CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras” UTILIZAÇÃO DE SUBPRODUTO E CARVÃO ATIVADO COMO BARREIRA REATIVA PERMEÁVEL EM SOLOS CONTAMINADOS POR BTEX PATRÍCIA GROTH ALVES Foz do Iguaçu - PR 2013 PATRÍCIA GROTH ALVES UTILIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS E CARVÃO ATIVADO COMO BARREIRA REATIVA PERMEÁVEL EM SOLOS CONTAMINADOS POR BTEX Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC), como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Ambiental. Prof(a). Orientador(a): Edneia Santos Oliveira Lourenço Foz do Iguaçu – PR 2013 TERMO DE APROVAÇÃO UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS UTILIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS E CARVÃO ATIVADO COMO BARREIRA REATIVA PERMEÁVEL EM SOLOS CONTAMINADOS POR BTEX TRABALHO FINAL DE CONCLUSÀO DO CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA AMBIENTAL Acadêmico(a): Patrícia Groth Alves Orientadora: Ms. Edneia Santos Oliveira Lourenço Nota Final Banca Examinadora: Prof(ª). Ms. Prof(ª). Ms. Foz do Iguaçu, de 2013. DEDICATÓRIA Aos meus pais que estiveram presentes em toda minha caminhada e quando pensava em desistir estavam prontos pra dar um empurrão e irem junto comigo atrás das coisas que eu mais precisava. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço ao pai todo poderoso que sem minhas orações a ele, e fé nada disso estaria acontecendo. Agradeço a minha família, meus pais Roselei e Julmar que não deixaram com que as coisas dessem erradas, estiveram presente na minha dedicação e nas horas que eu precisei e são os únicos que eu sei que posso contar até os últimos dias e não tenho palavras pra agradecer tudo que já fizeram por mim, e sequer um ato pra demonstrar o quanto amo vocês, ao meu irmão Robson o qual sinto muita falta e me ajudou muito nos detalhes que precisei, minha irmã Beatriz que também sinto muita falta junto a sua princesa Bruna que mesmo longe mas com os pensamentos positivos me ajudaram desde sempre. As minha professora, orientadora Edneia que além da sugestão do tema da minha pesquisa, me ajudou com o término do trabalho mostrando que no final tudo dá certo, e o que o esforço tido vale mais que muitos resultados acalmando quando me via desesperada, à minha co-orientadora Fernanda Rubio pela compreensão tida quando precisei principalmente de correção que por sinal o fez muito bem, é uma pessoa excelente. Quero agradecer ao Luciano Vicenzi, que fez parte da minha vida por um momento muito importante, e me aguentou nos momentos de nervosismos e dificuldade, agradeço do fundo do meu coração por me ajudar nos momentos de desespero, espero um dia poder retribuir todo o esforço seja ele qual for, por isso que o amo e espero que isso nunca acabe. Aos meus amigos por entender a minha ausência sempre que convidavam pra sair e mesmo assim continuaram junto a mim, principalmente a Debora Daiana Klering que além de ser minha melhor amiga é totalmente compreensiva pela minha falta e nossa distância, talvez essa compreensão que nos faz ser tão fortes e amigas, te amo muito. Agradeço a todos os meus colegas de sala, que me fizeram rir, chorar, e pode não ser pra sempre os encontros, mas com certeza foi a melhor fase da minha vida. Em especial agradeço a Sabrina Kerkhoff que estará sempre junto das minhas lembranças, alguém tão especial que esteve junto de mim vivendo o que eu vivia até em momentos ruins, e a Jessica Mito por estar comigo sempre, as duas por dividirem segredos, ouvirem o que eu tinha pra dizer, mas também diziam o que eu precisava sempre. Espero que daqui pra frente essa amizade continue que a distância, caso a tenha seja apenas um fortalecimento de tudo. Não posso deixar de agradecer ao Laboratório da faculdade, e seus funcionários André e Cida, que me atenderam prontamente quando precisei, aos professores João e Denice que me atenderam quando mais tinha duvidas. Aos meus queridos chefes do Laboratório onde estagio Luiz, Rene e Isalina que quando eu precisei sempre estiveram a disposição, a Dona Oli que quando eu estava triste e desanimada sempre vinha com suas palavras doces e mostrando que tudo na vida tem um jeito de se resolver. De coração e que um dia eu possa retribuir cada um que fez parte da minha vida do decorrer e na conclusão do meu curso eu agradeço muito todos vocês. EPÍGRAFE “Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez.” Thomas Edison ALVES, Patrícia Groth. Utilização de Subproduto e Carvão Ativado como Barreira Reativa Permeável em solos contaminados por BTEX Foz do Iguaçu, 2013. Projeto de Trabalho Final de Graduação - Centro Universitário Dinâmica das Cataratas. RESUMO O petróleo e seus derivados tem grande potencialidade de contaminação ao meio ambiente, em especial, os postos de combustíveis e seu método de estocagem põe em risco a qualidade do solo e principalmente de águas subterrâneo sendo o principal contaminante da gasolina o conjunto de elementos BTEX. O intuito do trabalho é de encontrar um material que tenha capacidade de adsorver este contaminante tendo em vista uma viabilidade no processo e disponibilidade, sendo assim, foram utilizados os subprodutos, sabugo de milho moído, bagaço de cana-deaçúcar moída e carvão ativado em pó para comparação aos outros elementos. As amostras retiradas em 72 horas tiveram resultados alterados pelo artificio matemático da normalização já que a metodologia do laboratório utilizada alterou os resultados desejados, sendo assim, o carvão ativado como esperado foi o que teve maior capacidade de adsorção dos elementos, ficando em segundo lugar o bagaço de cana que adsorveu mais do que o sabugo de milho em relação aos BTEX. O trabalho demonstrou que as barreiras reativas permeáveis são eficazes sim para redução da contaminação por vazamentos de tanques de combustíveis, de maneira que sejam feitos alguns testes ainda para ajustes de metodologia. Palavras-Chave: Águas Subterrâneas– Gasolina – BTEX - . ALVES, Patrícia Groth. Use of Byprotucts and Activated Charcoal as Permeable Reactive Barrier in contaminated Soils by BTEX. Foz do Iguaçu, 2013. Project to Completion of Course Work – Centro Universitário Dinâmica das Cataratas. ABSTRACT Oil and its derivatives have great potentiality contamination to the environment, in evidence, the opposites of fuel and its storage method endangers the soil's quality and, specially, groundwater being the main petrol's contaminant the set BTEX. The aim of this work is to find a material which has the capacity to absorb this contaminant, in view a availability of the process, and availability then, the byproducts have been used, ground corncobs, scraps of ground sugarcane and activated powder coal for the comparison to the others chemicals. The removed samples in 72 hours had abnormal results by mathematical artifice of normalization as the used lab's methodology changed the desires results, then, the activated coal as expected, was the only one which had the highest absorption of the chemicals, reaching in second place the scraps of sugarcane that has absorbed more than the ground corncobs relative to BTEX. The study showed that the permeable reactivated hurdling’s are really effective for the contamination's reduction by fuel tank's leaking, so that some tests are made to further the methodology's adjustments . Keywords: Groundwater - Gasoline - BTEX. 12 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Águas contaminadas com produtos químicos orgânicos...................... 