1 Temperaturas de conservadores a frio em estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria/RS Lisandra Mürmann1, Paulo Dilkin2, Claudia H. Kowalski2 , Carlos A. Almeida2, Carlos A. Mallmann3 Resumo Tendo em vista a importância do frio na conservação dos alimentos, objetivou-se investigar as temperaturas dos equipamentos de frio dos estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria, RS. Foram verificadas as temperaturas de 163 equipamentos (50 congeladores, 51 refrigeradores, 14 câmaras frias, 38 balcões de refrigeração e 10 balcões de congelamento) em 45 estabelecimentos. Do total de equipamentos, 57% estava com a temperatura acima do normatizado pela Legislação Estadual. O maior índice de desacordo (92%), estava relacionado com os equipamentos de congelamento, sendo que a média da temperatura estava 8,5°C acima do adequado. Em relação a refrigeração, 34% dos equipamentos estava com temperatura inadequada. A câmara fria apresentou a maior confiabilidade, com uma média de temperatura de 3,75°C e 78,6% de adequação. Constatou-se, com esse estudo, que a maioria (57%) dos equipamentos de frio destinados à conservação de alimentos apresentou temperaturas inadequadas, o que pode constituir um risco a conservação dos alimentos e conseqüentemente para a saúde do consumidor. Palavras-chave: temperatura, alimentos, Saúde Pública, equipamentos de frio. 1 Bolsista do CNPq. Curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária da UFSM, Santa Maria, RS. de Análises Micotoxicológicas (LAMIC), UFSM, Santa Maria, RS 3 Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da UFSM, Prédio 44, Camobi, Santa Maria, RS- e [email protected] 2 Laboratório 2 Temperatures of cold equipments for food conservation in food stores in Santa Maria/RS Summary The importance of the temperature in food conservation prompted us to investigate the temperature of cold equipments used in food stores in Santa Maria, RS. We measured the temperature of 163 cold equipments (50 freezers, 51 refrigerators, 14 cold cameras, 38 refrigeration counters and 10 freezing counters) in 45 stores. From all equipments, 57% had the temperature above what is tolerated by the State Legislation. The highest (92%) percentage of disagreement was found among freezing equipments. The mean temperature was 8.5°C above the indicated. Regarding to the refrigeration equipments, 34% were in disagreement with the ideal temperature. The cold rooms were the most trustworthy equipments, with an average temperature of 3.75°C and 78.6% had the adequate temperature. This study showed that the majority (57%) of cold equipments used for food conservation are maintained under inadequate temperature and may a risk for food quality and public health. Key words: temperature, foods, Public Health, cold equipments. 1-Introdução O uso correto dos equipamentos de frio reduz, significativamente, a deterioração dos alimentos e os riscos à saúde do consumidor (HAZELWOOD & MCLEAN, 1996; HOBBS & ROBERTS, 1998). Da mesma forma, a limpeza dos mesmos é de suma importância para garantir a conquista e manutenção de bons padrões higiênicos (HAZELWOOD & MCLEAN, 1996), pois, vários microorganismos podem influenciar na conservação e decomposição dos alimentos (RIEDEL, 1996). 3 A ocorrência de toxiinfecções alimentares (TIA´s) possui uma correlação elevada com a manipulação e conservação inadequada dos alimentos (FRANCO & LANDGRAF 1996; CHESCA et al. 2001a). Poucos dados epidemiológicos sobre as TIA´s encontram-se disponíveis no Brasil. As produções científicas são muito limitadas, mas acredita-se que a incidência de TIA´s no país seja relevante (ZOLI et al., 2002). No Rio Grande do Sul, em pesquisa realizada por PINTO (1999), foram constatados 1.187 surtos de TIA´s entre os anos de 1988 a 1997. FRANCO & LANDGRAF (1996), afirmam que mesmo em países desenvolvidos, nos quais o fornecimento de gêneros alimentícios é considerado seguro do ponto de vista higiênico e de saúde pública, a