UNIVERSIDADE POSITIVO NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÒGICAS ENGENHARIA ELÉTRICA Vanessa Boumer Willian Taborda MONITORAMENTO AUTOMÁTICO PARA VAGAS DE ESTACIONAMENTO Curitiba, 2008. Vanessa Boumer Willian Taborda MONITORAMENTO AUTOMÁTICO PARA VAGAS DE ESTACIONAMENTO Monografia apresentada para obtenção de conceito parcial na disciplina de Projeto Final do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Positivo. Orientador: Prof. Solivan Valente. Banca: Prof. Salmo Pulstilnick Curitiba, 2008 EPÍGRAFE “Determinação coragem e auto-confiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los, independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.” Dalai Lama iii DEDICATÓRIA Dedicamos primeiramente a Deus, por ter nos guiado nesse caminho tão difícil e ter nos proporcionado essa conquista. Aos nossos pais João Boumer e Roseli do Rocio Boumer, Sueli Taborda e Samuel Taborda, pelo esforço, dedicação e compreensão em nossa ausência. Vanessa Boumer / Willian Taborda Ao meu marido Fábio César Barbosa, que me apoiou e compreendeu em todos os momentos em que estive ausente, aos meus irmãos Vanusa Aparecida Rocio Boumer e João Rafael Boumer, pela força e confiança depositada desde o início dessa jornada e em especial ao meu filho Vinicius Boumer Barbosa, que é tudo na minha vida. Ao meu amigo Willian, pela confiança, credibilidade e paciência ao longo desses cinco anos. Vanessa Boumer À minha namorada Alessandra Mira Leal, por estar presente nos momentos difíceis, pelo companheirismo, amizade e compreensão, e também à minha querida amiga Vanessa que nesses cinco anos se mostrou uma pessoa extremamente guerreira, e nunca deixou que qualquer desafio ou dificuldade a derrotasse. Willian Taborda SUMÁRIO iv LISTAS DE FIGURAS ....................................................................................... vii LISTA DE SÍMBOLOS/ABREVIATURAS/SIGLAS ........................................... viii RESUMO............................................................................................................ix 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1 1.1. PROBLEMA ......................................................................................... 1 1.2. JUSTIFICATIVA ................................................................................... 1 1.3. OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................ 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................... 3 2.1. SENSORES FOTOELÉTRICOS .......................................................... 3 2.1.1. Princípio de Funcionamento ......................................................... 3 2.1.2. Sensores Fotoelétrico Unidirecionais............................................ 3 2.1.3. Sensores Difusos.......................................................................... 4 2.1.4. Sensores Difusos Energéticos ...................................................... 5 2.1.5. Sensores Difusos com Supressão do Primeiro Plano................... 5 2.1.6. Sensores Difusos com Supressão de Fundo ................................ 6 2.1.7. Sensores Fotoelétrico Retro-reflexivos ......................................... 7 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PRELIMINARES ...................................... 8 3.1. VISÃO GERAL ..................................................................................... 8 3.1.1. Sensores de E/S dos Setores ....................................................... 8 3.1.2. Microcontrolador 16F628A............................................................ 8 3.1.3. Transmissor Via Rádio.................................................................. 9 3.1.4. Receptor Via Rádio....................................................................... 9 3.1.5. Microcontrolador 16F628A............................................................ 9 3.1.6. Computador com display e base de dados ................................... 9 3.2. Descrição Funcional dos Blocos ........................................................ 10 3.2.1. Sensores de E/S dos Setores ..................................................... 10 3.2.2. Microcontrolador 16F628A.......................................................... 11 3.2.3. Transmissor Via Rádio................................................................ 12 3.2.4. Receptor Via Rádio..................................................................... 12 3.2.5. Computador com display e base de dados................................. 13 3.3. DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULO ........................ 14 3.3.1. Circuito dos Setores.................................................................... 14 3.3.2. Circuito do Receptor ................................................................... 15 3.3.3. Cálculo dos resistores - pull down ............................................. 16 3.3.4. Cálculo dos resistores – divisor de tensão.................................. 16 3.4. PROGRAMAÇÃO .............................................................................. 17 3.4.1. Descrição Geral .......................................................................... 17 3.4.2. Planejamento .............................................................................. 17 3.4.3. Funcionamento do Microcontrolador........................................... 18 3.4.4. Funcionamento do Sistema Supervisório ................................... 19 3.4.5. Protocolo de Comunicação ......................................................... 