R. Periodontia - Dezembro 2009 - Volume 19 - Número 04 BIOMODIFICAÇÃO RADICULAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA Root Biomodification: a literature review José Eduardo Cezar Sampaio1, Lucas Amaral Fontanari2, Shelon Cristina Souza Pinto3, Rodrigo Cavassim3 RESUMO A raspagem e aplainamento radicular têm como objetivo eliminar a placa bacteriana, cálculos dentários formados supra e subgengivalmente. Entretanto, estas terapias além de não serem completamente efetivas na descontaminação radicular formam smear layer, a qual pode funcionar como uma barreira física diminuindo ou até impedindo a regeneração dos tecidos periodontais de suporte. A biomodificação radicular é o tratamento químico da superfície radicular que tem por objetivo remover a smear layer produzida durante a instrumentação, promover uma descontaminação radicular adicional à raspagem e expor a matriz de fibras colágenas do cemento e/ou dentina aumentando as chances de regeneração do periodonto. Apesar de vários estudos in vitro apresentarem resultados favoráveis a realização da biomodificação radicular, estudos in vivo apresentaram resultados conflitantes. Os autores, por meio de uma revisão de literatura, discutiram criticamente cada fator que pode estar influenciando nos resultados inconsistentes encontrados durante a realização da biomodificação radicular. UNITERMOS: Ácido Cítrico, Tetraciclina, EDTA, Condicionamento Radicular. R Periodontia 2009; 19:37-43. 1 Professor Adjunto da Disciplina de Periodontia-Faculdade de Odontologia de Araraquara-FOAr-UNESP 2 ´ de Concentração em Periodontia, Faculdade de Odontologia de Mestrando em Odontologia- Area Araraquara-FOAr-UNESP 3 ´ de Concentração em Periodontia, Faculdade de Odontologia de Doutorandos em Odontologia- Area Araraquara-FOAr-UNESP Recebimento: 22/05/09 - Correção: 27/07/09 - Aceite: 14/10/09 INTRODUÇÃO A participação da placa bacteriana subgengival na etiologia da doença periodontal destrutiva é indiscutível (Socransky & Haffajee 1992). Visando minimizar ou até mesmo eliminar este fator etiológico tão impor tante, é realizado a raspagem e o aplainamento radicular, que consistem na remoção da placa bacteriana, de cálculos dentários formados supra e subgengivalmente e de dentina e/ou cemento contaminados. Embora essas terapias sejam efetivas para o tratamento da doença periodontal inflamatória crônica, elas não regeneram a anatomia do periodonto perdido, resultando apenas em reparo do periodonto ou da ferida periodontal (Lowenguth & Blieden 1993), além de formarem uma fina camada de resíduos que traz como conseqüência dificuldades de nova adesão de fibroblastos e inserção de tecido conjuntivo (Nalbandian & Cote 1982; Polson, Frederick et al. 1984; Hanes, Polson et al. 1988; Hanes, O’Brien et al. 1991). Essa camada que é chamada de smear layer é inevitavelmente formada quando as superfícies radiculares são corretamente instrumentadas tanto por raspagem manual quanto ultrassônica (Blomlof & Lindskog 1995; Blomlof, Blomlof et al. 1996; Blomlof, Blomlof et al. 1997), obliterando parcial ou totalmente os túbulos 37 periodez2009 01-02-10.pmd 37 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 dentinários trazendo várias desvantagens, as quais justificam a necessidade de sua remoção (Blomlof, Blomlof et al. 1997). A biomodificação radicular consiste no processo de remoção de smear layer e exposição da matriz colágena dentinária ou cementária estimulando a regeneração ou reparo das estruturas periodontais de suporte (Kassab & Cohen 2003) por meio da exposição do colágeno tipo I existente nesta matriz, que parece ser quimiotático para neutrófilos polimorfonucleares, macrófagos e fibroblastos (Postlethwaite, Seyer et al. 1978; Sobel & Gallin 1979), além desta matriz fornecer um substrato para formação de uma rede de fibrina (López 1984; Stabholz & Wikesjö 1993). Desta forma, propiciar-se-ão