XXV ELO NACIONAL 2013 XXV ELO NACIONAL – 2013 Água: O mundo que queremos MENSAGEM DA DEN. O tema água se destaca entre as questões emergentes e determinantes para o futuro do nosso planeta. A preocupação com este recurso, que está ameaçado, levou as Nações Unidas a declarar que o período de 2005 à 2015 como Década Internacional “Água para a Vida”, e especificamente o ano de 2013 – Ano Internacional da Cooperação pela Água. Os Escoteiros do Brasil, assim como nossos irmãos escoteiros do mundo todo, também estão engajados na necessidade de conscientizar todos os segmentos da sociedade humana, começando pelas próprias comunidades, para preservar a água, combater a poluição e o desperdício, garantindo o acesso e a saúde de todos. O tema água já foi abordado em outros eventos nacionais, como os Mutirões de Ação Ecológica de 2005, quando nossos associados receberam a mensagem que: "temos, urgentemente, que realizar algo. Não podemos ficar alheios ao problema que se acentua ano a ano. Todos os Escoteiros devem compartilhar deste compromisso e, em seu local de atuação fazer alguma coisa". No MutEco deste ano os escoteiros também foram chamados a agir, e afirmou-se que "é hora de aproveitar nosso alcance para cumprir com nossa Promessa Escoteira e fazer o bem ao próximo, em especial na nossa comunidade local, que está “sedenta” da nossa participação". Assim, dentro do contexto do tema anual: Água - O mundo que queremos, o XXV Elo Nacional também propõe um conjuntos de atividades, destinadas especialmente aos Ramos Escoteiro e Sênior, que visam tornar a questão da água conhecida, com as várias questões que interferem no seu acesso e no tipo de futuro que estamos deixando para as próximas gerações. As sugestões de atividades podem ser usadas da maneira que melhor convier a cada organização local do Elo, dependendo das circunstâncias particulares. Evidentemente que os organizadores locais podem incluir outras atividades, e ajustar ou modificar as que aqui registramos. Queremos agradecer ao companheiro Paulo Eugênio Oliveira, coordenador do grupo de sustentabilidade, e a todos os membros da Rede Ambiental Escoteira, pela excelente ajuda oferecendo atividades para compor este documento. Também queremos agradecer ao companheiro Walter Dohme, que nos brindou com a sugestão de distintivo para o evento. Nosso muito obrigado! Desejamos a todos um excelente ELO, com atividades interessantes e bem fundamentas e, principalmente, que seja uma celebração à vida e à fraternidade escoteira. Sempre Alerta Diretoria Executiva Nacional OBJETIVO DO XV ELO NACIONAL Conscientizar os jovens sobre a importância da água no planeta, fazendo com que compreendam a relação da água com o ser humano, sua importância para consumo, alimentação, agricultura, saneamento, indústria, ecossistemas e como a atividade humana está causando a escassez de água em diferentes partes do mundo. ORIENTAÇÕES GERAIS MONTAGEM DO CAMPO: Como em todo acampamento escoteiro, este é o primeiro passo. É importante pensar em aspectos práticos, mas também sobre como decorar e criar a atmosfera certa. Para o ELO Nacional pode-se organizar o acampamento de forma de subcampos, sendo que uma quantidade “x” de Tropas forma um Subcampo. Como sugestão, os nomes dos subcampos podem ter o nome de grandes rios brasileiros, tais como: Rio Amazonas, Rio Paraná, Rio São Francisco, Rio Xingu, entre outros. Um dos conceitos-chave do ELO Nacional é a fraternidade. Por isso propomos que o campo do ELO Nacional seja montado em um layout que facilite mais encontros entre pessoas que normalmente não se conhecem ou não passam algum tempo juntos. CERIMÔNIA DE ABERTURA: A cerimônia é o começo de um acampamento que promete ser muito especial. Para que os jovens entendam que sua participação é valorizada, é importante fazer com que eles sejam o ponto de destaque da cerimônia. Ter jovens envolvidos no planejamento e execução da cerimônia, junto com os escotistas, também é divertido e é uma excelente oportunidade de aprendizagem. UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NO ACAMPAMENTO: Os jovens devem