20 4. IMPLEMENTAÇÃO ................................................................................... 21 4.1. DESCRIÇÃO DA MONTAGEM.......................................................... 21 4.1.1. Circuito Transmissor ................................................................... 21 4.1.2. Circuito Receptor ........................................................................ 22 4.1.3. Maquete...................................................................................... 23 4.2. TESTES, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES. ................................... 24 4.2.1. Hardware .................................................................................... 24 4.2.2. Software...................................................................................... 25 v 4.2.3. Projeto como um tudo................................................................. 26 4.3. CÓDIGO FONTE ............................................................................... 26 4.4. PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO ....................................................... 27 5. CUSTOS DO PROJETO ........................................................................... 29 5.1. COMPONENTES E MATERIAIS ....................................................... 29 5.2. SERVIÇOS CONTRATADOS ............................................................ 29 6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 32 APÊNDICES..................................................................................................... 34 vi LISTAS DE FIGURAS FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9 FIGURA 10 FIGURA 11 FIGURA 12 FIGURA 13 FIGURA 14 FIGURA 15 FIGURA 16 FIGURA 17 FIGURA 18 FIGURA 19 FIGURA 20 FIGURA 21 FIGURA 22 FIGURA 23 FIGURA 24 FIGURA 25 - Sistema Unidirecional................................................................ 4 Sistema Difuso Energético ........................................................ 5 Sensores Difuso com Supressão do Primeiro Plano................. 6 Sistema Difuso com Supressão de Fundo ................................ 6 Sistema Fotoelétrico Retro-reflexivo ......................................... 7 Visão Geral do Sistema............................................................. 8 Descrição funcional dos Blocos............................................... 10 Sensores Unidirecionais.......................................................... 11 Microcontrolador PIC16F628................................................... 11 Transmissor RT4..................................................................... 12 Receptor RR3.......................................................................... 12 CircuitoTransmissor ................................................................ 14 Circuito do Receptor................................................................ 15 Tela disponível para usuário ................................................... 17 Diagrama do Microcontrolador ................................................ 18 Diagrama do Sistema Supervisório ......................................... 19 Vetor de dados ........................................................................ 20 Protoboard - Circuito Transmissor.......................................... 22 Protoboard - Circuito Receptor............................................... 23 Maquete - Entrada do Estacionamento ................................... 23 Stand – III Painel de Engenharia Elétrica ................................ 26 Layout - Receptor................................................................... 27 Layout - Transmissor............................................................... 27 Placa de circuito impresso - Receptor..................................... 28 Placa de circuito impresso - Transmissão ............................... 28 vii LISTA DE SÍMBOLOS/ABREVIATURAS/SIGLAS E/S – Entrada e saída; VDC – Voltage Direct Current, Corrente contínua; mA – Miliampére, unidade de corrente; ms – Milisegundo, unidade de tempo; A – Ampére, unidade de corrente; VAC – Voltage Alternating Current, Corrente Alternada; MHz – Megahertz, unidade de freqüência; Cm – Centímetro; khz – KiloHertz, unidade de freqüência; µA – Microampere, unidade de corrente; PIC – Peripheral Integrated Controller – Controlador Integrado de Periféricos; RR3 – Super Regenerative Radio Receiver With Laser Trimmed Inductor – Super Rádio Receptor Regenerativo com Indutor de Laser Trimer; RT4 – Radio Transmitter Module with SAW Resonator and External Antena – Módulo Transmissor de Rádio com Resonador e Antena Externa; Bit – É a menor unidade de informação usada na computação; RX – Receptor; TX – Transmissor; kbps – kilo bits por segundo viii RESUMO Este trabalho apresenta um sistema para indicação de vagas livres em um setor de um estacionamento. Para indicação das vagas livres, um conjunto de sensores fotoelétricos unidirecionais é sensibilizado ao reconhecer a presença de um veículo de médio porte. Com essa informação, o próximo usuário é informado de quantas vagas livres estão disponíveis no setor desejado, evitando transtornos de filas e espera. Palavras-chave: controle de acesso, sensor fotoelétrico, trânsito. ix 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMA O aumento do número de veículos em todas as grandes cidades leva à maior demanda de número de vagas em estacionamentos comerciais. Na busca de sistemas de automação para melhorar o atendimento aos clientes, as grandes redes de centros comerciais, supermercados e demais estabelecimentos disponibilizam sistemas automáticos que facilitam os serviços prestados aos usuários. Porém, hoje, as cancelas eletrônicas, pagamentos automáticos, elevadores de veículos e outros facilitadores ainda não são suficientes para impedir os transtornos causados pelos grandes movimentos em locais de estacionamento. 