaboradores; • Definir as políticas e processos de remuneração para os colaboradores, adequados à cultura e estratégia de longo prazo e considerando as vertentes de negócio e do risco; • Recomendar ao órgão de administração a nomeação de novos colaboradores para funções de direcção, para os quais deve elaborar uma descrição detalhada de funções, tomando em consideração as competências internas existentes; • Apoiar e supervisionar a definição e condução do processo de avaliação dos colaboradores. Funções da Comissão de Gestão do Risco: • Aconselhar o Conselho de Administração no que respeita à estratégia do risco tomando em consideração: • A situação financeira do Banco; • A natureza, dimensão e complexidade da sua actividade; • A sua capacidade para identificar, avaliar, monitorizar e controlar os riscos; • O trabalho realizado pela auditoria externa e pela delegação de competências de acompanhamento do sistema de controlo interno; e • Todas as categorias de riscos relevantes na instituição, designadamente os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, de estratégia e de reputação, tomados na acepção prevista no Aviso nº 2/13, de 19 de Abril, sobre o sistema de controlo interno. • Supervisionar a implementação da estratégia do risco por parte do Banco; e • Supervisionar a actuação da função de gestão do risco como prevista no Aviso nº 2/13, de 19 de Abril. 20 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Comissão Executiva A Comissão Executiva do Conselho de Administração (CE) é composta por três a sete membros, designados pelo CA, de entre os seus membros. A Comissão reúne-se pelo menos uma vez por mês ou sempre que for convocada pelo seu Presidente ou por pelo menos dois administradores executivos. As competências e regras de funcionamento da CE encontram-se descritas num regulamento próprio. As competências são: • Gestão da actividade diária do Banco, assegurando o cumprimento de toda a legislação e regulamentação aplicável; • Preparação dos planos e orçamentos anuais e plurianuais, bem como as suas eventuais alterações, para aprovação pelo CA; • Preparação dos documentos de prestação de contas para aprovação pelo CA; • Aprovação das normas de funcionamento interno; • Aquisição, alienação e oneração de bens móveis e imobilizado incorpóreo intangíveis necessários para a actividade do Banco; • Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis para a actividade do Banco; • Aquisição de serviços necessários para a actividade do Banco; • Implementação da política de recursos humanos; • Exercício do poder disciplinar; • Abertura ou encerramento de balcões; • Constituição de mandatários para a prática de actos determinados ou categoria de actos; • Representação da sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, instaurar e contestar procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções. Órgãos Sociais e de Apoio Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice-Presidente Secretário Conselho Fiscal Presidente Vogal Vogal Vogal Suplente Conselho de Administração Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente e Administradora Executiva Administrador Administrador Presidente da Comissão Executiva Administrador Executivo Administrador Executivo Administrador Executivo Administrador Executivo Administrador Executivo Comissão de Controlo Interno Presidente Membro Membro Comissão de Gestão do Risco Presidente Membro Membro Membro Comissão de Gestão dos Recursos Humanos Presidente Vogal Vogal Vogal Domingos Lima Viegas Josina Baião Magalhães Alice Trindade Escórcio Jaime de Carvalho Bastos Júlio Ferreira Sampaio Moisés António Joaquim Alberto Severino Pereira José Carlos de Castro Paiva Francisco de Lemos José Maria Ana Paula Gray Theodore Jameson Gilletti Carlos Arménio Duarte Mário Alberto Barber Luís Filipe Lélis Inokcelina Ben África Santos Helder Miguel Jasse Aguiar Simão Francisco Fonseca João Cândido Fonseca Theodore Jameson Gilletti Mário Alberto Barber João Cândido Fonseca Theodore Jameson Gilletti Ana Paula Gray Mário Alberto Barber Helder Miguel Jasse Aguiar José Carlos de Castro Paiva Mário Alberto Barber Luís Filipe Lélis Simão Francisco Fonseca 21 Organograma Conselho de Administração Comissão de Gestão do Risco Comité de Activos e Passivos Comissão Executiva Comité de Produtos e Serviços Comissão de Controlo Interno Comité de Informática e Segurança Comité de Crédito Negócio Oil & Gas Banca de Investimentos Banca de Retalho Luanda-Bengo I Banca de Retalho Luanda-Bengo II Banca de Retalho Norte Banca de Retalho Sul Gabinete de Serviços Premium Empresas e Instituições Apoio Operacional e Contabilístico Suporte Comercial Serviços Gerais Análise de Crédito Marketing e Comunicação Tecnologias de Informação Recursos Humanos Métodos Financeiros Banca Electrónica Contabilidade e Finanças Projectos Tecnológicos e Desenvolvimento Operações Organização e Qualidade Jurídica e de Contencioso Tesouraria Central Secretariado da Comissão Executiva Recuperação de Crédito Controlo 22 Auditoria Interna Planeamento, Controlo e Risco Segurança Integrada Compliance Controlo de Risco Operacional Provedoria do Cliente BAI Comissão de Gestão dos Recursos Humanos Comité de Gestão da Estratégia 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Sistema de Controlo Interno O sistema de controlo interno define-se como o conjunto integrado de políticas e processos, com carácter permanente e transversal a toda a instituição, realizados pelo órgão de administração e demais colaboradores com vista a garantir: i) A continuidade do negócio através da eficiência na afectação dos recursos e na execução das operações e do controlo dos riscos (objectivos de desempenho); ii) A fiabilidade e tempestividade da informação contabilística e de suporte à gestão (objectivos de informação); e iii) O cumprimento dos normativos legais e das normas internas (objectivos de compliance). Tendo em conta estes objectivos, o BAI procura garantir um adequado ambiente e actividade de controlo, um sólido sistema de gestão do risco1, um eficiente sistema de informação e comunicação, e um contínuo processo de monitorização, com o objectivo de assegurar a qualidade e eficácia do próprio sistema ao longo do tempo. Descrição Sumária das Funções Chave do Sistema de Controlo Interno (até Dezembro de 2014) Conselho de Administração (CA) Rever e aprovar, periodicamente, a estratégia e políticas de controlo interno e gestão do risco, bem como o seu progressivo alinhamento das entidades do Grupo financeiro com as mesmas. Comissão Executiva (CE) Propor a revisão de políticas de controlo interno e gestão do risco e garantir a sua implementação no Banco. Direcção de Auditoria Interna (DAI) Assegurar e coordenar globalmente as acções de auditoria e inspecção interna às unidades de estrutura do Banco, de forma a assegurar o controlo e cumprimento da legislação bancária, dos processos instituídos e normas de serviço em vigor. Apoiar a identificação de riscos inerentes a novos negócios, produtos ou sistemas de informação e controlar os valores constantes no património do Banco. No âmbito do processo de gestão do controlo, esta Direcção é, ainda, responsável por elaborar os relatórios relativos à Governação Corporativa e ao Sistema de Controlo Interno. Gabinete de Compliance (GCL) Implementar e monitorizar os processos de prevenção do branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo. Supervisionar o cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, estatutárias e éticas e das recomendações e orientações emitidas pelas entidades supervisoras competentes. Direcção de Planeamento, Controlo e Risco (DPC) Implementar e monitorizar o processo de planeamento e controlo de gestão do Banco, apoiando a definição dos objectivos estratégicos da organização e acompanhando de forma regular e efectiva a concretização destes objectivos, através da definição de indicadores de gestão. Esta direcção é ainda responsável por elaborar mensalmente os relatórios para o ALCO. Gabinete de Segurança Integrada (GSI) Definir políticas, regras e controlos que garantam uma adequada gestão e monitorização da segurança dos sistemas e equipamentos informáticos e electrónicos, assim como garantir a sua implementação. Gabinete de Controlo de Risco Operacional (GCRO) Verificar a existência, avaliar a qualidade e aplicação dos controlos internos como medida necessária a uma adequada gestão de risco operacional bem como contribuir para a sua melhoria contínua de forma a garantir a salvaguarda dos activos do Banco. 1 A gestão do risco é objecto de um capítulo autónomo no presente Relatório e Contas. 23 Política de Remuneração O Banco possui uma política de remuneração consistente com os objectivos, valores, interesses e solvabilidade no longo prazo cujos princípios gerais orientadores são: i) A definição das regras deve ser clara, simples, transparente e alinhada com a cultura e os valores do Banco, considerando a natureza da sua actividade; ii) A definição de princípios de proporcionalidade que garantam a competitividade externa suficiente para atrair e reter os colaboradores, bem como a equidade interna promovendo o sentimento de justiça e coesão das equipas; iii) A definição da política deve considerar as necessidades constantes de mitigação do risco e evitar situações que potenciem conflitos de interesse; iv) A definição da política deve considerar todas as formas retributivas (fixas, variáveis e benefícios) e estar alinhada com a estratégia e objectivos de negócio do Banco; v)O apuramento da remuneração individual fixa, variável e outros benefícios, deve considerar a avaliação do desempenho respectivo (objectivos e competências), de acordo com as funções desempenhadas e a situação económica e financeira do Banco. Membros dos Órgãos Sociais Os membros dos órgãos sociais têm uma política de remuneração distinta dos restantes, que consiste na atribuição remuneração fixa e variável, sendo esta última decidida anualmente, associada ao desempenho global do Banco. O Banco divulga a remuneração dos órgãos sociais nas notas às contas. Colaboradores A política é assente nos seguintes Instrumentos e Políticas de Gestão dos Recursos Humanos: 1. Descritivos funcionais; 2. Qualificador de funções; 3. Tabela salarial (com níveis e escalões de enquadramento); 4. Sistema de Avaliação e Gestão do Desempenho (SAGD); 5. Política de Gestão de Carreiras; 6. Política de Desenvolvimento Individual dos Colaboradores. O SAGD aplica-se a todos os vinculados por contrato de trabalho, tendo sido aprovado em 2009 e revisto em 2013 no âmbito do Projecto Modelo de Gestão de Talentos e Remuneração Variável, que tem como objectivo reconhecer e melhorar o desempenho dos colaboradores, através do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional, com base nos seguintes critérios: Objectivos, Competências, Pontualidade e Assiduidade. Para além da remuneração, o Banco oferece um conjunto abrangente de outros benefícios e incentivos, que são atribuídos consoante as responsabilidades assumidas. Código de Conduta O Banco dispõe de um Código de Conduta que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional, observados no exercício da sua actividade. As principais previsões do Código são as seguintes: • Impõe um conjunto de deveres éticos a todos os colaboradores (princípio da igualdade de tratamento de todos os Clientes do Banco, deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dos Clientes sobre o interesse dos trabalhadores e membros do órgão de administração do Banco, dever de sigilo, de colaboração com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e deveres especiais de tutela do mercado e da sua transparência); 24 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL • Estabelece princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo; • Estabelece princípios gerais sobre a comunicação de fraude e irregularidades e o tratamento das reclamações de Clientes. O Código de Conduta é entregue a todos os novos colaboradores do Banco e encontra-se disponível na intranet. Política de Conflitos de Interesse A Política de Conflito de Interesses do BAI está assente nos seguintes princípios gerais: a. Primazia dos interesses do Cliente O BAI reconhece primazia aos interesses dos seus Clientes, constituindo o dever de lealdade a estes um princípio de conduta fundamental no conjunto das normas que pautam a actuação do Banco. b. Prestação de informação transparente O BAI presta aos seus Clientes esclarecimentos claros e informações precisas sobre os benefícios ou remunerações que o Banco ofereça pelos depósitos recebidos e sobre os preços ou encargos inerentes aos serviços que lhe preste. c. Proibição de ocupação de cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades Observa-se um regime de exclusividade que a ocupação profissional impõe quer por d. Utilização de informação Está interdita a revelação, fora os casos expressamente previstos na lei e a utilização motivação ética quer pelas exigências de desempenho. de informações sobre a actividade do BAI ou as relações deste com os seus Clientes. e. Contratação de serviços ou produtos Está interdito o envolvimento, directo ou indirecto, na contratação de serviços ou produtos nos quais exista, por parte do colaborador, interesse financeiro. f. Decisões de crédito a pessoas ligadas Em conformidade com o previsto na Lei 13/05, Lei das Instituições Financeiras, no seu artigo 67 – “Crédito a pessoas ligadas”. g. Proibição à concessão de crédito Em conformidade com o previsto na Lei 13/05, Lei das Instituições Financeiras, no seu artigo 66 – “Crédito a membros dos órgãos sociais”. h. Preçário do crédito Os créditos concedidos aos colaboradores serão efectuados em condições normais de mercado, atendendo ao seu nível de risco e ao preçário praticado pelo BAI, com excepção dos créditos para compra de habitação própria permanente e para o pagamento de despesas de saúde, que são alvo de Política definida em sede da Comissão de Gestão dos Recursos Humanos. A política prevê, em particular, a existência de um processo, previamente à tomada de decisões no CE e CA, que assegura que estas decisões não potenciam conflitos de interesses e que são identificadas e de avaliação das transacções com partes relacionadas nos termos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. Outras situações de conflito de interesses, são analisadas pelo Gabinete de Compliance, cabendo a decisão ser tomada pela CE. 25 Política de Transparência e Divulgação de Informação A Política de Transparência e Divulgação de Informação tem por objectivo garantir a transparência e fácil compreensão do modelo de governação corporativa do BAI de acordo com requisitos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, estando assente nos seguintes princípios gerais: • A informação de publicação obrigatória deverá ser divulgada de forma completa, correcta e atempada; • Qualquer divulgação institucional que seja decidida efectuar sobre o Banco ao mercado deverá basear-se em informação completa, correcta, actualizada e adequada; • A prestação de informação deverá sempre obedecer às regras de sigilo bancário. Cabe ao Conselho de Administração rever e actualizar a política anualmente ou sempre que necessário, designadamente quando existir uma alteração da informação de divulgação obrigatória. B. Estratégia e Modelo de Negócio A visão do BAI consiste em ser um grupo financeiro Angolano de referência, afirmando-se como um dos pilares do desenvolvimento da economia nacional, capaz de atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais e de criar valor para os seus accionistas e a sociedade. A visão assenta sobre 3 pilares que se consubstanciam, por sua vez, em 9 iniciativas estratégicas: Pilares Consolidar e expandir a posição no mercado bancário angolano Desenvolvimento de Políticas e Processos de Recursos Humanos de Referência Construção de plataforma de suporte de excelência transversal a negócios e geografias Iniciativas • Segmentação e redefinição do modelo de atenção e distribuição de serviços nas agências • Reestruturação da função e processos de risco • Análise e criação de oportunidade em margens e comissões • O desenvolvimento de actividades de Banca de lnvestimento • Reforço das políticas e processos de RH • Reforço do modelo organizativo • Gestão da transição dos sistemas de informação • Reforço da informação de gestão • Revisão e desenho dos processos chave O objectivo da actuação sobre os pilares estratégicos no Modelo de Negócio do BAI reside i) na consolidação da liderança no mercado, ii) no reforço de medidas para assegurar a solidez e iii) no crescimento sustentado da instituição. Neste sentido, o BAI tem desenvolvido a sua actividade com o objectivo de captar e prestar serviço de qualidade, defendendo a actual posição em Clientes chave e a diversificação da sua carteira de Clientes, tendo em conta as necessidades de grupos homogéneos, prestando atenção à banca de retalho, privada, corporativa e de investimentos. 26 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL O BAI aposta na sua penetração no mercado, mediante o lançamento de produtos e serviços inovadores. O desenvolvimento de produtos e serviços especializados por grupos homogéneos de Clientes tem permitido ao Banco partilhar soluções e criar sinergias na base da realização dos objectivos de negócio dos seus Clientes. As principais áreas de negócio são: • Banca Corporativa e PME’s – refere-se essencialmente a operações de concessão de crédito e à captação de recursos relacionados com o segmento de Empresas e Instituições, incluindo diversos produtos, nomeadamente empréstimos, financiamento de projectos, de comércio e às exportações; • Banca de Retalho: Particulares – refere-se essencialmente a operações de concessão de crédito e à captação de recursos relacionados com Clientes particulares, canalizadas pela rede de balcões e serviços disponibilizados por internet. A política de crescimento da rede comercial do Banco assenta em princípios da sustentabilidade, tendo como foco a disponibilização dos serviços a todos os seus segmentos alvo. A prestação dos serviços e a disponibilização de produtos aos Clientes do Banco é feita através da rede de distribuição diversificada, e dividida em Agências Universais, Centros de Atendimento às Empresas, Centros de Serviços Premium e Postos de Atendimento. O BAI actua também no sector de microfinanças através da sua filial BAI Micro Finanças, que permite prestar especial atenção aos grupos de Clientes com baixos rendimentos, bem como às micro e pequenas empresas. O BAI entende que a boa governação corporativa é uma vantagem competitiva e um elemento diferenciador que sustenta dois eixos fundamentais da sua actuação: o direito dos accionistas e a transparência. O BAI está ainda presente em Portugal e Cabo Verde, tendo iniciado o processo de internacionalização em 1998 com a abertura do BAI Europa, que tem sido um suporte à sua capacidade em ser um canal privilegiado para o comércio internacional e de investimentos de e para Angola. A captação dos melhores profissionais e o desenvolvimento dos recursos humanos, com o objectivo de constituir uma equipa de profissionais competentes e dinâmica, com estimada cultura de desempenho, orientada à satisfação das necessidades dos Clientes, é de elevada importância para o Banco, oferecendo uma gama de incentivos e subsídios e, no âmbito da formação profissional, é suportada pela Academia BAI. O Banco tem posicionado a função de recursos humanos como um elemento catalisador do crescimento institucional e no âmbito da sua política de motivação e retenção de recursos chave tem vindo a desenvolver um sistema de incentivos, a rever a sua política de remuneração e a implementar um sistema integrado de gestão de carreiras. 27 Presença Geográfica e Canais de Distribuição 5 1 CABINDA 1 3 1 ZAIRE 2 UÍGE 64 BENGO 2 2 LUANDA 2 3 KWANZA NORTE LUNDA NORTE MALANGE 4 8 LUNDA SUL 2 5 KWANZA SUL 8 1 1 BIÉ HUAMBO BENGUELA 2 1 4 MOXICO 6 HUÍLA 2 1 NAMIBE CUNENE 3 Agências Postos de Atendimento Centros de Atendimento Empresas Private Banking e Canal BAI Directo 28 KWANDO-KUBANGO 3 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL C. Responsabilidade Social Ao longo dos anos, o BAI tem assumido iniciativas de desenvolvimento e implementação de vários projectos, suportados numa cultura de valores e disponibilidade endógena. Agimos com Respeito, Profissionalismo, Transparência, Conduta Ética e Orientação ao Cliente com todos aqueles com quem interagimos e celebramos a nossa forma de ser. Nesse sentido, adoptamos uma atitude participativa, construtiva e cumprindo plenamente a sua responsabilidade social perante Accionistas, Clientes, Colaboradores, Fornecedores e Sociedade. Saúde, Educação e Cidadania Temos uma atitude pró-activa com os aspectos mais importantes da sociedade Angolana. Associação Solidariedade da Terceira Idade (ASTI). 8º Aniversário do Centro Escolar Beniamino, apresentação. 8º Aniversário do Centro Escolar Beniamino, saudação. Baianinhos no Dia da Criança. 29 Cultura Temos uma atitude criativa. BAI Arte 2014. 1º Prémio - União Sagrada Esperança, Rangel. Mural BAI Night. Gabriel Tchiema, Show do Mês BAI Night. Assinatura do protocolo Fundação BAI - Fenacult 2014. 30 03. ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Desporto Temos uma atitude de apostar nos novos valores. Sporting de Benguela, equipa feminina. Equipa mista, Sporting de Benguela. Fazêmo-lo numa atitude de ambiente de família. Torneio interno futsal. Trumunu da Família BAI. D. Marcas | Reconhecimento Ao nível do reconhecimento internacional da nossa marca, destacamos a atribuição do prémio de melhor Banco em Angola em 2014 pela revista Euromoney, pela terceira vez consecutiva. Também externamente o BAI foi considerado o melhor grupo financeiro pela World Finance. Uma vez mais o nosso esforço continua a ser reconhecido. 31 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A. Contexto Internacional A economia mundial registou uma aceleração nula em 2014, continuando a evidenciar crescimento económico díspar entre os principais países. O comércio internacional desacelerou ligeiramente quando comparado com o ano transacto, destacando-se o abrandamento nas trocas comerciais com as economias emergentes. No que concerne à inflação, esta manteve-se contida devido, sobretudo, à reduzida actividade económica verificada, aliada à redução substancial dos preços do petróleo no segundo semestre. A taxa de desemprego registou uma diminuição, com destaque para a evolução nos EUA. A taxa de câmbio, sobretudo do Euro/Dólar, apresentou flutuações superiores ao do ano transacto, tendo reflectido a melhoria dos fundamentos económicos nos EUA. Crescimento Económico As últimas estimativas apontam para um crescimento modesto da economia mundial de 3,3% em 2014 (3,3% em 2013). O produto interno bruto (PIB) das economias avançadas deverá ter avançado apenas 1,8% em 2014, enquanto que para as economias emergentes e em desenvolvimento estima-se um crescimento de 4,4%, sendo que a África Subsariana deverá crescer 4,8%. Economias Avançadas A economia dos EUA deverá ter registado no final de 2014 um crescimento na ordem de 2,4% (2,2% em 2013). Não obstante ter-se registado um crescimento negativo no primeiro trimestre do ano2, o desempenho da economia norte-americana nos restantes trimestres foi acima do esperado, tendo como base, essencialmente, o aumento nos gastos do consumo privado e do Estado, melhorias no mercado imobiliário, bem como o crescimento das exportações. Ao longo do ano de 2014, o Federal Reserve System (FED) reconhecera melhorias nos indicadores económicos do país tendo concluído, em Outubro do mesmo ano, o fim do quantitative easing, após uma gradual retirada deste estímulo iniciada em Fevereiro. Taxa de Crescimento Real do PIB 4,9% 4,7% 4,4% 3,3% 3,1% 2,2% 2,8% 4,3% 3,6% 3,5% 3,3% 2,4% 1,2% 0,8% Fonte: FMI -0,7% -0,5% 2012 2013 Economia Mundial 2014 Zona Euro 2015 P EED EUA Na Zona Euro o PIB real deverá ter crescido 0,8% em 2014 (negativos 0,5% em 2013). Após quatro trimestres consecutivos de um crescimento moderado, a Zona Euro registou um crescimento nulo no segundo trimestre do ano em análise, como resultado de um fraco desempenho das principais economias da região, nomeadamente: crescimento negativo da Alemanha e a estagnação económica em França. Contudo, nos dois últimos trimestres do ano, registou-se um crescimento moderado, assegurando uma aceleração do PIB no processo de recuperação económica da Zona Euro. Durante o ano em análise, a actividade na Zona Euro foi influenciada pelas medidas de política monetária acomodatícias, melhorias no processo de consolidação fiscal entre as economias da Zona Euro, reformas estruturais, bem como a redução do preço do petróleo. Economias Emergentes e em Desenvolvimento Estima-se que em 2014 o PIB das economias emergentes e em desenvolvimento tenha crescido em média apenas 4,4% (4,7% em 2013). Entre os factores que concorreram para esta desaceleração destacam-se: redução da procura externa nas economias avançadas; impacto negativo das tensões geopolíticas nas economias emergentes; queda do preço das commodities, bem como o crescimento mais lento da economia chinesa, nos últimos cinco anos. 2 Causado pelas condições meteorológicas adversas e a redução acentuada nas exportações. 34 04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Com excepções da Índia (que deverá registar um crescimento 0,8% acima ao do ano anterior), a China, Rússia, Brasil e a África Subsaariana deverão registar taxas de crescimento mais baixas do que verificadas em 2013. Na China perspectiva-se um crescimento na ordem de 7,4% (7,8% em 2013). No primeiro semestre assistiu-se à implementação de medidas fiscais e monetárias de suporte à actividade económica, na sequência de um quadro de crescimento económico abaixo do perspectivado, verificado no primeiro trimestre do ano. Tais medidas, aliadas a um aumento considerável na rubrica de exportação, permitiram um desempenho mais vigoroso da economia chinesa na segunda metade do ano. Na Rússia a projecção do crescimento económico na ordem de 0,6% (1,3% em 2013) está baseada, essencialmente, nos impactos da redução dos preços de petróleo, bem como na intensificação das tensões geopolíticas registadas ao longo do ano em análise. A depreciação do rublo, como consequência destes acontecimentos e das sanções económicas impostas ao país pelos Estados Unidos e União Europeia, exerceu igualmente um impacto negativo na economia russa. Na Índia estima-se que o PIB terá crescido 5,8% em 2014 (5,0% em 2013). O crescimento da actividade económica neste país foi positivamente influenciado pelo aumento de “business confidence”, bem como pelo fortalecimento da actividade industrial desde as eleições de Maio de 2014. No Brasil estima-se que em 2014 a economia tenha crescido apenas 0,1% (2,5% em 2013). Esta desaceleração da actividade económica reflecte factores como a fraca competitividade, baixo “business confidence”, condições financeiras mais apertadas3, bem como enfraquecimento do consumo interno. Na África Subsariana estima-se, que a economia da região deverá ter crescido 4,8% em 2014 (5,2% em 2013). No primeiro semestre do ano a actividade foi bastante forte, suportada pela procura interna e exportações, bem como gastos públicos e investimento privado. Contudo, no segundo trimestre, a actividade económica na região foi negativamente influenciada pela redução dos preços das commodities, impactos do surto de Ébola, bem como a fraca actividade económica na África do Sul, em particular, e mundial, em geral. Desafios da Economia Mundial Da análise feita à conjuntura económica actual, o FMI destaca um conjunto de riscos que pairam sobre a economia mundial, nomeadamente: i) incerteza em relação ao nível de estabilização do preço de petróleo; ii) possibilidade de evolução adversa das condições nos mercados monetários e financeiros mundiais – essencialmente no decurso do processo de normalização da política monetária dos EUA; iii) riscos de deflação na Zona Euro e iv) riscos geopolíticos. Inflação Em 2014 estima-se que a inflação mundial tenha recuado, relativamente ao ano transacto, como resultado da reduzida actividade económica bem como da diminuição dos preços das commodities. Inflação 10,0% 8,0% 9,0% 6,6% 6,0% 5,9% 4,0% 2,0% 6,7% 7,0% 5,4% 5,7% 6,1% 2,0% 1,4% 1,4% 2013 2014 P 1,0% 0,0 2012 Fonte: FMI Economias Avançadas Economias Emergentes 2015 P África Subsariana Nas economias mais avançadas, a fraca actividade económica revelou-se insuficiente para reduzir consideravelmente o negativo hiato de produto, facto este, que aliado à redução dos preços das commodities4 esteve na base da taxa de inflação de 1,4%. Relativamente às economias emergentes e em desenvolvimento, não obstante a reduzida actividade económica global e a redução dos preços das commodities, estima-se que o nível geral dos preços terá aumentado na ordem de 5,4%, pressionado pelo efeito combinado dos constrangimentos da capacidade económica, aliado à deterioração da taxa de câmbio. 3 4 Aumento das taxas de juro em Abril de 2014. Devido, essencialmente, a melhorias do lado da oferta e redução do lado da procura. 35 Emprego A fraca actividade económica mundial tem afectado a criação e a manutenção de postos de trabalho em economias emergentes e em desenvolvimento, mas é nas economias avançadas, sobretudo em alguns países da Zona Euro, onde o impacto foi mais vigoroso. Segundo o FMI, a taxa de desemprego em 2014 para as economias avançadas deverá atingir 7,3%, menos 0,6 pp relativamente ao ano transacto. Desemprego 15,0% 11,9% 11,6% 11,4% 10,0% 8,1% 7,4% 11,2% 6,3% 5,9% 2014 P 2015 P 5,0% 0,0% 2012 2013 EUA Fonte: FMI Zona Euro Nos EUA embora a taxa de desemprego continue alta, ela caiu de 7,4% em 2013 para 6,3% em 2014, beneficiando de forte crescimento económico registado a partir do segundo trimestre do ano em análise. Na Zona Euro a fraca actividade económica continuou a afectar adversamente a criação de emprego. O desemprego na Zona Euro continua a um nível muito alto (11,6%), sendo que a Grécia com 25,8%, seguida da Espanha com 24,6%, registaram as taxas mais altas, enquanto Áustria e Alemanha registaram as mais baixas taxas, com 5,0% e 5,3%, respectivamente. No Japão a taxa de desemprego deverá situar-se perto de 3,7% em 2014, representando um recuo de 0,3 pp relativamente ao ano transacto. Taxas de Câmbio O ano em análise ficou marcado por alguma instabilidade no mercado cambial. O Dólar dos Estados Unidos (USD) apreciou-se 10,0% face ao Euro, tendo o câmbio situado-se em 1,23 EUR/USD, em Dezembro de 2014. Taxa de Câmbio (EUR/USD) 1,45 1,40 1,35 1,30 1,25 1,20 1,15 1,10 1,05 1,00 1,37 1,38 1,36 1,29 1,23 Dez. 13 Fev. 14 Abr. 14 Jun. 14 Ago. 14 Out. 14 Dez. 14 Fonte: Banco de Portugal No final do primeiro semestre de 2014 a taxa de câmbio EUR/USD tinha variado apenas -0,8% (face à cotação de Dezembro de 2013), atingindo USD 1,36 por um Euro. Esta ligeira desvalorização do Euro ficou a dever-se, sobretudo, aos desenvolvimentos relativos às expectativas acerca da política monetária na Zona Euro. No segundo semestre de 2014 o Euro depreciou-se consideravelmente face ao Dólar dos Estados Unidos (9,3%), como resultado de uma série de factores, tais como: i) redução da Taxa Refi em Setembro para 0,05%; ii) expectativa de introdução de medidas de política monetária não convencionais; iii) crescimento económico abaixo do esperado; iv) risco de deflação; v) desempenho económico acima do esperado nos EUA; vi) gradual retirada do quantitative easing nos EUA; vii) anúncio, feito pelo FED, do possível aumento das taxas de juro em 2015. 36 04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A moeda depreciou-se face à maioria das principais moedas, reflectindo um ambiente de actividade económica abaixo do esperado na Zona Euro. Taxas de Juro Em 2014 os Bancos centrais de diversas economias importantes continuaram a manter as suas taxas de juro muito baixas na tentativa de estimular a actividade económica afectada pelo saneamento das contas públicas. Nos Estados Unidos, o FOMC5 reiterou a manutenção do FED Funds Rate6 entre 0% e 0,25%, mesmo depois do fim do programa de compra de activos, evocando a necessidade de fortalecimento da recuperação económica depois do fim do quantitative easing. Taxas de Juro 0,40% 0,35% 0,30% 0,25% 0,25% 0,20% 0,23% 0,24% 0,15% 0,10% 0,12% 0,07% 0,08% 0,05% 0,05% 0,0% Dez. 13 Jan. 14 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 Jun. 14 Jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14 Fonte: www.global-rates.com Euribor 3M Libor 3M FED Funds Refi Rate Na sua última reunião do ano, o FED, salientou que a manutenção do nível das taxas de juro entre 0% e 0,25% dependerá do progresso registado relativamente à obtenção do objectivo de pleno emprego e de inflação na ordem de 2%. A instituição reiterou a necessidade de contínua monitorização de indicadores do mercado de trabalho, pressões inflacionistas, expectativas de inflação, bem como indicadores do mercado financeiro, com o intuito de controlar a rapidez com que se atinjam as metas pretendidas, com vista à normalização da política monetária. Na Zona Euro após ter permanecido em 0,25% desde Novembro de 2013, a Refi baixou para 0,15% em Junho de 2014, tendo recuado mais 10 p.p. para se fixar em 0,05% em Setembro de 2014. Esta redução foi efectuada tendo em conta uma série de factores, tais como: i) evolução negativa do objectivo da taxa de inflação de médio e longo prazo (2%); ii) fraca actividade económica na Zona Euro; iii) fraca actividade creditícia. Para além da redução da taxa directora, ao longo do ano em análise, o BCE efectuou duas reduções da taxa de facilidade permanente de depósito e da taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez, tendo estas atingido -0,2% e 0,3%, respectivamente. O BCE terminou o ano anunciando a introdução de medidas de política monetária não convencionais no primeiro trimestre de 2015. B. Contexto Nacional Em 2014 a economia Angolana cresceu menos face ao ano transacto, condicionada, essencialmente, pelo crescimento negativo do sector petrolífero e pelo desenvolvimento menos vigoroso do sector não-petrolífero. As políticas monetárias e cambiais adoptadas pelas autoridades monetárias permitiram reduzir a taxa de inflação abaixo da inicialmente prevista, para o ano em análise, bem como controlar as oscilações da taxa de câmbio e promover a “kwanzalização” da economia. Não obstante o saldo superavitário da balança comercial, as reservas internacionais líquidas (RILs) diminuíram, devido sobretudo à redução das receitas do petróleo. 5 6 OMC (Federal Open Market Operation Committee) é o órgão do FED responsável por operações de mercado aberto que, F através de mecanismos específicos, influencia a taxa Fed Funds Rate. Fed Funds Rate: Taxa de juro de referência para empréstimos entre Bancos, normalmente com duração de um dia (overnight). 