ser orientados para utilização consciente de água no acampamento, utilizando-a de maneira adequada tanto para consumo quanto para lavar seus utensílios de cozinha, bem como para o banho e questões sanitárias. PROGRAMA DE ATIVIDADES: Neste documento apresentaremos propostas de algumas atividades relacionadas com o tema, que além de contribuírem para aprendizagem, devem ser divertidas. Outras atividades podem ser inseridas nesta programação, de acordo com interesse e conveniência. CERIMÔNIA INTER-RELIGIOSA: Realizar uma cerimônia inter-religiosa é uma maravilhosa oportunidade para escoteiros de várias religiões trabalharem em conjunto no Movimento Escoteiro. Uma cerimônia inter-religiosa pode começar com uma mensagem que apresenta as diferentes religiões ou crenças presentes, e que aponta onde se concentram as semelhanças. Para o ELO Nacional deve-se identificar as religiões dos participantes, com antecedência, pedindo que uma representação de cada religião participe da cerimônia. Talvez seja possível convidar representantes de grupos religiosos diferentes na comunidade próxima ao acampamento, para participar da cerimônia. A cerimônia é uma oportunidade para escoteiros de uma variedade de religiões para conhecer e respeitar outras religiões e se concentrar no que temos em comum, ao invés das diferenças. INTERCÂMBIO CULTURAL DE RECEITAS: Durante uma das noites do acampamento, pode ser realizado este intercambio com receitas “inovadoras” criadas pelas próprias Patrulhas. Veja mais detalhes nas “Sugestões de Atividades”. FOGO DE CONSELHO: Sugerimos que se termine o dia com um Fogo de Conselho, que é um ponto de encontro natural com muito valor simbólico. É hora de cantar e se divertir juntos, refletir sobre as experiências e aprendizagem a partir do dia e fazer planos para os próximos. Veja algumas ideias mais abaixo. INSÍGNIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE: Aproveitem a oportunidade para inserir atividades da IMMA dentro da programação do ELO Nacional. CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO: É um momento feliz e triste ao mesmo tempo. A cerimônia de encerramento do ELO Nacional deve ser encarada como uma celebração para o acampamento e um momento reflexivo de olhar e seguir em frente. Eis algumas sugestões para o momento: Tal como acontece com a cerimônia de abertura, será excelente se os jovens possam ter acesso ao palco, pois isso ajudará os jovens a entender que o que os jovens fazem é importante! Recolher fotografias durante o acampamento e criar um slideshow, com acompanhamento de uma música (quem sabe a canção do ELO local). Deixar algumas poucas mensagens ou histórias sobre como os jovens poderá contribuir com o mundo ao voltarem para casa. Para organização deste grande acampamento, orientamos que sejam seguidas as recomendações do livro “Padrões de Atividades Escoteiras”. FORMANDO FRASES Objetivo: exercitar a capacidade de negociação e conscientizar os jovens para o cuidado com a água. Materiais: cartões contendo metades de frases (ver abaixo). Desenvolvimento: Os cartões são espalhados aleatoriamente em uma área de cerca de 20m x 20m. Ao sinal de início, as Patrulhas deverão conseguir o maior número possível de cartões e tentar formar frases completas que tenham sentido. As patrulhas poderão trocar os cartões entre si visando aumentar o número de frases. Vence a Patrulha que tiver formado o maior no. de frases ao final de cerca de 15 minutos. Ao final do jogo, o Escotista responsável pode pedir que as Patrulhas leiam as frases que formaram. FRASES O lixo que eu jogo no chão Para vivermos da pesca, Respeitando a Piracema, A vegetação das margens ajuda a evitar que O lixo que entope os bueiros O esgoto sem tratamento lançado nos rios Contaminar o rio com agrotóxicos Economizamos água quando fechamos a torneira, Usar produtos biodegradáveis evita que Economizamos água quando verificamos se Economizamos água quando lavamos a calçada pode acabar nos rios e mares. é necessário preservar a qualidade da água. os peixes continuarão a procriar. as águas de enxurrada levem terra para os