CSN LADO A LADO COM O BRASIL NO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO A CSN, Companhia Siderurgica Nacional, é hoje uma das Empresas mais integradas e rentáveis do setor e figura em posição de destaque entre complexos siderúrgicos de todo o mundo, apoiando os seus negócios em cinco pilares: Siderurgia, Mineração, Cimento, Energia e Logística. Está pronta para oferecer a seus clientes um diversificado portfólio de aços e minério de ferro de alto grau de pureza. Administra terminais portuários e detém participações em ferrovias e em ativos de geração que garantem uma estratégica auto-suficiência em energia elétrica. Possui cinco linhas de galvanização no Brasil, conta com três subsidiárias no exterior e é a única produtora brasileira de folhas de flandres, matéria-prima para embalagens metálicas, e Galavalume®, aço revevestido de zinco e alumínio que conjuga brilho e durabilidade e tem emprego crescente na construção civil. Produz, também, aço pré-pintado, item cada vez mais usado no setor habitacional e em eletrodomésticos. A CSN está solidamente posicionada nos mercados de maior potencial de crescimento do Páis e trabalha, sempre, para ajudar o Brasil a trilhar o caminho do desenvolivmento. PANORAMA NACIONAL DOMESTIC OUTLOOK PRODUÇÃO CAIU E VENDAS INTERNAS CRESCERAM 0,7% Contrariando cenário de queda da produção, consumo doméstico manteve mesmo nível de 2011 PRODUCTION DOWN AND DOMESTIC SALES UP 0.7% Against a scenario of falling production, domestic consumption remained the same level of 2011 D esde que assumiu um papel de protagonista no processo econômico mundial, o Brasil já enfrentou os efeitos da primeira crise da chamada economia globalizada, deflagrada no final de 2008, e agora sente os impactos de seu recrudescimento. A indústria siderúrgica nacional, um dos termômetros do processo produtivo, vem sofrendo com mais esta onda recessiva. A exemplo do que também acontece com outros setores produtivos, os números mais recentes do setor são negativos: dos oito produtos siderúrgicos, seis deles acumularam quedas quando consideramos 2012 com o ano anterior. As maiores quedas, verificadas na produção de Placas, Semiacabados e Lingotes, Blocos e Tarugos (10,4%, 10,3% e 16 D Brazil had just taken a prominent role in the global economic process, when it had to face the effects of the first crisis of the so called globalized economy that started by the end of 2008. Now it is suffering from the impacts of the crisis’ resurgence. The Brazilian steel making sector, one of the meters of the production process, is being affected by this new wave of recession. Similarly to what has been happening in other areas of production, the latest figures from the steel industry are negative: out of a total of eight steel products, six accumulated falls comparing 2012 with the previous year. The largest falls were observed in the production of Plates, Semifinished products and Ingots, Blocks and Panorama do AÇO - 2013 PRODUÇÃO SIDERURUGICA BRASILEIRA 2012 (unid.: 103t) BRAZILIAN STEELWORKS PRODUCTION (unit.: 103t) Produtos PRODUCTS AÇO BRUTO CRUDE STEEL JAN/DEZ 12/11 OUT. NOV. DEZEMBRO 12/11 ÚLTIMOS 2012*2011% 2012 20122012*2011%12 MESES 34.681,9035.220,10 -1,5 3.154,10 2.843,802.604,40 2.674,30 -2,6 34.681,90 LAMINADOS LAMINATES 26.238,6025.239,90 4 2.277,70 2.177,601.941,50 1.877,20 3,4 26.238,60 PLANOS FLAT STEEL 15.444,0014.264,90 8,3 1.344,10 1.326,901.271,40 1.121,60 13,4 15.444,00 LONGOS LONG STEEL 10.794,6010.975,00 -1,6 933,6 850,7 670,1 755,6 -11,3 10.794,60 SEMI-ACABADOS P/VENDAS SEMI-FINISHED STEEL FOR SALE 7.210,40 8.037,80-10,3 619,7 595,1 599,4 696,1 -13,9 7.210,40 PLACAS STEEL PLATES 6.043,30 6.745,20-10,4 512,5 473,6 492,2 565 6.043,30 -12,9 LINGOTES, BLOCOS E TARUGOS STEEL INGOTS, BLOCKS AND BILLETS 1.167,10 1.292,60-9,7 107,2 121,5 107,2 131,1 -18,2 1.167,10 FERRO-GUSA (Usinas Integradas) PIG-IRON 27.045,4027.466,80 -1,5 2.442,00 2.180,202.304,30 2.254,90 2,2 27.045,40 * Dados Preliminares / Preliminary data. Fonte / Source: Aço Brasil 9,7%, respectivamente) foram superiores aos segmentos que obtiveram crescimento; o de aços planos (8,3%) e laminados (4,0%). No mesmo período, a produção de aço bruto caiu 1,5%. A leitura dos dados alinhavados pelo Instituto Aço Brasil indica, no entanto, uma ligeira recuperação nos três últimos meses do ano passado. De acordo com os números, todos os produtos sofreram redução em setembro de 2012 quando confrontados com o mês anterior (agosto). À época, o freio na produção também foi observado com relação ao mesmo mês de 2011, mas as quedas foram bem mais acentuadas: Lingotes, Blocos e Tarugos; semiacabados para vendas e Placas amargaram, até o terceiro trimestre do ano, percentuais negativos de 42,6%; 32,4% e 30,6%, respectivamente. Contrariando o cenário de queda de produção, as vendas de aço no mercado interno, em 2012, praticamente mantiveram o mesmo nível de comercialização do ano anterior, chegando inclusive a registrar um pequeno crescimento de 0,7%. Foram 21.588,1 milhões de toneladas vendidas contra 21.431,1 Mt em 2011. O destaque, considerando o mesmo período, ficou com o segmento de Placas (22,8%) e o único produto a registrar queda foi Blocos e Tarugos (13,5%). Já o volume de vendas internas em dezembro de 2012 ( 1.542,7 Mt) foi 1,1% inferior ao verificado em igual mês de 2011. STEEL Panorama - 2013 Billets (10.4%, 10.3%, and 9.7%, respectively), and were higher than the segments that presented growth; such as flat steel (8.3%) and laminates (4.0%). In the same time frame, the production of raw steel fell 1.5%. The analysis of data gathered by the Aço Brasil Institute (based on preliminary information) indicates, however, a slight recovery in the last three months of last year. According to the figures, by then preliminary, the making of all products declined in September 2012 compared to the previous month (August 2012). By then, the production decrease was also observed over the same month last year. And the biggest falls negatively affected ingots, blooms and billets; semi-finished products for sales and plates that showed, until the year's third quarter, negative percentages (-42.6%; -32.4% and -30.6%, respectively). In contrast to the scenario of decreasing production, sales of steel in the domestic market in 2012 remained practically at the same level recorded in the previous year and at some point, even had a small increase of 0.7%. There were 21,588.1 million tons sold against 21,431.1 Mt in 2011. The highlight, considering the same period, was the segment of Plates (+ 22.8%) and the only product to record fall was Blocks and Billets (- 13.5%). The volume of domestic sales in December 2012 (1,542.7 Mt) was 1.1% lower than seen in December 2011. 