152 ARTIGO ORIGINAL/ORIGINAL ARTICLE Estenose lombar: tratamento cirúrgico pela técnica de fenestrações e foraminotomias múltiplas Lumbar stenosis: surgical treatment throught multiple fenestrations and foraminotomies Samuel Caputo de Castro1 Antônio Geraldo Diniz Roquette1 Marcelo Batista Chioato1 Samantha Martins Comácio2 Thaís Helena Pereira Martins2 Diego Carvalho Gomes de Moraes2 RESUMO ABSTRACT Objetivo: relatar os resultados do tratamento cirúrgico da estenose lombar típica, por meio de um procedimento cirúrgico menos invasivo, que consiste na laminotomia (fenestração) e foraminotomia com preservação dos elementos ligamentares e ósteo-articulares posteriores da coluna11. Métodos: estudo retrospectivo analisando os dados contidos nos prontuários de 37 pacientes atendidos no Hospital Santa Genoveva e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, no período compreendido entre janeiro de 1996 a dezembro de 2003. O prognóstico foi avaliado pela Escala de Prognóstico de Glasgow. Resultados: a média de duração dos sintomas foi de 17,7 meses; a lombociatalgia e lombociatalgia mais claudicação, estavam presentes em 64% dos pacientes. Pacientes que se tornaram normais, mais os que voltaram a suas atividades anteriores, com mínima limitação, somaram 85%. O tempo de acompanhamento foi em média 34,1 meses. Conclusão: a técnica de fenestrações, nesta amostragem, mostrou-se uma alternativa eficaz para o controle das síndromes compressivas das raízes lombares causadas por estenose lombar típica. Objective: to present the experience of the authors with the treatment of the lumbar spine stenosis in 37 patients undergone a radicular decompression throught the technic of laminotomy and/or foraminotomy without laminectomia (fenestration), preserving the posterior structural elements11. Methods: a retrospective study performed on 37 patients seen during a period of jan/1996 to dec/2003, operated at the Hospital of the University of Uberlândia and Hospital Santa Genveva – Uberlândia. Outcomes were analysed by the Glasgow Outcome Scale. Results: the mean duration of the symptoms was 17,7 months; lombociatalgy and lombociatalgy plus claudication were present in 64% of the patients. 85% of the patients achieved normal condition or returned to their previous activity with minimal limitations. The mean period of obsevation was 34,1 months. Conclusion: the fenestrations of the spine in these selected patients showed to be a simple and effective procedure for the treatment of the symptoms of typical lumbar stenosis. DESCRITORES: Estenose espinhal/cirurgia; Descompressão cirúrgica/métodos KEYWORDS: Spinal stenosis/surgery; Decompression, surgical/methods Trabalho realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia -UFU – Uberlândia (MG), Brasil e Hospital Santa Genoveva, Uberlândia (MG), Brasil. 1 Neurocirurgiões do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia - UFU - Uberlândia (MG) Brasil. e Hospital Santa Genoveva, Uberlândia (MG) Brasil. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia -UFU – Uberlândia (MG), Brasil. 2 Recebido: 11/06/2005- Aprovado: 13/12/2005 COLUNA/COLUMNA. 2006;5(1):13-18 2006;5(3):152-156 Estenose lombar: tratamento cirúrgico pela técnica de fenestrações e foraminotomias múltiplas 153 INTRODUÇÃO A estenose do canal raquidiano é um estreitamento do canal espinhal e/ou dos forames intervertebrais. Nesta condição, a relação continente/conteúdo torna-se pequena e, conseqüentemente, os elementos intrarraquianos acham-se apertados produzindo sintomas de irritação ou deficitários medulares ou/e radiculares por compressão ou isquemia1-2. A estenose lombar típica3 ocorre em pacientes com canal lombar estreito congênito, ou que apresentam alterações degenerativas adquiridas, isoladas ou em combinações de hipertrofia das articulações póstero-laterais, dos pedículos, das lâminas, dos ligamentos amarelos, redução da altura do espaço intervertebral, osteófitos marginais anteriores e herniação dos discos intervertebrais4-5. A estenose lombar sintomática é mais comum no segmento L4-L5. Os sintomas e sinais