1.2. JUSTIFICATIVA Com a busca constante na melhoria do atendimento das redes comerciais aos seus freqüentadores, a automação em geral vem sendo uma das principais aliadas do aumento de clientes e da melhoria da qualidade do atendimento e comodidade ao público. Em complemento aos aparelhos já existentes em vários ambientes de estacionamento, o trabalho proposto tem o alvo de ampliar os serviços facilitadores já existentes, com a redução do tempo perdido em busca de vagas livres para estacionar. Encontrar locais livres para estacionar pode tornar-se uma tarefa um tanto complicada, devido às diversas formas de organização das vagas, muitas vezes com diversos pisos, seções e andares. O usuário nem sempre consegue prever em quais desses ambientes existe o maior movimento e, conseqüentemente, tem dificuldade de encontrar o local adequado para deixar seu veículo. 2 1.3. OBJETIVOS ESPECIFICOS O desenvolvimento do sistema tem como objetivo facilitar a entrada do usuário em um estacionamento, indicando quantas vagas disponíveis há em cada setor. A detecção do automóvel é realizada através de dois conjuntos de sensores fotoelétricos unidirecionais instalados na entrada da seção, com uma distância que comprove a passagem do veículo; a passagem de pedestres não interfere na contagem de veículos presentes. Ao ser confirmada a passagem do veículo, é incrementada a contagem do número de vagas ocupadas. Os sinais desses sensores são processados e tratados por um microcontrolador com um programa desenvolvido especificamente para reunir as informações e, em um determinado intervalo de tempo, transmiti-las através de um circuito transmissor de rádio por alguns metros. O pacote de informações é recebido pela etapa receptora de rádio e será enviado ao microcomputador via canal serial. Essas informações são então processadas por um programa desenvolvido em linguagem C++, que tem o objetivo de mostrar ao usuário quantas vagas disponíveis há em cada setor. São instalados também, em cada saída do setor do estacionamento, mais dois conjuntos de sensores fotoelétricos, separados por uma distância para detecção somente de automóveis, com a função de decrementar a contagem, atualizando a informação ao próximo usuário sobre a quantidade de vagas livres no setor em questão. Para que o sistema seja implantado, é considerada a seguinte restrição ao estacionamento: para a primeira indicação, ou seja, ao início da utilização do estacionamento, tem que ser informadas ao sistema quantas vagas livres há em todos os setores. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. SENSORES FOTOELÉTRICOS Os sensores fotoelétricos ou óticos (SICK Soluções em Sensores, 2005, p. 5) são fabricados com a facilidade de emitir e receber a irradiação de luz infravermelha modulada com a função de alterar seu estado de saída inicial na interrupção ou presença de acionador. Sensores fotoelétricos são utilizados em inúmeras aplicações, desde fabricantes de máquinas á indústria automobilísticas, envolvidas nas aplicações mais complexas. 2.1.1. Princípio de Funcionamento Seu funcionamento é baseado na emissão e recepção de luz infravermelha podendo ser visível ou não ao ser humano, que pode ser interrompida ou refletida pelo acionador. Os sensores fotoelétricos são compostos de dois sistemas básicos: um diodo emissor de luz infravermelha e um foto transistor, receptor de luz infravermelha, onde operam com freqüência de emissão e recepção modulada, sem que haja interferência externa de outros tipos de fontes de luz. Os sensores fotoelétricos são classificados em três tipos: unidirecional também, conhecido como barreira, difuso e sistema retroreflexivo. 2.1.2. Sensores Fotoelétrico Unidirecionais Os sensores unidirecionais são formados por duas unidades independentes, conforme figura 1, o módulo emissor e o módulo receptor. A luz emitida pelo módulo emissor é recebida pelo módulo receptor. Caso ocorra uma interrupção deste feixe de luz, o módulo receptor comuta sua saída. Estes sensores são mais imunes objetos indesejáveis, como por exemplo, névoa, respingos de água, fumaça, poeira em suspensão. 4 FIGURA 1 - Sistema Unidirecional Emissor Receptor Fonte: (Sick Soluções em Sensores 2005, p. 5) A distância sensora nominal no sistema unidirecional é conhecida com a maior distância encontrada entre todas as categorias. Hoje existem sensores com uma distância de 350 metros. 2.1.3. Sensores Difusos No sistema difuso, o receptor e emissor estão compostos em um mesmo conjunto e os feixes infravermelhos emitidos refletem sobre a superfície do objeto e retorna ao elemento receptor, provocando o chaveamento eletrônico. A distância sensora nominal depende do objeto a ser detectado, as características como cor, tonalidade e tipo de superfície influenciam na determinação da distância. Em alguns sensores encontramos distâncias de até 3 metros. A linha de difuso possui 3 divisões de sensores, sendo: sensores difusos energéticos, sensores difusos com supressão de fundo e supressão do primeiro plano. 