17 PANORAMA NACIONAL DOMESTIC OUTLOOK Exportações tiveram queda acentuada, mas importações declinaram de forma significativa a partir de julho Exports fell sharply, but imports declined significantly starting in July Balança comercial Uma notícia boa e outra ruim marcaram a balança comercial do setor siderúrgico durante o ano passado. Começamos pela segunda. Por conta dos fatores externos, as exportações do parque siderúrgico nacional diminuíram 18,4%. Foram 930,9 (10³t) em 2011 contra 759 (10³t) em 2012. A notícia boa ilustra bem a guerra comercial ora em curso no mundo. A partir de julho do ano passado, as importações declinaram de forma significativa. No último mês de dezembro, 261 (10³t) de aço entraram no país contra 356 (10³t) registradas pelo Ministério da Indústria e Comércio no mesmo mês de 2011. Ainda assim, o fator China ainda é uma pedra no caminho do setor. Dados da Associação Latino Americana de Aço (Alacero) indicam que a América Latina recebeu 2,7 milhões de toneladas de produtos manufaturados de aço da China entre janeiro e novembro do ano passado, das quais 491,7, 18% do total, desembarcaram aqui no Brasil. O presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS) também enxerga na conjuntura externa boa parte dos problemas enfrentados pela economia brasileira. José Martins assinala que a evolução do Produto Interno Bruto dos países da zona do euro, que em 2011 crescera em média 2,5%, evoluiu tímido 0,5% no ano passado. A região, segundo ele, é grande importadora de Trade balance Good and bad news marked the trade balance in the realm of the steel industry during the past year. Let us start with the latter. On account of foreign factors, exports derived from the Brazilian steel industry decreased 18.4%: 930.9 (10³t) in 2011 against 759 (10³t) in 2012. The good news, in turn, illustrates the trade war now underway in the world. As of July last year, imports declines significantly. In December 2012, 261 (10³t) of steel entered the country against 356 (10³t) recorded by the Ministry of Industry and Trade in December 2011. Still, the China factor never ceased to be a thorn in the side of the industry. Data from the Latin American Steel Association (Alacero) indicate that Latin America received 2.7 million tons of manufactured steel products from China between January and November last year – out of which, 491.700 tons, approximately 18% of the total, landed here in Brazil. The president of the Rio Grande do Sul Steel Association (AARS) also sees the global economic scenario many of the problems faced by the Brazilian economy. José Martins points out that the evolution of gross domestic product in the euro zone countries, which in 2011 had grown on average 2.5%, rose a modest 0.5% last year. The region, he said, is a major importer of goods in the world and it affects the performance of countries like VENDAS NO MERCADO EXTERNO - USINAS (unid.: 103t) FOREIGN MARKET SALES - PLANTS (unit.: 103t) Produtos PRODUCTS LAMINADOS LAMINATES PLANOS FLAT STEEL LONGOS LONG STEEL SEMI-ACABADOS SEMI-FINISHED PLACAS PLATES BLOCOS E TARUGOS BLOCKS AND BILLETS JAN/DEZ 12/11 DEZEMBRO 12/11 2012 2011 % 2012 2011% 2.932,5 3.281,8(10,6) 368,1 289,7 27,1 1.985,6 2.097,4(5,3) 268,1 173,254,8 946,9 1.184,4(20,1) 100,0 116,5 (14,2) 6.335,2 6.823,7 ( 7,2) 609,6 637,2 (4,3) 5.752,8 6.165,6 ( 6,7) 518,8 578,7 (10,4) 582,4 658,1(11,5) 90,8 58,5 55,2 TOTAL 9.267,7 10.105,5 ( 8,3) 977,7 926,9 5,5 VALOR (106 US$ FOB) 6.102,6 7.616,4 (19,9) 575,9 677,2 (15,0) Fonte / Source: Aço Brasil 18 Panorama do AÇO - 2013 VENDAS NO MERCADO INTERNO (unid.: 103t) DOMESTIC MARKET SALES (unit.: 103t) Produtos PRODUCTS LAMINADOS LAMINATES PLANOS FLAT STEEL LONGOS LONG STEEL SEMI-ACABADOS SEMI-FINISHED JAN/DEZ 12/11 DEZEMBRO 12/11 2012 2011 % 2012 2011% 21.064,1 20.910,2 0,7 1.508,7 1.525,0 11.318,911.268,9 0,4 854,9 ( 1,1) 804,6 6,3 9.745,2 9.641,3 1,1 653,8 720,4 ( 9,2) 524,0 520,9 0,6 34,0 34,1 ( 0,3) PLACAS PLATES 249,0 202,822,8 19,8 13,3 48,9 BLOCOS E TARUGOS BLOCKS AND BILLETS 275,0 318,1(13,5) 14,2 20,8 (31,7) TOTAL 21.588,1 21.431,1 0,7 1.542,7 1.559,1 ( 1,1) Fonte / Source: Aço Brasil produtos no mundo e isso afeta a performance de países como o Brasil, que é um dos maiores exportadores de commodities. “As altas taxas de desemprego, que só na Espanha alcançam 25% da população, reduzem o poder aquisitivo da população, diminuem o consumo e completam o quadro”, sublinha o presidente com base nos dados da Federação das Indústrias do estado de São Paulo. A Goldman Sachs é outra instituição que se debruça sobre os fundamentos econômicos e projeta cenários futuros em todas as regiões do planeta. De acordo com seu analista de recursos naturais para a América Latina, Marcelo Aguiar, a crise mundial vai adiar os investimentos das multinacionais brasileiras do setor de siderurgia e metalurgia. No caso da Vale, a expectativa era de que a empresa anunciasse, em dezembro último, uma redução dos recursos previstos anteriormente para 2013, de US$ 18 bilhões para US$ 14 bilhões. Investimentos no setor Mas, nem só de retrocesso viverá o setor siderúrgico no futuro próximo. Marcelo Aguiar prevê para a Gerdau, por exemplo, investimentos continuados no segmento de aços longos, sem expectativas de corte de recursos no segmento de aços especiais. Ele explica o porquê. “A capacidade de produção da companhia está no limite na Europa e a empresa ainda está entrando com esse produto no mercado indiano”, alertou ele. Já para a Companhia Siderúrgica Nacional, o analista da Goldman Sachs não vê novos investimentos no horizonte. Isso, no entanto, não pode ser creditado na conta da recessão. “O business da CSN lá fora não é prioridade da Companhia”, acrescentou. STEEL Panorama - 2013 Brazil, which is one of the largest exporters of commodities. “The high unemployment rates that, in Spain, for instance, reach 25% of the population, reduce the purchasing power of the people, and thus consumption, completing the scenario,” points out Martins based on data disclosed by the São Paulo State Industry Federation. Goldman Sachs is an institution that focuses on the economic rationale to create future scenarios regarding all regions of the planet. According to its analyst for natural resources in Latin America, Marcelo Aguiar, the world crisis will postpone the investments of Brazilian multinationals in the sector of steel works and metallurgy. In the case of Vale, the expectation was that the company would announce last December a cut in the previously planned resources for the year of 2013, from US$ 18 billion to US$ 14 