da estenose congênita aparecem entre 30 e 40 anos e da estenose adquirida após os 50 anos, sendo os principais a lombalgia, a lombociatalgia e a claudicação neurogênica6. Os sintomas da radiculopatia são causados pela estenose do recesso lateral ou do forame, enquanto que a claudicação neurogênica é o resultado do estreitamento do canal vertebral central. Os sintomas podem ser uni ou bilaterais e, pacientes com claudicação neurogênica, freqüentemente podem apresentar posição antropóide, antálgica2. Deixados à própria sorte, os pacientes portadores de estenose lombar podem evoluir para grave síndrome da cauda equina com incontinência urinária, paraparesia flácida e se tornarem confinados à cadeira de rodas. O tratamento conservador (injeções locais de glicocorticóides, administração de AINEs, fisioterapia e aplicação local de gelo) resultou que em 85% dos pacientes não obtiveram nenhuma melhora ou houve piora dos sintomas5. O tratamento cirúrgico clássico da estenose lombar consiste uma laminectomia com foraminotomia amplas, com ou sem fixação espinhal5-10. O objetivo deste trabalho é relatar os resultados do tratamento cirúrgico da estenose lombar típica através de um procedimento cirúrgico menos invasivo que consiste na laminotomia (fenestração) e foraminotomia com preservação dos elementos ligamentares e ósteo-articulares posteriores da coluna11. Desta maneira, foram considerados para o tratamento cirúrgico pacientes que apresentaram a forma típica da estenose lombar, ou seja, foram excluídos os casos de espondilolistese, portadores de hérnia discal rota e extrusa e os operados previamente por qualquer doença da coluna lombar. A última decisão do tratamento cirúrgico sempre coube ao paciente, baseando-se o mesmo no grau de infortúneo que a doença lhe proporcionava, na compreensão da sua fisiopatologia e informação sobre o índice esperado de alívio dos sintomas. Todos os pacientes apresentaram graus elevados de dor (> que 6 na escala de 0 a 10) e dificuldades para executar as atividades da vida diária Figura 1 Imagens de RMN, T1 de paciente com sintomas unilaterais Figura 2 Imagem do mesmo paciente da figura 1 MÉTODOS Foi realizado um estudo retrospectivo analisando os dados contidos nos prontuários de 37 pacientes atendidos no Hospital Santa Genoveva e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, no período compreendido entre janeiro de 1996 a dezembro de 2003. Os pacientes considerados para o estudo apresentaram, ao exame inicial, sintomas e sinais da estenose lombar, quer de compressão radicular única, múltipla e/ou da cauda equina (ciática, lombociatalgia e/ou claudicação neurogênica). O estudo radiológico simples e dinâmico da coluna lombar foi realizado em todos os pacientes para afastar espondilolistese e a ressonância nuclear magnética foi o exame de imagem preferencial para o diagnóstico das alterações anátomo-patológicas12. Figura 3 Imagem de RMN, T1 de paciente com sintomas bilaterais Figura 4 Imagem do mesmo paciente da Figura 3 mostrando estenose circular intensa COLUNA/COLUMNA. 2006;5(3):152-156 COLUNA/COLUMNA. 2006;5(1):13-18 154 Castro SC, Roquette AGD, Chioato MB, Comácio SM, Martins THP, Moraes DCG (Figuras 1- 4). As alterações anátomo-patológicas descritas como achados cirúrgicos foram: hipertrofia do ligamento amarelo, do pedículo, das articulações apofisárias, hipertrofia de lâmina e osteófito marginal, alterações que indicavam compressão das raízes no recesso lateral, foraminal ou circunferencial. O estado mais atual da evolução de cada paciente foi obtido por meio das anotações da última consulta ou por ligação telefônica (efetuada por colega que não participou da cirurgia). O paciente respondia às questões que o classificou em um dos graus da Escala de Prognóstico de Glasgow: 5) Normal e/ou retorno às atividades anteriores com mínima limitação, 4) Independente (limitações de moderada intensidade), 3) Dependente (limitações graves, 2) Vegetativo, 1) Óbito13. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, sintomas, duração dos sintomas, níveis e lados da estenose, achados cirúrgicos, período de acompanhamento do paciente e resultado do tratamento. Para a descrição e análise dos dados foram utilizados os recursos do programa Microsoft Excel 2000®. Técnica cirúrgica Em cada paciente foi administrado 2g de Cefazolina endovenosa antes da indução anestésica. A anestesia consistiu de bloqueio peridural com Marcaina ou Xilocaína pesada, mais opióide e anestesia geral endovenosa sob ventilação endotraqueal. Os pacientes foram operados em decúbito ventral. A via de acesso foi sempre por meio de uma incisão mediana. Nos casos de abordagem unilateral (sintomas unilaterais), as fascias toracolombar e muscular foram incisadas em “meia-lua” com o centro do arco no nível do espaço alvo. As lâminas e processos articulares das articulações zigo-apofisárias foram expostas por meio de uma dissecação subperióstea da musculatura paraespinal dos processos espinosos. O procedimento de fenestração consiste no seguinte: remoção da borda inferior da lâmina cranial e a borda superior da lâmina caudal expondo, amplamente, o ligamento amarelo; remoção do ligamento amarelo expondo a dura-máter; a seguir a porção medial dos processos articulares é removida até exposição ampla da face dorsal da raíz no recesso lateral. Uma vez exposta a raíz, o forame de conjugação é alargado em toda sua extensão, ao ponto da raíz aparentar amplamente descomprimida. Restos de ligamento amarelo sublaminares são removidos, deixando o saco dural amplamente descomprimido. Os procedimentos de fenestração e alargamento do forame de conjugação são realizados sob ampliação microscópica, utilizando-se vários instrumentos como “drill” de alta rotação, cisel, goifas e curetas. Muitas vezes a bainha da raíz que se achava fina e apertada se torna, ao final da descompressão, mais espessa e túrgida. Este procedimento preserva os ligamentos supraespinoso e interespinoso, a porção lateral das facetas articulares e metade da espessura de cada lâmina. O procedimento foi repetido para cada nível acometido, de acordo com a indicação clínica e como mostrado nos exames de imagem14. Depois de completados os procedimentos de descompressão do saco dural e da(s) raíz(es), feita hemostasia rigorosa, foi colocado no espaço epidural tecido adiposo removido da região glútea por incisão separada. A ferida foi fechada em planos sem drenos. COLUNA/COLUMNA. 2006;5(1):13-18 2006;5(3):152-156 GRÁFICO 1 - Sintomas de apresentação GRÁFICO 2 - Distribuição dos níveis acometidos e o sexo dos pacientes GRÁFICO 3 - Relato dos achados cirúrgicos Estenose lombar: tratamento cirúrgico pela técnica de fenestrações e foraminotomias múltiplas RESULTADOS Dentre os 37 pacientes operados, três foram eliminados, por não conseguirmos a avaliação do resultado por mais de um mês; 21 (60%) eram do sexo masculino e 13 (40%) do sexo feminino. A média de idade de aparecimento dos sintomas nos pacientes do sexo feminino foi maior do que a do sexo masculino, sendo esses valores de 59,7 e 56,1 anos, respectivamente; a média de idade de toda a amostra foi de 57,5 anos, enquanto a mediana das idades foi de 57 anos. A média de duração dos sintomas no pré-operatório foi de 17,7 meses, enquanto que a mediana foi de 12 meses (Figuras 5 e 6). A lombociatalgia (pura ou associada a outros sintomas) foi o sintoma mais comum e estava presente em 64% dos casos, enquanto a claudicação (pura ou associada a outros sintomas) estava presente em 58% dos casos. A lombociatalgia associada à claudicação respondeu por 64% dos sintomas de apresentação da doença. Considerando o lado acometido pelos sintomas, de acordo com o sexo, observou-se que no sexo masculino, em 46% dos casos, a estenose foi bilateral, em 32% no lado esquerdo e em 22% no lado direito. No sexo feminino, em 39% dos casos a estenose foi bilateral, e em 30,5% no lado esquerdo ou direito. A média de duração do seguimento pós-operatório dos pacientes foi de 34,1 meses e a mediana foi de 31,5 meses. Constatouse que 85% dos pacientes retornaram à sua condição normal ou ficaram com mínimas limitações para exercer as funções que exerciam anteriormente à