5 2.1.4. Sensores Difusos Energéticos São sensores que compõe uma solução com custo reduzido. Estas fotocélulas operam com o princípio de reflexão da luz, ou seja, ele emite uma quantidade de energia luminosa e caso esta luz encontre um obstáculo, no caso o alvo, a luz é refletida e o sensor detecta esta quantidade de energia refletida, veja figura 2. Como podemos concluir, a quantidade de energia luminosa refletida depende da cor e textura do alvo, portanto, uma superfície branca reflete mais do que uma superfície preta, uma superfície polida reflete mais do que uma superfície áspera. Estas variações podem ser compensadas por um ajuste de sensibilidade feito por um potenciômetro normalmente presente no corpo do sensor. FIGURA 2 - Sistema Difuso Energético Fonte: (Sick Soluções em Sensores 2005, p. 6) 2.1.5. Sensores Difusos com Supressão do Primeiro Plano Sensores com supressão do primeiro plano são utilizados para detectar objetos dentro de uma distância pré definida, não tendo influência ou textura do objeto, verifique figura 3. Todos os objetos entre a distancia prédeterminada e o sensor são detectados. A supressão de fundo é conseguida por meio do arranjo geométrico do emissor e receptores. São mais utilizados na detecção de objetos com superfícies instáveis, tanto em coloração quanto formato e textura. 6 FIGURA 3 - Sensores Difusos com Supressão do Primeiro Plano primeiro plano E1 E2 Fonte: (Sick Soluções em Sensores 2005, p. 6) 2.1.6. Sensores Difusos com Supressão de Fundo De acordo com a figura 4, verifica-se que o princípio de funcionamento de uma fotocélula com supressão de fundo é baseado na relação geométrica entre o emissor e os elementos receptores. O acionamento é ajustado para detectar o objeto localizado em plano/posição. Sinais provenientes do que esta atrás desta posição é suprimida. Muitas vezes a distância de detecção é ajustável eletrônica ou mecanicamente e aplicação típica é a detecção precisa de objetos de cor escura frente a um fundo claro. FIGURA 4 - Sistema Difuso com Supressão de Fundo FUNDO branco = 90% Fonte: (Sick Soluções em Sensores 2005, p. 7) 7 2.1.7. Sensores Fotoelétrico Retro-reflexivos Sensores fotoelétricos retro-reflexivos operam pelo princípio de polarização da luz emitida. Como se sabe, a luz é formada por fótons, que oscilam em todas as direções. Em frente ao semicondutor emissor há um filtro polarizador que permite a passagem da luz apenas em um plano horizontal. Ao detectar um objeto comum, a luz é refletida no mesmo plano. Mas na frente do receptor há um segundo filtro polarizador que permite a entrada apenas da luz oscilante na vertical, portanto o sensor não comuta. Para o funcionamento deste tipo de sensor é necessário um alvo específico: o espelho prismático, conforme figura 5. Este tipo especial de espelho tem a propriedade de rotacionar a luz em 90°. Portanto, a luz sai do sensor polarizada na horizontal, ao atingir o espelho ela é rotacionada em 90°, passando então a oscilar na vertical, retornando também neste plano. Ao atingir o segundo filtro polarizador este não exerce restrição à passagem da luz, comutando assim o sensor. Portanto pode-se concluir que o sensor retro-reflexivo trabalha inversamente ao sensor energético, ou seja, o sensor retro-reflexivo detecta um alvo específico, e não o objeto a ser detectado. Os sensores retro-reflexivo são operam pelo princípio de "quebra de feixe" detectam qualquer tipo de material que consigam bloquear sua luz. FIGURA 5 - Sistema Fotoelétrico Retro-reflexivo Fonte: (Sick Soluções em Sensores 2005, p. 8) 8 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PRELIMINARES 3.1. VISÃO GERAL Para uma visão geral do sistema, verifique a figura 6. Segue também uma breve descrição para cada item que compõe o sistema. FIGURA 6 - Visão Geral do Sistema Fonte: Própria 3.1.1. Sensores de E/S dos Setores Os sensores de entrada e saída dos setores são responsáveis pela detecção dos automóveis. Através do seu sinal é incrementada ou decrementada a contagem do número de vagas disponíveis. 3.1.2. Microcontrolador 16F628A O microcontrolador recebe os sinais disponibilizados pelos sensores, realizando todo tratamento de sinal, indicando ao transmissor qual conjunto de sensores foram acionados, tanto de entrada ou saída. 9 3.1.3. Transmissor Via Rádio O transmissor via rádio recebe os sinais do microcontrolador com a codificação do sensor via chave dip switch de oito canais. A comunicação entre o microprocessador e o transmissor é de forma serial, ou seja, bit a bit. 3.1.4. Receptor Via Rádio O receptor via rádio recebe os sinais codificados que foram emitidos pelo transmissor e os disponibiliza para o tratamento necessário. 3.1.5. Microcontrolador 16F628A Utilizando o mesmo microcontrolador para a recepção dos sinais disponibilizados pelo receptor, são realizados as comparações devidas e informar o sistema supervisório, em qual setor houve uma movimentação. 3.1.6. Computador com display e base de dados No computador tem um programa supervisório, o qual é informado ao usuário as informações pertinentes dos setores. 10 3.2. DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS BLOCOS Para um melhor entendimento do sistema para o controle de vagas livres, segue figura 7 e descrição detalhada de cada bloco funcional. FIGURA 7 - Descrição funcional dos Blocos Fonte: Própria 3.2.1. Sensores de E/S dos Setores Os sensores de entrada e saída são sensores fotoelétricos unidirecionais com uma tensão de alimentação entre 10 a 30 VDC (Voltage Direct Current) assim como sinal de acionamento. O chaveamento da saída do sensor é realizado através de um transistor PNP que está contido no próprio encapsulamento do elemento. O modelo utilizado é VS/VE18-4P3240, fabricante SICK, conforme mostrado na figura 8. Seu alcance é de até 20 metros ajustável, corrente de consumo é de aproximadamente 30mA e seu tempo de resposta é inferior a 2ms. A alimentação do componente é realizada por uma fonte com entrada 110/220VAC (Voltage Alternating Current) e saída 12VDC com uma corrente de 1A. 11 FIGURA 8 - Sensores Unidirecionais Fonte: Sick Soluções em Sensores, 2008. 