ocorrência de doenças dessa natureza é significativa e crescente. Nos Estados Unidos ocorrem cerca de 24 milhões de casos de TIA´s por ano, afetando assim, aproximadamente 10% da população. Vários fatores podem influenciar na conservação de alimentos e na ocorrência enfermidades, como tratamento térmico inadequado, ingredientes contaminados e preparo antecipado dos alimentos. Deve-se levar em conta que mais de um desses fatores podem ocorrer concomitantemente. Em pesquisa realizada em Curitiba, a conservação inadequada dos alimentos foi responsável por 46,5% dos surtos de TIA´s (SILVA JR., 1997), enquanto PINTO (1999), no Rio Grande do Sul, encontrou a porcentagem de 30,7%. Existem muitos métodos de preservação alimentar, os quais podem ser divididos em processos bactericidas, que destroem os microorganismos (cocção, irradiação) e processos bacteriostáticos como a refrigeração e o congelamento (SILVA JR., 1997). A temperatura adequada durante o processo de conservação é de fundamental importância para inibir a proliferação microbiana e minimizar as reações químicas que causam a deterioração dos alimentos (TOLEDO, 1999; FERRARI & TORRES, 2000; GERMANO & GERMANO, 4 2001). Conforme CHESCA et al. (2001a), o frio tem sido reconhecido como um excelente método de conservação de alimentos, além de ser seguro e confiável. A maioria dos microorganismos requer temperaturas superiores a 10°C para a sua proliferação. Ao se referir à refrigeração, geralmente considera-se temperaturas inferiores a 10°C, que inibem o desenvolvimento dos microorganismos mesófilos. No entanto, os psicrotróficos ainda são capazes de se desenvolver entre 0°C e 7°C. Mesmo para estes, quanto mais baixa for a temperatura, menor será a sua velocidade de multiplicação. Assim, um alimento sofrerá deterioração aproximadamente 2 vezes mais rápida a 10°C do que em temperaturas entre 5°C e 0°C (FRANCO & LANDGRAF, 1996). As temperaturas corretas de armazenamento, conforme a Decreto nº23.430, são de 7°C e – 18°C para refrigeração e congelamento, respectivamente (RIO GRANDE DO SUL, 1974). As condições satisfatórias de limpeza dos equipamentos e manutenção da temperatura são essenciais para evitar a deterioração, descoloração, bolor e infestação por insetos nos alimentos (HAZELWOOD & MCLEAN, 1996). O objetivo do presente trabalho foi de contribuir para melhoria da Saúde Pública, através da verificação da temperatura de conservação dos alimentos pelos equipamentos de frio utilizados em estabelecimentos diretamente relacionados ao consumidor. A posse destes dados, permitirá a Vigilância Sanitária traçar estratégias e alternativas mais eficazes para a prevenção e redução das TIA´s. 2- Material e Métodos A avaliação das temperaturas dos conservadores de frio de alimentos foi realizada em estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria/RS, no período de 17 de março a 2 de maio de 2003. As temperaturas foram verificadas em uma 5 ação conjunta com a Vigilância Sanitária de Santa Maria. Os estabelecimentos foram escolhidos conforme solicitação de liberação ou renovação de alvará sanitário e locais denunciados por consumidores, acompanhando a rotina da fiscalização. Os estabelecimentos onde foram coletados os dados pertenciam a diversas categorias, todas relacionadas à comercialização de alimentos. Foram vistoriados 45 estabelecimentos, sendo: 9 mercados, 9 armazéns, 5 açougues, 3 padarias, 5 restaurantes, 12 lancherias e 2 pastelarias. Esses locais encontravam-se distribuídos em diversos pontos da cidade. Foram verificadas as temperaturas de 163 equipamentos de frio, sendo 50 congeladores, 51 refrigeradores, 14 câmaras frias, 38 balcões refrigerados e 10 balcões de congelamento. Todos os equipamentos de frio, tais como: refrigeradores, câmaras frias, balcões refrigerados, congeladores e balcões de congelamento encontrados nos estabelecimentos foram verificados com termômetro à laser, MinitempTM, Baytec. A temperatura de cada equipamento é resultante de uma média de 10 medições realizadas em diversos pontos de seu interior. As avaliações estatísticas das temperaturas obtidas foram realizadas empregando-se a estatística descritiva (média, desvio padrão, mínima e máxima), com o auxílio do programa estatístico Statgraphics, versão 5.0, 2000 (Statgraphics, Manugistic, Rockville, EUA). 