cirurgia; sobretudo, achavam-se satisfeitos com o resultado da cirurgia. Dentre estes, dois requereram outra intervenção cirúrgica para complementar a descompressão inicialmente insuficiente. Dentre os pacientes com piores resultados houve uma morte súbita, domiciliar, três dias após alta hospitalar; um tornou-se dependente, a maior parte do tempo confinado à cadeira de rodas em consequência da persistência dos sintomas acrescido de complicações de Diabetis Mellitus, e dois outros foram submetidos a outras cirurgias da coluna lombar em decorrência da persistência dos sintomas a níveis insuportáveis. GRÁFICO 4 - Resultado do tratamento cirúrgico Figura 5 Fotografia de incisão da fácia em peça anatômica Figura 6 Fotografia mostrando descompressão unilateral da raíz e saco dural DISCUSSÃO Os resultados encontrados mostram que os principais sintomas de apresentação da estenose lombar são a claudicação e a lombociatalgia. Não difere dos achados da literatura. Entretanto, a lombociatalgia pode ser de um tipo semelhante a uma claudicação unilateral com disestesias e fraqueza muscular, diferentemente de uma síndrome radicular compressiva clássica. O Raios-X dinâmico da coluna é fundamental para diagnosticar espondilolistese, a presença da qual irá modificar o tipo de abordagem cirúrgica11,15. Embora a mielotomografia seja considerada por alguns como o exame padrão ouro para o diagnóstico da estenose lombar, utilizamos a RM como o exame de escolha por não apresentar a desvantagem da invasibilidade, por distinguir os elementos do interior do canal lombar, as estruturas que delimitam o canal central e forame e por oferecer recursos de cortes nos vários planos11. Embora o método de avaliação do resultado do tratamento – Escala de Prognóstico de Glasgow – não seja específico para este tipo de doença, a satisfação do paciente foi aferida em associação a essa escala, pessoalmente em entrevista no consultório ou por telefone14,16. Os pacientes que relataram estar 155 normais ou levemente limitados estavam satisfeitos com o resultado e, sobretudo, não procuraram outra forma de tratamento. Neste grupo específico de pacientes, o índice comparável ao da literatura de 85% de bom resultado com este procedimento pouco invasivo não corrobora, notadamente, o emprego rotineiro de técnicas mais invasivas de fixação instrumental da coluna e artrodese autóloga17-19. Estas alternativas de tratamento só vieram a ser empregadas, neste grupo, após o insucesso da fenestração e foraminotomia, em menos de 10% dos pacientes. CONCLUSÕES O procedimento cirúrgico de fenestrações e foraminotomias múltiplas nos níveis das lesões, promovendo uma ampla liberação do saco dural e das raízes, mostrou nesta amostragem uma alternativa eficaz para o controle das síndromes compressivas das raízes lombares causadas por estenose lombar típica. É um procedimento pouco invasivo, mantem as estruturas estabilizadoras da coluna e constitui uma técnica que não adiciona fatores que levem à necessidade de fixação instrumental interna posteriormente. COLUNA/COLUMNA. COLUNA/COLUMNA. 2006;5(3):152-156 2006;5(1):13-18 Castro SC, Roquette AGD, Chioato MB, Comácio SM, Martins THP, Moraes DCG 156 REFERÊNCIAS 1. Greenberg MS. Manual de neurocirurgia. 5a ed. Porto Alegre: Artmed; 2003. 2. Takahashi K, Kagechika K, Takino T, Matsui T, Miyazaki T, Shima I. Changes in epidural pressure during walking in patients with lumbar spinal stenosis. Spine. 1995; 20(24): 2746-9. 3. Hansraj KK, Cammisa FP Jr, O’Leary PF, Crockett HC, Fras CI, Cohen MS, Dorey FJ. Decompressive surgery for typical lumbar spinal stenosis. Clin Orthop Relat Res. 2001; (384):10-7. 4. Friberg S, Hirsch C. Anatomical and clinical studies on lumbar disc degeneration. Acta Orthop Scand. 1949; 19(2): 222-42, illust. 5. Jane JA Jr, DiPierro CG, Helm GA, Shaffrey CI, Jane JA Sr. Acquired lumbar stenosis: topic review and a case series. Neurosurg Focus. 1997; 3(2): e6. 6. Epstein NE, Maldonado VC, Cusick JF. Symptomatic lumbar spinal stenosis. Surg Neurol. 1998; 50(1): 310. 7. Javid MJ, Hadar EJ. 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