3.2.2. Microcontrolador 16F628A O componente utilizado na transmissão e recepção de sinais é o modelo PIC16F628A fabricado pelo Microchip Tecnology, com 18 pinos, cuja pinagem é apresentada na figura 9. A alimentação é de 2 a 6 VDC, com consumo máximo de corrente de 220µA. Sua função é coletar os dados dos sensores, tratar os sinais e enviálos para o transmissor de rádio, receber os dados do receptor de rádio e decodificá-los para realizar as comparações necessárias e informar ao supervisório em qual setor houve circulação de veículos. FIGURA 9 - Microcontrolador PIC16F628 Fonte: Data sheet PIC16F628 12 3.2.3. Transmissor Via Rádio O transmissor utilizado é o modelo RT4 (ROGERCOM, 2006) do fabricante Telecontroll, conforme figura 10. Sua freqüência de operação é de 433,92MHz e seu alcance máximo é de 100 metros sem obstáculos, a antena utilizada para esse módulo tem um comprimento de 17,5cm construída com um fio rígido de cobre. A alimentação é do mínimo 2VDC até no máximo 14VDC com um consumo de corrente 4mA. A largura de banda para transferência de dados é de até 4kHz. FIGURA 10 - Transmissor RT4 Fonte: Data Sheet Telecontrolli 3.2.4. Receptor Via Rádio O receptor empregado é o modelo RR3 (ROGERCOM, 2006) do fabricante Telecontrolli, veja figura 11. Sua freqüência de operação é de 433,92MHz e seu alcance máximo é de 100m sem obstáculos, a antena utilizada para esse módulo tem um comprimento de 17,5cm construída com um fio rígido de cobre. A alimentação é do mínimo 4,5VDC até no máximo 5,5VDC com um consumo de corrente 3mA. A largura de banda para transferência de dados é de até 2kHz. FIGURA 11 - Receptor RR3 Fonte: Data Sheet Telecontrolli 13 3.2.5. Computador com display e base de dados O programa para controle automático das vagas pode ser utilizado em qualquer máquina de uso comercial, desde que tenha porta de comunicação serial ou acessório para esta função. Neste supervisório, há uma tela para que o administrador do sistema insira os dados necessários para inicialização do sistema, ou seja, o número de vagas livres. Após esta etapa, o sistema passa a informar no próprio display da máquina, o número de vagas disponíveis em cada setor. 14 3.3. DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULO 3.3.1. Circuito dos Setores A figura 12 apresenta o circuito transmissor do sinal via rádio dos sensores. Quando sensibilizados os sensores, o sinal de 12VDC passa por um divisor de tensão que por sua vez envia o sinal ao microcontrolador PIC16F628 que o processa e transmite os pacotes de dados via rádio através do módulo RT4. FIGURA 12 - CircuitoTransmissor Fonte: Própria Cada circuito transmissor tem um endereço pré-definido por uma dip switch de três chaves; para esta configuração poderemos ter até 8 circuitos transmissores para cada receptor. Todos os pinos de entrada de dados possuem um resistor pull down para que na ausência de sinal a entrada não fique flutuante, e, além disso, há um cristal oscilador de 10MHz para proporcionar o clock necessário para o microcontrolador. E também uma fonte de 12VDC para alimentar o sensores e 15 um regulador de tensão de 5VDC para alimentação do microcontrolador e módulo transmissor. 3.3.2. Circuito do Receptor A figura 13 apresenta o circuito receptor do sinal de rádio. Depois de recebida a seqüência de dados através do módulo RR3, a informação é transferida ao microcontrolador PIC que processa os dados e os envia serialmente ao microcomputador. O circuito é simples e além da alimentação é necessário um oscilador de 10MHz para inserir o clock no microcontrolador. FIGURA 13 - Circuito do Receptor Fonte: Própria 16 3.3.3. Cálculo dos resistores - pull down I V R ' máx = 20 mA = 5V mín = I mín R escolhida = máx = 250 R I = V 5 0 , 020 Ω = 1kΩ 5 1000 = mA Dado que a porta do microcontrolador PIC suporta 20mA. 3.3.4. Cálculo dos resistores – divisor de tensão Vativação = 5V = 12. R1 R1 + R2 os valores comerciais R 1 = 4,7kΩ e R 2 = 8,2kΩ resultam em : Vativação = 4,37V que atende o nível de tensão desejado. Que é a tensão necessária para ativar os pinos do microcontrolador PIC. 17 3.4. PROGRAMAÇÃO 3.4.1. Descrição Geral Nesse projeto, teremos três programas distintos interagindo entre si. Para o tratamento dos sinais provindos dos sensores, temos o programa implementado no PIC (Peripheral Integrated Controller), desenvolvido em linguagem C através da ferramenta de programação PICC/ICPROG. Este é responsável em adquirir os sinais dos sensores analisando o endereçamento do sinal recebido. Para a análise dos estados dos sensores do setor em questão, é necessário mais um programa desenvolvido no PIC implementado mesmas condições citadas no programa anterior. Para a continuidade do processo, o programa supervisório desenvolvido em linguagem C++ utilizado com a ferramenta de programação Borland Builder C++, é responsável em disponibilizar ao usuário as informações que foram tratadas, ou seja, a interface gráfica que o usuário visualiza. 