3- Resultados e Discussão A temperatura de armazenamento dos alimentos é um dos fatores determinantes na qualidade dos produtos expostos à venda. Os alimentos armazenados em temperaturas inadequadas poderão ter suas características organolépticas e microbiológicas afetadas, 6 podendo, desta forma, afetar a saúde dos consumidores. Esses alimentos poderão apresentar redução da vida útil de prateleira acarretando, com isso, também perdas econômicas. Ao analisarmos os dados da Tabela 1, podemos concluir que 93 (57%) dos equipamentos de frio verificados, apresentaram temperaturas médias superiores ao recomendado pela legislação sanitária vigente. Os equipamentos responsáveis pelo congelamento dos alimentos (congeladores e balcões de congelamento) apresentaram o maior índice de desacordo quanto a temperatura recomendada, sendo de 84% e 100%, respectivamente. Em estudo similar desenvolvido pela Vigilância Sanitária de São Paulo, 30% dos equipamentos de congelamento apresentaram temperatura entre –12°C a –15°C, e a moda (freqüência que mais aparece) de –5°C. Em nenhum dos equipamentos de congelamento avaliados foi constatada temperatura correta, que é de –18°C (DURAES, 2003). Analisando-se a média geral dos pontos de temperatura aleatoriamente medidos, observa-se que o tipo de equipamento de congelamento que apresentava maior média de temperatura inadequada foi o balcão de congelamento, com a temperatura média de –9,5°C (Tabela 2). Os equipamentos de congelamento deverão ser utilizados de maneira que o produto mantenha-se igual ou inferior a –18°C, com o mínimo de oscilação (CODEX ALIMENTARIUS, 1976). Temperaturas de congelamento acima dos valores recomendados não inativam as enzimas que podem deteriorar os alimentos. Quanto mais baixa for a temperatura de congelamento, maior será a vida útil do produto, sendo o frio um dos melhores meios para se manter a coloração, o aroma e a aparência de muitos alimentos (FRANCO & LANDGRAF, 1996). 7 Do total de equipamentos analisados responsáveis pela refrigeração dos alimentos, 41 (34,5%) encontravam-se com as temperaturas acima do permitido pela legislação. Em pesquisa realizada por CHESCA et al. (2001b), na cidade de Uberaba/MG, constataram que 70% dos estabelecimentos que comercializam alimentos trabalham com temperaturas inadequadas de armazenamento. No entanto, HOBBS & ROBERTS (1998) obtiveram índice de reprovação inferior ao analisarem as temperaturas de 559 refrigeradores na cidade de Londres, onde somente 110 (19,7%) dos equipamentos apresentaram temperaturas inadequadas. A vida de prateleira dos alimentos armazenados depende da manutenção das condições de temperatura, sendo que oscilações térmicas podem determinar vários problemas, como a deterioração do alimento e a formação de cristais de gelo maiores no interior do produto armazenado (PROUDLOVE, 1996). Em nosso estudo, a câmara fria foi o equipamento com maior confiabilidade e segurança apresentando temperatura média adequada em 78,6% dos equipamentos avaliados. A temperatura média geral dos equipamentos de refrigeração apresentou-se de acordo com os limites estabelecidos (abaixo dos 7°C), dentre os quais, a câmara fria apresentou a menor temperatura média (3,75°C). Foram encontrados pontos de temperatura muito altos, como 22°C, em um refrigerador e 7°C em um congelador (Figura 1), podendo-se concluir que alguns equipamentos podem estar desligados. Estes resultados estão de acordo com as constatações de MENDES et al. (2001), que verificaram altas temperaturas em equipamentos de frio. Em determinado supermercado de Salvador/BA, parte dos cortes cárneos estavam expostos no balcão de