condições para adesão e migração de fibroblastos e para rápida adesão de coágulo à superfície radicular devido a afinidade entre as fibras colágenas e o sangue (GaussMuller 1980). O emprego da biomodificação radicular na terapêutica periodontal é justificado pelo fato de que as superfícies contaminadas pela doença periodontal, podem apresentar-se hipermineralizadas (Selvig & Hals 1977) além de conter citotoxinas (Adriaens, De Boever et al. 1988), que muitas vezes, não podem ser eliminadas totalmente pela raspagem e aplainamento radicular (Jones & O’Leary 1978). Assim, diversos agentes desmineralizadores com diferentes concentrações vêm sendo testados com diferentes metodologias, visando auxiliar na regeneração periodontal, porém, a biomodificação radicular parece não ser fácil de ser conseguida, pois muitos fatores podem influenciar seus resultados. Portanto, o objetivo dessa revisão de literatura é discutir as reais vantagens e desvantagens da utilização da biomodificação radicular na terapia periodontal assim como, os fatores que podem influenciar sua obtenção. REVISÃO DE LITERATURA E DISCUSSÃO Após a comprovação da importância da remoção da placa bacteriana por meio da raspagem e alisamento radicular visando a regeneração periodontal, começou-se a busca por agentes químicos que complementassem esta terapia mecânica. A necessidade desta complementação justifica-se pelo fato de que quando este tratamento é utilizado individualmente há formação de smear layer, a qual funciona como uma barreira física a nova inserção conjuntiva, além de não promover completa descontaminação da superfície radicular (Adriaens, De Boever et al. 1988; Blomlof, Blomlof et al. 1997; Baker, Rotch et al. 2000; Baker, Stanley Pavlow et al. 2005). A partir da década de 70, usando uma variedade de agentes, o condicionamento químico da superfície radicular foi introduzido com intuito de: 1) remover as endotoxinas, promovendo uma descontaminação radicular adicional à raspagem e alisamento radicular (Wirthlin 1981); 2) promover a desmineralização da superfície radicular e remoção de smear layer (Brannstrom, Nordenvall et al. 1980); 3) expor as fibras colágenas da matriz orgânica do cemento ou dentina (Chaves, Cox et al. 1993); 4) favorecer a formação e adesão do coágulo de fibrina (Wikesjo, Nilveus et al. 1992); inibir a migração apical do epitélio juncional (Pitaru, Tal et al. 1988). Neste contexto o primeiro agente a ser utilizado foi o ácido cítrico. Cogen e Garrison 1983 em um estudo in vitro percebeu que não ocorria inserção e crescimento de fibroblastos sobre a raiz quando esta era apenas raspada, mas quando era utilizada a raspagem juntamente com o condicionamento químico com o ácido cítrico por 3 minutos, ocorria inserção e crescimento de fibroblastos. Outros estudos verificaram as vantagens de um condicionamento químico da superfície radicular com ácido cítrico (Larjava, Salonen et al. 1988; Higashi & Okamoto 1995), quando comparados com grupos controle, os quais eram apenas raspados. O entusiasmo científico ao redor do ácido cítrico começou a ser questionado quando trabalhos analisaram seu potencial efeito necrotizante, devido ao seu baixo pH (acidez). Um estudo in vitro (Lan, Lan et al. 1999) avaliou o efeito da acidose extracelular do ácido cítrico sobre a viabilidade, capacidade de adesão celular e síntese de proteína de cultura de fibroblastos gengivais humanos. Quando foram utilizadas concentrações de ácido cítrico menores que 11,9 mol/L (pH 6,3) em meio de cultura obser vou-se pouca citotoxicidade nas 3 horas de incubação. Na concentração de 4,76 mol/L (pH 1,2) observou-se morte celular de todas as células acompanhadas de alterações em sua arquitetura no intervalo de 30 segundos. Assim outras substâncias começaram a ser testadas, na tentativa de se conseguir um agente ideal para o condicionamento químico da superfície