22 FIGURA 2: Distribuição de poluição em 2009 no estado de São Paulo.................. 23 FIGURA 3: Grupo de contaminantes no estado de São Paulo................................ 24 FIGURA 4: Esquema de extração de vapores......................................................... 27 FIGURA 5: Ação dos microorganimos no processo de biorremediação.................. 28 FIGURA 6: Esquema de Injeção de Ar.................................................................... 29 FIGURA 7: Esquema do processo de bombeamento e tratamento......................... 29 FIGURA 8: Esquema das colunas........................................................................... 38 FIGURA 9: CG FID....................................................................................................... 40 13 LISTA DE TABELAS TABELA 1.Composição da gasolina........................................................................ 20 TABELA 2: Limites para potabilidade e padrão de lançamento de efluentes em relação ao BTEX...................................................................................................... 25 TABELA 3: Granulometria do sabugo de milho....................................................... 34 TABELA 4: Granulometria do bagaço de cana-de-açúcar....................................... 35 TABELA 5: Granulometria do solo........................................................................... 35 TABELA 6: Granulometria do pedrisco.................................................................... 36 TABELA 7: Granulometria da areia.......................................................................... 36 TABELA 8: Determinação das caraterísticas dos materiais.................................... 41 TABELA 9: Volume total de vazios em cada coluna................................................ 41 TABELA 10: Volume do BTEX na amostra Bruta.................................................... 42 TABELA 11: Concentrações do BTEX nas amostras em cada coluna.................... 42 TABELA 12: Concentração dos elementos normalizados....................................... 43 14 LISTA DE SIGLAS BTEX – Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno; BRP – Barreira Reativa Permeável; CAP – Carvão Ativado em Pó; BPD- Barris de Petróleo por dia; EVS – Extração de Vapor do Solo; CO2 – Dióxido de Carbono; H2O – Água; Min – Minutos; mL – Mililitros; g – Gramas; NBR – Norma Brasileira; ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; °C – graus Celsius; POP – Procedimento Operacional Padrão; Ƞp – Densidade; Vv– Volume de vazios; Vt – Volume total do material; D - Diâmetro da coluna; A - Altura dos materiais colocados na coluna; Kg – Quilograma; SSM – Coluna com Solo e sabugo de milho; SCA – Coluna com Solo e bagaço de Cana-de-açúcar; FID – Detector de ionização de chamas; pH – Potencial Hidrogeiônico ppm – Parte por milhão 15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................17 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................19 14 2.1 FROTAS AUTOMOBISLISTICAS.................................................................19 14 2.2 CONSUMO DO PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS....................................19 15 2.3 CONTAMINAÇÕES DO SOLO E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS......................21 15 2.4 CONTAMINAÇÃO POR BTEX......................................................................24 16 2.5 MECANISMOS UTILIZADOS PARA DESCONTAMINAÇÃO POR HIDROCARBONETOS........................................................................................26 16 2.5.1 Extração de vapor do solo......................................................................26 16 2.5.2 Biorremediação........................................................................................27 17 2.5.3 Injeção de ar.............................................................................................28 18 2.5.4 Sistema de bombeamento e tratamento................................................29 19 2.5.5 Barreira Reativa Permeável.....................................................................30 2.6 ADSORÇÃO A PARTIR DA BIOMASSA......................................................30 19 3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................33 29 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..............................................33 29 3.2 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS..................................................33 29 3.2.1 Caracterização do efluente.....................................................................33 32 3.2.2 Caracterização dos materiais.................................................................34 34 3.2.2.1 Carvão Ativado.....................................................................................34 3.2.2.2 Sabugo de Milho...................................................................................34 3.2.2.3 Cana-de-açúcar.....................................................................................34 3.2.2.4 Solo........................................................................................................35 3.2.2.5 Pedrisco.................................................................................................36 3.2.2.6 Areia.......................................................................................................36 3.2.3 Cálculo dos elementos............................................................................37 3.2.4 Montagem das colunas...........................................................................38 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................39 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................41 37 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................45 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................46 51 16 ANEXOS.............................................................................................................51 APÊNDICES.......................................................................................................52 57 17 1 INTRODUÇÃO O petróleo é formado por restos de materiais orgânicos depositados nos fundos dos mares e lagos que por meio de reações química e pressão ao longo de milhares de anos se transformam em grandes jazidas. Assim como muitos outros elementos que prejudicam o meio ambiente o petróleo também causa um impacto ambiental de grande preocupação principalmente quando em contato com águas e superfície do solo, pode-se considerar que uma das principais causas dessa contaminação se dá devido a vazamento de petróleo, seja ele em navios de transporte ou até mesmo em plataformas, quando localizam-se nos oceanos o problema pode ser ainda maior, pois corre o risco de atingir todo o ecossistema aquático. Conhecido por seus diversos usos, e utilizado principalmente como combustível, como exemplo a gasolina, um de seus derivados que tem um alto índice de contaminação, tanto de águas como de solos. O crescimento populacional faz com que haja um consumo maior de produtos disponíveis, aumentando consequentemente a quantidade de resíduos e assim a degradação de recursos ambientais. Com a facilidade de se adquirir um