3.4.2. Planejamento FIGURA 14 - Tela disponível para usuário Fonte: Própria 18 3.4.3. Funcionamento do Microcontrolador Na figura 15, apresenta-se o fluxograma completo do funcionamento do microcontrolador, para a operação do sistema complete o ciclo de funcionamento. FIGURA 15 - Diagrama do Microcontrolador N S VERIFICA SE O VEÍCULO ENTROU OU SAIU Fonte: Própria 19 3.4.4. Funcionamento do Sistema Supervisório Para o funcionamento do sistema supervisório, deve ser seguido todos os passos descritos no diagrama, conforme figura 16. FIGURA 16 - Diagrama do Sistema Supervisório INÍCIO Solicita a informação do número de vagas disponíveis em todos os setores Lê os dados na porta serial Atualiza os dados de informação ao usuário Envia para o display Fonte: Própria 20 3.4.5. PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO Para o sistema, foi desenvolvido um protocolo de comunicação de vetores de dados entre os microcontroladores. Na transmissão via rádio, foi necessário criar um vetor de dados de 12 bits, o qual carrega o endereço de cada placa transmissora; o mesmo é composto de um bit de inicialização e três bits com endereço da respectiva placa. As quatro posições seguintes levam um dado padrão que informa a entrada ou saída de um veículo, os últimos quatro bits repetem o bit de inicialização e o endereço da placa; este vetor é enviado duas vezes para verificação de erros que podem ocorrer no sistema de rádio, devido a interferências. A figura 17 mostra o modelo do vetor. FIGURA 17 - Vetor de dados Fonte: Própria Na recepção do sinal, o pacote é recebido duas vezes para a realização dos testes de erros, com o objetivo de verificar se a informação inicial sofreu interferência. 21 4. IMPLEMENTAÇÃO 4.1. DESCRIÇÃO DA MONTAGEM Para implementação do hardware foi necessário utilizar dois circuitos distintos montados separadamente. 4.1.1. Circuito Transmissor Para o circuito transmissor, a alimentação da placa é de 5VDC e para a verificação da energização da mesma tem um led integrado ao circuito. Já para alimentação dos sensores é necessária uma fonte de 12VDC, sendo que eles podem ser alimentados entre 10 a 30VDC. Porém para utilizarmos o sinal de acionamento do sensor, tivemos que projetar divisores de tensão, pois para utilizarmos a entrada do microcontrolador PIC16F628 temos que ter apenas 5VDC. Ou seja, toda vez que um sensor for acionado, o sinal passará por um divisor de tensão que é composto por dois resistores (8,2kΏ e 4,7kΏ), disponibilizando assim o sinal necessário para ativar o pino do microcontrolador. E para garantir a estabilidade de alimentação desse circuito microcontrolador, utiliza-se um regulador de tensão LM 7805. Assim que são ativados os pinos de entrada do PIC, o mesmo faz um tratamento de sinal para verificação se o sinal recebido é o esperado. Para realizar esse tratamento, definiu-se que o código inicial é definido pela dip switch, seguido do código dos sensores e código final, que deve ser o mesmo que o inicial setado. O objetivo desse tratamento é garantir que o circuito não sofra interferências de outros circuitos presentes. O microcontrolador é responsável pelo tratamento dos sinais dos sensores, ou seja, ele indica se os sensores acionados são da entrada ou da saída do estacionamento, se realmente foi um carro que passou pelo trajeto, se o carro entrou ou saiu do estacionamento pelo lugar indicado, se o carro cumpriu o trajeto de entrada ou saída, e outras anomalias. Após todas essas avaliações, se o sinal recebido estiver correto, o sinal é emitido pelo transmissor via rádio freqüência. 22 Caso o sinal esteja incorreto, ou receba interferências, nada é feito. Na figura 18, temos o circuito montado em protoboard onde verificamos os sinais de entrada do sensor, os sinais recebidos pela dip switch e o transmissor RT4, responsável pela transmissão rádio freqüência. FIGURA 18 - Protoboard - Circuito Transmissor Fonte: Própria 4.1.2. Circuito Receptor Já para a placa receptora utilizaremos somente a alimentação de 5VDC, e para a identificação da energização teremos um led aceso. O RR3 é responsável pela recepção do sinal via rádio freqüência, e o tratamento do sinal é realizado através de um outro microcontrolador acoplado no mesmo protoboard. Esse tratamento é responsável em comparar erros, endereçamento e qual setor ocorreu à passagem do veículo (setor A ou setor B). Após feita análise é enviado os dados para o microcomputador via serial. Porém, para tornar possível a troca de sinais ou informações entre o microcontrolador e o microcomputador é necessário ajustar o nível dos sinais, pois os níveis lógicos do microcontrolador é 5VDC para nível lógico 1 e 0VDC para o nível lógico 0, e para o microcomputador 10VDC é para o nível lógico 0 e -10VDC para o nível lógico 1. Para realizar esse ajuste é necessário a utilização de um circuito integrado MAX232, que é um conversor de nível de dois canais de recepção e dois de transmissão. Cada canal receptor converte os sinais provenientes da porta serial para o nível 5VDC, e cada canal transmissor converte as entradas em nível 5VDC para níveis compatíveis a porta serial do microcomputador. 