radicular. O cloridrato de tetraciclina foi então estudado e muitas características favoráveis foram observadas. Em estudos realizados in vitro, mostraram aumento da união da glicoproteína fibronectina à dentina, estimulando a proliferação e adesão de fibroblastos, como também promoveu supressão da inserção e do crescimento das células epiteliais (Terranova & Martin 1982; Isik, Tarim et al. 2000). Outras propriedades obser vadas foram: atividade anticolagenase (Golub, Ramamurthy et al. 1984), inibição da função de osteoclastos (Gomes, Golub et al. 1984) e da função neutrofílica (Gabler & Creamer 1991), bem como, eficiente substantividade (Baker, Evans et al. 1983; Isik, Tarim et al. 2000). Porém, os efeitos adversos da utilização da tetraciclina começaram também a aparecer. Um pesquisador (Nalbandian 1978) verificou que a tetraciclina administrada 38 periodez2009 01-02-10.pmd 38 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 sistemicamente ficou impregnada na dentina e cemento trazendo como consequência a formação de lacunas onde foi observada falta de inserção de tecido conjuntivo e cárie de raiz. Um autor (Hanes, O’Brien et al. 1991) verificou a limitada capacidade de remoção de smear layer e exposição de fibras colágenas quando da utilização do cloridrato de tetraciclina em adição a raspagem da superfície radicular. Além disso, o cloridrato de tetraciclina apresenta pH ácido, existindo uma relação inversamente proporcional entre o pH e a concentração da solução. Isto é significativo, pois pode interferir na viabilidade celular (Alger, Solt et al. 1990) e nos eventos iniciais do processo de cicatrização periodontal (Blomlof & Lindskog 1995; Wang, Morlandt et al. 2005). Após alguns resultados negativos com a utilização de agentes como ácido cítrico e o cloridrato de tetraciclina, devido aos baixos pH e possíveis necrose de tecido gengival, um agente de pH neutro parecia ser a solução. Assim, o EDTA ganhou espaço em estudos (Blomlof & Lindskog 1995; Ciancio 1998) que compararam esse agente com ácido cítrico e fosfórico, mostrando não induzir nenhuma necrose detectável durante o experimento, não produzindo, portanto, efeitos adversos quanto a viabilidade celular. Além disso, este agente foi mais eficiente na remoção de smear layer e exposição de fibras colágenas da dentina e cemento (Ciancio 1998). Na comparação do EDTA 24% com ácido cítrico pH 1,8 e ácido fosfórico 37%, observou-se que a ação quelante do EDTA promoveu uma remoção seletiva dos componentes minerais da dentina expondo fibras colágenas enquanto que, os ácidos removeram os componentes minerais, porém, alteraram a morfologia da matriz colágena (Blomlof & Lindskog 1995). Outros bons resultados foram encontrados em estudos com EDTA, como: melhor arranjo de fibras colágenas sobre a raiz (Blomlof, Blomlof et al. 1996); aumento em 20% de inserção conjuntiva, quando comparado ao grupo controle (solução salina) (Blomlof, Blomlof et al. 1996). Quando o EDTA parecia mesmo ser o agente ideal para ser usado na biomodificação, por seu pH neutro e grande capacidade quelante na remoção de íons cálcio, remoção de smear layer e exposição de fibras colágenas, uma nova metodologia começou a ser utilizada: a adesão de elementos sanguíneos sobre a raiz previamente condicionada, visando simular em estudos in vitro o mais próximo do que ocorreria in vivo. Assim, o EDTA começava a mostrar também seus efeitos adversos, pois este agente é um forte quelante de íons cálcio, o que dificulta ou até inibe o primeiro passo para a tentativa de regeneração/reparação periodontal, que é a formação do coágulo, pois esse íon é necessário para o começo da cascata de coagulação, interferindo assim, na formação do coágulo na superfície radicular condicionada (Baker, Rotch et al. 2000; Baker, Stanley Pavlow et al. 2005; Leite, Moreira et al. 2005). Estes estudos de adesão de células