rios. pode causar enchentes e alagamentos nas cidades. polui as águas e espalha doenças. prejudica a vida dos peixes. enquanto escovamos os dentes e ensaboamos a louça. poluamos as águas dos rios. os encanamentos estão com vazamentos. com balde, ao invés de mangueiras Devolvendo as pilhas e baterias para os locais de evitamos a contaminação do solo. coleta seletiva Tomar banhos demorados desperdiça água e energia. Ficar horas usando o vídeo-game e o computador desperdiça energia. O desperdício de energia exige que mais áreas sejam alagadas. Não se deve andar descalço nas águas das para evitar doenças como a leptospirose enchentes Água acumulada nos vasos de plantas pode provocar o surgimento da Dengue As áreas verdes são importantes para que a chuva possa infiltrar-se no solo. DEMONSTRANDO O CICLO HIDROLÓGICO Objetivo: exercitar a capacidade de expressão e a criatividade e conscientizar os jovens para a importância do ciclo hidrológico. Materiais: disponíveis no próprio acampamento (pratos, panelas, PET, terra, etc.) Desenvolvimento: Cada Patrulha deverá, utilizando materiais encontrados no acampamento ou na natureza, preparar uma pequena demonstração para as demais Patrulhas sobre um dos fenômenos do ciclo hidrológico falando sobre a importância desse fenômeno para a manutenção do equilíbrio hídrico e como podemos garantir que o mesmo ocorra de forma equilibrada. Os fenômenos, a serem escolhidos por sorteio, são a infiltração, o escoamento superficial, a evaporação, a condensação (formação de nuvens) e a precipitação (chuva). Exemplos: para se manter uma infiltração equilibrada, deve-se manter as áreas de recarga, onde a água entra e vai para o lençol freático. O escoamento superficial deve se dar em áreas vegetadas para que não sejam levados solos para o leito dos rios, etc. JOGO - OUTORGA! Objetivo: Conhecer a necessidade de obter autorizações para se obter água de fontes subterrâneas e desenvolver a agilidade, força e o trabalho em equipe. Materiais: círculos de sisal de 1 m de diâmetro, lenços e sapatos. Desenvolvimento: Para que seja perfurado um poço artesiano, deve-se pedir ao governo uma autorização especial. Esta autorização evita que sejam furados poços em excesso, o que poderia secar o lençol subterrâneo de água (lenço freático). A esta autorização damos o nome de OUTORGA. Neste jogo, as patrulhas deverão obter os recursos para perfurar o seu poço artesiano, que são a perfuratriz e a mão-de-obra. A perfuratriz será simbolizada por um lenço da patrulha adversária colocado na cintura dos jogadores e a mão-de-obra será um tênis adversário. Cada patrulha terá 3 espaços delimitados por círculos de sisal. Ao se iniciar o jogo, as patrulhas deverão tentar pegar o tênis e o lenço dos membros das demais patrulhas. A cada conjunto de tênis e lenço capturado, a patrulha deverá colocá-los no círculo e gritar “OUTORGA !” Vence a patrulha que conseguir recursos para perfurar os 3 poços primeiro. O jogo pode prosseguir até que se determine o 2º., 3º. e 4º. colocados, ou iniciar novamente após a primeira patrulha ter vencido. Pode-se permitir que os tênis e lenços já roubados sejam roubados de novo no meio de caminho. VOLUME CERTO Objetivo: Desenvolver a noção de volume da água. Materiais: um funil e um recipiente graduado uma bacia e um balde com água por patrulha Desenvolvimento: O escotista responsável pedirá que as patrulhas coloquem na bacia uma certa quantidade de água, por exemplo, 250ml, 750ml, 1.250ml, etc. Utilizando o funil e o recipiente graduado, o escotista avaliará qual patrulha se aproximou mais do volume solicitado. Repetir este procedimento para vários volumes diferentes. CAÇA-PALAVRAS Objetivo: Conhecer a Declaração Universal dos Direitos da Água e desenvolver a agilidade mental. Materiais: Caça-palavras abaixo. Desenvolvimento: Encontre no caça-palavras as palavras destacadas abaixo: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA - 1992 A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada com o objetivo de atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações. Art. 1º - A água faz parte do PATRIMÔNIO do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente RESPONSÁVEL aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a SEIVA do nosso planeta. Ela é a condição ESSENCIAL de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não teríamos a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, FRÁGEIS e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e PARCIMÔNIA. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e do CICLO hidrológico. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e OCEANOS, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma HERANÇA dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um EMPRÉSTIMO aos nossos sucessores. Sua proteção constitui obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma DOAÇÃO gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, RARA e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem POLUÍDA, nem envenenada. Sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da QUALIDADE das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação JURÍDICA para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e SOCIAL. Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição DESIGUAL sobre a Terra. P E R F E I T E R M O D M T A S R E E I T E R M O D M T R R Q M R E S P O N S A A S A I R D E S I E F A A E R U E S R D E S I E F A A E A P U I A Ç Ã R R A A R R C E U B E S P E S S E N C I A L C B E S P E S S E N C T O E R S O C I A L E T C O L N I F T I G M T D D O E A A O E A P O L U I D A N F L J E O E R S O C I A E T D O A Ç Ã O O A I U A N U F Ç T L F R S Q R R G S O M E I S S E T D O A Ç Ã M R C G T I R N R C A M R G L A Ã E O J A R O A P S E L C S N M S M R C G T I R P D J Z R N T A O O R I I U H L O I Ã U Q A F T O E M G I S H O O P D J Z R N T U J P K A I O G S I Ã S M A A G N R C U U F I R E S P O N S A V E L E A T H I A L G E D E Ç D E A S E N P L R I O O A E T D O A Ç Ã R R A A R R R G R I E H T J Ç H T J V A A M R D G I R D A S N L E M R C G T I R E P T T I A P S R R I R R G E R R G A O S R A A R O I E C S I R I P D J Z R N T S A A Ã T T O E A O R A P S S A P S L Z A P T T I Q M S I D L A T L F R S Q R E T T Z R O E D N S F A T O E S T O E E E S A A Ã T U I T A R B A S O J A R O C R I R I E C D Ç R A A R F L M A F L M U B L T Z R O E R D L O Z S G S H T N H T J M I P T A A C P T T I M E P T M E P I R E R I E C J E O T I Z S G D R X T R R G O M E E R N I A A Ã T C S R A C S R N E T I P T A I S I E J S A V E L Ç E A P S P O R R A T C T Z R O I S E B I S E D T R M E E R N M D S A I D N T F B C T O E A N J R E E O R I E C C A A E C A A L E A O R R A H O O I R N O O I R O I F L M T S A U G S C I P T A O T L D L T L H J S N N I B O M F N T F B O M F R C M E P R E O T R C E M E E R C R R I O Ã E A A P I U E O X Ã A O I R O X Ã A A O C S R I I C R I I A O R R A E A P F N E R S C I O C L O A O T D F A O A O T R C I S E M V E A T C D N A R R A T O G O R T U A R R O G J L S O O I G J L S O A E C A A O A A T R R G I V F E N F L O Q I A P P A E T A I E T S R C E I E T S S A L T L N E N F A P S S C I T O M E L U O H O O T C A T L N D D O I I L N D D T U A S O C I L A T O E A O A E S C S A E U A S D A A R O O O S E S A S O O S E M T D D O E A A O A S P O L U I D I S Gabarito D O A Ç A O E S S E N C I A L P A A D T R C I C L O I M O N I O F I R A G R A R A E I V A R E C S I I E G M D U O A A N D I E I L A U P O L U I D A S O C I A L Q E R E S M P O N S A V E L R E S T I M O S J U R A I Ç D N I A C R A E H O C E A N O S S FOGO ATRAVÉS DA ÁGUA Objetivo: Conhecimento de técnicas mateiras. Materiais: 1 garrafa PET transparente por patrulha, água e uma barra de gelo Desenvolvimento: Todos já sabem que a água é essencial à vida, isto é, ela é parte fundamental de qualquer atividade de sobrevivência. O que poucos sabem é que a água pode nos fornecer também o calor que precisamos. As patrulhas deverão fazer fogo sem fósforos utilizando apenas: 1 garrafa PET transparente e água OU 1 barra de gelo Como fazer: Para fazer fogo com a garra de PET, deve-se colocar a garrafa com água na posição abaixo: Para fazer fogo com a barra de gelo, deve-se esculpi-la na