ASSOCIAÇÃO PROJECTO JOVEM Centro de Actividades Ocupacionais Relatório e Plano de Actividades para o ano 2012 INTRODUÇÃO Este documento de traba1ho surge na sequência das actividades que diariamente são desenvolvidas com os nossos utentes e pretende ser apenas um instrumento de referência para a definição de um conjunto de orientações organizacionais que possam constituir um contributo sólido para a modernização e rentabilização da estrutura que a Associação Projecto Jovem (APJ), desenvolve nas actividades de apoio ocupacional. Razões de diversa ordem inviabilizam o funcionamento do Grupo de Trabalho, mais em concreto questões de ordem financeira. Vamos tentar este ano que esta situação seja o mais possível minimizada, tanto mais que se mantêm validas no essencial as razões que determinam a prioridade de se consensualizarem orientações neste domínio. No essencial, os tópicos prioritários do plano de acção a desenvolver situam-se fundamentalmente no domínio do modelo organizacional a consolidar e, dentro deste, na clarificação dos objectivos e princípios de funcionamento que devem estar subjacentes a este tipo de instituições sociais, nos imperativos e constrangimentos de gestão e nos recursos humanos bem como através da formação dos colaboradores. Nesta medida, o documento presente íntegra as conclusões e orientações retiradas do último ano e íntegra algumas pistas de trabalho que podem ajudar a configurar um modelo de orientação para o futuro. 1 - MODELO ORGANIZACIONAL Tratando-se de recursos relativamente recentes no quadro das respostas para pessoas com limitações ao nível da autonomia pessoal e social, o atendimento que presta pode ser distinguido em duas vertentes essenciais: a promoção de bem-estar para pessoas com défices de capacidade e autonomia e a promoção da qualidade de vida através do desenvolvimento de trabalho útil para os restantes beneficiários. No actual enquadramento, a tendência é para que os designados CAO’s assumam uma missão predominantemente assistencialista, fechada e proteccionista. Face à indiscutível relevância que estas respostas assumem, toma-se necessário clarificar os limites e potencialidades da intervenção nelas promovida, sem pôr em causa a estabilidade das medidas de financiamento que possam assegurar o seu funcionamento normal e pleno. Atendendo à importância que a designação deste tipo de estrutura assume, e no sentido de uma clarificação mais imediata dos seus objectivos, talvez se pudesse começar a pensar em alterar a designação dos CAO’s para uma outra que os consagrasse como Centros de Recursos, com duas vertentes de intervenção claramente distintas quer ao nível da programação quer dos objectivos: o sector de Actividades Ocupacionais, com um modelo de funcionamento próximo dos chamados Centros de Dia e o Sector de Apoio pelo Trabalho, vocacionado para uma interacção permanente com o mercado de trabalho. CENTROS DE RECURSOS SECTOR DE ACTIVIDADES OCUPACIONAIS E PROMOÇÃO DO BEM ESTAR SECTOR DE APOIO PELO TRABALHO 2-OBJECTIVOS No quadro da nova filosofia que se pretende implementar ao nível do funcionamento da APJ, os objectivos são os seguintes: Promover o bem-estar e qualidade de vida de pessoas cujos graves défices de autonomia não são compatíveis com projectos de inserção pelo trabalho, designadamente através do desenvolvimento de actividades de apoio terapêutico individualizado, actividades ocupacionais e iniciativas de contacto com a Comunidade. Desenvolver programas de inserção pelo trabalho em articulação com o Centro de Reabilitação Profissional e com empresas e outras entidades públicas e privadas locais ou através do desenvolvimento de projectos próprios designadamente no âmbito de iniciativas ecológicas, mercado social de trabalho ou outro tipo de oportunidades conjunturais. Programar e desenvolver acções de formação e sensibilização direccionadas para as famílias, para a Comunidade em geral e para os colaboradores. Estruturar estratégias de apoio domiciliário como forma de potenciar as intervenções especializadas desenvolvidas no CAO/Centro de Recursos. Realizar iniciativas de aproximação à Comunidade, designadamente através da disponibilização de informação e do desenvolvimento de acções conjuntas com entidades locais de diferentes domínios, como seja a criação de um banco de bens de troca. Aprofundar conhecimentos ao nível da problemática associada ao processo de envelhecimento da pessoa com deficiência mental e/ou motora, tendo em vista a implementação de estratégias e metodologias adequadas. 