sanguíneas (Leite, Moreira et al. 2005) mostraram que em superfícies radiculares previamente condicionadas com gel de EDTA a 24% ocorria a adesão de elementos sangüíneos, porém as superfícies radiculares condicionadas com solução salina mostravam maior quantidade de células sanguíneas aderidas e entrelaçadas na rede de fibrina. Um fator que pode ter influenciado no resultado é a forma de apresentação do agente; o gel pode criar uma película sobre a superfície radicular ou mesmo penetrar na rede de fibrina dificultando sua remoção e assim impedindo a adesão de coágulo. Por outro lado, a forma de gel facilita a aplicação impedindo que a substância escorra para os tecidos adjacentes e não atinja o efeito desejado na superfície radicular. A característica quelante do EDTA também pode ter influenciado, pois sua ligação ao cálcio pode ter promovido o atraso na formação do coágulo (Leite, Moreira et al. 2005). Após esta característica adversa do EDTA, os outros agentes como ácido cítrico e tetraciclina voltaram a serem estudados, além de algumas associações de EDTA com proteína sérica albumina e matriz derivada de esmalte (Baker, Stanley Pavlow et al. 2005), e com fatores de crescimento (Silverio, Martinez et al. 2007). Como os protocolos de pesquisa a respeito do assunto são muito diversificados um grupo de pesquisadores (Sampaio 1998; Sampaio 1999; Abi Rached 2003; Sousa 2004; Batista, Sampaio et al. 2005; Leite, Moreira et al. 2005; Cavassim 2008; Dantas 2008; Ishi, Dantas et al. 2008) vem testando diversos agentes como o ácido cítrico, EDTA, tetraciclina e citrato de sódio, em diferentes protocolos, visando principalmente atingir concentração, tempo, pH e modo de aplicação ideais de cada substância. Após alguns estudos (Sousa 2004; Ishi 2007; Cavassim 2008) chegou-se a estes parâmetros considerados ideais: ácido cítrico 25%, aplicado com auxílio de pincel (aplicação ativa suave), por 3 minutos; cloridrato de tetraciclina 50mg/mL, aplicado por fricção com auxílio de uma bolinha de algodão (aplicação ativa vigorosa), durante 3 minutos; EDTA 24% na forma de gel, aplicado com auxílio de pincel, por 3 minutos. Mesmo após estabelecer estes parâmetros, os resultados esperados quanto a remoção de smear layer e exposição de fibras colágenas não foram atingidos. Tal fato pode ser justificado por alguns fatores que podem estar interferindo nos resultados, tais como: local e modo de preparo dos agentes desmineralizadores e dos espécimes; rápida inativação após 39 periodez2009 01-02-10.pmd 39 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 manipulação de alguns agentes como a tetraciclina; força do operador ao aplicar estes agentes. Este mesmo grupo de pesquisadores, em um estudo mais recente, que ainda está em fase de discussão, aponta também o grau de mineralização do dente como um desses possíveis fatores, pois o tempo de exposição à placa bacteriana e o grau de contaminação, e consequente hipermineralização deste dente pode dificultar sua desmineralização e descontaminação. Isto é, dentes hipermineralizados necessitariam de um tempo maior de aplicação da substância ou mesmo uma maior concentração como também o contrario seria verdadeiro, ou seja, dentes menos mineralizados necessitariam de um menor tempo ou mesmo uma menor concentração da substância. Este fato explicaria porque um mesmo protocolo de biomodificação remove smear layer e expõem fibras colágenas de um dente e de outro remove o smear layer, mas não expõe fibras colágenas ou até mesmo provoque a hiperdesmineralização. Como não há possibilidades de se saber atualmente qual seria o grau de mineralização do dente a ser descontaminado, acreditamos ser este o fator mais importante que vem contribuindo para obtenção ou não da biomodificação radicular. Por outro lado isto explicaria os resultados desfavoráveis encontrados na literatura tanto em estudos in vitro como em