automóvel, atualmente a população prefere esta estabilidade, conforto, sendo assim há o aumento de frotas automobilísticas principalmente em grandes cidades, desde então o consumo desenfreado de combustível é notável, e consequentemente a poluição se torna ainda mais preocupante. Os postos de combustíveis em sua maioria possuem seus tanques de combustíveis em profundidade, ou seja, disposto verticalmente aumentando o risco de contaminação. Na gasolina encontram-se componentes que são de extrema dificuldade de serem retirados da água e do solo como o BTEX. Na gasolina geralmente são adicionados substâncias para melhoramento da sua octanagem, ou seja, para que aumente a combustão da mesma no automóvel. No Brasil é utilizado também o etanol, para que diminua a intensidade da poluição e os problemas mecânicos e aumente a potência do automóvel, porém o componente que é de difícil degradação também disponível na gasolina é o BTEX, este é basicamente composto de hidrocarbonetos, sendo eles, o benzeno, tolueno, 18 etilbenzeno e o xileno, este conjunto de elementos é conhecido por serem de difícil degradação, e por serem elementos prejudiciais à saúde. Contudo o objetivo do estudo será encontrar uma forma desses compostos diminuírem, com a produção de uma barreira reativa permeável (BRP), com o carvão ativado em pó (CAP) e biomassa, como sabugo de milho e bagaço de cana-de-açúcar sendo que os vegetais podem agir tanto fisicamente como quimicamente, tem grande facilidade de ser encontrados nas regiões do Brasil e muitos deles, tem capacidade de adsorção e são descartados de forma impróprios devido a não ter uma finalidade determinada. Essa barreira terá finalidade de remediar a pluma contaminada do solo, e diminuir a quantidade de elementos contaminantes. 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 FROTA AUTOMOBILISTICA Segundo a Agência Brasil (2013), a venda de veículos em São Paulo, aumentou em 7,4% em julho de 2013 comercializando cerca de 342.306 veículos com uma queda de 6% em relação à julho de 2012, O uso intensivo de petróleo é percebido em todo o planeta. Contando apenas no Paraná isso já pode ser retratado, já que frota de veículos automotores aumentou, no ano de 2000 de 123.549, para 6.038.723 em 2013 (DETRAN, 2013). O setor de transporte é representado por 22% da energia consumida dos países industrializados, sendo os principais por automóveis, diminuindo o consumo de energia dos transportes rodoviários desde a década de 60, já nos países em desenvolvimento, o transporte representa cerca de 14% no consumo de energia, e ainda possui apenas um numero de automóveis de 20/1000 pessoas, pequeno se comparado aos países industrializados que corresponde a 600/1000 (GOLDEMBERG, 2000). 2.2 CONSUMO DO PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Segundo a Secretaria de Energia (2013), o Brasil produz em média 2 milhões barris de petróleo por dia, tendo ainda uma perspectiva de crescimento produtivo, a Petrobras planeja aplicar cerca de R$ 153 bilhões entre os anos de 2010 e 2014 nas atividades de exploração e produção. A gasolina é um composto resultante da mistura de inúmeros elementos químicos, tem forma variável e é totalmente dependente das condições de refino e ainda do tipo de petróleo que a gerou, tendo na sua composição hidrocarbonetos, alifáticos e aromáticos, como segue a tabela 1, juntamente está o BTEX, ainda a gasolina ainda dispõe de aditivos como álcoois e éteres para melhor desempenho e redução na poluição do ar e problemas mecânicos (FERREIRA 2003). 20 A Tabela 1 mostra a composição da gasolina e a concentração de cada elemento existente. Tabela 1 - Composição da gasolina COMPOSTOS n – parafinas CONCENTRAÇÃO Iso – parafinas 30% Cicloparafinas 12% Tolueno 8,3 a 16,8% (em massa) Xileno 1,1% (em volume) Benzeno 10,3 a 20,8% (em massa) Oleofinas 8% 15% Fonte: PETROBRAS (2002). Para derivados de petróleo o aumento de demanda passou de 1.755 em 2004 para 1.947 mil barris de petróleo por dia (BPD) em 2008, enquanto que a produção foi de 1.696 em 2004 para 1.787 mil BPD em 2008 e nas vendas o aumento foi de 1.637 para 1.748 mil BPD em 2008 (PETROBRAS, 2008). De toda energia, 78,5 % da consumida no Brasil, é produzida internamente, e o restante é importada, inclusive o petróleo e derivados que caracteriza 16,3% da oferta interna total. O consumo de petróleo e lenha vem reduzindo seus percentuais, isso se mostra desde a evolução do surgimento de energia elétrica entre 1970 e 1998, o que antes representava uma importação de 50% no mercado, hoje está dentro da faixa de 30%, caindo lentamente (GOLDEMBERG, 2000). Rathmann et al. (2006), relata que o consumo anual de petróleo estava estimado em 80 milhões de barris por dia, e que as reservas desse combustível fóssil se esgotarão por volta de 2046, sem contar a capacidade de aumento de consumo, o que pode diminuir o tempo de esgotamento, levando tudo isso em consideração, prevê que antes mesmo de se esgotar o petróleo, o preço aumentará significativamente, ficando até inviável, e criará a necessidade de alternativas de recursos energéticos que podem substituir o petróleo. Devido ao crescente consumo do petróleo e seus derivados, relacionado com a concentração geográfica das jazidas, e a mudanças no preço, gerou a crise do petróleo, que é a guerra entre os países por este produto, sendo assim, há algumas décadas foi lançado um programa a fim de reduzir a utilização da gasolina, 21 passando para álcool o consumo dos automóveis, o programa Pró Álcool. (SILVA E FREITAS, 2008). No entanto, nesse mesmo ano (2013), foi publicado no diário oficial da união, conforme a Resolução da CIMA (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) nº 1, em que fica estabelecido uma quantidade de 25% de etanol anidro combustível, na composição da gasolina (PETROBRAS, 2013). 2.3 CONTAMINAÇÕES DO SOLO E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS O efluente gerado pelas indústrias petroquímicas contém os mesmos contaminantes que o petróleo, e seus derivados, fazendo assim com que o solo e os corpos hídricos sejam contaminados por derramamento de combustível ou despejo de resíduos (MINATTI, 2009). A preocupação com a grandeza de contaminação de solos e das águas subterrâneas por derramamento de combustível cresce em muitas cidades brasileiras, inclusive nas cidades de Curitiba e São Paulo foram criadas legislações sobre isso, diferente dos demais estados (MENEGHETTI, 2007). Em virtude do crescimento da população e da quantidade de casos de contaminação de águas ocorridas por substâncias químicas, o fornecimento de água potável torna-se cada vez mais difícil, e com o custo elevado, sendo assim, para que isso melhore e haja melhor qualidade tanto na água quanto nos alimentos, são necessários programas de monitoramento ambiental, para que haja ao menos diminuição dos riscos de poluição causada também por pesticidas, que lixiviam no solo através da água, isso se dá pelas pulverizações aéreas (FILIZOLA et al., 2002). O comprometimento da qualidade da água é decorrente de fatores de poluição, eles podem ser por efluentes domésticos, que são formados de contaminantes orgânicos, nutrientes e microorganismos, que podem ser patogênicos, efluentes industriais que é resultado de matérias - primas e processos utilizados, gerando um volume alto de resíduos, e deflúvio urbano e agrícola, formados por sedimentos, produtos agroquímicos e dejetos de animais (MERTEN E MINELLA, 2002). 