billion. Investments in the sector But the steel industry is much more than slowdown talks regarding the near future. Marcelo Aguiar expects that Gerdau, for instance, will invest solidly in long steel products, with no plans for cutting resources in the specialty steel sector. He explains why. “The company's production capacity is at its peak in Europe and Gerdau is also entering the Indian market with this product,” he said. For CSN (National Steel Company), in turn, Goldman Sachs' analyst does not see new investments close on the horizon. This, however, cannot be blamed solely on recession. “CSN's business overseas is not a priority for the company,” he added. Another industry giant, Usiminas posted losses higher than expected in the third 19 PANORAMA NACIONAL DOMESTIC OUTLOOK Principais empresas do setor siderúrgico confiam no futuro, contam com cenário de negócios melhor em 2013 e não deixam de investir Major steel producing companies trust in the future, rely on a better business scenario in 2013, and do not cease to invest Outra gigante do setor, a Usiminas registrou um prejuízo acima do esperado no terceiro trimestre do ano passado. É que os preços no mercado interno tiveram um aumento médio de 3% na distribuição, aquém da alta de 5% a 7% integralmente aplicada em julho. Os executivos da empresa, no entanto, estão otimistas quanto ao futuro. O vice-presidente comercial da companhia, Sérgio Leite, considera prematuro fazer qualquer projeção sobre preços, mas espera um cenário de negócios melhor para o Brasil em 2013. Além disso, segundo ele, a empresa, ao longo de 2012, encerrou um ciclo de investimentos em siderurgia. “Isso nos deixa em uma situação privilegiada, no sentido de termos mais competitividade com um mix de negócios de maior valor agregado”, explicou. E o otimismo na Companhia não para por aí. O confiante vice-presidente de finanças e relações com os investidores, Ronaldo Seckelmann, estima que a redução de custos da empresa vai começar a aparecer junto a um portfólio de produtos de maior valor agregado. “Vamos começar a sentir a tendência de melhora nos nossos resultados”, reforçou o executivo durante recente teleconferência. Seckelmann adiantou ainda, no final do ano passado, que a Usiminas investirá um valor um pouco abaixo de R$ 2 bilhões em 2013. Nos primeiros nove meses de 2012, no entanto, a empresa investiu R$ 1,288 bilhão, valor 30% inferior ao investido em igual intervalo de 2011. quarter of last year. The reason is that the prices in the domestic market increased 3% on average for distribution, less than the 5% to 7% increase applied fully in July. The company's executives, however, are optimistic about the future. The commercial vice president of Usiminas, Sergio Leite, finds it premature to make any projections related to pricing, but expects a better business scenario for Brazil in 2013. In addition, he said, the company ended a cycle of investments in steel throughout 2012. “This puts us in a privileged position, in the sense of a more competitive business mix with higher added value,” he explained. And the optimism in the company does not stop there. The confident vice president of finance and investor relations Ronaldo Seckelmann estimates that the company's cost savings will start to appear with a portfolio of products with higher added value. “We will begin to feel the trend of improvement in our results,” highlighted the executive during a recent teleconference. Seckelmann also said at the end of last year that Usiminas will invest an amount slightly under R$ 2 billion in 2013. In the first nine months of 2012, however, the company invested R $ 1,288 billion, 30% less than the amount invested in the same period in 2011. But, after all, what does 2013 hold for us? The horizon is still full of clouds and last year wasn't different. After all, the players in IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS (unid.: 103t) BRAZILIAN IMPORTS (unit.: 103t) Produtos PRODUCTS SEMI-ACABADOS SEMI-FINISHED JAN/DEZ 12/11 DEZEMBRO 12/11 2012 2011 % 2012 2011% 0,6 1,4(57,1) PLANOS FLAT STEEL 2.026,4 2.270,1(10,7) 122,1 239,5 (49,0) LONGOS LONG STEEL 1.236,1 TRANSFORMADOS MANUFACTUREDS 32,0 24,7 29,6 985,125,5 103,7 65,3 58,8 488,2 503,4 ( 3,0) 34,7 49,5 TOTAL 3.782,7 3.783,3 ( 0,0) 261,1 355,7 (29,9) (26,6) VALOR (106 US$ FOB) 4.523,0 4.565,0 ( 0,9) 285,9 426,1 (32,9) Fonte / Source: MDIC/SECEX 20 Panorama do AÇO - 2013 Não existe distância entre você e nosso aço. Para você receber aço de qualidade onde estiver, a Comercial Gerdau possui mais de 80 filiais em todo o país e uma na Bolívia. Somos a maior distribuidora de produtos de aço do Brasil e podemos planejar a entrega de seu pedido em cargas fracionadas. O setor da construção civil também conta com o apoio de 24 centros de corte e dobra de vergalhão e, para o setor de aços planos, as unidades de corte de aços especiais e perfis estruturais estão prontas para você ganhar agilidade. Conheça a Comercial Gerdau e as facilidades que oferecemos para seu projeto. Vergalhão Gerdau GG 50 GG 50 Cortado e Dobrado Produtos POP Pregos Barras e Perfis Perfis Estruturais Aços Especiais Aços Planos Produtos Agropecuários Arames para Solda www.comercialgerdau.com.br PANORAMA NACIONAL DOMESTIC OUTLOOK A confiança da iniciativa privada e a competitividade de suas empresas dependem de investimentos continuados em infraestrutura The confidence of the private sector and the competitiveness of their companies depend on continued investments in infrastructure Mas, afinal, o que nos reserva 2013? O horizonte ainda está tomado por nuvens e o ano que passou não foi muito diferente. Afinal de contas, os players do setor passaram a maior parte do tempo convivendo com fortes contradições: por um lado, o acúmulo de indicadores negativos e, por outro, um potencial de empreendimentos desenhados no horizonte. A construção civil, grande consumidora de aço, é um bom exemplo. De acordo com o CEO da ArcelorMittal para a América do Sul, Augusto Espechit de Almeida, além do produto in natura, tem crescido a oferta de soluções estruturais para as construtoras. Trata-se, segundo ele, de armaduras prontas, já finalizadas e armadas para aplicações na forma em conformidade com o projeto de obras. Outra luz a brilhar no fim do túnel está relacionada com o peso da produção agrícola no PIB nacional e as vendas de máquinas agrícolas necessárias à produção e a seu escoamento. Até outubro do ano passado, o volume de vendas no atacado – da montadora para a rede de distribuição – alcançara a marca de 57,8 mil unidades. Um crescimento da ordem de 2,5% na comparação com igual período de 2011. De acordo com um dos