forma de uma lente de aumento. ENCONTRE A TRILHA DA ÁGUA LIMPA Objetivo: Conhecimentos técnicos de bússola. Materiais: bússola e pista de azimutes formada por cartões coloridos com letras. Desenvolvimento: Deverão ser elaboradas trilhas de azimutes com cartões coloridos, uma trilha para cada patrulha, e cada trilha de uma cor diferente. Isto evita que a patrulha leia uma letra que pertence à trilha de outra patrulha. Cada trilha será formada por uma característica que a água pode ter, por exemplo: “inodora”, “incolor”, “natural”, “mineral”, “poluída”. Estas características tem todas 7 letras, para que todas as trilhas tenham o mesmo tamanho. As trilhas devem ser feitas numa área bem grande e plana, de preferência gramada, e podem passar uma através da outra. Vence a patrulha que chegar ao final da sua trilha primeiro. Para facilitar, as trilhas podem ser formadas por azimutes fáceis, como 0°, 30°, 270°, etc. Para tropas formadas por patrulhas de diferentes níveis, é recomendável dar aos monitores, previamente, uma explicação sobre como encontrar o azimute com a bússola. Importante: para o caso em que mais de uma tropa vai fazer esse jogo, as patrulhas não devem retirar os cartões do chão. Estes podem ser afixados com piquetes, por exemplo. JOGO DA BACIA HIDROGRÁFICA Objetivo: Conhecer na prática a movimentação das águas numa bacia hidrográfica. Materiais: uma lona plástica sem furos (quanto mais resistente melhor) para cada 2 patrulhas, água e uma panela por patrulha. Desenvolvimento: Cada lona representa uma bacia hidrográfica, onde a água se movimenta dos pontos mais altos para o ponto mais baixo, chamado “foz”. Estas lonas deverão ser seguras nas extremidades pelos membros de 2 patrulhas, cada um recebendo um número. Nesta lona será colocada certa quantidade de água (convém fazer um teste para determinar a quantidade ideal, que não deve ser nem grande nem pequena). O escotista responsável vai chamando os números aleatoriamente, e o elemento que tem o número chamado deve levantar a lona até a altura do rosto. Um elemento de cada patrulha ficará do lado de fora com uma panela tentando recolher a água que for escoar para o chão. Vencerá a patrulha que tiver recolhido a maior quantidade de água após certo tempo. Uma formação ideal seria como na figura abaixo, em que a primeira patrulha vai do 1 ao 5 e a segunda patrulha vai do 6 ao 10. Os elementos 5 e 10 seguram as panelas das suas patrulhas e poderiam se movimentar apenas em 2 lados da lona cada um p/ evitar choques. A RÁDIO DE BEIRA-RIO Objetivo: Exercitar a criatividade e a capacidade de expressão. Materiais: Podem ser improvisados conforme a necessidade das patrulhas. Desenvolvimento: Beira-Rio é uma cidade do interior localizada às margens de um grande rio. Tudo que acontece no rio afeta a cidade, como enchentes, indústrias poluindo o rio, morte de peixes, etc. Cada patrulha deverá criar, ensaiar e apresentar um programa de rádio de Beira-Rio. Pode conter notícias, campanhas de esclarecimento, músicas, humor, etc. e poderão ser tratados assuntos como depoimento de ribeirinhos que ficaram doentes, aumento da dengue na região, campanhas políticas em época de eleição, etc. JOGO: ÁGUA NO DESERTO Objetivo: Jogo ativo geral de um conflito pela água para desenvolver o trabalho em equipe e a agilidade. Materiais: uma garrafa PET para cada patrulha, um caneco para cada elemento, um balde e água. Desenvolvimento: Duas tribos do deserto estão em guerra pela água e precisam obter água de um oásis localizado nas proximidades de onde vivem. Cada patrulha terá seu campo demarcado com um circulo de sisal de 1,5m de diâmetro, e nele colocará uma garrafa de PET. O oásis será uma zona neutra no centro da área de jogo, também demarcada por sisal, dentro da qual está um balde com água. As patrulhas deverão entrar dentro da zona neutra e pegar água com os canecos e levar essa água para seu campo. Dentro da zona neutra e das áreas das patrulhas não é permitido brigar pela água. Vale derrubar a água dos canecos adversários. Vence a patrulha que tiver mais água ao final do jogo. MÍMICA DA ÁGUA