22 Existem contaminantes que são transportados com as águas subterrâneas exatamente na mesma proporção de velocidade das próprias águas, esses são chamados de conservativos, estes não são considerados contaminantes de alto nível quanto aos não conservativos, que se movimentam em velocidade inferior aos das águas superficiais, o que os transforma ainda mais perigosos (DOINAIRE, 2007). Segundo Sandres (2004), a gasolina se forma em várias fases quando em contato com o solo, o que aumenta o risco para a qualidade dos aquíferos e os gases produzidos pela mesma, podem causar explosões em construções subterrâneas próximas ao vazamento. Mas o que acontecer com o solo, automaticamente refletirá na alteração da qualidade de águas subterrâneas, sendo assim, a poluição do solo que atingem as águas superficiais e subterrâneas consiste em uma ameaça para a utilização dos recursos hídricos, sejam eles em abastecimento público, industrial, agrícola, comercial, lazer e outros serviços (DONAIRE 2007). Os compostos menos densos formam uma camada superior à do lençol, sendo estes os de massa molar pequena, incluindo o BTX da gasolina e outros derivados do petróleo, devido a dependência da densidade do composto relacionado á água e os compostos de baixa solubilidade se dissolvem lentamente na água, os outros vão acumulando formando plumas de água contaminada no sentido do fluxo da água, contaminando assim todo o aquífero, como mostra a Figura 1 a seguir (BAIRD, 2002). Figura 1: Águas contaminadas com produtos químicos orgânicos Fonte: BAIRD (2002). 23 As principais maneiras de contaminação do solo e águas são os vazamentos em dutos e tanques de armazenamentos subterrâneos. E estes problemas na maioria das vezes são concedidos aos hidrocarbonetos monoaromáticos, mais conhecidos como BTEX, estes são caracterizados como elementos solúveis e móveis da gasolina, sendo assim, em contato com a água parte deles se dissolvem atingindo o lençol freático (LOURENÇO, 2006). São feitas estanqueidade anualmente em tanques de armazenamento de combustíveis em postos de gasolina que precisam se adequação mínima, para analisar se existe algum vazamento, até que os mesmos substituam seus tanques simples, por tanques de paredes duplas para evitar contaminação, com sensores de monitoramento interno (CETESB 2002). A vida útil dos tanques de combustíveis é de 25 anos, quando este tempo está próximo do fim, contando do inicio de construção dos mesmos, o risco de contaminação do solo e de águas subterrâneas aumenta devido aos vazamentos, e isso deve aumentar ainda mais a preocupação tanto das pessoas quanto dos órgãos estaduais de controles ambientais (SOUSA et al.,2011). No ano de 2009, mês de novembro, foi divulgado um gráfico mostrando os principais poluentes ambientais de solos em São Paulo, como segue a Figura 2, mostrando que os postos de combustíveis são os maiores causadores dessas poluições com 2.279 registros (CETESB, 2009). Figura 2: distribuição de poluição em 2009 no estado de São Paulo Fonte: CETESB (2009) Segundo Tiburtius et al. (2004), que acompanhou algumas atividades de abastecimento e descarga de combustíveis, troca de óleo e lavagens de veículos, 24 em Florianópolis afirmou que os materiais derramados podem ser carregados pela chuva e contaminar o solo e a água atingindo até lençóis freático Em uma pesquisa feita de áreas contaminadas, os principais elementos encontrados em São Paulo eram de: solventes, aromáticos, combustíveis líquidos, metais e solventes halogenados, entre outros, como mostra a Figura 3 (CETESB 2009). Figura 3: Grupos de contaminantes em São Paulo 2009 Fonte: CETESB (2009). 2.4 CONTAMINAÇÃO POR BTEX Portaria 518 do Ministério da Saúde de 2004 determina a quantidade de BTEX em efluentes para que não sejam prejudiciais à saúde o controle e a vigilância para o consumo humano e o padrão de potabilidade, e a resolução 357 do CONAMA elementos determina a quantidade desses elementos em águas doces, bem como sua potabilidade A Tabela 2 determina os padrões pelas legislações em relação aos contaminantes BTEX quanto a limite de potabilidade de padrão para lançamento de efluente. 25 Tabela 2 - Limites para potabilidade e padrão de lançamento de efluentes em relação ao BTEX Benzeno 5 Padrão de Lançamento de Efluentes, resolução 430 -1 CONAMA (mg L ) 1,2 Tolueno 170 1,2 Etilbenzeno 200 0,8 Composto Padrão de Potabilidade, Portaria 518- Ministério da Saúde (μLg-¹) 300 Xileno Fonte: Portaria 518, 2004 e CONAMA,430 2011. 1,6 Segundo a NBR 16161 (2013), para líquidos inflamáveis e combustíveis deve-se utilizar tanques jaquetados que são tanques com paredes duplas, com a parede externa não metálica nos convencionais de aço carbono e com a parede externa constituída de uma resina termofixa, não corrosíveis e com menos possibilidade de contaminação de solos (TEIXEIRA et al., 2007). Os BTEX são miscíveis nos álcoois primários como o exemplo temos o etanol, que são altamente solúveis em água, e quando este se mistura com a gasolina (gasolina-etanol) e entra em contato com a água, o etanol passa para a fase aquosa e automaticamente aumenta a solubilidade dos BTEX, fenômeno denominado de cosolvência (CRESCÊNCIO, 2008). Estes compostos são eficientes na destruição do sistema nervoso central, apresentam toxicidade crônica até mesmo em pequenas quantidades, o benzeno é considerado o mais tóxico de todos os outros, e tem características comprovadas de ser carcinogênico (FAVERA, 2008). O grupo de elementos formando o BTEX presentes em produtos derivados de petróleo são extremamente tóxicos e constantemente contaminam o meio ambiente devido à descargas industriais e derramamentos de combustíveis (MINATTI, 2009). Segundo Donaire (2007), os maiores problemas relacionados à contaminação mostram que os hidrocarbonetos monoamáticos são os principais responsáveis por serem constituintes mais solúveis e móveis da fração da gasolina e dentre esses se destacam o BTEX. O valor de intervenção para o benzeno é 5 ppb nas águas no Brasil e sua concentração quando dissolvido na água em contato com a gasolina pode chegar a 3.104 ppb (TIBURTIUS et al., 2004). Os valores de intervenção do tolueno, 26 etilbenzeno, xilenos e são, respectivamente, 700, 300 e 500 ppb (CRESCÊNCIO, 2007). 2.5 MECANISMOS UTILIZADOS PARA DESCONTAMINAÇÃO POR HIDROCARBONETOS Solos contaminados não são encontrados com maior frequência em redondezas de locais de descarte de resíduo em que há plantas químicas, mas principalmente onde nas proximidades de oleodutos e postos de gasolina, e as tecnologias disponíveis para a remediação desses locais são: retenção ou imobilização, mobilização e por fim destruição (BAIRD, 2002). Segundo Lourenço (2006), existem várias formas para descontaminação por hidrocarbonetos, e nestes se destacam: Extração de vapores do solo, biorremediação in situ, incineração , torre de aeração, sistema de bombeamento e tratamento conhecido como pump-and-treat, injeção de ar, adsorção por carvão ativado e barreiras reativas permeáveis. 