23 A figura 19, apresenta o circuito montado em protoboard onde verificamse o receptor RR3, o microcontrolador (responsável pelo tratamento dos sinais), os leds indicando o sinal recebido e o circuito integrado MAX232. FIGURA 19 - Protoboard - Circuito Receptor Fonte: Própra 4.1.3. MAQUETE Para simular o funcionamento de um estacionamento real, foi projetada uma maquete simples de madeira, mostrada na figura 20. Na maquete foram instalados apenas dois conjuntos de sensores (emissor e receptor), que através da passagem do veículo indica o sentido de entrada ou saída do estacionamento. Cada conjunto de sensores foi instalado a uma distância tal, que um não interfira na funcionalidade do outro, conforme figura abaixo. FIGURA 20 - Maquete - Entrada do Estacionamento Fonte: Própria 24 4.2. TESTES, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES. 4.2.1. HARDWARE Foi realizada a montagem do microcontrolador, com os componentes que permitem o funcionamento correto do mesmo. Ainda nessa etapa foram criados vários programas para comprovação de diversos modos de funcionamento. Os programas foram testados por meio de push bottons e leds. Com isso, foi concluído que o circuito opera da forma esperada. Para o circuito transmissor e receptor, foram realizados testes de envio e recepção de um sinal qualquer para comprovação do correto funcionamento. Visto que ambos os circuitos não necessitam de uma montagem típica para operar em modo de teste. No transmissor foi utilizado um push button e um resistor de pull down para simular um sinal qualquer a ser transmitido e para o receptor apenas um led para indicar o sinal recebido. Nessa etapa não foi utilizado nenhum dispositivo ou elemento como antena, pois os testes foram realizados em pequenas distâncias. Seguindo a idéia do projeto, a qual, através de sensores precisamos indicar o sentido de entrada e saída do estacionamento, foi projetada uma maquete para executar a simulação. Para essa simulação os sensores foram posicionados a uma distância tal, para que não ocorram interferências entre pares (emissor e receptor) distintos, e também para que o programa possa interpretar os sentidos de passagem do veículo (entrada e saída). Para a transmissão de dados para o microcomputador, foi projetado junto à etapa de recepção do sinal via rádio freqüência, um circuito buffer para equipotencializar e isolar o microcontrolador e a porta serial do microcomputador, pois os dados seguirão via serial RS232 através de um cabo padrão deste protocolo. 25 4.2.2. SOFTWARE Para a implementação de todo o sistema, foram desenvolvidos três programas distintos que se comunicam via rádio freqüência e RS232. O padrão RS232 (Recommended Standard) especifica as tensões, temporizações e funções dos sinais, um protocolo para troca de informações que limita a taxa de transmissão a 20 Kbps em distâncias de até 10 metros. O teste de software se iniciou na implementação de um programa para comunicação serial entre os microcontroladores sem a utilização do protocolo já existente na biblioteca do circuito integrado. Nessa simulação foi utilizada a transmissão via rádio freqüência, pois o protocolo apresentou instabilidade e era necessário que nenhum fator externo interferisse na otimização e desenvolvimento do programa. Foram utilizadas rotinas de interrupção tanto no software para transmissão quanto no de recepção. Foram desenvolvidos vetores para o armazenamento dos dados e então a partir de um set na interrupção este vetor é transferido sequencialmente com uma base de tempo semelhante a do outro circuito, executando a transferência do pacote completa (transmissor e receptor). Na recepção o pacote de dados é testado a fim de conferir se houve algum erro na transmissão. Quando pronto o protocolo de transmissão, se inicia os testes para simulação da rotina do estacionamento. Para isso o programa de transmissão foi aprimorado para que em conjunto com os sensores, possa reconhecer a entrada ou saída do veículo. O programa de recepção passa a tratar os erros e posteriormente encaminha-los ao terceiro programa, que é a interface gráfica entre o usuário e o sistema. A interface de visualização foi desenvolvida em Borland C++ Builder, o intuito principal é proporcionar ao usuário um reconhecimento simples, fácil e rápido do número de vagas disponíveis em cada setor. O vetor de dados é recebido pelo microcomputador, então o programa já reconhece qual setor enviou a informação e se a variável de contagem do setor correspondente deve ser incrementada ou decrementada. 26 4.2.3. PROJETO COMO UM TODO Para melhor visualização de funcionamento de um estacionamento, foi projetada uma maquete já com os sensores instalados onde é possível simular uma entrada e uma saída e todas as situações possíveis que os usuários possam causar, como pessoas entrando ou saindo em locais destinados a carros, veículos entrando ou saindo por lugares não correspondentes, veículos parados por tempo indeterminado entre os sensores, encontros de usuários em manobras indevidas entre os sensores, conforme figura 21. Acoplado a maquete está o circuito de transmissão que é responsável pela recepção e tratamento dos sinais de sensores, posteriormente enviando ao receptor a informação se o veiculo entrou ou saiu do estacionamento. Na etapa de recepção, há uma verificação de erros e envio do pacote para o microcomputador que disponibilizará as informações ao usuário. FIGURA 21 - Stand – III Painel de Engenharia Elétrica DISPLAY-PC TX RX MAQUETE SENSORES Fonte: Própria 4.3. CÓDIGO FONTE Código fonte para todos os circuitos, verificar apêndice. 