37 Crescimento Económico As mais recentes projecções do governo indicam uma taxa de crescimento do PIB na ordem de 4,7% em 20147 (5,1% em 2013), resultante do crescimento real do sector não petrolífero na ordem de 8,2% (6,5% em 2013) e do crescimento real negativo do sector petrolífero em 2,6% (-0,9% em 2013), evidenciando-se, por um lado, uma desaceleração considerável do sector petrolífero e por outro a continuação, embora que a um ritmo menos acelerado, da dinâmica de diversificação da economia. Estima-se que os sectores mais dinâmicos da economia Angolana em 2014 tenham sido o sector da energia com uma taxa de crescimento na ordem de 17,3%, agricultura (11,9%), indústria transformadora (8,1%), sector de construção (8,0%) e serviços mercantis (8,0%). Taxa de Crescimento Real do PIB (%) 9,8% 8,2% 6,5% 5,6% 5,3% 4,3% 5,2% 2012P 5,1% 6,6% 4,7% 2013 3,9% 2014 (OGE) -0,9% -2,6% PIB 5,9% 6,8% 2015 (OGE Revisto) PIB Petrolífero 2013 (FMI) 2014 (FMI) 2015 (FMI) PIB Não Petrolífero O abrandamento do crescimento do sector petrolífero relativamente ao ano transacto ficou a dever-se, essencialmente, no primeiro semestre, à diminuição da produção de barris de petróleo em alguns blocos petrolíferos e, no segundo semestre, à queda acentuada do preço do barril de petróleo. Relativamente ao desempenho do sector não-petrolífero, durante o ano em análise, o executivo continuou a implementar medidas que visam a diversificação económica e a dinamização deste sector, tido como fundamental para a criação de postos de emprego. Como exemplo dessas medidas, até 31 de Dezembro de 2014, foram aprovados financiamentos no âmbito do Programa Angola Investe8 no valor de AKZ 76 mil milhões, dos quais AKZ 41 mil milhões tinham sido disponibilizados,9 correspondentes à criação de 55 mil empregos. Inflação Durante o período em análise o BNA fez uso de instrumentos de política monetária e cambial, sobretudo de venda e compra de divisas no sentido de conter as pressões inflacionistas, essencialmente relativas à importação. No final do ano em análise a inflação acumulada registou um nível histórico, ao atingir em Dezembro a taxa de 7,48% (7,69% em 2013), não obstante os aumentos do preço médio de combustível – de 25% em Setembro e de 20% em Dezembro – provocado pela retirada do subsídio ao preço deste importante factor de produção. Em Outubro de 2014 as classes de despesa que mais contribuíram para o nível de inflação em 2014 foram: “alimentação e bebidas não alcoólicas” (37,1%); “bens e serviços diversos (12,8%)”; “vestuário e calçado” (12,2%); “mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” (10,5%) e “transportes” (7,49%). ão obstante as taxas de crescimento estarem aquém dos níveis que se registaram nos períodos pré-crise, é de se salientar que a taxa agora estimada é superior às previstas, N quer para a África do Sul e para a Nigéria bem como para o bloco da África Subsaariana, ao qual os dois referidos países fazem parte. Este programa contempla bonificação de taxas de juro e a prestação de garantias públicas a empresas que reúnam certos requisitos, tais como possuir certificação do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), possuir 75% do capital social Angolano e apresentar projectos ligados às áreas especificadas. 9 A distribuição dos financiamentos foi dominada por três sectores, nomeadamente: o sector da indústria transformadora e extractiva (51%), a agricultura (13%) e o sector de construção com 6%. 7 8 38 04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Inflação últimos 12 meses 9% 8% 7,69% 7,32% 7% 7,48% 7,19% 6,89% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% Dez. 13 Jan. 13 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 Jun. 14 Jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14 Fonte: INE Taxas de Câmbio Em 2014 o Kwanza desvalorizou-se 5,37% face à moeda norte-americana, tendo atingido em Dezembro a taxa média de referência de 102,86 Kwanzas por um Dólar dos Estados Unidos. Reservas Internacionais Líquidas e Taxas de Câmbio (AKZ/USD) Milhões de USD 25.000 30.945 30.837 29.574 27.029 97,62 97,61 97,58 102,86 26.513 98,33 105,00 100,00 20.000 95,00 15.000 90,00 10.000 85,00 5.000 80,00 0 75,00 Dez. 13 Mar. 14 Fonte: BNA Jun. 14 RILs Set. 14 AKZ/USD 30.000 Dez. 14 AKZ/USD No primeiro semestre do ano registou-se uma apreciação ligeira da moeda nacional relativamente ao Dólar dos Estados Unidos (0,04%), reflectindo assim o bom curso do processo de “kwanzalização” da economia. No entanto, no segundo semestre verificou-se uma depreciação de 5,07% da moeda nacional face ao Dólar, pressionada por combinação de factores tais como: a boa dinâmica económica nos EUA; a redução das receitas petrolíferas e por conseguinte das RILs; a finalização da dotação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA); e o método de cálculo da taxa média de referência do câmbio. A flutuação derivada do último factor, mencionado acima, foi eliminada com a introdução, em Novembro, do diploma que restringe a venda de moeda estrangeira aos Bancos comerciais por parte das empresas petrolíferas. Taxas de Juro Em 2014 as taxas de juro directoras exibiram uma tendência ligeiramente descendente, com excepção feita à taxa de facilidade de absorção de liquidez. A taxa básica (BNA) manteve-se inalterada em 9,25% no primeiro semestre, tendo registado uma redução de 0,50 p.p. em Julho, seguido de um aumento de 0,25 p.p. em Outubro para se situar em 9,00% em Dezembro. A redução da Taxa BNA no final do período reflecte, essencialmente, a tendência descendente, do índice de preços no consumidor, verificada ao longo do ano. A Taxa de Cedência de Liquidez reduziu 0,50 p.p. tendo-se situado no final do período em 9,75%, seguindo de perto a evolução da taxa básica. Relativamente à Taxa de Absorção de Liquidez, esta passou de 0,75% em Dezembro de 2013 para 1,25% (Fevereiro), 1,50% (Abril) e 1,75% em Maio de 2014, mantendo-se inalterada até ao final do ano, conferindo aos Bancos uma fonte alternativa de aplicação de eventual excesso de liquidez. 39 Taxas de Juro de Referência (%) 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Dez. 13 Jan. 14 Fonte: BNA Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 Jun. 14 Jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Out. 14 Nov. 14 Dez. 14 Taxa BNA Facilidade de Absorção Overnight Facilidade de Cedência Overnight Redesconto Evolução das Taxas Luibor (%) 12,00% 10,00% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Dez. 13 Fonte: BNA Jan. 14 Fev. 14 Mar. 14 Abr. 14 Mai. 14 Jun. 14 Jul. 14 Ago. 14 Set. 14 Overnight 1 Mês 3 Meses 6 Meses 9 Meses 1 Ano Out. 14 Nov. 14 Dez. 14 Relativamente à evolução das taxas de juro interbancárias em 2014, a Luibor Overnight, que reflecte as transacções efectivas realizadas no mercado interbancário, aumentou 30,6%, situando-se em 6,15% no final do período em análise (4,71% em 2013). Esta evolução deriva, essencialmente, do aumento das taxas dos bilhetes do tesouro aliado a maior necessidade de financiamentos para cobertura de liquidez, por parte de alguns Bancos do sistema. Tendência ascendente foi igualmente verificada para as maturidades de 1 a 6 meses, conforme se observa no gráfico acima, sendo de realçar as evoluções registados nas taxas Luibor para os prazos de 3 e 6 meses, que aumentaram em termos relativos 10,5% e 9,6%, tendo-se situado no final de Dezembro em 8,29% e 8,89%, respectivamente. No mercado financeiro primário as taxas dos instrumentos de captação de liquidez do Estado, nomeadamente Obrigações de Tesouro (OT) e Bilhetes de Tesouro (BT), tiveram comportamentos diferentes. As taxas de juro das OT’s indexadas ao câmbio mantiveram-se no mesmo nível que no ano transacto, enquanto as emitidas em moeda nacional não reajustáveis apresentaram valores ligeiramente acima10. As taxas dos BT’s aumentaram em todas maturidades ao longo do ano, não obstante a redução verificada no primeiro trimestre. Este aumento prendeu-se essencialmente com o incremento das necessidades de tesouraria do Estado na sequência da redução das receitas petrolíferas. Relativamente aos Títulos do Banco Central (TBC) o BNA não fez emissão deste instrumento em 2014. Contas Públicas De acordo com o Orçamento Geral do Estado 2015 Revisto (OGE 2015 Revisto), o Governo estima para 2014 uma arrecadação de receitas fiscais na ordem de AKZ 4.322,8 mil milhões (35,6% do PIB), das quais AKZ 2.961,9 mil milhões corresponderam a impostos petrolíferos (25,8% do PIB) e AKZ 1.128,2 mil milhões a impostos não-petrolíferos (9,8% do PIB). As despesas fiscais realizadas (excluindo amortização da dívida e constituição de activos) cifraram-se em AKZ 4.682,4 mil milhões (40,7% do PIB), dos quais as despesas correntes representaram 28,3% do PIB e as relacionadas com a aquisição de activos não-financeiros representaram 12,4% do PIB. Na rubrica variação de atrasados espera-se um saldo positivo na ordem de AKZ 753,0 mil milhões (AKZ 323,5 mil milhões em 2013). 10 Os leilões das OT´s indexadas são de quantidades e os de OT’s não reajustáveis são de preço. 40 04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO De acordo com o documento citado acima a conta pública registou um saldo orçamental global (compromisso) deficitário, na ordem de AKZ 359,6 mil milhões, enquanto o saldo global caixa deverá registar um défice de AKZ 393,4 mil milhões, a ser financiado com recurso a fontes internas11 (AKZ 647,0 mil milhões) e externas (AKZ 253,6 mil milhões). No que tange a financiamentos com recurso às OT’s e BT’s, no decurso do ano em análise, os montantes totais emitidos ascenderam a AKZ 241,6 mil milhões e AKZ 480,8 mil milhões, resultando num stock, no final do ano, de AKZ 1.509,7 mil milhões e AKZ 374,8 mil milhões, respectivamente. Vários desenvolvimentos tiveram impacto nas contas públicas em 2014 dos quais destacamos i) a retirada de parte da subvenção ao combustível, que permitiu ao executivo reduzir as despesas com o subsídio ao preço do combustível abaixo de 3,7% do PIB em 2014 (5% em 2013); ii) a entrada em vigor da nova pauta aduaneira, em Março de 2014, que para além de promover a diversificação económica e incentivar a produção nacional, objectiva sobretudo o aumento das receitas fiscais do Estado; ii) a execução do Projecto Executivo para a Reforma Tributária (PERT) que visa o aumento das receitas fiscais do Estado e, em particular, o aumento das receitas não petrolíferas. Dados mais recentes publicados pelo Ministério das Finanças indicam que desde o ano da sua implementação registou-se um aumento de 89,9% nas receitas fiscais não petrolíferas, passando de AKZ 594 mil milhões em 2010 para AKZ 1.128 mil milhões em 2014. OGE Estrutura Funcional da Despesa 25,0% 20,3% 20,0% 15,0% 2015 17,9% 10,9% 11,8% 10,0% 6,2% 11,2% 8,7% 13,2% 11,8% 11,9% 10,5% 2014 8,0% 6,3% 4,3% 5,0% 5,7% 2013 0,0% Serviços Públicos Gerais Defesa, Segurança e Ordem Pública Sector Social Sector Económico Operações da Dívida Pública Fonte: MinFin Relativamente à distribuição funcional da despesa, a maior verba foi atribuída ao Sector Social (20,3%), Sector Económico (11,9%), seguindo-se os Serviços Públicos Gerais (11,8%), Defesa, Segurança e Ordem Pública (11,2%) e Operações da Dívida Pública (8,0%). O maior volume das despesas destinadas ao sector social tem como base a necessidades de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento que prioriza os sectores da saúde, bem como a educação e ensino. Contas Externas Em Setembro de 2014 o valor acumulado das exportações cifrou-se em AKZ 4.586,3 mil milhões (AKZ 4.922,6 mil milhões em Setembro de 2013), enquanto o das importações situou-se em AKZ 2.078,5 mil milhões (AKZ 1.873,8 mil milhões em Setembro de 2013), resultando num saldo da balança comercial de AKZ 2.507,8 mil milhões. De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, de Janeiro ao mês de Setembro de 2014, os principais destinos das exportações Angolanas foram: a China (50,1%), Índia (7,9%), Canadá (5,2%) e Taiwan (4,6%). Os principais países de origem das importações Angolanas foram Portugal (18,4%), China (12,3%), Estados Unidos da América (7,2%) e Emiratos Árabes Unidos (5,4%). Ainda no período em referência, as categorias de produtos que registaram maior volume de importações foram: Máquinas, Equipamentos e Aparelhos (22,3%); Veículos e Outros Materiais de Transporte (13,5%); Metais Comuns (12,0%) e Agrícolas (9,3%). Contas Monetárias Durante o período em análise os Activos Externos Líquidos diminuíram 4,9%, devido sobretudo à redução de 9,7% nas RIL, que em termos absolutos suplantou um aumento de 148,3% na rubrica de Outros Activos Externos Líquidos. Os Activos Internos Líquidos aumentaram 64,6% face ao ano transacto, como reflexo do aumento dos depósitos (na ordem dos 19,3%) e a redução do Crédito às Empresas Públicas em 10,2%. Adicionalmente verificou-se que o Crédito à Economia aumentou 1,8%12, enquanto o Crédito ao Sector Privado cresceu 2,1%. 11 12 Governo obteve de um sindicato bancário uma linha de crédito de USD 500 milhões em Maio e contraiu em Junho divida não titulada convertível em Obrigações de Tesouro no valor de AKZ 150 mil milhões. O De notar que em Novembro de 2014 o crédito à economia crescerá 17,2% sendo que o BESA era o segundo maior credor do sistema bancário com um peso de 19,1%. No entanto, na sequência da restruturação do balanço do BESA, em Dezembro de 2014, o seu peso reduzirá para 11,8%, tendo-se registado uma redução de 36,8% no crédito concedido ao sistema financeiro. 41 Em 2014, o agregado monetário amplo, M3, cresceu 15,7%, resultado da combinação do crescimento dos Activos Internos Líquidos e da redução dos Activos Externos Líquidos. O agregado monetário M2 expandiu 15,9%, devido, essencialmente, à subida dos Depósitos a Prazo em Moeda Nacional (30,7%), enquanto o agregado monetário M1 registou um crescimento na ordem de 19,1%, resultante, sobretudo, do aumento de 29,2% nos Depósitos à Ordem em Moeda Nacional. Dez. 13 Dez. 14 Δ% 4.435 5.135 15,8% (B) Meios de Pagamento (M2) = D + E 4.383 5.082 15,9% (D) Moeda (M1) 2.578 3.085 19,7% 276 340 22,9% 1.467 1.896 29,3% AKZ Mil Milhões (A) Meios de Pagamento (M3) =B+C=F+G Notas e Moedas em Poder Público Depósitos à Ordem - MN Depósitos à Ordem - ME (E) Quase-Moeda 835 850 1,7% 1.805 1.997 10,6% Depósitos a Prazo - MN 899 1.163 29,4% Outras Obrigações - ME 2 5 128,2% Depósitos a Prazo - ME 904 829 -8,4% 52 53 1,8% (C) Outros Instrumentos Financeiros Empréstimos e Acordos de Recompra - MN 20 17 -13,8% Empréstimos e Acordos de Recompra - ME 32 36 11,4% Dez. 13 Dez. 14 Δ% (F) Activos Externos Líquidos 3.115 2.962 -4,9% Reservas Internacionais Líquidas 3.021 2.727 -9,7% Outros Activos Externos Líquidos 95 235 148,3% AKZ Mil Milhões (G) Activos Internos Líquidos = H + I 1.320 2.173 64,6% (H) Crédito Interno Líquido 2.277 3.089 35,7% Crédito ao Governo Geral (650) 111 117,1% Crédito à Economia 2.927 2.978 1,8% 86 77 -10,2% Crédito ao Sector Privado 2.841 2.901 2,1% (I) Outros Activos e Passivos (957) (917) -4,3% Crédito às Empresas Públicas Durante o ano em análise, a Base Monetária13 expandiu 6,7%, explicada, essencialmente, com base nos aumentos nas rubricas de “Notas e Moedas em Circulação” (16,5% face ao ano transacto), e de “Depósitos das Entidades Financeiras” (1,3% face ao ano transacto). A Reserva Monetária14 registou uma expansão na ordem de 5,7%. Este aumento deveu-se sobretudo ao incremento da Base Monetária referido acima. O Multiplicador Monetário15 cresceu 9,5%, passando de 3,78 para 4,14, reflectindo o crescimento do M3 superior à expansão da Reserva Monetária. Sector Real Durante o ano de 2014 a economia Angolana deu continuidade à sua trajectória de diversificação económica. Os sectores de actividade económica, como da energia, agricultura, indústria transformadora, construção e serviços mercantis, continuaram a crescer, reduzindo o peso do sector petrolífero que passou de 40% do PIB em 2013 para 37,4% em 2014. ase Monetária é a variável operacional da política monetária do BNA que inclui Notas Emitidas, Caixa no Banco Central e Depósitos dos Bancos no Banco Central. B A Reserva Monetária inclui a Base Monetária, Outros Depósitos no BNA e TBCs em Poder dos Bancos Comerciais. 15 O Multiplicador Monetário estima a variação nos meios de pagamentos (M3) em função de uma variação na Reserva Monetária – Multiplicador = M3/Reserva Monetária. 13 14 42 04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Contudo, em 2014 a redução do peso do sector petrolífero no PIB nacional prendeu-se, essencialmente, com uma performance negativa do sector. O sector petrolífero voltou a contrair no ano em causa, registando um crescimento negativo de 2,6% (0,9% em 2013) devido, sobretudo, à combinação de factores restritivos à produção nacional e à redução do preço do barril de petróleo no segundo semestre do ano. Produção de Petróleo 2014 5.000 Nigéria 1.732 1.911 1.600 1.886 1.646 1.895 1.690 1.949 1.653 1.911 1.675 1.152 Angola 0 2013 1º Trim 14 2º Trim 14 3º Trim 14 4º Trim 14 2014 De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério das Finanças e pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em 2014 a produção média diária de petróleo atingiu 1,65 milhões de barris por dia – representando uma ligeira redução comparativamente ao ano transacto (1,73 milhões de barris por dia) – tendo sido vendida a um preço médio na ordem de USD 100 por barril. À semelhança do ano transacto, o país16 continuou a ser o segundo maior exportador de petróleo para a China, com um peso de 14% das importações de petróleo deste país, precedido apenas pela Arábia Saudita com 16%. Porém, não obstante a evolução abaixo do esperado para o ano, o sector ganhou uma nova e promissora dimensão com a inauguração do projecto CLOV, uma Unidade Flutuante de Armazenamento, Produção e Descarga de Petróleo com capacidade para armazenar 1,78 milhões de barris. A actividade de prospecção e produção no sector petrolífero foi positiva, tendo resultado na maior descoberta de petróleo até a data na camada do pré-sal no poço Orca do bloco 20, na bacia do rio Kwanza. Foram também registadas novas descobertas nos Bloco 15 e 22, ao longo da costa do país, onde constam os poços Ochigufu e Locosso, respectivamente. Sector Financeiro Em 2014 os depósitos de Clientes no sistema cresceu 15%, reflectindo um aumento da massa monetária proveniente da criação da moeda via i) compra de moeda estrangeira e ii) expansão de crédito concedido pelo conjunto dos Bancos (ao governo e à economia) na ordem de 26,8%. Paralelamente a taxa de bancarização situou-se em torno de 55% da população adulta. Contudo, e não obstante a expansão da actividade creditícia, o resultado líquido do sistema caiu aproximadamente 52,1% afectado, sobretudo, pelo aumento dos custos administrativos e de comercialização, aliado ao aumento substancial (210,9%) dos custos com as provisões para o crédito de liquidação duvidosa17, reflectido na deterioração do rácio de incumprimento, que passou de 9,8% no final de 2013, para 17,4% em Novembro de 2014. Relativamente à rendibilidade dos Bancos, em Novembro de 2014 registou-se uma redução nos indicadores ROA e ROE, atingindo valores de 0,45% e 3,51%, respectivamente (contra 1,4% e 10,9% no ano transacto). Na base desta redução da rendibilidade esteve a diminuição dos resultados, causada essencialmente pelo aumento das provisões, resultante da deterioração da qualidade da carteira de crédito dos Bancos, nomeadamente o Banco Espírito Santo Angola (BESA). Relativamente ao rácio de transformação18, verificou-se uma tendência ascendente, passando este de 63,3% em 2013, para 69,4% no final de 2014. No que concerne à concorrência do sistema bancário, num universo de 24 instituições bancárias licenciadas, quatro19 representaram 62% da quota de mercado dos depósitos (redução em 0,5 pontos percentuais face a 2013). Durante o ano de 2014 o Governo de Angola e o Banco Nacional de Angola continuaram a introduzir um conjunto de normas de natureza cambial, fiscal, monetária, prudencial e comportamental que visaram garantir a sustentabilidade do sistema, convergência às normas internacionais de referência, transparência das instituições, eficiência dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, e implementação eficaz do processo de desdolarização da economia. Do total das exportações efectuadas, aproximadamente 50,1% foram destinados para a China. O caso BESA teve um grande impacto. 18 Rácio de Transformação = Crédito à Economia / Total de Depósitos. 19 BAI, BFA, BPC, BIC e BESA. 16 17 43 Em Fevereiro o BNA emitiu o Instrutivo nº 1/14 que reduz a taxa de incidência sobre os depósitos e títulos em moeda nacional de 15% para 12,5%, sinalizando o objectivo de aumentar os recursos financeiros disponíveis para o crédito à economia, bem como continuar a influenciar a redução dos custos de intermediação financeira. Contudo, no final do ano em análise o BNA anunciou o aumento da mesma taxa para 15%, a vigorar a partir de Janeiro de 2015, sinalizando uma política mais restritiva, tendo em conta o actual cenário macroeconómico provocado pela queda do preço de petróleo. No decurso do ano em análise, o BNA procedeu ainda à introdução de uma nova família de moedas metálicas do Kwanza e à retirada de circulação das notas da série de 1999. Mercados de Capitais Em 2014 deu-se continuidade ao processo de criação do mercado de capitais no país. Neste âmbito, no início do ano, foi criada a Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA), sociedade gestora de mercados regulamentados, responsável pela implementação do ambiente de negócios, tornando possível a transacção no mercado secundário de títulos do tesouro, obrigações corporativas, acções, unidades de participação de fundos de investimentos e outros valores mobiliários. Em Dezembro do ano em análise foi concluída a instalação da plataforma electrónica da bolsa, que permitirá dar início às transacções de instrumentos de dívida pública, sendo este o primeiro estágio das operações no mercado de capitais no país. A seguir ao mercado de dívida pública serão implementados: o mercado de dívida corporativa, o mercado do segmento dos fundos de investimento, o mercado de acções, o mercado de futuros, entre outros diplomas de suporte ao mercado. No quadro abaixo destacam-se algumas das normas importantes que entraram em vigor em 2014. Data de Publicação Objecto Aviso nº 01/2014 3-Fev-14 Regula as operações de importação e exportação de moeda estrangeira. Instrutivo nº 01/2014 24-Fev-14 Determina o ajuste às regras de apuramento e cumprimento das Reservas Obrigatórias. Instrutivo nº 02/2014 19-Mar-14 Estabelece as regras e procedimentos de registo no SINOC de Operações de Invisíveis Correntes. Aviso nº 02/2014 28-Mar-14 Instrutivo nº 03/2014 3-Abr-14 Instrutivo nº 04/2014 15-Mai-14 Instrutivo nº 05/2014 15-Mai-14 Determina as obrigações das instituições emissoras e/ou aderentes de cartões de pagamentos. Aviso nº 03/2014 12-Ago-14 Alteração da redacção do ponto 1 do artigo 11º do Aviso nº 19/12 sobre a liquidação das operações cambiais de importação, exportação e reexportação de mercadorias. Aviso nº 04/2014 12-Ago-14 Determina o processo simplificado para o pagamento de importação de mercadorias. Aviso nº 05/2014 1-Out-14 Autoriza a constituição das Sociedades Prestadoras de Serviços de Pagamentos. Aviso nº 06/2014 1-Out-14 Regula a prestação de Serviços de Pagamentos. Instrutivo nº 06/2014 3-Out-14 Estabelece os valores limites da prestação de serviços de pagamento. Aviso nº 07/2014 8-Out-14 Estabelece os procedimentos a adoptar pelas operadoras petrolíferas nas operações de venda de moeda estrangeira. Aviso nº 08/2014 1-Dez-14 Determina o período de circulação das notas e moedas da série 1999. Instrutivo nº 07/2014 3-Dez-14 Determina o ajuste das regras de apuramento e cumprimento das Reservas Obrigatórias. Aviso nº 09/2014 10-Dez-14 Estabelece as normas e princípios que regem a publicidade dos produtos e serviços financeiros. Aviso nº 10/2014 10-Dez-14 Regula as características e os requisitos das garantias das quais as instituições financeiras são beneficiárias. Aviso nº 11/2014 17-Dez-14 Estabelece os requisitos específicos para as operações de crédito efectuadas pelas instituições financeiras. Aviso nº 12/2014 17-Dez-14 Regula o processo de constituição de provisões das instituições financeiras. Aviso nº 13/2014 24-Dez-14 Estabelece os procedimentos de transferências para o exterior de lucros ou dividendos dos investidores privados externos. Aviso nº 14/2014 24-Dez-14 Determina os procedimentos para o licenciamento e registo da importação de capitais. 44 Estabelece os requisitos mínimos de informação sobre os serviços e produtos financeiros que devem ser disponibilizados ao público. Determina o ajuste dos mecanismos de operacionalização do mercado cambial, em particular do mercado secundário de divisas. Define as tabelas que compõem o precário a divulgar pelas instituições financeiras. ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS Em 2014 a actividade do Banco foi marcada pelo aumento do volume de activos, aumento da carteira de créditos, crescimento da rede comercial bem como a conclusão do processo de definição da segmentação de Clientes. A. Banca Corporativa e PMEs Durante 2014 foram abertos mais 3 (três) canais especializados ao atendimento de empresas, duas localizadas em Luanda e uma em Cabinda, totalizando 10 (dez) que se encontram distribuídos estrategicamente pelo país. O número de Clientes do segmento banca corporativa e PME´s situouse em 35.893, um aumento de 5.240 (+17%) relativamente ao exercício de 2013 (30.653 Clientes). Carteira de Depósitos Em 2014 houve um aumento do volume de depósitos da carteira afecta ao segmento Corporativo e PME´s, contrariamente ao ano anterior. Os depósitos deste segmento ascenderam a AKZ 714.603 milhões, o que representa um aumento de 1,3% relativamente ao ano de 2013 (AKZ 705.652 milhões). Os depósitos representavam 75% do total da carteira de depósitos. Composição dos Recursos de Clientes Corporativos e PME’s 1.000.000 815.204 902.936 950.917 800.000 MILHÕES DE AKZ 79% 600.000 78% Corporativos e PMEs 75% Recursos de Clientes 400.000 0 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 No final de 2014, 72% dos depósitos do segmento banca corporativa e PME´s eram mantidos à ordem, registando um aumento de 15 pontos percentuais relativamente ao ano 2013. Os depósitos à ordem deste segmento situaram-se em AKZ 515.811 milhões. Os depósitos a prazo do segmento corporativo e PME’s atingiram AKZ 198.792 milhões, registando uma diminuição de AKZ 100.358 milhões relativamente ao ano de 2013. Os depósitos a prazo deste segmento representam 28% do total de depósitos, uma diminuição de 14 (catorze) pontos percentuais face a 2013 devido à desmobilização dos depósitos neste segmento que não foram compensadas com as novas emissões no final de 2014. Depósitos por Produtos - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ) DP; 42% 299.150 DO; 58% 406.502 Depósitos por Produtos - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ) DP; 28% 198.792 DO; 72% 515.811 A moeda nacional representou maior peso nos depósitos deste segmento, tendo-se situado em 56%, contra 51% verificado em 2013. A redução do nível de dolarização da economia fazem-se reflectir na diminuição do peso da moeda estrangeira bem como a kwanzalização da economia, representando 44% do total da carteira de depósitos deste segmento. Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ) ME; 51% 361.370 46 MN; 49% 344.282 Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ) MN; 56% 397.824 ME; 44% 316.779 05. ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ) Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ) DP - MN; 17% DO - MN; 31% 239.562 121.574 DO - ME; 26% DP - ME; 25% DP - ME; 11% DO - MN; 39% 184.483 176.887 DO - ME; 34% DP - MN; 17% 122.263 222.019 77.218 276.249 Carteira de Crédito20 O crédito concedido ao segmento de corporativo e PMEs situou-se em AKZ 354.193 milhões, que compara com AKZ 240.017 milhões registados em 2013, representando um aumento de 48% no ano, com destaque para o financiamento concedido ao Ministério das Finanças por um sindicato de instituições bancárias. O crédito concedido a este segmento representa 87% do total do crédito concedido. O crédito de médio e longo prazo situou-se em AKZ 244.855 milhões, registando um aumento de 69% relativamente ao ano anterior. O crédito de curto prazo aumentou 37%, situando-se em AKZ 109.339 milhões, tendo o peso passado de 33% em 2013 para 31% em 2014. MILHÕES DE AKZ Crédito - Banca Corporativa e PME’s vs Carteira de Crédito 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 406.440 284.668 87% 84% Total Dez. 14 Dez. 13 Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ) M/L Prazo; 67% 160.289 20 Banca Corporativa e PME´s C/ Prazo; 33% 79.728 Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ) M/L Prazo; 69% 244.854 C/ Prazo; 31% 109.339 Inclui crédito vincendo, vencido e juros a receber. 47 Crédito por Moeda - Banca Corpotativa e PME’s Dezembro 2013 (Milhões AKZ) ME; 41% MN; 59% 142.764 97.254 Crédito por Moeda - Banca Corpotativa e PME’s Dezembro 2014 (Milhões AKZ) ME; 38% MN; 62% 220.040 134.153 B. Banca de Retalho: Particulares O Banco deu continuidade ao processo de segmentação da sua carteira de Clientes, visando atingir a excelência em todos os segmentos com particular destaque nos segmentos de maior valor. Em 2014 o Banco atingiu 125 balcões de atendimento especializado para a rede de retalho, e 2 (dois) balcões de atendimento especializado para Clientes Private. O BAI teve a necessidade de abertura de mas 6 (seis) balcões para a rede de retalho e 1 (um) balcão Private, denominado Centro de Serviços Premium Academia BAI, dos quais 63 balcões da banca de retalho estão localizados em Luanda e 53 no resto do país. A rede de postos de atendimento estendeu-se para 9 (nove), distribuídos em locais de grande relevância comercial. Estes postos representam extensões de balcões da rede de retalho e visam alcançar a satisfação das necessidades dos Clientes em locais onde pouco justifica a abertura de um balcão normal. Durante o ano o número de Clientes do segmento particulares, incluindo Clientes Private, aumentou 71.658 (+14%), comparativamente ao registado em 2013, tendo atingido um total de 599.598 Clientes. O BAI continuou o esforço no sentido de oferecer produtos inovadores ao mercado e que sirvam as necessidades dos seus Clientes. O volume de negócios (depósitos mais crédito) do segmento de particulares aumentou em 19%, atingindo um montante de AKZ 288.560 milhões, que compara com os AKZ 241.935 milhões registados em 2013. Este aumento reflecte-se na diversificação e na criação de novos produtos e serviços. Carteira de Depósitos No final de 2014 a carteira de depósitos do segmento de particulares situou-se em AKZ 236.451 milhões, representando 25% do total dos depósitos do Banco. Este valor situou-se acima do registado em 2013 (AKZ 197.284 milhões), evidenciando a importância do segmento de particulares na estratégia de diversificação da carteira. Depósitos Particulares vs Carteira de Depósitos 902.936 1.000.000 MILHÕES DE AKZ 800.000 950.917 815.204 600.000 Particulares 400.000 200.00 21% 0 Dez. 13 22% 25% Dez. 14 Dez. 14 Recursos de Clientes A carteira de depósitos à ordem da Banca de Retalho – Particulares situou-se em AKZ 121.139 milhões, representando um aumento de 13% face ao registado em 2013 (AKZ 110.786 milhões). Os depósitos a prazo representavam 49% do total de depósitos deste segmento, totalizando AKZ 116.465 milhões, o que representou um aumento de 28% face ao ano anterior, devido ao aumento das taxas de juros e melhor margem financeira. 48 05. ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS Depósitos por Produto - Particulares Dezembro 2013 (Milhões AKZ) DO; 56% Depósitos por Produto - Particulares Dezembro 2014 (Milhões AKZ) DP; 44% 86.498 110.786 DO; 51% DP; 49% 115.175 121.139 Os depósitos em moeda nacional (MN) representavam 54% dos depósitos de Clientes particulares, ascendendo os AKZ 127.236 milhões. Este valor reflecte um crescimento de 44% face ao verificado em 2013 (AKZ 87.564 milhões). Os depósitos em moeda estrangeira situaram-se em AKZ 109.077 milhões (46% do total), o que representa uma diminuição de 1% face ao registado no final de 2013 (AKZ 109.720 milhões). Depósitos por Moeda - Particulares Dezembro 2013 (Milhões AKZ) ME; 52% Depósitos por Moeda - Particulares Dezembro 2014 (Milhões AKZ) MN; 48% 87.564 109.720 Depósitos por Moeda e Produto - Particulares Dezembro 2013 (Milhões AKZ) DO - ME; 26% DP - MN; 14% 51.611 28.389 DP - ME; 29% DO - MN; 30% 58.109 59.175 ME; 46% MN; 54% 127.236 109.077 Depósitos por Moeda e Produto - Particulares Dezembro 2014 (Milhões AKZ) DP - MN; 21% DO - ME; 18% 48.773 42.676 DO - MN; 33% DP - ME; 28% 66.402 78.463 Carteira de Crédito A carteira de crédito de Clientes particulares situou-se em AKZ 52.247 milhões, registando um aumento de 17% relativamente ao final de 2013 (AKZ 44.651 milhões). Em 2014 a carteira crédito de Clientes particulares representou 13% no total da carteira de crédito concedido pelo Banco, reduzindo o seu peso em 3 pontos percentuais relativamente ao exercício anterior devido à procura, amortização de crédito e o efeito de volume na carteira. MILHÕES DE AKZ Crédito - Particulares 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 406.440 284.668 Particulares Total 16% Dez. 13 13% Dez. 14 49 Crédito por Prazo - Particulares Dezembro 2013 (Milhões AKZ) M/L Prazo; 82% Crédito por Prazo - Particulares Dezembro 2014 (Milhões AKZ) C/ Prazo; 13% C/ Prazo; 18% 8.207 36.444 6.916 M/L Prazo; 87% 45.331 Crédito por Moeda - Particulares Dezembro 2013 (Milhões AKZ) ME; 62% Crédito por Moeda - Particulares Dezembro 2014 (Milhões AKZ) MN; 38% 16.915 27.735 MN; 51% ME; 49% 25.685 26.562 C. Banca de Investimentos A carteira de crédito sob a gestão da banca de investimentos, ascendia os AKZ 279.718 milhões, remunerados a uma taxa média ponderada de 11,17% ao ano dos quais 82,41% encontram-se em situação normal, 9,88% em situação vencida e 7,72% foram abatidos do activo. Comparativamente ao ano anterior houve uma diminuição de 9%, e 1% para os créditos em situação normal, e para os créditos que foram abatidos do activo houve um aumento de 9,12% para os créditos em situação vencida. Estes dados são parte integrante do total da carteira de crédito detalhado em outros capítulos. O sector do Estado, imobiliário e o industrial, ascenderam a, respectivamente, AKZ 117.824 milhões, AKZ 102.254 milhões, e AKZ 15.140 milhões. Sector de Actividade 2013 2014 Estado 0% 42% Imobiliário 51% 37% Industrial Outros Total da carteira (em AKZ milhões) 9% 5% 40% 16% 170.025 279.718 A carteira por prazo residual apresenta créditos maiores para projectos com períodos residuais superiores a 5 anos, representando 49% do crédito total. Para os prazos inferiores a 5 anos a distribuição é relativamente equilibrada, com alguma relevância para o prazo superior a 1 ano e inferior a 2 anos, que registou um saldo de AKZ 73.251 milhões. A Banca de Investimentos apresenta uma carteira de crédito associada a diferentes níveis de risco classificados de A a G, sendo a classe A menos arriscada e a G a mais arriscada. Sobre os níveis de riscos destaca-se o nível A, correspondente a um risco nulo, com 53% da carteira em 2014, o que revela uma boa ponderação do Banco na atribuição de financiamentos ao Estado. D. Banca Electrónica O contínuo esforço do Banco na busca de novas soluções electrónicas, para proporcionar uma maior satisfação dos serviços prestados ao Cliente, através da criação de produtos e canais atractivos e cómodos para todo o segmento, tem aumentado de forma expressiva o número de Clientes com acesso à banca electrónica. 50 05. ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS BAI Directo Os serviços de BAI Directo são caracterizados por um conjunto de soluções disponibilizadas aos Clientes através do telemóvel e Internet, designados por Mobile Banking e Internet Banking. Neste segmento a preferência continua ser o Mobile Banking a representar maior número de Clientes. A carteira de Clientes aderentes aos serviços em 2014 aumentou 34.003 Clientes, mais 27% face a 2013. Clientes com Acesso ao BAI Directo 87.573 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 125.992 38% 36% 159.995 37% Internet Banking 62% 64% Dez. 12 Mobile Banking 63% Dez. 13 Dez. 14 Terminais Bancários Em 31 de Dezembro de 2014 encontravam-se activos 321 ATM e 2.539 TPA, comparativamente aos 292 ATM e 2.196 TPA activos em 2013, o que representa um crescimento de 10% e 16%, respectivamente. Terminais Bancários BAI 2.539 Dez. 14 321 2.196 Dez. 13 292 2.040 Dez. 12 264 - 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 Cartões de Pagamento O ano ficou marcado pelo contínuo crescimento dos cartões de débito Multicaixa. Os cartões activos registaram um aumento de 23% comparativamente a 2013, atingindo 202.484 cartões. Em 2014 o BAI atingiu um rácio operacional de 43,07%, mais 2,07% que o ano anterior, com uma quota de mercado de 11%. Cartões de Débito Multicaixa 470.105 Dez. 14 359.897 Cartões Válidos 202.484 399.244 Dez. 13 Cartões Vivos 286.033 164.131 Cartões Activos 340.266 Dez. 12 269.497 145.115 - 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000 51 Relativamente aos cartões de crédito da rede Visa verificou-se um aumento de 5% do número de utilizadores, registando 6.959 cartões de crédito válidos comparativamente aos 6.646 de 2013. Face à posição competitiva do Banco neste segmento, pretende-se continuar a melhorar o produto, fidelizar os nossos Clientes através de novas soluções financeiras, oferecendo um serviço diferenciado no contacto cliente e Banco, através do BAI Directo. Cartões de Crédito 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 6.618 6.646 Dez. 12 Dez. 13 6.959 Dez. 14 O cartão de débito pré-pago Kamba tem sido um produto muito solicitado pela sua característica de fundos próprios e de pagamentos vinculados a conta à ordem dos Clientes. O BAI tem vindo a incentivar aos seus Clientes a adesão ao cartão pré-pago, garantindo uma maior comodidade nas suas operações através de processos eficientes e eficazes de adesão e carregamento. Neste contexto, em 2014 o Banco alcançou a cifra de 63.471 cartões vivos, um aumento de 43% em relação ao ano 2013 (44.243). Cartões Débito Visa 70.000 63.471 60.000 50.000 40.000 30.000 44.243 29.958 20.000 10.000 0 52 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS A formação do grupo financeiro de referência, a diversificação da actividade do grupo, bem como a sua internacionalização, constituem vectores importantes na estratégia do Banco. Em 31 de Dezembro de 2014 o BAI detinha três filiais no sector financeiro bancário, nomeadamente BAI Europa S.A. (BAIE), BAI Micro Finanças S.A. (BMF) e o BAI Cabo Verde (BAI CV), detendo ainda uma participação minoritária no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP). No sector financeiro não bancário o Banco detém o controlo da companhia Nova Sociedade de Seguros de Angola (NOSSA Seguros), da SAESP (Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado) e da Fundação BAI. As participações encontram-se detalhadas na nota 9 do anexo às Demonstrações Financeiras. BAI Europa O Banco BAI Europa, S.A. (BAIE) iniciou sua actividade em Portugal em 1998 como sucursal do BAI S.A. Em 2002 alterou o seu estatuto jurídico de sucursal para filial, tendo como principal accionista o Banco Angolano de Investimentos, S.A., que detém 99,9% do seu capital social, com sede em Lisboa e escritório no Porto. O Banco manteve sem alteração os elevados padrões de rigor na gestão dos riscos do negócio, em particular do risco de crédito, sem prejuízo de procurar aproveitar todas as oportunidades que, dentro dos perfis de risco aceitáveis, se vão deparando especialmente no quadro das relações económicas entre os dois países. No final de 2014 a carteira de crédito a Clientes reduziu 20%, situando-se em EUR 93,9 milhões (AKZ 11.760 milhões). As aplicações em instituições de crédito, crédito a Clientes e as disponibilidades em outras instituições de crédito representam 95% do activo total, que totalizou EUR 698,7 milhões (AKZ 87.480 milhões). Os capitais próprios atingiram os EUR 64,7 milhões (AKZ 8.194 milhões) no final do ano, mais 5 % do que em 2013, com os rácios de solvabilidade e Common Equity Tier 1 a situarem-se em, respectivamente, 19,6% e 19,4%, bastante acima dos valores mínimos regulamentares. A actividade em 2014 permitiu gerar um resultado líquido de EUR 3,6 milhões (AKZ 458 milhões), mais 4% comparativamente a 2013, explicado pela conjugação dos seguintes factores: • Diminuição da margem financeira de 1,8%, reflectindo o processo de desalavancagem do balanço que tem vindo a ser compensada com a variável preço; • Redução das provisões e imparidades líquidas constituídas em 54%, para EUR 305.503 (AKZ 38 milhões); • Redução dos custos de transformação em 1% para EUR 3,5 milhões (AKZ 440,8 milhões), esforço permanente na adaptação da estrutura à actividade sem comprometer o equilíbrio operacional e o cumprimento das exigências regulamentares e legais. Consequentemente o agravamento do rácio cost-to-income de 36,5% para 38,6% em 2014 resultou exclusivamente da redução do produto bancário. BAI Micro Finanças O Banco BAI Micro Finanças, S.A. (BMF), com sede em Luanda, foi constituído em 19 de Fevereiro de 2004 e iniciou a sua actividade a 20 de Agosto de 2004. O BMF tem por objecto social o exercício da actividade bancária nos termos e dentro dos limites definidos pelo BNA. O BAI detém o controlo accionista e a gestão do Banco com uma participação no seu capital de 96,79% do capital. Nos últimos exercícios o BMF apresentou resultados negativos consecutivos e encontra-se actualmente em incumprimento quanto aos requisitos mínimos de fundos próprios regulamentares. Neste contexto, o BAI tem apoiado a actividade deste Banco através da realização de aumentos de capital e tem vindo a reconhecer imparidades nas suas contas individuais, encontrando-se em curso o estudo de medidas para a resolução da situação. BAI Cabo Verde O Banco BAI Cabo Verde (BAI CV), com sede na cidade da Praia, foi inaugurado em 21 de Novembro de 2008, com um capital social de 2.331 milhões de escudos de Cabo Verde (CVE), numa parceria entre o BAI S.A, o Grupo Sonangol e a SOGEI. Para além da cidade da Praia, o Banco está também presente nas Ilhas Sal e em São Vicente, assegurando assim a sua presença nas principais praças financeiras do país, com um total de cinco Agências. Em 2014 o activo líquido atingiu CVE 15.104 milhões, registando um aumento de 33% face a Dezembro de 2013. Esta variação positiva deriva essencialmente do aumento dos recursos de Clientes em 88% no ano, tendo atingido CVE 8.047 milhões. A carteira de crédito sofreu uma redução de CVE 164,2 milhões, principalmente devido às liquidações de créditos por via de dação em cumprimento, tendo os activos disponíveis para venda aumentado CVE 826 milhões, com reflexo na redução das imparidades para crédito. A taxa de transformação diminuiu de 114% em 2013 para 58,5% em 2014, devido ao aumento dos recursos de Clientes e a diminuição da carteira de crédito. 54 06. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 (Auditado) 8.915 (Auditado) 11.395 (Auditado) 15.104 Crédito a Clientes 3.867 4.869 4.664 Recurso de Clientes 2.415 4.286 811 1.002 Valores em milhões de CVE Activo Líquido Capital Próprio Δ% 2013/2012 28% 2014/2013 33% 26% -4% 8.047 77% 88% 1.016 24% 1% Margem Financeira 304 356 400 17% 12% Produto Bancário 362 470 489 30% 4% Custo de Estrutura 444 432 386 -3% -11% Resultado Líquido Cost to Income -151 -139 13 -8% -109% 123% 92% 79% -25% -14% ROA -1% -1,2% 0,1% 22% -107% ROE -6% -13,9% 1,3% 131% -109% O Banco registou um resultado líquido positivo de CVE 13 milhões, correspondente a um aumento de 109% comparativamente a 2013, em que apresentou um resultado líquido negativo de CVE 139 milhões. A melhoria dos resultados decorreu (i) do aumento do produto bancário de 4% comparativamente a 2013, tendo atingido CVE 489 milhões em 2014, principalmente explicado pela melhoria da margem financeira em 12%, (ii) da redução dos custos de estrutura em 11%, situando-se em CVE 386 milhões, decorrente do esforço na adaptação da estrutura à actividade, e (iii) da redução dos custos com imparidades em 55%, tendo atingido CVE 69 milhões, principalmente devido às dações em pagamento (anteriormente explicadas). BISTP - Banco Internacional de São Tomé e Príncipe21 A presença do BAI no arquipélago de São Tomé e Príncipe mantém-se através da participação no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP) desde 2004 com uma participação no capital social de 25%. O Banco tem a sede na cidade de São Tomé, tendo como accionistas o Estado de São Tomé e Príncipe, com 48%, e a Caixa Geral de Depósitos de Portugal, com 27%. O BISTP é o maior e mais antigo Banco do sistema financeiro santomense, tendo iniciado a sua actividade a 3 Março de 1993. Com características de um Banco universal, o BISTP centraliza a sua actividade nos segmentos de banca de retalho e corporativa. O BISTP registou um resultado líquido de STD 31.897 milhões (AKZ 163 milhões) em 2014, representando um aumento de 5%, face ao ano anterior. O produto bancário cresceu 1,17%, relativamente ao exercício anterior, registando STD 199 milhões (AKZ 1.027 milhões) em 2014. Esse resultado reflecte o bom desempenho da margem complementar, que cresceu 11% relativamente a 2013, tendo atingido os STD 79.838 milhões (AKZ 408 milhões) independentemente da ligeira diminuição da margem financeira, que diminui 4%, situando-se em STD 121.262 milhões (AKZ 619 milhões). O activo líquido situou-se em STD 2.264 mil milhões (AKZ 11.557 milhões), mais 21% acima do verificado no ano transacto. A carteira de depósitos evidenciou um aumento de 18%, situando-se em STD 1.735 mil milhões (AKZ 8.856 milhões). Relativamente às provisões registou-se uma diminuição de 32%, tendo atingido STD 96.899 milhões (AKZ 495 milhões) no final do exercício de 2014. O crédito a Clientes registou uma diminuição de 8%, atingindo o valor de STD 695.944 milhões (AKZ 3.553 milhões), conferindo ao Banco uma taxa de transformação acima dos 40,12% (2013: 49,24%). NOSSA Seguros A Nova Sociedade de Seguros de Angola, S.A. (NOSSA Seguros) foi constituída em 17 de Agosto de 2004, tendo como objecto social exclusivo exercer a actividade de seguro directo e de resseguro nos segmentos vida e não vida, com a amplitude permitida por lei. Destacam-se como marcos na actividade em 2014 o reforço do seu património imobiliário com a aquisição de dois escritórios e a expansão da rede com a abertura de pontos de vendas no Porto Amboim, Soyo, Mulemba, Siac Ondijiva, aumentando de 16 para 20 o total dos pontos de vendas. 21 A informação financeira referente a 2014 é preliminar e não auditada. 55 Dez. 13 Dez. 14 Δ% (Auditado) (Auditado) (Auditado) 2013/2012 2014/2013 Prémios de Seguro Directo 3.154.684 4.230.112 5.383.738 34% 27% Custos com Sinistros -1.049.387 -1.444.708 -1.513.539 38% 5% 1.995.478 2.066.678 2.237.785 4% 8% 195.618 161.673 296.979 -17% 84% Capitais Próprios 1.283.971 1.469.545 1.803.497 14% 23% Investimentos a Representar 2.474.710 2.798.311 4.631.048 13% 65% Indicadores (Valores em milhares de AKZ) Dez. 12 Demonstrações de Resultados Margem Técnica de Seguro Directo Resultado Líquido do Exercício Balanço 538.038 1.001.563 487.280 86% -51% Provisões Técnicas Caixa e Depósitos à Ordem 2.839.986 3.573.767 4.779.947 26% 34% Activo Total 7.410.695 8.035.724 9.466.048 8% 18% Rácios Rácio de Sinistralidade -33% -33% -31% 0% -7% ROE 15% 12% 23% -20% 92% Margem de Solvência 124% 132% 120% 6% -9% Capitais Próprios/Activo Total 17% 18% 19% 6% 4% Cobertura das Provisões Técnicas Solvabilidade 139% 136% 123% -2% -10% Nº de Colaboradores Efectivos 61 99 134 62% 35% Nº de Agências/Pontos de Vendas 5 17 21 240% 24% O resultado líquido atingiu os AKZ 297 milhões em 2014, apresentando um acréscimo AKZ 135 milhões relativamente a 2013. Esse acréscimo é consequência da diminuição da taxa de sinistralidade que passou de 33% para 31%, que se reflecte no aumento dos prémios e seus adicionais em 24%, registando AKZ 5.384 milhões em 2014 (2013: AKZ 4.230 milhões) e o aumento dos custos com sinistros em 5%, situando-se em AKZ 1.514 milhões (2013: AKZ 1.445 milhões). O activo líquido atingiu AKZ 9.466 milhões no final do ano, apresentando um acréscimo de 18% em relação ao exercício anterior. A maior variação do activo reflecte-se na rubrica de Investimentos, que passou dos AKZ 2.799 milhões em 2013 para os AKZ 4.631 milhões em 2014. Do lado do passivo a carteira de provisões técnicas apresentou um aumento de AKZ 1.245 milhões comparativamente a 2013, registando AKZ 4.780 milhões em 2014. Fundo de Investimento Privado de Angola22 O Fundo de Investimento Privado de Angola (FIPA) é o primeiro fundo de capital de risco (private equity) dedicado exclusivamente a investir em Angola. O FIPA assegura um modelo de boa governação e a sua conformidade com as melhores práticas internacionais. O Fundo é uma parceria empresarial, limitada por acções constituídas ao abrigo das leis do Grão-Ducado de Luxemburgo como sociedade de capital variável (“société d’investissement à capital variable”) – fundo de investimento especializado. A sua estratégia de investimento visa investimentos individuais até USD 8 milhões em capitais próprios, ou outros instrumentos de financiamento de longo prazo, em pequenas e médias empresas em Angola, incluindo projectos de expansão, management buyout, management buy-in, privatização e startups. O FIPA angariou USD 39 milhões de capital comprometido com uma maturidade de 10 anos, com a possibilidade de extensão de 2 anos. Os seus investidores incluem o BAI, Norfund, o Banco Europeu de Investimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Espanhol, o Fundo de Industrialização Dinamarquês para os Países em Desenvolvimento e o Banco Atlântico. Em 30 de Setembro de 2014 o fundo tinha chamadas de capital relativo ao compromisso assumido de USD 24,7 milhões (AKZ 2.058 milhões), isto é 63,44%, e investiu USD 18,4 milhões (AKZ 1.818 milhões) do compromisso assumido. O justo valor do capital sob gestão é de USD 18,5 milhões (AKZ 1.547 milhões), sendo que o justo valor do BAI situou se em USD 4,7 milhões (AKZ 469 milhões). 22 A informação financeira referente a 2014 é não auditada. 56 06. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Contibuições Ganhos ou Perdas Justo Valor (AKZ) Contribuições Acumuladas (AKZ) Acumuladas (AKZ) em 30/09/2014 em falta (AKZ) % Ownership Compromisso Assumido (AKZ) 25,64% 983.185.000 623.339.290 -155.343.230 468.979.245 359.845.710 5,13% 196.637.000 124.864.495 -31.461.920 93.402.575 71.772.505 Norfund 25,64% 983.185.000 623.339.290 -155.343.230 468.979.245 359.845.710 Investidores Banco Angolano de Investimentos Banco Atlântico European Investment Bank 15,38% 589.911.000 374.593.485 -93.402.575 281.190.910 215.317.515 IFU (Danish Investment Fund) 12,82% 491.592.500 311.669.645 -77.671.615 233.998.030 179.922.855 MA EC Spain 15,38% 589.911.000 374.593.485 -93.402.575 281.190.910 215.317.515 100,00% 3.834.421.500 2.057.806.205 -513.222.570 1.546.550.005 1.186.704.295 Total Fonte: FIPA 30/09/2014 Durante o primeiro trimestre de 2014 o fundo conclui a aquisição da participação de 7,5% da Grande Mídia Lda, através de sua subsidiária integral SPV Mediango. Esta operação foi concluída com a aprovação ANIP e emissão da respectiva licença de importação de capitais (LIC). O Fundo desembolsou um total de USD 6,6 milhões (AKZ 649 milhões) à Special Edition S.A., concedendo um financiamento em forma de contribuição de capital à SPV Mediango no valor de USD 3 milhões (AKZ 295 milhões), utilizados para a aquisição de uma participação accionista de 7,5% na Big Media Lda. A 30 de Novembro de 2011 a FIPA celebrou um contrato de empréstimo com Lunam Limited e AST no valor de USD 1,25 milhões (AKZ 122.898 milhares), em que a FIPA era o credor e Lunam o mutuário, na qual permite à AST adquirir uma participação de 70% na RJ-Industrial e Comercial Limitada. Em conformidade com os termos do acordo, o empréstimo será reembolsado em quatro parcelas. A primeira parcela foi recebida em 5 de Setembro de 2014, ascendendo a USD 369.141 (AKZ 36,3 milhões), da qual USD 312.500 (AKZ 30,7 milhões) refere-se a capital e USD 56.566 (AKZ 5,6 milhões) a juros. Durante o período em análise o FIPA assinou os acordos de investimento para a Fazenda Girassol e a Betablocos. Uma nova chamada de capital estava em curso, no valor de USD 7,5 milhões (AKZ 737 milhões), correspondendo a 18,97% do capital comprometido total. Esta chamada de capital tem como principal objectivo financiar os desembolsos relacionados para a Fazenda Girassol e Betablocos promoções. No final do exercício o FIPA registou um total de contribuições em falta no valor de AKZ 1.186.704.295, na qual 30% é representado pelo BAI. 57 GESTÃO DO RISCO A gestão do risco é um elemento central na gestão da estratégia do BAI, através do qual identifica, avalia, monitoriza e controla sistematicamente os riscos inerentes ao negócio, visando garantir a conformidade legal, a confiança dos depositantes, parceiros e de outros stakeholders. Principais desenvolvimentos em 2014: • Criação da Comissão de Gestão do Risco; • Desenvolvimento da função risco; • Revisão do pricing das operações activas e passivas; • Revisão da matriz de decisão de crédito; • Definição das políticas de segurança da informação baseada nos standards ISO/IEC 27001; • Workshop de sensibilização sobre a segurança de informação. Adicionalmente foi realizada uma avaliação da qualidade dos activos pelo BNA com referência a 30 de Junho de 2014. De uma forma geral as conclusões foram em linha com a política de reforço de provisões que o Banco já estava a seguir, tendo reflectido até 31 de Dezembro de 2014 as insuficiências identificadas com referência àquela data. Foram ainda identificadas algumas acções de melhoria de procedimentos a introduzir, cuja implementação foi contemplada no plano de acção do relatório sobre o sistema de controlo interno. Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA) A avaliação da qualidade dos activos (AQA) foi realizada pelo BNA, com recurso a auditores externos, entre Agosto de 2014 e Janeiro de 2015, tendo abrangido 14 Bancos de forma simultânea e com base nas mesmas regras, tendo como principais objectivos: • Promover a transparência, através do reforço da qualidade da informação disponível sobre a carteira de crédito das instituições financeiras; • Fomentar a confiança no sistema financeiro nacional; • Identificar áreas potencialmente problemáticas nas instituições financeiras; • Garantir que os rácios de capital das instituições financeiras reflectem adequadamente o risco de crédito a que se encontram expostas; • Definir um plano de acompanhamento adequado e aplicar medidas correctivas, nos casos em que tal se revele necessário. A avaliação consistiu num exame do balanço dos Bancos seleccionados à data de 30 de Junho de 2014 e do sistema de controlo interno, com uma abordagem baseada em factores de risco, centrada nas rubricas de Disponibilidades e aplicações de liquidez, Crédito e Outros activos. Os resultados preliminares da avaliação foram conhecidos em Dezembro, tendo sido posteriormente solicitadas análises adicionais, na sequência da publicação dos Avisos nº 10/14 de 10 de Dezembro e nº 11/14 e 12/14 de 17 de Dezembro. Os resultados finais da avaliação foram conhecidos no final do 1º trimestre de 2015, tendo o BNA solicitado aos Bancos seleccionados a apresentação de um plano de acção para mitigar as insuficiências identificadas. A. Governo e Organização da Gestão e Controlo do Risco Durante o período a que se reporta este relatório a gestão do risco foi realizada de forma integrada, liderada pela Comissão Executiva. As funções chave do sistema de gestão do risco são a CE, o Comité de Activos e Passivos (ALCO) e todas as áreas que estão afectas ao risco operacional: Risco de Crédito Risco de Taxa de Juro, Taxa de Câmbio, Liquidez e Solvência Risco Operacional DBI ALCO (Comité) DAI DAC DMF GCRO DRC DPC GSI GCL Nota: ver o significado das siglas no organograma apresentado no capítulo sobre os Recursos Humanos. 60 07. GESTÃO DO RISCO No seguimento das directrizes do plano estratégico e das exigências dos Avisos nº 1 e 2 /13 de 19 de Abril, foram feitas alterações relevantes no modelo de governo de gestão e controlo de risco, com a aprovação pelo Conselho de Administração da constituição dos seguintes órgãos: • Comissão de Gestão do Risco (explicada no capítulo do modelo de governação corporativo); • Direcção de Gestão do Risco (DGR), com dependência hierárquica e funcional da Comissão de Gestão do Risco, assegurando-lhe maior autonomia e liberdade no exercício das suas funções, com a seguinte estrutura orgânica: Direcção de Gestão do Risco Departamento de Risco Operacional Departamento de Risco de Crédito e Contraparte Departamento de Risco de Balanço, Mercado e Taxas A Direcção de Gestão do Risco (DGR) tem como missão identificar, avaliar, monitorizar, controlar e prestar informações de todos os riscos relevantes da actividade desenvolvida pelo Banco, conforme o previsto no artigo 11º do Aviso nº 2/2013, de 19 de Abril. A sua actividade terá início em 2015. O processo de documentação do sistema de gestão do risco, ou seja a forma como é efectuada a comunicação e divulgação das políticas e procedimentos de riscos a toda a estrutura do Banco, pode ser apresentado da seguinte forma esquemática: Órgão Função Formalização Conselho de Administração Linhas Gerais de Orientação do Sistema de Gestão de Risco e Definição do Perfil de Risco do Banco Política de Gestão de Risco Comissão de Gestão de Risco Avaliação da Eficácia do Sistema de Gestão do Risco e Supervionar a Função de Gestão de Risco Normas Internas Função de Gestão de Risco Identificação, Avaliação e Acompanhamento dos Riscos Áreas Funcionais Controlo Efectivo dos Riscos Manuais de Procedimentos Internos B. Risco de Mercado e de Liquidez O risco de mercado refere-se à probabilidade de perdas no valor das posições no balanço e/ou em extrapatrimoniais resultantes da variação dos preços de mercado, que tipicamente engloba riscos atinentes à taxa de juro dos instrumentos registados na carteira de negociação, da taxa de câmbio, do preço de acções e das commodities. A gestão deste conjunto de riscos é definida pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO), e conta com as unidades de estrutura (Direcção de Mercados Financeiros, Direcção de Crédito e Direcção da Banca de Investimentos) para realocação e/ou tomada conveniente de fundos, tendo em vista os limites e directrizes definidas pelo ALCO. O ALCO é presidido pelo Presidente da Comissão Executiva e integra os administradores e directores responsáveis pelas áreas Financeira, Planeamento, Contabilidade, Comercial e Marketing. As deliberações do Comité são monitorizadas por um departamento de gestão de risco, que por sua vez, é responsável pelo acompanhamento da actividade das direcções tomadoras de risco e do cumprimento das políticas e normas de gestão de risco. A origem e avaliação dos riscos de taxa de juro, taxa de câmbio e liquidez é concentrada numa única área (DMF). No entanto, a supervisão é feita ao nível do ALCO. Com a implementação da função autónoma de gestão do risco será assegurada a segregação efectiva destas actividades. 61 Em 2014, alguns dos principais desenvolvimentos da gestão de risco do balanço incluíram: • Revisão dos limites do rácio de transformação; • Desenvolvimento de um modelo de determinação das taxas de juro activas; • Revisão do modelo que calcula o limite de exposição às contrapartes. Políticas de Gestão de Riscos e Limites de Competência Definidos: • A realização de quaisquer operações nos referidos mercados tem como principais objectivos: • Assegurar níveis de liquidez adequados; • Gerir de forma adequada os riscos associados às actividades da sala de mercados; • A maximização dos proveitos provenientes dos activos monetários disponíveis no Banco; • A minimização dos custos associados ao funding do Banco; • A satisfação das necessidades dos Clientes, bem como as decorrentes da realização das restantes operações do Banco; • A maximização dos lucros cambiais; • A maximização da rendibilidade das carteiras de negociação do Banco; • A Comissão Executiva autoriza, dentro dos limites normais de prudência, que o Departamento da Sala de Mercados incorra nos riscos resultantes da tomada de posições, enquadradas numa política activa, eficiente e rentável, no sentido de servir os Clientes do Banco, operando de uma forma profissional nos centros financeiros em que actua. A tomada e a manutenção de posições de risco deverá ter como principal linha de orientação a procura das oportunidades dos mercados, atendendo à sua permanente evolução, e devendo as mesmas posições serem de curto prazo e comunicadas ao Director da Direcção de Mercados Financeiros (DMF) e ao administrador do pelouro, sempre que tomem um carácter mais longo. Risco de Liquidez O risco de liquidez consiste no risco do Banco não dispor de fundos suficientes para satisfazer as suas responsabilidades monetárias, especialmente no curto prazo. Os limites e as linhas orientadoras definidas para a gestão deste risco definem a assunção de uma posição conservadora na gestão da liquidez. A gestão da liquidez é definida pelo ALCO que determina as estratégias e limites que servem de base para monitorização e controlo do risco de liquidez. A gestão diária está a cargo da Direcção de Mercados Financeiros (DMF), que é responsável pela gestão operacional da liquidez sob acompanhamento da Comissão Executiva. O risco de liquidez é controlado com recurso à análise de gaps de liquidez. Estes representam os activos e passivos distribuídos por períodos de maturidade residual (comportamental no caso dos depósitos à ordem), ilustrando desta forma os fluxos de pagamentos e recebimentos ao longo do horizonte temporal das operações. Adicionalmente também são analisados os rácios de transformação, os rácios de concentração dos depósitos e o balanço por moeda. 62 07. GESTÃO DO RISCO Gap de Liquidez em 31 de Dezembro de 2014 Análise de GAP de Liquidez 2 dias 2 semanas 1 mês 2 meses 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Mais de 5 anos Total Valores em milhões de AKZ Disponibilidades 70.762 2.878 5.449 7.370 7.907 12.768 24.127 59.131 641 8.019 199.053 0 56.262 70.752 62.717 11.327 5.127 8.463 0 0 2.090 216.738 0 561 18 10.396 14.214 31.422 50.379 39.502 74.537 11.124 232.153 4.620 17 1.986 0 472 13.954 87.359 47.233 76.901 132.919 365.461 0 Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Créditos Outros Activos (T) Total do Activo Depósitos à Ordem 9.989 0 144 0 0 85.372 59.719 78.349 80.483 33.921 -4.195 -4.841 -9.077 -14.379 -34.423 -45.758 -645 Depósitos a Prazo -13.878 Captações para Liquidez 13.609 0 0 63.926 87.668 63.271 183.937 145.866 152.079 218.077 1.101.072 -11.582 -35.191 -123.274 -448.144 0 0 -636.950 -47.695 -63.189 -66.208 -25.235 -491 -2.710 -313.967 0 0 0 0 -10.287 0 0 0 0 0 -10.287 Outros Passivos (T) -3.103 -577 -3.512 -2.218 -0 -3 -7.612 -9.177 -0 -11 -26.213 -19.151 -42.776 Total do Passivo -17.626 -57.053 -69.565 -98.384 -197.094 -482.556 -491 -2.721 -987.417 GAP 67.746 40.568 35.572 23.430 -35.644 -35.113 -13.158 -336.690 151.587 215.356 113.655 GAP Acumulado 67.746 108.314 143.886 167.316 131.672 96.559 83.402 -253.289 -101.701 113.655 0 O gap acumulado em 31 de Dezembro de 2014 apresentava-se positivo para as maturidades até um ano, implicando que o Banco tem liquidez para honrar com as suas responsabilidades quando estas se tornem exigíveis sem necessidade de recurso a outras formas de financiamento. Por outro lado, nas estratégias de gestão e activos e passivos, o Banco mantém uma carteira de activos líquidos significativos face à natureza e composição dos depósitos. No global, os activos mais líquidos (disponibilidades e as aplicações de liquidez) representavam 38% do activo líquido (2013: 49%). a. Risco de Taxa de Juro Trata-se do risco resultante das variações adversas nas taxas de juro e, concomitantemente, nos prémios ou descontos dos câmbios a prazo das moedas em causa. Este risco resulta da não coincidência dos prazos de vencimento dos recebimentos e pagamentos numa determinada moeda, aumentando o crescimento do gap – diferença entre o total de recebimentos e o total de pagamentos, com vencimentos no período respectivo. O risco de taxa de juro é avaliado com base em análise de mapas de gap de taxa de juro e duration gap com o objectivo de avaliar os impactos na rentabilidade sempre que se verificarem tais variações. Para efeitos destas análises, consideram-se apenas os activos e passivos sensíveis à variação das taxas de juro. Gap de Taxa de Juro em 31 de Dezembro de 2014 Análise de GAP de Taxas de Juro 2 dias 2 semanas 1 mês 2 meses 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Mais de 5 anos Total Valores em milhões de AKZ Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Créditos Total do Activo Depósitos a Prazo Captações para Liquidez 0 56.262 70.752 62.717 11.327 0 6.246 561 18 10.396 14.214 22 2.116 1.36 2 705 72.886 74.475 26.247 6.246 56.846 -13.878 -14.379 -34.423 -45.758 -47.695 0 0 -13.878 -14.379 GAP -7.631 42.467 38.463 GAP Acumulado -7.631 34.836 73.298 102.016 82.750 Total do Passivo 0 0 -10.287 5.127 8.463 0 0 31.422 50.379 39.502 74.537 11.124 232.153 15.084 56.571 79.748 153.867 406.440 96.072 154.285 167.080 855.331 -2.710 -313.967 90.719 51.633 149.561 -63.189 -66.208 -25.235 0 0 0 -10.287 -491 -2.710 -324.254 153.794 164.370 531.077 58.724 142.076 212.913 366.707 531.077 0 -24.027 0 216.738 -34.423 -45.758 -45.512 -75.660 -66.208 -25.235 28.718 -19.266 0 -491 2.090 83.353 70.837 63 Earning at Risk (EaR) O EaR representa as variações previsionais na margem financeira, resultantes de alterações do nível das taxas de juro sobre os saldos de recursos e aplicações. O Banco usa os gaps de taxas de juro para quantificar o valor que deixaria de ganhar caso houvesse uma mudança adversa das taxas de juro. Com base na situação patrimonial no final de Dezembro 2014 e, simulando-se uma diminuição das taxas de juro de 250 pontos base (2,5%), a margem financeira poderia ser reduzida em AKZ 3.552 milhões no período de um ano. Earning at Risk (EaR) 2D 2S 1M 2M 3M 6M 1A 0 MILHÕES DE AKZ -2.084 -3.552 EAR Acumulado (-250pb) EAR (-250pb) b. Risco Cambial O risco cambial resulta da manutenção de uma determinada posição em aberto em moeda estrangeira, pelo facto de quaisquer variações adversas nas taxas de câmbio do mercado poderem originar prejuízos reais ou potenciais. É considerada uma posição em aberto qualquer situação em que as responsabilidades globais por liquidar, numa determinada moeda, não são iguais ao respectivo montante global a receber nessa moeda. A percepção do risco cambial aumentou de modo considerável em 2014. As alterações na taxa de câmbio USD/AKZ foram as maiores dos últimos dois anos, especialmente desde Julho de 2014, influenciada pela descida do preço do petróleo, tendo em Dezembro de 2014 verificado a maior variação mensal (1,86%) dos últimos 30 meses. Variação Mensal da Taxa de Câmbio 2,00% 1,50% 1,00% 0,50% 0,00% -0,50% Dez. 14 Nov. 14 Set. 14 Out. 14 Jul. 14 Ago. 14 Mai. 14 Jun. 14 Abr. 14 Fev. 14 Mar. 14 Jan. 14 Dez. 13 Nov. 13 Set. 13 Out. 13 Jul. 13 Ago. 13 Mai. 13 Jun. 13 Abr. 13 Fev. 13 Mar. 13 Jan. 13 Dez. 12 Nov. 12 Set. 12 Out. 12 Jul. 12 Ago. 12 Jun. 12 -1,00 De modo a gerir este risco, o Banco recorre ao modelo do Valor em Risco (VaR) mensal da taxa de câmbio: • O VaR da taxa de câmbio representa a perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, resultante da evolução desfavorável da taxa de câmbio durante um mês, na reavaliação da exposição cambial. • A determinação do valor em risco resultante das alterações da taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos (moeda estrangeira mais representativa do balanço) em termos de moeda nacional é feita com base nos métodos histórico e normal ou paramétrico. Tendo em conta a exposição cambial em 31 de Dezembro de 2014, o VaR (a 30 dias com 99% de confiança) determinado pelo método histórico é de AKZ 926 milhões e o valor em risco determinado pelo método normal ou paramétrico é de AKZ 848 milhões, isto é, o Banco deixaria de ganhar no máximo AKZ 926 milhões se o risco se materializasse. 64 07. GESTÃO DO RISCO C. Risco de Crédito e Risco de Contraparte O Banco incorre no risco de crédito devido ao incumprimento dos compromissos financeiros contratualmente estabelecidos, por parte de um mutuário ou de uma contraparte nas operações. A gestão do risco de crédito está a cargo da CE que, através do Comité de Crédito, define e controla o nível de exposição por moeda, segmento e modalidade de crédito. Em 2014 foram desenvolvidas um conjunto de acções que visaram aumentar a eficácia da gestão do risco de crédito, das quais destacamos as seguintes: • Formalização da Política de Crédito; • Alteração da matriz de decisão de crédito, tendo em vista: • Melhorar a segregação de funções no que diz respeito à presidência do comité referente ao 4º escalão, que passou a ser efectuada por um membro da CE não relacionado com a área tomadora de risco; • Optimizar os tempos de decisão de acordo com o montante, tipo de crédito, maturidade e nível de risco. Processo de Concessão de Crédito O processo de decisão de crédito tem início na área comercial (DBR/DEI) onde, em função das especificações da operação e sua adequação aos parâmetros definidos na matriz de decisão de crédito, é efectuada uma avaliação a nível das direcções comerciais. Para operações enquadradas no 1º e 2º escalão de decisão, a DBR analisa e submete para aprovação. Para as operações destinadas ao 3º, 4º e 5º escalão de decisão, a respectiva direcção comercial submete o processo (acompanhado de um parecer comercial) à DAC, ou à DBI, para a devida análise de risco e endosso ao respectivo Comité de Crédito para aprovação. O Comité de Crédito é um órgão colegial que tem como objectivo promover o alinhamento das políticas e regras de concessão de crédito, analisar e aprovar operações de crédito de acordo com as políticas e limites definidos pela CE, bem como a monitorização da carteira de crédito em incumprimento. Todas as decisões tomadas envolvem a participação e tomada de posições dos membros do comité, ou seja não existem poderes individuais para a tomada de decisões. O BAI utiliza modelos próprios de atribuição de classificação de risco de crédito para empresas e particulares. Estes modelos são sistemas baseados na atribuição de pontuações às variáveis de decisão de crédito de Clientes, mediante a aplicação de dados estatísticos. A cada classificação obtida corresponde uma probabilidade de incumprimento, ou seja, trata-se de um indicador referente à capacidade dos Clientes cumprirem com os seus compromissos futuros. No caso das empresas o modelo leva em conta as seguintes variáveis: (i) capacidade de gestão das empresas; (ii) situação económico-financeira; (iii) a relação histórica com o Banco; (iv) qualidade das garantias; e (v) o sector da actividade e respectiva localização geográfica. Para os particulares são tidas em conta as seguintes variáveis: (i) envolvimento comercial; (ii) estabilidade social; (iii) situação profissional; e (iv) capacidade financeira. A classificação de risco de crédito é revista, no mínimo, anualmente. Da conjugação do modelo interno com a disposição emanada pelo BNA, nomeadamente o Aviso nº 3/12 de 28 de Março – que estabelece os parâmetros de concessão e a classificação das operações de crédito, obtemos a seguinte matriz de crédito: Risco Classificação Modelo Interno Nível Nº de dias após atraso pagamento Prazo residual < 2 Prazo residual > 2 anos anos - - Intervalo de provisão A Nulo 6,5 - 7 0% B Muito reduzido 5,5 – 6,4 15 – 30 30 – 60 [1% - 3%] C Reduzido 4,5 – 5,4 31 – 60 61 – 120 [3% - 10%] D Moderado 3,5 – 4,4 61 – 90 121 – 180 [10% - 20%] E Elevado 2,5 – 3,4 91 – 150 181 – 300 [20% - 50%] F Muito elevado 1,5 – 2,4 151 – 180 301 – 360 [50% - 100%] G Perda 0 – 1,4 > 180 > 360 100% 65 A matriz de decisão de crédito encontra-se estruturada da seguinte forma: Escalão Órgão de Decisão Frequência 1º Gerente + Coordenador de Zona (aplicável a Luanda Bengo I e Luanda Bengo II) Bissemanal Gerente + Coordenador de Zona (aplicável às restantes zonas) 2º Sudirector DAC + Director Regional + Subdirector DEI + Subdirector DRC 3º 1 Administrador + Director DBR + Director DEI + Director DAC + Director DRC 4º 3 Administradores + Director DBR + Director DEI + Director DBI + Director DAC + Director DRC 5º Comissão Executiva 6º Conselho de Administração Semanal Semanal Quinzenal Mensal Trimestral Incumprimento e Recuperação de Crédito De modo a manter o adequado controlo da qualidade creditícia da carteira, compete à Direcção de Recuperação de Crédito (DRC) a função específica de seguimento da carteira vencida, que permite alertar sobre incidências que possam vir a ocorrer na evolução do risco, com a finalidade de empreender acções destinadas a mitigá-los. A actividade de recuperações está estruturada de acordo com a segmentação comercial dos Clientes Particulares e Empresas, com modelos de gestão específicos. A gestão de recuperações respeita ainda as distintas fases de gestão: gestão preventiva e gestão de irregulares. Toda esta actividade é partilhada com as áreas de negócio. Exposição Total da Carteira de Crédito em 31 de Dezembro de 2014 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Crédito Vincendo 257.265 255.859 349.817 Crédito Vencido 20.635 19.612 46.447 Até 30 dias 1.870 1.555 17.189 De 31 a 60 dias 6.285 1.303 2.323 De 61 a 90 dias 5.371 7.191 6.462 Mais de 90 dias 7.109 9.564 20.473 Proveitos a Receber 6.998 9.197 10.177 (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (27.584) (38.960) (40.980) Créditos Valores em milhões de AKZ 257.314 245.708 365.461 Garantias e Avales Prestados 14.032 10.393 11.484 Créditos Documentários Abertos 14.032 29.323 9.305 39.731 11.121 64.058 134% 199% 88% 7,2% 6,9% 11,4% Crédito Abatido ao Activo (Write-offs) Rácio Provisões sobre Crédito Vencido Rácio de Crédito Vencido 66 07. GESTÃO DO RISCO Em 31 de Dezembro de 2014 o crédito bruto sobre Clientes situou-se em AKZ 406.441 milhões, representando um crescimento de 43% relativamente ao ano anterior. O crédito vencido registou uma subida na ordem de 137%, reflectindo em parte o aumento do crédito vencido até 30 dias no final do ano. Crédito por Nível de Risco Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 34% A 5% 6% B 22% 18% 15% C 61% 61% 34% D 7% 4% 5% E 1% 4% 8% F 2% 3% 1% G 2% 4% 3% Os créditos nos níveis de risco mais baixo (A a C) representavam 83% do crédito concedido em 2014, representando uma redução relativa ao ano anterior em 2 pontos percentuais, decorrente da degradação da qualidade da carteira. No entanto, o peso do crédito dos níveis de risco D a G aumentou 4 pontos percentuais. O aumento da carteira de crédito contrasta com a redução do peso do crédito ao sector imobiliário em 10 pontos percentuais e do crédito à indústria extractiva. Esta redução é influenciada pelo aumento ao crédito ao estado em 28 pontos percentuais, situando-se em 29% da carteira de crédito bruto. Crédito por Sector de Actividade 36% 26% 29% 24% 19% 13% 16% 13% 9% 8% 6% 1% Promoção Indústria Comércio e Construção Extractiva e por Grosso Imobiliária Transformação e Retalho 2013 Particulares Serviços 2014 Estado 1% 1% Agricultura, Produção Animal, Pesca e Silvicultura Apesar da redução do peso da indústria extractiva e do sector imobiliário em 5 e 10 pontos percentuais, respectivamente, houve um aumento em termos absolutos na indústria extractiva e manteve-se o nível de investimento no sector imobiliário. O Aviso nº 8/07 de 12 de Setembro, do BNA, estabelece que o limite máximo de exposição ao risco por Cliente é de 25% dos fundos próprios regulamentares (FPR), sendo que o limite máximo de exposição ao risco para os 20 maiores devedores das instituições financeiras está fixado em 300% dos FPR. Em Dezembro de 2014 o maior devedor do Banco, o Estado, representava 123% dos FPR e 27% do total da carteira de crédito, excluindo garantias e créditos documentários. O Banco foi autorizado a exceder temporariamente (até 15 de Junho de 2015) o limite de exposição ao risco por Cliente, resultante da operação de crédito directo ao Estado sob forma de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertida em Obrigações do Tesouro em Julho de 2015. Adicionalmente os vinte maiores Clientes representavam 266% dos FPR e 59,6% do total da carteira de crédito. a. Risco de Contraparte O risco de crédito de contraparte está assente na possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações nos mercados capitais, monetário e cambial e subsequente ocorrência de perdas financeiras para o Banco. 