estudos in vivo. Assim sendo, apesar de muitos estudos in vitro apresentarem resultados favoráveis a realização da biomodificação radicular (Hanes, O’Brien et al. 1991; Madison & Hokett 1997; Delazari, Gerlach et al. 1999; Babay 2001; Leite, Moreira et al. 2005; Cavassim 2008; Dantas 2008; Ishi, Dantas et al. 2008) estudos in vivo (Bouchard, Nilveus et al. 1997; Mayfield, Soderholm et al. 1998; Kassab & Cohen 2003) não conseguiram atingir resultados satisfatórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, observa-se que os estudos utilizando agentes condicionadores para a superfície radicular apresentam uma grande variabilidade nos resultados devido a vários fatores que podem interferir negativamente no resultado final dos experimentos, tais como: tipo de raspagem realizada (manual ou ultrassônica), a qual pode interferir na quantidade de cálculo residual, rugosidade da superfície radicular (Hunter, O’Leary et al. 1984; Takacs, Lie et al. 1993; Jacobson, Blomlof et al. 1994) e tipo de smear layer criada (Sampaio 1999); tempo de condicionamento da superfície radicular; modo de aplicação destas substâncias; concentração e pH utilizados (Bergenholtz & Babay 1998); possibilidade de diluição e inativação parcial da substância quando em contato com sangue durante o procedimento cirúrgico (Sampaio 1999); modo de preparo das amostras e das substâncias; grau de hipermineralização do dente; força de aplicação dos agentes pelo operador. Aliado a todos esses fatores, algumas características adversas encontradas em cada agente utilizado e a falta de padronização de um índice universal para o grau de remoção de smear layer, ajudam na obtenção de resultados negativos quando utilizado o condicionamento químico da superfície radicular. Devido a todos estes fatores adversos, citados acima, acreditamos que a biomodificação radicular seja um procedimento difícil de ser alcançado, explicando os resultados conflitantes a até controversos encontrados na literatura mundial que trata do assunto. Porém, também acreditamos que ela deve ser utilizada para pelo menos auxiliar na descontaminação da superfície radicular como coadjuvante da raspagem e aplainamento radicular. ABSTRACT The aim of scaling and root planning is to eliminate the bacterial plaque and supra and subgengival dental calculus. However, these treatments do not promote any root decontamination and they create smear layer, which can work as a physique barrier, and can decrease or even avoid the regeneration of the support periodontal tissue. The root biomodification is the chemical treatment of the root surface which has the goal of removing the smear layer produced during the scaling, promoting a root decontamination aditional to the scaling and exposing the matrix of collagen fibers of the cementum and/or the dentine, which increases the chances of periodontal regeneration. Although several in vitro studies present favorable results for the performance of root biomodification, in vivo studies showed conflicting results. Through a literature review, the authors critically discussed each factor that may be contributing to the inconsistent results found during the root biomodification. UNITERMS: Citric Acid, Tetracycline, EDTA, Root Conditioning. 40 periodez2009 01-02-10.pmd 40 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Socransky, S.S. and A.D. Haffajee, The bacterial etiology of destructive periodontal disease: current concepts. J Periodontol, 1992. 63(4 Suppl): p. 322-1. 16- Selvig, K.A. and E. Hals, Periodontally diseased cementum studied by correlated microradiography, electron probe analysis and electron microscopy. J Periodontal Res, 1977. 12(6): p. 419-29. 2- Lowenguth, R.A. and T.M. Blieden, Periodontal regeneration: root surface demineralization. Periodontol 2000, 1993. 1: p. 54-68. 