vice-presidentes da Anfavea, Milton Rego, o mercado vem respondendo muito bem à redução das taxas de juros do Finame PSI, os produtores estão capitalizados e as principais culturas têm apresentado números positivos. “A situação é boa e deve continuar assim”, disse ele. Muito embora as exportações tenham fechado o ano em baixa, -13% até outubro de 2012, a indústria, grande consumidora de aço, tem tudo para deslanchar em 2013. Até porque nem toda notícia que vem da China é ruim. As importações chinesas de soja, por exemplo, vão crescer, de acordo com Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), 6,8% e alcançar a marca recorde de 61 milhões toneladas na temporada 2012/2013. Desta forma, mais de 81% da demanda doméstica do gigante asiático serão 22 the industry have spent most of the time living with strong contradictions: on the one hand, the accumulation of negative indicators and, on the other hand, potential for enterprises that appear on the horizon. The construction industry, a major consumer of steel, is a good example. According to the CEO of ArcelorMittal for South America, Augusto Espechit de Almeida, in addition to the raw product, the offering of structural solutions for builders has also increased. According to him, it involves ready-made structures, already finished and assembled for applications in the form and in accordance with the project works. Another shining light at the end of the tunnel is related to the weight of agriculture in the Brazilian GDP and the sales of agricultural machinery necessary for both production and distribution. Until October last year, the auto making wholesale volume delivered to the distribution network reached the mark of 57.8 thousand units. A growth close to 2.5% compared to the same period in 2011. According to one of the vice presidents of Anfavea, Milton Rego, the market has responded very well to the reduction of interest rates in the Finame PSI loan program. Producers are now capitalized and the most important crops have achieved positive results. “The situation is good and should continue this way,” he said. Even though exports have closed the year at low, -13% through October 2012, the industry, a major consumer of steel, has everything to take off in 2013. Especially because not all news coming from China are bad. Chinese imports of soybeans, for example, will grow, according to International Grains Council (IGC), 6.8% and should reach a record 61 million tons in the 2012/2013 season. Therefore, over 81% of the domestic demand from the Asian giant will be supplied by other countries, especially Brazil and the United States. Immediate projections aside, the foreign and domestic markets, pros and cons, Panorama do AÇO - 2013 supridas por outros países, sobretudo Brasil e Estados Unidos. Projeções imediatistas à parte, conjuntura externa e mercado interno, prós e contras, tudo é válido quando o objetivo é identificar os problemas e achar soluções. Notadamente quando a situação parece assumir nítidos contornos de sobrevivência. É necessário, no entanto, olhar mais adiante para garantir o chamado crescimento continuado. É o que propõe o presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul. Para José Martins, algumas condições são fundamentais para garantir a competitividade da indústria. A principal delas, em sua opinião, é a de que o governo deve, necessariamente, começar a investir em infraestrutura – seja viária, rodoviária, ferroviária, urbana. “Só isso será capaz de criar um cenário favorável e fazer com que as empresas superem o receio de investir recursos próprios”, explicou. Martins ilustra seu argumento com a questão das rodovias. Segundo ele, o volume de veículos em circulação no país em 2002, da ordem de 32 milhões, cresceu 100% em 2012, alcançando a marca de 75 milhões. “No mesmo período, a infraestrutura rodoviária não aumentou nem 5% e as ruas e estradas são as mesmas”, sustentou. O presidente da AARS cita um exemplo doméstico para defender também os investimentos em ferrovias em todas as regiões do país. “Não faz sentido transportar 1,3 milhão de chapas de aço por carreta, dos centros de produção, até o Rio Grande do Sul”, advertiu. Por enquanto, o jeito é levar fé nos esforços feitos pelo governo para elevar o PIB ao longo de 2013. Temos também a nosso favor as obras de infraestrutura voltadas para as competições esportivas da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos - nas quais o uso de aço é intensivo. Já o outro lado da moeda – as incertezas da economia internacional – ainda permanece repleto de incertezas. Resta saber para que lado a balança penderá quando os dois pesos – o da nossa economia interna e o da recessão externa – medirem suas forças. O futuro dirá com todas as letras. STEEL Panorama - 2013 everything is worth mentioning when the goal is to identify problems and find solutions. Notably, when the situation seems to take sharp contours of survival. Nevertheless, one must look beyond in order to ensure the so called continued growth. This is the proposal of the president of the Rio Grande do Sul Steel Association. For José Martins, some conditions are most relevant to ensuring the competitiveness of the industry. The main one, in his opinion, is that the government must, necessarily, begin investing in infrastructure - namely, road, rail and urban mobility. “That alone will be able to create a favorable environment and cause companies to overcome the fear of investing their own resources,” he explained. Martins illustrates his argument talking about the issue of highways. According to him, the volume of vehicles in the country in 2002, which was around 32 million, grew by 100% by 2012, reaching 75 million. “In the same period, the road infrastructure has not increased even 5% and streets and roads remain the same,” he said. The president of the AARS mentions a domestic example to defend investments in railways throughout the country as well. “It den’s make any sense transporting 1,300 million steel plates per cart, from the state of Rio Grande do Sul to ports from which production is distributed,” he stated. For now, the solution is to have faith in the efforts made by the government to raise the GDP throughout 2013. We also have in our favor infrastructure works aimed at the sports competitions of FIFA World Cup and the Olympic Games - in which the use of steel is intensive. The flip side of the coin, in turn, which refers to the uncertainties of the international economy, is still quite filled with doubts. The question remains whether the tip of the scale will be tipped towards the Brazilian domestic economy or the foreign slowdown. That