Objetivo: Exercitar a capacidade de expressão. Materiais: Cartões de cartolina, caneta. Desenvolvimento: Os Escotistas deverão criar cartões, cada um com uma palavra relacionada com a água, tais como: saneamento, purificação, lodoso, pântano, poço, gelo, vapor, etc (usem a criatividade!). Em um divertido jogo de mímica os participantes deverão tentar acertar a palavra sorteada para sua Patrulha. I NTERCÂMBIO CULTURAL DE RECEITAS Objetivo: Relacionar a quantidade de água utilizada, direta ou indiretamente, para produção de alimentos. Materiais: Os que forem definidos pelas próprias Patrulhas. Desenvolvimento: Antes da realização do acampamento, as Patrulhas serão convidadas a criar uma receita “inovadora”, que será disponibilizada para degustação dos demais participantes no dia do ELO. Durante uma das noites do acampamento, a Patrulha poderá visitar outras Patrulhas e provar seu prato. Cada Patrulha deverá calcular a quantidade de água que foi utilizada para produzir seu prato, não somente a que foi utilizada para cozimento, mas também quanta água está “escondida” em cada um dos ingredientes. Esta atividade também pode ser apresentada como um “Concurso Culinário”, com a escolha do melhor prato. JOGO NOTURNO - TEMPOS DE SECA Objetivo: Jogo ativo geral de um conflito pela água para desenvolver o trabalho em equipe e a agilidade. Materiais: 01 copo de plástico por participante, 01 balde por Patrulha, 01 garrafa de plástico por Patrulha, corantes em 4 cores. Desenvolvimento: Inicia-se a atividade com o seguinte fundo de cena: Num cenário de seca extrema, algumas tribos necessitam ampliar seus recursos hídricos para manterem a sobrevivência. Como os lagos e nascentes estão praticamente secos, a única forma de conseguir mais água é saqueando de outras tribos. O cenário perfeito para este saque é na calada da noite. Nesta atividade opcionalmente os participantes poderão utilizar lanternas. Para o desenvolvimento do jogo, cada Monitor (chefe da tribo) receberá um balde cheio de água (colorida). Todos na mesma proporção e cores diferentes. Cada Monitor deverá proteger seu balde para que outra Patrulha (tribo) não retire água do mesmo. Os Monitores ficarão em locais previamente estabelecidos e de conhecimento de todos. Cada patrulha é identificada com a cor de sua água. É feito um sorteio para ver que cor cada Patrulha deverá atacar. Por exemplo, a PT1 ataca vermelho, PT2 ataca verde, PT3 ataca branco e PT4 ataca preto. O Monitor da PT1 protege o verde, o da PT2 protege o preto, o da PT3 protege o vermelho e da PT4 protege o branco. Em um dado momento, os monitores vão para os seus lugares. Ao sinal do apito, os outros Escoteiros receberão copinhos plásticos e deverão atacar a cor determinada para cada Patrulha. A água roubada deve ser colocada na garrafa plástica da respectiva Patrulha, que deve estar identificada e ser colocada em local de comum acordo com os Escotistas. Os Escoteiros terão pendurados em suas camisas, pelas costas, um pedaço de sisal que é a sua vida. Somente o monitor poderá retirar a vida dos atacantes, arrancando seu sisal. O Escoteiro que perde a vida pode encontrar os Escotistas em um local determinado, para recuperá-la e voltar ao jogo. O Escoteiro que conseguir roubar a água da outra Patrulha não pode ser atacado pelos demais no trajeto. Quando o Escotista apitar o término do jogo, as Patrulhas deverão trazer as garrafas com a água roubada. A garrafa que possui mais água identificará a Patrulha vencedora. FOGO DE CONSELHO Em um Fogo de Conselho todos se reúnem ao redor de uma grande fogueira para cantar juntos e apresentar pequenas peças. O tema sugerido para o Fogo de Conselho do XXV ELO Nacional é: Água – O mundo que queremos. Algumas dicas para realização do Fogo de Conselho: Dirigente do Fogo - É preciso de alguém para conduzir o fogo do acampamento e agir como um mestre de cerimônias. Pode ser uma pessoa, mas é melhor um dirigente e um animador. O primeiro faz abertura e encerramento, e o segundo preparara uma lista de canções para cantar e um programa para o Fogo de Conselho. Canções - Devem ser