2.5.1 Extração de vapor do solo É uma técnica de mobilização do solo, são efetuadas in situ e do solo são extraídos vapores insolúveis em água e de alta volatilidade, como é o caso da gasolina (BAIRD, 2002). Segundo Coutinho e Gomes (2007), a extração de vapor do solo (EVS), remove alguns compostos do solo como o BTEX que estão na zona insaturada, essa extração se dá na forma física com a aplicação de um sistema à vácuo. A EVS é utilizada para remoção de compostos orgânicos voláteis e semi voláteis do solo, esse tipo de método é constituído por poços de extração, de injeção e bombas de vácuo, compressores de ar, medidores de vazão, lacres impermeáveis, é utilizado para remover compostos de sítios contaminados, desde que tenha baixa solubilidade ou bem misturado ao solo e tem o tempo do processo é curto (NETO et al.,2000). 27 Um sistema de extração de vapores do solo pode ser utilizado juntamente com a técnica de injeção de ar comprimido para aumentar remoção de compostos contaminantes voláteis, é composto por vários poços de extração de vapores, que quando faz esse papel direciona os vapores para um tanque de ar/água onde posteriormente passa por uma torre de vácuo e estação de tratamento, como na Figura 4 a seguir (AREND et al., 2011). Figura 4: Esquema de extração de vapores Fonte: EPA (2012) 2.5.2 Biorremediação A Biorremediação é uma técnica onde se usam a capacidade dos microorganismos para a degradação dos resíduos ambientais, porém nem todos os compostos são degradados, assim como os organoclorados, por serem resistentes a uma rápida biodegradação. Para que a biorremediação funcione com efetividade deve cumprir algumas condições como a susceptibilidade de degradação do resíduo, disposição dos microorganismos, e condições ambientais (BAIRD, 2002). A biorremediação é citada como uma medida de cessar ou diminuir os efeitos da contaminação de hidrocarbonetos no meio ambiente com a ajuda dos microorganismos, os mesmos tem uma capacidade grande de metabolizar os hidrocarbonetos e outros compostos mais que podem ser encontrados nos óleos crus, servindo como energia para os mesmos, consumindo o óleo e transformando-o em materiais mais solúveis podendo ocorrer a mineralização e transformação em CO 2 e H 2O (MILIOLI, 2009). O solo e águas subterrâneas possuem um elevado número de microorganismos que se adaptam às disponibilidades do local, tanto açucares ou ainda compostos orgânicos complexos como por exemplo o composto BTEX. Os 28 microorganismos podem ser utilizados como remediação, estimulando os mesmos a uma biodegradação do contaminante e se caso o contaminante for persistente, são utilizados microorganismos específicos ou modificados, para concluir a otimização da biodegradação (MENEGHETTI, 2007). A biodegradação é considerada uma técnica eficaz, podendo principalmente ser aplicada após outras formas de tratamento como complemento e melhor resultado, a biodegradação depende da atividade dos microorganismos aeróbicos e anaeróbico que tem a capacidade de metabolizar os poluentes, dependendo do seu comportamento (MINATTI, 2009). Na biorremediação in situ o processo de degradação é feita no local contaminado, sendo essa técnica mais viável economicamente pelo fato de não ter nenhum tipo de remoção do solo para que haja o tratamento, e evita o contato de pessoas com o contaminante, porém pode se limitar por ter dificuldade na degradação em sistemas subterrâneos, e este processo é muito utilizado para a descontaminação de aquíferos e solos, como mostra a Figura 5, onde caracteriza a ação dos microorganismos (MENEGHETTI, 2007). Figura 5: Ação dos microorganimos no processo de biorremediação Fonte: EPA (2001) apud ANDRADE et al., (2010). 2.5.3 Injeção de ar A injeção de ar é uma tecnologia também in situ onde é introduzido injeção de ar comprimido controlando a pressão e o volume nas águas subterrâneas nos locais contaminados mais profundo, esta técnica possui grandes taxas de fluxos de ar para que se mantenha o contato entre a água e o solo, havendo a aeração da água como mostra a Figura 6 (AREND et al., 2011). 29 Figura 6: Esquema de injeção de ar. Fonte: PEDROZO et al.,(2002). 2.5.4 Sistema de bombeamento e tratamento O desempenho do sistema de bombeamento e tratamento depende diretamente das condições do ambiente a ser tratado e dos contaminantes químicos presentes, quanto maior a complexidade dos sites, menor a capacidade de descontaminação é menor, esses sites podem ser classificados de acordo com a capacidade de limpeza deles, indo de 1 até 4 suas categorias (PEREIRA et al.,2009). O sistema de bombeamento e tratamento ou pump-and-treat (bombeamento e tratamento) é uma das técnicas físicas mais antigas do mundo, esta técnica faz a retirada de águas subterrâneas por meio de bombas submersas ou emersas promovendo a remoção dos contaminantes, e o tratamento é feito por meio de filtros de carvão ativado ou colunas de stripper (AREND, 2011). A Figura 7 caracteriza o esquema e processo de bombeamento e tratamento que pode ser utilizada. Figura 7: Esquema do processo de bombeamento e tratamento. Fonte: USEPA (2012) 30 2.5.5 Barreira Reativa Permeável Segundo Nobre (2007), as Barreiras Reativas Permeáveis (BRP), estão sendo baseadas no estimulo das técnicas in situ de processos físico-químicos e ainda biológicos podendo ajudar no controle, transformação até na eliminação dos contaminantes. Manenti et al.,(2007) utilizou uma BRP como técnica de prevenção de contaminação por vazamento de combustíveis, envolvendo um sistema de soterramento de tanques de armazenagem, a Barreira Reativa Permeável foi aplicada como forma de redução da contaminação no solo e nas águas subterrâneas, e a eficiência desta redução deles foi realizada através de adsorção com o carvão ativado. Dias (1998), cita que o carvão ativado tem anéis aromáticos que são apolares e condensados, devido a isso ocorre com esse material maior adsorção de elementos que são apolares da mesma maneira. Segundo Golin (2007), o carvão ativado vem sendo utilizado com uma alternativa para tratamentos diversos, fazendo assim com que seu preço diminua cada vez mais, tendo em vista uma simples aplicabilidade, e fácil operação, são condições que atraem ainda mais a utilização do mesmo na área ambiental. 2.6 ADSORÇÃO A PARTIR DA BIOMASSA Por haver uma procura de materiais que tenham um papel de adsorção, tendo um baixo custo, a busca foca-se principalmente nas biomassas que são constituídas de resíduos naturais (SOUZA et al., 2012). A utilização de biomassa como adsorvente em processos de adsorção é uma alternativa viável para o tratamento de muitos tipos de efluentes (MOREIRA, 2000). Santos et al. (2009), reutilizou o bagaço da cana-de-açúcar, a fim de que o mesmo pudesse adsorver de efluentes líquidos contaminantes orgânicos e 31 derivados de petróleo, com ação nos hidrocarbonetos hexano, heptano e iso-octano, sendo esses utilizados na simulação de um efluente contaminado. O tratamento concluiu a utilização da biomassa in natura, utilizada no processo de adsorção obtiveram bons resultados, mostrando ainda que o reuso dessa biomassa é viável para tratar efluentes contaminados por compostos orgânicos leves. Santos et al. (2007), utilizaram no tratamento de efluentes contaminados por elementos provindos das etapas de extração do petróleo, biomassa como sabugo de milho, serragem de madeira, mesocarpo do coco e bagaço de cana-deaçúcar, comparando a capacidade de adsorção dos mesmos. Como contaminante aplicou-se gasolina do tipo C dispersa em água. As biomassas foram usadas de forma natural e passadas por um processo de pré-tratamento ácido. Os principais subprodutos que obtiveram maior capacidade de adsorção foi o bagaço de cana-deaçúcar que adsorveu aproximadamente 11,5 mL g-1 e em primeiro lugar o mesocarpo do coco outro material utilizado que adsorveu cerca de 12 mL g -1 , já o sabugo de milho, foi o material que menos adsorveu o contaminante, aproximadamente 8 mL g-1. Archer et al.