is for the future to tell. 23 PANORAMA NACIONAL DOMESTIC OUTLOOK CHINA E LONDRES SÃO EXEMPLOS RECORRENTES Cidades sediaram eventos que demandaram aço para grandes obras China and London continue to be examples Cities hosted events that required steel for large construction works A s expectativas em torno do programa de obras de infraestrutura anunciado em 2012 deixam entrever a larga utilização de aço nos próximos anos. Não há como antecipar números sobre a demanda potencial nestes empreendimentos, em função de costumeiros atrasos em obras públicas, mas é possível imaginar o que o futuro nos reserva. Para tanto, basta lembrar o volume de intervenções que irão acontecer no Rio de Janeiro, só por conta dos Jogos Olímpicos de 2016, e as obras erigidas na China nos anos que antecederam as Olimpíadas de 2008. A cidade tem previstas a ampliação do metrô (Barra/ Zona Sul); a construção de corredores expressos de BRT para a zona oeste e Aeroporto Tom Jobim; uma ligação Barra/Deodoro e a construção de uma Vila Olímpica e do Parque Olímpico, ambas na Barra da Tijuca. Além dessas intervenções, os próximos anos reservam obras em estádios de futebol nas cidades sede da Copa do Mundo de Futebol em 2014, incluindo-se aqui a grande reforma por que passa o estádio do Maracanã. A comparação com Pequim é inevitável. A capital chinesa recebeu cinco arcos rodoviários e mais quatro linhas de metrô, além de trens de suspensão magnética e sistema de controle de tráfego. Os preparativos para o evento envolveram ainda a construção de 19 novos estádios, a remodelação de outros 13 e obras relacionadas às quatro estruturas T he hopes surrounding the program of infrastructure projects announced in 2012 should hint at the potential use of steel during the next few years. One cannot anticipate the numbers concerning the potential demand created by these projects, due to the usual delays in government projects. However, one can imagine what the future holds. We only need to consider the volume of projects that will be conducted in Rio de Janeiro in light of the 2016 Olympic Games and the projects conducted in China during the years prior to the 2008 Olympics. There are plans to expand the subway system (Barra/ South Side); construction of BRT express corridors to the West Side and Tom Jobim Airport; the Barra/ Deodoro connection, and the construction of the Olympic Village and Olympic Parks, both in Barra da Tijuca. In addition to these projects, the next few years will include projects in soccer stadiums in the cities that will host the 2014 FIFA World Cup, including the large rejuvenation project been conducted in the Maracanã stadium. The comparison with Shanghai is inevitable. The Chinese capital received five highway arches and four more subway lines, in addition to trains equipped with magnetic suspension and traffic control systems. Preparations for the event also included the construction of nineteen new stadiums, remodeling thirteen others and other projects BEIJING BEIJING 2008 24 Panorama do AÇO - 2013 fundamentais: a Vila Olímpica, a Vila de Imprensa, o Centro Principal de Imprensa e o Centro Internacional de Rádio. Mais recentes, as Olimpíadas de Londres, realizadas no ano passado, também geraram retorno para os setores industriais – ainda que a cidade já dispusesse de ampla infraestrutura. Lá, o Parque Olímpico, erigido em 400 mil metros quadrados de área degradada, vai virar o Parque Olímpico Rainha Elizabeth. Com inauguração prevista para junho de 2013, a iniciativa deu origem a investimentos privados a seu redor com a construção de 8 mil apartamentos na região. Os exemplos de Pequim e Londres, assim, são um bom presságio. Um sinal claro de que a demanda por aço – até pela necessidade da conclusão das obras nos prazos estipulados pelo Comitê Olímpico Internacional, vai crescer nos próximos anos. E as boas notícias não param por aí. As expectativas em torno do calendário esportivo brasileiro e seus efeitos sobre o crescimento econômico nos próximos anos já despertaram as atenções dos principais agentes econômicos da economia global. No setor siderúrgico, um bom exemplo, ou melhor, o mais ilustre deles, vem da maior siderúrgica do mundo, a Arcellor Mittal. Com 13 milhões de toneladas de aço bruto produzidas por ano no Brasil, 19 fábricas e 17 mil funcionários, a companhia, que investiu mais de R$ 70 milhões nas Olimpíadas de Londres, vai aproveitar a Copa do Mundo, as Olimpíadas, os investimentos em infraestrutura e o aumento do consumo no País para ampliar seus negócios por aqui. O leque de oportunidades inclui a construção de dez mil quilômetros de ferrovias, a construção e ampliação de portos, aeroportos e rodovias, a construção civil e de parques eólicos e a indústria automobilística. related to indispensable structures: the Olympic Village, Press Village, the Press Center and the International Radio Broadcasting Center. More recently, last year's London Olympics also created great returns for the industrial sectors, despite the fact that the city already had a vast infrastructure system. At that city, the Olympic park was erected on 400 square meters of degraded space and it will become the Queen Elizabeth Olympic Park. The project, which is scheduled to be inaugurated by June 2013, generated private investments in the surrounding areas, such as the construction of eight thousand apartments in the area. The London and Shanghai examples are, in fact, good omens. This is a clear sign that the demand for steel will grow during the next few years, especially due to deadlines set by the International Olympic committee. And the good news continues to roll in. The expectations surrounding the Brazilian sports schedule and the effects that it will have on the economic growth during the next few years, already sparked the interest of some of the main players in the world economy. In the steel sector, a good example (or even the most illustrious) is provided by the largest steel company in the world, Arcellor Mittal. Producing more that 13 million tons of raw steel every year in Brazil, with nineteen factories and seventeen thousand employees, the company invested BR$ 70 million in the London Olympics and will take advantage of the FIFA World Cup, Olympics, infrastructure investments and rise in consumption in the country to increase its presence here. The array of opportunities includes the construction of ten thousand Kilometers of railroads, construction and expansion of ports, airports and highways, civil construction, wind energy parks and automotive industry. LONDRES LONDON 2012 STEEL Panorama - 2013 25 ENTREVISTA IABr IABr Interview “É preciso preservar