Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO DIVERTÍCULO FARINGOESOFÁGICO Eusébio José Gallo Junior José Luis Braga de Aquino Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida [email protected] Terapêutica Cirúrgica das Afecções da Transição Cervico-Torácica Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: Introdução: Divertículo faringoesofágico, usualmente conhecido como Zenker, apresenta-se como uma patologia de ocorrência pouco freqüente na população e provavelmente advenha desse fato o desafio de consensualizar o método mais eficaz para se empregar na terapêutica dessa doença. A diverticulectomia com a miotomia do músculo cricofaríngeo é a opção cirúrgica mais comumente empregada na correção dessa patologia, especialmente nos divertículos de maiores dimensões. Optamos assim por empregar este tratamento em nossa pesquisa, sendo ele complementado pela sutura mecânica linear para o fechamento do faringe, afim de evitar a principal complicação local pós-operatória desse procedimento, a fístula ao nível da sutura do faringe. Objetivo: Este estudo retrospectivo consiste em avaliar os resultados do tratamento cirúrgico do divertículo Zenker em uma amostra de pacientes no tocante às suas complicações locais e sistêmicas. Método: 06 pacientes portadores de divertículo de Zenker, com as condições clínicas necessárias a serem indicados ao procedimento, foram submetidos à diverticulectomia com a miotomia do músculo cricofaríngeo e posterior fechamento do faringe com sutura mecânica no período compreendido entre Agosto de 2010 e Julho de 2011. Após o procedimento, foi avaliada a ocorrência de complicações sistêmicas e locais nesses pacientes a fim de determinar se a terapêutica empregada proporcionou um menor índice de complicações e melhora significativa na qualidade de vida desses pacientes. Resultados: Os pacientes submetidos apresentaram resultados otimistas, sendo que em nenhum deles a evolução pós-operatória culminou em fístula ao nível da sutura da faringe. Todos pacientes referiram estarem satisfeitos com o procedimento empregado e relataram melhora na qualidade de vida, com o retorno da deglutição. Conclusão: A Diverticulectomia com a miotomia do cricofaríngeo e posterior fechamento do faringe com sutura mecânica se mostrou uma técnica eficaz, oferecendo notável vantagem pois oferece um menor risco de complicações pós-operatórias locais e restabelece o retorno da função de deglutição. Palavras-chave: Divertículo de Zenker, diverticulectomia, miotomia do cricofaríngeo. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde – Medicina-Cirurgia. 1. INTRODUÇÃO Apesar das datas serem um pouco divergentes entre os estudos publicados, o divertículo faringoesofágico foi inicialmente descrito por Abraham Ludlow em 1764 [1?3?], porém só em 1877 que essa patologia foi minuciosamente estudada pelo patologista alemão Albert Zenker [2] o qual detinha uma casuística considerável e através de seus estudos correlacionou os aspectos clínicos e anatomopatológicos, conferindo seu nome a essa patologia. Porém a primeira ressecção realizada com sucesso de um Divertículo de Zenker só veio a ocorrer em 1886 por Whealer [3]. Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! O divertículo de Zenker consiste basicamente em uma deformação sacular dilatada, localizada na parede póstero-inferior da mucosa faríngea, acima do esfíncter esofágico superior, sobre uma região situada entre as fibras musculares estriadas oblíquas do músculo constritor inferior da faringe e as fibras transversas do músculo cricofaríngeo, denominada por sua vez de Triângulo de Killian. Essa região encontra-se mais predisposta à herniação da mucosa em virtude da alta pressão intraluminal sobre essa área vulnerável, na qual as fibras musculares encontram-se mais escassas, expondo dessa maneira a mucosa hipofaríngea [2,3]. O divertículo faringo-esofágico apresenta-se como uma patologia pouco freqüente entre a população, sendo responsável por 1 a 3% das queixas de disfagia e 4% dos doentes com afecção de esôfago [3,4]. Sua prevalência é mais significativa na faixa etária compreendida entre a sexta e a oitava década de vida, com o pico de incidência por volta dos 70 anos de idade, sendo rara antes dos quarenta anos de idade [3,4]. Isso se deve ao fato da perda do tônus muscular e diminuição da resistência da parede posterior que advém fisiologicamente com o envelhecimento. Possui maior predominância entre o sexo masculino na proporção de 3:1 [5]. Sua ocorrência é mais comum nos países do norte da Europa, sendo relativamente raro