(2006) utilizou o sabugo de milho para adsorção de Crômio metal pesado que polui também de águas, os elementos utilizados foram tratados e submetidos a temperaturas diferentes por banhos termostatizados, e o que obteve maior capacidade na adsorção do Crômio foi a temperatura de 45ºC. Souza et al. (2011), em seu estudo utilizou bagaço de cana-de-açúcar em pó peneirada e lavada diversas vezes, para adsorção de óleo diesel, este misturado com água, simulou seu experimento em um reservatório de vidro e após o tempo de contato da biomassa com o efluente, que foi de 10 a 60 min com um volume total da mistura (água e diesel) de 400mL, foi possível observar a diminuição a cada amostra da presença do diesel na água, mostrando a boa capacidade de adsorção do bagaço de cana quando aplicadas pequenas concentrações do contaminante. Bertoli et al. (2008), em seu experimento observou a cinética de adsorção do azul de metileno com o sabugo de milho, utilizando um tratamento na mesma com hidróxido de sódio e ácido acético onde utilizou 0,5 g de sabugo para 25 mL de azul de metileno sob agitação a adsorção se manteve constante a partir de 48 horas. Souza et al. (2005), no experimento desenvolvido para tratamento de efluente com o bagaço de cana-de-açúcar avaliando também seu enriquecimento energético para a utilização do mesmo em caldeiras. Foram caracterizadas teor de 32 umidade, granulometria e entre outros, essa biomassa foi utilizada depois de passar por uma lavagem. Sendo colocadas em um Becker uma quantidade de 1,0 g junto com n-heptano e água em diferentes concentrações, ao final observou-se que após 4 horas o bagaço de cana foi capaz de adsorver todas as concentrações de nheptano, e isso se dá pelo fato de que o bagaço de cana é formado por fibras e é um material poroso. 33 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O estudo foi desenvolvido em escala laboratorial na cidade de Foz do Iguaçu, nas dependências do Centro Universitário das Cataratas. Após preparadas as amostras, as mesmas foram encaminhadas para um laboratório para as analises de cromatografia gasosa, onde verificou-se a quantidade de cada composto do BTEX na amostra. 3.2 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS Carvão Ativado Sabugo de milho Bagaço de Cana-de-açúcar Solo (Latossolo Vermelho) Pedrisco (Pedra Brita de fina granulometria) Areia Canos de PVC Garrafa PET Peneiras de granulometria Mangueira Seringa Contaminante: Gasolina do tipo C 3.2.1 Caracterização do efluente A gasolina foi coletada em 4 postos de combustíveis de bandeiras diferentes, sendo 1,5 L em cada um, misturando todas as amostras, e totalizando 34 em 6 L de gasolina, formando assim a amostra in natura de análise a ser utilizado, nesta amostra, foram determinados pH e temperatura. 3.2.2 Caracterização dos materiais 3.2.2.1 Carvão ativado O carvão ativado em pó (CAP) utilizado é caracterizado por sua grande capacidade de adsorção. O CAP utilizado é de porosidade igual a 0,759 cm³. 3.2.2.2 Sabugo de milho O sabugo de milho, moído através do moinho de facas, obteve uma porosidade de 0,504 e sua granulometria está disposta na Tabela 3. Tabela 3 - Granulometria do sabugo de milho Granulometria do Sabugo de milho (50g) Malhas (mm) 2 Massa (g) 0 1,18 1,085 0,6 39,630 0,425 4,020 0,3 1,800 0,15 2,230 0,0075 1,075 Bandeja 0,115 Total 49,955 3.2.2.3 Bagaço de Cana-de-açúcar O bagaço de cana-de-açúcar foi passada por uma forrageira antes de ser moída no moinho de facas, e sua porosidade foi de 0,838. A tabela 4 dispõe a 35 granulometria do bagaço de cana-de-açúcar utilizando a mesma metodologia do solo e do sabugo de milho. Tabela 4 - Granulometria do Bagaço de cana-de-açúcar Granulometria do bagaço de cana-de-açúcar (50g) Malhas (mm) Massa (g) 2 0 1,18 0,275 0,6 34,210 0,425 8,190 0,3 3,680 0,15 2,565 0,0075 0,500 Bandeja 0 Total 49,420 3.2.2.4 Solo O solo utilizado tem a classificação de solo Latossolo Vermelho distroférrico, e obteve uma porosidade de 0,630 cm³. Na Tabela 5 está disposta a granulometria do solo Tabela 5 - Granulometria do Solo Granulometria do Solo (100g) Malhas (mm) Massa (g) 2 40,760 1,18 17,445 0,6 18,500 0,425 6,095 0,3 5,635 0,15 6,095 0,0075 3,550 Bandeja Total 1,285 99,365 36 3.2.2.5 Pedrisco O pedrisco caracterizou-se com porosidade de 0,534 cm³ o mesmo é geralmente utilizado para construções, onde é acrescentando em massas de concreto para construções, utilizando a NBR 7211. A Tabela 6 descreve a granulometria do pedrisco utilizado. Tabela 6 – Granulometria do Pedrisco Granulometria do Pedrisco (1 Kg) Malhas (mm) Massas (g) 19 0 12,5 0 9,5 21,880 6,3 735,200 4,8 166,370 2,4 69,710 0Bandeja 4,500 Total 997,660 3.2.2.6 Areia A areia utilizada obteve 0,475 cm³ de porosidade e um volume de vazios igual a 41,9 cm³. A Tabela 7 determina a granulometria da areia utilizada. Tabela 7 – Granulometria da Areia Malhas (mm) 2 1,18 0,6 0,425 0,3 0,15 Bandeja Total Granulometria da Areia (1 Kg) Massas (g) 0 3,800 5,300 8,500 63,200 17,100 1,500 99,400 37 3.2.3 Cálculo dos elementos Pedrisco: Granulometria utilizando NBR-7181 (ABNT 1984), a densidade de partículas seguindo o procedimento operacional padrão (POP) (ANEXO 1). Solo: Granulometria utilizando NBR-7181 (ABNT 1984), e a densidade de partículas seguindo o POP. Areia: A granulometria da areia foi descrita pela NBR-7211 (ABNT 2009) (ANEXO 3) e a densidade de partículas seguindo POP. Sabugo de Milho e Bagaço de cana-de-açúcar: Granulometria utilizando NBR- 7181 (ABNT 1984) e a densidade das partículas seguindo o POP. A porosidade dos materiais foi feita pela Equação 1: Ƞp = Vv/Vt → Vv = Vt.Ƞp Equação (1) Onde, Ƞ= densidade dos materiais Vv = volume de vazios Vt = volume total do material O volume do material é dado pela Equação 2: V = (π.D².A)/4 Equação (2) Onde, V = Volume D = Diâmetro da coluna A = Altura do material dentro da coluna Assim foram feitos para todos os elementos presentes em cada coluna, e por último foram somados todos os volumes, separando em cada coluna e somando-os no final. Com a equação 3: VV TOTAL = Porosidade Pedrisco (Vv) + Porosidade Areia + Porosidade Solo + Porosidade Sabugo de milho + 20 Equação (3) O valor 20 adicionado na somatória corresponde a quantidade de 20 cm³ de alíquota retirada para amostra. 