67 A sala de mercados observa os seguintes limites no domínio das operações nos mercados monetários, cambial e secundário de títulos e valores mobiliários: • Limites de negociação (trading) – relativos aos riscos decorrentes da manutenção de posições em aberto em moeda estrangeira, resultantes da não coincidência dos prazos dos vencimentos dos recebimentos e pagamentos bem como de overtrading. Todas as posições em moeda estrangeira assumidas pelos dealers deverão ser de curta duração e comunicadas ao director da DMF e ao Administrador responsável pelo pelouro, sempre que tais posições permaneçam por períodos superiores a uma ou duas semanas, respectivamente. A CE definiu os seguintes limites de negociação: Tipo de exposição Limite Posição aberta em moeda estrangeira no final do dia Posição aberta em moeda estrangeira durante o dia Globalidade das posições abertas em moeda estrangeira no final do dia Globalidade das posições abertas em moeda estrangeira durante o dia 20% do FPR 20% do FPR 20% do FPR 20% do FPR • Limites de crédito – relativos aos riscos relacionados com a capacidade e a disponibilidade da contraparte em cumprir integralmente os contractos celebrados. É da responsabilidade da Sala de Mercados proceder ao acompanhamento das posições de risco globais do Banco, com entidades nacionais e estrangeiras e exercer a necessária supervisão e controlo para que os limites de crédito não sejam excedidos. É da exclusiva competência da CE a autorização de excessos a estes limites, havendo delegação de competências até uma determinada percentagem de excesso, segundo os seguintes escalões hierárquicos estabelecidos: • Ao director da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 10% do limite; • Ao administrador com o pelouro da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 25% do limite; • À Comissão Executiva (pelo menos dois administradores), acima de 25% do limite. No âmbito da gestão dos riscos de contraparte o Banco utiliza limites de exposição máxima às contrapartes associados a uma análise global da situação das mesmas e à utilização de um modelo interno, que foi revisto em 2014, com variáveis financeiras e económicas que produzem um scoring. Estes limites poderão ser modificados pelo ALCO. O limite de exposição a uma contraparte é de 20% do FPR, sendo as posições de final do dia enviadas para o Administrador responsável pelo pelouro. D. Adequação de Capital A adequação de capital é monitorada através do Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR), que representa a percentagem mínima de capital que o Banco deve possuir para fazer face a eventuais perdas provenientes dos riscos de crédito e cambial, sendo calculado pela seguinte fórmula (Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro do BNA): RSR= FPR ( (APR + (CRCO/10%) ) *100 Em 31 de Dezembro de 2014 o RSR situou-se em 17,4%, idêntico ao verificado no ano anterior, tendo sido influenciado no ano positivamente pelo (i) aumento da exposição ao risco Estado, (ii) redução do risco de câmbio devido à conversão de crédito em moeda estrangeira (ME) para moeda nacional (MN), (iii) redução dos depósitos em ME e (iv) aumento dos resultados do exercício e, negativavamente, pelo aumento do risco de câmbio devido à aquisição de obrigações do tesouro indexadas à taxa de câmbio do USD. Fundos Próprios Regulamentares (FPR) Valores em milhões de AKZ Fundos Próprios de Base (Nível 1) Fundos Próprios Complementares (Nível 2) Fundos Próprios Regulamentares (FPR) Activos Ponderados pelo Risco (APR) Capital Para Risco de Câmbio e Ouro/Rácio Mínimo Rácio de Solvabilidade Regulamentar 68 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 81.285 81.970 88.542 3.739 840 335 84.998 82.810 88.877 479.594 437.094 428.190 49.343 38.020 83.072 16,1% 17,4% 17,4% 07. GESTÃO DO RISCO O cálculo dos fundos próprios regulamentares é definido no Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro e Instrutivo nº 03/2011 de 8 de Junho. Em 2014 os fundos próprios regulamentares situaram-se em AKZ 88.877 milhões, reflectindo um aumento de 7,3% face a 2013, explicado pelo aumento dos resultados do exercício e adequada distribuição dos resultados do exercício anterior. Os níveis de FPR apresentavam uma forte capacidade de absorção de perdas resultante dos riscos de crédito e mercado. Em 31 de Dezembro de 2014 os FPR representavam 20,8% dos activos ponderados pelo risco (APR), aumentando 1,8 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Os fundos próprios de base representavam 20,7% dos APR, 206,7% do crédito vencido, 106,6% do capital para risco de câmbio e ouro (CRCO) e 8,0% do activo, respectivamente. Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Fundos Próprios Regulamentares/(APR) 17,7% 18,9% 20,8% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/(APR) 17,0% 18,8% 20,7% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/Crédito Vencido 393,9% 371,1% 206,7% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/CRCO 164,7% 215,6% 106,6% 7,9% 7,9% 8,0% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/Total do Activo Activos Ponderados pelo Risco (APR) Os activos ponderados pelo risco representam o risco de crédito para efeitos do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar, ou seja a cada item do activo dos Bancos é atribuído um determinado ponderador em função do tipo de operação, moeda e do sector institucional, sendo que os activos em moeda estrangeira requerem mais capital regulamentar. Em 2014 registou-se uma diminuição dos APR em AKZ 8.904 milhões relativamente a 2013, influenciada pela redução do crédito e das aplicações de liquidez em moeda estrangeira. Exigência de Capital para Risco de Câmbio O Capital para o Risco de Câmbio e Ouro (CRCO) representa o nível de capital que o Banco deve possuir para fazer face ao risco de câmbio e de deterioração do activo denominado em ouro. Este indicador é incluído no denominador do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar e é determinado com base na exposição cambial, cujo limite está estabelecido em 20% para as posições cambiais curtas ou longas e, com aplicação da fórmula, correspondente à soma de 13% sobre o valor absoluto entre a soma das duas posições e 7% sobre o maior valor absoluto entre as duas posições, bem como de 20% sobre a posição líquida em ouro. Em 2014 o CRCO situou-se em AKZ 83.072 milhões, reflectindo um aumento de AKZ 45.052 milhões (+119%) em relação a 2013. Este aumento é influenciado pelo aumento do investimento nos títulos do Estado indexados à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos em AKZ 21.841 milhões. E. Risco Operacional O BAI define o risco operacional como o risco de incorrer em prejuízos financeiros resultantes da deficiência ou falhas nos processos internos, recursos humanos ou sistemas de informação, ou como consequência de factores externos. Trata-se em geral e diferencia-o de outro tipo de riscos, de um risco não associado a produto ou negócio, que se encontra presente nos processos e/ou activos e é gerado internamente (pessoas, sistemas, etc…) ou como consequência de riscos externos, como por exemplo roubo, fraude ou catástrofes naturais. O modelo de gestão do risco operacional do Banco visa: • Identificar o risco operacional nos processos internos das diversas áreas; • Medir e avaliar os riscos envolvidos nesses processos; • Propor a adopção de medidas de mitigação do risco; • Desenvolver controlos que permitem o acompanhamento dos riscos identificados; • Efectuar um seguimento contínuo dos controlos e das medidas de mitigação. 69 A nível organizacional a gestão do risco operacional é assegurada pelas seguintes estruturas: • Comissão Executiva (que aprova a estratégica/políticas); • Comité de Informática e Segurança (que propõe a estratégica/políticas e garante a sua implementação); • Direcção de Auditoria Interna (testes aos controlos); • Gabinete de Segurança Integrada (gestão do risco de sistemas de informação); • Gabinete de Controlo do Risco Operacional (gestão do risco operacional excluindo o relativo a sistemas de informação). Tendo por objectivo garantir o funcionamento contínuo da actividade, e atender às exigências do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, encontra-se em curso a implementação de um Plano de Continuidade de Negócio (PCN), processo de gestão holístico que identifica as potenciais ameaças para uma organização e os impactos que essas ameaças podem causar no negócio, caso se concretizem, promovendo o aumento da resiliência da organização e da sua capacidade para uma resposta eficaz. A operacionalização deste sistema, e o assegurar que as actividades de continuidade de negócio são executadas de forma articulada, é concretizada através da constituição de manuais e de planos de acção onde se identificam os procedimentos e as equipas específicas das diferentes estruturas do Banco. A preparação do PCN está a ser executada de forma faseada, por um período de dois anos, e integrada com o projecto de implementação da nova infra-estrutura tecnológica de sistemas e comunicações no novo edifício sede (onde ficará localizado o CPD principal). O Banco migrou em 2014 o seu CPD alternativo para o Centro Informático Seguro da EMIS (CIS-EMIS), que hoje garante a continuidade da operação em Hot Site das componentes críticas da infra-estrutura de tecnologias de informação de suporte ao negócio, e recuperação da informação no caso de falha do CPD principal. Por outro lado, a prioridade do trabalho do Gabinete de Controlo do Risco Operacional (GCRO) tem sido a produção de uma matriz onde são caracterizados os níveis e tipos de risco que poderão ocorrer nos diversos procedimentos internos que abrangem essencialmente as áreas operacionais e os balcões. Com o objectivo de melhorar a eficiência na identificação dos riscos operacionais, o GCRO tem desenvolvido, com o apoio das áreas de tecnologia e consultores externos, ferramentas de controlo automático de falhas operacionais (como sejam o Auditbank e BAISIG2 – módulo de preçário). F. Risco de Compliance A gestão do risco de compliance é assegurada pelo Gabinete de Compliance (GCL), que tem como missão (i) supervisionar e assegurar o cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, éticas e das recomendações emitidas pelas entidades reguladoras e de supervisão, (ii) a aplicação de medidas para mitigar o risco de branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e (iii) o reporte de operações de índole suspeita às autoridades competentes. Para complementar o GCL, foram designados, ao nível das unidades de negócio, coordenadores e agentes de compliance que devem assegurar o cumprimento dos procedimentos referentes à abertura, manutenção e movimentação das contas dos Clientes. Principais Desenvolvimentos em 2014: • Aprovação do manual de procedimentos de KYC (Know Your Customer/Conheça o seu Cliente) tendo por base as recomendações do BNA contidas na Directiva nº 2/DSI/13 de 1 de Julho, e que inclui um sistema de avaliação de risco para os Clientes do Banco (matriz de risco) que considera, como critérios, a natureza do Cliente (natureza jurídica, estrutura da propriedade), a natureza do negócio, a origem e destino de fundos e o volume e natureza das transacções. • No quadro da implementação dos procedimentos FATCA, o GCL tem estado a desenvolver em coordenação com as áreas tecnológicas e a Direcção de Organização e Qualidade as seguintes acções necessárias para finalizar a implementação do FATCA: • Identificação das alterações no sistema informático para acomodar os novos campos de informação requeridos pelo FATCA; • Preparação dos novos formulários de abertura de conta; • Preparação do plano de formação e divulgação para todo o Banco, a ser desenvolvido em 2015. • Contratação de uma ferramenta e-learning para a formação em AML/FT, devendo a sua implementação ocorrer em 2015; • Selecção de uma ferramenta informática para a monitorização de operações; • Implementação do controlo informático para registo dos beneficiários efectivos das sociedades. 70 07. GESTÃO DO RISCO Modelo de Gestão de Risco de Branqueamento de Capitais e de Financiamento do Terrorismo O Banco dispõe de uma política de prevenção e detecção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. Esta política é aplicável a todos os colaboradores do BAI. As filiais e participadas têm a obrigação de cumprir com a legislação e regulamentação no país em que operam ou a política do BAI, a que for mais exigente. i. Modelo Orgânico e Funcional Implementado Conforme referido anteriormente, o Banco dispõe de uma estrutura orgânica própria, autónoma, dirigida à prevenção e controlo do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, que se encontra integrada no Gabinete de Compliance (GCL). Identificação de Clientes O Banco dispõe de procedimentos para a identificação dos Clientes. Todavia há a necessidade de se fazer alguns desenvolvimentos informáticos que permitam dispor de uma base de dados com todas as informações de Clientes, com vista ao cumprimento dos requisitos de KYC (Know Your Customer/Conheça o seu Cliente), KYB (Know Your Business/Conheça o seu negócio) e CDD (Customer Due Diligence/Dever de Diligência), havendo um plano em curso para a sua resolução. Programa de Formação dos Colaboradores O BAI reconhece que a formação de todo o quadro de pessoal constitui um aspecto crucial em todo o dispositivo de prevenção. Para o efeito, têm sido definidos programas anuais específicos que habilitam os colaboradores a reconhecerem as operações que podem estar relacionadas com o branqueamento de capitais e/ou financiamento do terrorismo. 71 RECURSOS HUMANOS Em 2014 o BAI manteve como iniciativa estratégica o reforço das políticas e processos de recursos humanos, tendo em vista o apoio às restantes áreas em termos de selecção e recrutamento, o reconhecimento do mérito, a gestão do potencial, o desenvolvimento de competências e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Principais Acontecimentos em 2014: • Continuidade do objectivo de melhorar a qualidade de serviço ao Cliente interno e externo, tendo sido formados mais de 1.200 colaboradores pela Academia BAI; • Na área do conhecimento destacou-se o programa de formação “Pensamos e Falamos BAI”, visando o desenvolvimento do pensamento crítico, raciocínio lógico e numérico; • Participação nas feiras de emprego da Elite em Luanda e do Consulado de Angola em Lisboa; • Implementação do novo Plano de Pensões de contribuição definida, com o objectivo de promover a protecção financeira dos colaboradores quando este passar à situação de reforma ou da família em caso de falecimento do colaborador; • Revisão do modelo de avaliação de desempenho e os critérios de atribuição dos prémios de desempenho; • Início do processo de avaliação 360º de competências de liderança, com vista à elaboração de programas de desenvolvimento individuais através de planos de coaching; • Reforço do processo de recrutamento e selecção (R&S), nomeadamente revisão dos testes de aferição de conhecimentos específicos, lançamento do portal de recrutamento e implementação da nova plataforma de gestão; • Elaboração do estudo de equidade interna e revisão do modelo de progresso de carreiras, com vista a aumentar a satisfação dos colaboradores em relação à dimensão recompensa; • Revisão dos planos de formação específicos coordenados pela Academia para a rede comercial (CIBAC, CBI e CBA), com vista a potenciar as competências técnicas e comportamentais dos colaboradores; • Continuidade na implementação do Modelo de Gestão de Talentos, destacando-se o lançamento do concurso interno para o Banco de Talentos da Rede Comercial e os encontros realizados pela Administração com os jovens de elevado desempenho; • Inauguração do primeiro posto de saúde BAI, localizado nas instalações da Academia; • Disponibilização do transporte colectivo para colaboradores com rotas entre as centralidades e o centro de Luanda. Em 2014 foram admitidos 130 novos colaboradores, registando assim um total de 2.000 colaboradores no final do ano. O aumento do número de colaboradores reflecte o crescimento dos canais de distribuição e reforço das diversas áreas dos serviços centrais. Em 31 de Dezembro 2014 a distribuição dos colaboradores por unidades de estrutura e área funcional é apresentada da seguinte forma: 74 08. RECURSOS HUMANOS Unidade de Estrutura Sigla Responsável Categoria Administração Controlo Total Conselho de Administração CA José Paiva PCA Conselho Fiscal CF Jaime Bastos Presidente Gabinete de Segurança Integrada GSI N’Vunda Ferreira Director 13 13 Gabinete Compliance GCL Ulanga Martins Director 5 5 Gabinete Provedoria do Cliente GPC Diala Monteiro Provedor 3 3 Direcção de Planeamento Controlo e Risco DPC Francisco Figueira Subdirector 9 9 Gabinete de Controlo e Risco Operacional GCRO Direcção de Auditoria Interna 11 Suporte Négocio 4 15 5 5 Vladimir Gaspar Director 5 5 DAI José Lima 18 18 DBR Raquel Gourgel GSC Claudia Fernandes - Jorge Almeida DEI Jorge Silva Director Directora Coordenadora Subdirectora Director Coordenador Director Gabinete de Serviços Premium GSP Nzola Rangel Directora Gabinete Oil and Gas GOG Makangila Almeida Director DBE Carla Pataca Directora 63 63 Direcção da Banca de Investimentos DBI Victor Cardoso Director 13 13 Direcção de Mercados Financeiros DMF Irisolange Menezes Subdirectora 15 15 Direcção de Operações DOP Gisela Fonseca Director 74 74 Direcção de Análise de Crédito DAC Nyaneka Sousa Subdirector 26 26 Direcção de Recuperação de Crédito DRC Camilo Ortet Director 28 28 Direcção de Recursos Humanos DRH Cláudia Mbeng Subdirectora 31 31 Direcção Serviços Gerais DSG Lucamba Magalhães Director 112 112 Direcção de Contabilidade e Finanças Direcção da Banca de Retalho Gabinete de Suporte Comercial Direcção de Empresas e Instituições Direcção de Empresas e Instituições Direcção da Banca Electrónica 49 1.171 8 1.220 8 1 1 24 108 132 3 12 15 5 5 DCF Rita Cravino Directora 20 20 Direcção de Tecnologias de Informação DTI Luís Rodrigues Director 49 49 Direcção de Marketing e Comunicação DMC Fábio Correia Director 17 17 Direcção de Qualidade e Organização DOQ Luís Fernandes Director 14 14 Direcção Jurídica e Contenciso DJC Alexandre Morgado Director 8 8 Direcção de Tesouraria Central DTC Eduardo Rodrigues Director 39 39 Direção de Projectos Tecnológicos e Desenvolvimento DPD Nuno Veiga Director 17 17 Antónia Mascote Chefe 5 5 - - Secretariado da Comissão Executiva Outros (Associadas BAI) - 15 15 (1) Total Dezembro 2014 11 53 639 1.297 2.000 (2) Total Dezembro 2013 11 49 571 1.239 1.870 Variação 0 4 68 58 130 75 Distribuição por Áreas Controlo 3% 3% Dez. 14 32% Suporte Dez. 13 31% 65% Comercial 66% O número de colaboradores por balcão situou-se em 14 no final do ano, menos um comparativamente a 2013, reflectindo a preocupação na melhoria dos níveis de eficiência do Banco. Número de Colaboradores por Balcão e Canais de Distribuição 140 120 138 128 112 100 80 Canais de Distribuição 60 Nº de Colaboradores por Balcão 40 20 16 15 14 2012 2013 2014 0 No final de 2014 a estrutura etária era constituída maioritariamente por colaboradores entre os 25 e os 30 anos de idade, representando 36% do total. A idade média aumentou 0,5 anos, para 33,5 anos de idade. A distribuição de colaboradores em termos de género apresentou um total de 1.145 (57%) do sexo masculino e 855 (43%) do sexo feminino. Estrutura Etária 31-35; 29% Mais de 35; 30% 76 Até 24; 5% 25-30; 36% 08. RECURSOS HUMANOS Em 31 de Dezembro de 2014 os colaboradores vinculados até quatro anos representavam 46% do total, menos três pontos percentuais comparativamente a 2013. Antiguidade 13% 14% 2014 27% 31% 15% 11% 12% 27% 2013 29% 20% 8% 10% 19% 2012 48% 16% 0% 10% 20% Mais de 11 anos 30% 8-10 anos 5-7 anos 40% 50% 2-4 anos Até 1 ano Em 31 Dezembro de 2014, 19% dos colaboradores possuíam a Licenciatura concluída, 33% o Ensino Médio e Pré-Universitário concluído e 41% o Bacharelato e a frequência universitária. Habilitações Literárias 5% 33% 41% 2014 19% 1% 1% 5% 34% 40% 2013 19% 1% 1% 6% 38% 35% 2012 20% 1% 1% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% Ensino Primário e Secundário Ensino Médio e Ensino pré-Universitário Bacharelato e Frequência Universitária Licenciatura Pós-Graduação Mestrado e Doutoramento 77 O BAI continua a investir na formação, com o objectivo de melhorar as competências técnicas, comportamentais e de gestão dos seus colaboradores, principalmente através da Academia BAI. Em 2014 foram realizadas 441 acções de formação, representando quase o dobro das acções realizadas no ano anterior (233), das quais 6 foram realizadas no exterior do país. Foram ministradas 137.644 horas de formação (mais 30% do que no ano anterior), abrangendo 5.818 participações (mais 70% do que no ano anterior). 2014 Áreas de Formação 2013 Nº de horas Nº participantes Acolhimentos a Novos Colaboradores 2.484 Auditoria Nº horas Nº participantes 148 4.000 163 584 39 32 1 Branqueamento de Capitais e Prevenção de Fraudes 2.562 264 0 0 Contabilidade e Análise de Empresas 2.194 113 316 19 867 248 0 0 Gestão da Actividade Comercial 784 195 4.836 146 Gestão de Processos 520 8 481 7 Gestão de Recursos Humanos 1.540 557 851 220 Gestão de Risco 5.429 173 1.768 15 Gestão Patrimonial 198 14 16 1 Legislação Tributária e Contributiva 352 17 0 0 2.380 173 2.736 58 Línguas 6.312 211 6.809 190 Mercados Financeiros 4.024 118 421 73 Operações e Técnicas Bancárias 59.255 1.572 67.405 1.980 Pensamento Crítico: Raciocínio Lógico e Numérico 21.852 602 7.328 151 Ética e Deontologia Bancária Liderança e Gestão de Equipas Pós-Gradução - Gestão Bancária 259 1 0 0 Produtos e Serviços Bancárias 632 35 0 0 18.632 1.017 4.408 212 6.784 313 4.884 212 5.818 106.291 3.448 Qualidade de Serviço ao Cliente - Atendimento Sistemas Informáticos Total Geral, do qual (por áreas): 137.644 Comercial 4.860 3.106 Suporte 865 319 Controlo 93 23 Os custos com formação, incluindo os indirectos (relativos a alojamento, alimentação e outros), ascenderam a AKZ 304 milhões, cerca do dobro do ano anterior. Custos com Formação 400 MILHÕES DE AKZ 300 Indirectos 200 Directos 100 0 2013 2014 O investimento em incentivos à auto-formação ascenderam aos AKZ 2 milhões em 2014, representando uma diminuição de 41% face a 2013, tendo 4 colaboradores beneficiado do incentivo (menos 15 que no ano anterior). Auto Formação Nº de Beneficiários Δ% 2013/2012 Δ% 2014/2013 4 -24% -79% 2012 2013 2014 25 19 Rede Comercial 15 9 4 -40% -56% Serviços Centrais 10 10 0 0% -100% -6% -41% Investimentos (em AKZ) 78 3.566.260 3.348.170 1.981.500 ANÁLISE FINANCEIRA A. Balanço O activo cresceu 5,9%, atingindo AKZ 1.101.072 milhões no final do ano, impulsionado pelo aumento dos depósitos, que atingiram AKZ 950.917 milhões (mais 5,3% face a 2013). A estrutura do activo foi alterada pelo aumento (i) do crédito líquido, que atingiu AKZ 365.461 milhões (mais 48,7% face a 2013), (ii) das aplicações em títulos, que atingiu AKZ 232.153 milhões (mais 16,1% face a 2013), e (iii) das participações financeiras para AKZ 19.755 milhões (mais 18,5% face a 2013). Δ% Dez. 12 Valores em milhões de AKZ Dez. 13 Dez. 14 2013/2012 2014/2013 Disponibilidades 263.331 189.309 199.053 -28,1% 5,1% Aplicações de Liquidez 282.297 322.647 216.738 14,3% -32,8% Aplicações em Títulos 167.098 199.900 232.153 19,6% 16,1% Créditos 257.314 245.708 365.461 -4,5% 48,7% 8.776 16.675 19.755 90,0% 18,5% 39.220 41.292 46.463 5,3% 12,5% Participações Financeiras Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo Outros Activos 15.392 24.162 21.449 57,0% -11,2% Total do Activo 1.033.428 1.039.693 1.101.072 0,6% 5,9% 815.204 902.936 950.917 10,8% 5,3% 9.583 9.762 10.287 1,9% 5,4% 105.152 17.312 17.059 -83,5% -1,5% Depósitos Captações para Liquidez Outros Passivos Provisões para Riscos e Encargos Capitais Próprios Total do Passivo e Capitais Próprios 4.039 5.253 9.154 30,1% 74,3% 99.450 104.430 113.655 5,0% 8,8% 1.033.428 1.039.693 1.101.072 0,6% 5,9% A redução verificada em 2014 nos activos mais líquidos decorre do aumento da carteira de crédito que no final de 2014 representavam 33% do Total do Activo (2013: 24%) e do aumento das Aplicações em Títulos que representavam 21% do activo no final de 2014 (2013: 19%). Estrutura do Activo 6% 8% 25% 24% 16% 19% 27% 31% 8% 33% Crédito 21% 20% 25% Dez. 12 Outros Activos 18% 18% Dez. 13 Aplicações em Títulos Aplicações de Liquidez Disponibilidades Dez. 14 Em 2014 o BAI continuou a sua política conservadora de favorecimento da liquidez e investimento em activos de menor risco: os activos de elevada liquidez (disponibilidades e aplicações de liquidez) representam 38% do total dos activos e a exposição do balanço ao Estado Angolano (MinFin e BNA) aumentou de 37% em 2013 para 55% em 2014. A estrutura de funding manteve-se estável ao longo dos três últimos anos. Os depósitos à ordem representavam 58% do activo no final de 2014, apresentando uma variação positiva de 8 p.p. relativamente ao ano anterior que se explica pela desmobilização e consequente redução dos depósitos a prazo, que representavam 29% (2013: 37%). 80 09. ANÁLISE FINANCEIRA Estrutura do Funding 2% 1% 11% 1% 2% 1% 29% 37% 37% Outros Passivos Captações para Liquidez Depósitos a Prazo 58% 50% 42% 10% 10% Fundos Próprios 10% Dez. 13 Dez. 12 Depósitos à Ordem Dez. 14 Crédito sobre Clientes O crédito bruto aumentou 43% em 2014 (49% em termos líquidos), principalmente influenciado pelo (i) aumento do crédito ao Estado, (ii) a variação taxa de câmbio sobre crédito e provisões em moeda estrangeira e (iii) o aumento do crédito a particulares. Crédito sobre Clientes -5% MILHÕES DE AKZ 20.635 +49% 265.056 (27.584) (38.960) Dez. 13 Crédito Vencido Crédito Vincendo 19.612 264.262 Dez. 12 46.446 359.993 Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa (40.980) Dez. 14 O aumento do crédito ao Estado é principalmente explicado (i) pela operação de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário em moeda nacional no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertido em Obrigações do Tesouro em moeda nacional não reajustável em 15 de Junho de 2015, tendo o BAI participado como co-líder, financiando 1/3 daquele valor e (ii) o Sindicato Bancário em moeda estrangeira no montante de USD 500 milhões, tendo o BAI financiando 50% daquele valor. O crédito a particulares aumentou 17% no ano, tendo atingido AKZ 52.137 milhões, em parte impulsionado pelo produto Super Ordenado BAI, decorrente de melhorias sobre as condições de acesso e montante. 81 Crédito por Sectores de Actividades Δ% Valores em milhões de AKZ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 2013/2012 2014/2013 Estado 11.526 2.321 117.824 -80% 4976% Promoção e Construção Imobiliária 91.122 103.431 103.749 14% 0% Indústria Extractiva e Transformação 63.634 68.595 75.573 8% 10% Particulares 34.509 44.650 52.137 29% 17% Comércio por Grosso e a Retalho 57.201 35.618 30.561 -38% -14% Serviços 23.015 25.939 22.598 13% -13% 3.890 4.114 3.998 6% -3% 284.897 284.668 406.440 0% 43% Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura Os créditos e juros vencidos (há mais de um dia) atingiram AKZ 46.446 milhões, tendo registado um aumento de AKZ 26.833 milhões relativamente ao ano de 2013. Como consequência, o rácio de crédito vencido aumentou 4,5 pontos percentuais quando comparado a 2013, situando-se em 11,4% (16,1% excluindo o crédito ao Estado), reflectindo o aumento do crédito vencido até 30 dias em Dezembro de 2014 (ver quadro na página 66). O saldo das provisões para crédito aumentou AKZ 2.019 milhões (5%) relativamente a 2013, situando-se em AKZ 40.980 milhões no final de 2014, reflectindo o agravamento do risco da carteira de crédito. O peso das provisões para crédito de liquidação duvidosa sobre o crédito e juros vencidos reduziu de 199% para 88% no ano, principalmente explicado pela maior concentração do crédito vencido até 30 dias (este crédito não está sujeito ao reforço de provisões). O rácio de transformação (crédito sobre depósitos) aumentou de 27,2% para 38,4% devido ao maior crescimento do crédito relativamente aos depósitos. Rácio de Transformação 38,4% 40,0% 31,6% 30,0% 27,2% 20,0% 10,0% 0,0% 82 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 09. ANÁLISE FINANCEIRA Títulos e Valores Mobiliários A carteira de títulos e valores mobiliários situou-se em AKZ 232.153 milhões no final de 2014 (aumento de 16% comparativamente a 2013), influenciado pela aquisição de Obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos e em moeda estrangeira, elevando-se a, respectivamente, AKZ 55.844 milhões (aumento de 64% comparativamente a 2013) e AKZ 74.271 milhões (aumento de 55%). Carteira de Títulos e Valores Mobiliários Valores em milhões de AKZ Δ% 2013/2012 2014/2013 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 17.217 59.125 47.448 243% -20% 20.853 3.474 0 -83% -100% 68.704 34.002 55.844 -51% 64% 6.221 39.792 50.695 540% 27% 47.034 47.924 74.271 2% 55% Mantidos até ao Vencimento Bilhetes do Tesouro Títulos do Banco Central Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional: Indexadas à Taxa de Câmbio do Dólar dos Estados Unidos Não Reajustáveis Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira Outras Obrigações 6.673 15.583 420 134% -97% 166.702 199.900 228.678 20% 14% 0 0 3.475 0% 100% 394 0 0 -100% 0% Mantidos para Negociação Obrigações do Tesouro: OT Não Reajustáveis Outras Obrigações 394 0 3.475 -100% 100% 167.096 199.900 232.153 20% 16% Aplicações de Liquidez e Disponibilidades As aplicações de liquidez registaram uma redução de 33%, situando-se em AKZ 216.738 milhões (2013: AKZ 322.647 milhões). O decréscimo foi particularmente visível nas aplicações em moeda estrangeira, resultado da redução dos depósitos em moeda estrangeira (AKZ 45.234 milhões), do aumento do crédito (AKZ 34.849 milhões) e da aquisição de obrigações do tesouro (AKZ 10.921 milhões). O decréscimo nas aplicações em moeda nacional foi essencialmente explicado pelo aumento do crédito e pela redução dos limites de exposição a contrapartes no final do ano. As disponibilidades atingiram os AKZ 199.053 milhões, representando um aumento de AKZ 9.743 milhões (5,1%) relativamente a 2013, principalmente explicado pela redução das aplicações de liquidez. Aplicações de Liquidez 322.647 MILHÕES DE AKZ 282.297 14% -33% 107.394 86.314 155.251 174.903 Dez. 12 216.738 167.396 Dez. 13 No Estrangeiro No País 130.424 Dez. 14 83 Disponibilidades 263.331 MILHÕES DE AKZ -28% 106.430 189.309 199.053 20.819 28.006 156.901 Dez. 12 5% No País 161.303 Dez. 13 No Estrangeiro 178.234 Dez. 14 Depósitos de Clientes Os depósitos de Clientes situaram-se em AKZ 950.917 milhões no final de 2014, aumentando 5,3% face a 2013. Os depósitos à ordem situaram-se em AKZ 636.950 milhões, um aumento de 23,1% comparativamente a 2013, explicado em parte pela desmobilização de depósitos a prazo. Como consequência, o peso dos depósitos à ordem nos depósitos de Clientes aumentou em 9,7 pontos percentuais, passando a representar 67,0% do total de depósitos em 2014. Os depósitos a prazo registaram uma diminuição de AKZ 71.681 milhões (18,6%) relativamente a 2013, situando-se em AKZ 313.967 milhões no final de 2014, decorrente do controlo dos custos com os juros. Depósitos de Clientes 950.917 902.936 815.204 380.466 MILHÕES DE AKZ 313.967 385.648 Depósitos a Prazo 636.950 517.288 Depósitos à Ordem 434.738 Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Os depósitos em moeda estrangeira representavam 45% dos recursos de Clientes, menos 7 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior (2013; 52%). Os depósitos em moeda nacional passaram de 48% em 2013 para 55% em 2014, decorrente do impacto das medidas de desdolarização da economia. Depósitos por Moeda - Dezembro 2013 Depósitos por Moeda - Dezembro 2014 Depósito MN; 48% Depósito ME; 52% 84 Depósito MN; 55% Depósito ME; 45% 09. ANÁLISE FINANCEIRA B. Demonstração dos Resultados O resultado líquido registou um crescimento de 6,4% relativamente a 2013, situando-se em AKZ 12.849 milhões, principalmente explicado pelos seguintes factores: (i) redução das provisões líquidas para crédito de liquidação duvidosa em AKZ 7.481 milhões, para AKZ 14.478 milhões, (ii) aumento nos custos administrativos de 17% (AKZ 3.772 milhões), (iii) aumento das provisões sobre responsabilidades prováveis em AKZ 1.618 milhões, e (iv) aumento dos prejuízos com imobilizações financeiras em AKZ 1.201 milhões (principalmente decorrentes do registo das imparidades do Banco BMF no valor de AKZ 2.678 milhões). Δ Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 2013/2012 Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 49.146 48.080 50.429 -2,2% 4,9% Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (18.298) (13.902) (13.415) -24,0% -3,5% 30.848 34.177 37.014 10,8% 8,3% Valores em milhões de AKZ Margem Financeira 2014/2013 Resultados de Operações Cambiais 12.330 11.592 11.206 -6,0% -3,3% Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 11.680 10.345 9.238 -11,4% -10,7% Outros Proveitos e Custos Operacionais Margem Complementar Produto Bancário Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa 776 671 1.377 -13,5% 105,1% 24.786 22.608 21.821 -8,8% -3,5% 55.634 56.785 58.835 2,1% 3,6% (17.478) (21.933) (14.452) 25,5% -34,1% Resultados de Intermediação Financeira 38.155 34.852 44.383 -8,7% 27,3% (20.953) (21.951) (25.723) 4,8% 17,2% (2.966) (2.857) (5.675) -3,7% 98,6% 14.236 10.044 12.985 -29,4% 29,3% 3.494 462 (935) -86,8% -302,4% 17.730 10.506 12.050 -40,7% 14,7% (513) 1.576 799 -407,2% -49,3% Resultado Líquido do Exercício 17.217 12.082 12.849 -29,8% 6,4% Cost to Income 37,7% 38,7% 43,7% 1,0% 5,1% Custos Administrativos Outras Provisões e Imparidades Resultado Operacional Resultado Não Operacional Resultados antes de Impostos e Outros Encargos Impostos Correntes e Diferidos Margem Financeira A margem financeira situou-se em AKZ 37.014 milhões, tendo aumentado AKZ 2.837 milhões relativamente a 2013 principalmente devido ao aumento dos proveitos com títulos e valores mobiliários (essencialmente dos títulos indexados à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos) e à diminuição dos custos de depósitos em 3,5%. Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 49.146 59% 48.080 59% 50.429 56% MILHÕES DE AKZ Aplicações de Liquidez 18% 22% Dez. 12 22% 19% Dez. 13 29% 16% Títulos e Valores Mobiliários Créditos Dez. 14 85 Custos de Instrumentos Financeiros Passivos 18.298 97% 13.902 96% 13.415 96% Depósitos MILHÕES DE AKZ Captações para Liquidez 3% 4% 4% Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Em 2014, o investimento médio em activos financeiros situou-se em AKZ 791.303 milhões, registando um aumento de AKZ 53.822 milhões (7,3%) comparativamente a 2013. O aumento no investimento médio teve um impacto directo nos proveitos de instrumentos financeiros activos que registaram um aumento de AKZ 2.349 milhões, situando-se em AKZ 50.429 milhões, em 2014. O aumento dos proveitos de aplicações em títulos foi resultado do aumento da carteira (efeito volume) e das taxas de juro (efeito preço). A redução dos custos com passivos financeiros é principalmente explicado pelo efeito volume. Valores em milhões de AKZ Dez. 12 Saldo Taxas* Médio Médias Dez. 13 Saldo Taxas* Médio Médias Dez. 14 Saldo Taxas* Médio Médias Δ% 2013/2012 2014/2013 Activo Financeiro 793.039 6,2% 737.482 6,5% 791.303 6,4% -7,0% 7,3% Aplicações de Liquidez 360.242 2,5% 302.472 3,0% 269.693 2,9% -16,0% -10,8% 161.111 6,8% 183.499 5,8% 216.027 6,8% 13,9% 17,7% Crédito 271.687 10,8% 251.511 11,2% 305.584 9,2% -7,4% 21,5% Outros Activos 289.380 299.079 279.079 3,4% -6,7% 1.082.419 1.036.561 1.070.382 -4,2% 3,3% Aplicações em Títulos Activo Líquido Médio Passivo Financeiro 359.645 5,1% 392.729 3,5% 359.832 3,7% 9,2% -8,4% Depósitos a Prazo 350.017 5,1% 383.057 3,5% 349.807 3,7% 9,4% -8,7% 9.628 5,5% 9.672 5,7% 10.025 4,9% Captações para Liquidez 0,5% 3,6% Outros Passivos 629.206 541.891 601.608 -13,9% 11,0% Passivo Médio 988.851 934.621 961.440 -5,5% 2,9% Total de Fundos Próprios Médios Total do Passivo e Fundos Próprios Médios 93.568 101.940 109.042 8,9% 7,0% 1.082.419 1.036.561 1.070.482 -4,2% 3,3% * As taxas médias do activo e passivo financeiro são o quociente entre os proveitos ou custos pelos activos ou passivos que lhes dão origem. 86 09. ANÁLISE FINANCEIRA Margem Complementar A margem complementar sitou-se em AKZ 21.821 milhões em 2014, tendo reduzido 3,5% (AKZ 786 milhões) relativamente a 2013, explicada pela redução dos resultados de prestação de serviços financeiros principalmente devido à redução da venda de notas estrangeiras decorrente das medidas de desdolarização (regime cambial aplicável ao sector petrolífero e licenciamento de importação de notas), tendo sido parcialmente compensada pelo aumento dos proveitos com os cartões de débito pré-pagos. Margem Complementar 22.608 24.786 21.821 3% 3% 6% 47% 46% 42% Outros Proveitos e Custos Operacionais MILHÕES DE AKZ Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Resultados de Operações Cambiais 50% 51% Dez. 12 52% Dez. 13 Dez. 14 Custos Administrativos Os custos administrativos ascenderam os AKZ 25.723, tendo aumentado 17,2% relativamente a 2013. Os custos com fornecimentos de terceiros atingiram AKZ 11.818 milhões, tendo aumentado 15,7% (AKZ 1.602 milhões) relativamente a 2013, principalmente explicado pelo aumento nas rubricas de comunicações (AKZ 434 milhões), formação (AKZ 170 milhões) e auditoria e consultadoria (250 milhões). Os custos com o pessoal totalizaram AKZ 9.758 milhões em 2014, tendo aumentado 9,9% (AKZ 877 milhões) relativamente a 2013, principalmente devido (i) ao aumento salarial geral de 10% (com impacto em 6 meses), (ii) ao aumento salarial decorrente do Modelo de Gestão de Carreiras (com impacto em 10 meses), (iii) à actualização cambial das remunerações e (iv) ao aumento do número de colaboradores. Os custos com impostos não incidentes sobre o resultado atingiram AKZ 1.242 milhões, tendo aumentado AKZ 881 milhões, principalmente devido ao imposto sobre a aplicação de capitais (IAC), incidente sobre os Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e as operações com acordo de revenda. O rácio cost-to-income aumentou 5,1 pontos percentuais relativamente a 2013, situando-se em 43,7%, explicado pelo crescimento dos custos administrativos (17,2%) superior ao crescimento do produto bancário (3,6%). Custos Administrativos 20.953 1% 11% 21.951 25.723 5% 10% 1% 11% Impostos e Taxas Não Incidentes sobre o Resultado 47% 47% 46% Depreciações e Amortizações MILHÕES DE AKZ Fornecimento de Terceiros Pessoal 41% 41% Dez. 12 Dez. 13 38% Dez. 14 87 C. Rentabilidade A rentabilidade dos capitais próprios médios (ROAE) situou-se em 11,8%, menos 0,1 pontos percentuais face ao ano de 2013, decorrente do menor grau de alavancagem uma vez que a rentabilidade do activo líquido médio (ROAA) situou-se em 1,2%, idêntica à verificada no ano anterior. O ROAA foi influenciado pelo aumento da rentabilidade do activo líquido médio, medido pela margem financeira em 0,2 pontos percentuais relativamente ao verificado em 2013, tendo-se situado em 3,5%, e a redução de 0,1 ponto percentual na rentabilidade do activo líquido médio medido pela margem complementar, tendo-se situado em 2,0%. Decomposição da Rendibilidade Margem Financeira Dez. 12 Dez. 13 Dez. 14 Δ% 2013/2012 Δ% 2014/2013 2,8% 3,3% 3,5% 0,4% 0,2% Resultados de Operações Cambiais 1,1% 1,1% 1,0% 0,0% -0,1% Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 1,1% 1,0% 0,9% -0,1% -0,1% Outros Proveitos e Custos Operacionais 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,1% Margem Complementar 2,3% 2,2% 2,0% -0,1% -0,1% Produto Bancário 5,1% 5,5% 5,5% 0,3% 0,0% -0,8% Provisões para Crédito 1,6% 2,1% 1,4% 0,5% Resultados de Intermediação Financeira 3,5% 3,4% 4,1% -0,2% 0,8% Custos Administrativos 1,9% 2,1% 2,4% 0,2% 0,3% Outras Provisões e Imparidades 0,3% 0,3% 0,5% 0,0% 0,3% Resultado Operacional 1,3% 1,0% 1,2% -0,3% 0,2% Lucros e Prejuízos não Operacionais 0,3% 0,0% -0,1% -0,3% -0,1% Resultados antes de Impostos e Outros Encargos 1,6% 1,0% 1,1% -0,6% 0,1% Impostos Correntes e Diferidos 0,0% -0,15% -0,07% -0,2% 0,1% Rendibilidade do Activo Líquido Médio (ROAA) 1,6% 1,2% 1,2% -0,4% 0,0% 11,6 10,2 9,8 -12,1% -3,5% 18,4% 11,9% 11,8% -6,5% -0,1% Alavancagem Rendibilidade dos Capitais Prórios Médios (ROAE) Rentabilidade 1,2% Dez. 14 11,8% 10,4% ROAA 1,2% Dez. 13 ROAE 11,9% RAI/Capitais Próprios 10,1% 1,6% 18,4% Dez. 12 17,8% 0,0% 88 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o resultado líquido de AKZ 12.848.873.367,0 (doze mil e oitocentos e quarenta e oito milhões, oitocentos e setenta e três mil e trezentos e sessenta e sete kwanzas), referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, tenha a seguinte aplicação: % Reservas Livres 70% Dividendos 30% AKZ 8.994.211.356,9 3.854.662.010,1 Resultado Líquido do Exercício 12.848.873.367,0 Luanda, 23 de Março de 2015 O Conselho de Administração José Carlos de Castro Paiva Presidente do Conselho de Administração Ana Paula Gray Francisco José Maria de Lemos Vice-Presidente Vice-Presidente Theodore Jameson Giletti Carlos Duarte Administrador Administrador Mário Alberto Barber Presidente da Comissão Executiva Luís Filipe R. Lélis Helder Miguel P. J. de Aguiar Administrador Executivo Administrador Executivo João Cândido Fonseca Administrador Executivo 90 Inokcelina B. C. dos Santos Simão Francisco Fonseca Administradora Executiva Administrador Executivo DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A. Balanços Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 31 Dez. 2014 (Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD) 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Milhares USD (Nota 2) 31 Dez. 2013 Milhares USD Notas Milhares AKZ Milhares AKZ (Nota 2) 3 199.052.509 1.935.123 189.309.176 1.939.276 Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 4 122.653.377 1.192.395 253.856.141 2.600.492 Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda 4 94.084.365 914.657 68.791.235 704.695 Activo Disponibilidades Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Mantidos para Negociação 5 3.474.521 33.778 - - Mantidos Até ao Vencimento 5 228.678.434 2.223.136 199.900.493 2.047.773 6 387.130 3.764 623.632 6.388 - - 404 4 Créditos no Sistema de Pagamentos Operações Cambiais Créditos Créditos 7 406.440.096 3.951 276 284.667.929 2.916.127 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 7 (40.979.524) (398.389) (38.960.103) (399.106) 8 21.062.735 204.765 23.537.401 241.116 Outros Valores Imobilizações Imobilizações Financeiras 9 19.754.802 192.050 16.674.789 170.816 Imobilizações Corpóreas 10 41.776.224 406.135 36.177.285 370.599 Imobilizações Incorpóreas 10 Total do Activo 4.687.181 45.567 5.114.656 52.394 1.101.071.850 10.704.257 1.039.693.038 10.650.574 Passivo e Fundos Próprios Depósitos Depósitos à Ordem 11 636.949.945 6.192.216 517.287.935 5.299.077 Depósitos a Prazo 11 313.966.643 3.052.280 385.648.057 3.950.563 Captações para Liquidez Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Obrigações no Sistema de Pagamentos 12 10.287.418 100.011 9.761.851 100.000 13 3.347.318 32.542 3.383.977 34.665 Operações Cambiais 14 348.738 3.390 1.384.772 14.186 Dívida Subordinada 15 - - 504.393 5.167 Adiantamentos de Clientes 16 5.868.012 57.047 3.115.405 31.914 Outras Obrigações 17 7.495.341 72.868 8.923.710 91.416 Provisões para Responsabilidades Prováveis 18 Total do Passivo 9.153.967 88.992 5.252.951 53.810 987.417.382 9.599.346 935.263.051 9.580.798 Capital Social 19 14.786.705 143.751 14.786.705 151.474 Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios 19 28.669 279 28.669 294 Reservas e Fundos 19 85.366.496 829.905 76.909.166 787.854 Resultados Potenciais 19 670.985 6.523 670.807 6.872 Acções Próprias em Tesouraria 19 (47.260) (459) (47.260) (484) Resultado Líquido do Exercício 19 Total dos Fundos Próprios Total do Passivo e dos Fundos Próprios O anexo faz parte integrante destes balanços. 92 12.848.873 124.912 12.081.900 123.766 113.654.468 1.104.911 104.429.987 1.069.776 1.101.071.850 10.704.257 1.039.693.038 10.650.574 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS B. Demonstrações dos Resultados Demonstrações dos Resultados para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 Proveitos de Aplicações de Liquidez 21 7.847.548 31 Dez. 2014 Milhares USD (Nota 2) 76.291 Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários 21 14.586.439 141.805 10.674.201 109.346 Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados 21 - - 17.925 184 Proveitos de Créditos 21 (Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD) 31 Dez. 2014 Notas Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos Milhares AKZ 31 Dez. 2013 Milhares AKZ 9.187.627 31 Dez. 2013 Milhares USD (Nota 2) 94.118 27.994.574 272.154 28.199.835 288.878 50.428.561 490.250 48.079.588 492.526 Custos de Depósitos 21 (12.917.461) (125.579) (13.348.083) (136.737) Custos de Captações para Liquidez 21 (494.987) (4.812) (554.283) (5.678) Custos de Captações com Títulos e Val. Mobiliários 21 (11) - - - Custos de Dívida Subordinada 21 (2.071) (20) - - (13.414.530) (130.411) (13.902.366) (142.415) 37.014.031 359.839 34.177.222 350.111 - - (443) (5) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos Margem Financeira Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo Resultados de Operações Cambiais 22 11.205.976 108.941 11.591.466 118.743 Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 23 9.238.432 89.813 10.344.574 105.969 Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa 18 (14.452.093) (140.498) (21.933.083) (224.682) 43.006.346 418.095 34.179.736 350.136 Resultado de Intermediação Financeira Pessoal 24 (9.758.000) (94.864) (8.880.883) (90.975) Fornecimentos de Terceiros 25 (11.818.173) (114.892) (10.215.688) (104.649) Impostos e Taxas não Incidentes sobre o Resultado 26 (1.242.592) (12.080) (361.255) (3.701) Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras 27 (115.223) (1.120) (617) (6) Depreciações e Amortizações 10 (2.789.349) (27.117) (2.492.805) (25.536) Custos Administrativos e de Comercialização (25.723.337) (250.073) (21.951.248) (224.867) 18 (2.997.471) (29.140) (1.378.755) (14.124) Resultado de Imobilizações Financeiras 28 (2.678.000) (26.035) (1.476.982) (15.130) Outros Proveitos e Custos Operacionais 29 1.377.007 13.384 671.361 6.876 (30.021.801) (291.864) (24.135.624) (247.245) 12.984.545 126.231 10.044.112 102.891 (935.019) (9.090) 461.540 4.728 12.049.526 117.141 10.505.652 107.619 - - - - Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis Outros Proveitos e Custos Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional 30 Resultado Cambial de Conversão para USD - Resultado Antes de Impostos e Outros Encargos Imposto Corrente Impostos Diferidos Activos Resultado Líquido do Exercício 31 799.347 7.771 1.576.248 16.147 12.848.873 124.912 12.081.900 123.766 O anexo faz parte integrante destas demonstrações. 93 94 - Resultado Líquido do Exercício de 2013 - - Reavaliação de Terreno Reclassificação de Reservas Resultado Llíquido do Exercício de 2014 O anexo faz parte integrante destas demonstrações. 14.786.705 - Distribuição de Dividendos Saldos em 31 de Dezembro de 2014 - - Transferência de Resultados de 2013 14.786.705 - Prestações Acessórias SAESP Saldos em 31 de Dezembro de 2013 - Transferência do Fundo Social 28.669 - - - - - 28.669 - - - - - - - Distribuição de Dividendos - 28.669 - 14.786.705 Capital Social Reclassificação de Reservas Transferência de Resultados de 2012 Saldos em 31 de Dezembro de 2012 Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios C. Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios Legal 14.786.705 - 3.170 - - 664.505 14.119.030 - - - (4.039.578) - - 18.158 608 Livres 70.579.791 - (3.170) - - 7.792.825 62.790.136 - - - 4.039.578 - 12.052.166 46.698.392 - - - - - - - - - (2.801.705) - - 860.869 1.940.836 Fundo Social Total 85.366.496 - - - - 8.457.330 76.909.166 - - (2.801.705) - - 12.913.035 66.797.836 670.985 - - 178 - - 670.807 - 3.724 - - - - 667.083 Resultados Potenciais (47.260) - - - - - (47.260) - - - - - - (47.260) Acções Próprias em Tesouraria 12.848.873 12.848.873 - - (3.624.570) (8.457.330) 12.081.900 12.081.900 - - - (4.304.345) (12.913.035) 17.217.380 Resultado Líquido do Exercício 113.654.468 12.848.873 - 178 (3.624.570) - 104.429.987 12 081 900 3.724 (2.801.705) - (4.304.345) - 99.450.413 Total dos Fundos Próprios 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD) 31 Dez. 2014 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 31 Dez. 2013 Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2) Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2) Recebimentos Provenientes de: 8.220.621 79.918 7.170.539 73.455 Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários 13.695.420 133.142 10.674.201 109.346 Proveitos de Créditos 23.420.362 227.685 26.000.607 266.349 (10.279.586) (99.935) (13.349.001) (136.747) (493.870) (4.801) (597.656) (6.122) Proveitos de Aplicações de Liquidez Pagamentos de: Custos de Depósitos Custos de Captações para Liquidez Custos de Instrumentos Financeiros Derivados Custos de Outras Captações Fluxos de Caixa da Margem Financeira Resultados de Negociações e Ajustes ao Justo Valor Resultados de Operações Cambiais Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Fluxos de Caixa da Intermediação Financeira Pagamentos de Custos Administrativos e de Comercialização Liquidação de Operações no Sistema de Pagamentos Outros Custos e Proveitos Operacionais Fluxos de Caixa das Operações - - (27.266) (285) (18.371) (179) - - 34.544.576 335.830 29.871.424 305.996 - - (443) (5) 11.205.976 108.941 11.591.466 118.743 8.196.388 79.683 9.859.577 101.001 53.946.940 524.454 51.322.024 525.735 (23.775.577) (231.138) (18.627.348) (190.818) 199.843 1.943 (73.554.068) (753.485) 1.377.007 13.387 2.050.116 21.001 31.748.213 308.646 (38.809.276) (397.567) Investimentos em Aplicações de Liquidez 105.536.561 1.025.991 (40.382.960) (413.681) Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários Activos (31.361.454) (304.886) (31.148.116) (319.080) 404 4 (7) - (131.566.724) (1.279.048) (8.127.989) (83.263) 6.550.962 63.686 (8.144.298) (83.430) (14.557.287) (141.521) (12.463.609) (127.677) Resultados na Alienação de Imobilizações 842.702 8.192 - - Outros Ganhos e Perdas não Operacionais (39.172) (381) 461.540 4.728 (64.594.008) (627.963) (99.805.439) (1.022.403) 45.342.721 440.807 90.853.265 930.697 524.450 5.099 179.263 1.836 (1.036.034) (108.946) (17.897.467) (233.796) Investimentos em Operações Cambiais Investimentos em Créditos Investimentos em Outros Valores Investimentos em Imobilizações Fluxos de Caixa dos Investimentos Financiamentos com Depósitos Financiamentos com Captações para Liquidez Financiamentos com Operações Cambiais Financiamentos com Outras Captações 2.264.514 22.015 (157.043) (1.609) Financiamentos com Outras Obrigações (1.359.111) (13.213) (4.628.234) (47.411) Pagamento de Dividendos (3.147.412) (30.598) (3.756.899) (38.486) 42.589.128 315.164 64.592.885 611.231 9.743.333 (4.153) (74.021.830) (808.739) 189.309.176 1.939.276 263.331.006 2.748.015 199.052.509 1.935.123 189.309.176 1.939.276 Fluxos de Caixa dos Financiamentos Variações em Disponibilidades Disponibilidades no Início do Exercício Disponibilidades no Fim do Período O anexo faz parte integrante destas demonstrações. 95 E. Anexo às Demonstrações Financeiras 1. Nota Introdutória O Banco Angolano de Investimentos, S.A. (adiante igualmente designado por “Banco” ou “BAI”), com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados, sendo parte destes de entidades não residentes. O Banco foi constituído em 13 de Novembro de 1996. A actividade comercial foi iniciada no dia 4 de Novembro de 1997. Em 4 de Maio de 2008 o BAI alterou a sua denominação social de sociedade anónima de responsabilidade limitada (S.A.R.L.) para sociedade anónima (S.A.), estando em conformidade com a Lei das Instituições Financeiras, Lei nº 13/2005, de 30 de Setembro, no que diz respeito ao artigo 13º alínea b). Em 11 de Janeiro de 2011 o Banco alterou a sua designação de Banco Africano de Investimentos, S.A. para Banco Angolano de Investimentos, S.A. O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária, nos termos e dentro dos limites definidos pelo Banco Nacional de Angola (adiante designado por “BNA”), dedicando-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos, certificados de depósito e de obrigações de caixa, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no BNA, aplicações em instituições financeiras, aquisição de títulos ou em outros activos para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira, dispondo para o efeito de uma rede nacional de 138 pontos de atendimento, sendo que destes 10 foram abertos no ano de 2014. Cerca de 80 pontos de atendimento da sua rede nacional encontram-se localizados na cidade de Luanda. O Banco dispõe na rede de 10 centros de atendimento às empresas e um centro de Private Banking. 2. Bases de Apresentação e Resumo das Principais Políticas Contabilísticas As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do BNA, e actualizações subsequentes, nomeadamente a Directiva nº 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards) em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se encontrem estabelecidos no CONTIF. Estes princípios poderão diferir dos geralmente aceites em outros países. O BNA autorizou o BAI, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a manter as suas imobilizações financeiras registadas pelo método do custo histórico de aquisição e não pelo método de equivalência patrimonial conforme definido no CONTIF. Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas, o BAI constituiu no exercício de 2007 uma reserva nos fundos próprios, com a designação de “Fundo Social”, com a finalidade de dar apoio aos seus colaboradores, tendo esta reserva vindo a ser dotada anualmente através da aplicação de resultados. Os critérios de atribuição deste benefício encontram-se definidos no Regulamento do Fundo Social, conforme descrito na Nota 2, alínea k). O “Fundo Social”, no montante de mAKZ 2.801.705 (mUSD 27.237), encontrava-se registado como uma reserva nos fundos próprios do Banco, tendo, no exercício de 2013, sido reclassificados os montantes de mAKZ 1.700.342 (mUSD 16.530) e mAKZ 1.101.363 (mUSD 10.707) para a rubrica de passivo “Outras obrigações” (Nota 17) e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8), respectivamente. As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 encontram-se expressas em milhares de Kwanzas, conforme Aviso nº 15/2007, Art. 5º do BNA, tendo os activos e passivos denominados em outras divisas sido convertidos para moeda nacional, com base no câmbio médio de referência publicado pelo BNA naquelas datas. A informação financeira relativa a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 expressa em USD é apresentada apenas para efeitos de conveniência de leitura tendo a sua conversão sido efectuada com base na taxa de câmbio médio indicativa, publicada pelo BNA em 31 de Dezembro de 2014 e 2013. Esta conversão não deve ser interpretada como a representação de que os montantes em Kwanzas (AKZ) têm sido, poderiam ter sido ou poderão vir a ser, convertidos para Dólares dos Estados Unidos (USD) a estas ou a quaisquer taxas de câmbio. 96 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os câmbios de referência, do Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao Euro (EUR) eram os seguintes: Período de Referência USD EUR 31.12.2014 102.863 125.195 31.12.2013 97.619 134.387 Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização de Exercícios Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. Os dividendos são reconhecidos quando recebidos. b) Operações em Moeda Estrangeira As operações em moeda estrangeira são contabilizadas de acordo com os princípios do sistema multi-currency, sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio média publicada pelo BNA à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, registam-se na demonstração dos resultados do exercício na rubrica de resultados de operações cambiais (Nota 22). As operações de compra e venda de moeda estrangeira, quando não liquidadas na data da sua contratação, são registadas em contas extrapatrimoniais na rubrica “Vendas de moeda estrangeira a liquidar” (Nota 31). Quando liquidadas as mesmas são liquidadas na data de sua contratação, sendo registadas nas adequadas contas patrimoniais. As transferências para, e, do exterior em moeda estrangeira são registadas como operações pendentes de liquidação, a débito ou a crédito, conforme o caso. As ordens de pagamento enviadas ao exterior, bem como as recebidas do exterior, são registadas na data do recebimento da ordem ou do aviso do crédito, como operações pendentes de liquidação, em conta específica de débito ou crédito. c) Créditos Os créditos são activos financeiros não derivados, com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados no mercado activo e são registados pelos valores contratados, quando originados pelo Banco, ou pelos valores pagos, quando adquiridos a outras entidades. Os juros e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações por contrapartida de rubricas de resultados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As comissões de crédito por sua vez são registadas nas rubricas de resultados no momento em que são cobradas. Os créditos são registados pelo seu valor inicial líquido das amortizações e provisões para créditos de liquidação duvidosa. Os rendimentos provenientes de análises internas associadas a processos de abertura de crédito, de expediente e de prorrogação associadas a operações de crédito são reconhecidas em resultados no momento da sua cobrança. As responsabilidades por garantias e avales são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações. As operações de crédito concedido a Clientes, incluindo as garantias e avales prestados, são submetidas à constituição de provisões de acordo com o Aviso nº 4/2011, de 8 de Junho, do BNA, republicado em Diário da República como Aviso nº 3/2012, de 28 de Março, sobre a metodologia de classificação do crédito concedido a Clientes e a determinação das respectivas provisões. 97 O Banco procede à anulação de juros vencidos com atraso superior a 60 dias e não reconhece juros a partir dessa data até ao momento em que o Cliente regularize a sua situação. Com a entrada em vigor do Aviso nº 4/2011, de 8 de Junho do BNA, posteriormente revogado pelo Aviso 3/2012 de 28 de Março do BNA, as operações de crédito, por desembolso, foram concedidos em moeda nacional para todas as entidades, com excepção do Estado e empresas com comprovadas receitas e recebimentos em moeda estrangeira, para as seguintes finalidades: i. Assistência financeira de liquidez, incluindo, entre outras, as contas correntes caucionadas; ii. Financiamento automóvel; iii. Empréstimo ao consumo; iv. Micro crédito; v. Adiantamento a depositantes ou descobertos; vi. Outras modalidades de crédito financeiro com natureza de curto prazo (inferior a um ano). Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias Nos termos do Aviso nº 3/2012, de 28 de Março do BNA, o Banco classifica as operações de crédito concedido e as garantias e avales e créditos documentários prestados por ordem crescente de risco, de acordo com os seguintes níveis: Nível A B C D E F G Risco Nulo Muito reduzido Reduzido Moderado Elevado Muito elevado Perda Adicionalmente, as operações de crédito sem incumprimento, que não foram registadas como crédito vencido, são classificadas no nível A, caso se tratem de entidades com risco Estado e nos níveis B ou C para as restantes entidades, consoante a percepção de risco que decorre da avaliação do Cliente, nomeadamente da sua capacidade para fazer face ao serviço de dívida, e da componente financeira da operação, sustentada na análise de cash-flows e garantias (tipologia e rácio de cobertura do crédito). A classificação das operações de crédito de um mesmo Cliente ou grupo económico é efectuada na classe que apresentar maior risco. Neste âmbito, o Banco revê mensalmente a classificação de cada crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela do principal ou dos encargos, utilizando o mesmo procedimento que determinou a sua classificação inicial. O crédito vencido é classificado no nível de risco em função do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos de aprovisionamento calculados de acordo com a tabela seguinte: Nível de Risco % de Provisão Tempo decorrido após a entrada em incumprimento: Operações com prazo inferior a dois anos Operações com prazo superior a dois anos A B C D E 0% 1% a < 3% 3% a < 10% 10% a < 20% 20% a < 50% - De 15 a 30 dias De 1 a 2 meses De 2 a 3 meses De 3 a 5 meses FG 50% a < 100% 100% De 5 a 6 meses Mais de 6 meses - De 30 a 60 dias De 2 a 4 meses De 4 a 6 meses De 6 a 10 meses De 10 a 12 meses Mais de 12 meses Os créditos vencidos há mais de 30 dias são classificados nos níveis de risco B, C, D, E, F e G em função do tempo decorrido desde a data de entrada em incumprimento das operações. Conforme apresenta o quadro acima, para os créditos concedidos com prazo superior a 24 meses (dois anos) deverão ser considerados em dobro os prazos definidos para efeito da atribuição da classe de risco. Para as operações de crédito que são alvo de renegociação por dificuldades financeiras do Cliente, os juros não liquidados são anulados da demonstração de resultados por contrapartida do registo de uma provisão no mesmo montante. 98 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As operações que sejam objecto de renegociação por dificuldades financeiras do Cliente, são mantidas no mesmo nível de risco, excepto quando são pagos, no mínimo, a totalidade dos juros vencidos. Adicionalmente o pagamento parcial ou total do capital vencido e o reforço de garantias também tem efeito sobre a classificação de crédito. Seis meses após a classificação de uma operação na Classe G o Banco abate esse crédito ao activo pela utilização da respectiva provisão. Adicionalmente, estes créditos permanecem registados numa rubrica extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos. Nas situações em que são efectuadas recuperações ou recebidas dações em cumprimento de créditos anteriormente abatidos ao activo por utilização de provisões, os montantes recebidos são registados na rubrica “Resultado não operacional” (Nota 30). Os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos previamente abatidos ao activo, são registados na rubrica de Outros activos – Imóveis não de uso próprio tendo como contrapartida o reconhecimento do proveito por recuperação de créditos, tendo por base os seguintes procedimentos: • A avaliação é efectuada por um perito ou empresa especializada na matéria pertinente ao objecto da avaliação, não vinculados, directa ou indirectamente, ao Banco ou a qualquer sociedade a este ligado, nem ao seu auditor externo ou a qualquer sociedade a ele ligada; • O valor do bem a ser registado limita-se ao montante apurado na sua avaliação; • O reconhecimento contabilístico é feito com a concordância do auditor externo sobre a adequação dos procedimentos utilizados na avaliação; • A aprovação da avaliação é feita em acta da Comissão Executiva; • Os imóveis não são sujeitos a depreciação ou a reavaliação; • Os proveitos extraordinários provenientes do registo destes imóveis são considerados para efeitos de apuramento de imposto, de acordo com o Código do Imposto Industrial. O Banco deve proceder à alienação dos imóveis que resultarem do reembolso de créditos no prazo de dois anos (Art.º nº 11 da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro – Lei das Instituições Financeiras). São também classificados como bens não de uso próprio os imóveis que não são parte integrante das instalações do Banco, nem se destinam à prossecução do seu objecto social. d) Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do BNA, sobre actualização monetária, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação superior a 100% em 3 anos consecutivos, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos saldos de capital, reservas, resultados transitados e activo imobilizado. O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente a débito na conta de “Resultado da Actualização Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida do aumento dos saldos de fundos próprios, com excepção da rubrica “Capital Social”, que deve ser classificada numa rubrica específica (“Reserva de actualização monetária do Capital Social”), que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital. Em 31 de Dezembro de 2014 e no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Banco não procedeu à actualização dos seus fundos próprios, em virtude da inflação verificada não corresponder ao previsto no Aviso acima referido. e) Imobilizações Financeiras Conforme referido na Nota 2, Bases de Apresentação, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a título excepcional, o Banco foi autorizado pelo BNA a manter as imobilizações financeiras registadas ao custo de aquisição. Desta forma, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as imobilizações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição líquido de imparidade. Quando este se encontra denominado em moeda estrangeira é reflectido contabilisticamente à taxa de câmbio da data do fecho. Sempre que se estimam perdas permanentes no seu valor de realização é reconhecida imparidade para perdas em imobilizações. O Banco procede semestralmente a testes de imparidade nas subsidiárias cujos eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a imparidade para perdas em imobilizações financeiras reconhecida por contrapartida da rubrica “Resultado de imobilizações financeiras” (Nota 28). Em 2014 o Banco adquiriu uma sociedade na cidade da Praia em Cabo Verde, denominada BAI Center, tendo sido realizado para tal um contrato de suprimentos. Estes suprimentos são remunerados semestralmente a uma taxa de 1,5%. 99 f) Imobilizações Incorpóreas e Corpóreas As imobilizações incorpóreas correspondem essencialmente a benfeitorias em imóveis de terceiros e a desenvolvimento e aquisição de software. Estas despesas são registadas ao custo de aquisição, incluindo os custos indispensáveis para a sua colocação em funcionamento e amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com excepção das obras em edifícios arrendados que são amortizadas de acordo com a vida útil estimada ou o período de locação contratual. As imobilizações corpóreas são inicialmente registadas ao custo de aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis. Uma percentagem equivalente a 30% do aumento das amortizações que resulta das reavaliações efectuadas não é aceite como custo para efeitos fiscais de acordo com a legislação em vigor, pelo que são acrescidos ao lucro tributável. A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada: Anos de vida útil Edifícios Obras em edifícios arrendados Equipamento Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Viaturas de transporte terrestre Outras imobilizações 50 10 10 6 a 10 3 a 10 3 10 As imobilizações em curso encontram-se registadas ao custo de aquisição e iniciarão a sua amortização no momento de entrada de funcionamento ou utilização. g) Operações Comprometidas O Banco realiza operações de compra ou venda de liquidez temporária, tendo por base a garantia de títulos, com ou sem a mudança de titularidade. As operações comprometidas são realizadas no mercado interfinanceiro com o BNA, entre as instituições financeiras, ou no mercado secundário entre o Banco e os seus Clientes. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Banco efectuou no mercado interfinanceiro operações de compra de títulos com acordos de revenda, em que foram aplicados recursos recebendo títulos de terceiros em garantia com o compromisso de serem revendidos no vencimento do contrato (Nota 4). Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros com acordos de revenda correspondem à diferença entre o valor da revenda e o valor da compra. O reconhecimento do proveito é realizado conforme o princípio da especialização em razão da fluência do prazo da operação na rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de aplicações de liquidez” (Nota 21). h) Títulos e Valores Mobiliários O Conselho de Administração determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. Atendendo às características dos títulos e à intenção aquando da sua aquisição, os títulos e valores mobiliários do Banco em 31 de Dezembro de 2014 estão classificados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento e mantidos para negociação. Títulos Mantidos para Negociação São considerados títulos mantidos para negociação ao justo valor através de resultados, os títulos adquiridos com a intenção de serem activa e frequentemente negociados. Os activos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos directamente atribuíveis à aquisição do activo, e subsequentemente mensurados ao justo valor. 