27 4.4. PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO Segue nas figuras 22 e 23, layout das placas de circuito impresso do receptor e transmissor. FIGURA 22 - Layout - Receptor Fonte: Própria FIGURA 23 - Layout - Transmissor Fonte: Própria 28 Já nas figuras 24 e 25 temos os circuitos já impressos e montados com seus devidos componentes. FIGURA 24 - Placa de circuito impresso - Receptor Fonte: Própria FIGURA 25 - Placa de circuito impresso - Transmissão Fonte: Própria 29 5. CUSTOS DO PROJETO 5.1. COMPONENTES E MATERIAIS A tabela 1 ilustra os custos de todo o projeto. Desde os componentes mais simples como resistores até serviços contratados como a maquete. Tabela 1 - Custos Material Custo Qtd. Total RR3‐RT4 R$ 60,00 1 R$ 60,00 PIC16F628 R$ 7,00 2 R$ 14,00 Componentes (capacitores, resistores, chaves..) R$ 50,00 1 R$ 50,00 Fonte de alimentação R$ 30,00 2 R$ 60,00 Gravador do microprocessador R$ 10,00 1 R$ 10,00 Conectores DB9 R$ 0,50 1 R$ 0,50 Cabo para transmissão serial R$ 5,00 2 R$ 10,00 Placa de fenolite R$ 1,00 3 R$ 3,00 Maquete R$ 500,00 1 R$ 500,00 Total Geral R$ 707,50 Fonte: Própria Os valores dos sensores não foram mencionados, pois foram fornecidos pela empresa Similar Tecnologia e Automação, distribuidora da linha SICK. O custo de cada conjunto de sensor é de R$ 300,00 e cada conjunto de conectores e cabo para alimentação dos sensores é de R$ 50,00, totalizando em R$ 3.200,00. 5.2. SERVIÇOS CONTRATADOS Um dos serviços contratados foi a execução da maquete, que tem o objetivo de tornar o sistema de controle de vagas compreensível pelo público em geral. A maquete é uma ferramenta eficaz para divulgação e comercialização de um produto, pois através dela é possível verificar o efeito sistema de monitoramento em funcionamento. 30 6. CONCLUSÃO No decorrer do desenvolvimento do projeto, foi necessário rever muitos conceitos estudados ao longo do curso de graduação, pois foi utilizadas desde a simples lei de ohm até uma programação avançada. O projeto realizado busca proporcionar uma maior comodidade ao público freqüentador de estabelecimentos comerciais, supermercados e demais estabelecimentos. Apesar do controle de estacionamento não ser nenhuma novidade no mercado, pois muitos estacionamentos já disponibilizam sistemas automáticos que facilitam os serviços prestados aos usuários, o controle de fluxo normalmente é realizado manualmente, ou seja, uma pessoa fica controlando a entrada e saída do veículo e quando lotado informa através de placas. Mas os sistemas já existentes, não garantem que a informação de lotado está correto, considerando que a movimentação dos veículos pode ser intensa. Com isso foi desenvolveu-se esse trabalho, com a capacidade de indicar e assegurar quantas vagas livres existe em cada setor de estacionamento. Para assegurar essa foram utilizados dois conjuntos de sensores unidirecionais em cada entrada e saída do estacionamento e o tratamento dos sinais foi realizado com o microcontrolador PIC16F628, indicando ao transmissor qual conjunto de sensores foi acionado, tanto de entrada como de saída. A comunicação entre o microcontrolador e o transmissor ocorre de forma serial, ou seja, bit a bit. O receptor via rádio recebe os sinais codificados que são emitidos pelo transmissor e os disponibiliza para o tratamento necessário. Utilizando o mesmo microcontrolador para a recepção dos sinais disponibilizados pelo receptor, são realizadas as comparações devidas e a informação o sistema supervisório, no setor em que houve uma movimentação. No computador há um programa supervisório, o qual informa ao usuário as informações pertinentes dos setores. Para propostas futuras, um dos primeiros pontos é alteração da freqüência de transmissão, no trabalho é utilizada a mesma freqüência de controle de alarme para carro onde apresentou interferências durante todo o ano. 31 Outra melhoria será criar sistemas com baterias para não apresentar falha na falta de energia, ou ainda monitorar o estacionamento por vagas, ou seja, indicar qual vaga está livre e não quantas. Apesar das diversas dificuldades e adversidades encontradas no decorrer da execução desse projeto, a disciplina e assiduidade foi um facilitador para a resolução dos problemas e conclusão do projeto. 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOYLESTAD, R.L.; NASHELSKY.L..Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circutos. 8. ed. Prentice Hall Do Brasil, 2004. MEDEIROS, Leonardo N. VENDRAMINI, Thaís R. M.G, SISTEMA DE CONTROLE DE ACESSO DE VEÍCULOS: 2006. 107p. Dissertação (Programa de Graduação em Engenharia Elétrica) – Universidade Positivo, Curitiba, 2007. MONTENEGRO, FERNADO / PACHECO, ROBERTO. Orientação a objetos em C++, Editora Ciência Moderna Ltda, 1994. RASHID, M.H. Eletrônica de Potência: circuitos, dispositivos e aplicações. Makron Books, 1999. SICK SOLUÇÕES EM SENSORES. Sensores Industriais, São Paulo, v.8, p.5-8, 2005. MASSACHUSETTS, Waltham. Eletrônica. Disponível em: http://www.angelfire.com/ma/telesemarinho/B.html Acessado em 21/03/2008; MESSIAS, Antônio Rogério. Porta Paralela. Disponível em: http://www.rogercom.com/pparalela/LptWireless.htm Acessado em 21/03/2008; ROSA, Helio Fonseca. Comunidade Wireless do Brasil. Disponível em: http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/secoes/blog_rfid/rfid_abr_06.html Acessado em 21/03/2008; SABER ELETRÔNICA ON LINE. Desenvolvida pela Editora Saber, Microssensores Fotoelétricos, 2008. Disponível em: http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/667 Acessado em 20/05/2008; SICK, Sensores Industriais, 2007. Disponível em: http://www.sick.com.br/br/produtos/sensoresindustriales 20/05/2008 Acessado em 33 TELECONTROLLI, Circuito Receptor RR3. Disponível em: http://www.telecontrolli.com/pdf/receiver/rr3.pdf Acessado em 22/05/08; TELECONTROLLI, Circuito Transmissor RT4. Disponível em: http://www.telecontrolli.com/pdf/transmissor/rt4.pdf Acessado em 22/05/08; WIKIPEDIA, Microcontrolador, 2008. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Microcontrolador Acessado em 21/03/2008; 34 APÊNDICES