o mercado interno contra as importações desleais e incentivar a competitividade da indústria brasileira” "We must preserve the domestic market against unfair imports and encourage the competitiveness of the Brazilian industry" A 26 T siderurgia nacional foi afetada principalmente pelo excedente de oferta de aço no mercado internacional em 2012. A constatação é do Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, segundo quem a carga tributária nacional é uma das maiores do mundo – ainda que o governo venha adotando medidas para recuperar a competitividade da indústria. Em entrevista coletiva concedida à Revista Panorama do Aço, da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, o executivo sustentou a tese de que solucionar as questões tributárias nacionais é o melhor caminho para proteger não só nossa siderurgia, mas a indústria nacional como um todo. Reproduzimos aqui os trechos mais importantes de seu depoimento. he domestic steel industry was mainly affected by the oversupply of steel in the international market in 2012. The finding comes from the Executive President of the Brazil Steel Institute, Marco Polo de Mello Lopes, according to whom the Brazilian tax burden is one of the heaviest in the world – even though the government has been adopting measures to restore the competitiveness of the industry. In a press conference that included the Steel Panorama Magazine, a publication of the Rio Grande do Sul Steel Association, the executive argued that solving the country's tax issues is the best way to protect not only our steel industry, but also the domestic industry as a whole. We reproduce here the most important parts of his statement. Panorama do Aço - Existe uma unanimidade em torno da crise econômica global em curso: ela vai persistir por alguns anos. O Sr. concorda com essa projeção? De que maneira ela está afetando e ainda vai impactar as atividades do setor siderúrgico? Marco Polo de Mello Lopes - O excedente de oferta de aço no mercado internacional superou o patamar de 500 milhões de toneladas. Devido à queda do consumo desse material nos países desenvolvidos e ao fato Steel Panorama - There is a consensus regarding the ongoing global economic crisis: it should persist for some years. Do you agree with this forecast? How is it affecting and to what extent will it impact the activities in the steel making industry? Marco Polo de Mello Lopes - The oversupply of steel in the international market surpassed the level of 500 million tons. Due to the drop in consumption in developed countries of this material and the fact that China has Panorama do AÇO - 2013 de a China ter se transforturned into a net exporter, mado em exportadora líquiBrazil has become one of da, o Brasil se tornou um the target markets for dos mercados alvo para several steel producers from diversos produtores de aço other countries. With an de outros países. Com um international market with mercado internacional oversupply and depressed super ofertado e preços prices, the global economic deprimidos, a crise econôcrisis impacts the activities mica internacional impacta of the steel industry and as atividades do setor sidemakes the problems of rúrgico e evidencia os proBrazilian competitiveness blemas da competitividade even more evident. In 2011, brasileira. Em 2011, a penethe penetration of steel tração das importações de imports was 14.4% (while aço foi de 14,4% (e em in 2010 it was 20.6%), but 2010 foi de 20,6%), quando the historical average a média histórica sempre always ranged between 4% variou entre 4% e 6%. and 6%. Our steel Marco Polo de Mello Lopes Nosso consumo de aço consumption increased, Presidente President aumentou, mas muito but greatly affected by the impactado pelo produto product from abroad, in vindo de fora, em condições desleais de comconditions of unfair competition. In addition, petição. Além disso, a indústria sofreu com a the industry was also affected by the tax war guerra fiscal nos estados, que favoreceu a between states, which favored the entry of entrada de produto estrangeiro e não da indúsforeign product and not the local industry. tria local. Não podemos esquecer também Let us not forget, either, that Brazil is one of que o Brasil é um dos países com maior carga the countries with the highest tax burden in tributária do mundo. O esforço do setor está the world. The industry's effort is aimed at voltado a ações destinadas a preservar a parmeasures to preserve the participation of ticipação da produção nacional de produtos domestic steel products in the domestic siderúrgicos no mercado doméstico em prol market to strengthen the Brazilian economic do desenvolvimento econômico brasileiro. development. Panorama do Aço - A crise afeta tanto a maior economia do mundo, a americana, quanto o gigante asiático, a China, e os países europeus. Em qual destas regiões a retração das atividades produtivas nos afeta mais? Marco Polo de Mello Lopes - Além do aumento das importações, a crise mundial afetou drasticamente as exportações brasileiras. A previsão para 2012 é de queda de 9% nas exportações brasileiras de aço. Os EUA, tradicionalmente, figuram entre os maiores consumidores de aço brasileiro. Com a crise, desde 2008, houve queda no volume exportado, porém, a partir de 2010 observa-se recuperação. A Ásia também é um mercado internacional importante, mas não a China. O maior volume é registrado ao contrário: exportações chinesas para o Brasil. O mercado europeu foi, de fato, um dos mais afetados, o que resultou em queda de exportação STEEL Panorama - 2013 Steel Panorama - The crisis affects both the world's largest economy, which is the U.S., the Asian giant, China, and the European countries. In which of these regions the slowdown of productive activities affects us the most? Marco Polo de Mello Lopes - Besides the increase in imports, the global crisis has affected drastically exports from Brazil. The forecast for 2012 is that the Brazilian steel exports should fall 9%. Traditionally, the United States are among the biggest consumers of Brazilian steel. With the crisis, since 2008, there was a decrease in export volume. However, from 2010 onwards, there has been some recovery. Asia is also a major international market, but not China. The largest volume is registered in the opposite direction: Chinese exports to Brazil. The European market was, in fact, one of the 27 ENTREVISTA IABr IABr INTERVIEW 28 de aço para aqueles países que historicamente formam um importante mercado consumidor como bloco. most affected, resulting in falling steel export to countries that historically formed an important consumer market as block. Panorama