38 3.2.4 Montagens das colunas Foram montadas as colunas com canos de PVC de altura 30 cm e diâmetro de 7,5 cm fechadas na parte inferior com uma rolha para facilitar a retirada das amostras com uma seringa para evitar a contaminação das mesmas. Todos os elementos utilizados foram secos em estufa a 104º C por 24 horas para que a umidade das mesmas para que não interferisse na capacidade adsorção dos elementos. As colunas encontravam-se identificadas com as siglas dos elementos utilizados para a barreira, SCA para coluna com solo e cana-deaçúcar, SSM para coluna com a utilização com o solo e sabugo de milho, e CAP na coluna caracterizada com o solo e carvão ativado em pó. Posteriormente nas colunas já prontas foram dispostas as camadas dos materiais, com uma camada de 3 cm de espessura de pedrisco, uma camada com 2 cm de areia média, a camada com os subprodutos e carvão ativado de 5 cm, uma camada de solo de 3 cm do tipo Latossolo, predominante na região e por último uma camada de pedrisco, novamente com 5 cm de espessura para evitar que o material flutue, sendo este uma sobrecarga nos materiais. Entre as camadas de pedrisco, solo, areia, o carvão e subprodutos, foram dispostos mantas de bidim, para evitar o entupimento da seringa na hora da retirada da amostra. Garrafas PET foram usadas para que haja o fluxo do material, este ligado com uma mangueira de 3/8” x 1,5mm da altura das garrafas para a percolação do material a Figura 8 mostra a disposição das colunas. Figura 8: Esquema das colunas 39 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Depois de feito todos os procedimentos de montagem, foram aplicados os materiais na coluna, o suficiente para que o mesmo percole sem que falte ou encharque os materiais, não realizando o processo desejado. Na coluna SSM foram aplicados 445,575 cm³ de gasolina, utilizado, valor superior ao volume de poros para que a mesma pudesse percolar. Nas colunas com carvão ativado foram aplicados um volume de 501,75 cm³ de gasolina, nas colunas com bagaço de cana-de-açúcar foram aplicados 519,2 cm³ de gasolina. O contaminante foi primeiramente aplicada dentro da garrafa PET ligada com uma mangueira de 30 mm, assim, foi possível fazer com que o contaminante infiltrasse na coluna com a ajuda da mangueira de 3/8” x 1,5mm para que pudesse ser mantida o gradiente hidráulico, fazendo com que o liquido percolasse na coluna, e permanecesse pelo tempo de 72 horas seguindo a metodologia de Lourenço (2006), dado este tempo foram retiradas amostras de cada coluna com uma seringa medindo 20 mL, para evitar a contaminação do material coletado. A amostra padrão que é apenas a gasolina sem passar por alguma coluna, não foi contado tempo para coleta. Posteriormente à coleta, as amostras com 20 mL, foram alocadas em refrigeração sob a temperatura de – 5ºC em caixas de isopor, e por fim, as mesmas enviadas ao laboratório LACAUT na cidade de Curitiba - Paraná localizada dentro da Universidade Federal do Paraná para análise do BTEX por cromatografia gasosa por um aparelho cromatógrafo a gás, com as seguintes características: Marca: Varian, Modelo: CP3800, Detector: FID com temperatura de 300º C alimentado por hidrogênio, ar e nitrogênio; Coluna: 100 m x 0,25 mm de sílica fundida com 0,5 micron de metil silicone, sendo especificada como CP-SIL PONA CB FS 100X0.25 (0.5). O software DHA (Detailed Hydrocarbon Analysis) foi a metodologia utilizada, esta reconhece detalhadamente os hidrocarbonetos do petróleo e seus produtos de acordo com sua volatilidade relativa em uma coluna capilar de 100 m e com temperatura programada sendo ela 35ºC por 15 minutos, passando pela rampa de 1 graus min-1 até 60ºC, patamar de 20 minutos, depois vai para a rampa de 2 graus min-1, até 200ºC e patamar de 10 minutos, o tempo total para uma amostra é 40 de 140 minutos, os resultados dados em mássicas volumétricas e molares são computadas e reportadas para os compostos. A Figura 9 mostra o cromatógrafo a gás. Figura 9: CG FID Fonte:CÔCCO, 2003. O Laboratório LACAUT solicitou que após recebimento do laudo, realizasse a normalização dos valores de concentração, para corrigi-lo estando assim dentro do objetivo do trabalho. Foi utilizado então a Equação 4. Normalização do Benzeno da Amostra SSM Equação (4) Etanol Amostra Bruta -----------------------Elemento para normalização Etanol Amostra para normalização -------X X= Elemento normalizado . 41 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os cálculos detalhados da caracterização dos materiais encontram-se no APÊNDICE A. A porosidade dos elementos foi dado a partir de 2 cálculos, a densidade global e a densidade real das partículas a partir de procedimentos laboratoriais (Anexo1), o volume de poros total e a porosidade dos materiais estão descritas pelas equações 1 e 2 Na Tabela 8 estão descritos os valores resultantes de cada caracterização. Tabela 8 – Determinação das caraterísticas dos materiais. Materiais Pedrisco Areia Solo Sabugo de Milho Cana CAP 0,535 0,475 0,630 0,504 0,838 0,759 Volume de poros 353,249 88,360 132,470 220,781 220,781 220,780 Porosidade 188,850 41,900 83,455 111,370 185,000 167,550 Densidade de partículas A Tabela 9 determina o volume de vazios total de cada coluna já somados com os volumes dos elementos contidos em cada uma delas, e acrescidos dos 20 cm³ retirados para análise. Tabela 9 – Volume total de vazios em cada coluna Volume de Vazios + 20 cm³ Coluna SSM 445,575 cm³ Coluna SCA 519,2 cm³ Coluna CAP 501,75 cm³ SSM: Coluna de Solo com Sabugo de Milho SCA: Coluna de Solo com bagaço de Cana-de-açúcar CAP: Coluna de Solo com Carvão Ativado em pó O pH da gasolina, medido através do papel tonassol, foi de 7,5 enquanto que a temperatura foi de 23º C. Os resultados de cada elemento das colunas foram apresentados em porcentagem, entretanto na hora de coletar as amostras retiradas da coluna de 42 sabugo de milho e de bagaço de cana-de-açúcar houve uma separação de fases das mesmas, o que não ocorreu com a coluna de carvão ativado, sabendo assim que a metodologia laboratorial analisa apenas amostras de gasolina, sem conter qualquer outro tipo de elemento, houve um decréscimo apenas do etanol, em relação a amostra em branco. A Tabela 10 descreve a quantidade de elementos na gasolina sem ter passado por qualquer coluna. Tabela 10- Volume do BTEX na amostra Bruta. Amostra Bruta % ELEMENTO Benzeno 0,55 Tolueno 2,17 Etilbenzeno 0,57 Xileno 3,08 Etanol 25,74 Obteve-se um resultado de 25,74 % de etanol o que está dentro dos padrões descritos pela Resolução da CIMA, o etanol adicionado diminui a concentração de poluentes, aumentar a octanagem da gasolina sem prejudicar os motores dos automóveis. A Tabela 11 apresenta as concentrações dos BTEX de cada amostra passada por cada coluna, SSM, SCA e CAP. Tabela 11 – Concentrações do BTEX nas amostras em cada coluna. Amostra Benzeno (%) Tolueno (%) Etilbezeno(%) Xileno (%) Etanol (%) SSM 0,6 2,46 0,67 3,74 13,93 SCA 0,63 2,67 0,74 4,14 10,84 CAP 0,39 2,9 0,62 3,3 4,15 Após os resultados brutos, foram feitas as normalizações a pedido do laboratório, para correção das concentrações Utilizamos a Equação 4. E assim foram feitas em todos os casos, normalizando cada resultado relacionando o teor de cada um com a amostra bruta. 