colocadas canções que a maioria das pessoas conhece. A recomendação é a de incluir alguns dos jovens no planejamento, uma vez que conhecem melhor as músicas que seus amigos conhecem e gostam. Uma forma normal para planejar um Fogo de Conselho é ter canções mais animadas no começo e ir para as músicas lentas e emotivas no final. Apresentações - É divertido deixar que cada Patrulha prepare uma peça curta engraçado, com cerca de 2-4 minutos de duração. Mas, no caso de um efetivo maior as apresentações devem ser feitas por Tropas. Em todo caso é importante que estas designações sejam feitas com antecedência, e que se certifique que as apresentações foram de fato ensaiadas, e que estão dentro de um tempo previsto. Segurança - Deve-se ter sempre água por perto para apagar o fogo em caso de necessidade. É uma boa ideia ter alguém com a responsabilidade de manter e controlar a fogueira, tanto para que não se apague como para se certificar de que não se espalhe. CURIOSIDADES SOBRE A ÁGUA Abaixo seguem algumas curiosidades sobre a água, que podem servir como base para o desenvolvimento de outras atividades para o programa do ELO. 1. A falta de água potável e de saneamento adequado atingem, respectivamente, 1,4 e 2,9 bilhões de pessoas em todo o mundo, principalmente, em países em desenvolvimento. Calcula-se que 80% das moléstias que vitimam a humanidade têm sua transmissão por via hídrica. 2. A escassez hídrica já é uma realidade para 28 nações localizadas na África e Oriente Médio e projeções futuras indicam um total de 52 países sofrerão com esta escassez. 3. A vegetação têm um papel fundamental na proteção e manutenção do ciclo hidrológico, pois é responsável pela absorção de água da chuva, proteção do solo, e recarga de lençol d’água subterrâneo. As matas ciliares – vegetação nativa que recobre as margens de rios e lagos atuam na proteção desses mananciais. Dentre as funções deste tipo de vegetação, destacamos as seguintes: preservar das nascentes; evitar a erosão do solo; fornecer alimento e abrigo à fauna aquática e terrestre; reter poluentes e contaminantes; servir como área para educação e recreação. 4. O desmatamento, especialmente, em topos de elevações e áreas de declividade acentuada causa graves problemas ecológicos e sociais, dentre os quais a redução da absorção da água pelo solo, a erosão nas encostas que causam desmoronamentos, o assoreamento no leito dos cursos d’água; inundações, destruição de colheitas e propagação de doenças. 5. O Brasil possui as maiores reservas de água doce do planeta, cerca de 20% do total, sendo 15% desse total apenas na Bacia Amazônica. 6. A China possui 22% da população mundial e apenas 8% de água doce, e cerca de 80 milhões de chineses caminham mais de um quilômetro para encontrar água. 7. A carência de água ou sua má qualidade trazem graves problemas de saúde para a humanidade. Cerca de oitenta por cento das doenças que afetam as populações de países em desenvolvimento são causadas pela má gestão de águas, causando mais de 33% das mortes e uma perda média de 10% do tempo de trabalho de cada pessoa. 8. Quatro entre cinco doenças comuns nos países em desenvolvimento são causadas por água poluída ou por falta de saneamento básico, e tais doenças provocam, nesses países, em média, 25 mil mortes por dia, sendo 60% delas de crianças. Morrem 4 milhões de crianças em todo mundo por ano, vitimadas pela falta de água limpa e saneamento adequado. 73 milhões de dias de trabalho são perdidos a cada ano na Índia devido às doenças transmitidas pela água. Foi estimado em quase 1 bilhão de dólares por ano, o custo em termos de tratamento médico e perda de produtividade. 9. 3/4 da superfície do planeta são cobertos por água sendo que 97% dessa água é salgada, e apenas 3% de água doce. Do percentual total de água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, parte é gasosa e parte é líquida. Os rios e lagos - nossas principais fontes de abastecimento correspondem a aproximadamente 0,01% desse percentual e estão ameaçadas pela poluição. 