3- FILOSOFIA DE IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO PRINCÍPIOS GERAIS Em todas as medidas a tomar e acções a desenvolver neste domínio, é fundamental que se tenha em conta um conjunto de princípios que, à partida, garantam o equilíbrio entre a eficácia das respostas, quer do ponto de vista técnico quer administrativo, e o absoluto respeito pela dignidade e individualidade dos utilizadores. Nessa medida, subscrevem-se os seguintes princípios: - PRINCÍPIO DA NORMALIZAÇÃO: As soluções propostas devem ser tendencialmente normalizadoras, no sentido da afirmação dos direitos de cidadania e da facilitação dos processos de interacção e inserção. Este princípio deve ser claramente reflectido na programação, instalação e funcionamento das respostas ocupacionais. - PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE: As respostas ocupacionais devem ser implementadas num quadro de complementaridade com outras valências ou serviços de apoio à pessoa com deficiência tendo em vista a optimização de recursos e, sobretudo, o reforço da eficácia dos apoios disponibilizados. Nesta linha, não devem ser criados apoios específicos no interior da estrutura quando, por exernplo existem condições na comunidade para a prestação do apoio pretendido. - PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO/ AUTO-REPRESENTAÇÃO: É fundamental assegurar a participação das famílias e dos utilizadores em todas as fases do processo de implementação de respostas ocupacionais, no quadro de uma prioridade ética incontornável e visando o maior envolvimento possível dos destinatários da resposta. - PRINCÍPIO DA FLEXIBILIDADE: No sentido de não prejudicar a especificidade intrínseca que este tipo de instituições pode assumir, os normativos e enquadramentos técnicos e logísticos devem assentar numa lógica de flexibilidade que permita uma diferenciação fundamentada de opções. - PRINCÍPIO DA INTERACÇÃO: Todas as orientações subjacentes à implementação de respostas ocupacionais para pessoas com deficiência devem ser equacionadas numa óptica dinâmica de interacção, quer ao nível de outras respostas de reabilitação que envolvam os utilizadores, quer sobretudo ao nível da comunidade. - PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES: Quer do ponto de vista organizativo quer funcional, estas respostas devem garantir em absoluto o direito à igualdade plena de oportunidades, designadamente ao nível do acesso e frequência, que não pode ser posto em causa designadamente por razões de natureza económica, social ou cultural. - PRINCÍPIO DA QUALIDADE: A referência a ter em conta quer ao nível da implementação, quer do funcionamento das respostas ocupacionais deve ter sempre subjacentes critérios de qualidade que salvaguardem a dignidade e bemestar dos utilizadores. - PRINCÍPIO DA CO-RESPONSABUJZAÇÃO: A adequabilidade e sustentabilidade deste tipo de instituições deve ser referenciada a um quadro de co-responsabilização equilibrado entre o Estado, as Organizações e as Famílias, que abranja o domínio do diagnóstico de necessidades, da concepção, do funcionamento e da avaliação de resultados. Cabe neste princípio a orientação a seguir no financiamento da estrutura, a ser assegurado tripartidamente, cabendo ao Estado o pagamento dos serviços de base prestados. 4- FILOSOFIA DE IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO: LEGISLAÇÃO Entende-se prioritária uma reformulação profunda e urgente da legislação que enquadra a concepção, implementação e apoio ao funcionamento das respostas residenciais. Independentemente das regras específicas a contemplar, há um conjunto de referenciais que devem ser consignados na legislação a produzir - Consagração dos princípios anteriormente enunciados, como forma de coresponsabilizar o Estado e as entidades promotoras na sua prossecução. - Criação de uma base jurídica de carácter universal para a diversidade de grupos que necessitam de apoio ocupacional, que salvaguarde no essencial critérios de qualidade e dignidade, complementada por regulamentação específica que garanta a cobertura de necessidades e enquadramentos diferentes. Afirmação do princípio de discriminação positiva na majoração dos apoios a situações graves, designadamente ao nível da autonomia. - Defesa de critérios objectivos de qualidade, quer ao nível dos recursos e meios físicos, quer dos recursos humanos de enquadramento. - Promoção de uma reflexão ética permanente sobre este tipo de respostas, no sentido de uma progressiva melhoria da qualidade e eficácia dos serviços prestados e do reforço da identidade própria deste domínio de intervenção. 