43 A Tabela 12 descreve-se os elementos com suas concentrações já normalizadas Tabela 12 – Concentração dos elementos normalizados Amostra Benzeno (%) Tolueno (%) Etilbezeno(%) Xileno (%) SSM 0,32 1,33 0,36 2,02 SCA 0,26 1,12 0,31 1,74 CAP 0,06 0,47 0,09 0,53 Após feita a normalização para os elementos houve um decréscimo da concentração dos elementos em relação a amostra Bruta. Assim como já esperado o Carvão ativado foi o que conseguiu adsorver maior concentração do que os subprodutos. O bagaço de cana-de-açúcar obteve um melhor resultado na capacidade de adsorção em relação ao sabugo de milho, essa foi também utilizada por Souza et al. (2005) que a usou em seu experimento para a adsorção de n-heptano no tratamento de efluente depois de passada por lavagem, a mesma mostrou-se um e material de grande capacidade de adsorção depois de 4 horas, sendo assim concluise que a mesma é utilizada para outros tipos de tratamento, devido a sua porosidade e ser um material com grande quantidade de fibras. Santos et al. (2007), em seu experimento teve como principal adsorvente o mesocarpo do coco que adsorveu cerca de 12 mL g-1 em segundo lugar o bagaço de cana-de-açúcar que adsorveu aproximadamente 11,5 mL g-1 da gasolina e por último o sabugo de milho que teve menor capacidade de adsorção com aproximadamente 8 mL g-1, assim como no experimento atual onde houve grande quantidade adsorvida na coluna de cana-de-açúcar que restou apenas 0,26 % do Benzeno, o sabugo de milho também foi o material que menos adsorveu o contaminante BTEX, a amostra passada pela coluna de sabugo de milho mostrou obter 0,32 % de Benzeno. O sabugo de milho se mostrou com menor capacidade adsortiva para gasolina no tempo de 72 horas, já Bertoli et al. (2008) que em seu estudo da cinética de adsorção do azul de metileno com essa mesma biomassa notou que a partir de 44 48 horas de agitação, a taxa de adsorção mante-se constante. Já Archer et al.(2006) que utilizou o sabugo de milho para adsorção de Crômio com elementos tratados e submetidos a temperaturas diferentes notou que a temperatura que obteve maior capacidade na adsorção do Crômio foi a temperatura de 45º C, já a gasolina utilizada estava numa temperatura de 23º C . A atuação que se destacou como já esperada era do carvão ativado que adsorveu maior concentração dos elementos o que restou na amostra foi 0,06% de benzeno, 0,47% de tolueno, 0,09 % de etilbenzeno e 0,53 % de xileno, Lourenço (2006) em seu experimento também utilizou o carvão ativado para adsorver o BTEX, com ênfase na adsorção do tolueno, já o experimento descrito o carvão teve potencial maior na adsorção do benzeno que é um solvente apolar e segundo Dias (1998) o carvão é também um material com sistemas aromáticos apolares, fazendo assim com que uma dissolva a outra. . 45 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados mostraram que os subprodutos utilizados possuem capacidade de adsorção, sendo superior o carvão ativado em relação aos outros materiais utilizados, tanto neste experimento quanto nos demais pesquisados, o bagaço de cana-de-açúcar tem maior capacidade de adsorver elementos, podendo ser utilizados em tratamentos de diversos efluentes, não deixando de lado a capacidade do sabugo de milho, mas se comparado com os demais, é o menos eficaz dentre as biomassas utilizadas para tratamento de BTEX, mostrando-se eficaz nos outros tipos de tratamento. Tendo em vista que atualmente é grande a procura de elementos que fazem este papel de tratamento, porém com viabilidade e com eficácia, o bagaço de cana mostrou-se um ótimo produto para ser aproveitado. Sugerem-se também algumas pesquisas em relação à separação de fases que se deram as amostras, e como sugestão a análise dos próprios elementos da coluna, para verificar a quantidade que cada um adsorveu dos elementos BTEX, e por último e não menos importante a destinação final dos materiais quando retirados da colunam já que o mesmo encontra-se contaminado. No trabalho foi destinado a um posto de gasolina, misturados aos materiais contaminados que ficam a espera das coletas, porém quando feita em grande escala, é preciso pesquisas mais avançadas de possíveis destinações. 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, A.J; AUGUSTO, F.; JARDIM, F.S.C.I. Biorremediação de solos contaminados por petróleo e seus derivados. 2010. Eclética Química. v35. p17- 43. São Paulo. 2010. 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Nova, V. 27. p 441-446. Paraná. 2004. ANEXOS 52 APÊNDICES 54 APÊNDICE A – Caracterização dos materiais 1.1 Porosidade 1.1.1 Porosidade do sabugo de milho 5 centímetros na coluna V = (π.D².A) / 4 V = 3,14 . 7,5² . 5 V = 220,781 cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv = 220,781. 0,5044 Vv = 111,37 cm³ 1.1.2 Porosidade da Cana-de-açúcar 5 centímetros na coluna V = (π.D².A) / 4 V = 3,14 . 7,5² . 5 V = 220,781 cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv = 220,781. 0,8379 Vv = 185 cm³ 1.1.3 Porosidade do Carvão Ativado 5 centímetros na coluna V = (π.D².A) / 4 V = 3,14 . 7,5² . 5 V = 220,781 cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv = 220,781. 0,7589 Vv = 167,55 cm³ 55 1.1.4 Porosidade do solo 3 centímetros nas colunas V = (π.D².A) / 4 V = 3,14 . 7,5² . 3 V = 132,468 cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv = 132,47.0,63 Vv = 83,46 cm³ 1.1.5 Porosidade da Areia 2 centímetros nas colunas V = (π.D².A) / 4 V = 3,14 . 7,5² . 2 V = 88,31cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv =88,31. 0,475 Vv = 41,9 cm³ 1.1.6 Porosidade do Pedrisco 3 e 5 centímetros nas colunas V = (π.D².A) / 4 V = (3,14 . 7,5². 3)/4 + (3,14 . 7,5² . 5)/4 V = cm³ Vv = Vt.Ƞp Vv = 353,249 . 0,5346 Vv = 70,81 cm³ 1.2 Volume total das colunas 1.2.1 Volume total na coluna SSM VSSM = Vv pedrisco + Vv areia + Vv SM + Vv Solo VSSM = 188,85 + 41,9 + 111,37 + 83,455 VSSM = 425,575 cm³ 56 1.2.2 Volume total na coluna CAP VCAP = Vv pedrisco + Vv areia + Vv CAP + Vv Solo VCAP = 188,85 + 41,9 + 167,55 + 83,455 VCAP = 481,75 cm³ 1.2.3 Volume total na coluna SCA VSCA = Vv pedrisco + Vv areia + Vv CA + Vv Solo VSCA = 188,85 + 41,9 + 185 + 83,455 VSCA = 499,2 cm³ 1.3 NORMALIZAÇÕES DOS ELEMENTOS 1.3.1 NORMALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DA COLUNA SSM 1.3.1.1 Benzeno 25,74 (etanol amostra bruta)------------------- 0,60 (Benzeno SSM) 13,93 (etanol SSM) ------------------------------- X X = 0,32 % de Benzeno 1.3.1.2 Tolueno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 2,46 (tolueno SSM) 13,93 (etanol SSM)------------------------------X X= 1,33% de tolueno 1.3.1.3 Etilbenzeno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 0,67 (etilbenzeno SSM) 13,93 (etanol SSM)------------------------------X X= 0,36% de etilbenzeno 1.3.1.4 Xileno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 3,74 (xileno SSM) 13,93 (etanol SSM)------------------------------X 57 X=2,02% de xileno 1.3.2 NORMALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DA COLUNA SCA 1.3.2.1 Benzeno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 0,63 (benzeno SCA) 10,84 (etanol SCA)------------------------------X X=0,26% de benzeno 1.3.2.2 Tolueno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 2,67 (tolueno SCA) 10,84 (etanol SCA)------------------------------X X=1,12% de tolueno 1.3.2.3 Etilbenzeno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 0,74 (etilbenzeno SCA) 10,84 (etanol SCA)------------------------------X X=0,31% de etilbenzeno 1.3.2.4 Xileno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 4,14 (xileno SCA) 10,84 (etanol SCA)------------------------------X X=1,74% de xileno 1.3.3 NORMALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS DA COLUNA CAP 1.3.3.1 Benzeno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 0,39 (benzeno CAP) 4,15 (etanol CAP)------------------------------X X=0,06% de benzeno 1.3.3.2 Tolueno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 2,90 (tolueno CAP) 4,15 (etanol CAP)------------------------------X 58 X=0,47% de tolueno 1.3.3.3 Etilbenzeno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 0,62 (etilbenzeno CAP) 4,15 (etanol CAP)------------------------------X X=0,09% de etilbenzeno 1.3.3.4 Xileno 25,74 (etanol amostra bruta)---------------- 3,30 (xileno CAP) 4,15 (etanol CAP)------------------------------X X=0,53% de xileno