O SELO FAIR TRADE COMO INCENTIVO OU BARREIRA PARA AS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ EM GRÃO BRASILEIRO PARA A UNIÃO EUROPÉIA Autores: Bernardo Aghemio ([email protected]) Henrique Cassola ([email protected]) Jéssica Marques Gonçalves ([email protected]) Jônatas César Almeida ([email protected]) Samantha Reimberg ([email protected]) Turma: 7°C •APRESENTAÇÃO Curso: Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - [email protected] Área: Negócios Internacionais Fair Trade A definição utilizada pela International Federation of Alternative Trade - Federação Internacional de Comércio Alternativo - IFAT, definição, esta, criada em 2001 em Arusha, Tanzânia, para o termo "Comércio Justo" (Fair Trade): “Comércio ético consiste em uma parceria comercial, baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio internacional. Ele contribui para o desenvolvimento sustentável através do oferecimento a produtores marginalizados de melhores condições de troca e maiores garantias de seus direitos.” O movimento surgiu em meados dos anos 70. Antes informal, ele passou a ter uma organização maior visto o número de pessoas que aderiram ao movimento. Na década de 90 é criada a Fair Trade Labelling Organization - FLO, que age como certificadora no processo de comércio justo. O sistema funciona basicamente retirando os intermediários da relação entre produtor e consumidor. Através da certificação, o consumidor tem garantido os princípios utilizados no Fair Trade e o produtor recebe um preço justo por seu produto, gerando assim, desenvolvimento social para ambos pontos da cadeia. Além da certificadora, produtor e consumidor, existem nessa cadeia de produção outros atores, como: ONG’s, Empresas de ação social, Órgãos Governamentais entre outros que dão suporte e incentivo a esse modelo de comércio. Barreiras ao Comércio Internacional O Comércio Internacional defronta com uma série de obstáculos que dificultam a negociação entre os países, os quais denominamos de barreiras, neste trabalho destacaremos, portanto, três novas barreiras ao Comércio Internacional. (MAIA, 2006). : •barreiras ecológicas; •dumping social; •etiqueta social. Vantagem Competitiva O conceito de estratégia competitiva que gera a vantagem competitiva é abordada por diversos autores em diversos livros. É um conceito de muita relevância para o estudo proposto. Para Porter (1990) existem três estratégias genéricas (enfoque, liderança em custo e diferenciação) para obter-se e sustentar uma vantagem competitiva. Porter será o principal autor utilizado neste trabalho para conceituar vantagem competitiva. Diante da representatividade do café em grão nas exportações brasileiras para a União Européia (U.E.) e, dentre estas exportações, as que são feitas por cooperativas utilizando-se do selo Fair Trade, este trabalho tem como objetivo verificar se o selo Fair Trade constitui-se como barreira ou incentivo à exportação de café em grão brasileiro para a U.E.. • REFERENCIAL TEÓRICO Orientadora: Franscisca Gallon Grostein • PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS QUESTÃO-PROBLEMA: “Seria o Fair Trade uma barreira ou um incentivo à exportação de café em grão das cooperativas brasileiras para a União Européia?”. OBJETIVOS: •GERAL: Verificar se as cooperativas brasileiras exportadoras de grãos de café sofrem barreiras ou têm mais fácil acesso ao mercado europeu, quando essas possuem o selo Fair Trade; •ESPECÍFICO: • Conceituar e descrever o selo Fair Trade, apresentando suas principais características. • Descrever as vantagens competitivas que podem ser adquiridas pelo selo Fair Trade, e seu papel estratégico nas organizações. • Apresentar um panorama das exportações de café em grão brasileiro para a União Européia nos últimos anos. VARIÁVEIS: • Independente: O selo Fair Trade; •Dependente:O desenvolvimento das exportações brasileiras de café em grão das cooperativas que possuem e das que não possuem o selo Fair Trade HIPÓTESES: 1ª Hipótese: “O selo Fair Trade age como uma barreira na exportação de café brasileiro para a União Européia.”. 2ª Hipótese: “O selo Fair Trade age como um incentivo na exportação de café brasileiro para a União Européia.”. 3ª Hipótese: “O selo Fair Trade poderá assumir ambos os papéis, isto é, de barreira ou de incentivo, conforme o exportador utilize ou não o selo Fair Trade.” TIPO DE PESQUISA: Exploratória, já que o Fair Trade é um tema pouco estudado e pouco explorado tanto pela literatura nacional quanto pela literatura internacional. MÉTODO DE PESQUISA: Qualitativo, porque não se pretende enumerar nem medir categorias, apenas descobrir as relações entre as variáveis. PLANO AMOSTRAL: Cooperativas produtoras de café localizadas, principalmente, nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santos que possuem o selo Fair Trade, como também aquelas que não o possuem. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: Entrevistas não estruturadas, com questões abertas. • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS •KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais. São Paulo: EPU: EDUSP, 1980 •MAIA, Jayme de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. •RICHARDSON,R. J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999 •PORTER M. E., Vantagem Competitiva; criando e sustentando um desempenho superior. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1990. •URIARTE, Alex e GRÜNINGER, Beat. Fair Trade: uma introdução e algumas Considerações. In: FRANÇA, Cassio Luiz de (Org.). Comércio Ético e Solidário. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert/ILDES, 2002, Vol I.