nos países do extremo oriente. Poucos são os estudos que apontam a ocorrência exata do Divertículo de Zenker nos países da América do Sul, incluindo o Brasil, mas sabe-se que não é uma doença freqüente entre a população [3,4,5]. O paciente portador dessa afecção manifesta a disfagia e regurgitação como principais sintomas, mas também pode apresentar halitose e perda de peso como sintomas secundários, afetando significantemente sua qualidade de vida [4,6,7]. O diagnóstico pode ser realizado através de uma investigação clínica minuciosa, complementada pela realização de exames radiográficos contrastados baritados da faringe e esôfago, pela visualização direta do esôfago através da endoscopia digestiva alta e se necessário podemos fazer uso da manometria [3,8]. O tratamento é fundamentalmente cirúrgico, com diverticulectomia ou diverticulopexia, seguido de miotomia do músculo cricofaríngeo, embora nos últimos anos, alguns autores advogam o tratamento endoscópico [3,8,9,10]. Apesar de a diverticulectomia ser um procedimento bem padronizado, não é isenta de complicações, entre elas destaca-se a fístula cervical, conseqüente à deiscência da sutura do faringe [4,11]. Apesar desta complicação na maioria das vezes ser resolvida com tratamento conservador, ela compromete a qualidade de vida do seu portador, por retardar a deglutição oral , com o conseqüente comprometimento nutricional do paciente. Com o advento da sutura mecânica demonstrando ser segura e precisa, ela começou a ser amplamente utilizada em vários segmentos do trato gastrointestinal, seja em afecções benignas ou malignas [12,13]. Este tipo de sutura demonstrou a possibilidade de minimizar as complicações ao nível das anastomoses, pois é realizada em dois planos, de maneira invertida, reduzindo assim a isquemia e a necrose tecidual [12]. Pelo pouco destaque que tem sido dado do uso da sutura mecânica no fechamento do faringe após a ressecção do divertículo a nível cervical, é que surgiu a idéia de expor a experiência dos autores no emprego dessa durante o procedimento de ressecção. Assim, o objetivo desse estudo é avaliar os resultados do tratamento cirúrgico do divertículo de Zenker, através da diverticulectomia com a miotomia do cricofaríngeo, com a realização da sutura do faringe através da sutura mecânica linear em uma amostra de pacientes, no tocante as suas complicações locais e sistêmicas. 2. MÉTODO 2.1. Casuística No período compreendido entre Agosto de 2010 a Julho de 2011 foram estudados 6 pacientes diagnosticados com divertículo faringo-esofágico, com indicação para a realização da diverticulectomia pelo Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital e Maternidade Celso Pierro PUC-Campinas. Toda amostra pertencia ao sexo masculino (100,0%), com idade variável de 62 a 77 anos (média de 69,5 anos). 2.2. Avaliação pré-operatória Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! Esta avaliação foi realizada através dos seguintes parâmetros: a. Avaliação Clínica ! foram observados sintomas de disfagia para sólido em todos os pacientes, sendo que dois deles apresentavam disfagia de caráter progressivo, com tempo variável de evolução de 2 a 5 anos. Dois pacientes apresentavam regurgitação freqüente e emagrecimento com perda de 5% do peso em relação ao seu peso ideal. Porém em todos os pacientes, a avaliação clínica e nutricional, demonstrou que os mesmos tinham condições de serem submetidos ao ato cirúrgico proposto. b. Avaliação por exames de imagem ! o faringoesofagograma baritado foi utilizado em todos os pacientes com o objetivo de corroborar para o diagnóstico de divertículo de Zenker[fig1]. Já a endoscopia digestiva alta (EDA) evidenciou divertículos de grandes dimensões em todos os pacientes. Este exame também foi útil para avaliar a ausência de doença associada ao divertículo. 2.3. Técnica cirúrgica A técnica cirúrgica empregada foi a diverticulectomia com a miotomia do músculo cricofaríngeo (figura 3) com fechamento da faringe através de sutura mecânica linear e baseia-se de acordo com a seguinte técnica cirúrgica: • a) Incisão cervical supraclavicular esquerda e descolamento dos retalhos de pele. • b) Exposição do músculo esternocleidomastóideo esquerdo e dissecção de sua porção medial com exposição da faringe e esôfago cervical. • c) Identificação do divertículo e dissecção do mesmo das estruturas adjacentes até o • • • • momento da exposição do seu colo junto à parede da faringe. d) Secção do divertículo e fechamento da faringe com sutura mecânica linear com o aparelho TA 45mm. e) Miotomia do músculo cricofaríngeo até o esôfago cervical proximal em extensão de 3 cm. f) Colocação de sonda nasogástrica para alimentação no pós-operatório imediato. g) Colocação de dreno e fechamento da incisão por planos. 