OFICINAS MATEMÁTICAS E O PIBID: A DOCÊNCIA NA PRÁTICA
Luiza Dzerva; Patricia Seguro; Jéssica Michele de Mello; Joyce Jaquelinne Caetano;
UNICENTRO/DEMAT/I/PIBID
e-mail: [email protected]
Resumo:
Este relato de experiência tem por objetivo apresentar resultados iniciais do PIBID
(Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) da UNICENTRO, a partir
da aplicação de uma oficina de jogos na Escola Nossa Senhora das Graças. Esta
oficina tinha por objetivo promover a aprendizagem de forma significativa para os
alunos através de atividades lúdicas. Foi possível verificar que os jogos matemáticos
se constituem em excelentes aportes práticos para a construção do conhecimento
matemático.
Palavras-chave: ensino, docência, Matemática.
Introdução
O professor é o profissional que exerce a docência e, portanto, supõe-se que o
mesmo domine a ciência a que se destina a ensinar, bem como possua
conhecimento de como ensinar, para que ensinar e porque ensinar. Perez (1999, p.
264) enfatiza a posição de vários autores em considerar o professor como a figura
central no processo educativo, em virtude de seu papel como agente transformador
da realidade.
D’Ambrósio (2007, p.90) destaca que a função do professor é a de um
associado aos alunos na produção de novos conhecimentos, crescendo juntos social
e intelectualmente.
É, portanto, na formação inicial que o futuro professor tem contato com
conhecimentos específicos da área e, em especial, com conhecimentos
pedagógicos cujos objetivos buscam discutir o como ensinar e o como se dá a
aprendizagem do aluno, além de ter os primeiras experiências de seu campo de
trabalho.
De acordo com Lorenzato (2010) ensinar é proporcionar condições para que o
aluno construa seu próprio conhecimento. Diante disso, o PIBID (Programa
Institucional de Iniciação à Docência) é um programa que oportuniza aos
acadêmicos as primeiras experiências de docência, aproximando os conhecimentos
acadêmicos com a prática.
Nesta perspectiva, é que a partir do PIBID, começamos a desenvolver as
atividades propostas na área de Matemática em dois colégios da cidade de Irati-PR.
Uma dessas propostas foi a montagem de oficinas para participarmos da Semana
Cultural, promovida pela Escola Nossa Senhora das Graças no período de 05 à 06
de setembro de 2011.
As oficinas tinham o objetivo de mostrar aos alunos da 5ª série do ensino
fundamental que é possível aprender Matemática através de jogos, sendo que os
jogos utilizados foram produzidos pelos próprios bolsistas do programa no LEMAT/I
(Laboratório de Educação Matemática da Unicentro/I).
Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID
25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400
Os jogos abordados por nós foram o “bingo” que utilizava as quatro
operações matemáticas: adição, subtração, multiplicação e divisão com números
naturais, o jogo “compra e venda” que trabalhava com a adição mental envolvendo
números decimais e a “trilha matemática” que abordava operações a partir de
cálculos mentais.
Material e Métodos
Primeiramente foi apresentado aos alunos a Trilha Matemática que envolvia
cálculos mentais envolvendo adição, subtração, divisão e multiplicação de números
inteiros. De início, os 33 alunos foram divididos em trios e para cada grupo foi
entregue uma trilha, uma seleção de cartas contendo as operações matemáticas e
um dado para dar inicio a atividade.
A trilha continha algumas casas marcadas, as quais significavam que o aluno
deveria retirar uma das cartas e resolver a operação nela indicada, aquele aluno que
percorresse primeiro todas as casas da trilha ganharia o jogo.
Com este jogo tínhamos a intenção de despertar o interesse e promover a
competição saudável entre os alunos, mostrando que a matemática também pode
ser divertida.
Posteriormente os alunos foram reordenados em fila para a aplicação da
atividade lúdica denominada Compra e Venda, a qual consistia na exibição de vários
objetos representando produtos encontrados em um supermercado, com os seus
respectivos valores.
Em seguida os alunos, um a um, eram chamados à frente onde estava
montado o supermercado fictício para a escolha de três produtos. Após, os mesmos,
dirigiam-se até a mesa ao lado onde encontrava-se o dinheiro, também fictício,
somavam mentalmente o valor dos três produtos escolhidos e “pagavam” o valor
encontrado com a soma. Caso o valor apresentado fosse incorreto o aluno era
orientado para que ele mesmo percebesse o seu erro e o ajustasse. O jogo tinha
como objetivo aproximar a matemática escolar da matemática encontrada no dia a
dia pelos alunos.
A última atividade aplicada foi o Bingo Matemático. Para esta atividade foram
utilizadas cartelas que continham números naturais de 1 a 95. Inicialmente foram
distribuídas aos alunos as cartelas e um lápis para a marcação dos números. Em
seguida era sorteado um número que referia-se a uma operação matemática, a qual
teria o seu resultado igual ao número que deveria ser marcado pelo aluno na cartela.
Ganharia o jogo quem completasse a cartela primeiro.
Resultados e Discussão
A aplicação dos jogos deu-se de maneira satisfatória, contando com a participação
dos alunos e também com o apoio dos professores efetivos da escola que estavam
presentes durante a aplicação da atividade. Verificou-se que efetivamente os jogos
matemáticos se constituem em uma metodologia eficaz que subsidia a construção
do conhecimento matemático.
Entendemos que a oficina foi de grande interesse tanto para os alunos como
para nós, que experimentamos a docência na prática.
“A área da Educação tem sido alvo de constantes pesquisas que buscam
inovar a sala de aula e desenvolver uma prática docente criativa e adequada às
Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID
25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400
necessidades da sociedade do século XXI” ( FLEMMING. et al, 2005).
Conclusões
A Educação Matemática pode ser vista como uma área de atuação que busca
soluções e alternativas que inovem o ensino de Matemática (FLEMMING. et al,
2005), sendo assim, podemos concluir que a aplicação das atividades propostas na
oficina teve o seu principal objetivo atingido, que era mostrar aos alunos que é
possível trabalhar conteúdos matemáticos vistos em sala de aula de maneira
divertida e contextualizada.
Agradecimentos
À Escola Nossa Senhora das Graças pela disposição em nos receber em suas
dependências, à UNICENTRO pelo incentivo aos bolsistas para iniciação à docência
e ao PIBID pela bolsa ofertada.
Referências
Alves, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino de matemática. São Paulo,
Editora Papirus, 2001.
D’Ambrósio, U. Educação Matemática da teoria à prática. Campinas: Papirus, 2007.
Flemming, D. et al. Tendências em Educação Matemática.2 ed. Palhoça, Unisul
Virtual, 2005. Disponível em: http://ebucherstapel.com/diva-maria-flemming-pdf/
Acesso em: 20/09/2011.
Lorenzato, Sergio. Para aprender matemática. 3ª. Ed. São Paulo, Autores
Associados, 2010.
Perez, G.. Formação de professores de Matemática sob a perspectiva do desenvolvimento profissional. In: Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. BICUDO.M. A. V. (org.). São Paulo: Editora UNESP, 1999, p. 263 a 282.
Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID
25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400
Download

OFICINAS MATEMÁTICAS E O PIBID: A DOCÊNCIA NA