do Aço - Na China, a realização dos Jogos Olímpicos demandou consumo elevado de aço. A mesma coisa pode acontecer em nosso país? Afinal, o Brasil tem dois grandes eventos esportivos pela frente e muitas intervenções na área de infraestrutura. Marco Polo de Mello Lopes - Sim. Há expectativa de que o consumo de aço seja impactado positivamente pelos chamados projetos especiais, entre eles a Copa do Mundo e Olimpíadas. É necessária, no entanto, a adoção de exigências de conteúdo nacional para esses eventos e em todos os contratos em que há presença de financiamento público, apoio e incentivos fiscais de governos. Além disso, temos as reservas petrolíferas do Pré-sal e os programas habitacionais como “Minha Casa Minha Vida”. Outras intervenções importantes e capazes de aumentar a demanda são os projetos previstos para as áreas de infraestrutura urbana, transportes e logística. Steel Panorama - In China, the hosting of the Olympic Games led to a high consumption of steel. Will the same happen in our country? After all, Brazil has two major sports events ahead and many interventions in the area of infrastructure. Marco Polo de Mello Lopes - Yes. The expectation is that steel consumption will be positively affected by so-called special projects, including the FIFA World Cup and the Olympics. We must, however, adopt content requirements for these events, as well as in all contracts where there is use of public funding and support, and government tax incentives. In addition, there will be projects related to oil reserves in the pre-salt layer and housing programs such as the "My House, My Life". Other interventions which are important and capable of increasing the demand are the projects foreseen in the area of urban infrastructure, transports and logistics. Panorama do Aço - Além das intervenções de grande porte por conta da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, quais são os outros setores que podem demandar a utilização de aço no futuro próximo? Marco Polo de Mello Lopes - Os três maiores setores consumidores de aço são construção civil, automotivo e de bens de capital. Em outros países, a construção civil representa cerca de 50% do consumo de produtos siderúrgicos e, no Brasil, está no patamar de 35%. Ainda há espaço, portanto, para o crescimento deste setor no País. Steel Panorama - Besides the large interventions on behalf of the FIFA World Cup and the Olympic Games, what are the other sectors that may require the use of steel in the near future? Marco Polo de Mello Lopes - The three major steel consuming sectors are construction, car making and capital goods. In other countries, the construction industry accounts for about 50% of consumption of steel products and, in Brazil, the current level is 35%. There is room, therefore, for the growth of this sector in the country. Panorama do Aço - As taxas de crescimento da China vão se reduzir a um dígito nos próximos anos, o crescimento vai se basear no consumo e já existe uma quantidade grande de commodities estocadas, entre elas de aço. De que maneira isso vai impactar o consumo do insumo no mundo? Marco Polo de Mello Lopes - Como já foi dito aqui, o Brasil se tornou um dos mercados alvo para diversos produtores de aço de outros países. As usinas produtoras de aço no Brasil operaram durante o ano de 2012, com grau de utilização de sua capacidade muito Steel Panorama - Growth rates in China will be reduced to one digit in the coming years, growth will be based on consumption and there is already a large amount of stored commodities including steel. How will this impact the consumption of raw material in the world? Marco Polo de Mello Lopes - As already mentioned above, Brazil has become one of the target markets for several steel producers from other countries. The steel mills operating in Brazil during 2012 worked using a very Panorama do AÇO - 2013 O futuro do transporte urbano passa por aqui. O Viale BRT - Low Entry da Marcopolo redefine a identidade dos ônibus urbanos brasileiros. Expressa velocidade, conforto, acessibilidade e segurança por meio de linhas fluídas e elementos estéticos inspirados nos mais modernos sistemas de transporte mundial. O produto atende a todas as exigências dos sistemas de plataformas de embarque do país, podendo ser configurado para atender às necessidades específicas em números de passageiros e acessibilidade. facebook.com/OnibusMarcopolo twitter.com/OnibusMarcopolo APROXIMANDO facebook.com/OnibusMarcopolo facebook.com/OnibusMarcopolo youtube.com/OnibusMarcopolo PESSOAS www.marcopolo.com.br twitter.com/OnibusMarcopolo youtube.com/OnibusMarcopolo twitter.com/OnibusMarcopolo youtube.com/OnibusMarcopolo APROXIMANDO PERSONAS Cinto de segurança salva vidas. Viale BRT - Low Entry ENTREVISTA IABr IABr INTERVIEW baixo (72,5%), o que acabou por impactar seus resultados econômicos financeiros. Esta ociosidade deve-se ao fraco desempenho do mercado interno e à competição não isonômica das importações. Tal assimetria competitiva deve-se basicamente aos tributos elevados e cumulativos e, embora parcialmente revertida, à apreciação do Real, o que impactou também na redução das exportações. Panorama do Aço - A desoneração da folha de pagamentos do setor privado e a redução das tarifas de energia elétrica também foram anunciadas para reduzir custos e aumentar a produtividade da cadeia produtiva. Como o Sr. vê essas providências e seus efeitos sobre a economia e o setor siderúrgico? Marco Polo de Mello Lopes - O ideal seria desonerar totalmente a folha de salários de qualquer incidência tributária, mantendo apenas os encargos que beneficiam os trabalhadores (p. ex.: FGTS). Tudo que não for diretamente vinculado ao contrato do trabalhador não deveria onerar a folha para, desta forma, se aproximar dos patamares internacionais. Em outros países a folha não é utilizada como base de incidência de tributos recolhidos pelos empregadores. Entretanto, o Governo Federal estabeleceu alíquota mínima de 1% da receita bruta para o mercado interno em substituição aos 20% de contribuição sobre o total da folha de pagamento, o que representa aumento de recolhimento para o setor produtor de aço. Panorama do Aço - E a redução das tarifas de energia elétrica? Marco Polo de Mello Lopes - Um dos grandes problemas da indústria nacional hoje é a perda de competitividade. A medida do Governo de desonerar a energia elétrica vai na direção de recuperar parte dessa competitividade num cenário internacional de competição acirrada e muitas vezes desleal. É, portanto, tão bem vinda quanto o recente aumento das tarifas de importação e fim da guerra fiscal nos portos. São medidas que, em seu