17- Blomlof, J., L. Blomlof, and S. Lindskog, Ultrasonic subgingival root planing and EDTA etching in a one-step procedure. Swed Dent J, 1997. 21(6): p. 213-9. 3- Hanes, P.J., A.M. Polson, and G.T. Frederick, Initial wound healing attachments to demineralized dentin. J Periodontol, 1988. 59(3): p. 176-83. 4- Nalbandian, J. and N. Cote, Direct histological comparison of periodontal wound healing in the beagle dog with and without citric acid conditioning. . J Periodontal Res, 1982. 17(6): p. 552-62. 18- Baker, D.L., S.A. Stanley Pavlow, and U.M. Wikesjo, Fibrin clot adhesion to dentin conditioned with protein constructs: an in vitro proof-ofprinciple study. J Clin Periodontol, 2005. 32(6): p. 561-6. 19- Baker, P.J., et al., An in vitro screening model to evaluate root conditioning protocols for periodontal regenerative procedures. J Periodontol, 2000. 71(7): p. 1139-43. 5- Polson, A.M., et al., The production of a root surface smear layer by instrumentation and its removal by citric acid. J Periodontol, 1984. 55(8): p. 443-6. 20- Wirthlin, M.R., The current status of new attachment therapy. J Periodontol, 1981. 52(9): p. 529-44. 6- Hanes, P.J., N.J. O’Brien, and J.J. Garnick, A morphological comparison of radicular dentin following root planing and treatment with citric acid or tetracycline HCl. J Clin Periodontol, 1991. 18(9): p. 660-8. 21- Brannstrom, M., K.J. Nordenvall, and P.O. Glantz, The effect of EDTAcontaining surface-active solutions on the morphology of prepared dentin: an in vivo study. J Dent Res, 1980. 59(7): p. 1127-31. 7- Blomlof, J. and S. Lindskog, Root surface texture and early cell and tissue colonization after different etching modalities. Eur J Oral Sci, 1995. 103(1): p. 17-24. 22- Chaves, E., et al., The effect of citric acid application on periodontally involved root surfaces. II. An in vitro scanning electron microscopic study. Int J Periodontics Restorative Dent, 1993. 13(2): p. 188-96. 8- Blomlof, J.P., L.B. Blomlof, and S.F. Lindskog, Smear removal and collagen exposure after non-surgical root planing followed by etching with an EDTA gel preparation. J Periodontol, 1996. 67(9): p. 841-5. 23- Wikesjo, U.M., R.E. Nilveus, and K.A. Selvig, Significance of early healing events on periodontal repair: a review. J Periodontol, 1992. 63(3): p. 158-65. 9- Blomlof, J., L. Blomlof, and S. Lindskog, Effect of different concentrations of EDTA on smear removal and collagen exposure in periodontitisaffected root surfaces. J Clin Periodontol, 1997. 24(8): p. 534-7. 24- Pitaru, S., et al., Partial regeneration of periodontal tissues using collagen barriers. Initial observations in the canine. J Periodontol, 1988. 59(6): p. 380-6. 10- Kassab, M. and R.E. Cohen, The effect of root modification and biomodification on periodontal therapy. Compend Contin Educ Dent, 2003. 24(1): p. 31-4, 36-7, 40 passim; quiz 44. 25- Zaman, K.U., et al., A study of attached and oriented human periodontal ligament cells to periodontally diseased cementum and dentin after demineralizing with neutral and low pH etching solution. J Periodontol, 2000. 71(7): p. 1094-9. 11- Postlethwaite, A.E., J.M. Seyer, and A.H. Kang, Chemotactic attraction of human fibroblasts to type I, II, and III collagens and collagen-derived peptides. Proc Natl Acad Sci U S A, 1978. 75(2): p. 871-5. 12- Sobel, J.D. and J.I. Gallin, Polymorphonuclear leukocyte and monocyte chemoattractants produced by human fibroblasts. J Clin Invest, 1979. 63(4): p. 609-18. 13- López, N.J., Connective tissue regeneration to periodontally diseased roots planed and conditioned with citric acid and implanted into the oral mucosa. J Periodontol, 1984. 55: p. 381-390. 14- Stabholz, A.K., J.; Aprecio, R.; Zimmerman, G.; Baker, P.J.; and U.M. Wikesjö, Antimicrobial properties of human dentin impregnated with tetracycline HCl or chlorhexidine. An in vitro study. J Clin Periodontol, 1993. 20(557-562). 