Evolução do tratamento cirúrgico do Cancro da Mama em Portugal no
período 2000-2012 – Estudo de uma base de dados nacional
1 - Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro | 2 - Instituto de Ciências Biomédiédicas de Abel Salazar
Luís Madureira1, Corália Vicente2, Ana Sofia Esteves1, Paulo Avelar1, Carlos Santos1
Método:
Selecção do episódios que conjugassem três critérios:
GDH cirúrgico; pelo menos um diagnóstico de cancro da mama ou de linfáticos axilares/CMI
em D1, D2 ou D3; pelo menos um procedimento cirúrgico relativo à mama, à axila ou à CMI
entre P1 e P10 .
Objectivo:
Estabelecer a existência de diferença, com significado estatístico, da
abordagem cirúrgica do cancro da mama ao longo do período em causa.
Material:
Base de dados de Codificação Clínica/GDH da ACSS, IP.
Estudo:
Observacional, de coorte, longitudinal, retrospectivo e descritivo
Descrição:
Agruparam-se os procedimentos em sete grupos e registou-se a sua ocorrência
em número absoluto e em percentagem ao longo dos treze anos abrangidos
pela base de dados (tabela 1). A elaboração de uma curva de distribuição
demonstra o seu carácter evolutivo (figura 1). A diferença entre os números
registados em 2000 e em 2012 (tabela 2) é estatísticamente significativa
(figura 2). O ponto de inversão na abordagem da mama é 2005 e na abordagem
ganglionar é 2006
ANO
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Total
Conservação
linfática
156
137
191
205
339
693
983
1434
1907
2468
2906
3257
3559
18235
3,60%
2,70%
3,50%
3,70%
5,70%
1066
1324
1571
1690
1879
Conservação de
mama
Radical linfático
Radical de mama
Radical de mama e
linfático
Plástica
Inespecífico
Total1
Tabela
24,70%
645
15,00%
Conservação
de mama
Radical
linfático
Radical de
mama
Radical de
mama e
linfático
Plástica
Inespecífico
10,40% 13,60% 18,30% 21,00% 24,60% 27,00% 27,50% 28,70% 17,90%
2094
2359
2373
2867
3054
3101
3282
3285
29945
Total
26,50% 28,80% 30,70% 31,40% 31,30% 32,70% 30,30% 31,60% 30,40% 28,80% 27,70% 26,50% 29,30%
849
924
1049
1177
1231
1164
17,00% 16,90% 19,10% 19,70% 18,40% 16,10%
1062
1203
1105
13,60% 13,30% 11,00%
978
941
873
13201
9,10%
7,90%
7,00%
12,90%
1307
1347
187
180
247
203
263
403
381
463
674
837
1058
4,30%
3,60%
4,50%
3,70%
4,40%
6,00%
5,30%
5,90%
7,40%
8,30%
9,80%
2054
2226
2315
2201
2144
2067
2050
2136
1941
1861
1778
47,60%
Conservação
linfática
11,00% 10,90%
1815
1770
1210
1510
2012
3559
28,70%
3285
26,50%
873
7,00%
1347
10,90%
1770
Total
3715
22,20%
4351
26,00%
1518
9,10%
1534
9,20%
3824
47,60%
14,30%
22,90%
201
4,70%
3
0,10%
4312
100%
1510
12,20%
47
0,40%
12391
100%
1711
10,20%
50
0,30%
16703
100%
Figura 2
Tabela 2
7550
7,40%
26358
44,50% 42,40% 40,00% 35,90% 30,90% 28,40% 27,30% 21,40% 18,50% 16,50% 15,30% 14,30% 25,80%
201
282
198
139
152
181
224
329
431
651
905
4,70%
5,60%
3,60%
2,50%
2,50%
2,70%
3,10%
4,20%
4,80%
6,50%
8,40%
3
5
11
17
21
19
59
39
46
61
51
31
47
0,10%
0,10%
0,20%
0,30%
0,40%
0,30%
0,80%
0,50%
0,50%
0,60%
0,50%
0,30%
0,40%
0,40%
4312
5003
5457
5504
5975
6688
7220
7836
9069
10037
10777
11843
12391
102112
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
10,20% 12,20%
figura1
2000
156
3,60%
1066
24,70%
645
15,00%
187
4,30%
2054
6413
6,30%
410
Conclusões:
1 – Há diferença na abordagem cirúrgica do cancro da mama
2 – Essa diferença é no sentido da cirurgia conservadora
3 – Parece haver mais diferença na conservação linfática do que na conservação mamária
4 – Houve um aumento significativo dos procedimentos plásticos
5 – Houve um aumento do número de episódios cirúrgicos
Bibliografia 1 – base de dados de neoplasia da mama, período 2000-2012, ACSS,IP; 2 – From Radical Mastectomy to Breast-Conserving Therapy and Oncoplastic Breast Surgery: A Narrative
Review Comparing Oncological Result, Cosmetic Outcome, Quality of Life, and Health Economy. Ahmad Kaviani, Nassim Sodagari, Sara Sheikhbahaei, Vahid Eslami, Nima Hafezi-Nejad, Amin
Safavi, Maryam Noparast and Alfred Fitoussi. Hindawi Publishing Corporation. ISRN Oncology. Volume 2013, Article ID 742462; 3 – The History of Cancer, American Cancer Societ; 4 – In Situ
ablation of breast tumors – what is the state of the art? Michael Sable. UMCCC. Cancernews.com; 5 – Evolution of breast cancer management in Ireland: a decade of change. Helen M Heneghan,
Ruth S Prichard, Amanda Devaney, Karl J Sweeney, CMalone, Ray McLaughlin and Michael J Kerin. BMC Surgery 2009, 9:15 doi:10.1186/1471-2482-9-15; 6 - Continuing Evolution in Breast Cancer
Surgical Management. Eleftherios P. Mamounas, Northeastern Ohio Universities College of Medicine, Rootstown; and Aultman Cancer Center, Canton, OH. JOURNAL OF CLINICAL ONCOLOGY.
VOLUME 23 d NUMBER 8 d MARCH 10 2005; 7 –New approaches to surgery for breast cancer. SE Singletary. MD anderson Cancer Center. Endocrine-related cancer (2001) 8 265-286
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