2.4. Avaliação pós-operatória A avaliação pós-operatória levou em conta a observação das seguintes variáveis: Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! • a) Complicações sistêmicas: notadamente de origem cardiovascular, respiratória ou infecciosa. Essa observação foi fomentada pela evolução clínica diária dos pacientes e pelos resultados dos exames laboratoriais e de imagem que eram solicitados a medida de quando se tornavam necessários. • b) Complicações locais: no que se refere à estenose e principalmente a deiscência da sutura do faringe com conseqüente fistulização. Esse diagnóstico pode ser realizado através da observação clínica, pela visualização de saída da secreção salivar pela região cervical até o 7° dia de pós-operatório. Na ausência de evidência clínica da fístula na anastomose, foi realizada no 7º dia de pósoperatório, contrastada da região cervical para observar se houve extravasamento do contraste. No caso de resultado negativo foi liberada a dieta líquida via oral, evoluindo progressivamente para as formas pastosas e sólidas, de acordo com a aceitação do paciente. Em relação à estenose da sutura da faringe, o diagnóstico será clínico, orientado pela sintomatologia de disfagia a partir do 30° dia de pós-operatório e diminuição da luz da faringe, comprovado pela radiografia contrastada e endoscopia digestiva alta. • a) Qualidade de vida: neste item levou em consideração o dia de pós-operatório , no qual os pacientes iniciaram sua deglutição normal, e se houvesse disfagia seria avaliado o grau da mesma, se leve (para alimentos sólidos), moderada (para alimentos pastosos) ou intensa (para substâncias líquidas). 3. RESULTADOS 3.1. Avaliação precoce Esta avaliação incluiu os primeiros 30 dias de pós-operatório. Neste período somente um paciente apresentou complicações. Tratava-se do paciente mais idoso da amostra, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica, e este por sua vez manifestou uma infecção pulmonar, que foi devidamente tratada e evoluiu favoravelmente para a sua recuperação clínica. Em todos os pacientes, pelo fato de não haver saída de secreção digestiva pelo dreno/incisão cervical neste período, foi realizado faringoesofagograma contrastado com bário, o qual não evidenciou extravasamento do contraste ao nível da sutura do faringe, demonstrando assim que não houve a ocorrência de fistula a esse nível nos seis a pacientes pertencentes a nossa amostra. Foi então assim introduzido a dieta oral para os pacientes, inicialmente líquida, com substituição progressiva por dieta pastosa e sólida , tendo os pacientes boa aceitação. Não houve óbitos nesta série estudada. 3.2. Avaliação a médio prazo O tempo de avaliação variou de 2 a 11 meses de pós-operatório, sendo os pacientes avaliados com uma periodicidade mensal no departamento cirúrgico do Ambulatório de Especialidades do Hospital Maternidade Celso Pierro. Esta avaliação foi realizada em 5 pacientes, pois um deles ainda encontrava-se em pós-operatório de 17 dias quando foi efetuada a última avaliação (28/07/2011). Durante este seguimento clínico, nenhum dos pacientes apresentou qualquer queixa. Todos referiram estarem satisfeitos com o procedimento cirúrgico, pois apresentavam o restabelecimento da deglutição normal, obtendo significativa melhora na qualidade de vida. 4. DISCUSSÃO A ocorrência do divertículo faringo-esofágico é pouco freqüente em nosso meio, de tal forma que poucos serviços possuem um número expressivo de pacientes, suficientes para proporcionar experiência satisfatória na sua abordagem e terapêutica [3]. Este fato justifica a pequena casuística que descrevemos, além do tempo limitado do estudo. O tratamento desta afecção é fundamentalmente cirúrgico, e é baseado em sua etiopatogenia, de tal modo que a maioria dos autores tem preconizado há anos a diverticulectomia seguida da miotomia do esfíncter cricofaríngeo [3,14,15,16]. Já outros autores recomendam a diverticulopexia associada à miotomia do cricofaríngeo, demonstrando que os resultados são semelhantes quando comparados com a diverticulectomia associada à miotomia [4,11,17]. Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! Mais recentemente, alguns autores têm preconizado a diverticulopexia uma opção vantajosa especialmente em pacientes idosos, com comorbidades clínicas de alto risco e de divertículos de pequena dimensão, geralmente menores de 3 cm [11,17,18]. Advêm deste fato, termos indicado nos pacientes do nosso estudo a ressecção do divertículo seguida por miotomia do cricofaríngeo, pois na avaliação endoscópica pré-operatória, todos os pacientes apresentavam divertículos com dimensão superior a 5 cm, e apesar de terem média de idade de 69,5 anos, nenhum deles evidenciava comorbidades clínicas. Outra indicação para ressecção do divertículo é prevenir a sua malignização. A diverticulectomia pode ser uma forma de diagnosticar esta transformação tendo o risco real do carcinoma in situ [19]. O tratamento endoscópico do divertículo faringoesofágico também encontra muitos adeptos e exige muita experiência para realizá-lo, sendo que basicamente consiste em dividir o septo entre o divertículo e o esôfago sob controle endoscópico [20,21]. Van Overbbek el al.[21] relata os resultados do tratamento endoscópico em 545 pacientes ao longo de 30 anos, obtendo notável melhora da disfagia em 91% deles, com taxas de complicações muito baixas. Ishioka et al.[22] entre nós, relatam sua experiência utilizando fibroendoscópio para realizar a secção do septo diverticular em 42 pacientes portadores de divertículo de Zenker, obtendo bons resultados, com 7,1% de recidiva da disfagia. Em relação às complicações da diverticulectomia, a fístula cervical conseqüente a deiscência da sutura do faringe, tem sido relatada em uma incidência variável de 5 a 35,0% [3,4,6,11,23]. Apesar desta complicação na maioria das vezes ser resolvida com tratamento conservador, com curativo diários e suporte nutricional com sonda enteral, ela compromete a qualidade de vida do seu portador por retardar o restabelecimento da deglutição via oral. Sobrevêm deste fato, a vantagem da utilização da sutura mecânica, que por ser invertida e dupla favorece melhor coaptação das bordas da sutura e minimizaria os risco da ocorrência desta complicação. E isto foi bem demonstrado em nosso estudo, pois nenhum paciente apresentou deiscência da sutura do faringe. Bonavina et al.[24] também enfatizam as vantagens do uso da sutura mecânica no fechamento do faringe após ressecção do divertículo, pois dos 116 pacientes que utilizaram este recurso, nenhum deles apresentou fístula cervical. Por se atuar, na maioria das vezes em pacientes idosos, e com potencial comorbidades principalmente da esfera cardiopulmonar, predispõe que possam ocorrer complicações sistêmicas no pós-operatório, fato presente em 16,6% da nossa série e similar a outros estudos [3,4,11,16,23]. O tabagismo é outro fato relevante, constituindo um importante fator agravante presente no paciente que veio manifestar a infecção pulmonar. Na avaliação em longo prazo, vários autores têm demonstrado que a diverticulectomia com a miotomia do cricofaríngeo proporciona o desaparecimento dos sintomas de disfagia na maioria dos pacientes [3,4,7,9,,16,17,18,23]. Andreolo et al.[3] avaliando 38 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico do divertículo de Zenker com tempo médio de segmento de 14 meses, enfatizam as vantagens da diverticulectomia com a miotomia do cricofaríngeo, pois o grupo que foi submetido a este procedimento obteve resultados excelentes em 84,6% da amostra, produto superior ao 66,6% do grupo em que foi realizado a diverticulopexia seguida pela miotomia do cricofaríngeo. Apesar do seguimento médio dos pacientes da nossa reduzida série ter sido de apenas 5,5 meses, este estudo infere que a diverticulectomia com a miotomia do cricofaríngeo associado à sutura mecânica, oferece vantagens, pois além dos pacientes não terem apresentado complicação local no período pós-operatório, eles conseguiram resgatar de modo adequado a sua deglutição. Pretendemos com o resultado desta pesquisa, continuar estudando um número maior de pacientes e avaliá-los a longo prazo no intuito de obtermos conclusões mais consistentes do real valor da diverticulectomia seguida da miotomia do cricofaríngeo, associada a sutura mecânica, em Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 ! pacientes com dimensões. divertículos de grandes AGRADECIMENTOS Agradedeço à Pontifícia Universidade Católica de Campinas pela bolsa FAPIC/Reitoria. REFERÊNCIAS [1] Ludlow, A.(1767), A case of obstructed deglutition, from a preter natural dilatation of and bag formed in the pharynx, Med Soc Phys, n. 3, p. 35-101 [2] Zenker, F. A., Von Ziemssen, H.(1877), Krankheiten des oesophagus, Von Ziemssen H, ed Hankbuch der Speciellen Pathologie und Therapie. Leipzig: FCW Vogel, vol. 7, p. 1-87 [3] Andreollo, N. 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