15- Gauss-Muller, V.K., H.K.; Martin, G.R.; Schiffman, E., Role of attachment factors and attractants in fibroblast chemotaxis. J Lab Clin Med, 1980. 96(1071-1080). 26- Fardal, O. and B.F. Lowenberg, A quantitative analysis of the migration, attachment, and orientation of human gingival fibroblasts to human dental root surfaces in vitro. J Periodontol, 1990. 61(8): p. 529-35. 27- Cogen, R.B., D.C. Garrison, and T.W. Weatherford, Effect of various root surface treatments on the viability and attachment of human gingival fibroblasts. J Periodontol, 1983. 54(5): p. 277-82. 28- Larjava, H., et al., Effect of citric acid treatment on the migration of epithelium on root surfaces in vitro. J Periodontol, 1988. 59(2): p. 959. 29- Higashi, T. and H. Okamoto, The effect of ultrasonic irrigation before and after citric acid treatment on collagen fibril exposure: an in vitro SEM study. J Periodontol, 1995. 66(10): p. 887-91. 30- Lan, W.C., et al., The effects of extracellular citric acid acidosis on the viability, cellular adhesion capacity and protein synthesis of cultured 41 periodez2009 01-02-10.pmd 41 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 human gingival fibroblasts. Aust Dent J, 1999. 44(2): p. 123-30. 31- Terranova, V.P. and G.R. Martin, Molecular factors determining gingival tissue interaction with tooth structure. J Periodontal Res, 1982. 17(5): p. 530-3. 32- Isik, A.G., et al., A comparative scanning electron microscopic study on the characteristics of demineralized dentin root surface using different tetracycline HCl concentrations and application times. J Periodontol, 2000. 71(2): p. 219-25. 33- Golub, L.M., et al., Tetracyclines inhibit tissue collagenase activity. A new mechanism in the treatment of periodontal disease. J Periodontal Res, 1984. 19(6): p. 651-5. 34- Gomes, B.C., L.M. Golub, and N.S. Ramamurthy, Tetracyclines inhibit parathyroid hormone-induced bone resorption in organ culture. Experientia, 1984. 40(11): p. 1273-5. 35- Gabler, W.L. and H.R. Creamer, Suppression of human neutrophil functions by tetracyclines. J Periodontal Res, 1991. 26(1): p. 52-8. 36- Baker, P.J., et al., Tetracycline and its derivatives strongly bind to and are released from the tooth surface in active form. J Periodontol, 1983. 54(10): p. 580-5. 37- Nalbandian, J., The microscopic pattern of tetracycline fluorescence in the cementum of human teeth. J Biol Buccale, 1978. 6(1): p. 27-41. 38- Alger, F.A., et al., The histologic evaluation of new attachment in periodontally diseased human roots treated with tetracyclinehydrochloride and fibronectin. J Periodontol, 1990. 61(7): p. 447-55. 39- Wang, Y., et al., Tetracycline at subcytotoxic levels inhibits matrix metalloproteinase-2 and -9 but does not remove the smear layer. J Periodontol, 2005. 76(7): p. 1129-39. 40- Ciancio, S., Biological therapies in dentistry. . Decker Periodicais 1998. 14: p. 1-4. 41- Leite, F.R.M., et al., Blood cell attachment to root surfaces treated with EDTA gel. Braz Oral Res, 2005. 19: p. 88:92. 42- Leite, F.R., et al., Blood cell attachment to root surfaces treated with EDTA gel. Braz Oral Res, 2005. 19(2): p. 88-92. 43. Silverio, K.G., A.E. Martinez, and C. Rossa, Jr., Effects of basic fibroblast growth factor on density and morphology of fibroblasts grown on root surfaces with or without conditioning with tetracycline or EDTA. J Oral Sci, 2007. 49(3): p. 213-20. 44- Sampaio, J.E., Eficiência de detergentes e EDTA na remoção da “smear layer” de superfícies radiculares submetidas à raspagem e aplainamento: análise através da microscopia eletrônica de varredura. [Tese de Livre Docência]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 1999. 45. Cavassim, R., Avaliacao in vitro de diferentes concentracoes, tempos e modos de aplicacao do acido citrico na biomodificacao radicular. Analise por meio de microscopia eletronica de varredura [dissertacao mestrado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 2008. 