5 - FINANCIAMENTO Tendo em consideração os objectivos definidos, toma-se evidente que o funcionamento deste tipo de instituições deveria potenciar o trabalho de Projecto, situação que não é compatível com fórmulas estritamente tipificadas de financiamento. A solução mais plausível a propor aos interlocutores institucionais seria eventualmente o recurso a um modelo misto de financiamento, que comportaria uma componente tipificada e uma componente variável em função da especificidade da resposta e de eventuais projectos que se proponha desenvolver. Entende-se ainda assim que o recurso a modelos tipificados de financiamento, deve considerar a diferenciação entre grupos ou sectores, na medida em que os grupos menos autónomos geram custos de funcionamento por norma mais elevados que os que se situam no domínio que designamos de apoio pelo trabalho. 6 – RETRIBUIÇÃO PELA PARTICIPAÇÃO EM PROJECTOS DE APOIO PELO TRABALHO O desenvolvimento de projectos de apoio pelo trabalho a partir de instituições ocupacionais, deve ter como referência essencial o interesse do ponto de vista das expectativas e capacidades dos utentes e não quaisquer outras motivações de carácter administrativo-financeiro. O trabalho desenvolvido neste âmbito pelos utentes deve ser reconhecido e assumido como tal pelos próprios, pelas famílias, pela organização e pelos técnicos de um modo particular e ainda pela comunidade. Nesta linha, entende-se eticamente correcto e motivador o pagamento do trabalho desenvolvido pelos utentes, de acordo com critérios razoáveis a consolidar numa próxima Assembleia Geral, mas cuja referência de base deveria ser o valor hora do salário mínimo nacional. 7- RECURSOS HUMANOS 7.1 - ESTRUTURA - BASE DO QUADRO DE PESSOAL A - Pessoal Dirigente Director Técnico – Pedagógico B - Pessoal Técnico Psicólogo Técnico de Serviço Social Animador Sócio Cultural Terapeuta Ocupacional Terapeuta da Fala Técnica Superior de Desenvolvimento Comunitário Monitores de Actividades Ocupacionais Monitores Monitores Auxiliares C - Pessoal Administrativo Secretária D- Pessoal de Apoio Auxiliar de Serviços Gerais E- Pessoal externo Motorista 7.2 – CONTEÚDOS FUNCIONAIS, PERFIL E HABILITAÇÕES DE ACESSO ÀS DIFERENTES CATEGORIAS 7.2.1 — Director Técnico Pedagógico de Centro de Actividades Qcupacionais Conteúdos Funcionais da Categoria: É o profissional a quem compete: - Organizar e gerir o quotidiano da estrutura de acordo com o orçamento e orientações emanadas da Direcção. - Coordenar a actividade técnico-pedagógica, com vista a garantir a qualidade do atendimento disponibilizado aos utentes. - Promover a valorização qualitativa dos recursos humanos afectos à estrutura. - Assegurar e promover a adequada representação técnico-pedagógica da estrutura no âmbito das realizações internas ou externas. - Dinamizar acções de carácter informativo e de sensibilização da população, acerca dos objectivos e actividades desenvolvidas e da problemática associada aos beneficiários das mesmas. - Coordenar o Conselho Técnico Pedagógico, quando exista. - Elaborar o projecto técnico — pedagógico da estrutura e o Plano e Relatório das Actividades a desenvolver ou desenvolvidas. - Responder perante a Direcção perante todas as questões relacionadas com o funcionamento da estrutura. Perfil Desejável: Experiência em funções de direcção / coordenação Experiência de trabalho com pessoas portadoras de deficiência. Dinamismo e criatividade Boa capacidade de relação e liderança. Conhecimentos de informática na perspectiva do utilizador Habilitações Académicas e/ou Profissionais Curso Superior em domínio relacionado com a reabilitação 7.2.2 - Animador Sócio Cultural Conteúdos Funcionais da Categoria Ao Animador Social compete a programação e desenvolvimento de actividades de articulação com a Comunidade no quadro do plano de actividades aprovado para o Centro de Actividades Ocupacionais. Enquadra-se nas competências deste profissional a programação, desenvolvimento e avaliação de actividades de carácter lúdico, cultural e desportivo, acções de soda e actividades de divulgação e sensibilização. Trabalha de forma articulada com o Coordenador do Centro e demais profissionais do mesmo. Perfil desejável Sensibilidade e motivação para trabalhar com pessoas com deficiência. Dinamismo e criatividade Bons conhecimentos no domínio do desporto