100 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários mantidos para negociação”. A metodologia de apuramento do justo valor (valor de mercado) é estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, que levam em consideração a independência na colecta de dados em relação às taxas praticadas na sala de mercados, nomeadamente: i) O preço médio de negociação no dia do apuramento ou, quando não disponível, o preço médio de negociação no dia útil anterior; ii) O valor líquido provável de realização obtido mediante adopção de técnica ou modelo de formação de preços; iii) O preço de instrumento financeiro semelhante, levando em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador; iv) O preço definido pelo BNA. Títulos Mantidos até ao Vencimento Encontram-se classificados nesta categoria os títulos para os quais o Banco tem a intenção e capacidade financeira para a sua manutenção em carteira até à data de vencimento. Os títulos classificados nesta rubrica são registados ao custo de aquisição líquido de imparidade, acrescido dos rendimentos auferidos pela fluência dos seus prazos (incluindo periodificação do juro e do prémio/desconto por contrapartida de resultados), reconhecendo o Banco eventuais lucros ou prejuízos associados na data de vencimento pela diferença entre o preço realizado e o respectivo valor contabilístico. No caso de eventual venda dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos mantidos até ao vencimento antes do resgate, devem ser registados os eventuais lucros ou prejuízos apurados na data da venda pela diferença entre o preço de venda e o seu valor contabilísticos. Os Títulos do Banco Central (TBC) e os Bilhetes do Tesouro (BT) são emitidos a desconto e registados pelo custo de aquisição. A diferença entre este e o valor nominal, que constitui a remuneração do Banco, é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período compreendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na conta com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5). As Obrigações do Tesouro (OT) adquiridas a valor descontado são registadas pelo custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde ao desconto verificado no momento da compra, é reconhecida durante o período de vida do título com a especificação “Proveitos a receber”. Os juros decorridos relativos a estes títulos são igualmente contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5). As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos (OTMN-TXC) estão sujeitas a actualização cambial. Deste modo, o resultado da actualização cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre, na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 21). As Obrigações do Tesouro em moeda nacional não reajustáveis com taxas de juro de cupão predefinidas por maturidade são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos são contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5). As outras obrigações em moeda estrangeira são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos, bem como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso, são reflectidos linearmente em resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 21). Regime de Tributação dos Títulos da Dívida Pública Os rendimentos de títulos da dívida pública emitidos pelo Estado Angolano, cuja emissão se encontra regulamentada pela Lei-quadro da Dívida Pública Directa (Lei nº 16/02, de 5 de Dezembro), bem como pelo Decreto Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro (que veio revogar e substituir os anteriores diplomas que procediam à dita regulamentação, nomeadamente, o Decreto nº 51/03 e o Decreto nº 52/03, ambos de 8 de Julho), gozam de isenção de todos os impostos. Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 23.º do Código do Imposto Industrial é prevista uma exclusão de tributação em sede deste imposto para este tipo de rendimentos. O Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro, introduziu uma norma de sujeição a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) sobre os juros dos bilhetes do tesouro e das obrigações do tesouro. Contudo, o artigo 2.º do diploma em apreço prevê que a sujeição a imposto apenas se aplica aos títulos adquiridos após a entrada em vigor da lei. 101 De acordo com a última posição conhecida das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigida à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola datada de 26 de Setembro de 2013), entende-se que os rendimentos decorrentes de títulos de dívida pública com data de emissão igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 encontram-se sujeitos a IAC. Este facto não prejudica, porém, a referida exclusão de tributação destes rendimentos prevista no Código do Imposto Industrial. Classificação do Risco De acordo com as disposições do CONTIF, o Banco classifica os títulos da sua carteira própria conforme a seguinte notação de risco de crédito: Nível A. Títulos soberanos emitidos pelo Estado Angolano ou estados pertencentes ao bloco do G7, e títulos com uma notação de risco atribuída pela Standard & Poors (S&P) ou outra agência independente de reconhecida idoneidade (Moody’s ou Fitch), entre o intervalo AAA e AA-; Nível B. Títulos soberanos emitidos pelo bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A+ e A; Nível C. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A- e BBB+; Nível D. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BBB e BBB-; Nível E. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BB+ e B-; Nível F. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo CCC+ e C; Nível G. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, igual ou inferior a D. i) Instrumentos Financeiros Derivados Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Banco não deteve instrumentos financeiros derivados registados no seu Balanço. O Banco pode no entanto, realizar operações de instrumentos financeiros derivados, como “forwards cambiais”, no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados e com base nas suas necessidades de liquidez em moeda estrangeira. As transacções de derivados financeiros são efectuadas em mercados de balcão (OTC – Over-the-counter). Os instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contratos e são subsequentemente mensurados ao justo valor. Os derivados de negociação são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas em resultados, nas rubricas de “Proveitos ou Custos com Instrumentos Financeiros Derivados”. Os derivados são considerados como activos quando o seu justo valor é positivo e como passivos quando o seu justo valor é negativo. Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor de referência contratual (valor nocional). Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de cobertura (hedge) ou de especulação e arbitragem, conforme a sua finalidade. j) Pensões de Reforma e Compensação de Reforma e Outros Custos com Colaboradores Fundo de Pensões A Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores Angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores. O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI”. 102 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Até 31 de Dezembro de 2009 o Banco tinha concedido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012 foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12 aprovado pelo Ministério das Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao Plano de Pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definido para um plano de contribuição definida. No seguimento da referida alteração ao Fundo foi mantido o Plano de Pensões de benefício definido para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009. Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do Fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida. Até 31 de Dezembro de 2012 o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEG (Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros). Importa ainda salientar que o Banco, entre 2010 e Dezembro de 2013, criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao Fundo. A gestão do “Fundo de Pensões BAI” foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A., com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013. Com base na nova configuração dos planos do Fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do Fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2014, em 114,48% (Dezembro 2013: 98,85%). Como resultado da criação do Plano de Pensões de contribuição definida, foram afectos mAKZ 1.151.897 (mUSD 11.799) já provisionados, distribuídos por cada um dos participantes elegíveis em 31.12.2009, como primeira contribuição para esse plano, com base nos referidos cálculos actuariais. Compensação de Reforma Nos termos do Artigo nº 262 da Lei Geral do Trabalho (Lei nº 2/2000), o Banco constitui provisões para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma”, as quais são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor total das responsabilidades é determinado numa base mensal e ajustado no valor das responsabilidades do Banco (Notas 17 e 24). Provisão para Férias e Subsídio de Férias A Lei Geral do Trabalho, determina que o montante de subsídio de férias pagável aos trabalhadores em determinado exercício é um direito por eles adquirido no ano imediatamente anterior. Consequentemente, o Banco releva contabilisticamente no exercício os valores relativos a férias e subsídio de férias pagáveis no ano seguinte (Nota 17). k) Fundo Social De acordo com o regulamento do Fundo Social, este tem por finalidade a prestação de apoio social aos trabalhadores do BAI e às suas famílias. O referido apoio social poderá revestir-se, designadamente, das seguintes modalidades: i) Disponibilização/alienação de fracções autónomas/imóveis, em regime de preços bonificados; ii) Outros apoios sociais a definir pela Comissão de Gestão do Fundo, tais como disponibilização de transportes colectivos e de creches. A Assembleia Geral do BAI, sob proposta do Conselho de Administração, deliberará a afectação anual de cada exercício, a qual constituirá a dotação financeira do Fundo Social, sendo a mesma registada na demonstração de resultados. As dotações não utilizadas anualmente transitarão para o orçamento do Fundo Social do ano seguinte. 103 Só poderão beneficiar do apoio do Fundo Social os trabalhadores que cumpram com as seguintes condições à data de concessão do referido apoio social: (i) Ter antiguidade mínima de 3 anos; (ii) Não possuir registo de processo disciplinar nos últimos 3 anos; (iii) Ter obtido avaliação de desempenho acima da média. l) Provisões para Responsabilidades Prováveis Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. São reconhecidas contingências passivas em contas extrapatrimoniais quando o Banco tem uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam sob o controlo do Banco. As provisões para responsabilidades prováveis registadas pelo Banco destinam-se a suportar as potenciais perdas e outras contingências, nomeadamente as decorrentes de activos não recuperáveis, fraudes, falhas de caixa, outras imobilizações e juros a receber de crédito (Nota 18). Redução no Valor Recuperável de Outros Activos (imparidade) O Banco avalia periodicamente os seus activos, especialmente na ocasião da elaboração de demonstrações financeiras, com vista a identificar activos que apresentem o valor recuperável inferior ao valor contabilístico. O reconhecimento da redução no valor contabilístico (imparidade) de um activo acontece sempre que o seu valor contabilístico exceder o valor recuperável, por contrapartida de resultados. m) Impostos sobre o Rendimento Os rendimentos obtidos pelo Banco, no âmbito do exercício normal da sua actividade, estão sujeitos a diversos impostos, consoante a sua natureza. Deste modo, o Banco é tributado pela totalidade dos lucros obtidos quer no país, quer no estrangeiro e o seu lucro tributável corresponde à diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou perdas imputáveis ao exercício em apreço, eventualmente corrigidos nos termos do Código do Imposto Industrial. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos do nº 1 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, sendo, actualmente, a taxa de imposto aplicável de 30%, de acordo com a referida Lei, a qual veio estabelecer um regime transitório na adopção do novo Código do Imposto Industrial. O Imposto Industrial é objecto de liquidação provisória, em três prestações iguais e consecutivas, concretamente em Janeiro, Fevereiro e Março, sendo o imposto a liquidar antecipadamente calculado com base em 75% do lucro tributável do último exercício. Em função do crédito de imposto de que o Banco dispõe (Nota 8). Imposto sobre a Aplicação de Capitais Na sequência da linha definida pelo projecto da Reforma Tributária, foi publicado, em Diário da República, o Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, que procede à revisão e republicação do Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”), em vigor desde o passado dia 19 de Novembro de 2014. O Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, em vigor desde o dia 19 de Novembro, veio rever e introduzir diversas alterações legislativas ao Código do IAC, na sequência do projecto da Reforma Tributária. O IAC incide, genericamente, sobre os rendimentos provenientes das aplicações financeiras do Banco. A taxa varia entre 5% (no caso de juros pagos relativamente a títulos de dívida pública que apresentem uma maturidade igual ou superior a três anos) e 15%. Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos de títulos de dívida pública, conforme previamente mencionado, segundo último entendimento das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 se encontram sujeitos a este imposto. O IAC tem a natureza de pagamento por conta do Imposto Industrial, operando esta compensação por via da dedução à colecta que vier a ser apurada, nos termos da alínea a) do número 81.º do Código do Imposto Industrial. 104 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Imposto Predial Urbano De acordo com as alterações introduzidas pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, ao Código do Imposto Predial Urbano (IPU), sobre as rendas auferidas de imóveis arrendados incide IPU, à taxa de 15% (Nota 26). Por outro lado, nos termos do Artigo 23.º do Código do Imposto Industrial, não se consideram proveitos ou ganhos do exercício, para efeitos de apuramento do imposto devido, as rendas que sejam sujeitas a IPU. n) Impostos Diferidos Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em exercícios futuros, resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucro tributável futuro que permita a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais, enquanto que os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais de um, ou mais, dos três anos seguintes. Não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a questões de interpretação da legislação fiscal em vigor. A principal situação que no BAI origina diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal diz respeito a prejuízos fiscais reportáveis e provisões temporariamente não dedutíveis. Os impostos diferidos são calculados numa base semestral, utilizando as taxas de imposto que se antecipe estarem em vigor à data de reversão das diferenças temporárias. o) Impostos sobre o Património Imposto Predial Urbano Em face da redacção introduzida pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, foi revogada a isenção anteriormente prevista no Regulamento do IPU, passando a incidir IPU à taxa de 0,5% sobre o valor patrimonial dos imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da actividade normal do Banco (superior a AKZ 5.000.000) (Nota 26). SISA Nos termos do Diploma Legislativo nº 230, de 18 de Maio de 1931 e, bem assim, das alterações introduzidas pela Lei nº 15/92, de 3 de Julho e Lei nº 16/11, de 21 de Abril, a SISA incide sobre todos os actos que importem transmissão perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a denominação ou forma do título (v.g., actos que importam transmissão de benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos, as transmissões de bens imobiliários por meio de doações com entradas ou pensões ou a transmissão de bens imobiliários por meio de doações), à taxa de 2% (Nota 26). p) Outros Impostos O Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, designadamente, impostos aduaneiros, Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras taxas (Nota 26). q) Substituição Tributária No âmbito da sua actividade, o Banco assume a figura de substituto tributário, efectuando retenção na fonte dos impostos relativos a terceiros, os quais entrega posteriormente ao Estado. Imposto sobre a Aplicação de Capitais De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, o Banco procede a retenção na fonte de IAC, à taxa de 10% sobre os juros de depósitos a prazo pagos a Clientes (Nota 17 e 26). 105 Imposto de Selo De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 3/14, de 21 de Outubro, recai sobre o Banco a responsabilidade de liquidação e entrega do Imposto de Selo devido pelos seus Clientes na generalidade das operações bancárias (v.g., financiamentos, cobrança de juros de financiamentos, comissões por serviços financeiros), procedendo o Banco à liquidação do imposto, às taxas previstas na Tabela do Imposto de Selo (Nota 17 e 26). Imposto Industrial De acordo com o previsto no número 2 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, a qual veio estabelecer um regime transitório na adopção do novo Código do Imposto Industrial, a tributação efectiva das empreitadas, sub-empreitadas e prestação de serviços nos termos da Lei nº 7/97, de 10 de Outubro – Lei das Empreitadas, o Banco procede à retenção na fonte sobre determinadas prestações de serviços, às taxas previstas no referido nº 2 do Artigo 4.º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, nomeadamente à taxa de 3,5% e 5,25%, consoante se trate de empreitadas, sub-empreitadas ou prestações de serviços, respectivamente (Nota 17 e 26). Imposto Predial Urbano De acordo com o previsto na Lei nº 18/11, de 21 de Abril, o Banco procede a retenção na fonte do IPU devido, à taxa de 15%, sobre o pagamento ou entrega de rendas relativas a imóveis arrendados (Nota 17 e 26). 3. Disponibilidades Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Caixa: Notas e Moeda Nacionais 15.933.230 154.896 14.813.020 151.744 Em Dólares dos Estados Unidos 1.738.375 16.900 5.839.344 59.818 Em Euros 3.255.999 31.654 971.685 9.954 Notas e Moedas Estrangeiras Em Outras Divisas Notas em ATM 227.586 2.213 171.407 1.756 4.767.964 46.353 2.749.130 28.162 25.923.154 252.016 24.544.586 251.434 Depósitos à Ordem no Banco Nacional de Angola (BNA) Em Moeda Nacional 76.359.707 742.344 65.910.508 675.185 Em Dólares dos Estados Unidos 75.450.011 733.500 70.168.178 718.800 151.809.718 1.475.844 136.078.686 1.393.985 500.916 4.870 680.222 6.968 Cheques a Cobrar – no País Cheques a Cobrar – no Estrangeiro 48.155 468 52.050 533 549.071 5.338 732.272 7.501 18.615.652 180.975 27.268.353 279.336 1.947.989 18.938 305.680 3.131 Depósitos à Ordem no Estrangeiro Em Dólares dos Estados Unidos Em Euros Em Outras Divisas 106 206.925 2.012 379.599 3.889 20.770.566 201.925 27.953.632 286.356 199.052.509 1.935.123 189.309.176 1.939.276 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional e moeda estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados. As reservas obrigatórias são apuradas de acordo com o instrutivo do BNA sobre a Política Monetária, e são constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função da respectiva denominação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem. Em 31 de Dezembro de 2014 a exigibilidade de manutenção de reservas obrigatórias foi apurada através da aplicação de um coeficiente de 12,5% sobre os passivos elegíveis em moeda nacional e 15% em moeda estrangeira, e um coeficiente de 10% sobre os valores em caixa em moeda nacional, nos termos do disposto no Instrutivo nº 01/2014 de 12 de Fevereiro que revogou os Instrutivos nº 03/2013 de 1 de Julho. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o total de reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira era de mAKZ 63.212.740 e mAKZ 61.437.687, e mUSD 588.812 e mUSD 716.040, respectivamente. O saldo da rubrica “Depósitos à ordem no BNA” pode divergir destes valores por incluir reservas livres. 4. Aplicações de Liquidez Esta rubrica corresponde a depósitos a prazo mantidos em outras instituições financeiras e a operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda efectuado com o BNA e com outras instituições financeiras nacionais, os quais apresentam a seguinte estrutura: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Taxa Média de Juro Montante em Divisa Milhares Taxa Média de USD de Juro Montante em Divisa Milhares de AKZ Milhares de USD Em Kwanzas 4,42% 33.274.456.259 33.274.456 323.484 7,80% 64.717.844.809 64.717.845 662.967 Em Dólares dos Estados Unidos 3,43% 28.000.000 2.880.164 28.000 5,03% 21.183.215 217.000 36.154.620 351.484 85.901.060 879.967 77.423.266 752.683 0,83% 1.591.600.000 155.369.605 1.591.600 1,68% Aplicações de Liquidez no País 217.000.000 Aplicações de Liquidez no Estrangeiro Em Dólares dos Estados Unidos 0,25% 752.683.336 Em Euros 1,32% 55.165.110 Depósitos Colaterais no Estrangeiro em ME 8,54% Proveitos a Receber 19.276.099 6.906.396 67.141 84.329.662 819.824 1.982.797 19.276 186.298 1.811 86.576.100 4.009.979 122.653.377 1.192.395 11.634.659 119.185 167.004.264 1.710.785 391.447 4.010 559.370 5.730 253.856.141 2.600.492 Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda BNA - Em Kwanzas 5,02% 94.084.365 914.657 68.791.235 704.695 94.084.365 914.657 2,64% 68.791.235 704.695 216.737.742 2.107.052 322.647.376 3.305.187 Em 31 de Dezembro de 2014 o saldo que compõe a rubrica “Depósitos colaterais no estrangeiro em ME” é referente ao aprovisionamento no correspondente para liquidações diárias das utilizações de cartões VISA para posterior regularização junto do Cliente. Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Aplicações de liquidez no estrangeiro” inclui os montantes de mAKZ 533.994 (mUSD 5.191), mAKZ 944.151 (mUSD 9.179), que se encontram a colaterizar operações de crédito concedidas pelas filiais BAI Cabo Verde e BAI Europa, respectivamente. Para estas operações foram constituídas provisões de mAKZ 77.931 (mUSD 758), através da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” (Nota 18). Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda” inclui apenas operações mantidas com o BNA. Estas operações apresentam um valor nominal, excluindo juros a receber, de mAKZ 93.681.613 (mUSD 910.742), e apresentam maturidades residuais inferiores a três meses. 107 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as aplicações de liquidez apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Até Três Meses 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 203.040.727 1.973.896 290.775.958 2.978.697 De Três a Seis Meses 5.126. 692 49.840 18.327.617 187.747 De Seis Meses a um Ano 8.570.323 83.316 13.543.801 138.743 216.737.742 2.107.052 322.647.376 3.305.187 5. Títulos e Valores Mobiliários Esta rubrica tem a seguinte composição: Taxa de Juro Média 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD 7,00% 3.407.600 33.128 3.407.600 Taxa de Juro Média 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Mantidos para Negociação Obrigações de Caixa Ministério das Finanças - - - 33.128 - - 66.921 650 - - 66.921 650 - - 3.474.521 33.778 - - 5,64% 46.402 011 451.105 4,41% 58.469.396 598.958 - - - 4,44% 3.473.880 35.586 Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional - Indexadas à Taxa de Câmbio do Dólar dos Estados Unidos - Não Reajustáveis 6,95% 55.719.796 541.689 6,93% 33.969.304 347.980 7,24% 49.734.427 483.502 7,14% 39.093.368 400.471 Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira 3,60% 73.467.722 714.229 3,79% 47.273.947 484.272 Outras Obrigações em Moeda Estrangeira 7,79% 413.213 4.016 3,76% 15.570.341 159.502 225.737.169 2.194.541 197.850.236 2.026.769 1.046.216 10.171 656.329 6.723 - - 415 4 - Indexadas à Taxa de Câmbio do Dólar dos Estados Unidos 123.868 1.204 33.288 341 - Não Reajustáveis 960.808 9.341 697.885 7.149 Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira 803.799 7.814 649.304 6.651 Juros a Receber Obrigações de Caixa Ministério das Finanças Mantidos Até o Vencimento Bilhetes do Tesouro Títulos do Banco Central Proveitos a Receber Bilhetes do Tesouro Títulos do Banco Central Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional Outras Obrigações em Moeda Estrangeira 108 6.574 65 13.036 136 2.941.265 28.595 2.050.257 21.004 228.678.434 2.223.136 199.900.493 2.047.773 232.152.955 2.256.914 199.900.493 2.047.773 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os títulos em carteira apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Até Três Meses De Três a Seis Meses 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 26.010.294 252.863 17.783.472 182.174 11.845.941 115.162 50.613.051 518.478 De Seis Meses a um Ano 48.528.647 471.779 19.178.028 196.459 Mais de um Ano 145.768.073 1.417.110 112.325.942 1.150.662 232.152.955 2.256.914 199.900.493 2.047.773 Em 31 de Dezembro de 2014 a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito: Título Obrigações do Tesouro não Reajustáveis (Dossier de Negociação) Obrigações do Tesouro Indexadas ao Câmbio Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira Bilhetes do Tesouro Obrigações do Tesouro não Reajustáveis Banco KEVE Obrigações de Caixa BAI Cabo Verde Obrigações de Caixa 12/16 Obrigações Fast Ferry 07/15 Obrigações Sogei 02/14 31 Dez. 2014 Milhares Milhares de AKZ de USD 3.407.600 33.128 3.407.600 55.719.796 49.734.427 46.402.011 72.953.407 514.315 118.063 255.411 39.739 225.737.169 229.144.769 33.128 541.689 483.502 451.105 709.229 5.000 1.148 2.483 385 2.194.541 2.227.669 Emissor Domicílio Actividade Nível de Risco Estado Angola Governo A Estado Estado Estado Estado Keve BAI Cabo Verde Fast Ferry Sogei Angola Angola Angola Angola Angola Cabo Verde Cabo Verde Cabo Verde Governo Governo Governo Governo Instituição financeira Instituição financeira Transportes Construção A A A A C C C C Em 31 de Dezembro de 2013 a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito: Título 31 Dez. 2013 Milhares Milhares de AKZ de USD Bilhetes do Tesouro Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira Obrigações do Tesouro não Reajustáveis 58.469.396 47.273.947 39.093.368 598.958 484.272 400.471 Obrigações do Tesouro Indexadas ao Câmbio 33.969.304 8.943.145 3.473.880 2.420.939 2.420.939 506.701 486.718 475.078 274.164 42.657 197.850.236 2.026.769 FINANCE FACILIT Títulos do Banco Central (TBC) FACILIT29082014 FACILIT31082015 BAI Cabo Verde Obrigações de Caixa 12/16 Banco KEVE Obrigações de Caixa CLN FINANCE Obrigações Fast Ferry 07/15 Obrigações Sogei 02/14 Emissor Domicílio Actividade Nível de Risco Estado Estado Estado Angola Angola Angola Governo Governo Governo A A A 347.980 Estado Angola Governo A 91.612 35.586 24.800 24.800 5.191 4.986 4.867 2.809 437 Sonangol BNA Sonangol Sonangol BAI Cabo Verde Keve Sonangol Fast Ferry Sogei Angola Angola Angola Angola Cabo Verde Angola Angola Cabo Verde Cabo Verde Petrolífera Banco Central Petrolífera Petrolífera Instituição financeira Instituição financeira Petrolífera Transportes Construção C A C C C C C C C 109 6. Créditos no Sistema de Pagamentos Em 31 de Dezembro de 2014, os valores que constituem a rubrica “Créditos no sistema de pagamentos”, no montante de mAKZ 387.130 (mUSD 3.764), correspondem a depósitos efectuados pelo BAI em agências de outras instituições financeiras localizadas em províncias sem representação do BNA, tendo estas operações sido liquidadas durante o mês de Janeiro de 2015. 7. Créditos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Adiantamentos a Depositantes Moeda Nacional Sector Empresarial Particulares 3.466.732 33.702 1.900.870 19.469 30.330 295 28.772 295 25.728 250 5.907 61 4.006 39 3.047 31 Moeda Estrangeira Sector Empresarial Particulares Créditos em Conta Corrente Moeda Nacional Sector Público 4.615 45 - - 10.289.733 100.033 14.939.736 153.044 1.112.455 10.815 963.115 9.866 52.601.065 511.370 5.555.556 56.911 128.765.008 1.251.811 105.343.011 1.079.130 24.629.088 239.436 12.391.784 126.941 Sector Público 74.570.012 724.945 - - Sector Empresarial 29.675.366 288.494 89.043.929 912.162 Sector Empresarial Particulares Empréstimos Moeda Nacional Sector Público Sector Empresarial Particulares Moeda Estrangeira Particulares 24.642.960 239.571 25.683.032 263.096 349.817.098 3.400.806 255.858.759 2.621.006 Capital 42.851.997 416.593 18.816.384 192.754 Juros 3.594.381 34.943 129.872 1.330 - - 666.125 6.824 Créditos e Juros Vencidos Adiantamento a Depositantes Proveitos a Receber Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (Nota 19) Provisões para Garantias Prestadas e Crédito Documentário 110 46.446.378 451.536 19.612.381 200.908 396.263.476 3.852.342 275.471.140 2.821.914 10.176.620 98.934 9.196.789 94.213 406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127 (40.259.925) (391.393) (38.037.079) (389.650) (719.599) (6.996) (923.024) (9.456) (40.979.524) (398.389) (38.960.103) (399.106) 365.460.572 3.552.887 245.707.826 2.517.021 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o detalhe do crédito, incluindo proveitos a receber por moeda, apresentava a seguinte estrutura: 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Kwanzas 246.601.970 2.397.381 159.678.566 1.635.739 Dólares dos Estados Unidos 159.831.350 1.553.827 124.981.399 1.280.304 Euros 6.776 68 7.964 84 406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, para fazer face ao risco de cobrança do crédito concedido, o Banco dispõe das seguintes provisões calculadas através da metodologia de apuramento de provisão para crédito e juros vencidos, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2 c): 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Capital Classe A 134.141.944 Classe B Juros Total - 31 Dez. 2013 Taxa de Provisão Provisão Capital Juros Total Provisão 134.141.944 0% - 16 749 976 - 16.749.976 0% - 58.624.070 (1.096) 58.622.974 1% a < 3% (1.172.459) 50.607.300 3.173 50.610.473 1% a < 3% (1.518.314) 3% a < 10% (9.341.529) 168.534.131 Classe C 133.322.894 127.522 133.450.416 Classe D 20.068.969 28.592 20.097.561 10% a < 20% (2.009.756) 9.886.110 18 9.886.128 Classe E 32.184.423 46.845 32.231.268 20% a < 50% (10.314.005) 11.148.425 14 11 148 439 Classe F 5.751.651 837 Classe G 8.575.144 3.391.681 80.237 168.614.368 3% a < 10% (13.489.149) 10% a < 20% 20% a < 50% (3.984.882) 5.752.488 50% a < 100% (5.455.350) 6.925.285 45.955 6.971.240 50% a < 100% (5.576.992) 11.490.041 11.490.516 100% (11.966.826) 476 100% (11.490.516) (719.599) 392.669.095 3.594.381 396.263.476 Capital (923.024) (40.979.524) 275.341.268 129.872 275.471.140 31 Dez. 2013 Taxa de Total Provisão Juros (1.977.226) 11.966.825 Provisão para Garantias Prestadas e Créditos Documentários Milhares de AKZ Taxa de Provisão Provisão Capital Juros 16.749.976 - 16.749.976 0% 50.607.300 3.173 50.610.473 1% a < 3% Classe C 168.534.131 Classe D 9.886.110 18 9.886.128 10% a < 20% (1.977.226) 18.185.895 1.152 18.187.047 10% a < 20% (3.469.002) Classe E 11.148.425 14 11.148.439 20% a < 50% (3.984.882) 4.012.091 64 4.012.155 20% a < 50% (2.746.948) (5.576.992) 5.540.781 - 5.540.781 50% a < 100% (4.139.204) 100% (11.490.516) 5.501.114 - 5.501.114 100% (5.501.114) Classe F 6.925.285 45.955 6.971.240 50% a < 100% Classe G 11.490.041 11.490.516 475 Provisão para Garantias Prestadas e Créditos Documentários (1.518.314) 60.056.051 - Provisão Classe B 3% a < 10% 14.526.812 31 Dez. 2012 Taxa de Total Provisão Classe A 80.237 168.614.368 - (38.960.103) 14.526.812 0% - 1.519 60.057.570 1% a < 3% (1.057.910) 3% a < 10% (9.746.416) (13.489.149) 170.006.471 67.799 170.074.270 (923.024) 275.341.268 129.872 275.471.140 (38.960 .103) 277.829.215 70.534 277.899.749 (923.024) (27.583.618) 111 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Capital Juros Total 31 Dez. 2013 Taxa de Provisão Provisão Capital Juros Taxa de Provisão Total Provisão Classe A 1.304.084 - 1.304.084 0% - 171.586 - 171.586 0% - Classe B 569.924 (11) 569.913 1% a < 3% (11.398) 518.419 33 518.452 1% a < 3% (15.554) Classe C 1.296.121 1.240 1.297.361 3% a < 10% (90.815) 821 1.727.277 3% a < 10% (138.182) Classe D 195.104 278 195.382 10% a < 20% (19.538) 1.726.456 101.273 - 101.273 10% a < 20% (20.255) Classe E 312.886 455 313.341 20% a < 50% (100.269) 114.204 - 114.204 20% a < 50% (40.822) Classe F 55.915 8 55.923 50% a < 100% (53.035) 70.942 471 71.413 50% a < 100% (57.130) Classe G 83.365 32.973 116.338 (116.338) 117.704 5 117.709 100% (117.707) 100% Provisão para Garantias Prestadas e Créditos Documentários (6.996) 3.817.399 34.943 Milhares de USD Capital Juros 3.852.342 (398.389) 2.820.584 31 Dez. 2014 Taxa de Total Provisão Provisão Capital 1.330 Juros - (9.456) 2.821.914 (399.106) 31 Dez. 2013 Taxa de Total Provisão Provisão Classe A 171.586 - 171.586 0% - 151.594 - 151.594 0% - Classe B 518.419 33 518.452 1% a < 3% (15.554) 626.721 16 626.737 1% a < 3% (11.040) Classe C 1.726.456 821 1.727.277 3% a < 10% (138.182) 1.774.118 708 1.774.826 3% a < 10% (101.710) Classe D 101.273 - 101.273 10% a < 20% (20.255) 189.781 11 189.792 10% a < 20% (36.201) Classe E 114.204 - 114.204 20% a < 50% (40.822) 41.869 1 41.870 20% a < 50% (28.666) Classe F 70.942 471 Classe G 117.704 5 71.413 50% a < 100% 117.709 Provisão para Garantias Prestadas e Créditos Documentários 100% (57.130) 57.821 - 57.821 50% a < 100% (43.195) (117.707) 57.408 - 57.408 100% (57.407) (9.456) 2.820.584 1.330 2.821.914 (399.106) (9.632) 2.899.312 736 2.900.048 (287.851) Em 31 de Dezembro de 2014 o maior devedor do Banco representa 123% dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR) e 27% do total da carteira de crédito, excluindo garantias e créditos documentários. Neste contexto, o Banco foi autorizado pelo BNA a exceder temporariamente (até 15 de Julho de 2015) os limites de exposição ao risco por Cliente, regulado pelo Aviso nº 08/07 de 12 de Setembro, do BNA, resultante da operação de crédito directo ao Estado sob a forma de “Bridge Finance” em regime de sindicato bancário no montante de AKZ 150 mil milhões que será convertida em Obrigações do Tesouro em Junho de 2015, com maturidade até 6 anos (conforme condições estabelecidas pelo Decreto Presidencial nº 136/14, de 16 de Julho). Adicionalmente, o conjunto dos vinte maiores Clientes do Banco representa aproximadamente 266 % dos FPR e 59,6 % do total da carteira de crédito. Este rácio é igualmente afectado pela situação acima mencionada. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a composição da carteira de crédito por sectores de actividade, incluindo o crédito e juros vencidos e os proveitos a receber, é a seguinte: 112 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Moeda Nacional Promoção e Construção Imobiliária 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 246.601.970 2.397.381 159.678.566 1.635.739 81.769.883 794.939 59.786.402 612.450 Estado 52.843.568 513.728 1.910.828 19.574 Indústria Extractiva e Transformação 38.867.763 377.860 46.870.113 480.134 Particulares 26.452.891 257.166 16.915.403 173.281 Comércio por Grosso e a Retalho 22.817.135 221.819 18.980.682 194.437 Serviços 19.916.438 193.621 13.802.814 141.395 Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura 3.934.292 38.248 1.412.324 14.468 Moeda Estrangeira 159.838.126 1.553.895 124.989.363 1.280.388 Estado 64.979.541 631.710 410.486 4.205 Indústria Extractiva e Transformação 36.705.446 356.838 21.724.195 222.542 Particulares 25.683.949 249.691 27.735.372 284.122 Promoção e Construção Imobiliária 21.979.427 213.676 43.644.062 447.088 Comércio por Grosso e a Retalho 7.743.937 75.286 16.637.140 170.430 Serviços 2.681.754 26.071 12.136.234 124.323 Agricultura, Produção Animal, Pescas e Silvicultura 64.072 623 2.701.874 27.678 406.440.096 3.951.276 284.667.929 2.916.127 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a taxa de juro média praticada pelo Banco foi a seguinte: Taxa Média Ponderada 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Em Moeda Nacional 10,48% 11,67% Em Moeda Estrangeira 7,36% 7,80% Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o prazo residual dos créditos, excluindo o crédito vencido e os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Até Três Meses De Três a Seis Meses De Seis Meses a Um Ano 10.327.171 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 100.397 31.228.216 319.900 13.781.352 133.978 17.077.591 174.942 90.054.204 875.477 35.385.905 362.492 De Um a Três anos 61.833.555 601.125 56.022.550 573.893 Mais de Três anos 173.820.816 1 689.829 116.144.497 1 189.779 349.817.098 3.400.806 255.858.759 2.621.006 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o prazo residual dos créditos vencidos apresentava a seguinte estrutura: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Até Um Mês 17.188.602 167.102 De Um a Três Meses 8.784.738 De Três a Seis Meses 12.087.572 De Seis Meses a Um Ano Mais de Um Ano 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 1.555.043 15.930 85.402 8.493.379 87.006 117.511 2.912.908 29.839 2.794.171 27.164 6.651.051 68.133 5.591.295 54.357 - - 46.446.378 451.536 19.612.381 200.908 113 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o total de créditos abatidos ao Activo no nível de risco G e o total de créditos recuperados nos respectivos exercícios era o seguinte: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Créditos Abatidos ao Activo Nível de Risco G (Nota 18) 30 Jun. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 17.237.204 167.574 11.924.238 122.151 17.237.204 167.574 11.924.238 122.151 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Créditos Recuperados 30 Jun. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD De Extrapatrimoniais 710.353 6.906 - - Juros (Nota 30) 1.355.331 13.176 2.025.318 20.747 2.065.684 20.082 2.025.318 20.747 Entre 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a migração do risco dos tomadores de crédito teve a seguinte evolução: Carteira de Crédito em 31 Dez. 13 31 Dez. 2014 Nível Valores em % da Carteira de Risco mAKZ em 31 Dez. 13 A 16.749.976 6% A B C D E F G Abates Recebimentos 83,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% - 2.729.381 Total 16.749.976 B 50.610.473 18% 0,2% 54,8% 3,8% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 521 20.723.274 50.610.473 C 168.614.368 61% 0,0% 2,1% 59,8% 8,3% 13,1% 0,6% 0,8% 8.209 25.947.341 168.614.368 D 9.886.128 4% 0,0% 0,0% 0,5% 32,9% 29,3% 0,0% 14,8% 25.165 2.192.691 9.886.128 E 11.148.439 4% 0,0% 0,0% 1,1% 0,3% 4,2% 0,0% 5,3% 8.311.241 1.611.056 11.148.439 F 6.971.240 3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 25,0% 14,5% 1.437.337 2.783.552 6.971.240 0,0% 0,0% 2,8% 0,0% 0,0% 2,6% 12,8% 5.838.547 3.545.792 11.490.516 G 11.490.516 4% Total 275.471.140 100% 14.103.228 31.208.569 103.353.755 17.297.283 25.409.474 3.076.652 5.868.072 15.621.020 59.533.087 275.471.140 Movimentados para Níveis Nível de Risco Agravamentos Reduções Abates Recebimentos Total A 14.018.371 2.224 - - 2.729.381 16.749.976 B 27.731.566 2.071.698 83.414 521 20.723.274 50.610.473 C 100.907.288 38.276.997 3.474.533 8.209 25.947.341 168.614.368 D 3.254.058 4.360.529 53.685 25.165 2.192.691 9.886.128 E 468.790 598.484 158.868 8.311.241 1.611.056 11.148.439 F 1.737.801 1.012.550 - 1.437.337 2.783.552 6.971.240 G Total 114 Mantido ao Nível 1.475.107 - 631.070 5.838.547 3.545.792 11.490.516 149.592.981 46.322.482 4.401.570 15.621.020 59.533.087 275.471.140 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 8. Outros Valores Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Impostos Diferidos Activos (Nota 31) Imposto a Recuperar 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 3.624.037 35.232 2.824.690 28.936 1.501.019 14.592 616.611 6.317 5.125.056 49.824 3.441.301 35.253 Imóveis Imóveis para Alienação aos Colaboradores Provisão para Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 19) Terreno Rainha Ginga Imóveis Recebidos em Dação 3.498.217 34.009 5.460.226 55.934 (1.032.245) (10.035) (1.520.051) (15.571) 349.643 3.399 - - 6.911.492 67.191 4.971.937 50.932 Governo Central - Ministério das Finanças 1.694.205 16.470 7.134.577 73.086 Devedores - Empréstimos 1.053.561 10.242 1.223.976 12.538 Fraudes 779.598 7.579 591.328 6.058 Comissões a Receber - GRINER 299.707 2.914 390.330 3.999 Devedores - Fundo de Pensões 295.350 2.871 - - Devedores - Novinvest 277.303 2.696 - - Operações Activas a Regularizar 191.968 1.866 185.056 1.896 Entidade Reguladora - BNA 142.863 1.389 132.673 1.359 Gestor de Rede E-Kwanza 101.000 982 - - 20.268 197 19.151 196 Falhas de Caixa Devedores - BISTP 19.063 185 - - 328.251 3.192 206.307 2.113 14.930.244 145.147 18.795.510 192.540 178.391 1.734 323.139 3.310 Rendas e Alugueres 192.193 1.868 220.866 2.263 Publicidade 112.258 1.091 - - Outros Despesas com Custo Diferido Material de Expediente Seguros Outros 88.376 859 188.626 1.932 436.217 4.242 567.959 5.818 1.007.435 9.794 1.300.590 13.323 21.062.735 204.765 23.537.401 241.116 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imposto a recuperar” nos montantes de mAKZ 1.501.019 (mUSD 14.592) e mAKZ 616.611 (mUSD 6.317), respectivamente, corresponde ao valor de crédito de imposto originado pelo excesso de pagamento por conta efectuado nos exercícios de 2013 e 2014. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imóveis para alienação aos colaboradores” apresenta o investimento em edifícios adquiridos pelo Banco, ainda em planta, no exercício de 2008, com vista à sua alienação aos colaboradores do Banco por preços similares aos preços de aquisição, estando os mesmos enquadrados no regime previsto pelo Fundo Social do Banco (Nota 2 alínea k). Em 31 de Dezembro de 2014 esta rubrica é composta por cinco edifícios, estando para dois o processo de alienação com contrato de compra e venda entre o BAI e os seus colaboradores em processo de conclusão. No âmbito deste processo foi estimada uma perda para o Banco, pelo que foi reconhecida uma provisão na rubrica “Provisões para imóveis a alienar a colaboradores”, correspondente à estimativa da perda. Parte das fracções constituintes dos referidos imóveis foram já alvo de formalização contratual em nome dos colaboradores do Banco, tendo o Banco reconhecido a perda por imparidade respectiva. Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Imóveis recebidos em dação” inclui os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos abatidos ao activo no montante de mAKZ 6.911.492 (mUSD 67.191), e mAKZ 4.971.937 (mUSD 50.932), respectivamente, de acordo com o disposto na política contatabilística (Nota 2 alínea c). 115 Em 31 de Dezembro de 2014 o Banco recebeu um imóvel em dação no montante de mAKZ 2.111.071 (mUSD 20.523), sendo que os outros valores constantes na rubrica referem-se a registos de exercícios anteriores. O Banco mantém a expectativa de alienar os imóveis no prazo de dois anos, excepto se as condições de mercado não o permitirem. Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Governo Central – Ministério das Finanças” corresponde a montantes a receber do Ministério das Finanças, relativos a comissões de colectas de impostos do exercício, no âmbito do contrato assinado entre ambas as partes. As comissões relativas a colecta de impostos encontram-se reconhecidas como proveitos do exercício na rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” (Nota 23). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Devedores – Empréstimos”, no montante de mAKZ 1.053.561 (mUSD 10.242) e mAKZ 1.223.976 (mUSD 12.538), corresponde essencialmente ao reembolso de capital efectuado em nome do BAI Cabo Verde S.A. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Fraudes” e “Operações activas a regularizar” correspondem a operações pendentes de regularização, cujos processos judiciais se encontram em curso, e a outras responsabilidades, tendo o Banco constituído as provisões necessárias para fazer face aos riscos associados, através da rubrica “Provisões para outros valores e responsabilidades prováveis” (Nota 18). 9. Imobilizações Financeiras O saldo de imobilizações financeiras pode ser detalhado como se segue: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Participações em Coligadas e Equiparadas No País 2.359.451 22.938 2.415.405 24.743 No Estrangeiro 5.364.013 52.147 5.477.173 56.108 7.723.464 75.085 7.892.578 80.851 87.427 850 97.453 998 Participações em Outras Sociedades No País No Estrangeiro 820.086 7.973 575.179 5.892 907.513 8.823 672.632 6.890 8.119.156 78.932 8.109.579 83.075 Suprimentos em Entidades No País No Estrangeiro 116 3.004.669 29.210 - - 11.123.825 108.142 8.109.579 83.075 19.754.802 192.050 16.674.789 170.816 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Participada Sede Actividade Participações em Coligadas e Equiparadas no País Serviços BAI Micro Finanças, S.A. Luanda Bancários BAI Micro Finanças, S.A. - Imparidade (Nota 28) NOSSA - Nova Sociedade Luanda Seguros Seguros Angola. S.A. 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Custo de Aquisição Milhares de Milhares Milhares de Milhares Capital Social % de AKZ de USD AKZ de USD Moeda (em milhares) Participação em Moeda AKZ 5.334.907 AAA Seguros. Lda Luanda BVDA - Bolsa de Valores e Derivativos de Angola Serviços Financeiros Fundação Luanda de Utilidade Pública Fundos de Luanda Pensões Luanda Ensino Fundação BAI AAA Pensões SAESP Seguros Luanda AKZ Suprimentos em Entidades no Estrangeiro SAESP 4.952.803 993.807 72.24% 717.926 48.150 2.435.430 24.948 (35.659) (1.094.686) (11.214) 1.074.662 10.447 1.074.661 11.009 2.359.451 22.938 2.415.405 24.743 99.99% 39.996 4.322.614 42.023 4.322.614 44.281 80.43% 1.874.658 2.183.467 21.227 2.192.659 22.462 (1.210.154) (11.765) (1.103.236) (11.302) 65.136 633 65.136 667 2.950 29 - - 5.364.013 7.723.464 52.147 75.085 5.477.173 7.892.578 56.108 80.851 25.00% 37.500.000 100.00% 2.950 AKZ 910.000 4.09% 37.219 57.354 558 57.354 588 AKZ 1.127.528 5.00% 14.733 14.733 143 14.733 151 AKZ 1.343.000 0.95% 12.419 - - 12.419 127 AKZ 10.000 100.00% 10.000 10.000 97 10.000 102 AKZ 225.506 5.00% 2.947 2.946 29 2.947 30 AKZ 2.000 80.00% 2.394 2.394 87.427 23 850 97.453 998 (NAV) 8.344.346 25.64% 5.892 820.086 7.973 575.179 5.892 89.798 3.22% 10.980 486.143 4.726 486.143 4.980 (486.143) (4.726) (486.143) ( 4.980) 820.086 907.513 7.973 8.823 575.179 672.632 5.892 6.890 7.614.153 396.264 74.022 3.852 7.616.547 373.885 78.024 3.830 108.739 1.057 119.147 1.221 8.119.156 78.932 8.109.579 83.075 29.210 29.210 108.142 8.109.579 192.050 16.674.789 83.075 170.816 Participações em Outras Sociedades no Estrangeiro FIPA - Fundo Privado de LuxemFundo de USD Investimento de Angola burgo Investimento Serviços BPN Brasil S. Paulo BRL Bancários BPN Brasil - Imparidade (Nota 28) Suprimentos em Entidades no País SAESP BAI Micro Finanças, S.A. EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. 5.163.656 (3.668.014) Participações em Coligadas e Equiparadas no Estrangeiro Serviços Banco BAI Europa, S.A. Lisboa EUR 40.000 Bancários Serviços BAI Cabo Verde, S.A. Praia CVE 2.330.795 Bancários BAI Cabo Verde, S.A. Imparidade (Nota 28) Banco Internacional de Serviços S.Tomé STD 150.000.000 Bancários São Tomé e Príncipe Serviços BAI Center Praia CVE 2.500 Imobiliários Participações em Outras Sociedades no País EMIS - Empresa Serviços Luanda Interbancária de Serviços. S.A. Bancários 96.79% 3.004.669 3.004.669 11.123.825 19.754.802 117 O Conselho de Administração tem em curso a reorganização societária de todo o universo de actividades associadas ao BAI, que entre outros aspectos visa a criação de uma holding e duas sub-holdings. Decorrentes deste processo não são estimados quaisquer impactos patrimoniais negativos nas demonstrações financeiras do BAI. No exercício 2014 o Banco efectivou um aumento de capital na participada BAI Micro Finanças S.A., no montante de mAKZ 2.517.373 (mUSD 24.473). Em 31 de Dezembro de 2014, e decorrente dos testes de imparidade sobre as participadas BAI Micro Finanças S.A., e BAI Cabo Verde S.A., o Banco reconheceu imparidade nos montantes de mAKZ 2.573.329 (mUSD 25.017) e mAKZ 106.918 (mUSD 1.039), respectivamente. O valor das imparidades é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica de “Resultados de imobilizações financeiras” (Nota 28). Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de “Suprimentos no país” inclui o montante de mAKZ 7.614.153 (mUSD 74.022) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade SAESP, os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido. Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de “Suprimentos no país” inclui um saldo de mAKZ 108.739 (mUSD 1.057) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade EMIS – Empresa Interbancária de Serviço S.A., os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido. No exercício de 2014, o Banco procedeu a anulação no seu balanço a participação da BVDA- Bolsa de Valores e Derivativos de Angola, S.A. decorrente do processo de liquidação em curso da mesma sociedade. Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “Suprimentos no estrangeiro” inclui um saldo de mAKZ 3.004.669 (mUSD 29.210), referente a suprimentos realizados na entidade BAI Center S.A., os quais são remunerados semestralmente a uma taxa de 1,50%, tendo a primeira prestação vencido a 31 de Dezembro de 2014. O Banco procedeu a testes de imparidade na subsidiária BPN Brasil, por esta ter apresentado com regularidade resultados negativos em exercícios anteriores, e de acordo com o descrito na alínea e) da Nota 2. Com base nesses testes o Banco reconheceu imparidade em 100% do valor da participação. Em Setembro de 2013 o BAI celebrou um contrato de compra e venda das quotas correspondentes à participação financeira no BPN Brasil (3,22%), pelo montante de mAKZ 46.076 (mUSD 472). Na data de celebração do referido contrato o Banco recebeu um valor correspondente a 50% do valor de venda. O valor remanescente será liquidado na data de efectivação da operação (até serem cumpridos todos os requisitos legais para a realização da operação). 118 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2014 os saldos com operações activas, passivas e extrapatrimoniais com as entidades participadas do Banco encontram-se detalhados na Nota 33. A informação financeira auditada das participadas é a seguinte (valores em mAKZ convertidos ao câmbio do final do ano): Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ Moeda Data de Referência Activo Líquido Capital Próprio Resultado Líquido Participação no Capital 31.12.2014 Valor de Balanço Banco BAI Europa, S.A. AKZ 31.12.2013 115.398.498 8.346.156 473.864 8.345.321 4.322.614 BAI Micro Finanças, S.A. AKZ 31.12.2013 10.619.017 866.549 (798.555) 815.683 1.284.789 BAI Cabo Verde, S.A. AKZ 31.12.2013 13.890.999 1.221.766 (169.735) 982.666 973.313 NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola, S.A. AKZ 31.12.2013 8.035.724 1.469.545 161.673 1.061.695 1.074.662 FIPA AKZ 31.12.2013 1.901.709 1.810.535 (115.515) 532.478 820.086 Banco Internacional de São Tomé e Príncipe AKZ 31.12.2013 10.257.279 1.556.006 166.261 389.002 65.136 EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. AKZ 31.12.2013 4.744.157 1.377.815 111.290 56.353 57.354 AAA Seguros, Lda AKZ 31.12.2010 13.428.513 1.757.809 53.548 87.890 14.733 Fundação BAI AKZ n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 10.000 AAA Pensões AKZ 31.12.2010 2.102.163 309.706 47.896 15.485 2.946 BAI Center AKZ n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 2.950 SAESP * AKZ 31.12.2013 7.473.886 (191.934) (193.934) (153.547) 2.394 8.630.977 * Não auditado n. d. - não disponível Valores expressos em milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD Moeda Data de Referência Activo Líquido Banco BAI Europa, S.A. USD 31.12.2013 1.182.138 BAI Micro Finanças, S.A. USD 31.12.2013 BAI Cabo Verde, S.A. USD 31.12.2013 NOSSA Nova Sociedade Seguros Angola, S.A. USD 31.12.2013 82.325 FIPA USD 31.12.2013 Banco Internacional de São Tomé e Príncipe USD 31.03.2013 EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. USD 31.12.2013 AAA Seguros, Lda USD Fundação BAI USD Capital Próprio Resultado Líquido 85.498 4.854 108.781 8.877 142.299 12.516 Participação no Capital 31.12.2014 Valor de Balanço 85.489 42.023 (8.180) 8.356 12.491 (1.739) 10.066 9.462 15.055 1.656 10.876 10.447 18.488 17.601 (1.123) 5.177 7.973 105.075 15.940 1.703 3.985 633 48.599 14.114 1.140 577 558 31.12.2010 137.561 18.007 549 900 143 n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 97 AAA Pensões USD 31.12.2010 21.534 3.173 491 159 29 BAI Center USD n. d. n. d. n. d. n. d. n. d. 29 SAESP * USD 31.12.2012 76.562 (1.966) (1.987) (1.573) 23 83.908 * Não auditado n. d. - não disponível 119 120 118.127 20.632 3.786.724 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 413.716 716.848 23.111 1.169.271 50.583 (51.418) 440.921 (238.501) 112.620 46.333 520.469 (11.504.176) 41.291.941 8.797.667 - (440.921) 740.622 (1.609.357) (3.639.605) 5.114.656 1.104.696 910.947 236.175 104.788 8.754.261 - (713.579) 3.073.145 (679.108) 52.796.117 910.947 1.092.824 (2.246.918) (7.864.571) 36.177.285 7.692.971 241.832 44.041.856 (118.830) - 21.763.431 6.079.430 Gastos de Organização e Expansão Imobilizações em Curso 9.817.217 (6.104.494) 4.354.805 1.474.782 (1.641.247) 21.763.431 Sistema de Tratamento Automático de Dados 2.963.766 Imobilizações Incorpóreas Imobilizações em Curso 360.662 10.459.299 Outras Imobilizações 11.458.464 Imóveis de Uso Valor Bruto Móveis, Utensílios, Instalações e Equipamentos Imobilizações Corpóreas Milhares de AKZ Abates e Outras 2014 (5.107.375) (2.077.013) (35.094) (73.337) (480.905) (1.487.677) (3.030.362) (164.640) (58.471) (2.129.693) (677.558) 4.268.914 2.041.040 - 73.314 480.905 1.486.821 2.227.874 - 58.471 2.129.693 39.710 1.607 91.280 - 94.223 1.833 (4.776) (89.673) - - 4.553 (94.226) 7.341.023 7.118 4.905.769 767.290 1.660.846 49.145.386 27.439.720 435.443 9.850.721 11.419.502 Valor Bruto 338.567 4.617.803 9.380.134 (2.653.842) - (1.022.858) (416.965) (1.214.019) (7.369.162) 4.687.181 7.118 3.882.911 350.325 446.827 41.776.224 - 27.439.720 (96.876) (5.232.918) (2.039.368) Amortizações Valor Acumuladas Líquido Saldos em 31 Dez. 2014 (2.789.349) 56.486.409 (10.023.004) 46.463.405 (1.146.557) - (476.816) (220.595) (449.146) (1.642.792) - (36.517) (1.262.670) (343.605) Amortizações Valor Bruto Acumuladas Abates de Abates Regularizações Amortizações Valor e Outras e Outras de Amortizações Acumuladas Líquido Aumentos Transferências Transferências Transferências Amortizações do Exercício Saldos em 31 Dez. 2013 O movimento nas rubricas de imobilizações corpóreas, incorpóreas e em curso durante o exercício de 2014 e o exercício de 2013 foi o seguinte: 10. Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas - (332.950) (2.773.716) Imobilizações em Curso (9.282.243) 3.445.311 2.726.651 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros (544.380) (1.896.386) 9.554.796 684.668 48.502.186 2.698.166 Gastos de Organização e Expansão - 573.312 124.979 408.156 39.219.943 11.155.668 6.781.080 1.106.447 2.726.651 3.112.361 140.288 801.780 (6.508.527) 32.438.863 10.049.221 44.747 780.819 38.947.390 192.172 3.859.793 215.904 - 12.853.770 9.007.751 (90.238) 15.533.128 - (1.772.016) (2.345.328) 216.434 - 356.878 1.772.016 (98.090) 33.505 875.683 960.918 (6.861.737) (134.966) (43 688) - - (91.278) (6.726.771) - - (85.561) (6.641.210) Abates e Outras Aumentos Transferências Transferências 12.853.770 Sistema de Tratamento Automático de Dados Imobilizações Incorpóreas Imobilizações em Curso 282.410 8.888.358 (5.028.565) Outras Imobilizações Móveis, Utensílios, Instalações e Equipamentos (1.389.724) Amortizações Valor Acumuladas Líquido 16.922.852 Valor Bruto Saldos em 31 Dez. 2012 Imóveis de Uso Imobilizações Corpóreas Milhares de AKZ 270.872 219.597 - 108.115 13.897 97.585 51.275 - - 9.307 41.968 Regularizações de Amortizações 2013 (2.492.805) (1.085.486) - (488.744) (148.625) (448.117) (1.407.319) - (28.592) (1.085.236) (293.491) Amortizações do Exercício 52.796.117 8.754.261 910.947 3.786.724 1.092.824 2.963.766 44.041.856 21.763.431 360.662 10.459.299 11.458.464 Valor Bruto (11.504.176) (3.639.605) - (713.579) (679.108) (2.246.918) (7.864.571) - (118.830) (6.104.494) (1.641.247) Amortizações Acumuladas 41.291.941 5.114.656 910.947 3.073.145 413.716 716.848 36.177.285 21 763.431 241.832 4.354.805 9.817.217 Valor Líquido Saldos em 31 Dez. 2013 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 121 O aumento do saldo da rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” verificado durante o exercício de 2014, no montante de mAKZ 5.676.289, corresponde essencialmente aos investimentos realizados nos edifícios Torre Gika e Kianda. É entendimento do Banco manter os dois edifícios em balanço, à data de 31 de Dezembro de 2014, com a finalidade expressa de tornar o empreendimento “Comandante Gika” a sede oficial do Banco. No entanto, e, considerando as previsões de crescimento e expansão de rede, o Banco decidiu igualmente manter como imóvel de uso próprio o edifício Kianda, ainda em fase de construção, entendendo que o mesmo será indispensável à prossecução do seu objecto social e à sua instalação e funcionamento futuros. Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” apresenta a seguinte composição: Torre Gika Edifício Kianda Agências Outros 31 Dez. 2013 Aumentos 31 Dez. 2014 16.019.205 3.694.737 1.310.438 739.051 21.763.431 3.488.193 1.570.769 526.051 91.276 5.676.289 19.507.398 5.265.506 1.836.489 830.327 27.439.720 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imobilizações incorpóreas – imobilizações em curso” corresponde essencialmente à realização de obras em agências do Banco localizadas em imóveis arrendados. Durante o 2º semestre de 2014 o Banco procedeu ao abate no seu balanço de imobilizações cujos bens já se encontravam completamente amortizados (Nota 2f.) e que se encontram obsoletos. 122 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 11. Depósitos Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Depósitos de Clientes Depósitos à Ordem de Residentes Moeda Nacional Empresas Particulares Sector Público Empresarial Sector Público Administrativo Moeda Estrangeira Empresas Particulares Sector Público Empresarial Sector Público Administrativo Depósitos à Ordem de Não Residentes Moeda Nacional Moeda Estrangeira Total de Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo em Moeda Nacional Empresas Particulares Sector Público Empresarial Sector Público Administrativo Não Residentes Depósitos a Prazo em Moeda Estrangeira Residentes Empresas Particulares Sector Público Empresarial Não Residentes Total de Depósitos a Prazo Total de Juros a Pagar de Depósitos a Prazo Total de Depósitos e Juros a Pagar a Prazo Total de Depósitos de Clientes Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 207.246.944 77.551.570 59.915.820 5.679.382 350.393.716 2.014.785 753.931 582.482 55.213 3.406.411 182.520.940 58.267.530 38.378.473 20.354 279.187.297 1.869.736 596.890 393.148 209 2.859.983 211.545.742 42.296.568 12.837.459 14.180.678 280.860.447 2.056.578 411.193 124.802 137.860 2.730.433 134.799.699 51.086.893 47.577.392 55.435 233.519.419 1.380.883 523.332 487.381 568 2.392.164 4.319.018 1.376.764 5.695.782 636.949.945 41.988 13.384 55.372 6.192.216 2.006.749 2.574.470 4.581.219 517.287.935 20.557 26.373 46.930 5.299.077 74.842.461 44.933.242 40.179.009 97.500 178.852 160.231.064 727.594 436.826 390.607 948 1.739 1.557.714 91.704.414 26.508.491 26.763.159 34.690 145.010.754 939.415 271.552 274.161 355 1.485.483 73.958.705 65.701.341 2.750.804 92.481 142.503.331 302.734.395 11.232.248 313.966.643 950.916.588 719.002 638.727 26.742 899 1.385.370 2.943.084 109.196 3.052.280 9.244.496 174.298.755 57.525.197 76.001 142.977 232.042.930 377.053.684 8.594.373 385.648.057 902.935.992 1.785.510 589.286 779 1.465 2.377.040 3.862.523 88.040 3.950.563 9.249.640 Em 31 de Dezembro de 2014 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média: Taxa Média de Juro Montante em Divisas Montante Milhares de AKZ Montante Milhares de USD Em Dólares dos Estados Unidos 2,61% 1.325.782.008 136.373.916 1.325.782 Em Kwanzas 5,06% 160.231.063.767 160.231.064 1.557.714 Em Euros 1,55% 48.959.120 6.129.415 59.588 302.734.395 2.943.084 123 Em 31 de Dezembro de 2013 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média: Taxa Média de Juro Montante em Divisas Montante Milhares de AKZ Em Dólares dos Estados Unidos 3,60% 2.314.484.445 225.936.500 2.314.486 Em Kwanzas 4,85% 145.010.753.310 145.010.754 1.485.483 1,91% 48.685.410 6.106.430 62.554 377.053.684 3.862.523 Em Euros Montante Milhares de USD Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os depósitos a prazo de Clientes, excluindo juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Moeda Nacional Até Três Meses 74.620.832 725.439 98.308.000 1.007.063 De Três a Seis Meses 45.989.550 447.095 3.064.241 31.390 De Seis Meses a Um Ano 23.974.199 233.069 25.801.040 264.304 Mais de Um Ano 15.646.483 152.111 17.837.473 182.726 160.231.064 1.557.714 145.010.754 1.485.483 Até Três Meses 59.671.739 580.109 172.410.639 1.766.168 De Três a Seis Meses 28.921.891 281.169 9.896.697 101.381 De Seis Meses a Um Ano 41.389.796 402.378 23.064.273 236.271 Mais de Um Ano 12.519.905 121.714 26.671.321 273.220 142.503.331 1.385.370 232.042.930 2.377.040 302.734.395 2.943.084 377.053.684 3.862.523 Moeda Estrangeira 12. Captações para Liquidez Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Captações de Liquidez em Outras Instituições de Crédito Em Dólares dos Estados Unidos Juros a Pagar 10.286.301 100.000 9.761.851 100.000 1.117 11 - - 10.287.418 100.011 9.761.851 100.000 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo desta rubrica corresponde a uma tomada no montante de mUSD 100.000 (mAKZ 10.286.301) e mUSD 100.000 (mAKZ 9.761.851) respectivamente, com maturidade em 30 de Março de 2015 e remunerada a uma taxa de juro de 1,96%. 124 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os recursos de outras instituições de crédito a prazo apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Até Três Meses De Três a Seis Meses 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 10.287.418 100.011 - - - - 9.761.851 100.000 10.287.418 100.011 9.761.851 100.000 13. Obrigações no Sistema de Pagamentos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Relações Entre Agências 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 42.848 416 - - Relações Entre Instituições Compensação de Cheques e Outros Papéis 1.609.967 15.652 2.061.355 21.116 Cheques a Pagar em Moeda Estrangeira Cheques Visados em Moeda Nacional 134.173 1.304 143.182 1.467 Cheques a Pagar em Moeda Nacional 128.670 1.251 129.290 1.324 1.393.546 13.548 1.050.150 10.758 38.114 371 - - 3.347.318 32.542 3.383.977 34.665 Outras Operações Pendentes de Liquidação Compensação com EMIS e VISA Operações de Clientes Pendentes de Liquidação Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Cheques a pagar em moeda nacional” e “Cheques visados em moeda nacional” correspondem aos valores de cheques apresentados para compensação por outros Bancos comerciais residentes, respeitantes a Clientes do BAI e ao valor de cheques cuja cobertura está garantida pelo Banco por cativo da conta dos respectivos Clientes, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Compensação com a EMIS e VISA” incluía montantes pendentes de liquidação por parte do Banco, associados a utilizações de cartões electrónicos. 14. Operações Cambiais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Recursos Vinculados a Operações Cambiais Recursos em Moeda Outros Recursos 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 346.227 3.366 1.381.804 2.511 24 2.968 14.156 30 348.738 3.390 1.384.772 14.186 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Recursos em moeda” diz respeito a valores cativos de depósitos de Clientes em moeda estrangeira, associados a créditos documentários à importação e emissão de ordens de pagamento em moeda estrangeira. 125 15. Dívida Subordinada Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Dívida Subordinada Empréstimo - - 488.093 5.000 Juros a Pagar - - 16.300 167 - - 504.393 5.167 Em 31 Dezembro de 2013 o saldo da rubrica “Dívida subordinada” corresponde ao valor em dívida da emissão ao par de 50.000 obrigações, com valor nominal unitário de 1.000 USD, efectuada em Fevereiro de 2008 e cujo reembolso ocorreu em 2014. 16. Adiantamentos de Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: Cartões pré-Pagos BAI Kamba Outros 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD 5.790.034 56.289 77.978 758 5.868.012 57.047 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 2.770.133 28.377 345.272 3.537 3.115.405 31.914 O produto BAI Kamba é um cartão pré-pago personalizado da rede VISA emitido pelo Banco, através do qual o Cliente efectua pagamentos e levantamentos no país e no estrangeiro, sem necessidade de recorrer a crédito. 126 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 17. Outras Obrigações Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Dividendos a Pagar 1.112.660 10.817 635.680 6.512 Encargos Fiscais a Pagar - Retidos de Terceiros 293.256 2.851 269.205 2.758 Recursos de Garantias Realizadas - Dações em Pagamentos 192.292 1.869 184.195 1.887 61.737 600 81.342 833 Encargos Fiscais a Pagar Aquisições de Obrigações do Tesouro - - 67.372 690 57.654 560 48.039 492 568.150 5.523 24.682 253 9.153 89 5.888 60 - - - - 812.574 7.900 2.514.002 25.751 - - 888.203 9.099 37.451 364 - - Compensação de Reforma (Nota 24) 614.953 5.979 598.782 6.134 Fundos para Falhas 121.589 1.182 95.235 976 Sobras de Caixa 39.622 385 14.762 151 Impostos sobre o Rendimento do Trabalho Dependente Credores por Aquisição de Bens e Direitos Credores pela Prestação de Serviço Distribuição de Fundo de Apoio Micro-Finanças Credores Diversos Operações Pendentes de Liquidação Contribuições a Liquidar ao Fundo de Pensões BAI 6% (Nota 24) Contribuições a Liquidar ao Fundo de Pensões Colaboradores 3% (Nota 24) Gestor de Rede e-Kwanza 100.550 978 Outros 433.800 4.218 240.586 2.465 745.447 7.247 627.064 6.424 Salários e Outras Remunerações Prémio de Produtividade (Nota 24) Salário e Subsídio de Férias Fundo Social 543.117 5.280 335.707 3.439 1.700.342 16.530 1.700.342 17.418 35.796 348 31.167 319 15.198 148 12.855 132 Contribuições para a Segurança Social Entidade Patronal Empregados Outros Custos Administrativos - - 548.602 5.623 7.495.341 72.868 8.923.710 91.416 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica de “Compensação de reforma”, nos montantes de mAKZ 614.953 (mUSD 5.979) e mAKZ 598.782 (mUSD 6.134), respectivamente, corresponde à provisão constituída pelo Banco para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” (Nota 2 j), conforme disposto no Artigo nº 262 da Lei Geral do Trabalho. Nos termos da legislação em vigor, as responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base, praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor das responsabilidades é determinado numa base mensal. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de “Salários e outras remunerações” inclui o montante de mAKZ 543.117 (mUSD 5.280) e mAKZ 335.707 (mUSD 3.439), respectivamente, relativo ao subsídio de férias a pagar em 2015, de acordo com o disposto na política contabilística (Nota 2 j). A referida rubrica inclui igualmente o montante de mAKZ 745.447 (mUSD 7.247) e mAKZ 627.064 (mUSD 6.424), respectivamente, relativo ao prémio de produtividade a ser distribuído aos colaboradores do Banco (Nota 24). A rubrica “Fundo Social”, no montante de mAKZ 1.700.342 (mUSD 16.530), corresponde ao valor do Fundo Social a 31 de Dezembro de 2014 cuja alocação ainda não foi efectuada no âmbito de seu regulamento. Em 31 de Dezembro de 2014 a Rubrica “Dividendos a pagar” corresponde aos dividendos distribuídos dos exercícios de 2013 e 2012. 127 18. Provisões Sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis O movimento ocorrido nas provisões durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 7) Provisões para Responsabilidades Prováveis Provisões para Imparidade Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 8) Saldos em 31 Dez. 2013 Reforços Reposições e Anulações Utilizações Saldos em Regularizações Transferências 31 Dez. 2014 38.960.103 73.714.503 (55.383.983) (17.237.204) 1.289.969 (363.863) 40.979.525 5.252.951 5.446.197 (1.424 877) (435.430) (48.737) 363.863 9.153.967 1.520.051 - - (497.806) (10.000) - 1.032.245 45.733.105 79.160.700 (56.808.860) (18.170.440) 1.231.232 - 51.165.738 Regularizações Transferências Saldos em 31 Dez. 13 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Saldo em 31 Dez. 2012 Reposições e Anulações Reforços Utilizações Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (Nota 7) 27.583.618 120.024.809 (98.091.726) (11.924.238) 1.031.665 335.975 38.960.103 Provisões para Responsabilidades Prováveis 4.039.283 1.378.755 - - 589 576 -754 663 5.252.951 Provisões para Imóveis Recebidos em dação (Nota 8) 626.358 - - (626 358) - - - - - 1.101.363 418.688 1.520.051 32.249.259 121.403.564 (98.091.726) (11.924.238) 1.031.665 - 45.733.105 Provisões para Imparidade Imóveis a Alienar a Colaboradores (Nota 8) - A utilização no montante de mAKZ 497.806 registada em 31 de Dezembro de 2014 na rubrica “Provisões para imparidade em imóveis a alienar a colaboradores”, corresponde à utilização da provisão, no âmbito das alienações efectuadas ao longo do ano, conforme descrito na Nota 2 k). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” decompõe-se da seguinte forma: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ 3.572.618 34.731 Papel Comercial (ESI) 2.679.145 26.046 - - Fraudes 1.019.275 9.909 1.019.275 10.441 Obrigações 2.601.279 Milhares de USD Juros a Receber de Crédito 26.647 751.091 7.302 - - Empresas Associadas 406.053 3.948 406.053 4.160 Cheques a Cobrar 270.355 2.628 270.355 2.770 Operações Activas a Regularizar 50.234 488 176.572 1.809 Provisões para Imobilizações em Curso 175.709 1.708 401.693 4.115 77.930 758 293.022 3.002 1.503 15 1.503 15 Risco de Crédito em Aplicações Colaterizadas Falhas de Caixa Outros 150.054 1.459 83.199 851 9.153.967 88.992 5.252.951 53.810 O montante de mAKZ 2.679.145 (mUSD 26.040) corresponde ao provisionamento em 100% da exposição, de uma emissão de papel comercial cujo emitente é a Espírito Santo Internacional S.A. (“ESI”), tendo em consideração as indefinições sobre a expectativa de reembolso/regularização. 128 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 19. Fundos Próprios Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o capital social do Banco corresponde a mAKZ 14.786.705, equivalente a mUSD 143.751, integralmente subscrito e realizado em dinheiro e encontra-se dividido em 19.450.000 acções, com o valor nominal em Kwanzas, equivalente a USD 10 cada. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o capital do Banco apresenta a seguinte estrutura accionista: Accionistas Nº Acções Sonangol – Sociedade Nacional de Combustíveis, UEE Oberman Finance Corp Milhares de AKZ Milhares de USD % Participação 1.653.250 1.256.870 16.533 8,50% 972.500 739.335 9.725 5,00% Dabas Management Limited 972.500 739.335 9.725 5,00% Mário Abílio R. M. Palhares 972.500 739.335 9.725 5,00% Theodore Jameson Giletti 972.500 739.335 9.725 5,00% Lobina Anstalt 972.500 739.335 9.725 5,00% Coromasi Participações Lda. 923.875 702.368 9.239 4,75% Mário Alberto dos Santos Barber 752.715 572.245 7.527 3,87% 11.257.660 8.558.547 112.576 57,88% 19.450.000 14.786.705 194.500 100% Outros Partes de capitais detidas por membros dos órgãos sociais (alínea nº 3, do artigo nº 446 Lei 1/04, de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais): Accionistas Cargo Aquisição Nº Acções % Participação Theodore Giletti Administrador Nominal 972.500 5,00% Mário Alberto dos Santos Barber Administrador Nominal 752.715 3,87% Luís Lélis Administrador Nominal 583.500 3,00% Paula Gray Vice-Presidente do Conselho de Admnistração Nominal 486.250 2,50% Francisco de Lemos Vice-Presidente do Conselho de Admnistração Nominal 194.500 1,00% Helder Aguiar Administrador Nominal 97.250 0,50% Inokcelina dos Santos Administrador Nominal 97.250 0,50% Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o lucro e dividendo por acção apresentam-se conforme se segue: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Resultado Líquido do Exercício 12.848.873 124.912 12.081.900 126.802 N.º de Acções (em unidades) 19.450.000 19.450.000 19.450.000 19.450.000 Resultado Líquido por Acção 0,66 0,006 0,62 0,006 3.854.662 37.474 3.624.570 38.041 0,20 0,002 0,19 0,002 Dividendos Dividendos por Acção Acções Próprias O Banco pode, nos termos e condições que a lei permite, adquirir acções próprias e realizar sobre elas todas as operações legalmente autorizadas. 129 Reserva Legal Nos termos da legislação vigente, o Banco constituiu um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para tal, o Banco transferiu anualmente para esta reserva o correspondente a 20% do resultado líquido de exercícios anteriores. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas. Fundo Social Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas o BAI constituiu no exercício de 2007 um Fundo Social para apoio aos seus colaboradores, tendo este Fundo vindo a ser dotado anualmente através da aplicação de resultados. Até 31 de Dezembro de 2013 o Fundo Social, no montante de mAKZ 2.801.705 (mUSD 29.058), encontrava-se registado nos fundos próprios do Banco, tendo durante o exercício de 2013 sido reclassificado para a rubricas de passivo “Outras obrigações (Nota 17)” e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8) nos montantes de mAKZ 1.700.342 (mUSD 16.530) e mAKZ 1.101.363 (mUSD 10.707), respectivamente (Nota 2). Resultados Potenciais Correspondem a reservas de reavaliação de imobilizado pendente de liquidação, mas de realização provável ao abrigo do disposto no Decreto-Lei nº 6/96, de 26 de Janeiro, de modo a reflectir o efeito da desvalorização da moeda nacional. Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios O saldo da rubrica “Reserva de actualização monetária dos fundos próprios” corresponde a actualizações do capital social, nos termos da legislação em vigor, realizadas em períodos anteriores. 20. Balanços Por Moeda de 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 Dezembro de 2013 os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura (ver página ao lado): 130 Activo Disponibilidades Aplicações de Liquidez Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda Títulos e Valores Mobiliários Mantidos para Negociação Mantidos até o Vencimento Créditos no Sistema de Pagamentos Operações Cambiais Créditos Créditos Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa Outros Valores Imobilizações Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Total do Activo Passivo e Fundos Próprios Depósitos Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Captações para Liquidez Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Obrigações no Sistema de Pagamentos Operações Cambiais Dívidas Subordinadas Adiantamentos de Clientes Outras Obrigações Provisões para Responsabilidades Prováveis Total do Passivo Capital social Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios Reservas e Fundos Resultados Potenciais Acções Próprias em Tesouraria Resultado do Período Total dos Fundos Próprios Total do Passivo e dos Fundos Próprios 33.291.860 94.084.365 3.474.521 98.159.509 335.001 246.601.970 (29.497.101) 19.113.083 15.596.308 41.776.224 4.687.181 625.184.737 354.712.735 170.341.782 3.387.421 5.868.012 7.537.236 9.170.354 551.017.540 14.786.705 28.669 85.366.496 670.985 (47.260) 12.848.873 113.654.468 664.672.008 4 4 5 5 6 7 7 8 9 10 10 11 11 12 13 14 15 16 17 18 19 19 19 19 19 19 97.561.816 Moeda Nacional 3 Notas 5.716 5.716 5.716 55.843.663 - 55.843.663 - - - - AKZ Indexado a ME 31 Dez. 2014 10.287.418 (40.103) 348.738 (41.895) (16.387) 436.394.126 436.394.126 282.237.210 143.619.145 4.158.494 420.043.450 159.838.126 (11.482.423) 1.949.652 74.675.262 52.129 - - 89.361.517 101.490.693 Moeda Estrangeira 10.287.418 3.347.318 348.738 5.868.012 7.495.341 9.153.967 987.417.382 14.786.705 28.669 85.366.496 670.985 (47.260) 12.848.873 113.654.468 1.101.071.850 636.949.945 313.966.643 19.754.802 41.776.224 4.687.181 1.101.071.850 406.440.096 (40.979.524) 21.062.735 3.474.521 228.678.434 387.130 - 94.084.365 122.653.377 199.052.509 Valor de Balanço 3.067.613 3.115.405 5.822.121 5.187.504 445.950.474 14.786.705 28.669 76.909.166 670.807 (47.260) 12.081.900 104.429.987 550.380.461 281.194.046 147.563.785 16.674.789 36.177.285 5.114.656 533.650.219 159.678.566 (26.849.249) 22.025.783 102.143.835 600.000 - 68.791.235 65.140.440 84.152.879 Moeda Nacional 3.087.720 3.087.720 3.087.720 34.002.592 - 34.002.592 - - - - AKZ Indexado a ME 31 Dez. 2013 9.761.851 316.364 1.384.772 504.393 3.101.589 65.447 486.224.857 486.224.857 236.093.889 234.996.552 472.040.227 124.989.363 (12.110.854) 1.511.618 63.754.066 23.632 404 - 188.715.701 105.156.297 Moeda Estrangeira 9.761.851 3.383.977 1.384.772 504.393 3.115.405 8.923.710 5.252.951 935.263.051 14.786.705 28.669 76.909.166 670.807 (47.260) 12.081.900 104.429.987 1.039.693.038 517.287.935 385.648.057 16.674.789 36.177.285 5.114.656 1.039.693.038 284.667.929 (38.960.103) 23.537.401 199.900.493 623.632 404 68.791.235 253.856.141 189.309.176 Valor de Balanço 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 131 21. Margem Financeira Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos De Aplicações de Liquidez 7.847.548 76.291 9.187.627 94.118 186.187 1.810 - - - - 31.612 324 2.596.450 25.242 1.104.124 11.311 25.705 250 183.069 1.875 Indexadas à Taxa de Câmbio do Dólar dos Estados Unidos 5.687.663 55.294 6.055.974 62.037 Não Reajustáveis 3.464.297 33.679 1.139.437 11.672 2.131.845 20.725 2.159.985 22.127 494.292 4.805 - - 14.586.439 141.805 10.674 201 109.346 - - 17.925 184 De Títulos e Valores Mobiliários: Mantidos para Negociação: Outras Obrigações em Moeda Estrangeira Mantidos até ao Vencimento: Bilhetes do Tesouro Títulos do Banco Central Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira Outras Obrigações em Moeda Estrangeira De Instrumentos Financeiros Derivados De Crédito Concedido: Empréstimos 23.169.234 225.244 21.847.295 223.803 Créditos em Conta Corrente 2.902.887 28.221 4.340.140 44.460 Outros 1.922.453 18.689 2.012.400 20.615 27.994.574 272.154 28.199.835 288.878 50.428.561 490.250 48.079.588 492.526 (5.776.045) (56.153) (2.812.307) (28.809) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos De Depósitos a Prazo de Clientes: Moeda Nacional Moeda Estrangeira (7.141.416) (69.426) (10.535.776) (107.928) (12.917.461) (125.579) (13.348.083) (136.737) (494.987) (4.812) (525.470) (5.383) (11) - - - De Operações do Mercado Monetário Interbancário: De Tomadas no Mercado Monetário Interfinanceiro De Captações com Títulos e Valores Mobiliários De Dívida Subordinada (2.071) (20) (28.813) (295) (497.069) (4.832) (554.283) (5.678) (13.414.530) (130.411) (13.902.366) (142.415) 37.014.031 359.839 34.177.222 350.111 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De aplicações de liquidez” inclui os montantes de mAKZ 3.414.706 (mUSD 33.197) e mAKZ 3.020.085 (mUSD 31.516), respectivamente, relativos a juros de operações de compra de títulos de terceiros com acordo de recompra contratadas com o BNA, as quais gozam de isenção fiscal. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De títulos e valores mobiliários” inclui os montantes de mAKZ 13.880.255 (mUSD 134.939) e mAKZ 10.184.668 (mUSD 104.331), respectivamente, relativos a juros de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado Angolano, os quais gozam de isenção fiscal. No exercício findo de 2014 e 2013 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – De crédito concedido” inclui os montantes de mAKZ 705.221 (mUSD 6.856) e de mAKZ 384.270 (mUSD 3.936), relativos a rendimentos de operações de crédito com o Ministério das Finanças cujos contratos incluem uma cláusula de isenção de tributação sobre os juros recebidos. 132 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 22. Resultados em Operações Cambiais Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD Lucros em operações cambiais Reavaliação da Posição Cambial à Vista Reavaliação de Activos e Passivos Compra e Venda de Moeda Estrangeira Prejuízos em operações cambiais Reavaliação da Posição Cambial à Vista Reavaliação de Activos e Passivos Compra e Venda de Moeda Estrangeira 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 972.783.868 57.682.645 12.564.398 1.043.030.911 9.457.082 560.772 122.147 10.140.001 843.182.361 38.048.696 12.589.296 893.820.353 8.637.526 389.769 128.965 9.156.260 (971.018.695) (59.314.710) (1.491.530) (1.031.824 935) 11.205.976 (9.439.922) (576.638) (14.500) (10.031.060) 108.941 (841.975.716) (38.154.386) (2.098.785) (882.228.887) 11.591.466 (8.625.165) (390.852) (21.500) (9.037.517) 118.743 23. Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Proveitos por Prestação de Serviços Financeiros Comissões Recebidas: Por Serviços Bancários Prestados Por Operações Cambiais Por Garantias Prestadas Outras Comissões Recebidas Outros Lucros em Serviços Financeiros 7.854.633 76.360 6.544.590 67.043 2.182.561 21.218 4.627.610 47.405 50.792 494 59.525 610 225.857 2.196 82.697 847 484.197 4.707 330.877 3.389 10.798.040 104.975 11.645.299 119.294 Por Serviços Bancários Prestados (511.580) (4 973) (525.229) (5.380) Por Responsabilidades ou Compromissos Eventuais (179.709) (1 747) (291.345) (2.985) (5.868) (57) (3.217) (33) Custos de Prestações de Serviços Financeiros Comissões Pagas: Por Outros Serviços Prestados Outras Comissões Pagas Outros Prejuízos em Serviços Financeiros (27.738) (270) (34.938) (358) (834.713) (8.115) (445.996) (4.569) (1.559.608) (15.162) (1.300.725) (13.325) 9.238.432 89.813 10.344.574 105.969 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” corresponde essencialmente às comissões de arrecadação de impostos e a comissões de abertura de créditos. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Comissões recebidas - operações cambiais” corresponde às comissões cobradas pelo Banco nas operações de levantamento de numerário em moeda estrangeira nos balcões. A variação de mAKZ 2.445.049 (mUSD 23.770) é justificada pela redução do volume de importação de notas, limitações nos levantamentos de notas e redução de operações cambiais. 133 24. Custos com o Pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Milhares de USD 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Retribuição Remunerações dos Órgãos de Gestão e Fiscalização Remunerações dos Empregados Subsídios Remunerações dos Órgãos de Gestão e Fiscalização Remunerações dos Empregados Remunerações dos Empregados Contribuições para o Fundo de Pensões (Notas 17 e 32) Compensação de Reforma (Notas 17) Segurança Social e Pensões de Reforma Encargos Sociais Facultativos Remunerações dos Empregados Outras Remunerações Adicionais Remunerações dos Órgãos de Gestão e Fiscalização Prémio de Produtividade (Nota 17) Outros 240.023 5.247.254 5.487.277 2.333 51.012 53.345 186.563 4.704.527 4.891.090 1.911 48.193 50.104 11.944 2.270.245 2.282.189 116 22.071 22.187 4.864 2.230.245 2.235.109 50 22.847 22.897 16.171 385.160 401.331 157 3.746 3.903 186.348 96.547 345.726 628.621 1.909 989 3.543 6.441 443.790 4.314 178.494 1.828 17.007 996.483 129.923 1.143.413 9.758.000 165 9.687 1.263 11.115 94.864 31.981 747.298 168.290 947.569 8.880.883 328 7.655 1.722 9.705 90.975 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o número médio de trabalhadores do Banco foi de 2.000 e 1.870, respectivamente. O crescimento verificado em 2014 deveu-se essencialmente à abertura de novas agências e ao reforço de áreas técnicas dos serviços centrais do Banco, em conformidade com a estratégia de crescimento do Banco. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Retribuição – Remunerações dos empregados” inclui a remuneração base, subsídio de função e outros abonos. 134 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 25. Fornecimentos de Terceiros Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Serviços Especializados Serviços de Segurança e Vigilância Auditores e Consultores Serviços de Limpeza Encargos com Formação de Pessoal Serviços de Informática Judiciais, Contencioso e Notariado Avenças e Honorários Mão-de-Obra Eventual Outros Fornecimentos de Terceiros Material de Consumo Corrente Água e Energia Outros Rendas e Alugueres Comunicações Segurança, Conservação e Reparação Seguros Publicidade e Edição de Publicações Transportes, Deslocações e Estadas Quotizações Donativos e Gratificações 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 1.626.375 781.142 349.339 305.607 213.867 69.369 55.562 22.684 301.261 3.725.206 15.811 7.594 3.396 2.971 2.079 674 540 221 2.929 36.215 1.665.542 532.488 303.891 135.131 187.795 12.476 66.776 21.275 285.676 3.211.050 17.062 5.455 3.113 1.384 1.924 128 684 218 2.925 32.893 340.257 47.484 726.167 1.113.908 2.287.414 1.618.994 974.878 642.014 749.937 413.408 25.527 266.887 6.979.059 11.818.173 3.308 462 7.060 10.830 22.237 15.739 9.477 6.241 7.291 4.019 248 2.595 67.847 114.892 262.704 41.841 549.078 853.623 2.148.494 1.184.050 913.723 560.918 754.554 380.133 4.211 204.932 6.151.015 10.215.688 2.691 429 5.624 8.744 22.010 12.128 9.360 5.746 7.730 3.894 43 2.101 63.012 104.649 26. Impostos e Taxas Não Incidentes Sobre o Resultado Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Impostos Indirectos Imposto Sobre a Aplicação de Capitais Imposto Predial Imposto Sisa Impostos Aduaneiros Outros Impostos 1.011.393 9.831 94.705 969 166.649 - 1.620 21.641 222 - 77.042 789 11.243 109 3.884 40 15.083 147 7.033 72 1.204.368 11.707 204.305 2.092 Taxas Taxa de Fiscalização Taxa de Circulação Outras Taxas - - 39.822 408 1.820 18 3.049 31 36.404 355 114.079 1.170 38.224 373 156.950 1.609 1.242.592 12.080 361.255 3.701 135 27. Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo desta rubrica inclui os custos incorridos com penalidades aplicadas pelo Ministério das Finanças, referentes a imposto de selo em dívida do exercício de 2007 e penalizações aplicadas pelo Banco Nacional de Angola, referentes ao incumprimento das Reservas Obrigatórias e atraso no envio de reportes via sistema de supervisão das instituições financeiras (SSIF). 28. Resultado de Imobilizações Financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Resultado de Imobilizações Financeiras Participações em Coligadas e Equiparadas (2.678.000) Participações em Outras Sociedades (26.035) (1.542.848) (15.805) - - 65.866 675 (2.678.000) (26.035) (1.476.982) (15.130) Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o montante registado associado a resultados de participações financeiras tinha a seguinte composição: 31 Dez. 2014 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Imparidade em Participações em Coligadas e Equiparadas BAI Cabo Verde S.A. - Imparidade (Nota 9) BAI Micro Finanças S.A. - Imparidade (Nota 9) Outros (106.918) (1.040) (925.774) (9.484) (2.573.328) (25.017) (617.074) (6.321) 2.246 22 - - (2.678.000) (26.035) (1.542.848) (15.805) - - 65.866 675 - - 65.866 675 (2.678.000) (26.035) (1.476.982) (15.130) Participações em Outras Sociedades Dividendos Recebidos do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe 29. Outros Proveitos e Custos Operacionais Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Outros Proveitos Operacionais Pela Prestação de Outros Serviços 860.006 8.361 707.947 7.252 Pela Análise e Gestão de Crédito 374.548 3.641 432.047 4.426 91.135 886 35.995 369 Por Reembolso de Despesas Outros Outros Custos 0peracionais 136 53.094 513 137.028 1.402 1.378.783 13.401 1.313.017 13.449 (1.776) (17) (641.656) (6.573) 1.377.007 13.384 671.361 6.876 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS No período findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Outros proveitos operacionais – pela prestação de outros serviços” reflecte os proveitos obtidos durante o exercício com comissões de expedientes cobradas pelos diversos serviços prestados pelo Banco e com comissões cobradas pela emissão de cheques. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de “Outros proveitos operacionais – pela análise e gestão de crédito” refere-se a comissões recebidas pelo Banco na abertura de contratos de crédito. Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica de “Outros custos operacionais” inclui uma operação no montante de mAKZ 424.055 (mUSD 4.344) referente à anulação de juros de mora cobrados indevidamente pelo Banco em 2012, cuja restituição foi efectuada em Janeiro de 2013. 30. Resultado Não Operacional Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Proveitos ou Ganhos não Operacionais Ganhos na Alienação de Imobilizações Ganhos na Alienação de Participações Financeiras 34.509 335 264.624 2.711 - - 23.071 236 1.355.331 13 176 2.025.319 20.747 710.353 6.906 - - 89 1 116.242 1.191 Ganhos de Exercícios Anteriores Juros abatidos ao Activo em Exercícios anteriores (Nota 2. c).) Capital Abatido ao Activo em Exercícios anteriores (Nota 2. c).) Comissões Outros Outros Ganhos Extraordinários 12.145 118 - - 2.112.427 20.536 2.429.256 24.885 631.025 6.135 993.511 10.177 2.743.452 26.671 3.422.767 35.062 (30.268) (294) - - Juros (857.184) (8.333) (817.524) (8.375) Outros (141.525) (1.376) (199.204) (2.039) Custos ou Perdas não Operacionais Perdas na Alienação de Imobilizações Perdas de Exercícios Anteriores Outras Perdas Extraordinárias (1.028.977) (10.003) (1.016.728) (10.414) (2.649.494) (25.758) (1.944.499) (19.920) (3.678.471) (35.761) (2.961.227) (30.334) (935.019) (9.090) 461.540 4.728 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de “Proveitos ou ganhos não operacionais” é essencialmente composto pela remuneração de prestações acessórias de capital EMIS, recebimento de juros do contrato de suprimentos de capital BAI Center e pelo recebimento de capital e juros abatidos ao activo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica “Custos ou perdas não operacionais – juros” é composto pela anulação de juros de créditos vencidos a mais de 60 dias, de acordo com o disposto no Artigo 17º do Aviso nº 3/2012 do BNA. 137 Em 31 de Dezembro de 2014 o saldo da rubrica “Outras perdas extraordinárias” apresenta o seguinte detalhe: Perdão de Juros de Mora 31 Dez. 14 31 Dez. 2013 Milhares de AKZ Milhares de USD 969.401 Perdas em Dações Recebidas Regularização de Saldos Contabilísticos de Exercícios Anteriores Perdão de Juros de Cartões 9.424 900.088 8.750 415.721 4.042 364.284 3.541 2.649.494 25.758 31. Encargos Sobre o Resultado Corrente O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial nos termos da lei fiscal vigente em Angola, conforme descrito na Nota 2 alínea l). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável apresenta-se da seguinte forma: 31 Dez. 14 Milhares de AKZ Resultado Antes do Imposto e Outros Encargos Diferenças Temporárias Dedutíveis Donativos Excedentes (artigo nº 39) Multas Fiscais Despesas Não Especificadas (artigo nº 49) Imposto Sobre a Aplicação de Capitais (IAC) Total a Acrescer 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 12.049.526 117.142 10.505.751 107.620 5.029.742 48.897 184.954 1.895 169.056 1.644 110.621 1.133 80.798 785 - - 505.809 4.917 146.281 1.498 915.807 8.902 60.032 615 6.701.212 65.147 501.888 5.141 (17.173.668) (166.957) (13.660.098) (139.933) Benefícios Fiscais: Rendimentos de Dívida Pública Rendimentos de Operações de Crédito Total a Deduzir (705.221) (6.856) (384.270) (3.936) (17.878.889) (173.813) (14.044.368) (143.869) (Prejuízo Fiscal) / Lucro Tributável 871.849 8.476 (3.036.729) (31.108) Taxa Nominal de Imposto 30,00% 30,00% 35,00% 35,00% 0 0 0 Impostos Diferidos Activos (Nota 8) Imposto Corrente (799.347) (7.771) (1.576.248) (16.147) Imposto Sobre o Resultado (799.347) (7.771) (1.576.248) (16.147) Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os rendimentos de operações de crédito com a Administração Central dizem respeito a financiamentos cujos juros estão contratualmente isentos de tributação em sede de Imposto Industrial. No exercício findo em 31 Dezembro de 2014 o Banco apurou matéria colectável, o que conduziu a um consumo de impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais reportáveis do exercício de 2013. Paralelamente, e com base no pressuposto da existência de matéria colectável futura e tendo por base a legislação fiscal em vigor (Nota 2, alínea m), foi contabilizado um montante líquido de impostos diferidos activos no montante de mAKZ 799.347 (mUSD 7.771), na rubrica de balanço “Impostos diferidos activos” (Nota 8), por contrapartida da rubrica de resultados “Impostos diferidos” decorrentes da existência de diferenças temporárias relativas a provisões. 138 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O movimento dos impostos diferidos entre 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte: Milhares de AKZ Saldos em 31 Dez. 2013 Reforços Utilizações Reversões Outros Saldos em 31 Dez. 2014 Impostos Diferidos Activos Provisões Diferenças Temporários Dedutíveis 2011 520.061 - - (74.294) 445.767 Diferenças Temporários Dedutíveis 2012 Diferenças Temporários Dedutíveis 2013 1.240.063 - (333.463) (177.152) 729.448 1.711 918.870 (22.862) (244) 897.475 Diferenças Temporários Dedutíveis 2014 - 1.356.403 - - 1.356.403 Prejuízos Fiscais Reportáveis Exercício de 2013 1.062.855 - (716.073) (151.838) 194.944 2.824.690 2.275.273 (1.072.398) (403.528) 3.624.037 O aumento dos “Impostos diferidos activos – por diferenças temporárias” no montante líquido de mAKZ 799.347, inclui o registo de impostos diferidos sobre provisões contabilizadas nos exercícios de 2011, 2012, 2013 e 2014, as quais serão custo fiscal em exercícios futuros, no momento da sua utilização ou reposição, bem como o custo com o consumo de parte dos prejuízos fiscais reportáveis do exercício de 2013. Na coluna com a designação “Outros” encontra-se identificado o impacto nos activos por impostos diferidos do Banco, resultantes da diminuição da taxa de Imposto Industrial de 35% (em 2013) para 30% (em 2014). A reconciliação entre o imposto sobre o resultado do exercício e o imposto a pagar/recuperar verificada em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como se segue: Imposto a Pagar / Recuperar no Início do Exercício Pagamentos por Conta Efectuados no Exercício Utilização de Impostos Diferidos Activos Imposto Corrente do Exercício IAC Repos / Imposto Lei 7/97 Imposto a Pagar / Recuperar no Fim do Exercício (Nota 8) 31 Dez. 14 Milhares de AKZ Milhares de USD 616.611 5.994 31 Dez. 13 Milhares de AKZ Milhares de USD 666.313 6.826 880.803 8.563 - - - - (49.702) (509) - - - - 3.605 35 - - 1.501.019 14.592 616.611 6.317 139 32. Extrapatrimoniais Estas rubricas têm a seguinte composição: 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD Garantias e Outros Passivos Eventuais Créditos Documentários Abertos 11.121.928 108.124 9.304.967 95.320 11.484.472 111.648 10.392.975 106.465 144.873 1.408 137.486 1.408 Custódia de Títulos 7.734.852 75.196 22.458.045 230.059 Custódia de Valores BNA 2.289.144 22.254 - - Bilhetes do Tesouro (199.358) (1.938) - - 4.595.605 44.677 801.581 8.211 Garantias e Avales Prestados Compromissos Assumidos Perante Terceiros Responsabilidades por Prestação de Serviços Cobrança de Valores Crédito Concedido por Terceiros Aplicações Colaterizadas no BAI Europa 944.151 9.179 2.234.582 22.891 533.994 5.191 892.539 9.143 3.216.704 31.272 1.272.219 13.033 (3.214.054) (31.246) (1.269.041) (13.000) Empréstimos 51.173.183 497.489 25.827.867 264.580 Contas Correntes Caucionadas 9.264.601 90.067 10.060.749 103.062 Adiantamento a Depósitantes 3.619.878 35.191 3.841.723 39.354 Aplicações Colaterizadas no BAI Cabo Verde Operações Cambiais Vendas de Moeda Estrangeira a Líquidar Compras de Moeda Estrangeira a Líquidar Crédito Abatido ao Activo As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco, estando relacionadas com garantias prestadas para suporte de operações de importação e para execução de contratos por parte de Clientes do Banco. As garantias prestadas e os compromissos assumidos representam valores que podem ser exigíveis no futuro. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7). Os créditos documentários abertos são compromissos irrevogáveis, assumidos pelo Banco, por conta dos seus Clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7). Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do Cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem terem sido utilizados, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 existiam ainda as seguintes responsabilidades assumidas e contratadas (não reflectidas no balanço): 31 Dez. 2014 Milhares de AKZ Limites de Contas Correntes Caucionadas Não Utilizadas pelos Clientes Outros Compromissos Irrevogáveis - FIPA Obras em Edificios Arrendados Contratualizadas 140 31 Dez. 2013 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 6.240.211 60.665 2.759.366 28.267 145.089 1.411 389.996 3.995 - - 110.598 1.133 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 33. Pensões de Reforma e de Sobrevivência O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI” (ver alínea k) da Nota 2). Até 31 de Dezembro de 2009 o Banco tinha reconhecido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012 foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12, aprovado pelo Ministério da Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao Plano de Pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definidos para um plano de contribuição definida. No seguimento da referida alteração ao Fundo foi mantido o plano de pensões de benefícios definidos para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009. Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do Fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida. Entre 2010 e 2013 o Banco criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao Fundo. Até 31 de Dezembro de 2012 o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários, correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEG. Em 25 de Julho de 2014 o BAI passou a descontar mensalmente o valor correspondente a 3% do salário dos colaboradores que aderiram ao Fundo, considerando para o efeito os colaboradores com o vínculo laboral com o BAI à data de 31 de Dezembro de 2009 que transitaram automaticamente para o Plano de Pensões de Contribuição Definida, visto que o BAI constituiu uma reserva individual ao abrigo do anterior Plano de Benefício Definido. A gestão do “Fundo de Pensões BAI” foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A. com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013. Com base na nova configuração dos planos do Fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do Fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2014 em 114,48%, (31 de Dezembro de 2013: 98,85%). 141 34. Entidades Relacionadas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas são os seguintes: 31 Dez. 14 Valores expressos em milhares Kwanzas - mAKZ Accionistas Membros dos Órgãos Sociais 31 Dez. 13 Participações Financeiras Outras Entidades Total Total Activos Disponibilidades - - 3.235.052 - 3.235.052 855.135 Aplicações de Liquidez - - 48.220.310 - 48.220.310 52.027.897 10.845.085 - 118.063 39.739 11.002.886 14.767.727 - - 19.754.801 - 19.754.801 16.674.789 107.383 110.754 - 38.108.554 38.326.691 53.171.788 936.510 112.853 - 31.788.171 32.837.533 63.551 - - 11.383.922 11.447.472 (892.677) (2.098) - (5.063.539) (5.958.314) 10.952.468 110.754 71.328.225 38.148.293 120.539.740 137.497.336 Depósitos à Ordem 4.253.361 1.788.936 6.089.704 70.623.057 82.755.058 74.862.486 Depósitos a Prazo 1.569.594 696.663 2.290.297 9.735.388 14.291.941 17.365.468 Títulos e Valores Mobiliários Imobilizações Financeiras Créditos Créditos Crédito e Juros Vencidos Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa Passivos Captações de Liquidez - - - 9.761.851 9.761.851 9.761.851 Operações Cambiais 23 19 - 25.403 25.445 25.445 Dívida Subordinada - - - - - 488.093 2.258 3.210 - 3.501 8.969 6.527 125 - - - 125 125 5.825.362 2.488.828 8.380.001 90.149.199 106.843.390 102.509.995 742.028 20.103 - 14.717.430 15.479.561 10.339.036 - - 934.047 7.998.099 8.932.146 7.200.438 - - 1.783.794 - 1.783.794 3.127.121 Adiantamento de Clientes Outras Obrigações Garantias Recebidas Crédito Abatido ao Activo Colaterais em Operações de Crédito 142 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 Dez. 14 31 Dez.1 3 Membros dos Participações Accionistas Órgãos Sociais Financeiras Valores expressos em milhares de dólares do Estados Unidos - mUSD Outras Entidades Total Total Activos Disponibilidades Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Imobilizações Financeiras Créditos Créditos - - 31.450 - 31.450 8.760 - - 105.432 - 468.782 - 468.782 532.972 1.148 386 106.966 151.280 - - 192.050 - 192.050 170.816 1.044 1.077 - 370.479 372.600 544.690 544.690 9.104 1.097 - 309.034 319.235 (8.678) (20) - (49 226) (57 924) 106.476 1.077 693.430 370.865 1.171.848 1.318.616 Depósitos à Ordem 41.350 17.391 59.202 686.574 804.517 766.889 Depósitos a Prazo Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa Passivos 15.259 6.773 22.266 94.644 138.942 177.891 Captações de Liquidez - - - 94.901 94.901 100.000 Operações Cambiais - - - 247 247 260 Dívida Subordinada - - - - - 5.000 22 31 - 34 87 67 1 - - - 1 1 56.632 24.195 81.468 876.400 1.038.695 1.050.108 7.214 195 - 143.078 150.487 105.912 - - 9.080 77.755 86.835 73.761 - - 17.341 - 17.341 32.034 Adiantamento de Clientes Outras Obrigações Garantias Recebidas Crédito Abatido ao Activo Colaterais em Operações de Crédito Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de disponibilidades com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 3): 31 Dez. 14 Disponibilidades Banco BAI Europa BAI Cabo Verde Milhares de AKZ 31 Dez. 13 Milhares de USD Milhares de AKZ Milhares de USD 3.210.859 31.215 600.934 6.156 24.193 235 254.201 2.604 3.235.052 31.450 855.135 8.760 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo do Banco em aplicações de liquidez com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 4): Aplicações de Liquidez Banco BAI Europa Banco BAI Micro Finanças BAI Cabo Verde 31 Dez. 14 Milhares de AKZ Milhares de USD 31 Dez. 13 Milhares de AKZ Milhares de USD 42.254.467 410.784 43.522.253 445.840 674.456 6.557 3.200.589 32.787 5.291.387 51.441 5.305.055 54.345 48.220.310 468.782 52.027.897 532.972 143 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de créditos com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 7): Créditos 31 Dez. 14 Milhares de AKZ Milhares de USD Accionistas 107.383 Membros dos Órgãos Sociais Outras Entidades 31 Dez. 13 Milhares de AKZ Milhares de USD 1.044 6.255.810 64.084 110.754 1.076 946.282 9.694 38.108.554 370.480 45.969.696 470.912 38.326.691 372.600 53.171.788 544.690 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo de depósitos (à ordem e a prazo) com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 11): Depósitos 31 Dez. 14 Milhares de AKZ Milhares de USD Accionistas 31 Dez. 13 Milhares de AKZ Milhares de USD 5.822.955 56.609 11.667.473 119.521 Empresas Participadas 8.380.001 81.468 4.158.257 42.597 Membros dos Órgãos Sociais 2.485.599 24.164 1.828.867 18.735 80.358.444 781.218 74.573.357 763.927 97.046.999 943.459 92.227.954 944.780 Outras Entidades 35. Outras Divulgações De acordo com o Aviso nº 15/07 de 12 de Setembro, do BNA, que remete para a obrigatoriedade de publicação associada a elementos constituintes do Balanço e Demonstração de Resultados, as seguintes explicações às rubricas abaixo encontram-se mencionadas no presente Anexo em: i) Resumo dos principais critérios contabilísticos – encontra-se detalhado na Nota 2; ii) O Banco não procedeu ao longo do exercício de 2014 à reavaliação dos imóveis de uso próprio; iii) Os investimentos relevantes em outras sociedades encontram-se detalhados na Nota 9; iv) Não foram efectuadas vendas de bens a prazo pelo Banco; v) O detalhe das garantias prestadas e outras responsabilidades encontra-se detalhado na Nota 31; vi) O capital social encontra-se detalhado na Demonstração de Mutações de Fundos Próprios, e na Nota 19, onde se inclui igualmente o detalhe do cálculo de dividendos por acção; vii) Não existiram alterações a critérios contabilísticos a considerar entre o exercício de 2013 e 2014; viii) Os créditos transferidos para prejuízo, renegociados e recuperados no período, encontram-se descritos na Nota 7; ix) O detalhe das sucursais e participações no exterior, bem como os resultados de avaliação de imparidade, total de lucros e suprimentos, encontram-se detalhados na Nota 2) e Nota 9; x) O Banco não possui acções com opção de compra outorgadas e/ou exercidas no período; xi) Foram efectuados os desdobramentos das principais rubricas cujo saldo seja superior a 10% do valor do respectivo grupo ou classe; xii) Não é do nosso conhecimento a existência de eventos subsequentes adicionais aos reportados na Nota 36, que tenham ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre o resultado do período e/ou resultados futuros do Banco; xiii) A informação referente a créditos fiscais encontra-se detalhada na Nota 8; xiv) As informações referentes a títulos encontram-se descritas na Nota 5. 144 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 36. Eventos Subsequentes Transição para as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS) Impacto da Conversão nas Contas do BAI As Demonstrações Financeiras do BAI foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos pelo Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do BNA, e actualizações subsequentes, nomeadamente a Directiva nº 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards) em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se encontrem estabelecidos no CONTIF. No âmbito do processo de adopção das IFRS por parte das instituições financeiras em Angola, na sequência das orientações do BNA, e considerando os timings definidos para a realização do processo de conversão, o BAI encontra-se actualmente a iniciar o seu processo de conversão, não tendo ainda avaliado, qualitativa e quantitativamente, os efeitos das eventuais diferenças de alteração de normativo contabilístico. As entidades de supervisão e o International Accounting Standards Board (IASB) continuam a desenvolver normas que podem afectar as diferenças entre o CONTIF e as IFRS descritas nesta nota, bem como em diferenças nas Demonstrações Financeiras futuras. Plano de Conversão para as IFRS A partir do início de 2015 o BAI inicia o seu plano de conversão com vista à preparação das suas Demonstrações Financeiras de acordo com as IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2016, ou seja com as primeiras demonstrações financeiras publicadas, de acordo com as IFRS, em 30 de Junho de 2016. O plano definido pelo BAI visa igualmente acolher todos os reportes intercalares solicitados pelo BNA no âmbito do processo de conversão. 145 F. Parecer do Auditor Externo 146 11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 147 G. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Senhores Accionistas, Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, designadamente da Lei 1/04 de 13 de Fevereiro (Lei das Sociedades Comerciais), submetemos à apreciação de V. Exas. o Relatório e Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório e Contas de 2014 bem como sobre a proposta de aplicação de resultados: 1. Durante o exercício, tivemos a oportunidade de acompanhar periodicamente a actividade do Banco através de informação contabilística e contactos quer com a Administração, quer com as diversas áreas, nomeadamente as de Contabilidade, Auditoria Interna e de Planeamento, Controlo e Risco. 2. No exercício das nossas funções e com a profundidade e extensão possíveis, procedemos indirectamente, através da informação contabilística consultada, à análise das operações do Banco, verificámos e examinámos, por amostragem, a regularidade dos documentos, registos e livros contabilísticos e apreciámos o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, incluindo o Balanço, a Demonstração de Resultados e as respectivas notas. 3. Nestes termos, tendo em conta o relatório dos Auditores Externos, concluímos o seguinte: (a) Que o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, estando de acordo com os registos contabilísticos, satisfazem as disposições legais e estatutárias; (b) Que o exercício de 2014 foi positivo, sendo de destacar o facto de o Banco ter alcançado um resultado líquido de AKZ 12.848.873.366,97 (Doze mil milhões oitocentos e quarenta e oito milhões oitocentos e setenta e três mil trezentos e sessenta e seis Kwanzas e noventa e sete cêntimos), observada a prática legalmente permitida e economicamente aconselhável, de constituir as adequadas provisões destinadas a contribuir para a estabilidade do seu património; (c) Que os critérios valorimétricos utilizados e as políticas seguidas são consistentes com os aplicados nos exercícios anteriores. 4. Considerando que os documentos referidos em (2) permitem no seu conjunto a compreensão da situação financeira e dos resultados financeiros do Banco, propomos: (a) A aprovação do Relatório de Gestão do Conselho de Administração e das Contas referentes ao exercício de 2014; (b) A aprovação da proposta de aplicação do resultado líquido do exercício de 2013, constante do Relatório do Conselho de Administração. 5.Finalmente, expressamos o nosso agradecimento ao Conselho de Administração e a todos os colaboradores do Banco com quem contactámos, pela valiosa colaboração prestada. Luanda, 24 de Março de 2015 O Conselho Fiscal Jaime de Carvalho Bastos Presidente Júlio Sampaio (Vogal) 148 Moisés António Joaquim (Vogal)