46- Ishi, E.P., et al., Smear layer removal and collagen fiber exposure using tetracycline hydrochloride conditioning. J Contemp Dent Pract, 2008. 9(5): p. 25-33. 47. Sampaio, L.M., Eficiência do Cloridrato de Tetraciclina na remoção da “smear layer”, após instrumentação radicular; em diferentes concentrações, tempos e modos de aplicação. Análise através de microscopia eletrônica de varredura [Tese de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 1998. 48- Sousa, C.P., Estudo in vitro da eficácia do gel de EDTA 24% na remoção de “smear layer” e exposição de fibras colágenas da superfície radicular [Tese de Doutorado] Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 2004. 49- Abi Rached, A.D., Remoção de smear layer de superfícies radiculares utilizando diferentes concentrações, modos e tempos de aplicação de cloridrato de tetraciclina. Análise por meio de microscopia eletrônica de varredura [Tese de Mestrado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 2003. 50- Dantas, A.A.R., Efeito do condicionamento radicular com diferentes agentes para a adesão de Plasma Rico em Plaquetas e de Células Sangüíneas. Estudo in vitro. [Tese de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 2008. 51- Batista, L.H.C., et al., Efficacy of EDTA-T gel for smear layer removal at root surfaces. Quintessence Int, 2005. 36: p. 551:8. 52- Ishi, E.P., Eficácia do cloridrato de tetraciclina na remoção de smear layer e na exposição de colágeno da matriz dentinária [Tese de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP. 2007. 53- Babay, N., SEM study on the effect of two different demineralization methods with saturated tetracycline hydrochloride on diseased root surfaces. J. Contemp. Dent. Pract, 2001. 15(2): p. 25-35. 54- Madison, J.G. and S.D. Hokett, The effects of different tetracyclines on the dentin root surface of instrumented, periodontally involved human teeth: a comparative scanning electron microscope study. J Periodontol, 1997. 68(8): p. 739-45. 55. Delazari, F.M., et al., Scanning electron microscopy study of the effect of tetracycline HCl on smear layer removal and fibrin network formation. Braz Dent J, 1999. 10: p. 81-7. 56. Kassab, M. and R.E. Cohen, The effect of root modification and biomodification on periodontal therapy. Compend Contin Educ Dent, 2003. 24(1): p. 31-4. 57. Bouchard, P., R. Nilveus, and D. Etienne, Clinical evaluation of tetracycline HCl conditioning in the treatment of gingival recessions. A comparative study. J Periodontol, 1997. 68(3): p. 262-9. 58. Mayfield, L., et al., Root conditioning using EDTA gel as an adjunct to surgical therapy for the treatment of intraosseous periodontal defects. J Clin Periodontol, 1998. 25(9): p. 707-14. 59. Jacobson, L., J. Blomlof, and S. Lindskog, Root surface texture after different scaling modalities. Scand J Dent Res, 1994. 102(3): p. 15660. 42 periodez2009 01-02-10.pmd 42 6/8/2010, 10:19 AM R. Periodontia - 19(4):37-43 60. Hunter, R.K., T.J. O’Leary, and A.H. Kafrawy, The effectiveness of hand versus ultrasonic instrumentation in open flap root planing. J Periodontol, 1984. 55(12): p. 697-703. 61. Takacs, V.J., et al., Efficacy of 5 machining instruments in scaling of molar furcations. J Periodontol, 1993. 64(3): p. 228-36. 62. Bergenholtz, A. and N. Babay, Scanning electron microscopy of the root surface texture of extracted periodontally diseased teeth following various etching and chelating regimens. Int J Periodontics Restorative Dent, 1998. 18(2): p. 171-9. Endereço para correspondência: Prof. Dr. José Eduardo Cezar Sampaio Faculdade de Odontologia de Araraquara – Universidade Estadual Paulista Departamento de Diagnóstico e Cirurgia Rua Humaitá, 1680 - 2º andar CEP: 14801-903 - Araraquara - SP - Brasil Tel/Fax: (016) 3301-6384 E-mail: [email protected] 43 periodez2009 01-02-10.pmd 43 6/8/2010, 10:19 AM