e actividades de lazer Boa capacidade de relacionamento Disponibilidade e Mobilidade Domínio técnico dos conteúdos funcionais da sua categoria profissional Habilitações Académicas e Profissionais 12° ano ou equivalente e formação profissional específica 12° ano ou equivalente e experiência comprovada na função ou funções similares Curso Técnico Profissional de Animação Sócio Cultural 7.2.3 - Monitor de Actividades Ocupacionais Conteúdos Funcionais da Categoria É o profissional responsável pelo funcionamento de uma ou mais áreas de actividade ocupacional, competindo-lhe participar na programação, desenvolvimento e avaliação do processo individual de aprendizagem e execução dos utentes sob a sua responsabilidade. E, bem assim, supervisionar actividades laborais inseridas nos programas de apoio pelo emprego. Compete-lhe ainda participar no desenvolvimento de outras actividades designadamente nos domínios da socialização, independência pessoal e actividades lúdicas, culturais e desportivas. Trabalha em estreita articulação com o Director técnico-pedagógico, ou outro técnico em quem estejam delegadas funções de supervisão e demais profissionais do Centro. O Monitor Auxiliar de Actividades Ocupacionais é o profissional que colabora com o Monitor de Actividades Ocupacionais no desenvolvimento das actividades programadas, sob a estrita supervisão deste. Compete-lhe ainda apoiar o desenvolvimento de actividades relacionadas com a higiene, conforto e alimentação. Perfil Desejável Sensibilidade e motivação para trabalhar com pessoas com deficiência. Formação específica Experiência comprovada num ou mais domínios de actividade ocupacional Experiência de trabalho com pessoas com deficiência. Boa capacidade de relacionamento Habilitações Académicas e Profissionais 9º ano de escolaridade ou equivalente e formação específica para monitores auxiliares 11º ano ou equivalente e formação especifica para novos Monitores de Actividades Ocupacionais 7.2.4 - Auxiliar de Serviços Gerais Conteúdos Funcionais da Categoria É o profissional indiferenciado que presta funções diversas de apoio geral designadamente nos domínios da manutenção e limpeza, serviços externos, vigilância e apoio de refeitório, transportes e outros serviços. Trabalha na dependência directa do Director do Centro. Perfil Desejável Polivalência funcional Experiência em funções auxiliares idênticas Boa capacidade de relacionamento Dinamismo Habilitações Académicas e/ou Profissionais Escolaridade Obrigatória 8 - FORMAÇÃO ESPECIFICA E RECONVERSÃO PROFISSIONAL As mudanças que se pretendem introduzir ao nível da filosofia de funcionamento, têm como referência essencial o reforço da qualidade das respostas disponibilizadas numa óptica de defesa das pessoas a que se destinam. Esta exigência de qual passa obrigatoriamente pela qualidade e motivação dos Recursos Humanos susceptíveis de lhe serem afectos. Torna-se por isso prioritário definir o enquadramento de carreiras e respectivas condições de progressão e criar condições de desenvolvimento de acções ou programas de formação inicial e contínua, com currículos ajustados às diferentes situações e exigências profissionais. Um dos objectivos subjacentes à presente proposta de trabalho, para além da perspectivação de algumas orientações que permitam lançar as bases para um debate em torno de uma carreira dos profissionais que intervêm no domínio das Actividades Ocupacionais, pretende salvaguardar quer o equilíbrio institucional, quer os direitos dos trabalhadores a quem seja proposta uma eventual reconversão. Assim, qualquer orientação globalmente assumida não deve nem pode por em causa eventuais situações já existentes neste domínio que se configurem mais vantajosas para os trabalhadores envolvidos. Neste sentido iremos concorrer ao financiamento do QREN, no âmbito do POPH uma proposta de Formação para cursos de aperfeiçoamento. Pretende-se que a sua abrangência possa corresponder às necessidades dos colaboradores e da própria Instituição. Os objectivos de para este curso são os seguintes: - Promover o reconhecimento oficial da carreira profissional de Monitor de CAO. - Reconhecer e dignificar uma categoria profissional em expansão. - Credenciar as pessoas que já exercem a profissão. - Potenciar e dotar os monitores de formação técnica para o exercício da sua profissão. Passamos assim a apresentar o plano de formação pensado para implementar em 2012: Área Nº Curso Horas Formandos Volume 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3241 