Cidadania é patrulha, sim! Março, 2007 É. De vez em quando recebemos uma crítica de que alguns dos nossos programas, como o Cidadão Exemplar, a Defesa do Eleitor, os Flagrantes da Cidadania e os Selinhos da Cidadania estimulam o espírito de patrulhamento social, e até mesmo do dedodurismo do cidadão, que começaria a tocar fogo no rabo do vizinho ao invés de olhar o seu próprio. Pois é aí que a porca torce o rabo! Porque um erro não pode justificar outro e, se todo ser humano é falho, não significa que não deva buscar a virtude. Somos, sim, a favor de que todo cidadão só possa se chamar cidadão exatamente se passar a exercer seu maior dever de cidadania, que é o de tomar conta, para além de sua casa, também das calçadas, das ruas, das praças e palácios, e sobretudo dos governos e mandatos e da execução dos orçamentos públicos. A isso damos o nome de CONTROLE SOCIAL, que existe justamente para afirmar a autonomia da sociedade diante dos governos, a essência mesma de uma cultura de cidadania. Para que não tenhamos sempre de pagar impostos escorchantes mais de uma vez. Primeiro, para o próprio Estado. Segundo, para intermediários prestadores de serviços, como contadores, tributaristas, advogados, consultores fiscais, despachantes, e outros. E, por fim, para prestadores de serviços privados de segurança para sua família, de educação para seus filhos, planos de saúde e previdência privada. Tudo isso porque não recebemos em troca os serviços essenciais do Estado, como segurança, justiça, infra-estrutura, educação e saúde. Se não ser conivente com a cultura geral de impunidade é patrulha, então cidadania é patrulha, sim! Patrulha de tudo o que é público, de todos, e não desse ou daquele interesse privado ou mesmo corporativo. E como fazer? Vocês podem se informar e denunciar, sim, delitos ou irregularidades e, para isso, vocês contam com alguns instrumentos: - Ouvidoria-geral nos Estados e da União - Controladorias dos órgãos públicos - Imprensa (seções de cartas dos leitores) - Disque-denúncia - Balcão do Ministério Público ou dos Procons - Juizados especiais - A Voz do Cidadão (Flagrantes da Cidadania) Pois, como sempre dizemos, o fato de não termos o direito de meter o bedelho na vida privada do próximo, não justifica que não tenhamos o dever de constrangê-lo quando este abusa de seus direitos privados em detrimento dos direitos coletivos e do bem comum. Baixe esta apresentação, divulgue para os seus contatos e, principalmente, tenha sempre em mente que depende de nossa manifestação e mobilização a necessária e urgente mudança de uma cultura de impunidade e violência por uma cultura de plena cidadania! http://www.avozdocidadao.com.br/