Crónicas semanais de Fernando Viana Comércio eletrónico – o estado da arte Fazer compras na Internet é uma das formas de comércio que mais tem crescido nos últimos anos. A internet é um mercado em expansão e não param de aumentar as empresas que pretender colocar os seus produtos na Net, do mesmo modo que existe um número crescente de consumidores desejosos de adqurir produtos diferentes ou a um custo mais baixo. De facto, estas são apenas algumas das possibilidades que o comércio eletrónico oferece: acesso ilimitado a bens e serviços de todo o tipo; produtos diferentes, exóticos, edições limitadas; artigos que os importadores e produtores nacionais não disponibilizam; preços mais baixos, etc., ou simplesmente o não ter de sair de casa e não ter de perder tempo a calcorrear lojas, principalmente quando o tempo é um bem precioso, são alguns dos principais motivos que fazem com que o comércio eletrónico seja uma opção cada vez mais presente. Todavia, este mercado também não está isento de problemas, falsas lojas, que anunciam produtos a preços incriveis, visando apanhar o dinheiro dos mais incautos, surgem todos os dias; atrasos no envio dos produtos; produtos trocados; falta de resposta positiva às reclamações dos consumidores ou não assunção das garantias, são apenas alguns dos problemas reportados pelos consumidores. Para que o comércio eletrónico prospere, estes problemas têm de ser erradicados ou minimizados a um nível aceitável, já que constituem uma barreira importante ao desenvolvimento do comércio eletrónico. No fundo, tudo se reduz a uma palavra: confiança. As coisas têm vindo a melhorar nos últimos anos. Por exemplo, um relatório de 2011 sobre o comércio on-line nos países da União Europeia, revelou que 94% dos produtos encomendados foram entregues, evidenciando uma melhoria significativa face ao relatório de 2003, que neste item registou um nível de cumprimento de apenas 66%. Também se constatou no relatório referido que 86% dos produtos foram entregues no prazo de 14 dias. Contudo, uma das principais barreiras no comércio transfronteiriço europeu traduz-se nos numerosos comerciantes que não estão dispostos para vender a consumdiores residentes noutros países e que por diferentes meios inviabilizam o acesso aos seus produtos. Outro dos problemas evidenciados no relatório é a dificuldade sentida pelo consumidor em conseguir o reembolso do seu dinheiro após a desistência dentro do período de 14 dias que a lei concede. Atenção que este período de 14 dias Crónicas semanais de Fernando Viana é dado pela lei portuguesa. Caso esteja a comprar no sitío eletrónico de um comerciante de outro país, é muitas vezes a legislação desse país que se aplica. No entanto, o período de cancelamento não pode ser inferior a 7 dias úteis, contados da data da entrega do produto. Assim, antes de comprar na Internet, há algumas cautelas básicas a tomar, de que destacamos: Evite fazer compras em sítios eletrónicos pouco confiáveis; Antes de comprar, pesquise na Internet para apurar se existem queixas sobre o site em questão; Ainda que alguém garanta que o site é seguro, nos fóruns sobre o assunto, ou nas redes sociais, não deixe de fazer as suas pesquisas; Existe uma ferramenta na Internet denominada “Howard” que pode ajudar o consumidor a obter informação sobre a fiabilidade de muitos sites eletrónicos e esclarece também como fazer valer os seus direitos; Em vários países existem entidades que certificam a idoneidade dos sites de comércio eletrónico. Convém de qualquer modo verificar se a entidade certificadora ou o selo são fidedignos. Caso pretenda obter mais informação sobre este assunto, não deixe de contactar o CIAB, em Braga: na R. D. Afonso Henriques, n.º 1 (Ed. da Junta de Freguesia da Sé) 4700-030 BRAGA * telefone: 253617604 * fax: 253617605 * correio eletrónico: [email protected] em Viana do Castelo: Av. Rocha Páris, n.º 103 (Villa Rosa) 4900-394 VIANA DO CASTELO * telefone 258 809 335 * fax 258809389 * correio eletrónico: [email protected] ou diretamente numa das Câmaras Municipais da sua área de abrangência.