Acompanhamento de crianças - regras básicas de nutrição higiene, segurança e repouso 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3242 Evolução e perspectivas da dinâmica familiar 25 15 375 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3244 Acompanhamento de crianças - técnicas de animação 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3245 Assistência a crianças no domicílio - comportamentos e hábitos de higiene e alimentação 25 15 375 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3252 Planificação e programação das actividades do quotidiano da criança 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3253 Processo de comunicação - comportamentos comunicacionais e comunicação pedagógica da criança 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3254 Modelos e espaços pedagógicos 25 15 375 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3258 Técnicas de animação 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3259 Animação e dinamização de actividades lúdico-expressivas - expressão musical 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3260 Animação e dinamização de actividades lúdico-expressivas - expressão dramática 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3272 Processo de comunicação e formas relacionais e pedagógicas da criança 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3274 Primeiros socorros - tipos de acidentes e formas de actuação 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3278 Expressão plástica e musical 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3279 Expressão dramática, corporal, vocal e verbal 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3282 Planificação de actividades pedagógicas e gestão do tempo 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3285 Técnicas de animação - comunicação e expressão não verbal 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3286 Técnicas de animação - expressão verbal 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3287 Planeamento e desenvolvimento de actividades de tempos livres 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3290 Crianças com necessidades específicas de educação (NEE) 50 15 750 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3292 Desenvolvimento sexual de crianças com NEE 25 15 375 761 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 3293 Intervenção pedagógica em crianças com NEE 50 15 750 481 Ciências Informáticas 0748 Informática - evolução 25 15 375 975 330 14625 INTRODUÇÃO À PROPOSTA DE PLANO DE ACÇÃO 2012 O Plano de Acção (PA) 2011 representou um passo importante no processo de planeamento da Rede Social de Vialonga. Permitiu reunir e dar a conhecer, um conjunto de intervenções significativas para o desenvolvimento social do concelho. Simultaneamente, o processo de definição do PA promoveu o encontro de grupos de agentes sociais e a procura de soluções para os problemas identificados, reforçando o trabalho em rede que se pretende promover e uma visão comum da realidade. Contudo, estamos conscientes que durante este exercício de planeamento conjunto persistiram algumas dificuldades em termos do seu processo de construção (promoção do envolvimento e responsabilização dos parceiros), da sua organização (coerência da tipologia de acções incluídas) e do seu conteúdo (apesar do esforço na definição de critérios, não foi claro quanto às acções a incluir). Da avaliação deste processo e reflexão sobre que melhoramentos introduzir na construção do PA de 2012, ressalta-se o seguinte: Não é possível reunir nos Planos de Acção do CLAS todas as acções que concorrem para os objectivos do PDS, dada a multiplicidade de respostas, os diversos níveis de intervenção existentes e a pluralidade de agentes. Para responder aos problemas sociais existentes subjacentes aos objectivos do PDS, a resposta privilegiada é a intervenção dos agentes sociais, individualmente ou em parcerias, e independentemente da existência da Rede Social. Com a Rede Social, o que se pretende é promover a qualificação dessas intervenções e a articulação e alargamento da rede de respostas sociais, através de acções e dinâmicas concebidas e desenvolvidas pelos agentes em causa. Já existem no território plataformas de agentes que actuam numa mesma área temática, algumas já consolidadas e outras embrionárias, as quais constituem o espaço privilegiado para a reflexão e para o planeamento das acções a desenvolver. As Comissões Sociais de Freguesia (CSF) apresentam dinâmicas diversas e encontram-se em diferentes estádios na implementação das suas competências. Assim, a proposta para 2012 é que o PA da Rede Social seja constituído por: - PA do CLAS, construído na lógica que abaixo se explicita; - PA de cada CSF (aos quais se pretende dar visibilidade), construído segundo a lógica actual de cada freguesia. Entendendo-se a Rede Social como uma estrutura inter serviços de optimização e eficiência na concretização dos objectivos de cada uma das organizações, importa que o PA do CLAS, mais do que o somatório de intervenções no terreno, seja constituído por acções estruturadoras da própria Rede Social e realce os produtos e resultados do trabalho em (sub-rede(s), promovendo a organização dos agentes em plataformas de efectiva articulação, qualificação da intervenção e produção de conhecimento conjunto. Ou seja, pretende-se que a execução do PA contribua para aumentar a eficácia da intervenção concelhia e para alimentar uma base de conhecimento e práticas que inclua nomeadamente produtos tangíveis, que acrescentem valor e funcionem como meios de apoio ou soluções para os beneficiários ou agentes de intervenção. Simultaneamente, pretende-se destacar no PA tudo o que se prevê relativamente à rede de respostas sociais, com o objectivo de se ir orientando o investimento em equipamentos e serviços, segundo os princípios definidos na Carta Social: equidade, racionalidade, centralidade e proximidade. Enquanto que o PA 2011 do CLAS foi organizado segundo os objectivos do PDS, englobando acções de intervenção directa nos problemas, o PA 2012 foi organizado em torno dos resultados que pretendemos atingir com o trabalho em rede: Mais QUALIDADE nas respostas sociais Mais CONHECIMENTO da realidade Mais EFICÁCIA organizacional Considerando que o grupo de acções tendencialmente deverá ser planeado e executado por plataformas (sub-redes) de agentes, desde já se destacaram as plataformas que se considera estarem consolidadas e que planearam acções no âmbito do que se pretende com este PA. Espera-se que gradualmente outras plataformas venham a ser constituídas nesta lógica. Espera-se assim com este PA contribuir com mais um passo para a construção da identidade da Rede Social de Vialonga e para a qualificação da intervenção social concelhia. O Centro de Actividades Ocupacionais (C.A.O.) começou a funcionar em Janeiro de 1987, tendo como objectivo proporcionar às pessoas portadoras de deficiência mental e/ou motora ligeira, moderada a profunda, actividades para desenvolver as suas potencialidades, promover a sua integração social e, em última análise, encaminhá-las para programas adequados de integração sócio-profissional. Actualmente, tem uma capacidade de resposta para cerca de 30 utentes. NATUREZA E OBJECTIVOS Os objectivos principais das actividades desenvolvidas no CAO da Associação Projecto Jovem, são: 1. a estimulação e a promoção do desenvolvimento das potencialidades das pessoas portadoras de deficiência mental e/ou motora ligeira, moderada a profunda; 2. a promoção da sua integração social; 3. o recurso ao encaminhamento da pessoa portadora de deficiência, sempre que possível, para programas adequados de integração sócio-profissional. ACTIVIDADES As Actividades Ocupacionais desenvolvidas no CAO podem ser divididas em 2 categorias: 1. Actividades socialmente úteis: são aquelas que, para além de proporcionarem a valorização pessoal do utente, potencializam as capacidades do indivíduo, no sentido da sua autonomia, de modo a facilitar uma possível transição para programas de integração sócio-profissional; 2. Actividades estritamente ocupacionais: têm por objectivo manter a pessoa portadora de deficiência activa e interessada, favorecendo assim, o seu equilíbrio físico, emocional e social. APOIOS ESPECÍFICOS O Centro de Actividades Ocupacionais visa proporcionar aos utentes: - A realização de actividades socialmente úteis e estritamente ocupacionais; - O apoio técnico permanente a nível físico, psíquico e social; - A participação em actividades culturais, recreativas e gimnodesportivas. POPULAÇÃO ALVO As Actividades Ocupacionais são destinadas a pessoas: - Com idade igual ou superior a 16 anos; - Portadoras de Deficiência Mental e/ou Motora ligeira, moderada a profunda; - Que precisam de um acompanhamento mais intensivo na realização das suas tarefas diárias. EQUIPA TÉCNICA A Equipa Técnica é constituída pelos elementos e funções que em seguida se apresentam: Directora Técnica: Dra. Maria Goretty Ribeiro Número de Utentes: 30 Para apoiar estes serviços existe, na Instituição, o pessoal abaixo descriminado: Categorias Quantidade Directora Técnica 1 Psicóloga 1 Técnica de Serviço Social 1 Terapeuta Ocupacional 1 Terapeuta da Fala 1 Monitoras Actividades Ocupacionais 2 Trabalhadoras Apoio Serviço Geral 2 Animador Sociocultural 1 Motorista 1 Técnica de Desenvolvimento Comunitário 1 Cozinheira 1 Total 13 Horário de Funcionamento Dias da Semana Segunda a Sexta-feira Sábados, Domingos e Feriados Horário 7h30 às 19horas Encerrado Nota: Para cumprimento do período legal de férias do pessoal, encerra nos primeiros 15 mês de Agosto. ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO Áreas de Actividades Fixas: - Oficina da Pintura; - Oficina das Artes; - Oficina da Informática; - Sala de Actividades Ocupacionais Áreas de Recurso: - Expressão Plástica; - A.V.D; - Hidroterapia; - Hipoterapia - Higiene Pessoal; - Psicomotricidade; - Dinâmica de Grupo; - Ginástica; - Treino da Escrita. ACTIVIDADES DE EXPRESSÃO PLÁSTICA Utilização de diferentes técnicas de expressão plástica, tais como: pintura, modelagem, recorte e colagens, com a ajuda de diferentes materiais. Havendo, aqui, uma preocupação com o meio ambiente, logo a utilização de materiais recicláveis como por exemplo o aproveitamento de sacos de café. Pretende-se, com estas actividades, a exploração da criatividade, imaginação, estimulação táctil, aumento da atenção e do poder de concentração, aumento da autoestima e aquisição de regras e hábitos de trabalho. ACTIVIDADES DE HIDROTERAPIA Têm como fim a facilitação dos movimentos, relaxamento, fortalecimento muscular, proporcionando bem-estar físico e psíquico. HIPOTERAPIA Hipoterapia significa tratamento com a ajuda do cavalo e destina-se a indivíduos com deficiência. O cavalo, a passo, produz movimentos tridimensionais que são similares aos padrões de movimento humano e que se encontram alterados nas crianças com problemas motores. Montar a cavalo oferece benefícios devido à transmissão contínua de movimentos do cavalo ao cavaleiro, para além das qualidades da actividade enquanto desporto. ACTIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO Os nossos utentes, em pequenos grupos, estão a ser incluídos em estágios PreProfissionais, em empresas, juntas de freguesia e infantários, do concelho de Vila Franca de Xira. Estes estágios fazem parte de um Projecto, denominado ―INCLUIR‖, do qual a APJ é parceira, juntamente com a Autarquia e Juntas de Freguesia. Ao longo do ano civil, vamos comemorando os dias mais significativos, tais como: Dia do Pai, Dia da Mãe, Natal, Páscoa, Santos Populares, Carnaval, entre outros. Estas comemorações são, normalmente, realizadas fora da Instituição, dando primazia ao Meio Sócio-Cultural em que estamos inseridos. INSCRIÇÕES PARA UTENTES Poder-se-á efectuar a inscrição dirigindo-se ao CAO ou então preenchendo a FICHA DE INSCRIÇÃO e enviá-la por e-mail ou correio. PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES Calendário Acção Dinamizadores 28 Set. Visita ao Jardim Zoológico Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 03 Out. Piquenique Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 14 Out. Visita ao Instituto Piaget Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 31 Out. Celebração do Halloween Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 11 Nov. Celebração do S. Martinho Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários Comemoração do dia Mundial da 05 Dez. Pessoa Portadora de Deficiência e começo de elaboração de Enfeites de Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários Natal 17 Dez. Festa Natal Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 06 Jan. Celebração Dia Reis Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 27 Fev. Desfil Carnaval Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 19 Março Festa S. José - Dia do Pai Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 21 Março Festa da Primavera Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 19 Abril Piquenique da Páscoa Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 07 Maio Comemoração Dia da Mãe Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 14 Maio Colónia de Férias Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários 12,22 e 28 Junho Marchas S. Populares 15 Julho a 1 Exposição Actividades Agosto Desenvolvidas Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários Utentes, Dirigentes, Técnicos e Funcionários