10. Um dos piores exemplos da má administração dos recursos hídricos em todo planeta é o do Mar de Aral. Localizado na Ásia, na fronteira entre o Casaquistão e o Uzbequistão (antigas repúblicas soviéticas), o Aral - que já foi considerado o quarto maior mar interior do mundo - perdeu 70% do seu volume de água em quatro décadas. O uso excessivo, a partir dos anos sessenta, das águas dos rios que o alimentavam - o Amu Darya e o Syr Darya - para projetos de irrigação levou ao rebaixamento de seu nível de água em 3 metros, com baixa de 9 a 13 metros esperada até o fim deste século. A população local, que dependia da pesca para sua sobrevivência, ficou, em alguns casos, até 50 quilômetros de distância da linha d’água. A frota pesqueira jaz encalhada no fundo lamacento do antigo mar, como um testemunho vivo da destruição. 11. O aquífero de Ogallala - um dos maiores do planeta – situado no Estado americano do Texas (EUA), teve 25% de suas reservas reduzidas devido ao uso intensivo. O Botucatu é - segundo os geólogos - o maior aquífero subterrâneo do planeta. Localizado abaixo do Mercosul, estende-se por uma área de 1,6 milhão de km2 ( maior do que Inglaterra, França e Espanha juntas). Dois terços desse mar subterrâneo de água doce estão em território brasileiro, cobrindo 6 estados; o terço restante está sob a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. 12. Entre os variados impactos provocados pelas atividades antrópicas sobre os suprimentos de água, o desperdício pode ser considerado um dos mais perniciosos. Estima-se que, nos países em desenvolvimento, ele possa chegar a 60%. No caso brasileiro, especificamente, o volume de perdas de água atingiria algo em torno de 40% do volume total da água tratada e fornecida aos usuários. As causas principais desse desperdício seriam problemas nos sistemas de distribuição (má conservação, vazamentos...) e, talvez, a causa mais importante: negligência dos próprios usuários. 13. O desmatamento, especialmente, em topos de elevações e áreas de declividade acentuada causa graves problemas ecológicos e sociais. 14. O fenômeno das inundações se agrava nas cidades devido, principalmente, a excessiva impermeabilização do solo pelo asfalto e o concreto. 15. A Floresta Amazônica é responsável pela reciclagem de 2/3 da água doce do planeta. 16. O Brasil possui as maiores reservas de água doce do planeta, cerca de 20% do total, sendo 15% desse total apenas na Bacia Amazônica. 17. A qualidade das águas é seriamente alterada pelo run-off urbano, que contém componentes do esgoto doméstico, industrial e do escapamento dos veículos automotores. 18. Uma torneira gotejando durante 24 horas consumirá num dia 46 litros de água, e num mês 1.380 litros. 19. Uma simples escovação de dentes com a torneira aberta consome em média 20 litros de água, quantidade suficiente para encher 66 latas de refrigerante. 20. 100 litros de água é o tamanho do desperdício numa lavagem de pratos com a torneira aberta. 21. Um banho de chuveiro chega a consumir 20 litros de água por Minuto. 22. Em antiquados sistemas de descarga sanitária brasileiros chegam a ser consumidos até 18 litros de água a cada descarga. 23. O uso de equipamentos mais econômicos: chuveiros, lavadoras, torneiras e vasos sanitários reduzem em 1/5 o consumo doméstico de água. 24. O acesso à água de boa qualidade deve ser garantido a todos os habitantes do planeta como direito básico de todos os seres vivos. 25. Os recursos hídricos, ainda que renováveis, são limitados. 26. A intervenção antrópica sobre o meio ambiente tem contribuído para a alteração do regime hidrológico e a contaminação dos sistemas hídricos. Todo esse desperdício encarece os custos, ocasiona racionamentos, punindo, principalmente, as camadas mais pobres da população que não são, muitas vezes, sequer beneficiadas por esses serviços, ou não têm condições de pagá-los. Seja, portanto, um cidadão consciente: economizar é preciso! FONTE: CRESPO, TELSON. Planeta Água: Um guia de Educação Ambiental para Conservação dos Recursos Hídricos. Rio de Janeiro, Papel Virtual Editora, 1998. CONSUMO DA ÁGUA NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br