refrigeração, sob condições de temperatura insatisfatórias, com sinais aparentes de deterioração e presença de 8 gotículas de água, sugerindo que os equipamentos permaneceram desligados por algum tempo. Outro possível problema, segundo JONKE (1997), é o funcionamento deficiente dos equipamentos, que ocorre tanto em redes de grandes supermercados como em pequenos estabelecimentos. A Vigilância Sanitária de alimentos possui fundamental importância no cumprimento de normas e regulamentos referentes á comercialização e manipulação de alimentos. Para tanto, é indispensável que os profissionais recebam uma capacitação adequada e disponham de equipamentos pertinentes para realização de suas tarefas, como a verificação de temperatura. GÓES (2000) afirma que a Vigilância Sanitária, na maioria das vezes, não tem sido tratada com a devida importância pelas autoridades, e ainda de acordo, LIMA (2002), afirma que a falta de estrutura dos órgãos de fiscalização, praticamente em todas as esferas, tanto federal, estadual e municipal, apresenta carência de pessoal e, muitas vezes, preparação deficiente, desconhecendo os benefícios do frio na conservação dos alimentos. GERMANO & GERMANO (2001), afirmam que a legislação, por si só, não pode garantir a inocuidade dos alimentos, fazendo-se necessária á criação de programas de capacitação específicos, visando a prevenção da contaminação. Com a fiscalização bem informada e a conscientização dos proprietários quanto a importância da armazenagem correta, a qualidade dos alimentos comercializados será beneficiada. 4- Conclusões Verificamos no presente trabalho que mais da metade dos equipamentos de frio inspecionados, nos estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria, encontram-se com temperaturas acima do recomendado pela legislação, sendo 9 constatado que o maior problema está nos equipamentos de congelamento. Isto leva a crer que podem ocorrer altos índices de TIA´s na população, devido a conservação inadequada dos alimentos. São necessárias medidas corretivas para melhorar a qualidade das temperaturas de armazenamento dos alimentos, como fiscalização adequada e capacitação de profissionais para instruir os proprietários dos estabelecimentos. 5- Referências Bibliográficas CHESCA, A.C. et al. Avaliação das temperaturas de pistas frias e pistas quentes em restaurantes da cidade de Uberaba, MG. 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Avaliação da contaminação por Staphylococcus Aureus e Salmonella spp., de maionese de batata comercializada em Londrina, PR. Higiene Alimentar, São Paulo, v.16, n.95, p.62-72, abril, 2002. 13 Tabela 1 - Classificação de equipamentos de frio analisados de acordo com a temperatura em estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria/RS. Adequada (%) Inadequada (%) Equipamento Número Congelador 50 8 (16,0) 42 (84,0) Câmara fria 14 11 (78,6) 3 (21,4) Balcão 38 22 (57,9) 16 (42,1) refrigerado Refrigerador 51 29 (56,9) 22 (43,1) Balcão congelado 10 0 (00,0) 10 (100,0) Total 163 70 (43,0) 93 (57,0) 14 Tabela 2 - Temperaturas observadas nos diversos pontos medidos em cada equipamento de frio em estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria/RS. Equipamento Pontos medidos Média (°C) Mínimo (°C) Máximo (°C) Congelador 500 -11,79 (7,4)* -31,0 7,0 Câmara fria 140 3,75 (5,1) -7,0 17,5 Balcão 380 6,29 (4,3) -6,0 16,0 refrigerado Refrigerador 510 5,52 (4,7) -4,5 22,0 Balcão 100 -9,53 (4,7) -20,0 -0,5 congelado Total 1630 ---31,0 22,0 * Desvio Padrão 15 Graus CTipo de equipamentoCongeladorCâmara friaBalcão resfriadoRefrigeradorBalcão congelamento-31-21-11-191929 FIGURA 1- Distribuição estatística da variação de temperatura (média, mínima, máxima e desvio padrão) conforme tipo de equipamento de frio (50 congeladores, 51 refrigeradores, 14 câmaras frias, 38 balcões de refrigeração e 10 balcões de congelamento). Estudo realizado em estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria/ REVISTA HIGIENE ALIMENTAR - 2003