conjunto, fazem com que a indústria brasileira do aço tenha melhoria da sua competividade. Atualmente a média de participação da energia elétrica no custo de uma tonelada de aço nas usinas semi-integradas é de 10%. Considerando ter o Brasil o terceiro maior custo de energia elétrica entre 27 paí30 low degree of capacity (72.5%), which ultimately impacted their financial economic results. This idleness is due to the poor performance of the domestic market and the competition from non-isonomic imports. Such competitive asymmetry is primarily due to taxes, that are high and cumulative, and although partially reversed, to the appreciation of the Real, which also had a role in the reduction of exports. Steel Panorama - Tax reduction on payroll for the private sector and the reduction of electric power rates were also announced in order to reduce costs and increase productivity of the production chain. How do you see such measures and their effect on both the country's economy and the steel making industry? Marco Polo de Mello Lopes - The ideal thing to do would be fully relieving the payroll of any tax collection, except for those that actually benefit the workers (e. g., FGTS - Unemployment Compensation Fund). All taxes that are not directly related to the employee's work agreement should not impact the cost of payroll, thus approaching international levels. In other countries the payroll is not used as a base of taxes paid by employers. Nevertheless, the Federal Government established a minimum rate of 1% on gross revenue so that the domestic market could replace the 20% rate of contribution based on total payroll costs, which represents an increase of payment for the sector of steel producers. Steel Panorama - What about the reduction of electric power rates? Marco Polo de Mello Lopes - One of the great problems of national industry today is loss of competitiveness. The government's measure to reduce taxes on electric power bills aims at recovering part of that competitiveness in the international arena, where competition is fierce and often unfair. It is, therefore, as welcome as the recent increase in import tariffs and it should end the war of taxes in ports. These are measures that, taken together, will increase the competitiveness of the Brazilian steel making industry. Currently, the average share of electricity in the cost of a ton of steel in semiintegrated mills is 10%. Considering the fact Panorama do AÇO - 2013 ses, segundo dados da ANEEL, a medida certamente é positiva para a indústria brasileira do aço. Panorama do Aço - O setor siderúrgico enfrenta ações predatórias da concorrência estrangeira. O governo vem reagindo à altura contra elas – notadamente a desvalorização artificial de moedas como o yuan. Como isso afeta a siderurgia nacional? Marco Polo de Mello Lopes - O mercado brasileiro vem sendo agredido por importações predatórias, já que muitas fabricantes estavam vendendo aço a preços muito baixos, diante do cenário de excesso de capacidade da indústria mundial do aço. A medida anunciada pelo governo recentemente, que elevou a tarifa de importação para alguns produtos siderúrgicos, poderá minimizar as dificuldades enfrentadas pelo setor no País. No entanto, ainda são necessários complementos para conseguir reverter a trajetória negativa observada neste ano, como o crescimento do mercado interno, regulamentação para o conteúdo local da indústria e também a correção de assimetrias competitivas. Panorama do Aço - O que deveria ser feito para proteger nossa cadeia produtiva e evitar a desindustrialização que ameaça diversos setores produtivos nacionais? Marco Polo de Mello Lopes - Acreditamos que as medidas que vêm sendo adotadas pelo Governo serão propulsoras do crescimento em 2013 e se refletirão em melhores resultados para o setor que, embora moderno e atualizado tecnologicamente, depende dos ganhos de escala decorrentes da utilização de capacidade. É preciso preservar o mercado interno contra as importações desleais e incentivar a competitividade da indústria brasileira, solucionando questões tributárias, por exemplo. A expectativa para 2013 é de melhoria. As vendas das usinas devem voltar pela primeira vez ao patamar de 2008, chegando a 23,4 milhões de toneladas. O consumo aparente está previsto em 26,4 milhões de toneladas, 4,3% a mais do que o previsto para este ano. Isso representa 65% de sobra em relação à capacidade de 48,4 milhões de toneladas de aço bruto. Em 2012, a sobra foi de 72%. STEEL Panorama - 2013 that Brazil has the third highest cost of electricity among 27 countries, according to data from ANEEL (Brazilian Electricity Regulatory Agency), the measure is certainly positive for the Brazilian steel industry. Steel Panorama - The steel making industry faces predatory actions due to foreign competition. The government has been reacting against them in the right way notably, the artificial devaluation of currencies such as the Yuan. How does this affect the domestic steel industry? Marco Polo de Mello Lopes - The Brazilian market is being attacked by predatory imports, since many steel manufacturers were selling at very low prices, in face of a scenario of overcapacity in the global steel industry. A measure recently announced by the government, which raised the import tariffs charged on some steel products, can minimize the difficulties faced by the sector in the country. Nevertheless, more is needed so that we can reverse the downward trend seen this year, such as the growth of the domestic market, regulations for the industry's local contents, as well as the correction of competitive asymmetries. Steel Panorama - What should be done to protect our supply chain and avoid the deindustrialization process that threatens the country's productive sectors? Marco Polo de Mello Lopes - We believe that the measures that have been adopted by the Government will lead to growth in 2013 and will be reflected in better outcomes for the sector that, even though modern and technologically updated, depends on scale gains arising from the use of capacity. We must preserve the domestic market against unfair imports and encourage the competitiveness of the Brazilian industry, resolving tax issues, for instance. The expectation for 2013 is that conditions will be better. Sales of steel produced at the plants should come back to the level of 2008 for the first time, reaching 23.4 million tons. The apparent consumption is expected to be at 26.4 million tons, 4.3% more than projected for the year. This represents 65% of spare capacity compared to the total capacity of 48.4 million tons of raw steel. In 2012, the surplus was 72%. 31